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AULA DA DISCIPLINA DE PALEONTOLOGIA PARA OS ALUNOS DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - LICENCIATURA. PROF. LINEO APARECIDO GASPAR JUNIOR GEOCRONOLOGIA E ESTRATIGRAFIA ➢ Introdução; ➢ Tipos de Escalas de Tempo Geológico; ➢ Os Métodos de Datação Relativa; 1. Estratigrafia; 2. Bioestratigrafia; ➢ Os Métodos de Datação Radiométrica; ➢ Outros Métodos de Datação: 1. Paleomagnetismo; 2. Varves e Ritmitos; 3. Hidratação da Obsidiana; 4. Dendrocronologia; 5. Tefrocronologia. 6. Podoestratigrafia. ➢ A Escala do Tempo Geológico; ➢ As Eras Geológicas. ➢ Para Assistir ➢ Referências Bibliográficas. SUMÁRIO A geocronologia é a ciência que utiliza um conjunto de métodos de datação usados para determinar a idade das rochas, fósseis, sedimentos e os diferentes eventos da história da Terra. INTRODUÇÃO A Terra possui = 4.5 bilhões de anos. Amplo intervalo de tempo = tempo geológico. As evidências da idade da Terra = rochas que formam a crosta terrestre. INTRODUÇÃO As rochas = não são todas da mesma idade = têm idades próximas. Estas registram = eventos que moldaram a Terra e a vida no passado. Esse registro = incompleto. Muitas páginas = capítulo inicial = apagadas = faltando ou são difíceis de decifrar. Apesar disso = registro preservado = Terra possui bilhões de anos. INTRODUÇÃO Duas escalas de tempo = datar esses episódios e determinar a idade da Terra: a) escala relativa do tempo - baseada na seqüência de rochas e na evolução da vida; b) escala absoluta do tempo - baseada na radioatividade natural dos elementos químicos presentes nos minerais constituintes das rochas. TIPOS DE ESCALAS DE TEMPO GEOLÓGICO Os métodos de datação relativa = primeiros a serem desenvolvidos = não dependiam de desenvolvimento tecnológico = entendimento de processos geológicos básicos + registro desses processos. Os princípios = datação relativa = simples e sua aplicação é quase sempre possível = campo quando + de uma rocha ocorre = mesmo afloramento. OS MÉTODOS DE DATAÇÃO RELATIVA A datação relativa = sucessão temporal das rochas de uma região, = coluna estratigráfica. As rochas = representadas = coluna estratigráfica = as rochas mais antigas são colocadas na base e as mais jovens no topo. OS MÉTODOS DE DATAÇÃO RELATIVA ➢Estratigrafia é o ramo da geologia que estuda as seqüências de camadas de rochas, buscando determinar os processos e eventos que as formaram. ➢Estratigrafia – origem híbrida: ➢Stratum (latim) = estrato; ➢Graphia (grego) = descrição. 1. ESTRATIGRAFIA ➢A estratigrafia inclui três subcampos: a)Litoestratigrafia: se baseia na análise das propriedades físicas e químicas das rochas; b)Bioestratigrafia: baseia-se no estudo das evidências fósseis gravadas nas rochas. c)Cronoestratigráficas: baseados em dados cronológicos. 1. ESTRATIGRAFIA ❖Fácies = termo latino facies = aparência ou aspecto. ➢ Fácies Sedimentares = Conjunto dos caracteres litológicos e paleontológicos de uma rocha, considerados do ponto de vista de sua formação. ✓ É empregada como: 1) prefixo qualitativo (litofácies, biofácies, etc); 2) associada a um adjetivo (fácies fluvial, etc); 3) a um substantivo (fácies de folhelho negro, etc). 1. ESTRATIGRAFIA Entre as unidades litoestratigráficas, há as seguintes, dispostas em ordem decrescente de hierarquia: Grupo: composto por duas ou mais formações. Formação: unidade litoestratigráfica fundamental. Membro: unidade litoestratigráfica discernível em uma formação. Camada: menor categoria dessas unidades. 