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RESUMO - PESCOÇO E TRONCO

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RESUMO: PESCOÇO E TRONCO 
A coluna vertebral constitui e mantem o eixo longitudinal do corpo, seus movimentos ocorrem 
por movimentos combinado da vertebras. A coluna cervical é considerada o pivô para o 
movimento e a sustentação da cabeça na região cervical. O peso da 
cabeça, do cíngulo dos membros superiores e do tronco é transmitido 
por meio da coluna vertebral, contem medula espinhal que é capaz de 
protege-la, possui hastes multiarticulada possibilitando movimentos, e 
através desses segmentos ainda garante a absorção e transmissão 
eficaz de choques. 
O crânio apoia na extremidade superior da coluna vertebral e é formado 
por vários ossos em que a estrutura que contém protege o encéfalo e 
os órgãos sensoriais (visão, audição, gustação, olfação e equilíbrio), a 
cabeça é capaz de mover livremente ocorrendo por vários níveis da 
região cervical da coluna vertebral. 
Nas curvaturas da coluna vertebral, as vertebras estão dispostas de 
modo a formar curvaturas anteroposteriores (côncavo-convexa) que 
podem ser observadas em vista lateral. Essas curvaturas fazem com que 
a coluna se torna mais forte e resiliente, aproximadamente dez vezes 
mais do que uma haste reta. 
A medula espinal é constituída de tecido nervoso e a coluna vertebral 
são sinônimos que se referem aos componentes ósseos que envolvem a medula espinal. Temos 
também a fóvea que é uma superfície pequena, plana e lisa de um osso; e são articuladas com 
as costelas. A articulação dos processos articulares é a articulação entre o processo articular 
superior da vertebra inferior e o processo articular inferior da vertebra superior. 
 
MOVIMENTOS DA ARTICULAÇÃO 
A coluna vertebral como um todo é considerada triaxial, obtendo movimentos de três eixos e 
planos espaciais. A flexão, a extensão e a hiperextensão ocorrem no plano sagital em torno 
de um eixo transversal. A flexão lateral, também chamada de inclinação lateral, ocorre no plano 
frontal em torno do eixo sagital. Sempre ocorre para o mesmo lado (direita ou esquerda). A 
rotação ocorre no plano transversal (horizontal) em torno de um eixo longitudinal, exceto entre 
o crânio e o atlas (C1). Não há rotação nessa articulação. O alinhamento das articulações dos 
processos articulares determina o grau de rotação e de outros movimentos possíveis. 
A região cervical da coluna vertebral possibilita movimentos e o posicionamento da cabeça. A 
articulação entre o crânio C1 (atlas) e denominado atlantoccipital. O principal movimento é 
de flexão e extensão, como ao balançar a cabeça 
em sinal de assentimento. Também há um grau de 
flexão lateral que ocorre entre C1 e C2 (art. 
Atlantoaxial). A maior parte da rotação da cabeça, 
como ao balançar cabeça com sinal de discordância, 
ocorre na art.Atlantoaxial. Os músculos que tem a 
maior controle ao se avaliar o movimento da cabeça 
sobre o pescoço são os músculos pré-vertebrais, 
anteriormente, e os músculos suboccipitais, 
posteriormente (para mover a cabeça sobre o 
pescoço os músculos devem estar inseridos na 
cabeça e na região cervical). Ao encostar o mento no 
tórax há flexão da cabeça em C1, além da extensão 
do pescoço (C2 – C7). Este movimento combinado é 
denominado “extensão axial” ou “retração 
cervical” e ao contrário, a extensão da cabeça C1 e 
a flexão do pescoço (C2 – C7) é a “protrusão 
cervical”. A postura relaxada com a cabeça protrusa ou olhando a tela do computador através 
dos óculos bifocais tende a acentuar a “protrusão cervical”. A boa postura ereta acentua a 
“extensão axial”. 
