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Recursos humanos Educação corporativa e desenvolvimento organizacional e de pessoas Visando alcançar melhores resultados, muitas empresas estão optando por recompensar funcionários que apresentam um bom desempenho com cursos específicos de capacitação e qualificação, pois além de serem de extrema importância para a organização, também são primordiais para o desenvolvimento dos colaboradores e, consequentemente, para sua progressão na carreira. Normalmente planejados pelo profissional de RH, os cursos de educação corporativa têm a função de proporcionar a aprendizagem para qualificar profissionalmente os funcionários de uma empresa, a fim de gerar resultados positivos em todos os seus setores. Orientação profissional: coaching, mentoring e counseling xxxxxxxxx Conceito e finalidade da educação corporativa De acordo com a sociedade brasileira de coaching, a educação corporativa é o processo de gestão de pessoas, conhecimento e a articulação de uma estratégia de longo prazo para a organização. Figura 1 – Jeanne Meister A autora americana Jeanne Meister, referência no assunto educação corporativa, conceitua esta prática como sendo “um guarda-chuva estratégico para desenvolver e educar funcionários, clientes, fornecedores e comunidade, a fim de cumprir as estratégias da organização” (MEISTER, 1999, p. 35). Portanto, mais do que um simples treinamento empresarial, a educação corporativa pode ser considerada como uma prática coordenada entre a gestão de pessoas e seus conhecimentos. Neste contexto, as práticas de educação corporativa estão relacionadas tanto aos processos de inovação nas organizações como às estratégias de aumento da sua competitividade, cabendo ao profissional de RH a articulação entre as competências individuais, grupais e organizacionais. Pode-se dizer que as competências individuais são compostas por processos sociais e psicológicos de intuição e interpretação, enquanto as competências grupais são constituídas por processos de integração; já as competências organizacionais são compostas por processos de institucionalização. Autores Crossan, Lane e White (citados por Choo) definem estes processos da seguinte forma: Intuição: é o reconhecimento pré-consciente das possibilidades inerentes à experiência pessoal. Interpretação: é a explicação por meio de palavras ou ações de uma ideia. Integração: é o processo de desenvolvimento do entendimento entre indivíduos e a tomada de ações coordenadas por ajustes mútuos. Institucionalização: é o processo de incorporação de aprendizagem que ocorreu por indivíduos ou grupos na organização que, por sua vez, deve assegurar que as ações convertidas em rotinas ocorram. Neste contexto, o processo de aprendizagem pode ocorrer em três níveis em uma empresa: De forma individual: é quando ocorre o primeiro processo de aprendizagem, que é carregado de emoções que podem ser tanto positivas quanto negativas e que se dá por meio de caminhos diversos. Em grupos: quando o processo social se dá de forma compartilhada pelas pessoas do grupo. De forma organizacional: quando o processo de aprendizagem individual, partilhado pelo grupo, passa a ser expresso na estrutura, nas regras, nos procedimentos e nos elementos simbólicos da organização. Tudo! Pois ao articular competências individuais, grupais e organizacionais, a empresa a tende a desenvolver melhor uma estratégia competitiva que seja capaz de propor soluções inovadoras para o negócio. A Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) evidencia a preocupação de algumas empresas em qualificar suas equipes, especialmente durante os momentos de crise, que são os mais desafiadores do mercado, com o objetivo de ter um time mais competitivo para quando houver melhora da situação ou ainda para ganhar em desempenho. Vale ressaltar, também, que este processo educacional precisa ser voltado para resultados específicos, e não pensando apenas na qualificação profissional. Deste modo, antes de ser implementado, o profissional de RH deve deixar claro todos os objetivos organizacionais a serem alcançados por meio da aplicação de um programa de treinamento e desenvolvimento (T&D). Se a pesquisa de clima de uma empresa aponta problemas de comunicação e engajamento em determinada equipe, por exemplo, o setor de RH