1. ESTRATIGRAFIA Formação Irati Membro Assistência Formação Corumbataí Unidades bioestratigráficas = zonas bioestratigráficas = biozonas – levam –se em conta o conteúdo em fósseis. As biozonas – variam em espessura = de poucos centímetros a milhares de metros. Zoneamento paleontológico = estabelecimento de biozonas em uma seção estratigráfica. Bio-horizonte = uma interface que ocupa uma posição particular numa seqüência bioestratigráfica. 1. ESTRATIGRAFIA Intervalos afossilíferos situados nas colunas estratigráficas entre biozonas = interzonas estéreis. Intrazona estéril = intervalo afossilífero ocorrente no interior de uma biozona. Biozona é dividida em subzonas e estas em zônulas. Diversas zonas = agrupadas = superzona. 1. ESTRATIGRAFIA Zoneamento paleontológico biozona interzonas estéreis. su p er zo n a ? = discordância = está faltando camadas!! Unidades cronoestratigráficas – classificam os estratos de acordo com a sua idade. ➢As principais unidades são: ❖Eonotemas; ❖Eratemas, ❖Sistemas, ❖Séries, ❖Andares. 1. ESTRATIGRAFIA PRINCÍPIOS DA ESTRATIGRAFIA: Nicholas Steno (1669) ➢ Princípio da Superposição; ➢ Princípio da Horizontalidade Original; ➢ Continuidade Lateral. ➢ Estas Leis são aplicadas para rochas sedimentares e vulcanicas. 1. ESTRATIGRAFIA Nicholas Steno – 1638 a 1686 Princípio da superposição: postula que em qualquer seqüência de camadas, a camada de cima é mais jovem que a de baixo. Este princípio – adequado – sistemas sedimentares de agradação vertical. Mas não se confirma nos casos de depósitos de acreção lateral. 1. ESTRATIGRAFIA Princípio da Superposição Exceção ao Princípio da Superposição: Terraços Fluviais Exceção ao Princípio da Superposição: Depósitos Subterrâneos O princípio da Superposição – serve = camadas que se dispõem horizontalmente. Quando as camadas sofrem deformações tectônicas pós-deposicionais (dobras, etc) – provocam inversão nas camadas = invalidando o princípio – recorrer aos fósseis. 1. ESTRATIGRAFIA Deformação Tectônica 1. ESTRATIGRAFIA ◼ Princípio da Horizontalidade Original: devido ao fato das partículas sedimentares de um fluido acomodarem-se sob a influência da gravidade, a maior parte das estratificações deve ser horizontal; estratos inclinados, portanto, devem ter sofrido perturbação posterior. Princípio da Horizontalidade Original 1. ESTRATIGRAFIA ▪ Princípio da Continuidade Lateral: estratos, originalmente, se estendem em todas as direções até que sua espessura chegue a zero, ou, então, até encontrarem os limites de sua área original ou bacia de deposição. Princípio da Continuidade Lateral James Hutton postulou mais dois princípios: ➢ Princípio de relações de interseção = uma ígnea intrusiva, um falha ou discordância quem seciona uma rocha é sempre mais jovem que ela. ➢ Princípio das Inclusões: uma rocha que inclui fragmentos de uma outra rocha deve ser mais jovem que a rocha que orginou estes fragmentos. 1. ESTRATIGRAFIA James Hutton – 1726 a 1797 Princípio de Relações de Interseção Princípio das Inclusões A camada de arenito tem fragmentos de granito. Então na figura “A” o arenito é mais novo que o granito. O corpo de granito tem fragmentos de arenito. Então na figura “B” o granito é mais novo que o arenito. ➢ Contato Geológico ou Limites: superfícies que separam corpos sedimentares contíguos (Ex: arenito e folhelho) ou as interfaces entre unidades estratigráficas (por exemplo: duas formações). ➢ Este termo é bastante empregado em mapeamentos geológicos. 