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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
GERENCIAL 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Luciano Furtado C. Francisco 
 
 
CONVERSA INICIAL 
Olá, caro(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) à nossa primeira aula. 
Nesse primeiro encontro, vamos entender o assunto básico de nosso 
assunto: os dados e as informações. No entanto, você pode se perguntar 
agora: mas existem diferenças entre esses conceitos, dado e informação? 
Embora no dia a dia essas palavras sejam usadas para indicar 
significados iguais, veremos que no contexto de sistemas de informações elas 
são diferentes e é fundamental entendermos essa diferença. Também vamos 
entender que por meio delas vamos ter o conceito de conhecimento. 
Hoje é unanimidade que a informação é o ativo mais importante nas 
organizações. Ela é hoje em dia o que o ouro e o petróleo representaram em 
outros tempos, a riqueza mais importante para as empresas. 
Assim, vamos estudar qual o papel das informações nas empresas e 
como elas circulam nas organizações. De que maneiras as informações 
auxiliam os gestores e colaboradores a executarem suas atividades? 
Outro conhecimento importante nesse primeiro momento é sabermos 
quais são os tipos de informações. Saber diferenciar esses tipos é fundamental 
para que possamos tomar decisões. Veremos que existem informações 
quantitativas e qualitativas. E cada vez mais temos esses dois tipos de 
informação em grande quantidade, o que requer métodos de análise cada vez 
mais sofisticados para que possamos entender o que essas informações nos 
indicam. 
Mas se temos dados e informações, como uma se transforma em outra? 
Também é um assunto que vamos demonstrar ao longo dessa aula. Há 
processos específicos para que um dado passe a ser uma informação e aí os 
sistemas de informação são imprescindíveis, tendo papel determinante. 
Por fim, vamos entender como nossa mente trabalha com todo esse 
arsenal, dados, informação e conhecimento. Vamos entender um conceito 
muito interessante chamado de pirâmide do conhecimento. 
Espero que goste de nossa aula e tenha bons estudos! 
CONTEXTUALIZANDO 
Pense na quantidade de informação que você consome hoje em dia. Ao 
pararmos para analisar essa questão, veremos que estamos inundados de 
 
 
3 
dados e informações a todo instante, por meio, principalmente, da internet e 
dos dispositivos móveis. 
Mas não apenas consumimos informações. Nesse momento também 
estamos gerando uma série de dados que são vistos por alguma organização: 
uma rede social, uma empresa de mídia ou uma outra organização qualquer. 
Por exemplo, quando acessamos o website de uma empresa (mesmo que não 
seja preenchido nenhum formulário ou nada seja comprado ou baixado), uma 
loja virtual ou uma rede social, nossa navegação está sendo de certa forma 
rastreada. Pode-se verificar que percorremos diversas informações e 
consumimos conteúdos diversos. 
Isso dá uma ideia do que gostamos, o que consumimos, que assuntos 
mais acessamos, o que mais nos chama a atenção. Do ponto de vista de 
negócios, é algo muito valioso para muitas empresas. Pois com essas 
informações, podem direcionar seus esforços de comunicação para um público 
muito mais assertivo. 
Quem nunca acessou ou pesquisou produtos na internet e depois 
começou a ver anúncios deste item ou produtos similares nos websites que 
acessou posteriormente? Isso até faz com que muitas pessoas dizem que “os 
produtos os perseguem na internet”. 
Esse efeito é típico da era da informação, que vivemos hoje. A 
informação – ou os dados em primeira análise – é o que mais as empresas 
buscam de seu mercado e de seus consumidores. Valem mais do que 
quaisquer ativos. 
Com isso temos os conceitos de big data (algo como muitos dados – a 
gigantesca quantidade de dados gerados a cada segundo na internet e o 
business intelligence (inteligência de negócios), tecnologia de tratamento 
dessas quantidades imensa de dados. São conceitos e ferramentas que visam 
desvendar informações por meio desses dados coletados. 
Assim, a pergunta é: como converter essa grande massa de dados em 
informações relevantes para as organizações? Esse é o grande desafio! 
 