OSSOS E PONTOS DE REFERÊNCIAS 
Ossos diretamente relacionados à coluna vertebral: 
➢ Osso Occipital: forma a parte posteroinferior do crânio. 
➢ Protuberância occipital externa: pequena 
proeminência no centro do osso occipital. 
➢ Linha nucal: a crista horizonta que se estende da 
protuberância occipital externa ate os processos 
mastoides direito e esquerdo, formando uma curva 
suave. 
➢ Parte basilar: refere-se a base, ou porção inferior do 
osso occipital. 
➢ Forame magno: abertura no osso occipital através da 
qual a medula espinal entra no crânio. 
➢ Côndilos occipitais: saliências localizadas lateralmente 
ao forame magno no osso occipital, articulam-se com o 
atlas (C1). 
➢ Osso temporal: forma parte da base e da superfície inferolateral do crânio. 
➢ Processo mastoide: proeminência óssea posterior a orelha na qual se insere o musculo 
esternocleidomastoideo. 
As vertebras podem ser de diferentes tamanhos e formatos, mas geralmente apresentam o 
mesmo formato. As partes típicas de uma vertebra são descritas a seguir: 
➢ Corpo vertebral: é o componente 
anterior da vertebra e sua principal parte 
de sustentação. Ausente no atlas (C1). 
Entre C3 e S1, os corpos vertebrais 
tornam-se cada vez maiores e sustentam 
cada vez mais peso. 
➢ Arco vertebral: componente posterior da 
vertebra e tem muitas partes diferentes. 
➢ Forame vertebral: abertura formada 
pela união do corpo e do arco vertebral 
através da qual passa a medula espinal. 
➢ Pendiculo do arco vertebral: porção do arco vertebral imediatamente posterior ao 
corpo vertebral e anterior a lâmina do arco vertebral. 
➢ Lâmina do arco vertebral: porção posterior do arco vertebral; a direita e a esquerda 
se unem na linha mediana. 
➢ Processo transverso: formado na união da lâmina com o pedículo do arco vertebral; 
são as projeções laterais do arco vertebral nas quais se inserem músculos e ligamentos. 
➢ Incisuras vertebrais superior e inferior: depressões localizadas nas superfícies 
superior e inferior do pedículo do arco vertebral. 
➢ Forame intervertebral: abertura 
limitada pela incisura vertebral 
superior da vertebral inferior e a 
incisura vertebral inferior da vertebra 
superior. 
➢ Processos articulares superior e 
inferior: são projeções ósseas 
(superior e inferior) a partir da 
superfície posterior de cada lâmina do 
arco. Os processos articulares 
superiores estão voltados posterior ou medialmente, enquanto os processos articulares 
inferiores estão voltados anterior ou lateralmente. 
➢ Processos espinhoso: projeção posterior do arco vertebral; localizada na junção de 
duas lâminas do arco vertebral. É a estrutura para muitos músculos e ligamentos e pode 
ser apalpado em toda extensão da coluna vertebral. 
Entre as vertebras há um disco intervertebral que se articula com os corpos vertebrais 
adjacentes. A sua principal função é absorver e transmitir choques e manter a 
flexibilidade da coluna vertebral. 
➢ Anel fibroso: a porção externa do 
disco intervertebral é constituída de 
vários anéis concêntricos de 
fibrocartilagem que servem para 
conter o núcleo pulposo. 
➢ Núcleo pulposo: substancia 
gelatinosa com alto teor de água 
situada no centro do disco 
intervertebral. Ao nascimento 
contem aproximadamente 80% de 
água que diminui para 70% aos 60 
anos de idade. Esse é uns dos 
motivos pelos quais a altura diminui 
na idade avançada. 
Algumas vertebras apresentam características diferentes e tem de ser identificadas, 
elas são descritas a seguir: 
➢ Atlas (C1): é a primeira vertebra cervical, na qual está apoiada no crânio e 
sustenta a cabeça. O atlas é anular e não tem o corpo vertebral e nem o processo 
espinhoso. 