1. ESTRATIGRAFIA contatos Contato geológico ➢Quanto a posição espacial, os contatos geológicos classificam-se em: 1)Contatos verticais; seguem aproximadamente a direção da componente vertical dos campos gravitacional ou magnético terrestres. 2)Contatos horizontais; caracterizam-se por acompanhar, grosso modo, o plano tangente à superfície equipotencial gravitacional em um ponto. 3)Contatos inclinados (ou oblíquos): correspondem a planos delimitantes inclinados entre duas litologias ou unidades litoestratigráficas. 1. ESTRATIGRAFIA Oblíquo Horizontal ➢ Quanto aos graus de definição (ou nitidez), tem-se: 1) Contatos gradacionais (gradativos ou transicionais): são encontrados na situação em que a passagem de um litossoma para outro se faz através de uma zona de gradação de espessura variável.2) Contatos bruscos (ou abruptos): quando a mudança litológica é abrupta, representada por uma superfície bem definida. 1. ESTRATIGRAFIA silte argila areia ➢Os contatos laterais podem ser: a)contatos laterais com acunhamento: correspondem a um fenômeno pelo qual uma determinada camada diminui gradualmente de espessura até o seu completo desaparecimento e substituição por outras litologias. b)contatos laterais com interdigitação: representam uma situação na qual as camadas sedimentares de determinadas litologias adelgaçam-se, até o seu desaparecimento total e substituição por outros tipos de rochas. 1. ESTRATIGRAFIA Discordância = superfície que separa unidades estratigráficas de idades diferentes = representa um grande período = não deposição = erosão das camadas abaixo e acima desta superfície de discordância. O intervalo de tempo correspondente a uma discordância chama-se hiato. ➢ Lacuna: somatória de não deposição (hiato) erosão (ou vacuidade erosiva). ✓ Quando não ocorre erosão durante o intervalo de tempo de não-deposição, o hiato e lacuna seriam coincidentes. A discordância pode ser paralela, angular ou inconforme. 1. ESTRATIGRAFIA Discordância (?) ? ➢ Tipos de discordâncias: a) Concordante: Sempre que há contato entre unidades sucessivas. b) Discordância progressiva: Ocorre quando os níveis vão fazendo progressivamente ângulos com o substrato. c) Desconformidade: As camadas são paralelas (têm a mesma atitude), mas a superfície de contato é irregular. d) Paraconformidade: A atitude entre as unidades sobreposta é a mesma, mas é costume faltarem depósitos que correspondem a milhões de anos. e)Discordância angular: Verifica-se quando as inclinações do conjunto superior e inferior diferem, fazendo um ângulo entre si. f) Inconformidade: Designa-se pelo contato entre um conjunto sedimentar e um corpo ígneo ou um conjunto metamórfico mais antigo. 1. ESTRATIGRAFIA Concordante Discordância progressiva http://3.bp.blogspot.com/_03NWs8jaPME/TNmaAUu7rUI/AAAAAAAAABU/AMk2CiLe5Ss/s1600/concordante.jpg http://4.bp.blogspot.com/_03NWs8jaPME/TNmbk3dmmSI/AAAAAAAAABk/5YjlUZZFHDg/s1600/discor.+porgressiva.jpg Discordância Erosiva Discordância Erosiva Discordância Erosiva ➢ Os ciclos sedimentares e seqüências cíclicas referem-se a etapas sucessivas de preenchimento sedimentar de uma bacia, que termina com o retorno às condições iniciais. ➢ Os ciclos sedimentares são representados por uma repetição ordenada de dois ou mais termos litológicos e, neste caso, poderia ser quase sinônimos de ritmos sedimentares. ❖Ex: Varvitos = sucessão cíclica de dois componentes (arenito fino ou siltito e argilito). 