deve estruturar um programa de T&D que tenha o objetivo de melhorar o relacionamento interpessoal, o trabalho em equipe e a motivação de seus participantes. Alguns exemplos de objetivos e metas que podem ser atingidos pelo desenvolvimento organizacional da empresa são: melhorar a produtividade, a qualidade dos produtos, o atendimento ao cliente, as vendas, melhorar o clima, diminuir a rotatividade. x Desenvolvimento organizacional e de pessoas Antes de nos aprofundarmos no assunto, é necessário compreender o conceito da palavra desenvolvimento, que compreende toda ação relacionada ao processo de crescimento e evolução de uma pessoa em uma determinada condição. Em outras palavras, o DO surgiu em resposta às mudanças e pode ser considerado como um programa ou projeto desenvolvido para implementar um processo de mudança organizacional de forma planejada. Dentre os objetivos comuns de um programa de DO está a criação de um senso de identificação das pessoas com relação à organização para que se busque a motivação, o comprometimento, o compartilhamento de objetivos comuns, o aumento de lealdade e o desenvolvimento do espírito de equipe pela da integração e pela interação das pessoas. De acordo com os autores French e Bell, o desenvolvimento organizacional (DO) pode ser definido como um “esforço de longo prazo, apoiado pela alta direção, no sentido de melhorar os processos de resolução de problemas de renovação organizacional”. Neste contexto, os treinamentos específicos, as dinâmicas de grupos e as campanhas e ações de endomarketing são utilizados como ferramentas de desenvolvimento de pessoas, fazendo com que elas adquiram habilidades sociais e técnicas. Chiavenato sustenta que existem quatro características que diferenciam o treinamento específico do genérico. Em resumo, enquanto o treinamento específico é definido, prático, real e ativador, o treinamento genérico é o oposto, sendo vago, instrucional (no sentido de não desenvolver a prática), irreal e chato. Clique ou toque para acessar o conteúdo. Treinamentos específicos Podem ser subdivididos em programas de treinamento técnico, programas de desenvolvimento de carreira e programas de reciclagem. Já o desenvolvimento pessoal tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida e de desenvolver as habilidades pessoais de cada pessoa, contribuindo para a construção do capital intelectual da empresa, bem como para a realização dos objetivos e aspirações de cada indivíduo. Programas de treinamento técnico: com enfoque na tarefa, têm o objetivo de suprir as necessidades de aprendizagem para o exercício das diversas atividades pertinentes à área de atuação. Programas de desenvolvimento de carreira: com enfoque no indivíduo, têm o objetivo de desenvolver as competências desejadas pela organização, visando o crescimento do colaborador na empresa. Programas de reciclagem: têm a finalidade de ambientar as pessoas quando é realizada alguma mudança nas políticas ou na modernização nos sistemas da empresa. Dinâmica de grupo Este conceito faz parte da psicologia social e está relacionado às forças em ação no contexto de um grupo. É considerada uma técnica que coloca um grupo de pessoas em movimento por meio de jogos, brincadeiras, exercícios e simulações. A autora Izolda Lopes diz que “esta prática é uma forma de provocar a reflexão sobre questões e situações cotidianas, sendo uma maneira mais democrática de oportunizar a manifestação dos integrantes de um grupo”. Considerando o contexto de atuação, pode-se classificar os tipos de dinâmicas mais utilizadas em treinamentos como sendo: Dinâmicas de integração: visam a facilitar e melhorar o relacionamentoe a relação interpessoal da equipe de trabalho. Dinâmicas de motivação: têm a finalidade de resgatar no colaborador a vontade de dar seu melhor pela carreira e pela organização. Dinâmicas de reflexão: têm o objetivo de estimular o autodesenvolvimento dos colaboradores e a reflexão sobre sua atuação dentro da organização. Campanhas e ações de endomarketing Oriundo do grego, endus que significa “para dentro”, a expressão endomarketing se refere ao marketing interno das organizações. As ações de endomarketing são projetos e ações que visam à consolidação da base cultural e do comprometimento de seus colaboradores. Tais projetos são realizados por ações