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TOXICOLOGIA FORENSE - O ESTUDO DOS AGENTES TÓXICOS NAS CIÊNCIAS FORENSES - REVISTA - RCML (1)

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REVISTA CRIMINALÍSTICA 
E MEDICINA LEGAL
RCML
TOXICOLOGIA FORENSE: O ESTUDO DOS 
AGENTES TÓXICOS NAS CIÊNCIAS FORENSES
Izanara Cristine Pritsch*
Instituto de Pós-Graduação (IPOG), Curitiba, PR, Brasil
FORENSIC TOXICOLOGY: STUDY OF 
TOXIC AGENTS IN FORENSIC SCIENCES
RESUMO 
Toxicologia forense é uma ciência interdisciplinar empregada na investigação criminal ou durante o processo judicial. Tem como finalidade detec-
tar, identificar e/ou quantificar, em matrizes biológicas ante mortem ou post mortem, uma ampla variedade de substâncias ou elementos 
químicos que podem apresentar efeitos nocivos ao organismo. O objetivo deste trabalho foi selecionar as informações disponíveis na literatura 
referente à toxicologia forense, mostrando a importância e abrangência desta área dentro das ciências forenses. O método adotado neste 
trabalho foi revisão literária utilizando-se diversas bases de dados onde somente artigos relacionados à toxicologia geral e toxicologia forense 
foram incluídos na busca. Os resultados obtidos mostraram a complexidade da toxicologia forense devido à grande diversidade de compostos 
que podem ser encontrados em diferentes materiais biológicos, bem como os desafios analíticos referentes à escolha da matriz adequada e 
ao método analítico a ser empregado. Além dessas considerações, em investigações post mortem é importante conhecer a estabilidade da 
substância em matrizes biológicas, pois a mudança química do composto e os fenômenos de redistribuição post mortem podem afetar a 
interpretação dos resultados. Portanto, é importante que se tenha atenção especial quanto aos procedimentos e protocolos instituidos desde a 
coleta até a análise das amostras para que não ocorram perdas das substâncias de interesse a serem identificadas, ressaltando-se a importância 
da adequada identificação, acondicionamento e conservação das amostras, bem como o registro da sua cadeia de custódia. Dessa forma, a 
toxicologia forense é capaz de responder perguntas e questionamentos na investigação de problemas relacionados à Justiça, no âmbito criminal.
PALAVRAS-CHAVE: Toxicologia forense. Investigação criminal. Ciências forenses.
ABSTRACT
Forensic toxicology is an interdisciplinary science employed in criminal investigation or during the judicial process. 
It aims to detect, identify and / or quantify, in either ante-mortem biological matrices or post-mortem ones, a wide 
variety of substances or chemical elements that can have harmful effects on the organism. The investigation of the 
harmful effects of chemicals can be carried out either on living individuals or on cadavers. The objective of this rese-
arch was to compile information available in the literature regarding forensic toxicology, showing the importance and 
scope of this area within the forensic sciences. The methodology adopted in this research was a literature review 
using several databases in which only articles related to general toxicology and forensic toxicology were included 
in the search. The results obtained show the complexity of forensic toxicology due to the great diversity of compou-
nds that can be found in different biological materials. In addition, in post-mortem investigations, it is important to 
know the stability of a substance in biological matrices, as well as the analytical challenges regarding the choice of 
the appropriate matrix and the analytical method to be employed. Besides these considerations, it is important to 
give special attention to the procedures and protocols from sample collection until its analysis, avoiding the loss of 
substances of interest to be identified, as it is also important to emphasize the importance of proper identification, 
packing and conservation of the samples, as well as the registration of its chain of custody. Thus, forensic toxicology 
can answer questions and inquiries in the investigation of Justice-related problems, in the criminal sphere.
KEYWORDS: Forensic toxicology. Criminal investigation. Forensic sciences.
