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Recomendações para Proteção e Segurança no Ambiente Escolar

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Recomendações para Proteção e Segurança no Ambiente Escolar
Boas-vindas
Este curso sobre as Recomendações para Proteção e Segurança no Ambiente Escolar está voltado para a formação de profissionais com atuação em ambientes escolares, oferecendo ferramentas iniciais para as reflexões sobre segurança e proteção em ambientes escolares. Ele faz parte do conjunto de ações integradas do Governo Federal, para o enfrentamento da violência nas escolas, como ação necessária do Ministério da Educação (MEC), em atenção ao trabalho desenvolvido pelo Grupo de Trabalho Executivo do Ministério da Educação para o Enfrentamento e Prevenção às Violências nas Escolas e Universidades.
O curso está subdividido em quatro tópicos:
a) Orientações para entes federados e redes de ensino;
b) Orientações para instituições de ensino;
c) Canal de denúncias: Onde e como denunciar?; e
d) Intervenção e resposta imediata.
No decorrer do curso, o(a) cursista entrará em contato com links para ampliar o conhecimento a respeito de determinados conceitos e informações; boxes com questões para reflexão; relatos de caso e histórias fictícias de situações que podem ocorrer no cotidiano escolar, para análise e reflexão; atividades autocorrigíveis e pontuadas — baseadas na premissa dos Cursos On-line Abertos e Massivos, do inglês Massive Open Online Courses (MOOC) —; e acesso a leituras complementares por meio de lista de referências. A leitura e conclusão de todos os módulos do curso, bem como a realização das atividades, conduzirá o(a) cursista ao entendimento de diversos conceitos a respeito da temática, auxiliando na implementação das recomendações.
FICHA TÉCNICA
Coordenação
Dr. Cleber Santos Vieira (Secadi/MEC)
Dr. Victor Henrique Grampa (GT)
Conteudistas Especialistas
Dra. Ângela Soligo (Convidada)
Esp. Andressa Camile Pellanda (GT)
Bel. Gabriel Medina de Toledo (GT)
Ma. Eleonora Figueiredo (Convidada)
Dra. Juliana Fonseca de Oliveira Neri (Convidada)
Ma. Laura Almeida Antunes (Convidada)
Dra. Miriam Abramovay (GT)
Dra. Sarah Vieira Carneiro (GT)
Dr. Victor Henrique Grampa (GT)
Equipe do Ministério da Educação
Dr. Cleber Santos Vieira (Secadi/MEC)
Bela. Laura Eli Padilha de Souza (Secadi/MEC)
Ma. Leda Regina Bitencourt da Silva (SEB/MEC)
Dra. Lucianna Magri de Melo Munhoz (SEB/MEC)
Me. Rodrigo Luppi (Secadi/MEC)
Esp. Yann Evanovick (Secadi/MEC) [NC]
Instituições / Órgãos Realizadores
Ministério da Educação (MEC)
· Secretaria Executiva (SE)
· Secretaria de Educação Básica (SEB)
· Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (SECADI)
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Universidade Federal de Goiás (UFG)
Design Instrucional / Revisão / Diagramação
Dr. Victor Henrique Grampa (GT)
V-Lab UFPE
Prezado(a) cursista,
Desejamos as boas-vindas ao curso sobre estratégias para a implementação das Recomendações para Proteção e Segurança no Ambiente Escolar, com base no material elaborado pelo Ministério da Educação (MEC) e disponibilizado às redes e aos estabelecimentos de ensino de todo o país.
O objetivo do curso é partilhar reflexões e ferramentas tratando das recomendações ofertadas, de modo a facilitar a sua melhor implementação pelas redes de ensino e ambientes escolares (aqui compreendidos todos os espaços de educação formal, sejam de educação básica ou superior). O curso não tem o objetivo de servir como um “manual de ações” ou, ainda, como um “protocolo a ser adotado”, servindo de subsídio reflexivo para fomentar as ações desenvolvidas no âmbito local — por cada rede e estabelecimento de ensino.
A cartilha Recomendações para Proteção e Segurança no Ambiente Escolar foi publicada em 19 de abril de 2023, a partir da elaboração pelo Grupo de Trabalho Executivo do Ministério da Educação para o Enfrentamento e Prevenção às Violências nas Escolas e Universidades, criado para o desenvolvimento de medidas preventivas e imediatas de proteção do ambiente escolar como parte do conjunto de ações desenvolvidas pelo Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), coordenado pelo Ministério da Educação, cujo objetivo é o de propor políticas de prevenção e enfrentamento da violência nas escolas.
O material foi disponibilizado em formato on-line, visando orientar toda a comunidade escolar, incluindo estudantes; familiares e/ou responsáveis; profissionais da educação, gestores e conselheiros; profissionais de saúde mental, proteção e assistência social; policiais da ronda escolar, pessoal de resposta a emergências, profissionais de segurança; entre outros. O material foi adaptado de modo inclusivo e disponibilizado em braille (txt.) pelo Instituto Benjamin Constant (IBC), além de versão impressa, distribuída pelo MEC.