 
 
4 
TEMA 1 – O PAPEL E A CIRCULAÇÃO DAS INFORMAÇÕES NAS EMPRESAS 
Pense em uma situação em que você é um gestor, diretor ou ocupa 
qualquer cargo de comando em uma empresa. Saiba que nessas situações sua 
principal atribuição é tomar decisões. Para isso, até mesmo instintivamente, 
você irá procurar obter boas informações para tomar as decisões. 
Essas decisões são tomadas com base em informações. A informação é 
a matéria-prima da decisão. Aqui podemos fazer uma analogia com uma 
fábrica: quanto melhor é a qualidade da matéria-prima, melhor qualidade terá o 
produto final. Com as decisões é o mesmo, quanto melhores informações, mais 
acertadas tendem a ser as decisões. 
Mas as informações pura e simples não bastam. Segundo Eleutério 
(2015, p. 17), “as atividades gerenciais, nas grandes corporações ou nas 
pequenas e médias empresas, envolvem a busca e o tratamento de 
informações. Utilizamos informações a todo momento para alertar, estimular, 
reduzir incertezas, revelar alternativas e fundamentar nossas tomadas de 
decisão”. 
Observe que o autor fala em busca e tratamento das informações, ou 
seja, as informações requerem análises prévias para que sejam apresentadas 
aos decisores de modo correto, a fim de que se propicie a melhor tomada de 
decisão possível. Aí está um dos papeis fundamentais dos sistemas de 
informação gerencial, a coleta e o tratamento das informações (veremos com 
mais detalhes nas próximas aulas). 
Outro fator sobre as informações nas tomadas de decisão é o nível 
empresarial, no qual são tomadas as decisões. As organizações em geral têm 
três níveis de gerência: o estratégico (onde está o alto escalão da empresa), o 
nível tático (gerência de departamentos e setores) e o operacional 
(supervisores e trabalhadores que executam as funções básicas). Cada um 
desses níveis olha e tem informações diferentes. 
É que veremos logo a seguir. 
1.1 Níveis de informações 
Nos níveis operacionais, as situações são mais previsíveis, que ocorrem 
diariamente e as decisões costumam ter efeitos imediatos. Por exemplo, o 
supervisor da linha de produção verifica que um equipamento está com níveis 
 
 
5 
de falha acima da média e decide trocar este equipamento. Perceba que neste 
nível as informações em geral são quantitativas (assunto que também veremos 
em nossa disciplina), composta de números, estatísticas, gráficos etc. 
Já no nível médio (tático), as informações não são apenas compostas de 
números. É comum também que existam informações qualitativas, que 
correspondem a opiniões, comentários etc. Nesse nível, os gerentes 
necessitam combinar e analisar informações numéricas e qualitativas em 
conjunto. Por exemplo, um gerente de marketing decide qual a melhor data de 
lançamento para uma campanha de lançamento de um novo produto. 
No nível estratégico, as decisões são bem mais complexas e incertas. 
Isso porque geralmente as informações são bem mais qualitativas do que 
quantitativas. Além disso, as decisões envolvem a empresa como um todo, até 
mesmo sua sobrevivência. Nesse caso, as informações são elaboradas para 
simular cenários, fazer estimativas, previsões e análises mais especializadas. 
Com exemplo, a diretoria da empresa decide entrar em um novo mercado ou 
adquirir um concorrente. 
As informações devem circular nas empresas, caso contrários elas não 
têm sentido. Os gestores usam essencialmente as informações para sua 
principal atribuição: tomar decisões. Os colaboradores de áreas operacionais 
também dependem de informações para executar suas atividades. Tendo bons 
sistemas de informação e uma política correta de tratamento dessas 
informações, maior será a sinergia entre os colaboradores. Ou seja, contribuem 
para que todos reconheçam os desafios, problemas e oportunidadesda 
empresa. Fazem com que os colaboradores sejam mais autônomos e tenham 
mais credibilidade. Para que essa posição seja alcançada, os sistemas de 
informação devem ser eficazes e transparentes. Além disso, devem 
proporcionar boa e segura circulação das informações. Tema do próximo 
tópico. 
1.2 Segurança e circulação das informações 
Uma organização trabalha com muitas informações, quanto maior seu 
porte, mais volume de informações terá. Mas será que todas as informações 
são passíveis de serem divulgadas para todos? Não, por dois motivos. 
Primeiro porque cada colaborador precisa das informações úteis e 
necessárias para suas atividades, não de informações desnecessárias para 
 