que promovem a valorização e o bem-estar da equipe de trabalho por meio de uma comunicação uniforme. Podemos citar como exemplos de práticas de endomarketing: Programas de integração: visam a adequar novos colaboradores à cultura da organização. Campanhas de conscientização: servem para a conscientização no que se refere às boas condutas, como a prática de exercícios físicos, por exemplo. Também têm a finalidade de alertar quanto aos riscos à saúde, por meio de campanhas contra o uso de drogas, controle de velocidade no trânsito, entre outras. Comemorações: realização de festas de aniversário da empresa, encerramento do ano, aniversariantes do mês, entre outros. Incentivos financeiros: premiações por destaque etc. Por meio da educação corporativa, o setor de RH pode qualificar seus colaboradores para que eles desenvolvam habilidades essenciais à organização, desde o ensinamento da forma correta de se realizar uma tarefa ou manuseio de equipamentos específicos, até conhecimentos que servirão para a vida pessoal, relacionados à qualidade de vida, como dicas de práticas de exercícios físicos, alimentação saudável entre outros. E tudo isso pode ser desenvolvido na modalidade à distância, isto é, pelo EAD corporativo, que considerada uma forte tendência por ser uma das formas mais eficazes de se trabalhar estas questões. x Tendências em programas de treinamento e desenvolvimento A seguir, veremos algumas tendências no que se refere a programas de T&D nas organizações. E-learning O e-learning pode ser considerado como o processo pelo qual o aluno aprende por meio de conteúdos disponíveis em uma plataforma virtual que utiliza a Internet como meio de comunicação, sendo que este ensino poderá ocorrer de forma síncrona ou assíncrona. *Do inglês electronic learning, que significa aprendizagem eletrônica. O termo e-learning se refere a um modelo de ensino não presencial apoiado no uso da tecnologia. Algumas empresas enxergam a educação corporativa como uma solução para suprir a carência de profissionais externos, por exemplo. Dessa forma, ao fornecer treinamentos internos específicos e proporcionar a possibilidade de os colaboradores obterem a excelência em sua área de atuação, a organização promove a o aumento do desenvolvimento organizacional e a satisfação dos profissionais treinados. O auto treinamento é uma importante característica do e-learning corporativo, pois muitas vezes os cursos não contam com professor. Nestes modelos, o aluno se inscreve, participa e finaliza o curso quando quiser, tornando o custo individual mais baixo para a empresa, de modo que não seja necessário que haja um profissional para fazer a condução e a mediação dos conhecimentos da qualificação. B-learning Também conhecido como blended learning, o B-learning é um derivado do e- learning, e corresponde a um sistema de formação em que a maior parte dos conteúdos é transmitida em curso a distância, incluindo, porém, algumas situações presenciais. *A palavra blended significa algo misto ou combinado, daí a origem do termo. M-learning O mobile learning é considerado como uma modalidade de ensino e aprendizagem relativamente nova, que permite a interação entre alunos e professores em ambientes de aprendizagem a distância, utilizando, para isso, dispositivos móveis com acesso à Internet. Chamamos de ensino síncrono quando professor e aluno estão em aula ao mesmo tempo, como em uma webconferência, por exemplo. Este modelo de comunicação permite perguntas e discussões em tempo real, sendo o que mais se assemelha ao ensino presencial. Já no ensino assíncrono o professor e os alunos não estão em aula ao mesmo tempo, a exemplo de comunicações por e-mail e uso de fóruns de interação. O e-learning assíncrono se diferencia por sua flexibilidade no uso do tempo, em que cada aluno pode realizar o curso conforme seu ritmo de aprendizagem e disponibilidade de horários. *O termo mobile learning pode ser traduzido como aprendizagem móvel e representa a integração das tecnologias móveis no contexto educativo. x Comunidades de práticas (CoPs) Criado por Etienne Wenger, o conceito de comunidade de prática (CoP), em resumo, pode ser considerado como um grupo de pessoas que se reúnem por terem um interesse comum no aprendizado e na sua aplicação. Nestes encontros, os indivíduos levam seus problemas