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Faculdade – SENAC Curso: Gestão Financeira PTI: Libras Aluno: Nicolas Vinicius da Silva Melo Atualmente, a comunidade surda é amplamente enquadrada na visão socioantropológica da surdez. Esse posicionamento encontra justificativa na crescente conscientização em torno da surdez como uma identidade cultural e linguística, discordando da perspectiva clínica que a interpreta como uma deficiência a ser corrigida. A abordagem socioantropológica reconhece a língua de sinais como um elemento central da cultura surda, dotada de sua própria gramática, história e comunidade vibrante. Valorizando a diversidade, essa visão promove a inclusão ao reconhecer a surdez como uma forma válida de existência, em vez de rotulá-la com características patológicas. Movimentos liderados pela própria comunidade surda têm sido cruciais para ampliar essa visão, lutando por direitos linguísticos, educacionais e culturais. O destaque dado à Língua Brasileira de Sinais (Libras) como um símbolo de identidade e resistência tem desempenhado um papel fundamental nesse processo, enfatizando a importância da linguagem na formação da comunidade surda e na expressão de sua cultura. Apesar disso, a visão clínica persiste em determinados contextos, especialmente na saúde e na educação, onde a surdez é muitas vezes encarada como uma condição a ser corrigida ou minimizada. Essa perspectiva pode levar à exclusão e à privação dos direitos da comunidade surda, mantendo preconceitos e dificultando a inclusão. Entretanto, a conscientização crescente e a defesa pelos direitos dos surdos têm gradualmente moldado políticas e práticas em direção a uma abordagem mais inclusiva e respeitosa da surdez. Assim, nos dias atuais, a comunidade surda é predominantemente vista sob a ótica socioantropológica, que reconhece e celebra sua diversidade, cultura e contribuições para a sociedade.
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