* izanarap@gmail.com
REVISTA CRIMINALÍSTICA E MEDICINA LEGAL 
V.5 | N.1 | 2020 | P. 19 A 26 | ISSN 2526-0596
DOI: 10.51147/RCML039.2020
19
Pritsch | Revista Criminalística e Medicina Legal | V.5 | 2020 | ISSN 2526-0596
20
1. INTRODUÇÃO
A toxicologia surgiu nos primórdios da humanidade, a par-
tir dos conhecimentos básicos essenciais para garantir a vida, 
como o conhecimento da alimentação e do sexo, com a fina-
lidade de garantir a descendência, e do conhecimento do que 
é venenoso (ou tóxico), pois a ingestão desse último levaria à 
mortes1. Na história da toxicologia, o documento considerado 
mais antigo surgiu em torno de 1500 a.C.: o Papiro de Ebers. 
Neste documento encontram-se dados sobre conhecimento do 
organismo humano e prescrições de substâncias curativas para 
enfermidades causadas por agentes tóxicos, além de mais de 
700 princípios ativos1. No século XVI, Paracelso (1493–1541) 
teve importante destaque na toxicologia ao afirmar que todas as 
substâncias são veneno, pois o que diferencia um veneno de um 
remédio é a dose2. Além disso, esse autor também documentou 
que a resposta do corpo às substâncias é dose-dependente, um 
importante conceito da toxicologia3. 
A toxicologia, por definição, é a ciência que estuda os 
efeitos nocivos de substâncias químicas em organismos vivos. 
A toxicologia forense, baseada nos princípios fundamentais da 
toxicologia, objetiva auxiliar no esclarecimento de fatos que 
apresentem interesse médico-legal, sendo uma ciência interdis-
ciplinar integrada pelas áreas de química analítica, toxicologia 
analítica e farmacologia, visando detectar, quantificar e interpre-
tar os achados de agentes tóxicos em uma ampla variedade de 
amostras biológicas2,4,5. 
A intoxicação é um desequilíbrio fisiológico provocado pela 
exposição à xenobióticos em determinada dose, e pela condição 
de exposição. Muitas vezes, os sinais e sintomas de intoxicação 
não são específicos para identificar seu agente causador, sendo 
necessário o emprego de métodos analíticos para sua determi-
nação. Nesses casos, é fundamental que a escolha da matriz 
biológica seja adequada (considerando-se a disponibilidade da 
amostra e o tipo de exposição) e que o método analítico utilizado 
seja compatível com a identificação do agente intoxicante5. 
A toxicologia forense se constitui em uma importante fer-
ramenta na materialização do crime uma vez que se constata a 
presença de substâncias tóxicas que influenciarão na elucida-
ção de eventos relacionados aos fatos investigados como, por 
exemplo, o desempenho de indivíduos que se envolveram em 
um acidente de trânsito, ou substâncias que tenham sido a cau-
sa de morte6. Nesse sentido, é importante que, considerando o 
impacto da produção da prova no sistema penal, os laboratórios 
procurem implementar sistemas de garantia da qualidade que 
envolvam não só a fase analítica, mas também a pré-analítica, 
que engloba a cadeia de custódia das amostras e o seu adequa-
do transporte e armazenamento (temperatura e frasco de acon-
dicionamento adequados), a fim de que a relevância do resultado 
seja preservada6.
Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo bus-
car as informações disponíveis na literatura referentes às ques-
tões relevantes à toxicologia forense, mostrando sua importância 
e abrangência nesta área.
2. METODOLOGIA
O método adotado nesta pesquisa bibliográfica foi revisão 
da literatura utilizando diferentes bases de dados como LILACS, 
Pubmed, Scielo e Google acadêmico. A coleta de dados foi reali-
zada no período de janeiro de 2019 a maio de 2020. Somente ar-
tigos relacionados à toxicologia geral e toxicologia forense foram 
incluídos na pesquisa. A finalidade do levantamento bibliográfico 
é buscar um tema específico à luz do conhecimento cientifífico, 
em um determinado período de tempo, com a possibilidade de 
gerar a postulação de hipóteses ou interpretações e, assim, esti-
mular outras pesquisas acerca do tema proposto7,8. 
3. REFERENCIAL TEÓRICO 
3.1 ToxicologiaForense
A toxicologia é o estudo dos efeitos adversos de drogas, 
venenos e outras substâncias químicas em sistemas biológicos4. 
