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Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
ENFERMAGEM EM 
GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E 
SAÚDE DA MULHER
Enfermeira graduada pelo Centro Universitário Barão de Mauá – 
Ribeirão Preto (SP). É mestra e doutora em Ciências pela Escola 
de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São 
Paulo, na linha de pesquisa sobre saúde do idoso, temática de 
traumatismos. Professora universitária no curso de Enfermagem 
e de Medicina no Centro Universitário Barão de Mauá – Ribeirão 
Preto.
E-mail: <glau_degani@yahoo.com.br>.
Olá, meu nome é Danielle Monteiro Vilela Dias, possuo 
graduação em Enfermagem pela Escola de Enfermagem de 
Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (2004), mestrado 
em Enfermagem Fundamental pela EERP/USP (2011) e 
doutorado em Enfermagem em Saúde Pública pela EERP/USP 
(2015). Atualmente, sou professora do Centro Universitário 
Claretiano e da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-
USP. Sou Membro Pesquisador do Grupo de Pesquisa sobre 
Enfermagem no Cuidado à Criança e ao Adolescente (GPECCA). 
Tenho experiência na área de Enfermagem, com ênfase em 
Ciências da Saúde, atuando principalmente nos seguintes temas: assistência de 
enfermagem, enfermagem neonatal, educação em saúde, materiais de ensino, 
tecnologias de ensino, recém-nascido, prematuro e avaliação clínica neonatal.
E-mail: <danielledias@claretiano.edu.br>.
Claretiano – Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
claretiano.edu.br/batatais
Gláucia Costa Degani
Danielle Monteiro Vilela
Batatais
Claretiano
2019
ENFERMAGEM EM 
GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E 
SAÚDE DA MULHER
© Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma 
e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o 
arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação 
Educacional Claretiana.
CORPO TÉCNICO EDITORIAL DO MATERIAL DIDÁTICO MEDIACIONAL
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação: Aline de Fátima Guedes • Camila Maria Nardi Matos • Carolina de Andrade Baviera • Cátia 
Aparecida Ribeiro • Elaine Aparecida de Lima Moraes • Josiane Marchiori Martins • Lidiane Maria Magalini 
• Luciana A. Mani Adami • Luciana dos Santos Sançana de Melo • Patrícia Alves Veronez Montera • Simone 
Rodrigues de Oliveira
Revisão: Eduardo Henrique Marinheiro • Filipi Andrade de Deus Silveira • Rafael Antonio Morotti • Rodrigo 
Ferreira Daverni • Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa: Bruno do Carmo Bulgarelli • Joice Cristina Micai • Lúcia Maria de Sousa 
Ferrão • Luis Antônio Guimarães Toloi • Raphael Fantacini de Oliveira • Tamires Botta Murakami
Videoaula: André Luís Menari Pereira • Bruna Giovanaz Bulgarelli • Gustavo Fonseca • Luis Gustavo Millan • 
Marilene Baviera • Renan de Omote Cardoso
Bibliotecária: Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
 
 610.7367 D361e 
 
 Degani, Gláucia Costa 
 Enfermagem em Ginecologia, Obstetrícia e Saúde da Mulher / Gláucia Costa Degani, 
 Danielle Monteiro Vilela – Batatais, SP : Claretiano, 2019. 
 121 p. 
 
 ISBN: 978-65-88553-01-5 
 
 1. Enfermagem Obstétrica. 2. Enfermagem Ginecológica. 3. Saúde da mulher. 4. Saúde 
 materna. 5. Obstetrícia. 6. Ginecologia. 7. Gestantes. 8. Serviços de saúde da mulher. 
 I. Vilela, Danielle Monteiro. II. Enfermagem em Ginecologia, Obstetrícia e Saúde da Mulher. 
 
 
 
 
 CDD 610.7367 
 
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Enfermagem em Ginecologia, Obstetrícia e Saúde da Mulher
Versão: ago./2019
Formato: 15x21 cm
Páginas: 121 páginas
SUMÁRIO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 11
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS ............................................................................ 12
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE ............................................................... 16
4. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 16
5. E-REFERÊNCIA .................................................................................................. 17
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULHER
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 21
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 22
2.1. POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE DA MULHER ...................................... 22
2.2. DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS .................................................... 25
2.3. SITUAÇÃO SOCIAL DA SAÚDE DA MULHER ........................................... 33
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 35
3.1. POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE DA MULHER ...................................... 35
3.2. DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS .................................................... 36
3.3. SITUAÇÃO SOCIAL DA SAÚDE DA MULHER ........................................... 39
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 39
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 42
6. E-REFERÊNCIA .................................................................................................. 42
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 42
UNIDADE 2 – ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 47
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 47
2.1. SAÚDE DA MULHER IDOSA E CUIDADOS DE ENFERMAGEM ............... 47
2.2. CÂNCER DE MAMA E CÂNCER CÉRVICO-UTERINO .............................. 49
2.3. CONSULTA DE ENFERMAGEM E SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA DA 
MULHER ................................................................................................... 60
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 66
3.1. SAÚDE DA MULHER IDOSA E CUIDADOS DE ENFERMAGEM ............... 66
3.2. CÂNCER DE MAMA E CÂNCER CÉRVICO-UTERINO .............................. 67
3.3. CONSULTA DE ENFERMAGEM E SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA DA 
MULHER ................................................................................................... 68
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 70
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 72
6. E-REFERÊNCIA .................................................................................................. 72
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 73
UNIDADE 3 – ENFERMAGEM OBSTETRÍCA: A MULHER NA 
GESTAÇÃO 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 77
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 77
2.1. GRAVIDEZ: SINTOMAS E DIAGNÓSTICO ................................................ 77
2.2. PRÉ-NATALE A PARTICIPAÇÃO DO ENFERMEIRO ................................. 83
2.3. GRAVIDEZ DE ALTO RISCO, DOENÇAS E INTERCORRÊNCIAS DA 
GRAVIDEZ ................................................................................................. 86
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 90
3.1. GRAVIDEZ: SINTOMAS E DIAGNÓSTICO ................................................ 90
3.2. PRÉ-NATAL E A PARTICIPAÇÃO DO ENFERMEIRO ................................. 91
3.3. GRAVIDEZ DE ALTO RISCO, DOENÇAS E INTERCORRÊNCIAS DA 
GRAVIDEZ ................................................................................................. 92
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 93
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 95
6. E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 96
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 96
UNIDADE 4 – ENFERMAGEM OBSTETRÍCA: A MULHER DURANTE O 
PARTO E PUERPÉRIO 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 99
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA ............................................................. 99
2.1. POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O PARTO E ASSISTÊNCIA À PARTURIENTE 
100
2.2. TRABALHO DE PARTO E PARTO ............................................................. 104
2.3. PERÍODO PUERPERAL ............................................................................. 110
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR ................................................................ 112
3.1. POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O PARTO E ASSISTÊNCIA 
À PARTURIENTE ........................................................................................ 112
3.2. TRABALHO DE PARTO E PARTO ............................................................. 113
3.3. PERÍODO PUERPERAL ............................................................................. 116
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 118
5. CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 120
6. E-REFERÊNCIA .................................................................................................. 120
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 120
© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
9
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
Conteúdo –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
A disciplina de Enfermagem em Ginecologia, Obstetrícia e Saúde da Mulher 
tem por intuito desenvolver condições para a organização da assistência e 
consulta de enfermagem em ginecologia e obstetrícia no atendimento ambula-
torial de pré-natal, centro obstétrico, unidade de puerpério e saúde da mulher, 
atendendo as Políticas Públicas de atenção à saúde da mulher. Aborda direitos 
reprodutivos, saúde reprodutiva, métodos contraceptivos, planejamento fami-
liar e situação social e da saúde da mulher no Brasil. Enfoca a assistência de 
enfermagem no ciclo gravídico puerperal, gestação de alto risco, alterações 
fisiológicas e psicossociais da gravidez normal e estratégias na prevenção do 
câncer ginecológico e mamário.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Bibliografia Básica
BARROS, S. M. O. (Org.). Enfermagem no ciclo gravídico-puerperal. Barueri: Manole, 
2006.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Parto, aborto e puerpério: Assistência humanizada à 
saúde. Ministério da Saúde, 2003.
NEME, Bussâmara. Obstetrícia básica. 3. ed. São Paulo: Sarvier, 2005.
Bibliografia Complementar
BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência pré-natal: manual técnico. Equipe de 
elaboração: Janine Schirmer et al. 3. ed. Brasília: Secretaria de Políticas de Saúde – 
SPS/ Ministério da Saúde, 2000.
BRASIL, Ministério da Saúde. Manual do Planejamento Familiar. Ministério da Saúde, 
2002.
10 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
BRASIL, Ministério da Saúde. Gestante de alto risco. Ministério da Saúde, 2001.
BRASIL, Ministério da Saúde. Urgências e emergências maternas: Guia para diagnóstico 
e conduta em situações de risco de morte materna. 2. ed. Ministério da Saúde, 2003.
LOWDERMILK, Deitra Leonard; PIERRY, Shannon E.; BOBAK, Irene M. O cuidado em 
enfermagem materna. 5. ed. Porto Alegre: Artmed. 2002.
E-referências 
BRASIL. Ministério da Saúde. Urgências e emergências maternas: Guia para diagnóstico 
e conduta em situações de risco de morte materna. 2. ed. Ministério da Saúde, 2003. 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0105urgencias.pdf>. 
Acesso em: 28 jul. 2018.