 
6 
que ele cumpra suas tarefas. Em segundo lugar porque existem informações 
estratégicas, ou seja, informações que são usadas pelos gestores para 
tomadas de decisão e que se forem de conhecimentos geral podem vazar e 
causar prejuízos diversos para a organização (lucro, imagem, reputação etc.). 
Por exemplo, imagine que a empresa cogite a compra de um 
concorrente. As informações desse processo devem ficar restritas à alta 
direção e não serem disseminadas indiscriminadamente. Caso ela venha a 
público, a negociação pode sofrer um revés, caindo na mão de concorrentes, 
parceiros, fornecedores ou pessoas contrárias à negociação, o que poderia 
atrapalhar a transação. 
Não se trata de censura ou algo do tipo, mas sim de preservar 
informações importantes, que devem ser divulgadas a quem interessa e no 
momento certo para que não prejudique as atividades e planejamento da 
organização. 
Um outro exemplo: dados de clientes não são importantes para quem 
trabalha na linha de produção (chão de fábrica), pois estes colaboradores não 
têm contato com os clientes. Informações de clientes servem para uso dos 
colaboradores e setores que mantêm contato permanente com a clientela, 
vendedores, gerentes comerciais, suporte técnico etc. Mesmo dentro de um 
mesmo setor, as informações devem ter níveis de acesso. Como exemplo, em 
um banco, o gerente da agência pode ter acesso ao rendimento de um cliente, 
mas os caixas não precisam ter essa informação, pois para eles tal informação 
não contribui para seu trabalho. 
Portanto, os sistemas de informação devem contar com mecanismos de 
segurança de acesso informacional que reproduzam as políticas de acesso à 
informação da empresa. Essa política determina como as informações devem 
ser recuperadas e distribuídas, dentro e fora da organização. É o que se chama 
fluxo das informações. 
Segundo Lesca e Almeida (1994), o fluxo de informações é classificado 
em três tipos: os fluxos originados no meio externo, os fluxos provenientes do 
âmbito interno da organização e aqueles que a empresa produz e que são 
destinados ao seu mercado. Veja a figura: 
 
 
 
7 
Figura 1 – Fluxo informacional 
 
Fonte: Adaptado de Lesca e Almeida, 1994. 
1.3 Fluxos das informações 
Segundo Teixeira e Valentim (citado por Eleutério, 2015, p. 19), “os 
fluxos informacionais perpassam do nível estratégico ao nível operacional, 
refletindo e impactando nos processos que compõe a organização, inclusive o 
processo decisório e, por consequência, as estratégias de ação”. 
Podemos deduzir com a afirmação do autor que as informações são 
como o vento: elas simplesmente circulam e, caso não existam regras, irão 
circular livremente. O fluxo das informações acontece de duas maneiras: de 
modo formal ou informal. 
No primeiro caso, as informações devem circular conforme regras e 
políticas da empresa que tratam exatamente de como as informações devem 
ser disseminadas. Por exemplo, a divulgação de um relatório de projeto, do 
gestor do projeto à sua equipe segue regras previstas no termo de abertura do 
projeto, que deve seguir as políticas de comunicação da empresa. 
Já os fluxos informais não têm regras e canais formais. São iniciados 
espontaneamente e podem ser divulgados por vários meios, tecnológicos ou 
não. Essas informações podem ter diversas interpretações e mais liberdade em 
sua expressão. Eles não são necessariamente ruins, pois em muitos casos são 
ágeis e disseminam o conhecimento dentro da empresa. Por exemplo, quando 
os colaboradores criam um grupo de mensagens por aplicativos, para trocar 
informações de como se utiliza um software na empresa. 
TEMA 2 – DADOS, INFORMAÇÕES E CONHECIMENTO 
É comum que as pessoas utilizem os termos dados e informações no 
mesmo sentido. No dia a dia, essa sobreposição de conceitos não tem muito 
 
