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SISTEMA DE INFORMAÇÃO * Organização: Wanderson Tavares * Editoração Gráfica: Edileison Honorato * Arte Capa: AçãoCriAção Sistema de Informação 2 Sistema de Informação Sistema de Informação 2 3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO _______________________________ 05 VISÃO GERAL ____________________________________________ 05 CONCEITOS DE DADOS X INFORMAÇÃO ____________________ 05 FUNDAMENTOS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ____________ 07 DEFINIÇÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO ___________________ 09 CARACTERÍSTICAS DOS SI __________________________________ 10 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS ___________________ 11 TIPOS DE SI ______________________________________________ 14 RECURSOS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO _________________ 15 RECURSOS HUMANOS_____________________________________ 16 RECURSOS DE HARDWARE _________________________________ 16 RECURSOS DE SOFTWARE _________________________________ 16 RECURSOS DE REDE_______________________________________ 17 ATIVIDADES DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO __________________ 17 OS PAPÉIS FUNDAMENTAIS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO: __ 20 DEFININDO ESTRATÉGIA __________________________________ 24 TENDÊNCIAS EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ________________ 28 SISTEMAS DE APOIO ÀS OPERAÇÕES ________________________ 30 SISTEMAS DE PROCESSAMENTO DE TRANSAÇÕES (TPS) _______ 31 SISTEMAS TRANSACIONAIS _________________________________ 31 OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ___ 36 SISTEMAS ESPECIALISTAS___________________________________ 36 SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO DE CONHECIMENTO (KMS) ____ 37 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DE NEGÓCIOS __________________ 37 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ESTRATÉGICA ___________________ 37 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO INTEGRADOS OU INTERFUNCIONAIS _______________________________________ 38 SISTEMAS ESPECÍFICOS ____________________________________ 38 FERRAMENTAS E TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO ___________ 40 VANTAGENS DO CRM _____________________________________ 44 TIPOS DE CRM ___________________________________________ 48 LINK ____________________________________________________ 54 REFERÊNCIAS ____________________________________________ 57 ANEXOS _________________________________________________ 58 ESTUDO DE CASO – 001 ___________________________________ 58 ESTUDO DE CASO – 002 ___________________________________ 59 QUESTÕES: ______________________________________________ 61 Sumário Sistema de Informação 4 Sistema de Informação Sistema de Informação 4 5 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO VISÃO GERAL O objetivo desta apostila é apresentar-lhe a importância do conheci- mento dos sistemas de informação para os usuários finais das empresas com aplicações fundamentais no uso da tecnologia da informação e comunicação na área empresarial. CONCEITOS DE DADOS X INFORMAÇÃO Dados: É um elemento de informação. O termo dados é o plural de datum, embora seja geralmente usado para representar a forma singular e plural. Os termos dados e informações são muitas vezes empregados de modo intercambiável. Entretanto, você deve fazer a seguinte distinção: Dados: - são fatos ou observações crus, normalmente sobre fenômenos físicos ou transações de negócios. Mais especificamente, os dados são medidas objetivas dos atributos (características) de entidades como pessoas, lugares, coisas e eventos. São fatos não trabalhados ainda pelo sistema. É um registro da informa- ção. Representam as coisas do mundo real. Ex: o nome de um funcionário, a quantidade de horas trabalhadas, quantidade de peças em estoque, etc. Tipos de Dados Dados Representação Alfanuméricos Letras, números e outros caracteres Imagens Imagens gráficas, fotos, etc. Áudio Som, ruídos ou tons Vídeo Imagens em movimento ou fotos Quadro 1 – Tipos de Dados Fonte: elaborado pelo autor (2008). Dado como Recurso de Informações da Empresa Uma empresa relativamente informatizada finca seus pilares sobre de- pósitos de dados setoriais e globais e que são manipulados pelos seus sistemas de informações corporativos e / ou restritos. Sistema de Informação 6 Informação A informação são dados processados que foram colocados em um con- texto significativo e útil para um usuário final. Os dados são submetidos a um processo de “valor adicionado” (processamento de dados ou processamento de informação) onde: Sua forma é agregada, manipulada e organizada; Seu conteúdo é analisado e avaliado; São colocados em um contexto adequado a um usuário humano. É a matéria-prima com que o computador trabalha. Fornecemos-lhe informações que possuímos para que ele processe e gera uma nova, com a qual podemos tomar decisões, tirar conclusões, solucionar problemas, unir as informações e obter através dele ainda mais dados. A informação é o significado dos dados de forma tal que possa ser inter- pretado pelas pessoas. Os dados são fatos, eles se tornam informações quando são vistos dentro de um contexto e transmitem algum significado às pessoas. As empresas fazem parte do mundo dos negócios e o mundo dos ne- gócios visa o lucro, o retorno dos capitais investidos. Num mundo altamente competitivo como este, as informações assumem papel fundamental no sucesso de uma empreitada. Em face de enorme quantidade de informações que são despejadas sobre nós diariamente, necessitamos de critérios para selecionarmos e organizarmos os dados que nos interessam. Como não po- deria deixar de ser, a informática presta uma importante contribuição neste sentido. Um sistema de informações proporciona lucros quando permite que uma maior quantidade de bens sejam produzidos, ou uma maior quantidade de clientes sejam atendidos, permite a previsão de situações e o planejamento para lidar com elas, fornece dados consistentes, seguros e de melhor qualidade, permite uma melhor alocação dos recursos disponíveis. Entrada Processamento Saída Feedback Dados O processo de transformação Informação Figura 1 – Etapas do Processamento Fonte: elaborado pelo autor (2008). Sistema de Informação Sistema de Informação 6 7 Entrada É a atividade de reunir e coletar dados brutos (dados não trabalhados) Processamento O processamento envolve a conversão e a transformação de dados brutos em dados úteis. Saída A saída envolve a produção de informação útil, geralmente em forma de documentos e/ou relatórios. Feedback É a saída utilizada para promover as mudanças na entrada ou nas ativi- dades de processamento. Por exemplo, os erros ou problemas podem tornar necessário corrigir dados de entrada ou mesmo modificar um processo. Ou seja, o Feedback é usado para conferir e corrigir a entrada e identificar os problemas existentes, e consertar antes que ocorra a saída do processo, é crítico para o sucesso da operação de um sistema. FUNDAMENTOS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Definição Os conceitos de sistemas são subjacentes ao campo dos sistemas de informação. Entende-los irá ajudá-lo a compreender muitos outros conceitos na tecnologia, aplicações, desenvolvimento e administração dos sistemas de informação que abordaremos neste livro. Os conceitos de sistemas o ajudam a entender: • que as redes de computadores são sistemas de componentes de processamento de informações; • que os usos das redes de computadores pelas empresas são, na verdade, sistemas de informação empresarial interconectados; • que o desenvolvimento de maneiras de utilizar as redes de compu- tadores nos negócios inclui o projeto dos componentes básicos dos sistemas de informação; • que a administração da informática enfatiza a qualidade, valor para o negócio e a segurança dos sistemas de informação de uma orga- nização. Conceitos de Sistemas Sistemas: É um conjunto de partes coordenadas, que concorrem para a realização de um conjunto de objetivos. Os sistemas aparecem em nosso mundo sempre estruturado em hierarquias. Um sistema pode ser decomposto em sistemas menores denominados subsistemas. Sistema de Informação 8 Pergunta: O que é um sistema e quando ele se aplica ao conceito de um sistemade informação? Resposta: Um sistema é um grupo de componentes inter-relacionados que trabalham juntos rumo a uma meta comum recebendo insumos e produ- zindo resultados em um processo organizado de transformação. Um sistema (às vezes chamado sistema dinâmico) possui três compo- nentes ou funções básicas em interação: Entrada - envolve a captação e reunião de elementos que entram no sistema para serem processados; Processamento - envolve processos de transformação que convertem insumo (entrada) em produto; Saída - envolve a transferência de elementos produzidos por um pro- cesso de transformação até seu destino final. Feedbck e Controle: Os dois conceitos adicionais do conceito de sistema (entrada, proces- samento e saida) incluem o feedback e o controle. Um sistema dotado de componentes de feedback e controle às vezes é chamado de um sistema cibernético, ou seja, um sistema automonitorado, auto-regulado. Feedback - são dados sobre o desempenho de um sistema. Controle - envolve monitoração e avaliação do feedback para determinar se um sistema está se dirigindo para a realização de sua meta. Em seguida, a função de controle faz os ajustes necessários aos componentes de entrada e processamento de um sistema para garantir que seja alcançada a produção adequada. Figuras 2 - Componentes da organização Fonte: Adaptado de O’ BRIAN (2001). Conceitos de SistemasConceitos de Sistemas Processo de Produção Entrada de Matéria-Prima Saída de Produtos Acabados Ambiente Outros Sistemas Controle pela Administração Sinais de Controle Sinais de Controle Sinais de Feedback Sinais de Feedback Fronteira