É importante saber
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá 
ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes necessárias 
à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais conceitos, 
os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento 
ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de 
saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente se-
lecionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou disponibilizados 
em sites acadêmicos confiáveis. É chamado "Conteúdo Digital Integrador" porque é 
imprescindível para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referência. Juntos, 
não apenas privilegiam a convergência de mídias (vídeos complementares) e a leitu-
ra de "navegação" (hipertexto), como também garantem a abrangência, a densidade 
e a profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obrigató-
rios, para efeito de avaliação.
11© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO
Enfermagem em Ginecologia, Obstetrícia e Saúde da Mul-
her desenvolverá diversos conteúdos que se encontram inseri-
dos em nosso cotidiano. Na Unidade 1, serão apresentados os 
conteúdos referentes à saúde da mulher, como: organização da 
saúde da mulher, atendendo as políticas públicas de atenção à 
saúde; métodos anticoncepcionais, determinantes do plane-
jamento familiar e infertilidade; aspectos da saúde da mulher 
adolescente e da mulher no climatério; e, para finalizar, alguns 
aspectos da situação social da mulher no Brasil.
Na Unidade 2, vocês poderão aprender sobre a saúde da 
mulher idosa e os cuidados de enfermagem, considerando o pro-
cesso de envelhecimento populacional e suas especificidades. 
Além disso, conhecerão os aspectos que envolvem a preven-
ção e o controle do câncer de mama e cérvico-uterino, e com-
preenderão a consulta de enfermagem e como realizar a semio-
logia e semiotécnica na mulher.
As particularidades da mulher no período gravídico, quan-
to à saúde materna e fetal, as doenças infecciosas na gravidez e 
as infecções congênitas, a gravidez de alto risco e as principais 
doenças e intercorrências da gravidez serão enfatizadas na Uni-
dade 3.
A Unidade 4 trará conteúdos quanto às necessidades da 
mulher no trabalho de parto e no parto, com abordagem das po-
líticas públicas sobre o parto e a assistência à parturiente, sobre 
a prática de enfermagem no parto e no período puerperal, além 
da prática de enfermagem no período puerperal.
Dessa forma, os conhecimentos apresentados visam 
acompanhar a mulher antes mesmo da fase reprodutiva até sua 
12 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
velhice, demonstrando e enfatizando suas necessidades físicas, 
psicológicas e sociais. 
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e 
precisa das definições conceituais, possibilitando um bom domí-nio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conheci-
mento dos temas tratados.
1) Aborto: "Feto de menos de 500 g na ocasião da expul-
são do útero, sem possibilidade de sobreviver; ação ou 
fenômeno de abortar" (DICIONÁRIO MÉDICO, 2014).
2) Amenorreia: "Ausência de período menstrual. Pode 
ser primária, nas mulheres que nunca menstruaram, 
ou secundária, em mulheres que já tiveram períodos 
menstruais e deixaram de tê-los" (DICIONÁRIO MÉDI-
CO, 2014).
3) Anticoncepção: "Prevenção da gravidez" (DICIONÁRIO 
MÉDICO, 2014).
4) Cesariana: "Cirurgia realizada por via abdominal, para 
permitir o nascimento de um produto de uma gesta-
ção viável" (DICIONÁRIO MÉDICO, 2014).
5) Climatério: "Conjunto de mudanças adaptativas que 
são produzidas na mulher como consequência do de-
clínio da função ovariana na menopausa. Consiste em 
aumento de peso, ‘calores’ frequentes, alterações da 
distribuição dos pelos corporais e dispareunia" (DICIO-
NÁRIO MÉDICO, 2014).
6) Colpocitologia oncótica: "Método de coloração para 
amostras de tecido, particularmente difundido por sua 
13© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
utilização na detecção precoce do câncer de colo uteri-
no" (DICIONÁRIO MÉDICO, 2014).
7) Concepção: "ato de ser concebido ou gerado; fecunda-
ção de ovo" (DICIONÁRIO MÉDICO, 2014).
8) Dispareunia: "Coito doloroso para a mulher" (DICIO-
NÁRIO MÉDICO, 2014).
9) Distócia: "Perturbação no trabalho de parto; parto di-
fícil" (DICIONÁRIO MÉDICO, 2014).
10) Eclampsia: "Estado caracterizado por ataques convul-
sivos de início brusco, que pode se manifestar nos úl-
timos meses de gravidez, durante ou após o parto. A 
pré-eclâmpsia caracteriza-se por edema generalizado, 
proteinúria e hipertensão, que pode evoluir para con-
vulsão e coma" (DICIONÁRIO MÉDICO, 2014).
11) Endométrio: "Membrana mucosa que reveste a pare-
de interna do útero" (DICIONÁRIO MÉDICO, 2014).
12) Episiotomia: "Incisão vulvar destinada a evitar a rup-
tura do peritônio durante o parto" (DICIONÁRIO MÉ-
DICO, 2014).
13) Estrógeno: "Grupo hormonal produzido principalmen-
te pelos ovários e responsáveis por numerosas ações 
no organismo feminino (indução da primeira fase do ci-
clo menstrual, desenvolvimento dos ductos mamários, 
distribuição corporal do tecido adiposo em um padrão 
feminino, entre outras)" (DICIONÁRIO MÉDICO, 2014).
14) Fecundação: "Fertilização do óvulo pela penetração do 
elemento fecundante do espermatozoide" (DICIONÁ-
RIO MÉDICO, 2014).
14 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
15) Fogacho: "Sensação de calor que vem à face por emo-
ção ou estado mórbido, notadamente na síndrome do 
climatério" (DICIONÁRIO MÉDICO, 2014).
16) Ginecologia: "Ramo da Medicina que estuda a consti-
tuição feminina e as doenças da mulher" (DICIONÁRIO 
MÉDICO, 2014).
17) Hiperêmese gravídica: "Vômito abundante, especial-
mente na gravidez” (DICIONÁRIO MÉDICO, 2014).
18) Hipotonia uterina: “Diminuição da tensão, da contra-
ção normal do útero” (DICIONÁRIO MÉDICO, 2014).
19) Infecção congênita: “Entrada e desenvolvimento no 
organismo, durante o nascimento, de microrganismos 
patogênicos capazes de provocar determinada doen-
ça. A doença infecciosa pode ser causada por bacté-
rias, fungos, protozoários e vírus” (DICIONÁRIO MÉDI-
CO, 2014).
20) Lactância: “Período de vida em que a criança mama” 
(DICIONÁRIO MÉDICO, 2014).
21) Maternidade: “Qualidade de mãe; hospital onde as 
mulheres dão à luz os seus filhos” (DICIONÁRIO MÉ-
DICO, 2014).
22) Mecônio: “Conteúdo intestinal, de cor azeitona escu-
ra, eliminada pelo feto nos primeiros dias de vida; mis-
tura de bílis com detritos de células, muco e secreções 
intestinais, também chamada ferrado” (DICIONÁRIO 
MÉDICO, 2014).
23) Menarca: “Primeira menstruação. Pode aparecer en-
tre os 13 e 16 anos, dependendo de fatores genéticos 
e ambientais” (DICIONÁRIO MÉDICO, 2014).
15© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
24) Menopausa: “Estado fisiológico caracterizado pela in-
terrupção dos ciclos menstruais normais, acompanha-
da de alterações hormonais em mulheres após os 45 
anos” (DICIONÁRIO MÉDICO, 2014).
25) Menstruação: “Sangramento cíclico através da vagina, 
produzido após um ciclo ovulatório normal e que cor-
responde à perda da camada mais superficial do endo-
métrio uterino” (DICIONÁRIO MÉDICO, 2014).
26) Multípara: “Mulher que teve vários filhos” (DICIONÁ-
RIO MÉDICO, 2014).
27) Nulípara: “Nome dado à mulher que ainda não teve 
parto” (DICIONÁRIO MÉDICO, 2014).
28) Parto: “Ato de parir; produto da concepção; expulsão 
do filho” (DICIONÁRIO MÉDICO, 2014).
29) Parto gemelar: “parto de dois filhos” (DICIONÁRIO 
MÉDICO, 2014).
30) Parto induzido: “parto provocado na gestação prolon-
gada, ou nas anormalidades gestatórias” (DICIONÁRIO 
MÉDICO, 2014).
31) Parto prematuro: “parto que se realiza antes do perío-
do normal de gestação” (DICIONÁRIO MÉDICO, 2014).
32) Parto serotino: “Parto realizado após duração excessi-
va da gravidez” (DICIONÁRIO MÉDICO, 2014).
33) Perinatal: “relativo aos períodos imediatamente ante-
rior e posterior ao parto” (DICIONÁRIO MÉDICO, 2014).
34) Primípara: “Mulher que pariu pela primeira vez” (DI-
CIONÁRIO MÉDICO, 2014).
35) Puerpério: “Período compreendido entre o parto e a 
completa recuperação anatomofisiológica da mulher; 
16 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
pós-parto (aproximadamente seis semanas)” (DICIO-
NÁRIO MÉDICO, 2014).
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE
O Esquema a seguir possibilita uma visão geral dos concei-
tos mais importantes deste estudo. 
 
Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave de Enfermagem em Ginecologia, Obstetrícia e Saúde da 
Mulher. 
4. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FERNANDES, R. A. Q.; NARCHI, N. Z. Enfermagem e saúde da mulher. Barueri: Manole, 
2007.