1. ESTRATIGRAFIA varvito ➢ Bioestratigrafia é um ramo da estratigrafia na qual a idade da camada geológica é definida pelo tipo ou espécies de fósseis que são encontrados nesta camada. ❖ Fóssil: todo e qualquer vestígio de atividade biológica registrada nas rochas (conchas, ossos, buracos de vermes, etc). ❖ Fósseis – são encontrados = rochas sedimentares e parametamórficas (metamorfismo pouco intenso). ❖ Nem todas rochas sedimentares – possuem fósseis. 2. BIOESTRATIGRAFIA Princípio da Identidade Paleontológica ? ? = discordância = está faltando camadas!! A Bioestratigrafia, é considerada uma ciência que está compreendida como uma fronteira no estudo da estratigrafia e da paleontologia, tendo como principal objectivo o estudo do conteúdo fossilifero, quer a nível temporal, quer a nível do registo estratigráfico. Bioestratigrafia faz uso de certos fosseis, que desta feita, marcam presença num tempo concreto e muito especifico, da história geológica = fósseis guias 2. BIOESTRATIGRAFIA ❖Fóssil-índice ou guia: um organismo que viveu por um período de tempo geologicamente curto, mas que ocupou um grande espaço geográfico. Ex: Trilobitas, típico do Período Cambriano (570-505 Ma). Associação Faunística: um conjunto de fósseis = isoladamente não tão restritos a um intervalo de tempo = em conjunto caracterizam um intervalo de tempo específico. 2. BIOESTRATIGRAFIA ➢ Fósseis guia apresentam: 1) uma vasta repartição geográfica, 2) taxas de reprodução elevadas, 3) e bom potencial de preservação. Estas caracteristicas são fundamentais no apoio ao trabalho de um estratigrafo/paleontologo, pois constituem marcadores temporais bastante precisos. 2. BIOESTRATIGRAFIA A identificação de um conjunto de camadas, que apresentam um conteúdo fossilifero, susceptivel de ser individualizado das restantes camadas = biozona ou unidade bioestratigráfica. São divididas em: zonas de conjunto ou cenozonas: conjunto de estratos, que devido ao seu conteúdo fossilifero, é diferenciado com base em caracteristicas bioestratigraficas, dos conjuntos adjacentes. zona de extensão: esta subdivisão é feita com basena presença de um ou mais fosseis, zona de acme ou apogeu: conjunto de estratos caracterizados pela abundância de determinado taxon identificado. zona de intervalo: correspondente a um conjunto de estratos delimitado por dois biohorizontes, de dois taxons diferentes. 2. BIOESTRATIGRAFIA ? ? ? = discordância – está faltando camada Organismos extintos no registro fóssil Há dois pontos = permitem o cálculo da idade absoluta = rocha ou mineral: 1) As rochas são formadas por minerais = elementos químicos = nuclídeos radioativos; 2) Decaimento radioativo = constante chamada meia-vida. OS MÉTODOS DE DATAÇÃO RADIOMÉTRICA Minerais e rochas = elementos químicos = átomos. Núcleo do átomo = prótons + nêutrons - rodeados por elétrons. O número âtomico (Z) = número de prótons. Número de massa (A) = prótons + nêutrons. Isótopos = elementos com mesmo Z mas com diferentes A. OS MÉTODOS DE DATAÇÃO RADIOMÉTRICA Cada grão mineral = cronômetro = tempo geológico. Assim que este se forma= início = decaimento radioativo. Determinando-se = quantidade de elemento-pai (nuclídeo pai) + elemento-filho (nuclídeo filho ou radiogênico) = mineral = decaimento radioativo = quando o mineral se formou. OS MÉTODOS DE DATAÇÃO RADIOMÉTRICA Um elemento radioativo = tempo = transmuta-se em outro = mudança de número atômico + perda de elétrons + partículas do átomo + energia = radiação; Existem elementos = milhares de anos = transformarem. OS MÉTODOS DE DATAÇÃO RADIOMÉTRICA Meia-Vida = tempo que transcorre para que metade da quantidade de átomos de um determinado elemento radioisótopo (elemento-pai) = transmute por decaímento radioativo = elemento radiogênico (elemento-filho). OS MÉTODOS DE DATAÇÃO RADIOMÉTRICA Os métodos de datação mais comuns são: a) Potássio/Argônio = datação de rochas de origem ígnea. b) Rubidio-Estrôncio: c) Urânio- Chumbo: d) Samário - Neodímio e) Radiocarbono (carbono-14) = datação de materiais de origem biológica; f) entre outros; OS MÉTODOS DE DATAÇÃO RADIOMÉTRICA ➢Método potássio – argônio: O potássio é um elemento relativamente abundante na crosta (2,5%); Entra na constituição de micas, feldspatos, anfibólios, illitas, etc; O K40 transforma-se em argônio-40 e cálcio-40; Permite uma datação de 20.000 até 4,5 b.a. Fornece tanto idades de cristalização das rochas magmáticas, como idades de recristalização para rochas metamórficas. OS MÉTODOS DE DATAÇÃO RADIOMÉTRICA ➢Método rubídio-estrôncio: Rb-87 emite partículas beta = Sr-87; Meia vida do Rb =48,8 x 109 a. Datação é baseada na análise de minerais isolados (micas e feldspatos); Detectar idade real do evento gerador da rocha – diagrama isocrônico; Serve para a datação de sedimentos que contém glauconitas e em rochas lamosas. OS MÉTODOS DE DATAÇÃO RADIOMÉTRICA ➢Método urânio-chumbo: É baseado de todo urânio que ocorre na Terra contém U238 – decai – Pb-206 e U-235 – decai – Pb-207. Em ambos os casos há uma série de isótopos intermediários; Método utilizado na datação de rochas bem antigas; OS MÉTODOS DE DATAÇÃO RADIOMÉTRICA➢Método Samário - Neodímio: ➢Sm e Nd são elementos terras raras (Grupo 3B) que ocorrem na maioria dos minerais formadores de rochas. ➢O isótopo Sm147 se transforma no elemento filho Nd143. ➢Rochas basálticas os minerais ricos em Sm ocorrem em clinopiroxênio, anfibólios e granadas e em rochas graníticas: feldspato, micas e acessórios. ➢Nas rochas terrestres e minerais, a razão 0,1< Sm/Nd > 0,37 (grande similaridade química entre Sm e Nd). OS MÉTODOS DE DATAÇÃO RADIOMÉTRICA ➢Método do carbono-14: Baseia-se na determinação de proporção entre o C-14 e o total de carbono existente numa amostra; A amplitude de datação é de 500 e 50.000 anos; O carbono14 – decai – N-14; Meia vida do C-14 é de 5.570 ± 30 anos.; Usado para datação de restos carbonizados de animais ou vegetais. OS MÉTODOS DE DATAÇÃO RADIOMÉTRICA CICLO DO CARBONO ❑Os elementos radioativos = usados = sedimentos e rochas, dando a idade geológicas = 4,6 b. a. para a Terra. OS MÉTODOS DE DATAÇÃO RADIOMÉTRICA Tabela 1 – Valores das meia-vidas dos elementos radiotivos 1 - PALEOMAGNETISMO Magnetismo "fóssil" = registrado = minerais magnéticos = campo magnético. Indica a orientação do campo magnético terrestre = cristalização ou recristalização = minerais ígneos ou metamórficos. Também registrado em sedimentos = minerais magnéticos, como a magnetita, OUTROS MÉTODOS DE DATAÇÃO CAMPO MAGNÉTICO CAMPO MAGNÉTICO Rocha com minerais magnéticos (formação da rocha) Mudança do campo magnético da Terra Rocha apresenta minerais magnéticos orientados segundo o campo magnético da época de sua cristalização PALEOMAGNETISMO As varves e os ritmitos são sedimentos rítmicos cuja acumulação sofre um controle climático sazonal. Consistem numa alternância regular de dois tipos de camadas de litologias distintas; Dada a sua natureza sazonal – cada varve – representa a sedimentação de um ano; Assim, é possível conhecer a duração do intervalo de deposição de uma seqüência de varves. 