do Sistema Processo de Produção Entrada de Matéria-Prima Saída de Produtos Acabados Ambiente Outros Sistemas Controle pela Administração Sinais de Controle Sinais de Controle Sinais de Feedback Sinais de Feedback Fronteira do Sistema Sistema de Informação Sistema de Informação 8 9 DEFINIÇÃO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO Sistemas de Informação são sistemas que permitem a coleta, o armazena- mento, o processamento, a recuperação e a disseminação de informações. Para um perfeito entendimento do papel da informação dentro do processo estratégico empresarial, é preciso um modelo que descreva o gerenciamento de informação (figura 2.1). Um modelo que descreva o gerenciamento de informação deve ser genérico por que: • A informação recebe ênfases diferentes em cada segmento econômico e em cada organização. Embora se possa enfatizar a importância da in- formação em qualquer organização, é igualmente claro que a informação exerce papéis diferentes em uma montadora de veículos e numa indústria de cimento, por exemplo; • As diferentes tarefas dentro do modelo assumem diferentes níveis de importância e valor entre as organizações. A aquisição de novas informações é vital, por exemplo, para muitas firmas prestadoras de serviços e que necessitam continuamente ter conhecimento de clientes em potencial e oportunidades de negócios. A área de gerenciamento de sistemas de informação é bastante abran- gente. Por isso, encontramos nela uma grande quantidade de termos, usados em tentativas de caracterizar e classificar os sistemas de informação. Nesta categoria incluem-se desde os sistemas de informações tradicionais, quase sempre voltados para o processamento de transações (como contabilidade, controle de estoques, folha de pagamento, contas a pagar, contas a receber, etc.) até sistemas de suporte à decisão, inclusive com recursos de inteligência artificial. De acordo com Laudon & Laudon (1999, p.45) um sistema de infor- mação pode impactar estrategicamente uma empresa se ele contribuir para a realização de suas atividades de valor a um custo mais baixo que o de seus concorrentes ou se proporcionar aos seus clientes valor agregado ou serviços adicionais. Identificação de Necessidades e Requisitos Classificação/ Armazenamento de Informação Coleta/ Entrada de Informação Desenvolvimento de Produtos e Serviços de Inf. Distribuição e Disseminação de Informações Tratamento/ Apresentação da Informação Figura 3 - Tarefas do processo de gerenciamento da informação Fonte: Laudon & Laudon (1999, p.45). Sistema de Informação 10 A figura 4 apresenta os componentes da definição clássica de sistema, onde um sistema é definido como um conjunto de partes que se interagem de modo a atingir um determinado fim, de acordo com um plano ou princípio. Figura 4 - Representação da definição de sistema de informação Fonte: Adaptado de Laudon & Laudon (1999, p.45). CARACTERÍSTICAS DOS SI A área de gerenciamento de sistemas de informação é bastante abran- gente. Por isso, pode ser encontrada uma grande quantidade de termos, usados em tentativas de caracterizar e classificar os SI. Geralmente, essa proliferação de termos mais complica do que ajuda o entendimento da área. Existem tantas siglas, como EDP (Eletronic Data Processing), MIS (Management Information Systems),EIS (Executive Information Systems), ES (Expert Systems), DSS (De- cision Support Systems), que fica difícil diferenciar, com certeza, os conceitos e as aplicações a que se referem. Para O’Brien (2004) Sistemas de Informação possuem três com- ponentes ou funções básicas em interações: a) Entrada envolve a captação e reunião de elementos que entram no sistema para serem processados. Por exemplo, matérias-primas, energia, dadas e esforço humano devem ser organizados para processamento; b) Processamento envolve processos de transformação que convertem insumo (entrada) em produto. Entre os exemplos se encontram um processo industrial, o processo de respiração humana ou cálculos matemáticos; c) Saída envolve a transferência de elementos produzidos por um pro- cesso de transformação até o seu destino final. Produtos acabados, serviços humanos e informações gerenciais devem ser transmitidos a seus usuários. Sistema de Informação Sistema de Informação 10 11 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS Chamamos de Sistema de Informação Gerencial ao sistema de infor- mação que engloba todos os componentes da organização e todos os seus níveis de decisão: Estratégico Tático Operacional Figuras 5 - Componentes da organização Fonte: Adaptado de O’ Brian (2001). Os níveis de decisão obedecem à hierarquia existente na empresa e são conhecidos como: nível estratégico, nível tático e nível operacional. O nível de decisão que é tomado em cada nível requer um diferente grau de agregação da informação. Figuras 6 – Níveis de Tomada de Decisão Fonte: Instituto Politécnico de Tomar. Sistema de Informação 12 Por que os Sistemas de Informação São Importantes? Entender a administração e o uso responsável e eficaz dos sistemas de informação é importante para gerentes e outros trabalhadores do conhecimento na sociedade de informação global de hoje. Sistemas e tecnologias da informação se tornaram um componente vital para o sucesso de empresas e organizações. Os sistemas de informação constituem um campo de estudo essencial em ad- ministração e gerenciamento de empresas uma vez que são considerados uma importante área funcional para as operações das empresas. O que Você Precisa Saber Os usuários finais precisam saber como os sistemas de informação po- dem ser empregados com sucesso em um ambiente de negócios. A pergunta importante para qualquer gerente ou usuário final de uma empresa é: O que você precisa saber para ajudar a gerenciar os recursos de rede, hardware, software, e dados de sua empresa para que eles sejam usados para a empresa alcançar o sucesso estratégico? Um Referencial para os Usuários Finais das Empresas Não se exige que gerentes ou usuários finais de empresas conheçam as tecnologias complexas, conceitos comportamentais abstratos ou as aplicações especializadas envolvidas no campo dos sistemas de informação. Conceitos Básicos Tecnologias da Informação Aplicações Empresariais Processos de Desenvolvimento Desafios Gerenciais Figura 7 - Um Referencial para osUsuários Finais das Empresas Fonte: O’ Brian (2001). A Figura 7 ilustra um referencial conceitual útil que caracteriza o que um gerente ou usuário final precisa saber sobre os sistemas de informação. Ela enfatiza cinco áreas do conhecimento: • Conceitos Básicos; • Tecnologias de Informação; • Aplicações Empresariais; • Processos de Desenvolvimento; • Desafios Gerenciais. Sistema de Informação Sistema de Informação 12 13 Conceitos Básicos: Conceitos comportamentais, técnicos e admi- nistrativos fundamentais sobre os componentes e papéis dos sistemas de informação. Tecnologias de Informação: Os principais conceitos, avanços e ques- tões gerenciais na informática (hardware, software, redes, gerenciamento de banco de dados e outras tecnologias de processamento de informação). Aplicações Empresariais: As principais utilizações dos sistemas de informação para as operações, administração e vantagem competitiva de um empreendimento, incluindo comércio eletrônico e colaboração, utilizando a Internet, intranets e extranets. Processos de Desenvolvimento: Como os usuários finais ou especia- listas em informação desenvolvem soluções de sistemas de informação para problemas nas empresas utilizando metodologias específicas. Desafios Gerenciais: Os desafios de administrar efetiva e eticamente os recursos e estratégias de negócios envolvidas na utilização da tecnologia da informação ao nível do usuário e do empreendimento e ao nível global de um negócio. Recursos e Tecnologias dos Sistemas de Informação Um sistema de informação (SI) é uma combinação de pessoas, hardware, software, redes de comunicações e recursos de dados que coleta, transforma e dissemina informações em uma organização. Pessoas Software Hardware Dados Redes Figura 8 - Recursos e Tecnologias dos Sistemas de Informação Fonte: O’ Brian (2001). Sistema de Informação 14 TIPOS DE SI • Sistemas de informação manuais (papel-e-lápis); • Sistemas de informação informais (boca-a-boca); • Sistemas de informação formais (procedimentos escritos); • Sistemas de informação computadorizados. Os sistemas de informação computadorizados (SI) utilizam hardware, software, redes de telecomunicações, técnicas de administração de dados computadorizadas e outras formas de tecnologia de informação (TI) para transformarem recursos de dados em produtos de informação. Estes produtos oferecem informações para a tomada de decisão feita pelos gerentes. Outras Características dos Sistemas Um sistema não existe em um vácuo; na verdade, ele existe e funciona em um ambiente que contém outros sistemas. Subsistema: Um sistema que é um componente de um sistema maior que, por sua vez, é seu ambiente. Fronteira de Sistema: Um sistema se separa de seu ambiente e de outros sistemas por meio de suas fronteiras de sistema. Interface: Vários sistemas podem compartilhar o mesmo ambiente. Alguns desses sistemas podem ser conectados entre si por meio de um limite compartilhado, ou interface. Sistema Aberto: Um sistema que interage com outros sistemas em seu ambiente é chamado de um sistema aberto (conectado com seu ambiente pela troca de entrada e saída). Sistema Adaptável: Um sistema que tem a capacidade de transformar a si mesmo ou seu ambiente a fim de sobreviver é chamado de um sistema adaptável. Componentes de um Sistema de Informação Um modelo de sistema de informação expressa uma estrutura conceitual fun- damental para os principais componentes e atividades dos sistemas de informação. Um sistema de informação depende dos recursos de pessoal, hardware, software e redes para executar atividades de entrada, processamento, saída, armazenamento e controle que