 
8 
impacto. Mas, para nosso estudo será fundamental sabermos as diferenças 
entre esses termos – além do significado de conhecimento. Isso porque nos 
sistemas de informação há diferenças grandes entre esses termos. Vamos ver! 
2.1 Dados 
Uma frase muito comum nos dias de hoje é dizer que “estamos 
sobrecarregados de informações”. Embora a frase não seja totalmente errada, 
o mais correto é afirmar que estamos sobrecarregados de dados. 
Dados são números, letras, imagens, sons, gráficos ou qualquer outro 
sinal, sem um contexto. Por exemplo, seu eu digo uma data: 01 de março de 
2020, isso significa nada ou pouca coisa para quem a lê ou a escuta. Portanto, 
é apenas um dado. Ao vermos uma tela de computador com dados de uma 
pessoa, um relatório pela primeira vez, estamos vendo apenas dados. São 
estruturados e medidos, contudo, não têm significado em si. O significado é 
que dá ao dado o status de informação. 
2.2 Informação 
A informação é um dado – ou conjunto de dados – dotado de significado. 
Portanto, são dados compreensíveis. De modo que os dados, para se 
tornarem informações, devem ter uma certa estrutura e um contexto. 
Usando o exemplo do tópico anterior, quando alguém vê os dados de 
um relatório ou gráfico, consegue assimilar, perceber e os analisar, aí sim essa 
pessoa tem informações. Ao interpretar o dado, este terá uma finalidade e uma 
importância, sendo neste momento uma informação. 
Logo, a informação tem nos dados a sua matéria-prima. Também 
podemos afirmar que a informação é o resultado do processamento dos dados. 
Uma outra característica que podemos usar para diferenciar dados de 
informações é o volume destes elementos. 
Normalmente os dados existem em muito maior quantidade do que 
informações. Hoje em dia mais ainda, pois existem muitos métodos de captura 
de dados (automáticos, semiautomáticos, manuais), o armazenamento dos 
dados é fácil e em larga escala, pois os dispositivos eletrônicos de 
armazenamento de dados ficaram muito baratos e populares. Isso é ratificado 
por Davenport (1998, p. 1), “os dados são sinais dos eventos e das atividades 
 
 
9 
humanas de todos os dias, com pouco valor agregado; entretanto, eles 
merecem receber o crédito de fácil manipulação e armazenamento em 
computador”. 
2.3 Conhecimento 
O conhecimento é algo que vai além da informação. É uma 
compreensão da realidade de uma certa informação. Conhecimentos são 
concretizados no saber, nas experiências, nas ideias. Ou seja, leva em conta o 
aspecto pessoal do indivíduo. Aspectos que a informação apenas não seria 
capaz de fazer. 
Assim, podemos dizer que o processamento dos dados, mais a 
bagagem individual de tratamento das informações é o conhecimento. Com ele, 
as pessoas podem agir e prever os efeitos de suas ações mais claramente. 
TEMA 3 – INFORMAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS 
As informações são classificadas em dois grupos: informações 
quantitativas e informações qualitativas. Vamos conhecer as diferenças entre 
esses tipos. 
3.1 Informações quantitativas 
A principal característica das informações quantitativas é que elas são 
expressas e medidas em números. 
Por exemplo, quando dizemos que “o PIB (Produto Interno Bruto) do 
Brasil em 2019 foi de apenas 1,1%, menor do que em 2018” ou que “a central 
de atendimento da empresa recebe cerca de 200 chamadas por dia”, estamos 
nos referindo a informações quantitativas.Em geral as informações quantitativas são usadas nas empresas para 
comparar metas, resultado ou para especificar recursos. 
3.2 Informações qualitativas 
Por sua vez as informações qualitativas não são expressas em números 
ou podem ser medidas diretamente. Normalmente, essas informações estão 
em formato textual, representando opiniões, fatos descritivos, pareceres etc. 
 
 
10 
Por exemplo, quando um cliente faz um comentário sobre a empresa na 
rede social, esta é uma informação qualitativa. Por exemplo, o cliente pode 
publicar uma reclamação na rede social sobre um produto da empresa: “o 
produto é desconfortável, não gostei de usá-lo”. O quanto seria 
“desconfortável”? Veja que é uma informação que não se pode medir. 
As informações qualitativas, por sinal, têm sido bem mais usadas pelas 
empresas, justamente por conta das redes sociais. É comum que os 
consumidores publiquem comentários sobre as marcas e produtos na rede, de 
forma qualitativa (boa ou ruim). Com o resultado dessas publicações, as 
organizações têm ideias de novos produtos, melhorias em produtos existentes 
ou até mesmo descontinuar produtos. 
TEMA 4 – CONVERTENDO DADOS EM INFORMAÇÕES 
Vimos que os dados são coletados em grande quantidade e seu formato 
não é adequado para utilização direta pelas pessoas e empresas. 
Para resolver esse problema, os dados devem passar por uma 
reformatação, de maneira que seus utilizadores os interpretem mais 
facilmente e consigam ser convertidos em informações úteis. Essa 
reformatação ocorre por meio de três fases: filtragem, processamento e 
apresentação. Trabalho que é representado na ilustração a seguir: 
Figura 2 – Conversão de dados em informações 
 
Fonte: Eleutério (2015, p. 37). 
E como se transformam dados em informações? Em sistemas de 
informações isso é feito de maneiras bem particulares. Essas ações são 
 