 
 
 
 
 
 
Período Não Gravídico 
 
 
Saúde da Mulher 
Adolescência 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Políticas públicas 
Redes de atenção 
Direitos sexuais e 
reprodutivos 
Trabalho de parto, 
parto e puerpério 
 
 
 Doenças 
Intercorrências 
Violência 
Gestante 
Planejamento familiar 
Métodos 
anticoncepcionais 
Infertilidade 
Semiologia e Semiotécnica da mulher 
Consulta de Enfermagem 
17© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
5. E-REFERÊNCIA
DICIONÁRIO MÉDICO. Conceitos. 2014. Disponível em: <https://www.xn--
dicionriomdico-0gb6k.com/display.php?action=search&word=Aborto&nr_page=1>. 
Acesso em: 3 maio 2019.
© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
19
UNIDADE 1
SAÚDE DA MULHER
Objetivo
• Entender como acontece a organização da saúde da 
mulher, para, assim, atender as políticas públicas de 
atenção à saúde. 
• Conhecer os métodos anticoncepcionais, os determi-
nantes do planejamento familiar e a infertilidade.
• Entender os aspectos da saúde da mulher adolescente 
e no climatério.
• Conhecer a situação social da mulher no Brasil.
Conteúdos
• As políticas públicas de saúde da mulher e as redes de 
atenção. 
• Gênero e saúde-doença das mulheres.
• Direitos sexuais e reprodutivos da mulher. 
• Determinantes do planejamento familiar e métodos 
anticoncepcionais. 
• Infertilidade: bases para os cuidados de enfermagem. 
• A mulher adolescente e no climatério.
• A participação das mulheres na vida social. 
• Violência contra a mulher (videoaula).
20 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações 
a seguir:
1) Não se limite ao conteúdo deste Caderno de Referên-
cia de Conteúdo; busque outras informações em sites 
confiáveis e/ou nas referências bibliográficas, apresen-
tadas ao final de cada unidade. Lembre-se de que, na 
modalidade EaD, o engajamento pessoal é um fator 
determinante para o seu crescimento intelectual.
2) Busque identificar os principaisconceitos apresenta-
dos e realize as revisões sugeridas no início de cada 
unidade.
3) Não deixe de recorrer aos materiais complementares, 
descritos no Conteúdo Digital Integrador. Neles se-
rão orientados os estudos sobre a atenção à saúde da 
mulher.
21© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
1. INTRODUÇÃO
Vamos iniciar nossa primeira unidade de estudo, você está 
preparado?
A disciplina Enfermagem em Ginecologia, Obstetrícia e 
Saúde da Mulher está dividida em cinco ciclos de aprendizagem, 
cada um deles correspondendo a um grupo de conteúdos e ob-
jetivos específicos. 
Esses conteúdos e objetivos visam contribuir para a forma-
ção do enfermeiro que irá atuar no cuidado à saúde da mulher 
em diversas fases do seu ciclo de vida.
Nesta unidade, você conhecerá as políticas públicas de 
saúde da mulher e as redes de atenção, as questões de gênero 
e saúde-doença das mulheres, os direitos sexuais e reprodutivos 
da mulher, o planejamento familiar e métodos anticoncepcio-
nais, a infertilidade como base para os cuidados de enfermagem, 
a participação das mulheres na vida social e, como videoaula, o 
tema da violência contra a mulher.
Nessa perspectiva, a disciplina visa proporcionar ao futuro 
enfermeiro a compreensão das políticas de saúde em relação 
à mulher nos ciclos da vida, tais como adolescência, gestante, 
parto, puerpério, e climatério, e o cuidado específico para cada 
ciclo.
Por fim, os estudos dessa disciplina objetivam contribuir 
para a formação de um enfermeiro capaz de constante avaliação 
crítica a respeito de suas ações.
22 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma su-
cinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão 
integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteú-
do Digital Integrador.
2.1. POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE DA MULHER
As políticas públicas são um conjunto de ações do gover-
no que têm por objetivo produzir um efeito específico. No caso 
das mulheres, as políticas públicas surgiram da necessidade em 
garantir a igualdade do direito das mulheres, por exemplo, ao 
considerar a desigualdade no acesso ao trabalho. 
De acordo com Alexandre (2007), o Sistema Único de Saú-
de (SUS), como política de saúde, possui princípios e diretrizes 
que pretendem conduzir o setor da saúde para qualificação da 
assistência à saúde da população brasileira. 
No Brasil, a saúde da mulher foi incorporada às políticas 
públicas nacionais nas primeiras décadas do século 20, pois, 
antes disso, o que havia eram ações limitadas às demandas de 
gravidez e parto. Com o movimento feminista, iniciou-se a luta 
contra a perspectiva reducionista da saúde da mulher, o que, aos 
poucos, possibilitou a inclusão de importantes itens na agenda 
da política nacional (ALEXANDRE, 2007). 
A Política Nacional para Mulheres (PNM) tem caráter per-
manente e fornece linhas gerais sobre os planos, que têm caráter 
mais abundante e que são sujeitos a modificações mais frequen-
tes. Dentre os princípios da PNM, estão:
1) Igualdade e respeito à diversidade.
23© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
2) Equidade.
3) Autonomia das mulheres.
4) Laicidade do Estado.
5) Universidade das políticas.
6) Justiça social.
7) Transparência dos atos públicos.
8) Participação e controle social.
A Política de Saúde da Mulher tem o enfoque no direciona-
mento dos recursos mínimos necessários e abrangentes à saúde 
da mulher. Dentre seus objetivos gerais, estão: 
• Promover a melhoria das condições de vida e de saúde das 
mulheres brasileiras; [...]
• Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade 
feminina no Brasil, especialmente por causas evitáveis; [...]
• Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde 
da mulher no SUS (ALEXANDRE, 2007, p. 67).
Em 1984, o Ministério da Saúde elaborou o Programa de 
Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), que representou 
um marco para a assistência da população feminina no Brasil, 
pois fez cumprir os princípios e as diretrizes do Sistema Único 
de Saúde (SUS), incorporando ações educativas, preventivas, de 
diagnóstico, de tratamento e recuperação em todos os ciclos de 
vida da mulher: ginecologia, pré-natal, parto, puerpério, clima-
tério, planejamento familiar, doenças infecciosas, neoplasias e 
violências (ALEXANDRE, 2007).
No entanto, uma crítica à formulação das políticas pú-
blicas de saúde da mulher diz respeito às questões de gênero, 
que revelam a histórica desigualdade de poder entre homens e 
mulheres e seu impacto nas condições de saúde da população; 
24 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
como exemplo, podemos citar que o processo de saúde e doen-
ça resulta da atuação de fatores sociais, econômicos, culturais e 
históricos. Nessa perspectiva, as mulheres são mais vulneráveis, 
já que se encontram em maior situação de pobreza, trabalham 
mais horas e gastam pelo menos metade do seu tempo em ativi-
dades não remuneradas, diminuindo seu acesso aos bens sociais 
e aos serviços de saúde (ALEXANDRE, 2007).
Tais questões contribuem, também, para a organização das 
famílias no Brasil, que, apesar de se apresentar de diversas for-
mas, ainda demonstra o predomínio do papel social da mulher 
subordinada ao homem, servindo-lhe como suporte. Quando a 
mulher assume a chefia da família, na maioria das vezes, a mu-
lher tem piores condições econômicas, sociais e afetivas e renda 
familiar menor (ALEXANDRE, 2007).
Ainda prevalecem sobre a mulher as obrigações da mater-
nidade, da manutenção da boa saúde e da educação da prole e, 
no que diz respeito à saúde da mulher, o foco ainda está voltado 
para a saúde materna ou à ausência de doenças associadas à 
reprodução humana. Portanto, há a necessidade emergente de 
considerar os direitos humanos e as questões de cidadania na 
saúde da mulher (ALEXANDRE, 2007). 
Nesse sentido, a literatura afirma que a mulher precisa 
exercer seus direitos de expressar seus pensamentos, manifestar 
sua participação política, gerar autonomia e usufruir dos direi-
tos sociais, protegendo-se contra a violência de gênero e sexo e 
garantindo seu atendimento com respeito e humanidade (ALE-
XANDRE, 2007).
No que se refere aos planos para a saúde da mulher, ou 
seja, a base para as ações, o I Plano Nacional de Políticas para 
Mulheres (PNPM) foi criado em 2004 e atuou em quatro linhas 
25© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
importantes e mais urgentes: autonomia, igualdade no mundo 
do trabalho e cidadania; educação inclusiva e não sexista; saúde 
das mulheres, direitos sexuais e reprodutivos; e enfrentamento 
à violência contra a mulher. Ou seja, foi um compromisso que o 
governo assumiu em ser parceiro na erradicação da discrimina-
ção contra mulheres. 
No mesmo ano, ampliou-se o PAISM, com a inclusão de 
mulheres rurais, com deficiência, negras, indígenas, presidiárias 
e lésbicas, que ganharam participação nas discussões, além de 
serem discutidas atividades sobre saúde da mulher. Assim, o 
PAISM ganhou status de Política Nacional de Atenção Integral à 
Saúde da Mulher. 
Com as leituras e o vídeo indicados no Tópico 3. 1, você 
conhecerá mais sobre as políticas públicas para saúde das 
mulheres. Antes de prosseguir para o próximo assunto, aces-
se os materiais indicados, procurando assimilar o conteúdo 
estudado.