A toxicologia forense é o estudo e a aplicação da toxicologia rea-
lizados com o propósito de auxiliar na elucidação de fatos de inte-
resse médico-legal, auxiliando na investigação por meio da inter-
pretação dos resultados quando houver informações suficientes 
disponíveis sobre as circunstâncias do contexto que está sendo 
investigado. Suas principais áreas de aplicação são a toxicologia 
da investigação da morte, ou post mortem, a toxicologia ante 
mortem, a dopagem no esporte e teste de drogas em ambiente 
de trabalho e no trânsito 2,5,9,10.
Na toxicologia post mortem, as análises são aplicadas em 
investigação de crimes com vítimas fatais, onde há suspeita de 
que substâncias tóxicas possam ter contribuído com a causa da 
morte do indivíduo. Muitas vezes, também, é importante realizar 
pesquisa de drogas de abuso ou de medicamentos em vítimas de 
homicídio e morte acidental, pois pode haver correlação entre o 
consumo de drogas e as circunstâncias que causaram a morte.
A toxicologia ante mortem é responsável pela análise de 
amostras biológicas de indivíduos vivos, cujo consumo de subs-
tâncias tóxicas pode estar relacionado a fatos de interesse fo-
rense. Exemplo desta aplicação da toxicologia é o uso de “droga 
facilitadora de crime” (DFC), onde substâncias psicoativas são 
administradas à vítima, sem seu consentimento, com o objetivo 
de incapacitá-la de suas ações cognitivas para a decisão de rea-
lizar ou não um crime, sendo os mais comuns o roubo, homicídio, 
sequestro e estupro. As DFC’s geralmente são substâncias de 
tempo de meia-vida curto e que causam amnésia anterógrada, 
alucinação, sonolência e perda de consciência, causando confu-
são e incapacitando a reação da vítima5. Nesses casos, é impor-
tante que a coleta das amostras biológicas seja feita o mais breve 
possível, preferencialmente antes de iniciar qualquer tratamento 
que se faça necessário, sob a pena de se perder a prova do 
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crime11.
O controle de dopagem no esporte também é uma área 
de interesse forense, já que muitas vezes os atletas fazem uso 
de substâncias ilícitas, além do fato de que a detecção de subs-
tâncias, ou métodos proibidos, têm implicações legais ao atleta. 
As substâncias mais frequentemente utilizadas para melhora no 
desempenho nos esportes (saúde e bem-estar dos atletas) são 
anabolizantes, estimulantes, narcóticas e diuréticas5.
Com relação ao controle do uso de drogas no ambiente de 
trabalho, o objetivo é monitorar a autoadministração de substân-
cias que possam ter efeitos negativos na saúde dos indivíduos 
expostos podendo reduzir sua produtividade, como, também, 
causar acidentes no local de trabalho. Neste contexto, o monito-
ramento de indivíduos condutores de veículo automotor tem se 
destacado, pois o número de vítimas de acidente sob influência 
de drogas de abuso, ou de medicamentos, é crescente, sendo o 
álcool o mais prevalente, embora também seja necessário moni-
torar o consumo de medicamentos e drogas ilícitas5.
3.2 Amostras de interesse forense
As matrizes biológicas a serem utilizadas nas análises fo-
renses devem ser selecionadas considerando a disponibilidade 
da amostra e o tipo de exposição. Nos casos de intoxicação agu-
da, a utilização de sangue, urina e saliva demonstram-se ade-
quadas, enquanto que em casos de exposição crônica, matrizes 
como cabelo e unhas podem ser mais relevantes por fornecerem 
informações de período de exposição mais longo 5. Além disso, 
a escolha da matriz depende de uma gama de fatores que se 
relacionam com a natureza, integridade da amostra submetida à 
análise, tipo de investigação (ante mortem e post mortem), 
facilidade de coleta, e as considerações analíticas e de ensaio 
juntamente com a interpretação dos resultados12,13.
As principais matrizes biológicas utilizadas na caracteri-
zação da exposição humana à xenobióticos são urina, plasma, 
sangue, saliva e cabelo. Outras matrizes alternativas também 
podem ser usadas como fluido oral, suor, unha, mecônio, tecidos 
e cabelos de recém-nascidos14,15.