convertem recursos de dados em produtos de informação. Sistema de Informação Sistema de Informação 14 15 Processamento de Dados em Informações Entrada de Recursos de Dados Saída de Produtos de Informação Recursos Humanos: Usuários Finais e Especialistas em SI Recursos de Dados: Bancos de Dados e Bases de Conhecimento Controle do Desempenho do Sistema Armazenamento de Recursos de Dados R ec u rs o s d e H ar d w ar e: M áq u in as e M íd ia s Recursos de Rede: Meios de Comunicação e Suporte de Rede R ecu rso s d e S o ftw are: P ro g ram as e P ro ced im en to s Modelo de Sistemas de InformaçãoModelo de Sistemas de Informação Figura 9 – Modelo de Sistema de Informação Fonte: O’ Brian (2001). O modelo de sistemas de informação destaca os cinco conceitos principais que podem ser aplicados a todos os tipos de sistemas de informação: Pessoas, hardware, software, redes e dados são os cinco recursos básicos dos sistemas de informação; Os recursos humanos incluem os usuários finais e especialistas em SI, os recursos de hardware consistem em máquinas e mídia, os recursos de software incluem programas e procedimentos, os recursos de rede consistem em mídia e apoio às comunicações e os recursos de dados podem incluir dados, modelo e bases de conhecimento; Os recursos de dados são transformados por atividades de processa- mento de informação em uma diversidade de produtos de informação para os usuários finais; Processamento de informação consiste em atividades de entrada, pro- cessamento, saída, armazenamento e controle. RECURSOS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO O modelo básico de SI mostra que um sistema de informação consiste em cinco recursos principais: • • Recursos humanos; • Recursos de hardware; • Recursos de software; • Recursos de dados; • Recursos de rede. Sistema de Informação 16 RECURSOS HUMANOS São necessárias pessoas para a operação de todos os sistemas de in- formação. Esses recursos incluem os usuários finais e os especialistas em SI. • Usuários finais - são pessoas que utilizam um sistema de informação ou a informação que ele produz; • Especialistas em SI - são pessoas que desenvolvem e operam siste- mas de informação. RECURSOS DE HARDWARE Os recursos de hardware incluem todos os dispositivos físicos e equi- pamentos utilizados no processamento de informações. • Máquinas - dispositivos físicos (redes de telecomunicações, perifé- ricos, computadores); • Mídia - todos os objetos tangíveis nos quais são registrados dados (papel, discos magnéticos); Exemplos de hardware em sistemas de informação computadorizados são: • Sistemas de computadores; • Periféricos de computador. RECURSOS DE SOFTWARE Os recursos de software incluem todos os conjuntos de instruções de processamento da informação. Programas - um conjunto de instruções que fazem com que um com- putador execute uma tarefa específica. Procedimentos - conjunto de instruções utilizadas por pessoas para finalizar uma tarefa. Exemplos de recursos de software são: • Software de sistema; • Software aplicativo; • Procedimentos. Recursos de Dados: Os dados constituem um valioso recurso organiza- cional. Dessa forma, os recursos de dados devem ser efetivamente administra- dos para beneficiar todos os usuários finais de uma organização. Os recursos de dados dos sistemas de informação normalmente são organizados em: Sistema de Informação Sistema de Informação 16 17 Bancos de dados: uma coleção de registros e arquivos logicamente relacionados. Um banco de dados incorpora muitos registros anteriormente armazenados em arquivos separados para que uma fonte comum de registros de dados sirva muitas aplicações. Bases de conhecimento: que guardam conhecimento em uma multi- plicidade de formas como fatos, regras e inferência sobre vários assuntos. RECURSOS DE REDE Redes de telecomunicações como a Internet, intranets e extranets tornaram-se essenciais ao sucesso de operações de todos os tipos de organi- zações e de seus sistemas de informação baseados no computador. As redes de telecomunicações consistem em computadores, processadores de comu- nicações e outros dispositivos interconectados por mídia de comunicações e controlados por software de comunicações. O conceito de recursos de rede enfatiza que as redesde comunicações são um componente de recurso fun- damental de todos os sistemas de informação. Os recursos de rede incluem: Mídia de comunicações (cabos de pares trançados, cabo coaxial, cabo de fibra ótica, sistemas de microonda e sistemas de satélite de comunicações). Suporte de rede (recursos de dados, pessoas, hardware e software que apoiam diretamente a operação e uso de uma rede de comunicações); ATIVIDADES DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO As atividades de processamento de informação (ou processamento de dados) que acontecem nos sistemas de informação incluem: • Entrada de recursos de dados; • Transformação de dados em informação; • Saída de produtos da informação; • Armazenamento de recursos de dados; • Controle de desempenho do sistema. Entrada de Recursos de Dados Os dados sobre transações comerciais e outros eventos devem ser capturados e preparados para processamento pela atividade de entrada. A entrada normalmente assume a forma de atividades de registro de dados como gravar e editar; Uma vez registrados, os dados podem ser transferidos para uma mídia que pode ser lida por máquina, como um disco magnético, por exemplo, até serem requisitados para processamento. Sistema de Informação 18 Transformando os Dados em Informação Os dados normalmente são submetidos a atividades de processamento como cálculo, comparação, separação, classificação e resumo. Estas atividades organizam, analisam e manipulam dados, convertendo-os assim em informação para os usuários finais. Saída de Produtos da Informação A informação é transmitida em várias formas para os usuários finais e é colocada à disposição destes na atividade de saída. A meta dos sistemas de informação é a produção de produtos de informação apropriados para os usuários finais. Pergunta: Quais as características que tornariam valiosos e úteis para você os produtos de informação? Resposta: Examinar as características ou atributos da qualidade da infor- mação. Informações antiquadas, inexatas ou difíceis de entender não seriam muito significativas, úteis ou valiosas para você ou outros usuários finais. As pessoas desejam informações de alta qualidade, ou seja, produtos de informação cujas características, atributos ou qualidades ajudam a torná-los valiosos para elas. Vale a pena pensar na informação como algo que possui três dimensões: • Tempo; • Conteúdo; • Forma. Atributos da Qualidade da InformaçãoAtributos da Qualidade da Informação Dimensãodo Conteúdo Dim ens ão da For ma Dim en sã o do Te mp o Figura 10 – Atributos da qualidade da Informação Fonte: O’ Brian (2001). Sistema de Informação Sistema de Informação 18 19 Armazenamento de Recursos de Dados Armazenamento é um componente básico dos sistemas de informação. É a atividade do sistema de informação na quais os dados e informações são retidas de uma maneira organizada para uso posterior. Isto facilita seu uso posterior no processamento ou sua recuperação como saída quando requi- sitados pelos usuários de um sistema. Controle de Desempenho do Sistema: Uma importante atividade do sistema de informação é o controle de seu desempenho. • Um sistema de informação deve produzir feedback sobre sua ativi- dades de entrada, processamento, saída e armazenamento; • O feedback deve ser monitorado e avaliado para determinar se o sistema está atendendo os padrões de desempenho estabelecidos; • O feedback é utilizado para fazer ajustes nas atividades do sistema para a correção de defeitos. A Perspectiva da Administração de Empresas Os sistemas de informação desempenham um papel vital no sucesso de um empreendimento. Por exemplo, a Internet e as redes internas de tipo similar, ou intranets, e as redes interorganizacionais externas, as chamadas extranets, podem fornecer a infra-estrutura de informação que uma empresa necessita para: • Operações eficientes; • Administração eficaz; • Vantagem competitiva. O sucesso de um sistema de informação não deve ser medido apenas por sua eficiência em termos de minimização de custos, tempo e uso de re- cursos de informação. O sucesso também deve ser medido pela eficácia da TI no apoio de uma organização no que se refere a: • Estratégias de negócios; • Capacitação de seus processos empresariais; • Reforço de suas estruturas e cultura organizacionais; • Aumento do valor do empreendimento em um ambiente de negó- cios dinâmicos. Sistema de Informação 20 Para usuários finais gerenciais, a função dos sistemas de informação representa: • Uma área funcional dos negócios que é importante para o sucesso de uma empresa; • Um fator importante que afeta a eficiência operacional, produtivida- de e moral dos funcionários e atendimento e satisfação do cliente; • Uma fonte principal de informação e apoio necessária para promover a decisão eficaz dos gerentes; • Um ingrediente importante no desenvolvimento de produtos e serviços competitivos que conferem à organização uma vantagem estratégica no mercado; • Uma parte importante dos recursos de um empreendimento e seu custo de realização de negócios; • Uma oportunidade vital, dinâmica e desafiadora de carreira para muitos homens e mulheres. Entretanto, é importante que você perceba que a TI e os sistemas de informação podem ser mal administrados e mal aplicados, de forma a levar ao fracasso tanto tecnológico como, também, nos negócios. Qual a Razão do Sucesso ou Fracasso dos Projetos dos Sistemas de Informação Qual a Razão do Sucesso ou Fracasso dos Projetos dos Sistemas de Informação Envolvimento do Usuário Apoio da Administração Executiva Declaração Clara de Requisitos Planejamento Adequado Expectativas Realistas Falta de Contribuição do Usuário Requisitos e Especificações Incompletos Mudanças de Requisitos