2 - VARVES E RITMITOS FORMAÇÃO DO VARVITO DE ITU – 300 M.a. (Carbonífero) geleira lago soll Inverno argila geleira lago soll Verão areia sedimentos VARVITO OU RITMITO Argila depositada no inverno Areia depositada no verão 1 camada clara e 1 camada escura = 1 varve = 1 ano de sedimentação É um método de datação química; Obsidiana – vidro natural amorfo se forma nas lavas dos vulcões; Quando esta é lascada nova superfície começa a se hidratar – absorção de água da atmosfera; Forma uma película muito fina = porém visível – esta é proporcional ao tempo que ficou exposta. Através desta película – datação. 3 - HIDRATAÇÃO DA OBSIDIANA Quando as árvores se desenvolvem em ambientes favoráveis – relação direta – espessura dos seus anéis de crescimento; Denomina-se anel de crescimento a quantidade de xilema secundário produzido no decorrer de um período de crescimento; Os anéis de primavera são mais espessos que os de verão; ➢ A essa variação – oscilações climáticas; ➢ Dendrocronologia = contagem dos anéis de crescimento das árvores. 4 - DENDROCRONOLOGIA Anéis de crescimento Prefixo grego tefra = cinzas vulcânicas. Tefra = piroclastos de tamanhos diversos transportados subaereamente. Cinzas vulcânicas podem dispersar-se por amplas áreas em pouco tempo – constituindo em camada chave = correlação estratigráfica = através da descrição detalhada de suas propriedades (espessura, granulometria, minerais máficos, etc.) no afloramento. Essa técnica é somente aplicada em países que apresentam vulcanismo. 5 - TEFROCRONOLOGIA TEFROCRONOLOGIA http://it.wikipedia.org/wiki/File:Volcanic_bomb_from_Hekla.jpg Solo = produto natural = formado pela variação de fatores como clima, biota e relevo sobre as rochas indicador ambiental. Paleossolos = registros paleoambientais naturais – preservados no interior de depósitos quaternários em países continentais tectonicamente estáveis. Solos enterrados ou solos reliquiares = condições paleoambientais diferentes das atualmente reinantes na mesma área. Os paleossolos se apresentam superpostos por sedimentos mais novos com teores de matéria orgânica vegetal e evidências de bioturbação animal ou vegetal. 6 - PODOESTRATIGRAFIA Paleossolos – em regiões que sofreram glaciações quaternárias = refletem muito bem as mudanças paleoclimáticas = pela alternância de estádios glaciais e interglaciais. Nesses paleossolos = matéria orgânica de origem vegetal pode ser datada pelo processo do C14. Podoestratigrafia = estudo do empilhamento de camadas de paleossolos e a determinação (ambiental) de como estes se formaram. ➢ Para cada horizonte de paleossolo e necessário determinar: a) Teores de matéria orgânica; b) Estruturas, cores e os tipos de solos; c) Realização de análise sedimentalógica (granulometria, porcentagem de seixos, composição mineralógica, etc.). 