➢ Axis (C2): segunda vértebra cervical, denominada porque forma o pivô que 
possibilita a rotação do atlas (C1) que sustenta a cabeça. A Axis possui dentes 
que são denominado processo odontoide, localizada na parte anterior da vertebra. 
➢ C7: também conhecida como vertebra proeminente dm vista de seu processo 
espinhoso longo e proeminente, é semelhante a vertebra torácica e pode ser 
facilmente apalpada quando o pescoço está fletido. 
➢ Forame transversário: abertura no processo transverso de cada vertebra 
cervical que da passagem para a artéria vertebral. 
➢ Fóvea costais: localizadas nas regiões superolateral e inferolateral dos corpos 
vertebrais, junto ao arco vertebral, e nos processostransversos das vertebras 
torácicas. É o local de articulação das costelas com as vertebras. 
➢ Hemifóvea: é fóvea parcial ou meia fóvea, esta localizada nas margens superior 
e inferior doo corpo vertebral, no local das articulações das costelas com as 
vertebras torácicas e dependendo da posição da costela no corpo, pode se 
encontrar uma fóvea ou hemifóvea costal nessas margens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARTICULAÇÕES E LIGAMENTOS 
A região cervical da coluna vertebral começa com duas articulações muito diferentes. A art. 
atlantoccipital que é formada por côndilos occipitais que se articulam com as faces 
articulares superiores do atlas. Esta articulação é forte e sustenta o peso da cabeça. A 
membrana atlantoccipital anterior é uma extensão do ligamento longitudinal anterior, que é 
um pouco mais delgada superiormente. A membrana tectoria é a continuação superior do 
ligamento longitudinal posterior. Atua como uma alça que sustenta a medula espinal ao 
passar no canal vertebral. O “ligamento atlantoaxial posterior” segura o peso da cabeça 
sobre o pescoço. 
Há três articulações entre o atlas e o Axis, denominadas articulações atlantoaxiais, 
articulações atlanto axiais laterais e as articulações restante entre C2 até S1 são 
basicamente iguais. As articulações fortes, que sustentam o peso, estão localizadas 
anteriormente na vertebra, entre 
os corpos vertebrais. A parte 
posterior das vertebras tem duas 
articulações uma de cada lado 
chamadas de articulações dos 
processos articulares. 
Os processos articulares da 
regiao lombar estão orientado 
no plano sagital e os processos 
articulares na região torácica 
estao no plano frontal. Assim a 
maior parte da flexão e extensão 
da coluna vertebral, ocorre na 
regiao lombar, e a maior parte 
da rotação e da flexao lateral 
ocorre na região toracica da 
coluna vertebral. A articulação entre as costelas e as 
vertebras tambem contribui para a ausência de flexão 
e extensão na região torácica da coluna vertebral. 
Como os processos articulares estão em posição 
diagonal entre os planos sagital e frontal, a região 
cervical da coluna vertebral tem alto grau de 
amplitude de movimento nos três planos. 
Muitos ligamentos mantêm essas vértebras unidas, 
como: 
➢ Ligamento longitudinal anterior: estende-se ao longo da coluna vertebral 
aderido à superfície anterior dos corpos vertebrais e tende a impedir a hiperextensão 
excessiva. A parte superior é delgada e a parte inferior que se fixa ao sacro é espessa. 
➢ Ligamento longitudinal posterior: estende-se ao longo da superfície posterior 
dos corpos vertebrais dentro do canal vertebral. Sua função é impedir a flexão 
excessiva. A parte superior ajuda a sustentar o crânio (parte mais espessa) e a parte 
inferior (parte mais delgada) contribui para a instabilidade e o aumento de lesões de 
disco intervertebral na região lombar coluna vertebral. 
➢ Ligamento supraespinhal: estende-se 
desde a sétima vertebra cervical ate a face 
dorsal do sacro, mantendo-se fixo ao 
longo das extremidades dos processos 
espinhosos das vértebras. 