Acesse a versão em braille (txt.) da cartilha de Recomendações para Proteção e Segurança no Ambiente Escolar
Nesse sentido, o curso veio como uma ação para ampliar o debate sobre a temática, não apenas no contexto dos “ataques violentos contra as escolas”, mas numa lógica ampla de proteção e segurança no ambiente escolar, compreendendo a convivência democrática e o currículo como aspectos centrais de quaisquer enfrentamentos às violências em contextos escolares ou deles decorrentes.
Este curso contemplou, também, aspectos de materiais elaborados posteriormente, como a cartilha Escola Segura - como lidar com conteúdos de violência online e conversar com crianças e jovens sobre o tema, que é desdobramento da Orientação 7 destinada às Instituições de Ensino, trabalhada adiante. Nesse sentido, este curso de formação pretende trazer um breve panorama para o enfrentamento do complexo cenário de violências que atinge o ambiente escolar e sua comunidade, com atenção à proteção e segurança — dentro de uma lógica humanizante e integrada, que promova uma cultura de direitos humanos.
Os ambientes escolares são formativos, exigindo uma lógica integrada e integradora. A dimensão da proteção e segurança nas/das escolas deve estar inserida nessa mesma lógica, sem soluções “simples” para uma problemática tão complexa e multifacetada. Somente com o conhecimento científico e com a estruturação de políticas e ações conjuntas é que será possível o adequado enfrentamento do tema e a redução de riscos. A diretriz adotada nas ações do GT/MEC é a da interdisciplinaridade e proteção integral, para o “pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”, conforme previsto na Constituição Cidadã de 1988, em seu artigo 205. Isso posto, não é possível se pensar proteção e segurança de modo descontextualizado, como medida de “força” ou através de práticas puramente repressivas.
Através do dialogismo e da construção coletiva, se torna possível o enfrentamento de questões sociais complexas no tocante às suas causas e efeitos. O diálogo desvela práticas equivocadas e preconceitos naturalizados, possibilita o restabelecimento de pontes e humaniza o “outro”, servindo como condição para o desenvolvimento da empatia. Assim, como pontuado por Paulo Freire, patrono da Educação nacional:
O diálogo em que se vai desafiando o grupo popular a pensar sua história social como a experiência igualmente social de seus membros vai revelando a necessidade de superar certos saberes que, desnudados, vão mostrando sua incompetência para explicar os fatos (FREIRE, 2014, p. 49).
Indicamos que as orientações deste curso sejam pensadas como “sementes”, possibilitando novos olhares e ideias para a construção de uma escola mais protegida e segura, buscando a necessária inclusão de todas e todos, com atenção às realidades regionais e locais, sem discriminação de nenhuma natureza. Uma escola protegida e segura é uma escola sem medo, uma escola vacinada contra o ódio, na qual existam vínculos positivos e significativos, potencializando uma educação transformadora. A participação da comunidade escolar é elemento central nessa construção, conduzindo ao fortalecimento da gestão democrática e à promoção de uma cultura de Direitos Humanos.
A paz que buscamos não é a mera “ausência deviolência”, mas um estado perene de respeito e promoção da outridade, que só pode ser construído coletivamente, com respeito à dignidade humana e justiça social. Não basta impedir novos ataques às escolas, é necessário ressignificar as relações, romper os ciclos de violência que trouxeram ao atual cenário. Assim como propôs Paulo Freire, é necessária uma educação com abertura ao “amor”, aqui compreendido como força motivadora e transformadora dos sujeitos e da própria sociedade, como potência de união em prol de um futuro melhor.
Parabenizamos você pelo início do curso! Desejamos que ele contribua em suas trajetórias pessoais e profissionais.
MÓDULO 1 - Orientações de Prevenção e Reconstrução
Orientações de Prevenção e Reconstrução
Dra. Sarah Vieira Carneiro
“Para serem eficazes, os programas de prevenção, intervenção e reconstrução da violência exigem das instituições de ensino esforços colaborativos em toda a comunidade, incluindo estudantes; familiares e/ou responsáveis; profissionais da educação, gestores e conselheiros; profissionais de saúde mental, proteção e assistência social; policiais da ronda escolar, pessoal de resposta a emergências, profissionais de segurança; entre outros.
Os gestores das instituições de ensino, por meio do conselho escolar, devem reunir os atores mencionados acima para desenvolver estratégias apropriadas para seus próprios ambientes educacionais e comunitários.
Enfatizamos que é necessário assegurar que o ambiente educacional seja saudável e acolhedor, promovendo a criação, a criatividade e a criticidade, e que a educomunicação deve permear os variados componentes curriculares.
Nesse sentido, orientamos o seguimento das seguintes diretrizes, contextualizadas aos territórios”.