e Especificações Falta de Apoio Executivo Incompetência Tecnológica Cinco Razões Maiores para o Sucesso Cinco Razões Maiores para o Sucesso Cinco Razões Maiores para o Fracasso Cinco Razões Maiores para o Fracasso Figura 11 – Razões maiores para o sucesso e fracasso dos projetos de SI Fonte: O’ Brian (2001). OS PAPÉIS FUNDAMENTAIS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO: Os sistemas de informação desempenham três papéis vitais em qualquer tipo de organização. Ou seja, eles apóiam uma organização no que se refere a: Sistema de Informação Sistema de Informação 20 21 • Processos e operações das empresas; • Tomada de decisões de seus funcionários e gerentes; • Estratégias em busca de vantagem competitiva. Apoio à Vantagem Estratégica Apoio à Tomada de Decisão Gerencial Apoio às Operações Figura 12 – Os Papéis Fundamentais dos Sistemas de Informação Fonte: O’ Brian (2001). Utilização da TI nos negócios Vários desenvolvimentos fundamentais que causam impacto na utilização da TI nos negócios incluem: • A Internet e os negócios; • Empreendimento conectado à Internet; • Globalização; • Reengenharia de processos empresariais; • Utilização da TI em busca de vantagem competitiva. A Internet e os Negócios A Internet se tornou uma plataforma vital de telecomunicações para comu- nicações eletrônicas e a colaboração e o comércio eletrônico entre as empresas e seus funcionários, clientes, fornecedores e sócios comerciais. Sites das empresas na Internet se tornaram casas de compensação para a troca interativa de infor- mações por e-mail, sistemas de chat, fóruns de discussão e edição de multimídias. Esses sites também servem como pontos de atacado e varejo eletrônico para compra e venda de uma ampla variedade de produtos e serviços. A Empresa Conectada à Internet Internet está mudando a forma de funcionamento das empresas e de trabalho das pessoas e como se dá o apoio da TI a operações e atividades Sistema de Informação 22 do usuário final nas empresas. Elas estão se tornando empreendimentos interconectados. A Internet e as redes de tipo similar — dentro da empresa (intranets), entre uma empresa e seus parceiros comerciais (extranets) e outras redes — têm se tornado aprincipal infra-estrutura de TI no apoio às operações de muitas organizações. Isto é particularmente evidente nas áreas de sistemas de comércio eletrônico entre as empresas e seus clientes e for- necedores, e de sistemas colaborativos entre equipes e grupos de trabalho. Comércio Eletrônico O comércio eletrônico é a compra e venda, marketing e assistência a produtos, serviços e informações sobre uma multiplicidade de redes de com- putadores. Um empreendimento interconectado utiliza Internet, intranets, extranets e outras redes para apoiar cada etapa do processo comercial. Sistemas Colaborativos Os sistemas colaborativos envolvem o uso de ferramentas de groupware para apoiar comunicação, coordenação e colaboração entre os membros de equipes e grupos de trabalho em rede. Para implementar esses sistemas, um empreendimento interconectado depende de intranets, Internet, extranets e outras redes. Globalização e TI A Empresa Conectada em RedeA Empresa Conectada em Rede Fabricação e Produção Engenharia e Pesquisa Contabilidade, Finanças e Administração Fornecedores e Outros Parceiros da Empresa Extranets Compras, Distribuição e Logística Propaganda Vendas Atendimento ao Cliente Consumidores e Clientes da Empresa Extranets Fronteira da Empresa Intranets Intranets A Internet Figura 13 – Razões maiores para o sucesso e fracasso dos projetos de SI Fonte: O’ Brian (2001). Muitas companhias estão no processo de globalização, ou seja, estão se tornando empreendimentos globalizados interconectados. As empresas estão se expandindo, por exemplo, para mercados globais para venderem seus pro- dutos e serviços, utilizando instalações de produção globalizada para fabricar Sistema de Informação Sistema de Informação 22 23 ou montar produtos, levantar dinheiro em mercados mundiais de capital, formando alianças com parceiros globais e competindo com concorrentes globais em torno de clientes de toda parte do planeta. Administrar e realizar estas mudanças estratégicas seria impossível sem a Internet, intranets e ou- tras redes de computadores e telecomunicações que são o sistema nervoso central das companhias globalizadas de hoje. Reengenharia de processos empresariais (BPR) A reengenharia de processos empresariais (BPR) é um exemplo de como a informática está sendo utilizada para reestruturar o trabalho (nosso modo de realizar negócios) mediante a transformação dos processos empresariais. Um processo empresarial é todo conjunto de atividades destinado a produzir um resultado específico para um cliente ou para o mercado. Michael Hammer define a reengenharia como “a revisão fundamental e o redesenho radical dos processos empresariais para alcançar melhorias drásticas, como custo, qualidade, atendimento e agilidade”. A BPR se concentra no motivo pelo qual um processo empresarial é utilizado para que mudanças maiores possam ser feitas no modo de ser realizado o trabalho. Reengenharia de Processos EmpresariaisReengenharia de Processos Empresariais AutomatizarAutomatizar TransformarTransformarInformarInformar AutomatizarAutomatizar TransformarTransformarInformarInformar Figura 14: Reengenharia de processos empresariais Fonte: O’ Brian (2001) Vantagem Competitiva com a TI O uso da TI para a globalização e a reengenharia de processos empre- sariais muitas vezes resulta no desenvolvimento de sistemas de informação que ajudam uma empresa a obter uma vantagem competitiva no mercado. Esses sistemas de informação estratégicos utilizam a TI para desenvolver produtos, serviços, processos e capacidades que conferem a uma empresa uma vantagem estratégica sobre as forças competitivas que ela enfrenta em seu ramo de atividades (Porter, 1989). Essas forças incluem: Sistema de Informação 24 DEFININDO ESTRATÉGIA Para Porter, estratégias são as metas e as políticas que as empresas utili- zam para chegar aos seus objetivos, onde as metas são os fins e as políticas são os meios. Apesar de usarem também com outros nomes, tais como, missão ou objetivo ao invés de metas, ou tática em lugar das políticas, a sua essência não muda, continuam sendo os fins e os meios. Para formulações de estratégias competitivas, as empresas devem co- nhecer o seu ambiente que estão inseridas. Mesmo tendo vários fatores tanto sociais como econômicos, o principal é a concorrência, ou seja, as empresas que competem nesse ambiente. Esse fator externo que é chamado de forças afeta todas as empresas do mesmo deste ambiente. O desafio é saber como lidar com elas, por isso, o grau de concorrência em uma indústria depende das cinco forças competitivas básicas que estão apresentadas na figura 15 (PORTER, 1986). Figura 15 – Forças competitivas de Porter Fonte: Porter (1989). • Concorrentes de uma empresa; • Clientes de uma empresa; • Fornecedores de uma empresa; • Potenciais concorrentes novos em seu ramo; • Empresas que oferecem substitutos para seus produtos e serviços. Sistema de Informação Sistema de Informação 24 25 À medida que essas forças sofrem variações e se diferem, determinam o potencial de lucro final na indústria em longo prazo, onde o ideal é identifi- car as características básicas da indústria para encontrar uma posição dentro dela em que a empresa possa se defender contra as forças competitivas ou pelo menos influenciá-las a seu favor. Essas forças competitivas determinam a intensidade da concorrência na indústria, possibilitando a criação de estra- tégias mais direcionadas, por isso devemos conhecer e explorar cada força competitiva básica: Ameaça de novos entrantes As novas empresas que entram na concorrência, trazem nova capacida- de, o desejo de ganhar parcela de mercado e freqüentemente recursos subs- tanciais. Com isso, os preços podem diminuir ou os custos dos concorrentes podem aumentar, reduzindo a possibilidade de maiores lucros. A entrada de uma indústria vai depender das barreiras de entrada em conjunto com as re- ações dos concorrentes. As barreiras são: economia de escala, diferenciação do produto, necessidade de capital, custos de mudança, canais de distribuição, desvantagens de custo independente de escala e política governamental. Rivalidade entre os concorrentes A rivalidade entre as empresas existentes é o resultado da busca por uma melhor posição com o uso de ações táticas de preços, marketing, novos produtos e novos serviços. As empresas que se sentem pressionadas ou per- cebem que podem buscar alternativas mais interessantes para melhorar sua posição, movimentam-se gerando competitividade e afetando a concorrência, incitando à retaliação ou as ações dos concorrentes para conter estes movi- mentos. Essa rivalidade segundo Porter (1986), é o resultado de vários fatores: concorrentes numerosos ou bem equilibrados, crescimento lento da indústria, custos fixos ou de armazenamento altos, ausência de diferenciação ou custos de mudança, capacidade aumentada em grandes incrementos, concorrentes divergentes, grandes interesses estratégicos e barreiras de saída elevadas. Poder de negociação dos compradores Os compradores possuem um poder de barganha que competem com a indústria forçando os preços para baixo, exigindo melhor qualidade ou mais serviços, jogando os concorrentes uns contra os outros com o objetivo de maiores ganhos. Para Porter (1986), este poder dependerá das características da sua situação no mercado e da importância de suas compras. Para que essa compra, seja a mais lucrativa possível, o comprador deve possuir as seguintes Sistema de Informação 26 características: estar concentrado ou adquirir grandes volumes em relação às vendas do vendedor, os produtos adquiridos da indústria representa uma fração significativa de seus próprios custos ou compras, os produtos comprados são padronizados ou não diferenciados, há pouco custos de