2.2. DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS
Segundo Alexandre (2007), com o processo de envelhe-
cimento populacional, observou-se a queda da fecundidade no 
mundo e no Brasil, motivada por avanços socioeconômicos e au-
mento da migração rural-urbana. A mulher passou, então, a as-
sumir novos papéis na sociedade, aumentando sua participação 
no mercado de trabalho, além de ter aumentado a escolaridade 
e o acesso à informação.
26 © ENFERMAGEMEM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
Esse novo panorama demográfico tem exigido ações pro-
gramáticas mais abrangentes, especialmente quanto aos direi-
tos sexuais e reprodutivos. São considerados direitos sexuais e 
reprodutivos os direitos a liberdade, privacidade, intimidade e 
autonomia, sem discriminação, coerção ou violência; ou seja, 
na atenção primária à saúde, as ações são exemplificadas por 
aconselhamento, informação, educação, comunicação e pelos 
serviços de planejamento familiar, atenção pré-natal, partos sem 
riscos, atenção pós-parto, lactância materna, atenção materno-
-infantil, prevenção e tratamento adequado em casos de infer-
tilidade, interrupção da gravidez, tratamento das infecções do 
aparelho reprodutor e das doenças sexualmente transmissíveis, 
informação e educação sobre sexualidade humana, saúde repro-
dutiva e paternidade responsável (BARBIERI, 2007).
Em suma, as recomendações internacionais para atender 
os direitos sexuais e reprodutivos da mulher precisam estar nas 
agendas governamentais, o que não é tarefa fácil. 
Planejamento familiar
O planejamento familiar ou reprodutivo trata-se de um di-
reito básico do ser humano e cabe ao Estado proporcionar recur-
sos e meios para alcançar o mais elevado nível possível de saúde 
sexual e reprodutiva (CAMIÁ; BARBIERI, 2009). 
Além disso, o planejamento familiar pretende conscienti-
zar os casais quanto ao número de filhos e às condições necessá-
rias para criá-los (CAMIÁ; BARBIERI, 2009). 
Considera-se a fase reprodutiva da mulher o período da 
menarca e da menopausa, aproximadamente entre 10 e 49 anos. 
No entanto, o planejamento envolve decisões conscientes não 
27© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
só pela mulher, mas, também, pelo homem ou casal. A assistên-
cia em anticoncepção pressupõe a oferta de todas as alternati-
vas possíveis de métodos anticoncepcionais, o conhecimento de 
suas indicações, contraindicações e aplicações de uso, garantin-
do a todos os envolvidos os elementos necessários para a opção 
dos métodos que melhor se adaptem (CAMIÁ; BARBIERI, 2009). 
A decisão sobre qual método anticoncepcional é melhor 
para o indivíduo ou casal é individual e abrange eficácia, inocui-
dade, aceitabilidade, disponibilidade, facilidade de uso e reversi-
bilidade do método (CAMIÁ; BARBIERI, 2009). 
Atualmente, há diversos métodos anticoncepcionais dispo-
níveis, e não existe um método perfeito ou ideal, ou seja, que 
possa ser utilizado por toda mulher, que seja totalmente eficaz, 
de fácil acesso, não tenha efeitos colaterais, não interfira no 
ato sexual ou que seja aceito sem restrições moral, psicossocial 
e religiosa. O melhor método é aquele que mais se adéqua às 
necessidades e às condições de saúde do indivíduo, aquele que 
oferece maior número de benefícios com o mínimo de risco, di-
ferenciando-se cada caso em particular, sendo de decisão con-
junta do casal ou da mulher, sob orientação de um profissional 
da saúde (CAMIÁ; BARBIERI, 2009).
Os principais métodos anticoncepcionais são representa-
dos por: método Ogino-Knaus ou tabelinha, método da tempe-
ratura basal, método de Billings ou método da ovulação ou mu-
cocervical, método sintotérmico, coito interrompido, método da 
amenorreia da lactação, preservativo masculino ou condom ou 
camisinha, preservativo feminino, diafragma, espermicidas, an-
ticoncepcionais hormonais orais, anticoncepcionais hormonais 
injetáveis, anticoncepcional hormonal vaginal, anticoncepcional 
hormonal transdérmico, implantes anticoncepcionais, contra-
28 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
cepção de emergência, dispositivo intrauterino, laqueadura tu-
bária e vasectomia (CAMIÁ; BARBIERI, 2009).
Os profissionais de saúde precisam se atualizar sobre os 
diversos métodos disponíveis, ter habilidade de comunicação 
interpessoal para poder comunicar-se com os usuários dos ser-
viços e saúde, falar de maneira adequada, utilizar apoio visual, 
escutar e verificar a compressão e ter postura aberta e de respei-
to aos direitos da pessoa (CAMIÁ; BARBIERI, 2009).
Além disso, ao enfermeiro incumbe: obter a história clínica 
e reprodutiva da mulher; realizar o exame físico e ginecológico; 
investigar metas reprodutivas; reforçar a importância do planeja-
mento familiar; avaliar o conhecimento prévio dos métodos anti-
concepcionais e seu nível de compreensão; ajudar na escolha do 
melhor método, mas sempre respeitando os desejos e interesses 
do usuário; oferecer informações precisas sobre o método es-
colhido; discutir a vulnerabilidade para as doenças sexualmente 
transmissíveis e sua prevenção; encaminhar para consulta médi-
ca, se necessário; realizar coleta de material para colpocitologia 
oncótica, se necessário; fornecer o método anticoncepcional, 
aprazar o retorno, registrar todas as informações e realizar esta-
tísticas (CAMIÁ; BARBIERI, 2009).
Isso significa que as ações de enfermagem abrangem des-
de a orientação de hábito de saúde, como o método escolhido e 
uso de preservativos em todas as relações sexuais, os resultados 
dos exames, autoexame das mamas, até o agendamento de gru-
pos de esterilização e sexualidade, o encaminhamento ao servi-
ço de psicologia, a coleta de exames preventivos (Papanicolau), 
exames de rotina e a escuta da usuária (CAMIÁ; BARBIERI, 2009).
29© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
Com as leituras e o vídeo sugeridos no Tópico 3. 2, am-
plie seu conhecimento com as leituras das principais recomen-
dações para o planejamento familiar\reprodutivo e métodos 
anticoncepcionais. Antes de prosseguir para o próximo as-
sunto, acesse os materiais indicados, procurando assimilar o 
conteúdo estudado.
Morbidade e mortalidade feminina
Conforme Alexandre (2007), a morbidade e a mortalida-
de da população feminina são determinadas por aspectos bio-
lógicos, culturais e sociais. As principais causas de morte entre 
mulheres são representadas por causas cardiovasculares, como 
o acidente vascular encefálico e doenças hipertensivas; causas 
infecciosas, como a AIDS; causas violentas, como o homicídio; e 
neoplasias, como o câncer de mama, útero e tecido linfático. O 
perfil epidemiológico feminino atual tem sido relacionado aos 
desgastes proporcionados pelo excesso de atividades e respon-
sabilidades que as mulheres exercem. 
De relevância ímpar, incluem-se as mortes por complica-
ções da gravidez, do parto e do puerpério, que quase sempre 
são causadas por inadequada e\ou tardia assistência médica e 
que também podem ser evitadas. Exemplos das causas de mor-
tes maternas são: hemorragia, hipertensão, infecção puerperal, 
embolia pulmonar e doenças infeciosas e parasitárias (ALEXAN-
DRE, 2007). Em vista desse quadro, vê-se como é importante o 
conhecimento do profissional de saúde, pois permite que ações 
preventivas sejam estimuladas e implementadas.
De acordo com Barbieri (2007), os desafios são inúmeros, 
uma vez que os indicadores apontam para elevada mortalidade 
30 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
materna, má qualidade da assistência pré-natal, ao parto e ao 
pós-parto, atenção ao parto ainda marcada por medicalização, 
intervenções e prática abusiva da cesariana, aborto realizado em 
condições de risco e insegurança, anticoncepção designada pela 
pouca expressividade de outros métodos além da laqueadura 
tubária e hormônios orais, desconhecimento da magnitude das 
doenças sexualmente transmissíveis na gravidez e aumento da 
mortalidade provocada por cânceres ginecológicos. 
Outros temas importantes que merecem ser abordados 
em saúde da mulher e que envolvem direitos sexuais e repro-
dutivos são a infertilidade, a mulher adolescente e a mulher no 
climatério.
Mulher: infertilidade, adolescência e climatério 
A infertilidade é um tema complexo e importante que en-
volve a saúdeda mulher. Para a reprodução humana, são ne-
cessárias condições anatômicas, fisiológicas e sociopsicológicas 
harmônicas. A infertilidade é definida como a inabilidade de con-
ceber, após um ano de tentativa regular sem contracepção, ou de 
levar a gestação até um nascimento, podendo ser classificada em 
primária ou secundária (MAMEDE; CLAPIS; PANOBIANCO, 2017).
As causas da infertilidade podem ser condições ou doenças 
da mulher, como endometriose e doença inflamatória pélvica, 
ou doenças do homem, como distúrbios endócrinos, doenças 
sexualmente transmissíveis, entre outras. A enfermagem poderá 
ajudar o casal conhecendo os aspectos clínicos e as implicações 
psicológicas da infertilidade, identificando suas necessidades e 
auxiliando-o a superar suas dificuldades e os modalidades de 
tratamento de infertilidade (MAMEDE; CLAPIS; PANOBIANCO, 
2017). 
31© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
A saúde das mulheres adolescentes deve levar em consi-
deração que essa fase engloba mudanças fisiológicas hormonais, 
crescimento acelerado, aparecimento de características sexuais 
secundárias, desenvolvimento de órgãos e mudanças no apare-
lho reprodutivo (MANDÚ, 2007). 
