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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA Disciplina: Filosofia e Ética Aluno: Erlenya Ferreira de Sousa Rufino Aragão Matrícula: 20213110134 Pólo: Belford Roxo Questões e tema para discurssão. 1. Como podemos entender a relação entre o pensamento de Platão e o de seu mestre Sócrates? Platão, embora tenha sido discípulo de Sócrates por 10 anos e ter defendido várias de suas ideias, encontrou pontos de conflito em algumas outras. Existia em Platão convergência e divergências em comparação às idéias de Sócrates o que o fez afastar-se do pensamento de seu mestre e começar a desenvolver sua própria doutrina. Para Platão a concepção de filosofia como método de análise, embora considerasse um elemento importante da reflexão filosófica, seria no entanto insuficiente para caracterizá-la. Seu principal argumento era que um método necessita de um fundamento teórico que contenha exatamente os critérios segundo os quais o método é aplicado de forma correta e eficaz. Se não temos os critérios para determinar se que estas definições são consideradas válidas, não temos como saber se o método de análise realmente pode ser levada em consideração. Enquanto Sócrates considerava a filosofia como um método de reflexão que levaria o indivíduo a uma melhor compreensão de si mesmo, passando por um processo de transformação, revisão e reavaliação de suas crenças e valores, para Platão a filosofia é essencialmente teoria; a capacidade de ver, através de um processo de abstração e de superação de nossa experiência concreta. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 3. Como se pode interpretar o sentido e a importância da doutrina da reminiscência? Na Teoria da Reminicência um dos questinamentos acerca das idéias é que não estamos em completamente ignorantes diante delas. Se não fosse assim não teríamos o desejo nem o poder de procurá-las. Platão acreditava que temos um conhecimento de tudo e que a alma traz consigo estes antes do nascimento. Ao encarnar no corpo, entretanto, a alma esquece todo esse conhecimento. O exemplo que temos citado no livro do Prof. Danilo Marcondes é sobre o questionamento de Ménon sobre o Teorema de Pitágoras. Sócrates chama um escravo de Ménon, sem nenhum conhecimento prévio para mostrar que apenas através de perguntas, ele vai conduzindo o escravo a reconhecer o Teorema de Pitágoras. Assim também acontece com os demais conhecimentos; para Platão o que acontece é uma lembrança do que já é conhecido. Cabe ao filósofo despertar o que está esquecido a partir da dialética, fazendo assim com que o indivíduo possa reconhecer e aprender por si mesmo. 5. Qual o papel da teoria das ideias no pensamento de Platão? A teoria das ideias relata que a natureza essencial das coisas, que Platão chama de forma ou ideia abstrata (metafísica), está em uma teoria da natureza essencial. Esta nos nos permite realizar, quando nos perguntamos “o que é x?”, a análise pretendida. Saberemos quando o resultado for obtido se ele irá satisfizer os critérios estabelecidos por esta teoria para a aplicação bem-sucedida do método, que se dá quando este nos leva ao conhecimento desta natureza. Para Platão estas idéias ou formas são os únicos objetivos passíveis de oferecer o verdadeiro conhecimento. A teoria foi desenvolvida em muitos de seus diálogos buscando de resolver o os diversos questionamentos da época. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UNIDADE DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 7. Como Platão descreve a realidade na Alegoria da caverna? O Mito da Caverna ou Alegoria da Caverna relata prisioneiros, acorrentados e imóveis desde a infância, vivendo às sombras. Esses prisioneiros, somos nós, o homem comum, prisioneiro de hábitos, preconceitos, costumes, práticas, que adquirimos desde a infância e que representam “correntes” que o fazem ver as coisas de apenas por um ângulo, parcial, limitado, incompleto, distorcido, como “sombras”. O homem condicionado e limitado que não o deixa pensar por si próprio, só consegue ver as sombras. O prisioneiro passa a se libertar por um conflito interno entre duas forças que se encontram em sua alma, a força do hábito ou da acomodação e a força do eros, do impulso, da curiosidade, que o estimula a buscar algo além de si mesmo. A força do hábito faz com que o prisioneiro se acomode na zona de conforto. A força do eros, porém, faz com que ele se sinta insatisfeito, frustrado, infeliz, e busque uma situação nova. Esse conflito motiva o processo de mudança e transformação e faz com que o prisioneiro saia da situação em que se encontra. No momento que o prisioneiro, caminha em direção à luz e sai da caverna ele percorre novamente as mesmas etapas no mundo externo, olhando primeiro as sombras e imagens, depois os próprios objetos, depois os reflexos dos astros até finalmente conseguir olhar o próprio Sol que simboliza, o grau máximo de realidade, através da metáfora da luz como o que ilumina, torna visível e se opõe à escuridão e às trevas. Do ponto de vista da dialética significa que agora possui o saber, pois tem a visão do todo, superando portanto a visão parcial anterior. Porém o prisioneiro, embora prefira qualquer coisa a voltar à sua situação inicial, deve voltar à caverna! Platão mostra a missão político-pedagógica do filósofo, que, não satisfeito em atingir o saber, deve levar a seus antigos companheiros na caverna a existência da realidade superior, bem tentar motivá-los a percorrer o caminho até ela, mesmo que corra o risco de ser incompreendido e até assassinado. Para Platão o filósofo não é apenas um ser apenas contemplativo, já que com o conhecimento adquirido não dá conta da volta à caverna, que representa o seu papel político. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da Filosofia, Ed. Zahar. Rio de Janeiro, 1997.
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