Caro(a) cursista,
Neste tópico, explicitaremos brevemente a importância das orientações para prevenção, intervenção e reconstrução, que serão desenvolvidas ao longo dos tópicos seguintes, contextualizando a temática no ambiente escolar e trazendo alguns conceitos importantes.
Muitos de nós, professores(as) e profissionais da educação, já convivíamos com situações de violências no nosso cotidiano de trabalho. Digo violências, no plural, porque suas manifestações são muitas, assim como muitas são as causas destas violações, o que aponta para a complexidade do problema. Temos testemunhado violências física, moral, psicológica, sexual, cultural, entre outras, talvez num ponto que a sociedade tenha “naturalizado” muitas destas manifestações, considerando-as como próprias do ambiente educacional, como um “faz parte”.
O fenômeno crescente de ataques violentos às escolas brasileiras acabou por escancarar todas estas violências, levando-as a um nível que só conhecíamos por meio dos noticiários. Essa onda de ataques e, mais ainda, o pânico que eles geraram nos fizeram parar e olhar, de uma vez por todas, para nossa realidade. É preciso compreender e enfrentar essa questão, sobretudo a partir de suas causas e consequências, buscando prevenir novos episódios e reduzir danos, caso ocorram. Atualmente, toda a sociedade brasileira se vê convocada a olhar para suas escolas e cuidar delas, protegê-las... Sim, as graves crises (como vimos na pandemia de Covid-19) acabam lançando luz sobre problemas novos e antigos e apresentando uma oportunidade única de, juntos(as), pensarmos soluções para o que temos de muito precioso: a educação de nossas crianças, adolescentes e jovens. A hora é agora.
Um fenômeno complexo como a violência não aceita receita pronta nem solução simples. Precisamos de esforços colaborativos de toda a comunidade, incluindo estudantes, familiares e/ou responsáveis, profissionais de educação, gestores, conselheiros, profissionais de saúde mental e de serviço social, profissionais de segurança e comunicação; enfim, de todos que possam nos ajudar a construir programas eficazes de prevenção, intervenção e reconstrução dos/nos ambientes escolares e suas comunidades.
Três termos importantes que utilizaremos neste curso são “prevenção”, “intervenção ou resposta” e “reconstrução”. A ideia central é a de que os ataques violentos às escolas não podem ser pensados apenas pontualmente, pois exigem uma resposta estruturada e permanente (preventiva) que busque evitar novos incidentes nas escolas, sem que se perca a dimensão das ações a serem tomadas caso o incidente ocorra — de modo imediato (intervenção/resposta) e de modo consecutivo (reconstrução). Um incidente violento em uma escola, ainda que sob a forma de uma ameaça ou tentativa, gera sérias consequências a toda comunidade escolar, que passa a sentir-se “insegura e vulnerável”, gerando a necessidade de uma resposta rápida e de um processo de reconstrução daquela comunidade, garantindo o retorno às suas atividades, de forma responsável e humana.
Figura 1: Prevenção, resposta e reconstrução
Certamente existe um conjunto de saberes já produzidos sobre o tema das violências nas e das escolas, mas existe muito mais a ser produzido em cada escola. É nesse território que se dão as dificuldades e também onde estão as potencialidades. Assim, recomenda-se que os gestores das instituições de ensino, por meio do conselho escolar, se reúnam com os atores mencionados acima e desenvolvam estratégias apropriadas para seus próprios ambientes educacionais e comunitários. Precisamos de ações que:
Promovam o protagonismo dos estudantes, de modo que eles se vejam não como o problema, mas como coconstrutores das soluções;
Trabalhem com transversalidade, envolvendo todas as atividades e espaços do ambiente educacional;
Acolham, assegurem e estimulem as diversidades, fugindo de uma postura que estigmatize determinado grupo ou comportamento;
Busquem potencialidades e não tenham como foco apenas o que se identifica como “problemático”, priorizando a prevenção e o acolhimento em detrimento de uma postura apenas punitiva; e
Considerem fortemente a identidade dos territórios, sua história e sua cultura, construindo soluções que “façam sentido” para aquela comunidade em particular.
Enfatizamos que é necessário assegurar que o ambiente educacional seja saudável e acolhedor, promovendo a criação, a criatividade e a criticidade. Potencializando ações transversais e interdisciplinares, como a educomunicação — no que tange tanto à educação quanto ao uso apropriado de mídias — bem como a garantia da liberdade de expressão nos espaços educativos, podemos permear os variados componentes curriculares.
Temos muito trabalho pela frente, mas não esqueça: somos muitos(as), estamos juntos(as) e não há tarefa e honra maiores que construir as próximas gerações do Brasil!
Figura 2: Capa da cartilha de Recomendações para proteção e segurança no ambiente escolar
Cartilha inclusiva (para surdos)
A cartilha de recomendações para proteção e segurança do ambiente escolar é apresentada em LIBRAS no vídeo a seguir:
MÓDULO 2 - Orientações para Entes Federados e Redes de Ensino

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