A fase da adolescência é construída socialmente em meio 
a condições e relações socioculturais, de acordo com cada so-
ciedade, cultura e grupo. Os serviços de saúde ainda não estão 
preparados para lidar com famílias, crianças e adolescentes em 
questões relacionadas à sexualidade. A falta de condições apro-
priadas de vida, os controles culturais exercidos sobre as vidas e 
os corpos dos adolescentes e a inadequada qualidade da aten-
ção à saúde resultam em graus diferentes de problemas de saú-
de em adolescentes. Somam-se a esses problemas os sofrimen-
tos psicoemocionais relacionados à autoestima (MANDÚ, 2007). 
Para Mandú (2007), cuidar da saúde dos adolescentes re-
quer medidas amplas e promocionais de saúde, com atenção es-
pecial à sua história de saúde, tendo como base muito diálogo, 
escuta, aceitação e respeito. 
Já Alexandre (2007) explica que as políticas públicas de 
atenção ao adolescente têm o objetivo de orientar as adolescen-
tes segundo os parâmetros dos direitos sexuais e reprodutivos, 
bem como chamar a atenção para o desenvolvimento da corres-
ponsabilidade masculina na reprodução e na contracepção.
O climatério, assim como a adolescência, é um processo 
complexo de mudanças físicas, emocionais e socioculturais, e 
existem vários fatores que podem influenciar a forma como cada 
mulher o vivenciará. Ele refere-se ao período da vida reprodutiva 
da mulher durante o qual a menopausa ocorre, uma vez que a 
menopausa é a cessação permanente das menstruações por um 
32 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
período de doze meses de amenorreia, pela perda da função fo-
licular dos ovários (GONÇALVES; MERIGHI, 2007).
O climatério e a menopausa não são doenças, constituindo 
uma fase da vida da mulher em cujo desequilíbrio hormonal é 
brusco e pode gerar certo desconforto (ALEXANDRE, 2007). Os 
sinais e sintomas do climatério podem iniciar com a irregularida-
de menstrual, fogachos, prurido, dispaurenia, alterações da pele 
e dos fâneros e até fadiga e depressão (GONÇALVES; MERIGHI, 
2007). Incluem, ainda, ressecamento vaginal e urgência miccio-
nal, com repercussão na esfera sexual e na qualidade de vida da 
mulher, dificuldades cognitivas e irritabilidade emocional (PINEL-
LI; SOARES, 2009).
O climatério ocasiona alterações no sistema ósseo da mu-
lher, tendo como consequência principal a perda de massa óssea 
e sua relação com osteoporose. Dessa forma, é imprescindível a 
educação em saúde visando à prevenção de complicações da os-
teoporose, como dieta rica em cálcio e fósforo, exercícios físicos 
e banho de sol moderado (PINELLI; SOARES, 2009).
As mulheres nessa fase da vida podem sofrer preconceitos 
relacionados à idade e também à incapacidade da maternidade. 
Além disso, há ainda a possibilidade de mudanças sociais, como 
aposentadoria, morte do companheiro e saída dos filhos de casa 
(ALEXANDRE, 2007). 
No âmbito da saúde pública, o climatério ainda é visto 
como problema de solução individual e centrado no aspecto bi-
ológico. É imprescindível o empenho dos profissionais de saúde 
no que se refere à orientação das mulheres sobre o climatério, 
em um contexto interdisciplinar que vise à melhoria da quali-
dade de vida das mulheres e à manutenção de hábitos de vida 
saudáveis (GONÇALVES; MERIGHI, 2007). 
33© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
Com as leituras e o vídeo sugeridos no Tópico 3. 2, am-
plie seu conhecimento sobre infertilidade e saúde da mulher 
adolescente e no climatério. Antes de prosseguir para o próxi-
mo assunto, acesse os materiais indicados, procurando assimi-
lar o conteúdo estudado.
2.3. SITUAÇÃO SOCIAL DA SAÚDE DA MULHER
De acordo com Fonseca (2007), a maneira como são inter-
pretados os fenômenos sociais depende da visão de mundo que 
se aplica. O processo saúde-doença é um fenômeno social e vê a 
doença como proveniente da ação de múltiplos fatores, relacio-
nados ao sujeito, ao meio ambiente e ao agente causador. Assim, 
o processo saúde-doença determinado socialmente decorre da 
inserção do indivíduo ou do grupo basicamente em uma dada 
classe social, num determinado gênero, numa geração e numa 
raça-etnia, além de outros aspectos. 
Considera-se gênero uma construção histórica, que se re-
fere ao sexo social, com base nos processos sociais de construção 
de feminilidade e de masculinidade. O processo saúde-doença 
das mulheres decorre dos processos de degastes característicos 
das mulheres numa dada sociedade e numa dada época. Obser-
va-se que as mulheres ocupam uma posição social subalterna 
à dos homens na sociedade, e isso pode ser verificado por sua 
situação de iniquidade no trabalho e nos rendimentos, na es-
colarização, na propriedade e no acesso a bens e serviços, bem 
como no exercício de seus direitos (FONSECA, 2007). 
Há vários processos que interferem negativamente na vida 
e na saúde das mulheres, tais como: aumento na proporção de 
34 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
mulheres chefes de família sem os suportes jurídicos e salariais 
vigentes para os homens, agudização do processo de subvalori-
zação do trabalho feminino e do peso da tripla carga de trabalho 
para possibilitar condições de sobrevivência familiar; atividades 
político-participativas e agudização da falta de bens de consumo 
e serviços para dar suporte às atividades femininas (FONSECA, 
2007).
A assistência à saúde da mulher deve ser norteada nos 
princípios do SUS e deve ter como objetivo assistir as mulheres 
no que diz respeito à sua saúde e contribuir para emancipação 
de gênero, tanto na dimensão biológica quanto social (FONSECA, 
2007). 
Como já mencionado, os programas governamentais preci-
sam ampliar o enfoque da saúde da mulher para além do perío-
do gestacional ou gravídico-puerperal. 
Os programas nacionais para atenção e assistência à saúde 
da mulher trazem recomendações que orientam a assistência de 
enfermagem e possibilitam o levantamento de diagnósticos e in-
tervenções de enfermagem. 
O Programa Rede Cegonha é uma estratégia que tem a fi-
nalidade de estruturar e organizar a atenção à saúde materno-in-
fantil por meio de planejamento reprodutivo e atenção humani-
zada à gravidez, ao parto e ao puerpério (pós-parto), bem como 
através de garantia às crianças do direito ao nascimento seguro 
e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis (BRASIL, 2013).
35© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
Com as leituras e o vídeo sugeridos no Tópico 3. 3, co-
nheça mais sobre os principais programas nacionais para aten-
ção e assistência à saúde da mulher. Antes de prosseguir para 
o próximo assunto, acesse os materiaisindicados, procurando 
assimilar o conteúdo estudado.
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR
O Conteúdo Digital Integrador é a condição necessária e in-
dispensável para você compreender integralmente os conteúdos 
apresentados nesta unidade.
3.1. POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE DA MULHER
Nessa perspectiva, os textos a seguir apresentam aspectos 
que envolvem as mulheres nas questões de gênero, de autono-
mia, de igualdade, de educação, formas de violência contra as 
mulheres e enfrentamento das desigualdades, no âmbito das 
políticas públicas nacionais. 
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à 
Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estra-
tégicas. Política nacional de atenção integral à saúde 
da mulher: princípios e diretrizes. Brasília: Ministério 
da Saúde, 2004. Disponível em: <http://bvsms.saude.
gov.br/bvs/publicacoes/politica_nac_atencao_mulher.
pdf>. Acesso em: 10 dez. 2018.
• BRASIL. Secretaria Especial de Políticas Públicas para as 
Mulheres. II Plano Nacional de Políticas para as Mulhe-
res. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdo-
36 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
cuments/planonacional_politicamulheres.pdf>. Acesso 
em: 17 set. 2018.
• BRASIL. Secretaria Especial de Políticas Públicas para as 
Mulheres. Plano Nacional de Políticas para as mulheres. 
2005. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/pnpm_compacta.pdf>. Acesso em: 17 set. 
2018.
3.2. DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS
Os textos são recomendações importantes sobre direitos 
sexuais e reprodutivos, planejamento familiar, métodos anticon-
cepcionais, participação do enfermeiro e uma análise sobre a 
mortalidade materna, para leitura e compreensão na íntegra.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à 
Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estra-
tégicas. Área Técnica de Saúde da Mulher. Direitos Se-
xuais e Direitos Reprodutivos: uma prioridade do gover-
no. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_
direitos_sexuais_reprodutivos.pdf>. Acesso em: 10 dez. 
2018.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à 
Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estraté-
gicas. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos 
anticoncepcionais. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publi-
cacoes/direitos_sexuais_reprodutivos_metodos_anti-
concepcionais.pdf>. Acesso em: 14 jan. 2019.
37© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção 
à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde se-
xual e saúde reprodutiva. Brasília: Ministério da Saú-
de, 2010. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/
docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad26.pdf>. Acesso 
em: 14 jan. 2019.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção 
à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde se-
xual e saúde reprodutiva. Brasília: Ministério da Saúde, 
2013. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/saude_sexual_saude_reprodutiva.pdf>. 
Acesso em: 14 jan. 2019.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção 
Básica: Saúde das Mulheres. Brasília: Ministério da Saú-
de, 2016. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/
docs/portaldab/publicacoes/protocolo_saude_mulher.
pdf>. Acesso em: 15 jan. 2019.
