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Psicose de Korsakoff
(Síndrome amnésica de Korsakoff; psicose de Korsakoff; Síndrome de Korsakoff; Síndrome de Wernicke-Korsakoff)
A psicose de Korsakoff é uma complicação da deficiência crônica de tiamina e causa perda da memória de eventos recentes, confusão e alterações do comportamento.
Ela costuma ser diagnosticada juntamente com a encefalopatia de Wernicke.
A psicose de Korsakoff ocorre em 80% das pessoas que têm encefalopatia de Wernicke não tratada, que é um distúrbio cerebral causado por um tipo de deficiência vitamínica que pode ocorrer em pessoas que bebem grandes quantidades de álcool por muito tempo. Às vezes, a psicose de Korsakoff é desencadeada por um surto grave de delirium tremens, que é uma forma de abstinência de álcool, independentemente de um ataque tradicional de encefalopatia de Wernicke ocorrer anteriormente ou não. Outras causas incluem traumatismos cranianos, acidente vascular cerebral, hemorragia no cérebro e alguns tipos de tumor cerebral (raramente).
Sintomas da psicose de Korsakoff
A pessoa com a psicose de Korsakoff perde a memória de eventos recentes. A memória de eventos remotos é menos afetada. A memória pode ser tão ruim que geralmente a pessoa inventa histórias, algumas vezes bem convincentes, para tentar encobrir a incapacidade de se lembrar (chamado de confabulação). A pessoa perde completamente a noção do tempo. A pessoa se torna confusa e apática e pode não responder aos eventos, mesmo os assustadores. A pessoa também tem todos os sintomas da encefalopatia de Wernicke, incluindo ataxia profunda (marcha instável e cambaleante) e dificuldade em controlar o movimento dos olhos.
Diagnóstico da psicose de Korsakoff
· Histórico de um quadro clínico que sabidamente causa psicose de Korsakoff, como, por exemplo, o transtorno relacionado ao uso crônico de álcool grave
Os médicos diagnosticam a psicose de Korsakoff com base nos sintomas, principalmente a confabulação, em pessoas com problemas de saúde que podem dar origem à psicose de Korsakoff como, por exemplo, o transtorno do uso crônico de álcool grave. Os médicos precisam descartar a possibilidade de os sintomas estarem sendo causados por outros motivos, como infecção.
Tratamento da psicose de Korsakoff
· Tiamina
· Líquidos
O tratamento da psicose de Korsakoff consiste na administração da vitamina tiamina e hidratação. Infelizmente, apesar do tratamento, a reversão dos sintomas é ruim e é pouco provável que a pessoa se recupere.
Mais informações
Os seguintes recursos em inglês podem ser úteis. Vale ressaltar que O MANUAL não é responsável pelo conteúdo desses recursos.
· Alcoólicos Anônimos: Associação internacional de pessoas com um problema de álcool que criou a abordagem de 12 passos para ajudar seus membros a superar sua dependência de álcool e ajudar outros a fazerem o mesmo.
· LifeRing: Apoio para pessoas com problemas de uso de drogas e álcool ao facilitar o compartilhamento de experiências práticas e apoio à sobriedade como alternativa aos programas de 12 passos tradicionais.
· Phoenix House: Auxilia a pessoa a combater a dependência, independentemente de qual substância a causou, por meio de um programa de 12 passos semelhante ao utilizado pelos Alcoólicos Anônimos.
· Samaritan Daytop Village: Uma agência sediada em Nova York que ajuda várias populações a enfrentarem a dependência, incluindo veteranos de guerra, mães e bebês e pessoas sem-teto.
SÍNDROME DE BURNOUT,
 O TIPO MAIS DEVASTADOR DE ESTRESSE
Angústia, enxaqueca, insônia, ansiedade, irritabilidade, pessimismo e sensação de exaustão completa no trabalho. Esse conjunto de sintomas tem nome: Síndrome de Burnout. O termo em inglês indica esgotamento e está associado a um estado de estresse crônico misturado a depressão. Preocupação mundial, a síndrome está incluída na 11ª revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) como um fenômeno ocupacional.
Também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, refere-se especificamente a fenômenos relacionados ao excesso de trabalho e não é aplicada para descrever experiências em outras áreas da vida. Essa síndrome já havia sido incluída anteriormente na CID-10, na mesma categoria.