 
11 
implícitas e quase não percebemos que estamos fazendo isso com os dados. 
Davenport e Pruzak (1998) caracterizam as operações conforme o quadro a 
seguir: 
Quadro 1 – Ações de processamento de dados 
Contextualização Sabemos qual a finalidade dos dados coletados. 
Categorização Conhecemos os componentes essenciais dos dados. 
Cálculo Os dados podem ser analisados matemática ou 
estatisticamente. 
Correção Os erros são eliminados dos dados. 
Condensação Os dados podem ser resumidos para uma forma mais 
concisa. 
Fonte: Davenport; Pruzak 1998 
Para explicar o quadro anterior, imagine uma planilha de vendas. A 
primeira ação é contextualizar dados de uma equipe. Depois verificamos os 
produtos, categorizando os que atingiram as metas de vendas e os que não 
atingiram; calculamos os que irão atingir em um determinado prazo; tratamos 
um eventual erro na planilha; e condensamos para um resumo da informação, 
como vendas por semana em vez de dias. 
4.1 Filtragem 
É a primeira etapa da conversão de dados em informações. Filtramos os 
dados que interessam para a análise. Por exemplo, suponha que tenhamos 
uma planilha de resultados de vendas de produtos no Brasil inteiro, mas 
queiramos analisar somente os resultados da região Sul. Vamos, assim, 
ignorar os dados das demais quatro regiões nacionais. Os sistemas 
informatizados e bancos de dados fazem essa etapa com bastante eficiência, 
já que têm mecanismos de filtragem. 
4.2 Processamento 
Uma vez filtrados, os dados vão à fase de processamento. Nessa etapa, 
os dados são relacionados entre si, manuseados e interpretados, a fim de se 
tornarem informações. 
 
 
12 
Por exemplo, um relatório financeiro que agrupe receitas e despesas e 
ao final calcule a margem de lucro, dentro de um período. Os softwares 
financeiros fazem operações aritméticas (somas, multiplicações, subtrações e 
divisões) e estatísticas (médias, frequências, percentuais etc.). Em seguida 
totaliza e sumariza esses dados de uma forma que possibilite sua 
interpretação. 
Poderíamos dizer que ao final da etapa de processamento já temos 
informações. Pois eles estão inter-relacionados e passíveis de análise. 
Todavia, para os usuários devem ser apresentados de forma adequada, o que 
é feito na próxima etapa, a apresentação. 
4.3 Apresentação 
A terceira etapa do processamento de dados em informações é a 
apresentação. De nada adianta coletar e processar dados de maneira muito 
eficiente, se essas informações não forem apresentadas de modo adequado a 
quem se destina. 
A principal função, portanto, da apresentação é tornar as informações 
em formato útil e compreensível para as pessoas. Nesse ponto, a boa 
comunicação é fundamental. As informações apresentadas devem ser 
encaminhadas às pessoas certas, além de serem informações relevantes para 
essas pessoas. 
Para garantir essa boa comunicação, há dois processos: a sumarização 
e o roteamento. Vamos entender ambos. 
A sumarização visa garantir que apenas as informações importantes 
sejam levadas aos destinatários. Por exemplo, um relatório de vendas para a 
diretoria deve ter a informação de que “as vendas aumentaram 10% este mês 
em relação ao mês passado”, sem precisar entrar em grandes detalhes sobre 
esse aumento – embora essa informação deva estar disponível se alguém a 
solicitar. A sumarização reduz o volume de informações, evitando confusão e 
desentendimentos. 
O roteamento é o fato das informações chegarem até as pessoas certas, 
aquelas que efetivamente irão utilizar as informações para suas decisões. Por 
exemplo, informações sobre processos logísticos são relevantes para os 
gestores da área. Funcionários do RH, por exemplo, não têm interesse nessas 
informações, pois não as usarão para nada. 
 
 
13 
Os softwares de sistemas de informação possuem muitos recursos para o 
roteamento. Eles, em geral, possuem funcionalidades de grupos de usuários 
ligados às respectivas informações, garantindo ou negando acesso aos 
colaboradores, dependendo de sua área. 
TEMA 5 – PIRÂMIDE DO CONHECIMENTO 
Bem, agora que já compreendemos o conceito de dado e informação e 
como converter dados em informações, vamos mais além, conheceremos dois 
outros níveis: o conhecimento e a inteligência. 
O conhecimento – sobre o qual já abordamos um pouco – pode ser 
entendido como um kit completo de dados, informações e relações entre eles 
que possibilitam às pessoas tomar decisões, realizar operações e criar novas 
informações. É a informação dentro de um contexto. Também é um valor 
adicionado à informação por meio das pessoas que podem compreender o real 
valor da informação. Também entram aqui a experiência das pessoas, seus 
valores, contexto no qual ela está e até mesmo os insights (a intuição). O 
conhecimento nasce e se aplica na mente dessas pessoas. 
Eleutério (citado por Rowley, 2015) ilustra a pirâmide do conhecimento 
como uma estrutura em quatro camadas, veja a figura: 
Figura 3 – Pirâmide do Conhecimento 
 