• VIANA, R. C.; NOVAES, M. R. C. G.; CALDERON, I. M. Mor-
talidade Materna – uma abordagem atualizada. Com. 
Ciências Saúde, 22, sup. 1, p. S141-S152, 2011. Disponí-
vel em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/morta-
lidade_materna.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2018.
• UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Centro 
de Ciências da Saúde. Curso de Especialização Mul-
tiprofissional na Atenção Básica � Modalidade a Dis-
tância. Atenção integral à saúde da mulher: medicina. 
Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 
2016. Disponível em: <https://unasus.ufsc.br/atencao-
basica/files/2017/10/Aten%C3%A7%C3%A3o-Integral-
-%C3%A0-Sa%C3%BAde-da-Mulher-ilovepdf-compres-
sed.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2018.
38 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de 
Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Assistência em 
Planejamento Familiar: Manual Técnico. Brasília: Minis-
tério da Saúde, 2002. Disponível em: <http://bvsms.
saude.gov.br/bvs/publicacoes/0102assistencia1.pdf>. 
Acesso em: 10 dez. 2018.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Bá-
sica: Saúde das Mulheres. Brasília: Ministério da Saú-
de, 2016. Disponível em: <http://www.saude.sc.gov.
br/index.php/documentos/informacoes-gerais/redes-
-de-atencao-a-saude-2/rede-aten-a-saude-materna-e-
-infantil-rede-cegonha/manuais-e-publicacoes/12088-
-protocolo-saude-das-mulheres/file>. Acesso em: 13 
dez. 2018.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à 
Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estra-
tégicas Saúde do adolescente: competências e habili-
dades. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008. 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publi-
cacoes/saude_adolescente_competencias_habilidades.
pdf>. Acesso em: 14 jan. 2019.
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à 
Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estra-
tégicas. Manual de Atenção à Mulher no Climatério/
Menopausa. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 
2008. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio.pdf>. 
Acesso em: 14 jan. 2019.
39© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
3.3. SITUAÇÃO SOCIAL DA SAÚDE DA MULHER
Os textos a seguir apresentam aspectos que envolvem a 
assistência de enfermagem à saúde da mulher e a Rede Cegonha. 
• SÃO PAULO (Cidade). Secretaria da Saúde. Manual téc-
nico: saúde da mulher nas Unidades Básicas de Saú-
de. 2. ed. São Paulo: SMS, 2012. Disponível em: <sms.
sp.bvs.br/lildbi/docsonline/get.php?id=7667>. Acesso 
em: 7 jan. 2018. 
• UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. UNA-SUS/
UFMA. Redes de atenção à saúde: a Rede Cegonha. São 
Luís, 2015. Disponível em: <www.saude.mt.gov.br/ar-
quivo/3062>. Acesso em: 7 jan. 2018. 
• BRASIL. Ministério da Saúde. Rede Cegonha. Disponí-
vel em: <http://portalms.saude.gov.br/acoes-e-progra-
mas/rede-cegonha>. Acesso em: 19 jul. 2017.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para 
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em re-
sponder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos 
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) (Questão adaptada de FUNIVERSA, 2011) As políticas públicas de saúde no 
Brasil surgiram com enfoque de ações voltadas para o caráter coletivo. No 
decorrer dos tempos e com os avanços nas discussões de autores e legisla-
ções, começou-se a norteá-las para a assistência médica individual. Acerca 
de políticas públicas de saúde da mulher, assinale a alternativa correta: 
a) A violência doméstica contra a mulher compreende apenas a violência 
psicológica, entendida como qualquer ofensa que configure calúnia, 
difamação ou injúria.
40 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
b) A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar 
está assegurada na Lei Maria da Penha.
c) A violência doméstica se caracteriza apenas pela violência física.
d) Nenhuma das alternativas anteriores.
2) (Questão adaptada de FUNIVERSA, 2011) A estratégia Rede Cegonha tem 
a finalidade de estruturar e organizar a atenção à saúde materno-infantil 
no país e será implantada, gradativamente, em todo o território nacional. 
Os princípios da Rede Cegonha são: 
a) Humanização do parto e do nascimento.
b) Acolhimento apenas da gestante.
c) Realização do pré-natal, sem acompanhamento posterior da mulher.
d) Não é uma política para a saúde da mulher e da criança.
3) Sobre as açõesde saúde da mulher, analise as afirmações a seguir e assi-
nale a alternativa falsa:
a) Os altos índices de mortalidade materna e neonatal e as taxas crescen-
tes de cirurgia cesariana dos últimos anos evidenciam a necessidade 
de colocar em discussão o modelo de atenção obstétrica e neonatal 
hegemônico no país.
b) Apesar do avanço na melhoria da atenção ao pré-natal, ao parto e ao 
nascimento, fruto de uma série de esforços e de iniciativas dos gover-
nos e da sociedade nos últimos 30 anos, a redução da morbimortalida-
de materna e neonatal permanece como um desafio.
c) Nas práticas de atenção e de gestão, predominam arranjos organiza-
cionais que dificultam a participação tanto de trabalhadores quanto 
de usuários e uma assistência marcada por intensa medicalização e 
intervenções potencialmente iatrogênicas, sem respaldo em evidên-
cias científicas.
d) A Rede Cegonha tem por objetivo fomentar a implementação de um 
modelo de atenção à saúde da criança durante o seu desenvolvimento 
no período em qualquer faixa etária de idade.
4) Assinale a resposta correta: a Rede Cegonha irá monitorar os seguintes 
indicadores de mortalidade e morbidade:
a) Cobertura de equipes de Saúde da Família; Tipo de parto: % de partos 
cesáreos e partos normais, bem como as cesáreas em primíparas com 
IG > 32 semanas; idade materna; % de gestantes captadas até a 12ª 
41© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
semana de gestação; % de crianças com consultas preconizadas até 24 
meses de idade; de crianças com as vacinas de rotina de acordo com a 
agenda programada.
b) Número absoluto de óbitos infantis (neonatal e pós-neonatal); Núme-
ro absoluto de óbitos maternos por município. % de crianças com con-
sultas preconizadas até 24 meses de idade; de crianças com as vacinas 
de rotina de acordo com a agenda programada.
c) Número de nascidos vivos e % de mais de 7 consultas no pré-natal; 
Incidência de sífilis congênita (indicador 7 do Pacto pela Vida); Número 
absoluto de óbitos infantis (neonatal e pós-neonatal); Número absolu-
to de óbitos maternos por município.
d) Número de nascidos vivos e % de mais de 7 consultas no pré-natal; In-
cidência de sífilis congênita (indicador 7 do Pacto pela Vida); Cobertura 
de equipes de Saúde da Família; Tipo de parto: % de partos cesáreos 
e partos normais, bem como as cesáreas em primíparas com IG > 32 
semanas; idade materna.
5) Assinale a alternativa correta em relação ao climatério.
a) São sinais do climatério: ondas de calor, suores noturnos, variações da 
PA e taquicardia.
b) Devido ao aumento do estrógeno, pode ocorrer a osteoporose.
c) Nas manifestações genitais, são comuns o ressecamento vaginal e o 
aumento de pelos.
d) A terapia hormonal não é recomendada para as mulheres nesse 
período.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) b.
2) a.
3) d.
4) a.
5) a.
42 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
5. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final da primeira unidade, na qual você teve 
a oportunidade de conhecer as políticas públicas de saúde da 
mulher e as redes de atenção, as questões de gênero e saúde-
-doença das mulheres, os direitos sexuais e reprodutivos da 
mulher, os determinantes do planejamento familiar e métodos 
anticoncepcionais, a infertilidade e as bases para os cuidados de 
enfermagem, aspectos sobre a mulher adolescente e no climaté-
rio, a participação das mulheres na vida social e sobre violência 
contra a mulher. É relevante a interação de todo o conhecimento 
adquirido nas obras estudadas até o momento para a prática clí-
nica do enfermeiro.
Veja, agora, as leituras do Conteúdo Digital Integrador, que 
ampliarão seu conhecimento sobre o assunto. Na próxima uni-
dade, você será apresentado aos cuidados do enfermeiro quanto 
à saúde da mulher fora do ciclo gravídico-puerperal. 
6. E-REFERÊNCIA
BRASIL, Ministério da Saúde. Manual do Planejamento Familiar. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2002. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/0102assistencia1.pdf>. Acesso em: 28 jul. 2018.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRE, L. B. S. P. Políticas públicas de saúde da mulher. In: FERNANDES, R. A. Q.; 
NARCHI, N. Z. Enfermagem e saúde da mulher. Barueri: Manole, 2007. Cap. 1, p. 1-29.
BARBIERI, M. Direitos sexuais e reprodutivos da mulher. In: FERNANDES, R. A. Q.; 
NARCHI, N. Z. Enfermagem e saúde da mulher. Barueri: Manole, 2007. Cap. 3, p. 62-81.
CAMIÁ, G. E. K.; BARBIERI, M. Planejamento familiar. In: BARROS, S. M. O. de. 
Enfermagem obstétrica e ginecológica: guia para a prática assistencial. 2. ed. Sao 
Paulo: Roca, 2009. Cap. 2, p. 19-48.
43© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 1 – SAÚDE DA MULLHER
FONSECA, R. M. G. S. da. Gênero e saúde-doença: uma releitura do processo saúde-
doença das mulheres. In: FERNANDES, R. A. Q.; NARCHI, N. Z. Enfermagem e saúde da 
mulher. Barueri: Manole, 2007. Cap. 2, p. 30-61.
