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Semiótic� discu�siv� d� Julie� Greima� ● É a semiótica discursiva onde determina que em todo enunciado, ela se confirma pela contrariedade, na estrutura do texto/discurso. I NÍVEL - FUNDAMENTAL: ● Consiste no primeiro nível de análise e se preocupa com as categorias semânticas (sentido do texto); ● É a análise do que está implícito e pode ser pressuposto com segurança, o que não engloba o imaginativo do leitor; ● Todo o trabalho é baseado na contrariedade e sua relação com o texto - ou seja, a oposição semântica. ● EXEMPLOS: vida X morte, quente X frio, claro X escuro.. CATEGORIAS OPOSTAS: ● As categorias opostas não possuem valorização universal - aquela que não se contesta, como “todo homem é mortal”; ● Logo, somente no texto saberemos se a “VIDA” tem sentido negativo ou positivo; ● A verdade é relativa, em qualquer situação, porque tudo é mutável. A CONFIRMAÇÃO PELA CONTRARIEDADE: ● Positivos são os valores eufóricos e atraentes ● Negativos são os valores disfóricos e repulsivos Se há vida, é porque o opositor, a morte está em situação disfórica e repulsiva - aqui a vida é positiva = a morte é negativa. Se há morte, é porque o opositor, a vida está em situação disfórica e repulsiva - aqui a morte é positiva = a vida é negativa. QUADRADO SEMIÓTICO: contrariedade, contradição e complementaridade - É o gráfico que mostra a estrutura elementar da significação; - Também conhecido como “Quadro Narrativo” ou “Quadro Greimasiano”; - Julien Greimas o apresentou pela primeira vez em Semantique structurale (1966); - Ele é derivado do quadrado lógico da oposição de Aristóteles; - Tem sido utilizado para analisar e interpretar atos, ações de comunicação, incluindo linguagem corporal, linguagem publicitária, narratologia e estudos culturais; - O quadrado semiótico conduz as relações semânticas (sentidos) em sua dimensão paradigmática (de natureza). II NÍVEL - NARRATIVO: ● O segundo nível de análise consiste no estudo do sujeito da narrativa; ● Sujeito: o protagonista - suas ações, suas transformações, seus posicionamentos dentro da narrativa, a situação dele desde o início à conclusão do enrredo; ● Para isso, Greimas criou o “Esquema Narrativo Canônico”. ESQUEMA NARRATIVO CANÔNICO: ● Canônico porque o sistema trabalha, sempre, com as contrariedades e, neste caso tanto o positivo quanto o negativo das informações, apresentam suas verdades; ● Canônico significa verdadeiro; O Esquema Narrativo Canônico se organiza com os elementos (percursos) distintos: 1. Manipulação (ação do manipulador) 2. Ação (performance e competência) 3. Sanção (a confirmação do contrato, a constatação) ● É através desses elementos que podemos ver, sentir, perceber os efeitos de um texto, de uma imagem, de um vídeo, de uma propaganda, de um discurso na recepção do protagonista - o sujeito. PERCURSO DA MANIPULAÇÃO: ● O protagonista é sempre o alvo do Manipulador/Destinador; ● Logo, o protagonista (o telespectador, ouvinte, leitor) é um manipulado; ● A competência dessa manipulação é “fazer-crer” ou “fazer-fazer” algo - vender a ideia, o produto, ou serviço; ● Se esse protagonista se deixa manipular, ele passa a ser também um destinador, uma vez que também irá passar a ideia adiante. É aí que o Trato da Comunicação se estabelece, a narrativa irá se desenvolver novamente; ● Fazer interpretativo: o protagonista analisa se issomerece credibilidade ou não. ORGANIZAÇÃO DAMANIPULAÇÃO: 1. Tentação - pela premiação, brinde, suborno, vantagem 2. Intimidação - pela ameaça, intimidação, receio e uso de valores negativos 3. Sedução - pelos elogios, exaltação de qualidade 4. Provocação - pela depreciação, desqualificação e culpa ● A ordem dos 04 elementos da manipulação é necessária, porque eles se organizam em dois tipos/categorias: TIPO 1 - OFERTA DE VALORES Tentação (valores eufóricos) Intimidação (valores disfóricos) TIPO 2 - CONSTRUÇÕES IDENTITÁRIAS Sedução (imagem positiva) Provocação (imagem negativa) O FAZER INTERPRETATIVO: ● Assim como o Destinador pode exercer influência sobre o Destinatário para obter êxito na venda da sua ideia ou produto, também é necessário que o Destinatário reaja. ● Com isso, o Destinatário se depara, primeiro, com o que está na sua frente e decide sobre a ideia do Manipulador. ● Greimas organizou isso em Modalidades Veridictórias: imanência e manifestação; ● SER E PARECER: O destinatário realiza uma análise para se certificar se esse destinador é verdadeiro, mentiroso, falso ou secreto. A manipulação do Destinador pela análise do Destinatário: ● Ser e parecer = verdadeira ● Ser e o não parecer = secreta ● Não ser e não parecer = mentirosa ● Não ser e parecer = falsa EIXO VERTICAL = a imanência (ser) EIXO HORIZONTAL = manifestação (parecer)
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