Embora estivesse anteriormente associada a profissionais que experimentam estresse elevado, como policiais e bombeiros, atualmente, esse esgotamento pode ser identificado em qualquer área de atuação. Quando a profissão envolve saúde e, consequentemente, a cobrança por salvar vidas, a situação pode piorar.
Burnout pode evoluir para o estado de depressão profunda, por isso, aos primeiros sintomas é essencial procurar apoio profissional. Estima-se que, no Brasil, 32% dos profissionais sofram de esgotamento no ambiente de trabalho
Por lidarem com a morte cinco vezes mais que os demais profissionais da saúde, devido à expectativa de vida de um animal, os médicos-veterinários são mais suscetíveis a doença. Estudo realizado na Inglaterra apontou que eles têm quatro vezes mais chances de tirarem a própria vida do que a população geral e o dobro de chances entre outros da área de saúde.
Dados do Sistema de Informação de Mortalidade do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), do período entre 1980 e 2007, mostram que a Medicina Veterinária foi a profissão com maior taxa média de suicídio por ocupação e risco ocupacional. Os números apontam risco 225% maior.
A prevalência de burnout na Medicina Veterinária é de 25% do total de profissionais no mundo, enquanto em médicos oncologistas esse percentual é de 7,8%. Ao identificar alteração no comportamento de colegas de trabalho, a melhor forma de ajudar é sugerir acompanhamento profissional
Crédito: Pexels
Quadro agravado
Sintomas da fadiga por compaixão também merecem atenção, pois podem intensificar a síndrome de burnout em profissionais da Medicina Veterinária. A doença é resultado de um processo cumulativo e se desenvolve devido a mal-estar emocional prolongado pelo contínuo e intenso contato com os pacientes.
Enquanto o burnout pode ser resultado da insatisfação pessoal e com o ambiente de trabalho, a fadiga por compaixão refere-se à exaustão emocional, com reflexos psicossomáticos, como perda de memória, pensamentos negativos, sentimentos de medo, tristeza e raiva, cefaléias, hipertensão e dificuldades para dormir, entre outros.
Agorafobia
Agorafobia é o medo ou ansiedade de estar em situações ou lugares dos quais não há como escapar facilmente ou onde não haverá ajuda disponível se a pessoa tiver ansiedade intensa. Essas situações ou lugares são com frequência evitados ou suportados com muita angústia.
A agorafobia é um tipo de transtorno de ansiedade. Aproximadamente 30 a 50% das pessoas com agorafobia também têm síndrome do pânico. Aproximadamente 2% das mulheres e 1% dos homens têm agorafobia anualmente. A agorafobia surge antes dos 35 anos de idade na maioria das pessoas com essa fobia.
Exemplos comuns de situações ou lugares que geram medo e ansiedade incluem ficar em uma fila no caixa do banco ou do supermercado, sentar no meio de uma fileira longa de assentos em um cinema ou auditório ou usar transporte público, como ônibus ou avião. Algumas pessoas desenvolvem agorafobia após terem sofrido um ataque de pânico em uma situação como essas. Outras pessoas podem apenas se sentir incomodadas nessas situações sem nunca sofrerem ataques de pânico ou apresentá-los apenas posteriormente. A agorafobia geralmente afeta a vida cotidiana, às vezes de forma tão intensa que a pessoa fica impedida de sair de casa.
Diagnóstico da agorafobia
· A avaliação do médico, tomando por base critérios específicos
O médico diagnostica a agorafobia quando o medo, a ansiedade ou a esquiva dura seis meses ou mais e inclui, pelo menos, duas das situações a seguir:
· Usar transporte público
· Estar em um espaço aberto, como em um estacionamento ou em uma feira ao ar livre
· Estar em um espaço fechado, como uma loja ou cinema
· Esperar em uma fila ou estar em uma multidão
· Estar sozinho fora de casa
Os temores precisam envolver a preocupação em terdificuldade em escapar ou com o fato de que não haverá ajuda disponível se a pessoa ficar em pânico ou incapacitada.