Embora uma maior variedade de amostras esteja dispo-
nível nas investigações post mortem, a análise toxicológica 
dessas apresenta desafios adicionais em virtude de alterações 
celulares relacionados à autólise, redistribuição post mortem, 
decomposição ou ausência de amostras, fatores esses que in-
fluenciam na confiabilidade das análises, limitando a interpreta-
ção dos resultados obtidos 2,5,9,11,16,17. As matrizes biológicas nor-
malmente empregadas na caracterização da exposição humana 
em análises post mortem são sangue total (aorta, cavidade 
cardíaca e femoral), humor vítreo, fígado, conteúdo estomacal e 
urina. Em casos de extrema putrefação, tecido muscular, cabelo 
e osso podem ser matrizes úteis13,18. 
Para monitoramento do consumo recente de drogas, as 
matrizes biológicas de escolha são o sangue total (ST), o fluido 
oral (FO) e a urina, devido à janela analítica de detecção des-
sas matrizes19. Em conjunto, os resultados encontrados nessas 
amostras podem responder perguntas sobre a extensão, o tempo 
e os possíveis efeitos prejudiciais do uso de drogas 4. Do ponto 
de vista toxicológico, a utilização de sangue total é considera-
da padrão-ouro5,6, visto que a detecção de xenobióticos nessa 
matriz é a que melhor se correlaciona com efeitos dessas subs-
tâncias no organismo20, embora a análise toxicológica de outras 
matrizes possa fornecer informações adicionais sobre a rota e o 
tempo de exposição de determinados xenobióticos 9.
A utilização de fluido oral como matriz biológica alterna-
tiva ao sangue vem sendo empregada devido ao aumento da 
sensibilidade dos métodos analíticos utilizados, o que permite a 
detecção de concentrações cada vez menores de analitos nas 
amostras biológicas. Essa matriz é de grande aplicabilidade no 
controle e monitoramento do uso de drogas, em especial nos 
condutores de veículo automotor em abordagens on road por 
ser facilmente coletada e de forma não invasiva. Porém, é uma 
amostra disponível somente ante mortem 21,22.
A urina é uma matriz biológica de janela de detecção am-
pla que fornece informações de uso pregresso, sendo possível 
detectar nessa matriz a droga inalterada e seus produtos de 
biotransformação. Essa matriz apresenta poucos interferentes, 
sendo de fácil preparo de amostra quando comparada ao san-
gue. Além disso, costuma estar disponível em grandes quanti-
dades e, muitas vezes, a concentração de drogas presentes é 
maior do que em outras matrizes, facilitando a identificação de 
xenobióticos 23–26.
Com relação à utilização de cabelo para análise toxicológi-
ca, é importante considerar que essa matriz fornece informações 
de uso pretérito, sendo possível detectar a exposição a drogas 
semanas ou meses antes da coleta da amostra, fato este que 
pode ser útil para avaliar a exposição crônica a alguns xenobió-
ticos5,27,28. Sua vantagem em relação a amostras como o sangue 
e a urina é a facilidade de coleta, transporte e armazenamento29.
A análise toxicológica do conteúdo gástrico pode ser útil, 
por exemplo, para determinar administração oral recente de me-
dicamentos e para distinguir a via oral de outras vias de adminis-
tração, embora a ausência de droga no estômago não garanta 
que a ingestão não tenha ocorrido18.
3.3 Conservação das amostras
A coleta e a preservação de evidências forenses são 
fundamentais para a resolução bem-sucedida de investigações 
criminais, tendo em vista que, se os resultados não são confiá-
veis, podem ocorrer falsas interpretações e conclusões errôneas. 
Portanto, os métodos empregados devem ser adequados a cada 
caso e a cada matriz biológica envolvida30,31.
Tendo em vista o impacto da coleta adequada nas análises 
toxicológicas, cabe ressaltar a importância de que a coleta in 
vivo seja realizada antes da implementaçãode medidas tera-
pêuticas durante o atendimento hospitalar, quando houver. Nos 
casos post mortem a necropsia deve ser realizada o mais bre-
Pritsch | Revista Criminalística e Medicina Legal | V.5 | 2020 | ISSN 2526-0596
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ve possível. Ou então, recomenda-se que o corpo seja mantido 
sob refrigeração para minimizar as alterações de concentração 
devido aos processos putrefativos. Dessa forma, as amostras 
apresentarão suas características o mais próximo possível da 
situação original, promovendo sua melhor preservação11.