e encontram soluções no compartilhamento de conhecimento e nas trocas de experiências. As CoPs são formadas por grupos de pessoas que se envolvem em um processo de aprendizado coletivo. O sucesso do aprendizado e das melhores práticas geradas é de grande interesse no cenário competitivo que temos hoje, uma vez que facilita o surgimento de novas ideias. Por este motivo, muitas das empresas que investem em inovação adotam as comunidades de prática. Cabe ressaltar que a participação em uma CoP deve ser aberta, e tentar fazer com que todos os membros participem de forma igual é um erro, pois devido, aos diferentes níveis de interesse, os membros acabam se dividindo em três grupos: principal, ativo e periférico. O grupo principal (ou central) é formado pelos indivíduos mais engajados. Eles são o coração da CoP e guiam a comunidade na sua agenda de aprendizados. O grupo ativo é composto por pessoas que frequentam reuniões, eventualmente participam de fóruns, porém sem a intensidade e a regularidade do grupo central. O grupo periférico corresponde aos membros que assistem a interatividade dos que estão nos grupos principal e ativo. As comunidades de práticas devem ter enfoque em seu maior valor que são as pessoas envolvidas. As atividades e os relacionamentos são essenciais neste processo, de modo que a riqueza do grupo em conhecimento, bem como suas qualidades humanas fortalecem o senso de coletividade. x Universidades corporativas Embora a palavra universidade nos faça pensar em uma estrutura física, as universidades corporativas (UCs) são bem diferentes no âmbito organizacional. Com a finalidade de compartilhar e gerir o conhecimento por meio de técnicas que visam o alcance dos resultados organizacionais, podemos considerar as UCs como sendo laboratórios de aprendizagem que são voltados para o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades de colaboradores de uma organização. De modo geral, as UCs são custeadas pela própria organização, salvo alguns casos em que são feitas parcerias com instituições de ensino. Conforme veremos a seguir, mesmo que uma universidade corporativa tenha suas especificidades, seus objetivos geralmente são semelhantes, tais como: Oportunizar um processo de aprendizagem que dê suporte ao alcance dos principais objetivos do negócio Estruturar programas que incorporem ações de cidadania, contextualização social e desenvolvimento de competências Envolver a alta gestão para que ela também seja responsável pelo processo de aprendizagem Obter vantagem competitiva para entrar em novos mercados por meio das universidades corporativas O principal objetivo de uma UC é desenvolver seu capital intelectual de forma a amplificar as competências profissionais, técnicas e gerenciais que sejam fundamentais para a o sucesso da organização. No Brasil, as empresas empreendem esforços para criar formas de capacitação e treinamento de seus colaboradores, visando a obter maior eficácia, eficiênciae efetividade em sua produção, tornando a empresa mais apta à concorrência do mercado de trabalho. A seguir, veremos alguns exemplos de empresas que implementaram e fazem uso das universidades corporativas no Brasil. Clique ou toque nos títulos para visualizar o conteúdo. Senac A instituição brasileira de educação profissional conta com um portal de educação corporativa com vários cursos na modalidade a distância, que vão desde a integração de novos colaboradores até cursos de atualização e reciclagem para os colaboradores que estão há mais tempo de empresa. Renner A rede gaúcha de lojas de roupas e acessórios utiliza programas como a academia Renner de Varejo e a universidade Renner para desenvolver e promover o engajamento de seus colaboradores. Vonpar A empresa de alimentos e bebidas fundou a universidade Vonpar para acompanhar o crescimento da empresa e incentivar a qualificação dos profissionais. Há dois tipos de programas oferecidos pela empresa: um para os recém-contratados, que contempla a ambientação e simulações de situações que serão vivenciadas no dia a dia; e outro para funcionários mais antigos, que contempla as estratégias comerciais para o ponto de venda. Accor A rede de hotéis Accor trouxe para o Brasil umas das primeiras universidades corporativas do país, chamada academia Accor, e tem um curso chamado de formação de