➢ Ligamento interespinal: encontra-se 
entre os processos espinhosos sucessivos. 
O ligamento nucal muito espesso ocupa o 
lugar correspondente dos ligamentos 
supraespinhal e interespinal na região 
cervical da coluna vertebral. 
➢ Ligamento amarelo: une as lâminas de 
arcos vertebrais de vertebras adjacente 
(superior e inferior). 
A região lombar da coluna vertebral é a que 
mais sofre lesão no corpo humano, pois 
absorve a maior parte do peso corporal, além 
todo peso que possamos carregar. A maior 
parte do movimento da região lombar ocorre 
entre L4 e L5 e entre L5 e S1; a maior parte 
das hérnias de disco intervertebral ocorre 
nesses dois níveis. 
O movimento da 
região torácica da 
coluna vertebral é muito menor que o das regiões cervical e 
lombar por causa da sua participação na formação da caixa 
torácica. O formato dos corpos vertebrais e o comprimento dos 
processos espinhosos também limitam o movimento torácico. 
A região cervical move-se livremente e ao contrário da região 
lombar, não tem função de distribuir peso. A região cervical 
sustenta a cabeça e possibilita liberdade de movimento da 
cabeça e do pescoço, a passagem da medula espinal pelo canal 
vertebral, além de tornar possível a passagem dos grandes vasos sanguíneos do crânio. 
MÚSUCULO DO PESCOÇO E DE TRONCO 
São muitos músculos do pescoço e do tronco, e geralmente são divididos em músculos 
anteriores e posteriores em relação a coluna vertebral. Como na maioria das articulações 
moveis, os músculos anteriores tem a função de flexão e os músculos posteriores tem a 
função de extensão. 
Os músculos localizados 
anteriormente as vertebras 
cervicais são os flexores do 
pescoço. O maior flexor é o 
músculo 
esternocleidomastóideo, a 
contração bilateral flexiona o 
pescoço, a contração unilateral 
faz a flexão lateral do pescoço e 
a rotação da cabeça para o lado oposto. Por exemplo, a contração do músculo 
esternocleidomastóideo direito causa a rotação da cabeça e do pescoço para o olhar 
sobre o ombro esquerdo. Pode-se verificar que além de fletir o pescoço o musculo 
esternocleitomastóideo também pode hiperestender a cabeça, isso acentua a posição da 
cabeça protrusa comum na má postura. 
 
Os três músculos escalenos localizam-se profundamente ao 
músculo esternocleidomastóideo. Todos executam a mesma ação e 
estão localizados próximos, lateralmente no pescoço eles são muito 
eficazes na flexão lateral da região cervical e como estão muito 
próximos da coluna vertebral, são apenas auxiliares na flexão. 
 
 
 
Há um grupo anterior de músculos que são os músculos 
pré-vertebrais. Ocupam posição profunda e seguem ao 
longo da superfície anterior das vértebras cervicais. Esses 
músculos participam tanto da flexão do pescoço quanto 
da cabeça e seu principal papel é manter o controle 
postural. 
Vários pequenos músculos do pescoço atuam como 
âncora para o hioideo e a língua. O hioide não tem 
articulação óssea, ele age como suporte primário da 
língua e de seus numerosos músculos. A influencia desses 
músculos sobre os movimentos da região cervical da 
coluna vertebral é no máximo auxiliar. Esses músculos 
aproximam-se da base do crânio vindos de todas as 
direções. 
Os músculos suboccopitais estão agrupados 
inferoposteriormente á base do crânio e movem somente a 
cabeça. Os músculos agem juntos para estender a cabeça, 
com um movimento de balanço dos côndilos occipitais sobra 
o atlas, ou como pivô, rodando o crânio e o atlas em torno 
de dente do Axis. 
Os músculos localizados mais superficialmente ao longo da 
superfície posterior da coluna vertebral formam o músculo 
eretor da espinha. Esses músculos proporciona o controle 
postural sobre a tração gravitacional da cabeça na flexão; 
atuam como extensores para mover a cabeça de volta para 
trás (extensão) a partir da posição da flexão. 