Além disso, todos os quesitos a seguir devem estar presentes:
· Os sintomas são quase sempre desencadeados pelas mesmas situações
· A pessoa modifica seu comportamento para evitar a situação ou precisa de um acompanhante para conseguir suportá-la
· Os sintomas são desproporcionais ao perigo verdadeiro
· Os sintomas causam angústia significativa ou prejudicam o desempenho de atividades de modo significativo
· Os sintomas não são causados por outro transtorno mental, como fobia social, ou um problema de saúde geral, como doença inflamatória do intestino
Tratamento da agorafobia
· Terapia de exposição
· Terapia cognitivo-comportamental
· Às vezes, antidepressivos denominados inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRSs)
Se a agorafobia não for tratada, sua gravidade geralmente vem e vai e pode até mesmo desaparecer sem tratamento formal, talvez porque a pessoa usa sua própria forma de terapia de exposição, se expondo a si mesma repetidamente à situação que desencadeia seus medos até o medo passar. Por sua vez, outras pessoas já não se queixam mais sobre os sintomas de agorafobia, porque aprenderam a evitar as situações (por exemplo, viajar de avião ou multidões) que desencadeiam a ansiedade. No entanto, simplesmente evitar as situações pode limitar significativamente a vida da pessoa. Uma vez que, inicialmente, os tratamentos costumam aumentar a ansiedade, o tratamento da agorafobia (e outros transtornos de ansiedade) frequentemente inclui aprender estratégias de relaxamento.
A terapia de exposição ajuda mais de 90% das pessoas que a praticam com rigor.
A terapia cognitivo-comportamental também pode ser eficaz. Ao ser tratada com esse tipo de terapia, a pessoa aprende a:
· Reconhecer em que momento seus pensamentos estão distorcidos
· Controlar os pensamentos distorcidos
· Modificar seu comportamento adequadamente
É possível que tomar um ISRS seja benéfico para pessoas com agorafobia. Embora os ISRSs sejam considerados antidepressivos, eles também podem funcionar bem para os transtornos de ansiedade.
TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA -TEA
Os transtornos do espectro autista são quadros clínicos nos quais as pessoas têm dificuldade em desenvolver relacionamentos sociais normais, usam linguagem de maneira anormal ou não a usam em absoluto e apresentam comportamentos restritos ou repetitivos.
· As pessoas afetadas têm dificuldades para se comunicar e se relacionar com terceiros.
· As pessoas com transtornos do espectro autista também têm padrões de comportamento, interesses e/ou atividades restritas e com frequência seguem rotinas rígidas.
· O diagnóstico é feito com base na observação, relatos dos pais e outros cuidadores, e testes de triagem padronizados específicos para o autismo.
· A maioria das pessoas responde melhor a intervenções comportamentais altamente estruturadas.
Os transtornos do espectro autista (TEAs) são transtornos do neurodesenvolvimento.
Os transtornos do espectro autista (TEAs) são considerados um espectro de transtornos, porque as manifestações variam amplamente em tipo e gravidade. Anteriormente, os TEAs eram classificados como autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância e transtorno generalizado do desenvolvimento não especificado. Contudo, existe tanta sobreposição que a distinção se torna difícil; portanto, os médicos atualmente não usam essa terminologia e consideram todos esses como TEAs (exceto para a síndrome de Rett, que é um distúrbio genético distinto). Os TEAs são diferentes da deficiência intelectual, ainda que muitas crianças com TEAs tenham ambas as coisas. O sistema de classificação enfatiza que, dentro desse amplo espectro, diferentes características podem ocorrer de maneira mais ou menos intensa em um dado indivíduo.
Esses transtornos ocorrem em cerca de 1 em cada 54 pessoas nos Estados Unidos e são quatro vezes mais comuns em meninos do que em meninas. O número estimado de pessoas identificadas como sendo portadoras de um transtorno do espectro autista aumentou porque médicos e cuidadores aprenderam mais sobre os sintomas do transtorno.
Causas de transtornos do espectro autista
As causas específicas dos transtornos do espectro autista não são completamente compreendidas, embora elas frequentemente estejam relacionadas a fatores genéticos. No caso de pais com um filho com um TEA, o risco de ter outro filho com um TEA fica em torno de 3% a 10%. Diversas anomalias genéticas, como a síndrome do X frágil e o complexo da esclerose tuberosa e a síndrome de Down, podem estar associados a um TEA.
Infecções pré-natais, por exemplo, infecções virais como a rubéola ou o citomegalovírus, podem ter alguma participação. A prematuridade também pode ser um fator de risco: quanto maior o nível de prematuridade, maior o risco de um TEA.