mudança, consegue lucros baixos, compradores que são uma ameaça concreta de integração, o produto da indústria não é importante para a qualidade dos produtosou ser- viços do comprador e o comprador tem total informação. Ameaça de produtos ou serviços substitutos Os produtos substitutos reduzem os ganhos potenciais de uma empresa, fixando um limite no preço que as empresas podem fixar para obter lucros. À medida que esses produtos vão se tornando melhores e atrativos como preço e desempenho, mais forte será a pressão sobre os lucros da empresas que fabricam os produtos concorrentes. Segundo Porter (1986), os produtos subs- titutos que mais proporcionam uma maior pressão nos ganhos das empresas, são aqueles que possuem capacidades de serem melhorados em seu preço e desempenho e aqueles que são produzidos por indústrias que possuem altos lucros, por isso há a necessidade de se analisar e planejar bem, na hora das decisões estratégicas para tentar diminuir a força do produto substituto entre as empresas. Poder de negociação dos fornecedores Os fornecedores podem exercer poder de negociação sobre as indústrias que estão participando de um mercado, ameaçando por meio da elevação de preços ou mesmo redução da qualidade dos produtos e serviços por eles fornecidos. Grandes fornecedores podem aumentar seus preços, fazendo que os ganhos das indústrias diminuam, pelo fato de não poderem repassar esses custos por causa da concorrência acirrada. As condições que tornam os fornecedores poderosos são: existência de poucos fornecedores sendo mais concentrado do que as empresas compradoras, a não existência de produtos substitutos que possam competir na venda, quando a indústria não é um cliente de grande importância para o grupo fornecedor, quando há dependência do produto do fornecedor para o negócio do comprador e quando os produtos do grupo de fornecedores são diferenciados ou possuem custos de mudança. Ao enfrentar as cincos forças com sucesso, gerando retorno para e empre- sa e ser bem sucedida dentro de um ambiente competitivo superando as outras empresas, Porter (1986) apresenta as quatro estratégicas genéricas que são: • Liderança total pelo custo; • Diferenciação pelo produto; • Foco no custo; • Foco na diferenciação. Sistema de Informação Sistema de Informação 26 27 O quadro 2 apresenta com detalhes essas estratégias genéricas de Porter (1986). Liderança pelo custo Diferenciação Foco nos custos Foco na diferenciação Desenvolvimento do produto • Utilizar menos material • Melhorar a produção • Melhorar a logística • Melhorar a qualidade • Entrega • Requisitos mínimos • Nicho de mercado Desenvolvimento do processo • Curva de aprendizagem • Economias de escala • Precisão • Controle de qualidade • Tempo de resposta • Minimizar Custos • Precisão • Controle da qualidade • Tempo de resposta Quadro 2 – Estratégias Tecnológicas Genéricas de Porter Fonte: Porter (apud Tidd et al., 2003, P. 78). Várias estratégias competitivas podem ser desenvolvidas para ajudar uma empresa a confrontar estas forças competitivas. Elas incluem: Estratégias CompetitivasEstratégias Competitivas Liderança em Custo Liderança em Custo InovaçãoInovaçãoDiferenciaçãoDiferenciação Liderança em Custo Liderança em Custo InovaçãoInovaçãoDiferenciaçãoDiferenciação Figura 16 – Forças competitivas de Porter Fonte: O’ Brian (2001). Estratégias de custo Ajuda você a se tornar um produtor de baixo custo. Encontram formas de ajudar fornecedores ou clientes a reduzirem seus custos. Aumentam os custos com que seus concorrentes devem arcar para permanecer no ramo. Estratégias de Diferenciação Desenvolvem modos de diferenciar produtos ou serviços de seus concorrentes para que seus clientes percebam seus produtos ou serviços Sistema de Informação 28 como sendo dotados de características ou benefícios exclusivos. Reduzem as vantagens de diferenciação de concorrentes. Estratégias de Inovação Introduzem produtos ou serviços exclusivos que incluam componentes de IT. Fazem mudanças radicais em seus processos empresariais que provo- quem mudanças fundamentais no modo de realizar negócios em seu ramo de atividade. Visão Geral dos Sistemas de Informação Existem muitos tipos de sistemas de informação no mundo real. Todos eles utilizam recursos de hardware, software, rede e pessoas para transformar os recursos de dados em produtos de informação. Alguns são simples sistemas manuais de informação, já outros são sistemas de informação computadori- zados que recorrem a uma série de sistemas de computadores em rede para realizar as atividades de processamento da informação. TENDÊNCIAS EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Os papéis atribuídos à função dos sistemas de informação têm sido significativamente ampliados no curso dos anos. Os anos de 1950 a 1960 – Processamento de Dados – Sistemas de processamento eletrônico de dados. Papel: Processamento de transações, manutenção de registros, conta- bilidade e outros aplicativos de processamento eletrônico de dados (EDP). Os anos de 1960 a 1970 – Relatório Administrativo – Sistemas de informação gerencial Papel: Fornecer aos usuários finais gerenciais relatórios administrativos pré-definidos que dariam aos gerentes a informação de que necessitavam para fins de tomada de decisão. Sistema de Informação Sistema de Informação 28 29 Os anos de 1970 a 1980 – Apoio à Decisão – sistemas de apoio à decisão Papel: O novo papel para os sistemas de informação era fornecer aos usuários finais gerenciais apoio ao processo de decisão. Este apoio seria talhado sob medida aos estilos únicos de decisão dos gerentes à medida que estes enfrentavam tipos específicos de problemas no mundo concreto. Os anos de 1980 a 1990 – Apoio ao Usuário Final e à Estratégia Papel: Os usuários finais poderiam usar seus próprios recursos de computação em apoio às suas exigências de trabalho em lugar de esperar pelo apoio indireto de departamentos de serviços de informação da empresa. Sistemas de Computação pelo Usuário Final Papel: Apoio direto de computação para a produtividade do usuário final e colaboração do grupo de trabalho. Sistemas de Informação Executiva (EIS) Papel: Estes sistemas de informação tentam propiciar aos altos execu- tivos uma maneira fácil de obter as informações críticas que eles desejam, quando as desejam, elaboradas nos formatos por eles preferidos. Sistemas Especialistas (ES) e outros Sistemas Baseados no Conhecimento Papel: Os sistemas especialistas podem servir como consultores para os usuários, fornecendo conselho especializado em áreas temáticas limitadas. Sistemas de Informação Estratégica (SIS) Papel: A informática se torna um componente integrante dos processos, produtos e serviços empresariais que ajudam uma empresa a conquistar uma vantagem competitiva no mercado global. Sistema de Informação 30 Os anos de 1990 a 2000 – Conexões em Rede Empresarial e Global – Informações interconectadas Papel: O rápido crescimento da Internet, intranets, extranets e outras redes globais interconectadas estão revolucionando a computação entre organizações, empresa e usuário final, as comunicações e a colaboração que apóia as operações das empresas e a administração de empreendimentos globais bem-sucedidos. Tipos de Sistemas de Informação Os Sistemas de Informação desempenham papéis administrativos e operacionais importantes em empresas e outras organizações. Portanto, vá- rios tipos de sistemas de informação podem ser classificados conceitualmente como: • Sistemas de Apoio às Decisões; • Sistemas de Apoio Gerencial. Classificações Operacionais e Gerenciais dos Sistemas de Informação Classificações Operacionais e Gerenciais dos Sistemas de Informação Sistemas de Processamento de Transações Sistemas de Processamento de Transações Sistemas de Controle de Processos Sistemas de Controle de Processos Sistemas Colaborativos Sistemas Colaborativos Sistemas de Informação Gerencial Sistemas de Informação Gerencial Sistemas de Apoio à Decisão Sistemas de Apoio à Decisão Sistemas de InformaçãoExecutiva Sistemas de Informação Executiva Sistemas de Apoio às Decisões Sistemas de Apoio às Decisões Sistemas de Apoio Gerencial Sistemas de Apoio Gerencial Sistemas de Informação Sistemas de Informação Figura 17 – Forças competitivas de Porter Fonte: O’ Brian (2001). SISTEMAS DE APOIO ÀS OPERAÇÕES Os sistemas de informação são necessários para processar dados gerados por – e utilizados em – operações empresariais. Esses sistemas de apoio às operações produzem uma diversidade de produtos de informação para uso interno e externo. Entretanto, eles não enfatizam a produção de produtos de informação específicos que possam ser mais bem utilizados pelos gerentes. Normalmente é exigido o processamento adicional por sistemas de informação gerencial. O papel dos sistemas de apoio às operações de uma empresa é: Sistema de Informação Sistema de Informação 30 31 • Eficientemente processar transações; • Controlar processos industriais; • Apoiar comunicações e colaboração; • Atualizar bancos de dados da empresa. SISTEMAS DE PROCESSAMENTO DE TRANSA- ÇÕES (TPS) Concentram-se no processamento de dados produzidos por transações e operações empresariais. Os sistemas de processamento de transações re- gistram e processam dados resultantes de transações empresariais (vendas, compras, alterações de estoque). Os TPS também produzem uma diversi- dade de produtos de informação para uso interno e externo (declarações de clientes, salários de funcionários, recibos de vendas, etc.). Os TPS processam transações de dois modos básicos: • Processamento em Lotes: os dados das transações são acumulados durante certo tempo e periodicamente processados; • Processamento em Tempo Real (ou on-line): os dados são proces- sados imediatamente depois da ocorrência de uma transação. SISTEMAS TRANSACIONAIS O processo inicial de informatização de qualquer organização é baseado fundamentalmente no desenvolvimento e na implantação de SI transacional (também