Os músculos esplênio da cabeça e esplênio do pescoço 
estão situados profundamente ao musculo eretor da espinha, 
eles se inserem no crânio e na coluna vertebral. Quando eles 
se contraem unilateralmente, realizam rotação e flexão 
lateral da cabeça e do pescoço para o mesmo lado. 
Entretanto quando ocorre a contração bilateral, eles estendem o pescoço e o musculo 
esplênio da cabeça estende especificamente a cabeça. 
MÚSCULO DO TRONCO 
O músculo reto do abdome estende-se ao longo da superfície anterior do tronco. Os 
dois lados são separados pela linha alba, de posição mediana do corpo, ele se insere 
inferiormente na crista púbica e 
superiormente nas cartilagens costais da 
quinta, sexta e sétima costelas e no 
esterno. O musculo reto do abdome é um 
forte flexor de tronco que com os outros 
músculos anteriores do tronco, comprime 
o conteúdo da cavidade abdominal. 
 
O músculo oblíquo externo do abdome 
realiza flexão do tronco para olado e roda-
o para o lado oposto. O músculo oblíquo 
interno ocupa uma posição mais profunda 
e a contração bilateral realiza flexão do 
tronco e comprime o conteúdo da cavidade 
abdominal. A contração unilateral faz a 
flexão lateral do tronco para o mesmo lado. 
O musculo obliquo interno do abdome tem 
ação inversa na rotação, rodando o tronco 
para o mesmo lado, ou seja, o musculo 
oblíquo interno direito roda o lado direito em 
direção a linha mediana do corpo. 
O músculo transverso do abdome, situada profundamente ao músculo obliquo interno, ele 
não tem participação efetiva no movimento do tronco; porem atua com os outros músculos do 
abdome, para comprimir e sustentar o conteúdo da cavidade abdominal. Isso é importante em 
atividades como tosse, espirro, risada, expiração forçada e “contração expulsiva” durante o parto 
ou a defecação. 
A camada média dos músculos extensores do tronco é formada por 
um grupo de músculos que forma o músculo eretor da espinha. 
Esse grupo muscular pode ser subdivido em três grupos que tendem 
a seguir paralelamente a coluna vertebral e que se inserem em 
processos espinhosos e processos transversos de vertebras e em 
costelas. O grupo medial são os músculos espinais, que se 
inserem basicamente no ligamento nucal e nos processos espinhosos 
das vértebras cervicais e torácicas. A porção desse grupo que se 
insere na occipital também se insere nos processos transversos das 
vertebras cervicais. Localizados juntos a linha mediana, esses 
músculos são agonistas primários na extensão de tronco. 
Lateralmente os músculos espinais, há um grupo dos músculos 
longuíssimos, que se insere no osso occipital e nos processos 
transversos das vertebras, desde a região cervical ate o sacro. Como 
a posição desses músculos são laterais a linha mediana e a linha de 
tração são verticais, sua contração unilateral causa flexão lateral e a 
contração bilateral, extensão. 
 Os músculos iliocostais são o grupo 
mais lateral, com inserção 
principalmente na parte posterior das 
costelas. Em razão da posição mais 
lateral, esses músculos são excelentes 
na flexão lateral. 
Os músculos extensores mais profundos 
do dorso soam os três que constituem o 
grupo de músculos 
transversoespinais e são muito 
eficazes na rotação do tronco. 
Os músculos interespinais eles são eficazes como extensores. Os músculos 
intertransversários eles são eficazes na flexão lateral do tronco. 