formadores, que é voltado para os cargos de liderança. Além deste curso, a instituição também oferece cursos para profissionais de todos os níveis hierárquicos, sempre com o objetivo de desenvolver o aspecto comportamental. Ambev A Companhia de Bebidas das Américas também é uma das empresas pioneiras na implantação da universidade corporativa. A empresa criou a universidade Brahma, que mais tarde foi substituída pela universidade Ambev (UA). Além dos métodos tradicionais de treinamento, como salas de aula para cursos in loco, isto é, na própria sede, a UA conta também com a TV Ambev, que é um canal de TV corporativo transmitido via satélite. Volkswagen A empresa implantou a escola de excelência Volkswagen, em que os conhecimentos específicos sobre a empresa são compartilhados pelos empregados. Funcionários que tenham habilidades para disseminar o conhecimento e preparar o time são escolhidos pela empresa para ser instrutores dos cursos. x Tendências em educação corporativa Acompanhar as tendências e aplicá-las no negócio são fatores essenciais para a sobrevivência das organizações e, nesse contexto, a educação corporativa surgiu como uma solução à velocidade das mudanças no mercado, principalmente por conta da revolução tecnológica. Por outro lado, as novas tecnologias possibilitam vários benefícios para a educação corporativa, já que hoje os cursos podem ser realizados a distância pela internet, eliminando, assim, a necessidade de investimento em estrutura física, bem como flexibilizando questões de horário para que os participantes possam assistir às aulas conforme o seu tempo livre. Em virtude destas mudanças, as tendências em educação corporativa se renovam, conforme veremos a seguir. x Orientação profissional: coaching, mentoring e counseling Coaching Você já deve ter ouvido falar em coaching, não é mesmo? Coaching é a atividade de consultoria e aconselhamento em uma abordagem, geralmente confidencial, entre o coach, que é o treinador (ou consultor), e a pessoa que está sendo treinada, que é chamada de coachee. *Em inglês, coach significa treinador e/ou instrutor. Quando usada como verbo, a palavra coach significa treinar ou ensinar. Um coach é um profissional que exerce o coaching, que é uma ferramenta de desenvolvimento pessoal e profissional. Em síntese, coaching é um tipo de treinamento que tem foco no desenvolvimento pessoal. O coach tem o papel de dar todo o suporte e apoio ao seu coachee para que ele possa atingir as metas pessoais e profissionais determinadas desde o início do processo. No âmbito corporativo, algumas empresas contam com programas que integram esta prática em na sua rotina. Entretanto, é necessário analisar a necessidade do coaching para a organização, uma vez que ele é mais focado em determinadas tarefas e objetivos. Neste contexto, não é necessário que o coach tenha uma experiência maior do que a da pessoa que solicita seu aconselhamento, diferentemente do mentoring, conforme veremos a seguir. Mentoring O mentoring é uma abordagem de orientação profissional e pessoal com elevada amplitude, na qual um profissional (no caso, o mentor) que teha vasta experiência e forte sustentação teórica auxilia uma pessoa com menos experiência (no caso, o mentorado) em aspectos específicos para o seu desenvolvimento. *Em inglês, mentoring pode ser traduzido como tutoria, mentoria, mentorado ou apadrinhamento. O mentoring é uma ferramenta de desenvolvimento profissional e consiste em uma pessoa experiente ajudar outra menos experiente. Em resumo, na mentoria, o mentor oferece suporte e funciona como um guia para que seu aprendiz percorra da melhor forma o caminho que ele já percorreu. Na prática, o processo de mentoring precisa de um nível de confiança mais forte se comparado ao coaching, pois o mentorado deve ser capaz de expor todas as suas ansiedades e necessidades ao seu mentor. A aplicação dos processos de mentoring, geralmente, são mais formais e podem ocorrer com base em projetos com datas estipuladas de início e término. Entretanto, além do mentoring formal, este processo pode ocorrer em diversos contextos, tais como: Clique ou toque para acessar o conteúdo. Mentoring informal Ocorre por meio da interação baseada na confiança, no respeito e na troca de ideias entre mentor e mentorado. Mentoring situacional Ocorre de