As concentrações dos xenobióticos em amostras biológi-
cas podem variar consideravelmente desde o momento da morte 
até a coleta, uma vez que nos fenômenos cadavéricos ocorre 
autólise celular e, desta forma, drogas e venenos podem ser li-
berados dos seus sítios de ligação dos tecidos e principais ór-
gãos17. Sendo assim, o conhecimento sobre a estabilidade das 
substâncias em matrizes biológicas (alguns medicamentos já 
são conhecidos pela sua instabilidade), e de mecanismos de sua 
degradação, fornecem ao toxicologista maneiras de minimizar e 
evitar possíveis contaminações ou interferências e, consequen-
temente, erros na interpretação dos resultados9,30. 
Quando a análise não pode ser realizada imediatamen-
te após a coleta, o ideal é que o material seja armazenado em 
frascos com temperatura adequada e com uso de conservantes, 
quando necessário, em locais protegidos para garantir a segu-
rança e integridade das amostras30.
Com relação à conservação de amostras post mortem, 
os cuidados devem ser reforçados. Por exemplo, é comum que 
medicamentos de abuso sofram mudanças post mortem, e a 
extensão dessas mudanças varia significativamente entre as di-
ferentes drogas. Os principais fatores que influenciam no estado 
de qualidade das amostras são: estabilidade da droga e os efei-
tos de qualquer difusão desta para outros tecidos, além de sua 
decomposição e eventual liquefação de tecidos, o ambiente, a 
temperatura e outros fatores ambientais18. 
A coleta das amostras ocorre de maneira individual, respei-
tando as suas particularidades, devendo ser considerados fato-
res como recipientes de acondicionamento próprios, a necessi-
dade ou não de refrigeração, fotossensibilidade e volatilidade dos 
analitos. O cuidado com os recipientes também deve ser levado 
em consideração, evitando-se contaminações e possíveis inter-
ferências provenientes do frasco30. 
Alguns cuidados específicos devem ser considerados 
quando da coleta de sangue para análise toxicológica, no que diz 
respeito ao seu acondicionamento. Essa amostra deve ser cole-
tada em tubos contendo flúor, pois este atua como conservante 
evitando alterações nas concentrações dos tóxicos 30,31. Além 
disso, é preciso precraução quanto ao uso de anticoagulantes, 
pois estes podem causar interferências em alguns casos. Da 
mesma forma, é preciso ter atenção à temperatura de acondicio-
namento das amostras, pois quando a análise é realizada com 
plasma, o sangue não deve ser congelado para que a separação 
por centrifugação não seja inviabilizada30. 
3.4 Cadeia de custódia
Em virtude das repercussões legais da toxicologia foren-
se, todas as evidências associadas a um caso necessitam ser 
documentadas e mantidas em segurança para que a idoneidade 
do processo não seja prejudicada30. As evidências são capazes 
de interligar pessoas, lugares e ações que cercam eventos nos 
quais os indivíduos são legalmente responsabilizados30. A cadeia 
de custódia é usada para manter e documentar a história crono-
lógica da evidência, desde sua coleta, identificação, acondicio-
namento, manuseio, transporte, recebimento, armazenamento, 
até sua análise e armazenamento de contraprova. Sendo as-
sim, refere-se ao tempo em curso no qual a amostra está sendo 
manuseada e, também, ao registro das pessoas envolvidas no 
processo, buscando garantir que o resultado do laudo realmen-
te corresponda ao vestígio originalmente encontrado no local do 
crime 5,32. A cadeia de custódia se divide em externa e interna: a 
fase externa envolve o transporte do local de coleta até a chega-
da ao laboratório; a fase interna refere-se ao fluxo da amostra no 
laboratório, desde o seu recebimento até o descarte32. A rastrea-
bilidade do processo envolvendo a evidência permite uma trans-
parência do trâmite dentro da investigação e processo penal. Por 
isso, é fundamental que cada passo seja documentado desde o 
início até o fim do processo32.