Algumas crianças com TEA apresentam diferenças em como o seu cérebro é formado e como funciona.
No entanto, está claro que os TEAs não são causados por má educação, condições adversas da infância ou por vacinação (consulte também A vacina tríplice viral e preocupações com autismo).
Você sabia que...
	· Os transtornos do espectro autista não são causados por vacinação.
Sintomas de transtornos do espectro autista
Os sintomas de um transtorno do espectro autista podem aparecer nos primeiros dois anos de vida, mas em formas mais leves, os sintomas podem não ser detectados até à idade escolar.
As crianças com transtorno do espectro autista desenvolvem sintomas nas seguintes áreas:
· Comunicação e interações sociais
· Padrões de comportamento restritos e repetitivos
Os sintomas de um transtorno do espectro autista variam de leves a graves, mas a maioria das pessoas exige algum tipo de apoio em ambas as áreas. Existe uma ampla variação nas pessoas com um TEA quanto à sua capacidade de agir de forma independente na escola ou na sociedade e em relação à sua necessidade de receber apoio. Além disso, cerca de 20% a 40% das crianças com um TEA, sobretudo aquelas com um QI inferior a 50, desenvolvem convulsões antes da adolescência. Em cerca de 25% das crianças afetadas, ocorre a perda de habilidades previamente adquiridas (regressão do desenvolvimento) por volta da época do diagnóstico, o que pode ser o indicador inicial de um transtorno.
Comunicação e interações sociais
Com frequência, os bebês com um TEA se aninham e fazem contato visual de formas atípicas. Apesar de alguns bebês afetados ficarem perturbados quando são separados dos pais, podem não procurar seus pais em busca de segurança como as outras crianças. As crianças mais velhas muitas vezes preferem brincar sozinhas e não estabelecem relações pessoais íntimas, especialmente fora da família. Quando interagem com outras crianças, podem não fazer contato visual nem usar expressões faciais para estabelecer contato social e têm dificuldade de interpretar o humor e as expressões dos outros. Elas podem ter dificuldade para saber como e quando falar em uma conversa e dificuldade em reconhecer falas impróprias ou causadoras de mágoa. Esses fatores podem fazer com que os outros as vejam como estranhas ou excêntricas, o que leva a isolamento social.
Linguagem
As crianças afetadas mais gravemente nunca aprendem a falar. Aquelas que o fazem aprendem muito mais tarde do que o normal e utilizam as palavras de forma estranha. Elas frequentemente repetem palavras ditas a elas (ecolalia), usam falas memorizadas em vez de linguagem mais espontânea ou invertem o uso normal dos pronomes, especialmente usando você em vez de eu ou mim quando se referem a elas mesmas. Sua conversa pode não ser interativa e, quando presente, é usada mais para rotular ou solicitar do que para compartilhar ideias ou sentimentos. É possível que a pessoa com um transtorno do espectro autista tenha um ritmo e tom de fala incomuns.
Comportamento, interesses e atividades
Com frequência, as pessoas com transtorno do espectro autista são muito resistentes a mudanças,tais como novos alimentos, brinquedos, organização dos móveis e roupas. Elas podem ficar excessivamente apegadas a objetos inanimados específicos. Elas com frequência fazem coisas repetidamente. Crianças mais novas e/ou mais gravemente afetadas com frequência repetem certos atos, tais como se balançar, agitar as mãos ou girar objetos. Algumas podem se ferir por meio de comportamentos repetitivos como bater a cabeça ou se morder. As pessoas menos gravemente afetadas podem assistir aos mesmos vídeos múltiplas vezes ou insistir em comer a mesma comida em todas as refeições. Frequentemente, as pessoas com um TEA têm interesses muito especializados e com frequência, incomuns. Uma criança pode, por exemplo, se interessar por aspiradores de pó.
As pessoas com um transtorno do espectro autista frequentemente reagem de maneira excessiva ou deficitária às sensações. Elas podem sentir repulsa extrema a certos odores, gostos ou texturas ou reagir a sensações de dor, calor ou frio de maneiras incomuns que outras pessoas consideram perturbadoras. Elas podem ignorar alguns sons e ser extremamente perturbadas por outros.