GONÇALVES, R.; MERIGHI, M. A. B. Climáterio: novas abordagens para o cuidar. In: 
FERNANDES, R. A. Q.; NARCHI, N. Z. Enfermagem e saúde da mulher. Barueri: Manole, 
2007. Cap. 11, p. 211-223.
MAMEDE, F. V.; CLAPIS, M. J.; PANOBIANCO, M. S. Infertilidade: bases para o cuidado 
de enfermagem. In: FERNANDES, R. A. Q.; NARCHI, N. Z. Enfermagem e saúde da 
mulher. Barueri: Manole, 2007. Cap. 4, p. 82-91.
MANDÚ, E. N. T. Adolescência: o cuidar nessa fase do ciclo vital. In: FERNANDES, R. A. 
Q.; NARCHI, N. Z. Enfermagem e saúde da mulher. Barueri: Manole, 2007. Cap. 10, p. 
190-210.
PINELLI, F. G. S.; SOARES, L. H. Promoção à saude da mulher. In: BARROS, S. M. O. 
de. Enfermagem obstétrica e ginecológica: guia para a prática assistencial. 2. ed. São 
Paulo: Rosa, 2009. Cap. 20, p. 373-385.
© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
45
UNIDADE 2
ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA 
Objetivo
• Entender a saúde da mulher idosa e os cuidados de 
enfermagem.
• Conhecer os aspectos que envolvem a prevenção e o 
controle dos cânceres de mama e cérvico-uterino.
• Entender a consulta de enfermagem e a realização da 
semiologia e semiotécnica na mulher.
Conteúdos
• Cuidados de enfermagem da mulher idosa. 
• Prevenção e controle dos cânceres de mama e 
cérvico-uterino. 
• Programa Viva Mulher.
• Autoexame das mamas e coleta de material para colpo-
citologia oncótica (videoaula).
• Consulta de enfermagem e exame físico da mulher fora 
do ciclo gravídico-puerperal.
Orientações para o estudo da unidade 
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações 
a seguir:
46 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 2 – ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA
1) Não se limite ao conteúdo deste Caderno de Referên-
cia de Conteúdo; busque outras informações em sites 
confiáveis e/ou nas referências bibliográficas, apresen-
tadas ao final de cada unidade. Lembre-se de que, na 
modalidade EaD, o engajamento pessoal é um fator 
determinante para o seu crescimento intelectual.
2) Busque identificar os principais conceitos apresenta-
dos e realize as revisões sugeridas no início de cada 
capítulo. Amplie seu conhecimento revisando o con-
teúdo sobre a anatomia e fisiologia das mamas e do 
sistema reprodutor feminino, sobre a consulta de en-
fermagem na Atenção Primária à Saúde e a Semiologia 
e Semiotécnica em Enfermagem.
3) Não deixe de recorrer aos materiais complementa-
res descritos no Conteúdo Digital Integrador. Neles 
serão orientados os estudos sobre a enfermagem 
ginecológica.
47© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 2 – ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA
1. INTRODUÇÃO
Dando continuidade em nossos estudos, nesta unidade, 
você será apresentado aos principais conteúdos relacionados à 
enfermagem ginecológica. No entanto, antes disso, você estuda-
rá sobre a saúde das mulheres idosas, uma vez que as mulheres 
têm vivido mais do que os homens, e suas necessidades de saú-
de sãoespecíficas. 
Em seguida, serão apresentadas medidas públicas para a 
prevenção e o controle dos cânceres de mama e cérvico-uterino. 
Por fim, será dada ênfase aos principais elementos para a 
avaliação do enfermeiro sobre a saúde da mulher fora do ciclo 
gravídico-puerperal, a partir do processo de enfermagem. 
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma su-
cinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão 
integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteú-
do Digital Integrador.
2.1. SAÚDE DA MULHER IDOSA E CUIDADOS DE ENFERMAGEM
As mulheres idosas representam o público que mais cresce 
no país, e essa situação tem grande impacto nos serviços de 
saúde, uma vez que a mulher, biologicamente, sofre mais agra-
vos à saúde do que os homens. Nesse sentido, vale ressaltar que 
saúde para o idoso significa manter a melhor qualidade de vida 
possível (TEIXEIRA, 2007).
48 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 2 – ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA
Segundo Teixeira (2007), a maioria das idosas nunca exer-
ceu uma atividade que lhes pudesse garantir aposentadoria, o 
que gera um grave problema médico-social. 
O processo de envelhecimento se dá de forma variada en-
tre as pessoas e, no caso das mulheres, depende de como ela se 
preparou para esse momento e do valor cultural que a sociedade 
atribui à velhice (TEIXEIRA, 2007).
Todos os sistemas orgânicos se alteram na velhice, e o pa-
pel do enfermeiro, nesse contexto, é atuar em conjunto com uma 
equipe multidisciplinar, como geriatras, psicólogos, assistentes 
sociais, educadores físicos, entre outros, para ajudar no preparo 
da mulher para o processo de envelhecimento. Para envelhec-
er de modo saudável, há a necessidade de alguns cuidados ao 
longo da vida, como não fumar, beber apenas socialmente, ter 
alimentação balanceada, praticar exercícios físicos regulares e 
mentais e participar de atividade sociais familiares ou na comu-
nidade (TEIXEIRA, 2007).
Usualmente, a atenção à saúde da mulher idosa acontece 
nas unidades de saúde, e a consulta de enfermagem é a melhor 
forma de realizá-la (TEIXEIRA, 2007).
Há recomendações para que as atividades para as mul-
heres sejam individuais, mas, também, que se estendam a gru-
pos, por permitirem desenvolver novos conhecimentos e aumen-
tar a autoestima, o altruísmo, a socialização e novas habilidades 
dos participantes. As ações específicas para as mulheres idosas 
precisam atender suas necessidades e enfrentar os problemas 
físicos e psicológicos do processo de envelhecimento (TEIXEIRA, 
2007).
49© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 2 – ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA
Com as leituras e o vídeo indicados no Tópico 3. 1, você 
conhecerá mais sobre as recomendações para atender as ne-
cessidades da saúde da mulher idosa. Antes de prosseguir para 
o próximo assunto, acesse os materiais indicados, procurando 
assimilar o conteúdo estudado.
2.2. CÂNCER DE MAMA E CÂNCER CÉRVICO-UTERINO 
O câncer de mama como doença tem sido descrito pelos 
egípcios há mais de 3000 anos (BERGAMASCO; TSUNECHIRO, 
2007). 
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2018): 
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação 
desordenada de células da mama. Esse processo gera células 
anormais que se multiplicam, formando um tumor. [...]
É o tipo da doença mais comum entre as mulheres no mundo e 
no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, correspon-
dendo a cerca de 25% dos casos novos a cada ano. No Brasil, 
esse percentual é de 29%. 
Para 2018, são esperados 59.700 casos novos de câncer de 
mama no Brasil. Excluído o câncer de pele não melanoma, é 
o mais frequente nas mulheres das regiões Sul, Sudeste, Cen-
tro-Oeste e Nordeste. O câncer de mama também acomete 
homens, porém é raro; a ocorrência neste público representa 
apenas 1% do total de casos da doença.
O câncer de mama apresenta-se como:
um tumor de consistência dura, de limites mal definidos, de 
tamanho que pode variar de um até vários centímetros de diâ-
metro, de acordo com o tempo de evolução. Pode estar com a 
mobilidade preservada ou aderido à pele, ao gradil costal ou 
a ambos. A pele que recobre a mama pode estar íntegra, ul-
50 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 2 – ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA
cerada pelo tumor ou apresentar-se como uma casca de laranja 
(BERGAMASCO; TSUNECHIRO, 2007, p. 118). 
A doença pode ser percebida em sua fase inicial, na maio-
ria dos casos, é reconhecida por meio de sinais e sintomas tais 
como: nódulo (caroço) fixo e geralmente indolor (é a principal 
manifestação da doença, percebida pela própria mulher), pele 
da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de la-
ranja, alterações no mamilo, pequenos nódulos nas axilas ou no 
pescoço, saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos 
(INCA, 2018). A Figura 1, a seguir, ilustra tais sintomas:
Figura 1 Sinais e sintomas do câncer de mama.
Segundo o INCA (2018), o aumento do risco de desenvolvi-
mento do câncer de mama está relacionado com o aumento da 
expectativa da vida, a industrialização, a urbanização, os avanços 
tecnológicos na área da saúde e a mudança de hábitos de vida. 
Assim, para evitar essa doença, é necessária a adoção de hábitos 
saudáveis de vida, como: praticar atividade física, alimentar-se 
51© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 2 – ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA
de forma saudável, manter o peso corporal adequado, evitar o 
consumo de bebidas alcoólicas, amamentar e evitar uso de hor-
mônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de reposi-
ção hormonal (INCA, 2018). Por fim, é importante destacar que 
estratégias para detecção precoce do câncer devem ser incenti-
vadas (BERGAMASCO; TSUNECHIRO, 2007).
Conforme Bergamasco e Tsunechiro (2007, p.110), as mu-
lheres que estão em risco são aquelas 
com história familiar de câncer de mama em ascendentes ou 
parentes diretos (mãe ou irmã), na pré-menopausa, que ti-
veram diagnóstico prévio de hiperplasia atípica ou neoplasia 
lobular ou ainda câncer de mama prévio. Para essas mulheres, 
recomendam-se autoexame mensal e exame clínico semestral 
ou anual. 