A cadeia de custódia também permite a ampla defesa das 
partes. Portanto, de acordo com o Código Penal Brasileiro, o 
laboratório criminal deverá manter material suficiente para con-
traprova pericial, satisfazendo, assim, o princípio Constitucional 
do contraditório e da ampla defesa do acusado32.
Todas as fases devem ser realizadas seguindo rigorosos 
protocolos. Caso contrário, a evidência poderá ser contestada 
e seu “valor” questionável. Nesse contexto, a cadeia de cus-
tódia é considerada um elo sensível dentro das investigações 
criminais, pois qualquer falha pode comprometer o processo33. 
É importante ressaltar que a identificação nominal das pessoas 
envolvidas no processo é realizada caracterizando-se suas res-
ponsabilidades com implicações legais e também morais, tendo 
em vista que o destino de vítimas e réus proveem do resultado 
da perícia 33.
3.5 Técnicas de análise toxicológica 
Os quadros de intoxicação causados pela exposição aos 
agentes xenobióticos, na maioria das vezes, apresentam sinto-
mas e lesões inespecíficos, o que requer a utilização de métodos 
analíticos que possibilitem o isolamento, a identificação e a quan-
tificação dessas substâncias em matrizes biológicas5. Estas são 
diversas e podem apresentar grande quantidade de interferentes, 
o que aumenta o grau de dificuldade de análise. Entretanto, téc-
nicas de preparo de amostras podem ser aplicadas previamente 
ao emprego de técnicas de detecção com a finalidade de isolar o 
analito de interesse, visando à perda mínima deste com remoção 
eficaz de interferentes, alta recuperação do analito, baixo tempo 
de análise e custo12.
A análise toxicológica inicia-se com testes de triagem ou 
screening, seguido por teste confirmatório. A triagem geralmen-
te é realizada através de técnicas de imunoensaio que, depen-
Pritsch | Revista Criminalística e Medicina Legal | V.5 | 2020 | ISSN 2526-0596
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dendo do teste, pode conter anticorpos para a detecção de uma 
droga específica, de um metabólito ou de uma classe de subs-
tâncias. Apresentam alta sensibilidade, mas costumam ser pouco 
específicos, podendo haver a possibilidade de resultados falsos, 
tanto positivos quanto negativos. Dessa forma, deve-se proceder 
à análise confirmatória para todos os testes de screening com 
resultado positivo, e de 5% dos resultados negativos5,34.
Os métodos analíticos mais utilizados na toxicologia foren-
se para a determinação e quantificação de xenobióticos são téc-
nicas que apresentam maior sensibilidade e compatibilidade com 
as concentrações dos compostos de interesse presentes nas 
amostras biológicas12. Logo, as técnicas consideradas “padrão
-ouro” nas análises toxicológicas forenses são as cromatografias 
em fase gasosa ou em fase líquida, acopladas à espectrometria 
de massas (CG-EM ou CL-EM), também conhecidas pelas siglas 
em inglês GC-MS e LC-MS, respectivamente35,36.
3.5.1 Técnicas confirmatórias
Existe uma grande diversidade de agentes tóxicos. A pre-
sença deles nas matrizes biológicas pode ser concomitante, e, 
frequentemente, de características desconhecidas. Em razão 
disso, as técnicas cromatográficas são amplamente utilizadas 
para separação desses compostos e, muitas vezes, o emprego 
de método multianalítico é necessário para detectar simultanea-
mente mais de uma substância em uma mesma amostra, e de 
forma inequívoca37. 
Em laboratórios de toxicologia forense e clínica, as princi-
pais técnicas utilizadas são CG-EM e CL. Esses métodos são im-
portantes ferramentas na identificação de diferentes substâncias 
em amostrascomplexas. O emprego de CL-EM e CL-EM/EM tem 
se tornado cada vez mais frequentes, pois além de apresentarem 
a alta seletividade da detecção de espectrometria de massas, 
permite a análise de amostras aquosas e de analitos hidrofílicos, 
termolábeis e não voláteis38.