6 - PODOESTRATIGRAFIA PODOESTRATIGRAFIA paleossolos bioturbaçõesbioturbações http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=PF4eHYbRDhGrgM&tbnid=ap0OOc41CcSiVM:&ved=0CAcQjRw&url=http://estrainter.blogspot.com/2011/01/fosseis-e-fossilificacao.html&ei=_0AxVIOQGYSMNoLGgeAN&bvm=bv.76802529,d.eXY&psig=AFQjCNHEiS0NvcUJlBuWpI5SSBYTXodweQ&ust=1412600332262086 Terra = idade de mais de 4,5 bilhões de anos. Com base em estudos estratigráficos e geotectônicos de correlação mundial apoiados, em grande parte: 1) registros fossilíferos, 2) paleomagnéticos e 3) datações geocronológicas, A ESCALA DO TEMPO GEOLÓGICO Este tempo geológico foi dividido em: Super Eon que é dividido em Eons, estes subdivididos em Eras; estas divididas em Períodos que, por sua vez, são divididos em Épocas as quais são divididas em Idades. A ESCALA DO TEMPO GEOLÓGICO Super Éon ➢O tempo geológico é dividido : ✓Época: é uma divisão de um período geológico. Ela é a menor divisão de tempo geológico = durando vários milhões de anos. ✓Período: Na divisão do tempo geológico, uma era compreende períodos geológicos e estes se subdividem em épocas geológicas. ✓Era: compreende períodos geológicos. Dois ou mais períodos geológicos formam uma Era, a qual tem centenas de milhões de anos de duração ✓Eon: duas ou + eras geológicas = durando centenas de milhões de anos. ✓Super Eon: Inclui todos os acontecimentos que ocorreram na Terra antes da existência da vida. A ESCALA DO TEMPO GEOLÓGICO Os sistemas podem ser subdivididos em séries, as quais compreendem as rochas depositadas nas respectivas épocas do tempo geológico. As séries são designadas como sendo as subdivisões: a) Inferior ou “Eo” b) Médio ou “Meso” c) Superior ou “Neo”. A ESCALA DO TEMPO GEOLÓGICO Os limites destas divisões = comitées internacionais de correlação estratigráfica mundial A base desta divisão temporal = registros geológicos de várias partes do mundo. A ESCALA DO TEMPO GEOLÓGICO Costuma-se dividir a História em um Super Éon, quatro Éons e dez eras, por sua vez subdivididas em períodos. Alguns fósseis são encontrados apenas num certo período ou numa determinada era e, por este motivo são chamados de fósseis guias. AS ERAS GEÓLOGICAS AS ERAS GEÓLOGICAS As divisões conhecidas são: + antiga + nova 4) ÉON FANEROZÓICO (de 550 m. a. até os dias Atuais) ERA PALEOZÓICA ERA MESOZÓICA ERA CENOZÓICA Paleogeno Neogeno Quaternário 1) ÉON HADEANO 2) ÉON ARQUEANO* 3) ÉON PROTEROZÓICO* Triássico Jurássico Cretáceo Cambriano Ordoviciano Siluriano Devoniano Carbonífero Permiano SUPER ÉON PRÉ CAMBRIANO (4,6 b.a. até 550 m. a.) A subdivisão do Tempo Geológico PARA ASSISTIR • https://www.youtube.com/ watch?v=lvQa9aGDC_I • https://www.youtube.com/ watch?v=yxqmp-OyLLM • https://www.youtube.com/ watch?v=N9CIis18_H0 ➢ARAGÃO, M. J. História da Terra. Rio de Janeiro: Interciência, 2008. 207p. ➢CARVALHO, I. S. Paleontologia. São Paulo: Editora Interciência, 2 ed. 2004.1152p. ➢MENDES, J. C. Elementos de Estratigrafia. São Paulo: Editora T. A Queiroz/ EDUSP, 1984. ➢MCALESTER, A. L. História Geológica da Vida. São Paulo: Edgard Blücher, 7 reimpressão, 2002. 173p. ➢PRESS, F... et al. – Para Entender a Terra – 4a ed. – Porto Alegre: Bookman, 2006. 656p. ➢SALGADO-LABOURIAU, M. L. História Ecológica da Terra. 2. ed. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 1994. v. 1. 307 p. ➢SUGUIO, K. - Geologia Sedimentar – São Paulo: Ed. Edgard Blücher, 1ed., 2003, 400p. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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