chamados de operacionais). Estes SI são também identificados pela expressão Eletronic Data Processing, e eles são necessários para o controle operacional das organizações. Os sistemas de folha de pagamento, contabi- lidade, contas a pagar, contas a receber, controle da produção, controle de compras são exemplos de sistemas transacionais. Funções e Características As principais funções e características desses sistemas são: Coletar via digitação, os dados existentes nos documentos operacionais da organização, validando-os; • Armazenar esses dados em meios magnéticos; • Ordenar esses dados, de modo a facilitar o acesso a eles; • Permitir consultas, on-line ou em batch aos dados, detalhados ou agregados, que permitam retratar diferentes aspectos das operações; • Gerar relatórios para auditoria e fiscalização. Sistema de Informação 32 Muito embora esses sistemas só controlem o fluxo de informações operacionais, eles também disponibilizam informações para a tomada de de- cisão. Um exemplo disso pode ser um sistema de controle de estoques que fornece informações sobre a movimentação do estoque para o departamento de compras. Este departamento poderá, através dessas informações, tomar decisões sobre quais produtos deverão ser comprados e em que quantidade. Um EDP pode, portanto, fornecer informações para apoio à decisão. Isso, porém não o torna, apenas em decorrência desse fato, um SAD. Sistemas de Controle de Processo (PCS) Os sistemas de controle de processo são sistemas que utilizam compu- tadores para o controle de processos físicos contínuos. Esses computadores destinam-se a tomar automaticamente decisões que ajustam o processo de produção físico. Exemplos incluem refinarias de petróleo e as linhas de mon- tagem de fábricas automatizadas. Sistemas Colaborativos Os sistemas colaborativos são sistemas de informação que utilizam uma diversidade de tecnologias de informação a fim de ajudar as pessoas a trabalharem em conjunto. Eles nos ajudam a: • Colaborar – comunicação de idéias; • Compartilhar recursos; • Coordenar nossos esforços de trabalho cooperativo como membro dos muitos processos informais e formais e equipes de projeto. Sua meta é a utilização da TI para aumentar a produtividade e criatividade de equipes e grupos de trabalho na empresa moderna. Sistemas de Apoio Gerencial (MSS) Os sistemas de apoio gerencial se concentram em fornecer informa- ção e apoio para a tomada de decisão eficaz pelos gerentes. Eles apóiam as necessidades de tomada de decisão da administração estratégica (principal), administração tática (média) e administração de operação (supervisora). O conceito de SIG é reconhecido como algo vital para os sistemas de informação eficazes e eficientes em organizações por duas razões principais: Ele enfatiza a orientação gerencial da informática em uma empresa. Uma meta principal dos sistemas de informação computadorizados deve ser o apoio à tomada de decisão gerencial não só no processamento de dados gerados pelas operações das empresas; Sistema de Informação Sistema de Informação 32 33 Ele enfatiza que um referencial de sistemas deve ser utilizado na or- ganização de aplicações de sistemas de informação. As aplicações da Ti nos negócios devem ser vistas como sistemas de informação computadorizados integrados e inter-relacionados e não como tarefas de processamento de dados independentes. Fornecer informação e apoio para a tomada de decisão por parte de todos os tipos e níveis de gerentes é uma tarefa complexa. Em termos con- ceituais, vários tipos principais de sistemas de informação são necessários para apoiar uma série de responsabilidades administrativas do usuário final: • Sistemas de Informação Gerencial (MIS);. • Sistemas de Apoio à Decisão (DSS); • Sistemas de Informação Executiva (EIS). Sistemas de Informação Gerencial Os sistemas de informação gerencial são a forma mais comum de siste- mas de informação gerencial. Eles fornecem aos usuários finais administrativos produtos de informação que apóiam grande parte de suas necessidades de tomada de decisão do dia a dia. Os SIG fornecem uma diversidade de infor- mações pré-especificadas (relatórios) e exibições em vídeo para a adminis- tração que podem ser utilizadas para ajudá-los a tomar tipos estruturados mais eficazes de decisões diárias. Os produtos de informação fornecidos aos gerentes incluem exibições em vídeo e relatórios que podem ser providos: • Por solicitação; • Periodicamente, de acordo com uma tabela pré-determinada; • Sempre que houver a ocorrência de condições excepcionais. A evolução natural da informação das organizações, é o desenvolvimento de sistemas que forneçam informações integradas e sumarizadas, provenien- tes de diversos sistemas transacionais. Essas informações têm capacidade de prover material para análise, planejamento e suporte à decisão e possibilitam a gerentes de médio escalão visualizar o desempenho de seu departamento e mesmo da organização como um todo. Esses sistemas, que suprem com informações a média gerência são geralmente chamados de Management Information Systems (MIS) ou Sistemas de Informação Gerenciais (SIG). A figura 16 apresenta um exemplo de gestão integrada para uma em- presa industrial, mostrando os processos de integração existentes entre os subsistemas da organização. Sistema de Informação 34 Figura 18 – Exemplo de gestão integrada para uma empresa industrial Fonte: Adaptado de O’ Brian (2001) e Laudon & Laudon (1999, p.45). O surgimento desses sistemas acontece nos estágios de controle e inte- gração no modelo proposto por Nolan, onde o usuário é a força propulsora e exige informações em maior quantidade, menor tempo e com melhor nível de integração. Um bom exemplo de MIS ou SIG é um sistema que analisa as recei- tas e as despesas de uma organização e possibilita que gerentes as relacionem e comparem com o que foi planejado no orçamento. As principais funções e características desses sistemas são: • Integrar dados de diversasaplicações e transformá-los em informação; • Fornecer informações para o planejamento operacional, tático e até mesmo estratégico da organização; • Suprir gerentes com informações para que estes possam comparar o desempenho atual da organização com o que foi planejado; • Produzir relatórios que auxiliem os gerentes no processo de tomada de decisão. A grande maioria das informações produzidas por um SIG, quer seja para a análise de tendências, quer seja para planejamento e revisão, auxilia os gerentes no processo de tomada de decisão. Isto significa que um SIG pode ter funções específicas que façam parte de ambientes de apoio à decisão. Sistemas de Apoio à Decisão Os sistemas de apoio à decisão fornecem informações aos usuários finais gerenciais em uma seção interativa em uma base ad hoc (quando necessário). Os gerentes criam as informações que necessitam para tipos mais desestruturados de decisões em um sistema interativo de informação computadorizado que utiliza modelos de decisão e bancos de dados especializados para auxiliar os processos de tomada de decisão dos usuários finais gerenciais. Sistema de Informação Sistema de Informação 34 35 Sistemas de Informação Executiva Os sistemas de informação executiva (EIS) fornecem acesso imediato e fácil à alta e média administração a informações seletivas sobre fatores que são críticos para a que os objetivos estratégicos de uma firma sejam alcançados. Os EIS são fáceis de operar e entender. Com base nos dados existentes e informações disponíveis nos SIG e em informações coletadas de fontes externas à organização, é possível construir sistemas de informação voltados para a alta gerência. Estes sistemas, que abastecem a alta gerência, são geralmente chamados de Executive Information System (EIS) e permitem que o executivo tenha ou ganhe acesso às informa- ções internas e externas à organização que sejam relevantes para controlar os fatores críticos de sucesso [CHA 94]. Segundo Henry Lucas Júnior, em seu livro Information Systems Concepts for Management, um EIS não tem maiores diferenças conceituais em relação a um sistema de apoio à decisão. O que diferencia é, em geral, a interface com o usuário, que deve permitir que um executivo o utilize com facilidade. Modelo e Características dos EIS Os EIS começam a ser desenvolvidos nas organizações nos estágios de administração de dados e maturidade, no modelo definido por Richard Nolan. Nestes estágios, os sistemas de informação existentes refletem o fluxo de informações da organização, o usuário participa integralmente do desenvolvi- mento dos sistemas, as informações passam a ser consideradas patrimônio da organização, o crescimento da informática é ordenado, a informática passa a ter função de apoio estratégico para a organização e não se tomam decisões sem base nas informações produzidas por um EIS. A figura 2.7 apresenta um modelo para um sistema de informação executivo, com as diversas fontes utilizadas para suprir o sistema de dados que são transformados em informação para suprir os executivos responsáveis pelo processo de tomada de decisão na organização. Figura 19 – Modelo de um EIS Fonte: O’ Brian (2001). Sistema de Informação 36 As principais funções e características desses sistemas são: • Projetados para atenderem executivos; • Gerar mapas, gráficos e dados que possam ser submetidos à análise estatística para suprir os executivos com informações comparativas, fáceis de entender; • Fornecer dados detalhados sobre passado, presente e tendências futuras das unidades de negócios em relação ao mercado para auxiliar o processo de planejamento e de controle da organização; • Possibilitar a análise das informações obtidas; • Permitir que o executivo se comunique com o mundo interno e externo através de interfaces amigáveis (correio eletrônico, tele- conferências, etc.) que sejam flexíveis a ponto de se ajustarem ao seu estilo pessoal; • Oferecer ao executivo ferramentas de organização pessoal (calen- dários, agendas eletrônicas, etc.) e de gerenciamento de projetos, tarefas e pessoas. • Informações de nível estratégico – indicadores de desempenho; • Complemento dos SI atuais através da facilitação do acesso aos banco de dados existentes (data warehouse, por exemplo); • Capacidade de navegar do sintético para o detalhe. O objetivo de um EIS, portanto, é prover informações de forma acessível e em formato interativo, sem forçar que os executivos tornem-se especialistas em análise e modelo de dados. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Várias outras categorias de sistemas de informação que fornecem apli- cativos operacionais ou gerenciais incluem: • Sistemas Especialistas; • Sistemas de Administração do Conhecimento; • Sistemas de Informação de Negócios; • Sistemas de Informação Estratégica; • Sistemas de Informação Integrados; • Sistemas de Informação Interfuncionais. SISTEMAS ESPECIALISTAS Incluem categorias como inteligência artificial e sistemas especialistas Sistema de Informação Sistema de Informação 36 37 Inteligência Artificial (AI) Uma ciência e tecnologia cuja meta é desenvolver computadores que possam pensar, além de ver, ouvir, andar, conversar e sentir. Um principal impulso é o desenvolvimento de funções de computador normalmente liga- das à inteligência humana, por exemplo, raciocínio, inferência e solução de problemas. Exemplo: Robôs Industriais. Um sistema de informação computadorizado que utiliza seu conhe- cimento sobre uma área de aplicação complexa específica para atuar como um consultor especialista aos usuários. O sistema consiste em uma base de conhecimento e módulos de software que executam inferências no conhe- cimento e comunicam respostas para as perguntas de um usuário. Exemplo: Medicina, Engenharia, ciências físicas e negócios. SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO DE CONHECI- MENTO (KMS) A maioria das empresas percebe que elas devem se tornar empresas geradoras de conhecimento para sobreviver e se distinguir em um ambiente denegócios que se transforma rapidamente. A empresa geradora de conhe- cimento deve encontrar formas de utilizar as técnicas gerenciais de conhe- cimento e a informática para encorajar funcionários a compartilharem o que eles sabem e utilizar melhor o conhecimento acumulado do local de trabalho. Os sistemas de administração do conhecimento estão sendo desenvol- vidos para gerenciar o aprendizado organizacional e know-how das empresas. Os sistemas de gerenciamento do conhecimento ajudam os trabalhadores do conhecimento a criar, organizar e compartilhar importantes conhecimentos empresariais em qualquer lugar e sempre que for necessário. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DE NEGÓCIOS Os sistemas de informação podem diretamente apoiar operações e atividades gerenciais nas funções organizacionais de contabilidade, finanças, administração de recursos humanos, marketing e administração de operações. Os sistemas de informação de negócios podem ser operações ou sistemas de informação gerencial. Sistema de Informação 38 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ESTRATÉGICA O papel estratégico dos sistemas de informação envolve a utilização da TI para o desenvolvimento de produtos, serviços e capacidades que ajudam uma empresa na busca por vantagens estratégicas sobre a concorrência que ela enfrenta no mercado global. Isto cria os sistemas de informação estratégica que apoiam ou formam a posição e estratégias competitivas de uma empresa. Um sistema de informação estratégica pode ser todo tipo de sistema de infor- mação (TPS, MIS, DSS, etc.) que ajuda uma organização a obter uma vantagem competitiva, reduzir uma desvantagem competitiva ou atender outros objetivos estratégicos da empresa. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO INTEGRADOS OU INTERFUNCIONAIS Os sistemas de informação no mundo real são normalmente combinações integradas de vários tipos de sistemas de informação. Os sistemas de informação integrados são sistemas computadorizados que combinam as capacidades de diversostipos de sistemas de informação. A maioria dos sistemas de informação se destina a produzir informação e apoiar a tomada de decisão para vários níveis gerenciais e funções organizacionais, além de realizar a manutenção de registros e processamento de transações. SISTEMAS ESPECÍFICOS Sistemas de Informações Logísticas Os sistemas de informações logísticas são a interligação das atividades logísticas para criar um processo integrado (figura 2). A integração baseia-se em quatro níveis de funcionalidade: sistemas transacionais, controle gerencial, análise de decisão e planejamento estratégico, os quais são descritos na seqüência (Bowersox e Closs, 2001): Figura 20 Processos logísticos. Fonte: Bowersox e Closs, (2001). Sistema de Informação Sistema de Informação 38 39 a) Sistemas Transacionais: no nível mais básico (primeiro nível), tratam de entrada de pedidos, alocação de estoques, separação de pedidos, expedição, formação de preços e emissão de faturas, pesquisa entre clientes; b) Controle Gerencial: no segundo nível, trata da mensuração financeira, custo, gerenciamento de ativos, mensuração de serviços ao cliente, mensu- ração da produtividade e mensuração da qualidade; c) Análise de decisão: no terceiro nível, trata da programação e rotea- mento de veículos, gerenciamento e níveis de estoque, configuração de redes e instalações, integração vertical x terceirização; d) Planejamento estratégico: esse sistema de mais alto nível (quarto nível), trata de formulação de alianças estratégicas, desenvolvimento e aper- feiçoamento de capacitações e oportunidades, análise do serviço ao cliente focada e baseada no lucro. Além dessa integração, um sistema de informações logísticas deve in- corporar os seguintes princípios: disponibilidade da informação, precisão da informação, atualização da informação em tempo hábil, considerar exceções, flexibilidade e ter um formato adequado às necessidades da empresa. As fun- cionalidades de um sistema de informação logístico são segundo (BOWERSOX E CLOSS, 2001). a) Gerenciamento dos pedidos: entrada do pedido, verificação do crédi- to, verificação de disponibilidade de estoque, aceitação do pedido, modificação do pedido, cálculo do preço do pedido, verificação do status do pedido, preço e descontos adicionais, etc; b) Processamento de pedidos: criação do pedido, geração da fatura, emissão de documentos para separação de mercadoria dos pedidos, reserva de estoques, processamento do pedido, liberação do estoque reservado, verificação da expedição, etc; c) Gerenciamento de estoques: modelagem e análise de previsão de vendas, manutenção e atualização de dados de previsão, seleção de parâme- tros de previsão, seleção de parâmetros de estoques, simulação de estoque, planejamento de necessidades de estoque, geração, liberação e programação de pedido de ressuprimento, etc; d) Operações de distribuição: acompanhamento e designação de ins- talações de armazenagem, controle de estoque, programação de mão-de- -obra, controle de lotes, localização, seleção e re-suprimento de pedidos, armazenagem, etc; Sistema de Informação 40 e) Transporte e expedição: seleção de transportadoras, programação de transportadoras, despacho, preparação de documentos, pagamentos de frete, cálculo do frete da carga, carregamento dos veículos, etc; f) Suprimento: análise e pagamento, verificação de pedidos pendentes, entrada de pedidos de compra, manutenção de pedidos de compra, controle de status dos pedidos de compra, cotação do pedido, comunicação de ne- cessidades, etc. FERRAMENTAS E TECNOLOGIAS DA INFORMA- ÇÃO Por que as Empresas Precisam da Tecnologia da Informação? Enfatizar o papel vital que os sistemas de informação desempenham nas operações, na tomada de decisão gerencial e na obtenção de vantagem estratégica para as empresas; Refletir como os negócios estão utilizando a tecnologia da informação para atender o desafio de mudança por meio de programas de globalização, reengenharia de processos empresariais e concorrência ágil. Enterprise Resource Planning (ERP) ERP é um termo genérico para um conjunto de atividades executadas por um software multi-modular, que tem por objetivo auxiliar o fabricante ou o gestor de uma empresa nas importantes fases do seu negócio, incluindo o desenvolvimento de produtos, compra de itens, manutenção de estoques, interação com os fornecedores, serviços a clientes e acompanhamento de ordens de produção. O ERP pode também incluir módulos aplicativos para os aspectos financeiros e até mesmo para a gestão de recursos humanos. Tipica- mente, um sistema ERP usa ou está integrado a uma base de dados relacional. O que é ERP? O ERP tem suas raízes no MRP, - trata-se de um processo evolutivo natural. A figura 21 apresenta algumas funções básicas de um ERP (prover dados integrados e fidedignos) e exemplos de módulos que podem compor um ERP (fabricação, finanças, RH, etc). Sistema de Informação Sistema de Informação 40 41 Figura 21 - Funções e módulos de um ERP Fonte: Souza, (2003). O ERP é uma evolução natural do MRP MRP II ERP. Sua diferença básica em relação aos anteriores está na arquitetura, não na filosofia: • Sistemas MRP eram baseados em caracter, escritos com software proprietário e rodando em hardware proprietário; • Sistemas ERP são projetados para serem independentes de plata- forma, e arquitetura cliente/servidor. Podemos definir ERP como uma arquitetura de software que facilita o fluxo de informações entre todas as atividades de uma empresa, como fabri- cação, logística, finanças e recursos humanos. Normalmente, é composto por um banco de dados único, operando em uma plataforma comum que interage com um conjunto de aplicações. O ERP emprega tecnologia cliente/servidor. Isto significa que o usuário do sistema (cliente) roda uma aplicação (rotina de um módulo do sistema) que acessa as informações de uma base de dados única (servidor). O banco de dados