A cromatografia em fase gasosa acoplada à espectrome-
tria de massas é a técnica de escolha para triagem e confirmação 
de substâncias voláteis 39. Esta técnica permite a detecção em 
escala de nano a picogramas, sendo de grande aplicabilidade 
devido à alta sensibilidade, podendo separar misturas complexas 
com até 200 compostos muito semelhantes. A limitação desse 
método é a necessidade de que o analito seja volátil e termica-
mente estável39.
A cromatografia líquida é aplicada para compostos não vo-
láteis, hidrofílicos e termolábeis, e no controle de doping 40. Esta 
técnica é complementar, mas não alternativa, à CG-EM, ainda 
o padrão de ouro na toxicologia analítica. Os instrumentos de 
CL-EM são muito mais caros do que os de CG, sendo uma das 
razões pelas quais eles não se encontram disponíveis em muitos 
laboratórios. Outra vantagem de aplicação da CL-EM na toxico-
logia analítica é a capacidade de avaliar conjugados de drogas 
intactos, de forma que a identificação e quantificação destes 
compostos sejam possíveis sem que se necessite das etapas 
de hidrólise41.
Drogas utilizadas como facilitadoras de crime podem ser 
difíceis de serem detectadas, pois a substância ativa frequen-
temente está presente em baixas concentrações (administradas 
em doses baixas), podendo, também, apresentar instabilidade 
química e tempo de meia-vida curto, sendo rapidamente elimina-
das do organismo. No entanto, a sensibilidade da técnica CL-EM/
EM é capaz de revelar a presença de benzodiazepínicos alguns 
dias após a administração da droga. Em estudo relatado por 
Kintz et al., foi detectada a presença de Zolpidem no sangue, 
urina e cabelo seis dias após o evento ter ocorrido 42. Swanson 
et al. também relataram o uso de CL-EM/EM e CG-EM na iden-
tificação de carfentanil e furanil fentanil em amostras biológicas 
envolvidas com a causa da morte em dois relatos de casos43.
Em caso de misturas complexas de substâncias com po-
laridades muito diferentes, compostos com menor resistência ao 
fluxo ou maior estabilidade à pressão, hidrólise ou alta tempera-
tura, emprega-se a cromatografia líquida de alta eficiência44. As 
principais aplicações são para determinação de drogas, medica-
mentos e seus respectivos metabólitos em amostras biológicas45.
3.6 Laudo Toxicológico 
O laudo de análise toxicológica é constituído pela conclu-
são das análises, e também, por uma eventual interpretação dos 
resultados, além de outras informações como: identificação do 
processo ou inquérito e da entidade requisitante, método ana-
lítico utilizado e referências à técnica de isolamento utilizada, 
datas de recepção (recebimento) das amostras e conclusão dos 
exames, amostras analisadas, especialista responsável pela 
execução das análises, níveis de detecção e de quantificação, 
descrição das amostras analisadas, e outras informações que 
possam ser consideradas relevantes para elaboração das con-
clusões46. De acordo com o artigo 160 do Código de Processo 
Penal (Decreto Lei nº 3.689 de 03 de Outubro de 1941), o perito é 
responsável pela elaboração do laudo, onde irá descrever, minu-
ciosamente, a evidência que foi analisada33. O laudo compõe-se 
de quatro partes: a primeira é conhecida como preâmbulo, que 
contém o nome do perito e o objetivo da perícia; em seguida, é 
elaborada a descrição detalhada do objeto perícia; na sequência, 
a discussão, onde o perito, argumentará os detalhes dos exames 
pertinentes, formulando, assim, seus pareceres; e para finalizar, 
a conclusão onde os quesitos formulados pelas partes devem ser 
respondidos33.
O laudo é normalmente encaminhado ao perito que requi-
sitou a análise, sendo posteriormente remetido à entidade requi-
sitante isoladamente, ou em conjunto com o Laudo de Necropsia 
ou de Clínica Médico-Legal46. 
3.7 Aplicação da toxicologia em relatos de casos
Na literatura, existem diversos relatos do emprego da toxi-
cologia forense, como: identificação de compostos envolvidos na 
causa de morte, crimes facilitados por uso de drogas, condução 
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de veículos automotores sob influência de substâncias psicogê-
nicas, intoxicação, além de outros casos.