O prognóstico da mulher com câncer de mama é elevado 
quando a doença é diagnosticada em estágio inicial, mesmo que 
os tratamentos em uso não garantam a cura. Por outro lado, a 
mortalidade também é elevada quando se é diagnosticado em 
fases avançadas, o que acontece comumente no Brasil (BERGA-
MASCO; TSUNECHIRO, 2007).
Os métodos clínicos, o autoexame de mama e o exame fí-
sico, os métodos instrumentais e a mamografia são os recursos 
mais importantes utilizados para a detecção precoce da doença 
(BERGAMASCO; TSUNECHIRO, 2007).
A detecção precoce deve ser realizada na atenção primá-
ria à saúde, com o exame físico das mamas, e, durante o proce-
dimento, a mulher deve ser estimulada e incentivada a realizar 
o autoexame da mama, esclarecendo-se a ela a importância de 
adotar esse hábito como cuidado para a própria saúde (BERGA-
MASCO; TSUNECHIRO, 2007). 
52 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 2 – ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA
Para tanto, é importante que as mulheres observem suas 
mamas sempre que possível, no banho, no momento da troca de 
roupa ou em outra situação do cotidiano, sem técnica específica, 
valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamá-
rias (INCA, 2018). 
O autoexame da mama trata-se de um exame realizado 
pela própria mulher com o objetivo de descobrir alguma altera-
ção. O autoexame não desvaloriza e nem substitui o exame físico 
das mamas realizado pelo profissional de saúde, mas é uma for-
ma de autocuidado e compartilhamento de responsabilidades 
em saúde (BERGAMASCO; TSUNECHIRO, 2007). É recomendado 
para todas as mulheres 7 a 10 dias após a menstruação, ou, para 
aquelas que não menstruam, deve-se escolher um dia do mês 
para sua realização. Espera-se que a mulher busque poralgum 
endurecimento nodular localizado (BERGAMASCO; TSUNECHI-
RO, 2007).
Com as leituras e o vídeo sugeridos no Tópico 3. 2, saiba 
como se realiza o autoexame da mama. Antes de prosseguir 
para o próximo assunto, acesse os materiais indicados, procu-
rando assimilar o conteúdo estudado.
Diagnóstico da doença
O período entre a percepção das primeiras evidências da 
doença e a constatação do câncer de mama envolve sentimen-
tos, comportamentos e atitudes que variam entre as mulheres e 
que exigem do enfermeiro um cuidado especial, com acolhimen-
to e apoio.
53© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 2 – ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA
O Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de 
rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sinto-
mas suspeitos) seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, 
a cada dois anos. Mamografia é uma radiografia das mamas fei-
ta por um mamógrafo, capaz de identificar alterações suspeitas 
de câncer antes do surgimento dos sintomas, ou seja, antes que 
seja palpada qualquer alteração nas mamas. A mamografia de 
rastreamento pode ajudar a reduzir a mortalidade por câncer de 
mama, mas também expõe a mulher a alguns riscos, os quais 
devem ser discutidos com o médico que acompanha a mulher 
(INCA, 2018).
Ainda segundo o INCA (2018), o diagnóstico da doença só é 
confirmado por meio da biópsia, técnica que consiste na retirada 
de um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por meio de 
punções (extração por agulha) ou de uma pequena cirurgia. O 
material retirado é analisado pelo patologista para a definição do 
diagnóstico, uma vez que há vários tipos de cânceres de mama.
Por suas variáveis apresentações, há diversas terapêu-
ticas disponíveis, sendo que o tratamento do câncer de mama 
depende da fase em que a doença se encontra, ou seja, do es-
tadiamento e do tipo do tumor. Pode ser tratado com cirurgia, 
radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica 
(terapia-alvo) (INCA, 2018).
Como já mencionado, quando a doença é diagnosticada no 
início, o tratamento tem maior potencial curativo. No caso de a 
doença já possuir metástases, o tratamento busca prolongar a 
sobrevida e melhorar a qualidade de vida. Há preocupação cons-
tante com a qualidade de vida da paciente com câncer de mama 
pelos profissionais de saúde ao longo de todo o processo tera-
pêutico (INCA, 2018).
54 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 2 – ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA
Com as leituras e o vídeo sugeridos no Tópico 3. 2, co-
nheça mais sobre o diagnóstico e tratamento do câncer de 
mama e as ações do enfermeiro. Antes de prosseguir para o 
próximo assunto, acesse os materiais indicados, procurando 
assimilar o conteúdo estudado.
Câncer cérvico-uterino
Assim como o câncer de mama, o câncer cérvico-uterino 
há décadas preocupa a comunidade científica devido ao quadro 
de morbimortalidade que atinge a população feminina (NARCHI; 
JANICAS; FERNANDES, 2007).
Esse tipo de câncer inicia-se a partir de uma lesão intrae-
pitelial progressiva que evolui para um câncer invasivo em torno 
de dez a vinte anos, caso não seja oferecido tratamento. Durante 
o processo de evolução, a doença pode ser prevenida e curada 
(NARCHI; JANICAS; FERNANDES, 2007). 
Está associada a grupos femininos com maior vulnerabili-
dade social e a algumas infecções, como a provocada pelo Papilo-
mavírus Humano (HPV). Tabagismo, multiplicidade de parceiros, 
início precoce da atividade sexual, más condições de higiene e 
alimentação e uso de contraceptivos orais também têm sido as-
sociados ao surgimento da doença, predominantemente na faixa 
etária de 25 a 59 anos (NARCHI; JANICAS; FERNANDES, 2007).
A prevenção primária do câncer está relacionada à diminui-
ção do risco de contágio pelo HPV, que é transmitido por via se-
xual. O uso de preservativos (camisinha masculina ou feminina) 
durante a relação sexual com penetração protege parcialmente 
do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer pelo contato 
55© ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 2 – ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA
com a pele da vulva, as regiões perineal e perianal e a bolsa es-
crotal (INCA, 2018).
Observa-se que o uso de preservativos para diminuição do 
potencial risco de transmissão do HPV depende do conhecimen-
to sobre a doença e suas formas de prevenção, da percepção do 
risco de infecção, das crenças e dos valores culturais, das iniqui-
dades de gênero e de como elas se revelam, do grau de autono-
mia e poder de negociação sexual nas relações afetivo-sexuais, 
do acesso ao serviço de saúde e da oferta de preservativos (NAR-
CHI; JANICAS; FERNANDES, 2007). 
Tais saberes são fundamentais para o planejamento da as-
sistência de enfermagem para prevenção primária do câncer cér-
vico-uterino. Assim, para exemplificar, podemos mencionar que 
diversas estratégias podem reduzir os fatores de risco, como: 
formação de grupos educativos que permitam a discussão de 
temas como sexualidade e gênero, vulnerabilidade e prevenção 
das doenças sexualmente transmissíveis, planejamento familiar\
reprodutivo, qualidade de vida e prevenção do câncer ginecoló-
gico; mobilização das mulheres para o autocuidado e para a bus-
ca por melhor qualidade de vida (grupos de caminhada, cultura 
de hortas caseiras); valorização da integralidade na assistência 
e no estímulo a uma participação das mulheres, com atitudes 
assertivas em relação à saúde; identificação e minimização das 
dificuldades de acesso ao serviço de saúde (NARCHI; JANICAS; 
FERNANDES, 2007).
Em 2014, o Ministério da Saúde implementou, no calendá-
rio vacinal, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 
a 13 anos. A partir de 2017, o Ministério estendeu a vacina para 
meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Essa vacina 
protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros 
56 © ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA MULHER
UNIDADE 2 – ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA
causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por 
cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero (INCA, 2018).
A vacinação e a realização do exame preventivo (Papani-
colau) se complementam como ações de prevenção desse tipo 
de câncer. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a 
idade preconizada (a partir dos 25 anos), deverão fazer o exame 
preventivo periodicamente, pois a vacina não protege contra to-
dos os tipos oncogênicos do HPV (INCA, 2018).
A prevenção secundária do câncer cérvico-uterino é rea-
lizada por meio do exame citopatológico para detecção do cân-
cer in situ ou das lesões precursoras, tratáveis e curáveis em até 
100% dos casos (NARCHI; JANICAS; FERNANDES, 2007).
O exame citopatológico ou Papanicolau pode ser realizado 
em unidades de saúde da rede pública que tenham profissionais 
capacitados. O exame é indolor, simples e rápido. Pode, no máxi-
mo, causar um pequeno desconforto. Para garantir um resultado 
correto, a mulher não deve ter relações sexuais (mesmo com ca-
misinha) no dia anterior ao exame e deve evitar o uso de duchas, 
medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas 
anteriores à sua realização. É importante também que não esteja 
menstruada, porque a presença de sangue pode alterar o resul-
tado. Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame, 
sem prejuízo para sua saúde ou para a do bebê (INCA, 2018).
Para a coleta do material, é introduzido na vagina um es-
péculo, por meio do qual o profissional de saúde faz a inspeção 
visual do interior da vagina e do colo do útero. Promove-se a 
escamação da superfície externa e interna da cérvice com uma 
espátula de madeira e uma escovinha. As células colhidas são 
colocadas numa lâmina de vidro para análise em laboratório es-
pecializado em citopatologia (INCA, 2018).
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UNIDADE 2 – ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA
Todas as mulheres que têm ou já tiveram vida sexual e que 
estão entre 25 e 64 anos de idade devem

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