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Metabolismo de carboidratos Profa. Joséli Schwambach Universidade de Caxias do Sul Área de Conhecimento de Ciências da Vida Bioquímica Metabólica – FBB5002 Gliconeogênese GLICONEOGÊNESE GLICONEOGÊNESE - Via ANABÓLICA – utiliza energia proveniente do ATP, NADH e NADPH para sintetizar componentes celulares a partir de precursores simples; - Via redutora e não oxidativa; - É uma via universal encontrada em animais, vegetais, fungos e microrganismos; - O contexto metabólico e a regulação da via apresentam variações de acordo com a espécie em questão; - A glicólise e a gliconeogênese compartilham reações, mas, existe reações exclusivas para cada uma das vias; - Sete das 10 reações enzimáticas da gliconeogênese são inversões das reações da glicólise; - As vias são reguladas de forma recíproca, quando uma está funcionando a outra permanece inibida; - Na gliconeogênese a formação de glicose se dá a partir de outros precursores que não a glicose; - Biossíntese de glicose: é uma necessidade absoluta nos mamíferos. § Cérebro – 120 g/dia - Síntese de glicose acontece a partir de precursores não glicídicos: Piruvato, Lactato, Aminoácidos e Glicerol - Ocorre principalmente no fígado e em menor proporção nos rins; - Utiliza a maioria das enzimas que atuam na glicólise. GLICONEOGÊNESE A fonte de piruvato e oxaloacetato para a gliconeogênese durante o jejum ou baixa ingestão de carboidratos é o catabolismo de aminoácidos. Alguns aminoácidos são catabolizados para piruvato, oxaloacetato ou precursores destes. Proteínas musculares podem ser quebradas para gerar aminoácidos. Estes são transportados para o fígado, onde são desaminadas e convertidas em precursores da gliconeogênese. O glicerol, derivado da hidrólise de triacilgliceróis em adipócito, possui um papel importante na gliconeogênese. GLICONEOGÊNESE todos podem ser oxidados a oxaloacetato Citrato Isocitrato a-cetoglutarato Succinato Succinil-CoA Fumarato Malato GLICONEOGÊNESE: Metabólitos intermediários - Além do PIRUVATO e LACTATO, outros precursores também podem participar da via gliconeogênica: - Intermediários do ciclo do ácido cítrico (CAC). A glicólise e a gliconeogênese são ambas espontâneas. Se ambas as vias estão ativas simultaneamente na célula, geram um chamado “ciclo fútil" que gasta energia. Para previnir o ciclo fútil, tanto a glicólise quanto a gliconeogênese devem ser reciprocamente reguladas. Glicólise: glicose + 2 NAD+ + 2 ADP + 2 Pi à 2 piruvato + 2 NADH + 2 ATP Gliconeogênese: 2 piruvato + 2 NADH + 4 ATP + 2 GTP à glicose + 2 NAD+ + 4 ADP + 2 GDP + 6 Pi GLICONEOGÊNESE GLICONEOGÊNESE Reação 1 Desvios das Reações Irreversíveis Requer a participação de enzimas existentes tanto no citosol quanto na mitocôndria. PRIMEIRA REAÇÃO DE CONTORNO Conversão do piruvato em fosfoenolpiruvato Consumo de dois grupos fosfato de alta energia – ATP/GTP Desvios das Reações Irreversíveis Reação 1 Reação 2 SEGUNDA REAÇÃO DE CONTORNO Conversão da frutose 1,6 bifosfato em frutose 6-fosfato Desvios das Reações Irreversíveis Frutose-1,6-bifosfatase PFK-1 Para previnir o ciclo fútil, tanto a glicólise quanto a gliconeogênese devem ser reciprocamente reguladas. Controle local inclui regulação alostérica recíproca por nucleotídeos de adenina. w Fosfofrutocinase (glicólise) é inibida por ATP e estimulada por AMP. w Frutose-1,6-bisfosfatase (gliconeogênese) é inibida por AMP. Isto assegura que quando o ATP está alto (AMP baixo), a glicose não é degradada para fazer ATP. Quando o ATP está baixo (AMP alto), a célula não gastará energia para sintetizar glicose. Reação 3 TERCEIRA REAÇÃO DE CONTORNO Conversão da glicose-6-fosfato em glicose livre Desvios das Reações Irreversíveis Glicose-6-fosfataseHexocinase Coordenação da regulação da gliconeogênese e da glicólise • Regulação da quantidade