Em um estudo conduzido na Holanda, casos post mor-
tem envolvendo medicamentos à base de anfetaminas foram 
revisados por Verschraagen et al.47. A anfetamina é uma droga 
sintética com efeito estimulante, que produz efeito semelhante 
ao da cocaína, atuando no sistema nervoso central e induzindo 
um estado hiperativo48. Os autores revisaram casos post mor-
tem entre os anos de 1999-2004. Foram comparadas, as con-
centrações de drogas à base de anfetaminas no sangue femoral 
de casos de morte suspeita, não natural, com concentrações no 
sangue total de indivíduos envolvidos em casos não fatais, como 
os de condução automobilística sob influência de drogas. No 
período analisado foram encontrados 70 casos, sendo a droga 
mais detectada 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA), segui-
do pela anfetamina. Análises toxicológicas foram realizadas em 
amostras de sangue e/ou urina para investigar drogas de abuso, 
fármacos e álcool. Os autores concluíram que concentrações de 
MDMA e anfetaminas no sangue estão relacionadas aos casos 
de mortes e condução automobilística sob influência de drogas. 
No entanto, a detecção isolada destes compostos nas amostras 
não pode ser estabelecida como a causa da morte, visto que dro-
gas do tipo anfetamina são geralmente utilizadas em combinação 
com álcool e outras drogas, como a cocaína e canabinóides47.
Para investigar a causa da morte de um jovem encontrado 
na condição de rigor e livor mortis, exames post mortem e 
análises toxicológicas foram requisitadas49. Diferentes amostras 
biológicas foram coletadas (sangue, urina, cabelo, conteúdo 
gástrico) e múltiplas substâncias foram encontradas (etanol, co-
caína, lidocaína, fenacetina, paracetamol, levamisol, cetamina, 
MDMA, entre outras), o que resultou em uma intoxicação fatal 
por múltiplas drogas. As análises de triagem foram realizadas na 
urina para anfetaminas, antidepressivos tricíclicos, barbitúricos, 
benzodiazepínicos, canabinóides, metadona, cocaína e opiáceos 
pela técnica de imunoensaio enzimático de multiplicação (EMIT). 
A concentração de etanol no sangue, urina e conteúdo gástrico 
foi determinada por headspace CG-EM. Análises de triagem 
para substâncias desconhecidas foram feitas por CG-EM. Análi-
ses de confirmação também foram realizadas por CG-EM, con-
cluindo-se que a ingestão concomitante de mefedrona, cocaína e 
etanol foi a provável causa da morte do indivíduo devido ao efeito 
toxicológico sinérgico dessas drogas 49.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A toxicologia forense é a área do conhecimento voltada 
à compreensão dos agentes tóxicos sob diversas situações, 
identificando-os e determinando suas concentrações, podendo 
relacioná-los com os efeitos no organismo. Além disso, a toxi-
cologia forense é destinada a estudar e detectar os tóxicos que 
estejam relacionados à investigações criminais, à serviço da 
Justiça. Considerando a grande diversidade de medicamentos, 
drogas ilícitas e, também, venenos, as análises toxicológicas 
são indispensáveis em diversos casos ante mortem e post 
mortem, sendo necessário que os laboratórios forenses portem 
equipamentos compatíveis à detecção das baixas concentrações 
de xenobióticos frequentemente relatadas na toxicologia forense.
Cabe, ainda, ressaltar que, os resultados gerados por meio 
dessas análises devam ser inequívocos e, o laudo, irrefutável. 
Para isso, todas as etapas, desde a coleta da amostra, identi-
ficação, conservação e transporte, até sua análise final, devem 
ser realizadas criteriosamente, registrando-se toda a cadeiade 
custódia, a fim de garantir a confiabilidade dos resultados.
Outros critérios bastante relevantes evidenciados nos últi-
mos anos são a certificação de pessoal, a validação de procedi-
mentos, programas de controle de qualidade e a acreditação dos 
laboratórios, com a implementação de sistemas de gerenciamen-
to de qualidade, fortalecendo ainda mais o resultado do laudo 
pericial, fornecendo subsídios técnicos para as investigações e 
devidos esclarecimentos na esfera judicial 2,10.
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