Inteligência
Muitas pessoas com um TEA têm algum grau de deficiência intelectual (QI abaixo de 70). Seu desempenho é desigual. Elas em geral se saem melhor em testes de habilidades motoras e espaciais do que em testes verbais. Algumas pessoas com TEA têm capacidades idiossincráticas ou “fragmentadas”, como a aptidão para realizar mentalmente operações complexas de cálculo ou habilidades musicais avançadas. Infelizmente, essas pessoas com frequência não conseguem usar essas habilidades de maneira produtiva ou que levam a interações sociais.
Sinais de transtornos do espectro autista
Sinais de transtornos do espectro autista
	Nem todos os sinais precisam estar presentes para um diagnóstico de um transtorno do espectro autista, mas as crianças precisam ter dificuldades tanto em A quanto em B. Os sinais podem variar amplamente em gravidade, mas devem prejudicar o desempenho das crianças.
A. Dificuldades nas comunicações sociais e na interação social:
· Dificuldade para interagir com terceiros e compartilhar pensamentos e sentimentos
· Dificuldades com a comunicação não verbal (como fazer contato visual, compreender e usar linguagem corporal e expressões faciais)
· Dificuldades para desenvolver, manter e compreender relacionamentos interpessoais
B. Padrões de comportamento, atividades e/ou interesses restritos e repetitivos:
· Movimentos ou fala repetitiva
· Aderência inflexível a rotinas e resistência a mudanças
· Interesses muito restritos e intensos
· Resposta a sensações físicas, tais como gostos, cheiros e texturas, muito aumentada ou diminuída
Diagnóstico de transtornos do espectro autista
· Avaliação médica
· Relatos dos pais e outros cuidadores
· Testes padronizados para triagem do espectro autista
O diagnóstico de um transtorno do espectro autista é feito mediante observação cuidadosa da criança em uma sala de jogos e mediante cuidadoso questionamento dos pais e professores. Testes de triagem padronizados específicos para autismo, como o Questionário de Comunicação Social (Social Communication Questionnaire) para crianças mais velhas e a Lista de Verificação Modificada para o Autismo em Bebês, revisada com acompanhamento (Modified Checklist for Autism in Toddlers, Revised, with Follow-Up (M-CHAT-R/F) podem ajudar a identificar crianças que precisam de testes mais aprofundados. Psicólogos e outros especialistas podem usar os Cronogramas de observação para o diagnóstico de autismo (Autism Diagnostic Observation Schedules) e outras ferramentas.
Além dos testes padronizados, os médicos fazem determinados exames de sangue ou genéticos para detectar distúrbios de saúde tratáveis ou hereditários primários, como distúrbios metabólicos hereditários e a síndrome do cromossomo X frágil.
Prognóstico de transtornos do espectro autista
Os sintomas dos transtornos do espectro autista normalmente persistem durante toda a vida. O prognóstico é fortemente influenciado pela quantidade de linguagem utilizável que a criança adquiriu até a idade escolar. Crianças com um TEA com quociente de inteligência mais baixo (aquelas com pontuação abaixo de 50, por exemplo, em testes de QI padronizados) provavelmente precisarão de apoio mais intensivo como adultos.
Tratamento de transtornos do espectro autista
· Análise comportamental aplicada
· Programas educacionais
· Fonoaudiologia
· Às vezes, terapia medicamentosa
A análise comportamental aplicada (applied behavior analysis, ABA) é uma abordagem terapêutica na qual as crianças aprendem habilidades cognitivas, sociais ou comportamentais específicas de maneira gradual. Pequenas melhorias são reforçadas e desenvolvidas progressivamente para melhorar, mudar ou desenvolver comportamentos específicos em crianças com um TEA. Esses comportamentos incluem habilidades sociais, habilidades de linguagem e comunicação, de leitura e acadêmicas bem como de autocuidado (por exemplo, tomar banho e se arrumar), habilidades da vida diária, pontualidade e competência no trabalho. Essa terapia também é usada para ajudar as crianças a minimizar comportamentos (por exemplo, agressão) que podem interferir no seu progresso. A terapia da análise comportamental aplicada é adaptada para atender às necessidades de cada criança e é normalmente projetada e supervisionada por profissionais certificados em análise comportamental. Nos Estados Unidos, a ABA pode estar disponível como parte de um plano educacional individualizado (Individualized Educational Plan, IEP) por meio da escola e, em alguns estados, é coberta pelo seguro de saúde. Outra intervenção comportamental intensiva é o modelo de desenvolvimento, diferenças individuais e baseado em relacionamento (Developmental, Individual-differences, and Relationship-based, DIR®), também chamado Floortime. A DIR® recorre aos interesses e atividades preferidas da criança para ajudar a desenvolver habilidades de interação social e outras habilidades. Atualmente, há menos evidências para apoiar a DIRFloortime® do que a ABA, mas ambas as terapias podem ser eficazes.