O músculo quadrado do lombo é um musculo profundo que insere inferiormente na crista 
ilíaca, superiormente na ultima costela e medialmente nos processos transversos de todas as 
vertebras lombares. Como está localizado ao lado da linha mediana, não tem função de flexão 
nem de extensão; por ser vertical, não tem papel na rotação. No entanto, a posição lateral em 
relação á linha mediana torna-o eficaz na flexão lateral do tronco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇAS COMUNS DA COLUNA VERTEBRAL 
➢ Síndrome do desfiladeiro torácico: é a compressão das estruturas neurovasculares 
(plexo braquial e artéria e veia subclávias) que vão do pescoço até a axila. O desfiladeiro 
torácico está localizado entre a primeira costela, a clavícula e os músculos escalenos. O 
plexo braquial e a artéria subclávia passam entre os músculos escalenos anterior e médio, 
a primeira costela e a clavícula. Pode haver vários sinais e sintomas, dependendo das 
estruturas acometidas. 
➢ Torcicolo: é um espasmo muscular no pescoço que gera inclinação lateral da cabeça 
para um lado e rotação para o lado oposto. 
➢ Lesões por hiperextensão e hiperflexao: ocorrem quando há hiperextensão súbita 
e violenta da cabeça seguida por flexão. 
➢ Ciático: é a dor que tende a descer pela região posterior da coxa e da perna. É causada 
por compressão das raízes do nervo isquiático e geralmente é sintoma de uma doença 
de base como a hernia de disco intervertebral lombar. 
➢ Lordose: aumento anormal da curvatura concava da região lombar. 
➢ Dorso plano: diminuição anormal da curvatura lombar. 
➢ Cifose: aumento anormal da curvatura torácica. 
➢ Escoliose: curvatura lateral de qualquer grau é anormal. 
➢ Espondilose: osteoartrite vertebral. É um distúrbio degenerativo da estrutura e da 
função vertebral. As possíveis causas são esporoes ósseos, espessamento dos ligamentos 
e diminuição da espessura do disco intervertebral decorrente da redução do conteúdo de 
água do núcleo pulposo, situação normal do processo de envelhecimento. Todos esses 
problemas podem causar compressão da raiz nervosa e da medula espinal. 
➢ Estenose vertebral: estreitamento do canal vertebral que contem medula espinal, pode 
haver também no forame intervertebral que da passagem ao nervo espinal. 
➢ Hernia de disco: ocorrem quando há fraqueza ou degeneração do anel fibroso (camada 
externa), o que possibilita a saliência (herniação) de uma parte do núcleo pulposo através 
do anel fibroso. 
➢ Espondilite anquilosante: inflamação crônica das articulações da coluna vertebral e 
sacroiliacas, que causa fusão vertebral. É uma doença reumática e progressiva, com o 
tempo pode causar perda total da mobilidade vertebral. 
➢ Espondiolise: é um defeito vertebral na parte interarticular, é mais comum em L4 e 
menos comum em L5. 
➢ Espondilolistese: causada quando uma parte interarticular defeituosa sofre fratura, 
uma vertebra desliza anteriormente em relação a uma vertebra adjacente. 
➢ Osteoporose: significa “osso poroso”, é uma doença no qual a perda óssea é mais 
rápida do que a reposição. A consequência é a diminuição da massa e da densidade 
ósseas, com aumento da propensão a fraturas. 
➢ Fraturas por compressão: resultam em colapso da parte anterior (corpo) das 
vertebras. A causa habitual é o traumatismo na região lombar ou a osteoporose na região 
torácica. Este tipo de lesão não costuma causar lesão da medula espinal e paralisia 
porque geralmente é estável. 
➢ Fraturas com luxação: causam lesão na medula espinal e paralisia. 
➢ Fratura do enforcado: é uma fratura de C2, ocorre quando há hiperextensão súbita e 
forçada da cabeça (ex: acidente de carro). Geralmente é uma fratura estável mais pode 
se tornar instável se não houver abordagem e cuidados adequados. A lesão nesse nível 
pode acarretar morte por parada respiratória. 
 
REFERÊNCIA: CINESIOLOGIA CLINICA E ANATOMIA – LYNN S. LIPPERT

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