Fonte: Eleutério (citado por Rowley, 2015, p. 40). 
Observando a pirâmide, vemos a relação entre os conceitos estudados 
nesta aula. Na base está o conhecimento, os registros não interpretados, 
capturados em larga escala. No nível seguinte, as informações, em menor 
quantidade, por meio da filtragem dos dados e com mais valor adicionado. No 
próximo nível, o conhecimento, uma maneira superior de compreensão. E no 
 
 
14 
nível mais alto da pirâmide, a inteligência ou sabedoria, que significa o “como” 
e “quando usarmos o conhecimento. 
TROCANDO IDEIAS 
Muito se fala nos dias atuais a respeito da “avalanche de informações 
que existe na internet”. Será que não seria uma avalanche de dados, em vez 
de informações? 
E será que essa quantidade astronômica de dados é um fator bom ou 
ruim para a nossa sociedade, para a nossa vida? Como você vê esse cenário? 
Discuta com seus colegas a respeito da imensa quantidade de dados 
que temos ao nosso dispor, na internet. Dê exemplos pessoais de como eles 
interferem na sua vida, no seu trabalho e opine sobre isso. Mencionetambém o 
que você acha das tecnologias da informação que permitem que estejamos 
recebendo informações a praticamente todo instante. Queremos te escutar! 
NA PRÁTICA 
Você provavelmente conhece os sistemas de lombadas eletrônicas 
presentes nas rodovias e ruas das maiores cidades. Esse sistema coleta dados 
de como os motoristas se comportam em relação aos limites de velocidade, 
aplicando multas àqueles condutores que passam pelo equipamento em 
velocidade acima do permitido para o trecho. 
Pensando na forma como o equipamento trabalha e tendo por base os 
conhecimentos adquiridos em nossa aula, responda: 
1) Quais os dados principais coletados pelas lombadas eletrônicas? 
2) Que informações esses dados podem indicar aos gestores dos órgãos 
de trânsito? 
3) Que tipo de conhecimento e inteligência esses gestores podem adquirir 
com as informações das lombadas eletrônicas, que podem ser úteis à 
nossa sociedade e ao nosso trânsito? 
FINALIZANDO 
Em nossa primeira aula entendemos o papel e a circulação dos dados e 
informações nas organizações. Vimos que a informação circula de duas formas 
principais: pelos fluxos formais ou informais. 
 
 
15 
Em seguida, estudamos as diferenças entre dados, informação e 
conhecimento. Esse entendimento é necessário para compreendermos como 
funcionam os sistemas de informação. Dados são registros brutos, sem 
significado, enquanto a informação é a interpretação e análise destes dados. O 
conhecimento é a união das capacidades mentais humanas à interpretação das 
informações. 
Também conhecemos os dois tipos de informações: as quantitativas, 
expressas em números e as qualitativas, descritas em formas textuais e nem 
sempre estruturadas. Ambas as informações são importantes no contexto 
organizacional e devem ser analisadas. 
Na sequência aprendemos como é o processo de conversão de dados 
em informações, por meio dos processos de coleta, processamento e 
apresentação. Esta última também tem os processos de sumarização e 
roteamento. 
Finalmente vimos o conceito de “Pirâmide do Conhecimento”, que ilustra 
os níveis do conhecimento, com os dados na base, as informações logo acima, 
o conhecimento acima desta e a inteligência (ou sabedoria) como o ápice do 
conhecimento. Bons estudos e até a próxima aula! 
 
 
 
 
16 
REFERÊNCIAS 
DAVENPORT, T. H. Big data no trabalho: derrubando mitos e descobrindo 
oportunidades. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 
DAVENPORT, T. H.; PRUSAK, L. Conhecimento empresarial: como as 
organizações gerenciam o seu capital intelectual. 5. ed. Rio de Janeiro: 
Campus, 1998. 
LESCA, H.; ALMEIDA, F. C. Administração estratégica da informação. São 
Paulo: Revista de Administração, 1994.

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