de enzimas • Jejum: glucagon, cortisol – Induz enzimas gliconeogênicas – Reprime as enzimas glicolíticas – O fígado sintetiza glicose • Saciedade: insulina – Induz enzimas glicolíticas – Reprime as enzimas gliconeogênicas – O fígado usa a glicose Síntese de glicogênio Glicogênese VIA GLICOGÊNICA GLICOSE Armazenamento Glicogênio (animais, microrganismos) Amido (vegetais) Distribuição Glicose (animais) Sacarose (vegetais) Trealose (fungos) VIA GLICOGÊNICA Formação de glicogênio - Principal polissacarídeo de ARMAZENAMENTO das células animais - Polímero formado por: Uma cadeia principal com unidades de glicose em ligação (a1- 4); A cada 8 a 10 resíduos da cadeia principal, ocorrem ramificações com ligação glicosídica (a 1-6) - OCORRÊNCIA: - Fígado – Glicogênio funciona como um reservatório de glicose fácil de ser convertido em glicose sangüínea; Hepatócitos – grânulos (enzimas para síntese e degradação) - Músculo esquelético: Glicogênio é quebrado (glicólise) para fornecer ATP – contração muscular VIA GLICOGÊNICA Formação de glicogênio REAÇÃO CHAVE para a formação de glicogênio Doador de resíduos de glicose para a formação do glicogênio Formação de UDP a partir da UDP- fosforilase pirofosforilase (UTP) Glicose-1-fosfato + UTP UDP-glicose +PPi VIA GLICOGÊNICA: Formação de glicogênio - Transferência do resíduo glicosidil da UDP-glicose para uma extremidade não redutora da molécula de glicogênio. - Não é ativa sem um molde pré-existente da molécula de glicogênio com ligações 1-4, ou ao menos um ramo com no mínimo oito resíduos de glicose. - Não pode fazer as ligações de ramificações 1-6 (encontradas nos pontos de ramificação do glicogênio). Amilo (1-4) a (1-6) transglicosilase ou glicosil (4-6) transferase: - Catalisa a transferência de um fragmento terminal de seis ou sete resíduos de glicose da extremidade nao redutora de uma ramificação do glicogênio que tem pelo menos 11 resíduos para o grupo hidroxila do C-6 de um resíduo de glicose nessa mesma cadeia, ou em outra cadeia da molécula de glicogênio, criando uma nova ramificação. Glicogênio sintase: Formação de glicogênio: Ramificações 1-6 - Maior solubilidade. - Aumento do número de extremidades não redutoras (molécula de glicogênio mais acessível as duas enzimas - ambas trabalham com extremidades não redutoras.) Importância das ramificações Molde pré existente – Glicogênio sintase Glicogenina: - Proteína (funciona como molde inicial para o primeiro resíduo de glicose). - Catalisadora da síntese de uma molécula nascente de glicogênio com até oito resíduos de glicose. Glicogênio sintase Regulação da glicogênio sintase - Desfosforilada – (forma ativa) glicogênio sintase a - Fosforilada – ( ativa) glicogênio sintase b Degradação do glicogênio Glicogenólise Três enzimas: 1.Fosforilase do glicogênio 2.Enzima de desramificação 3.Fosfoglicomutase Quebra da ligação glicosídica (a1®4), Glicogenólise Primeiro momento a-D-glicose-1-fosfato Pi (remoção do resíduo terminal de glicose) O piridoxal fosfato é um co-fator essencial na reação da fosforilase do glicogênio. Fosforilase do glicogênio: até quatro resíduos antes de uma ramificação a 1 6. Enzima de desramificação Catalisa DUAS reações sucessivas que removem as ramificações a 1 6 Glicogenólise Segundo momento Destinos metabólicos Músculos: glicólise produção de ATP. Fígado: manter constante a concentração de glicose sangüínea pela produção e exportação de moléculas de glicose para os tecidos. Regulação da Fosforilase do glicogênio Glicogenólise: Destinos Metabólicos Regulação da glicogênio fosforilase A glicogênio fosforilase e a glicogênio sintase são reguladas reciprocamente por esse ciclo de fosforilação- desfosforilação; quando uma enzima é estimulada, a outra é inibida. Regulação recíproca de glicogênese e glicogenólise
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