acordo com o surgimento de uma necessidade específica, como situações de treinamentos na tarefa, por exemplo. Mentoring de supervisão Tem o foco na capacitação e no desenvolvimento de habilidades quanto à realização de tarefas e atividades. Flash mentoring Ocorre por meio de uma reunião esporádica entre um profissional experiente e um (ou mais) colaborador em treinamento. Mentoring interativo Ocorre quando o mentor é forte em uma determinada questão e o mentorado é forte em outro aspecto. Neste caso, há a troca de papéis para o compartilhamento de conhecimentos e expertises. Counseling O counseling é uma abordagem profissional e pessoal com foco específico, em um contexto clínico, médico ou psicológico, com atividades estruturadas de diagnóstico, aconselhamento, acompanhamento e avaliação. *Em inglês, counseling significa aconselhamento. É um processo de interação entre duas pessoas (um profissional especializado e o cliente), que tem como objetivo ajudar a pessoa a fazer as melhores escolhas no âmbito pessoal ou profissional. Conhecido como counselor, o profissional do counseling tem o papel de mostrar opções em situações de crise pessoal ou profissional do cliente, sendo capaz de auxiliá- lo de forma rápida e pontual. Por estar relacionado a questões emocionais e necessitar de um treinador externo, o counseling normalmente não é aplicado no âmbito organizacional. x Vantagens da modalidade EAD para educação corporativa Existem diversas razões pelas quais as organizações estão adotando a modalidade EAD para a realização dos cursos contemplados por suas universidades corporativas, conforme veremos a seguir. Economia de tempo e dinheiro Na modalidade EAD, a empresa não precisa agendar um dia ou período específico para um curso de capacitação, como faria de forma presencial. A capacitação fica disponível on-line para acesso no melhor momento e é possível atingir colaboradores que atuam em diferentes localidades e turnos de trabalho com um mesmo curso. Além disso, com a educação corporativa EAD, não existe a necessidade de arcar com custos de deslocamento de colaboradores nem com a contratação de palestrantes para cada turma. Maior alcance A EAD privilegia o treinamento em escala,que possibilita a disseminação de informações padronizadas para todos os participantes, sendo uma boa solução para empresas que contam filiais em diferentes cidades. Além de conteúdos específicos que são focados nas práticas e nos conhecimentos que os colaboradores da empresa realmente necessitam saber, os cursos são desenvolvidos de forma customizada para o desenvolvimento das habilidades essenciais à produtividade da empresa e ao crescimento dos profissionais em suas carreiras. Integração ao planejamento estratégico Uma universidade corporativa on-line permite ao colaborador um amplo conhecimento sobre como seu trabalho pode se integrar às metas e aos objetivos da organização, de forma que o conhecimento pode ser transformado em uma vantagem competitiva para o colaborador que queira se destacar no exercício de suas atribuições, bem como para a organização. x O profissional de RH As mudanças do mercado fazem com que o profissional de RH tenha que acompanhar tendências, a fim de oferecer as melhores soluções no que se refere à gestão de pessoas. Neste contexto, a educação corporativa surge para elevar a produtividade e a capacidade de inovação das empresas. Uma educação corporativa bem planejada pode proporcionar diversas vantagens à organização, uma vez que, além melhorar os resultados organizacionais, também aumenta a satisfação dos colaboradores que se sentem valorizados pelo fato de terem a oportunidade de se qualificarem por meio dos programas de T&D. Educar corporativamente implica em tornar os profissionais mais autônomos e cientes de suas responsabilidades ao exercerem suas atribuições na organização a qual estão inseridos. As organizações devem buscar estratégias inovadoras que atendam aos seus objetivos. Contudo, também devem levar as aspirações individuais dos colaboradores em consideração. Desta forma, todos saem ganhando: a organização ganha em aumento de produtividade do seu capital intelectual e o profissional ganha em autonomia de escolha para o melhor caminho no desenvolvimento de suas competências. x
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