interage com todos os aplicativos do sistema. Desta forma, elimina- -se a redundância de informações e redigitação de dados, o que assegura a integridade das informações obtidas. A figura 22 apresenta uma base de dados central interagindo com os vários módulos de uma arquitetura ERP, dentro de uma visão logística de administração de recursos, estando numa extremidade os clientes e noutra os fornecedores. Sistema de Informação 42 Figura 22 Funções e módulos de um ERP Fonte: Souza, (2003). Dentre os motivos que levam uma empresa a usar ERP, podem ser citados: • Permanecer competitivas; • Melhorar a produtividade; • Melhorar a qualidade; • Melhorar os serviços prestados aos clientes; • Reduzir custos, estoques; • Melhorar o planejamento e alocação de recursos. Os componentes típicos de um ERP: • Finanças; • Contabilidade; • Planejamento e Controle da Produção; • Recursos Humanos; • Custos; • Vendas; • Marketing; • Etc. Modalidades para a implementação do ERP Para Franco Junior (2001), a forma como os sistemas de ERP são implementados pode ser dividida em três modalidades: Sistema de Informação Sistema de Informação 42 43 Implantação “passo-a-passo” - o Sistema é implementado gradativa- mente em cada área funcional (produção, materiais, financeiro, etc.). Como vantagem sinaliza-se um maior controle e acompanhamento do processo de implementação; a adaptação é mais provável. Como desvantagem se pode mencionar o retrabalho, pois o novo sistema coexistirá, durante um período, com os sistemas legados, ou seja, sistemas para os quais os esforços para a substituição não apresentam boa relação custo x benefício. Implantação Big Bang - o Sistema é implantado de uma só vez, simul- taneamente em todas as áreas funcionais e em todas as unidades de negócio. Como vantagem não há redundância de informação e trabalho duplicado. Como desvantagem há um grande risco de choque cultural na implantação do sistema. Implantação Small Bang - o Sistema é implantado completamente em cada unidade de negócioprogressivamente, mas não há inicialmente integração entre elas. Customer Relationship Management (CRM) Grandes oportunidades aguardam as empresas que conhecem bem os hábitos dos seus consumidores. Mais do que um argumento de marketing, o conceito CRM vem sendo alardeado como a próxima tendência para os negócios no início do ano 2000, com um impacto tão forte quanto o data warehouse. O principal atrativo está em conquistar a lealdade do cliente satisfazendo suas reais necessidades de consumo. É o fim daquelas insistentes malas diretas que oferecem produtos e serviços às pessoas erradas. O componente central de um CRM passa geralmente pela criação de uma única base-de-dados partilhada sobre os clientes, permitindo assim que a informação seja recolhida uma vez, mas utilizada inúmeras vezes. A partilha desta informação em conjunto com as ferramentas funcionais oferecidas por uma solução CRM permite a uma empresa ganhar em eficiência e eficácia, permitindo como já descrito anteriormente, uma resposta eficaz e resolução de problemas o mais rapidamente possível. CRM é geralmente visto como um aglomerado de camadas que ligam os clientes a sistemas de front e back-office e, possivelmente a terceiros Figura 23: Os elos do CRM Fonte:. Brito et al.(2008). Sistema de Informação 44 A sigla CRM (Customer Relationship Management) ou gerenciamento das relações com o cliente, em busca da sua lealdade, é apontada como o novo e inevitável caminho para a sobrevivência nos negócios. Mais do que uma nova chance de venda de soluções tecnológicas, as maravilhas do conceito pregam uma revolução no modelo tradicional de marketing e vendas. Agora, o cliente precisa ser visto por todos os departamentos da mesma maneira e a comercialização não deve estar focada nos produtos, mas nas necessidades de cada consumidor. VANTAGENS DO CRM Através da utilização de CRM uma empresa pode: • Oferecer melhor serviço ao cliente • Aumentar os lucros • Descobrir novos clientes • Vender produtos de uma forma mais eficaz • Ajudar o departamento de vendas a fechar negócios mais rapida- mente • Tornar os call-centers mais eficientes • Simplificar os processos de marketing e vendas • Preparar-se melhor contra ameaças globais • Automatizar processos de negócio • Fazer decisões mais acertadas • Partilhar a base de conhecimento Figura 24: utilização de CRM uma empresa Fonte: Brito et al.(2008). Sistema de Informação Sistema de Informação 44 45 Tipos de dados recolhidos pelos sistemas de CRM • Respostas a campanhas • Datas de transporte e recepção • Dados de compras e vendas • Informações das contas dos clientes • Dados de registo na web • Registos de serviço e suporte • Dados demográficos • Dados de vendas na web A questão da fidelidade dos Clientes A cada cinco anos, uma empresa contabiliza a perda de metade de to- dos os clientes. A dramática estatística da Harvard Bussiness Review reforça a importância de uma tecnologia que vem conquistando empresas de todo o mundo, interessadas em aumentar o tempo de permanência dos consumidores utilizando as técnicas de CRM. Criada como uma plataforma para identificar os clientes e trabalhar as oportunidades, a solução por trás da terminologia sofisticada se baseia numa lógica muito simples: valorizar a relação para manter por mais tempo. O mercado projetado para as soluções CRM revela a importância desse novo enfoque corporativo. Segundo a IDC (International Data Corporation), até 2003 este segmento movimentará US$ 16,8 bilhões. O brasil deve cor- responder a 10% deste volume. Até lá, o crescimento médio esperado é de 50% ao ano. Os analistas acreditam que nos próximos quatro anos, o mercado de CRM registrará um crescimento similar ao observado no segmento de ERP. Para se ter uma idéia, o poderoso SAP, que se projetou graças ao desenvol- vimento do software de gestão integrada, estima que em três anos 30% da receita dela venha do setor de CRM. O conceito CRM aborda tudo que se identifica e participa da relação com os clientes, focada não propriamente na venda do produto ou serviço. A base de aplicação desse conceito está na segmentação. A partir daí faz-se uma diferenciação no tratamento. O resultado é a fidelidade. Não se pode tratar todos os clientes da mesma forma. Um cliente que traz mais rentabilidade, ou maior volume, é um cliente valioso, que deve ter um tratamento diferenciado. Uma estatística da Michaelson and Associates mostrou que 69% dos consumidores trocam de fornecedor por conta de um atendimento sofrível. Para ilustrar o tom dos novos tempos, em que individualização faz diferença, um executivo de uma grande empresa de consultoria, cita uma estatística mais estarrecedora: cerca de 80% dos clientes que abandonam um fornecedor não estão insatisfeitos com os produtos e serviços. Tampouco foram maltratados. O motivo que os levou a trocar de parceiro foi a indiferença. Sistema de Informação 46 Para coibir estes impactos, a base do CRM trás um conjunto de pro- cessos: identificar o cliente certo, oferecer-lhe o que interessa, no momento em que ele precisa, através do canal adequado. Segundo a AMR, vender para um novo cliente custa 10 vezes mais do que a venda para um cliente antigo. A relação virtual Empresas de internet são vendedoras de relacionamento. Veja o exem- plo da Amazon: eles não são especialistas em produtos, mas em clientes. E não precisam de um portfólio de produtos, podem oferecer só o que os consumidores querem comprar. Porr outro lado, a internet torna o desafio da fidelidade ainda mais dramático. Estatísticas do mercado apontam para uma taxa de desistência entre 60% e 70% no comércio eletrônico. Isto significa que mais da metade dos consumidores que enchem os carrinhos nas lojas virtuais desistem da compra antes de chegar ao caixa. Com um bom CRM, esta questão pode ser fortemente amenizada, fazendo o cliente desistir de abandonar as compras. Por isso, as empresas de comércio eletrônico devem contribuir decisi- vamente no crescimento fantástico do mercado de CRM. Integração Do ponto de vista do negócio, conceito de CRM pode ser inserido em quatro áreas de desenvolvimento: • Geração de oportunidade; • Execução e incentivo de negócios; • Consolidação de vendas; • Fidelidade do cliente. Para isto, o CRM conta com todo o arsenal de tecnologia e informação provenientes da plataforma ERP e call center. Integração é a palavra chave neste processo, para que se tire proveito das informações já existentes sobre clientes, utilizadas para uma realimentação eficiente do banco de dados de relacionamento. Para muitos analistas, o CRM pode mesmo ser encarado como uma expansão de ERP. Isto porque o sistema transforma todo o histórico de rela- cionamento entre clientes e fornecedores, contido na base de dados operacio- nal, em transformações segmentadas sobre público da empresa. Nesta nova base, constrói-se um data warehouse e faz-se data mining. Daí em diante, os programas de negócios inteligentes ajudam na definição das novas estratégias para atrair ou manter os clientes fiéis. Souza Filho, da Price Waterhouse, acredita que a maior dificuldade não está na tecnologia nem no operacional da implantação, mas na qualidade da informação que se tem a respeito do cliente. “É comum o empresário achar Sistema de Informação Sistema de Informação 46 47 que tem um dado importante sobre o cliente, quando, na verdade, está longe disto E se não há informação, não há relacionamento”. Ninguém começa a se relacionar com alguém que não conhece. CRM: por que e para quem? Todo mundo está falando de CRM (gerência da relação com os clientes). De fato, CRM é a bola da vez. A maioria das empresas está preocupada com a crescente infidelidade dos clientes, aumento da concorrência, globalização, personalização em massa e outras questões relacionadas ao tema. Por outro lado, os fornecedores de aplicativos tem desempenhado um papel muito importante, empurrando
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