Programas educacionais para crianças em idade escolar com um TEA devem abordar o desenvolvimento de habilidades sociais e atrasos no desenvolvimento da fala e linguagem e ajudar a preparar as crianças para a educação após o ensino médio ou para trabalhar.
A lei federal dos EUA sobre educação para indivíduos com deficiências (Individuals with Disabilities Education Act, IDEA) exige que as escolas públicas ofereçam educação gratuita e apropriada para crianças e adolescentes com TEA. A educação deve ser fornecida no ambiente menos restritivo e mais inclusivo possível, ou seja, em um ambiente no qual a criança tenha todas as oportunidades para interagir com outras crianças não afetadas e tenha igual acesso aos recursos da comunidade. A Americans with Disability Act e a Seção 504 da Rehabilitation Act também fornecem acomodações em escolas e outros ambientes públicos.
Terapias medicamentosas não conseguem alterar o distúrbio primário. No entanto, os inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS), como fluoxetina, paroxetina e fluvoxamina, produzem resultados positivos na redução dos comportamentos ritualísticos das pessoas com um TEA. Medicamentos antipsicóticos, como a risperidona, podem ser administrados para reduzir o comportamento autoagressivo, ainda que o risco de efeitos colaterais (como ganho de peso e distúrbios motores) deva ser considerado. Estabilizadores do humor e psicoestimulantes podem ser úteis no caso de pessoas desatentas, impulsivas ou com hiperatividade.
Embora alguns pais tentem dietas especiais, terapias gastrointestinais ou terapias imunológicas, não existem atualmente evidências concretas de que alguma dessas terapias ajude crianças com um transtorno do espectro autista. A eficácia de outras terapias complementares, tais como comunicação facilitada, terapia quelante, treinamento de integração auditiva, terapia com oxigênio hiperbárico, ainda não foi comprovada. Aoconsiderar tais tratamentos, as famílias devem consultar o pediatra da criança no que se refere a riscos e benefícios.
Transtorno desafiador opositivo
é um problema de comportamento em que a criança é negativa, difícil e desobedece repetidamente aos pais e professores.
Muitas crianças agem dessa forma às vezes, mas uma criança com transtorno desafiador opositivo age dessa maneira repetidamente. Para ser considerada um transtorno, o comportamento da criança precisa de ser sério o suficiente para comprometer relacionamentos ou tarefas escolares.
Crianças com esse transtorno comumente:
· Discutem com adultos
· Perder a calma fácil e frequentemente
· Ignoram regras e instruções
· Irritam pessoas de proposito
· Culpam terceiros por seus próprios erros
· Parecem estar com raiva e ressentido
· Irritam-se com facilidade
· Não possuem boas habilidades sociais
No entanto, crianças com transtorno desafiador opositivo sabem a diferença entre certo e errado.
Comportamento desafiador opositivo costuma começar na idade pré-escolar. No entanto, ela pode não começam antes da escola fundamental ou, até mesmo, antes do ensino médio.
Como os médicos sabem se a criança tem transtorno desafiador opositivo?
Os médicos perguntarão sobre os sintomas e comportamentos da criança.
Os médicos se certificam de que a criança não tem outro problema capaz de causar sintomas semelhantes. Esses problemas incluem ansiedade, depressão ou TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade).
Como os médicos tratam o transtorno desafiador opositivo?
Os médicos tratam o transtorno desafiador opositivo com:
· Métodos de controle comportamental como uma disciplina firme e recompensas para bom comportamento. O terapeuta da criança pode ensinar a você e seus professores como usar esses métodos
· Às vezes, terapia de grupo com outras crianças para ajudá-las a melhorar suas habilidades sociais
· Às vezes, medicamentos
É importante tratar outros problemas de saúde mental, como TDAH ou problemas de família, que poderiam estar piorando o comportamento da criança.
TRANSTORNO DE CONDUTA
Um transtorno de conduta envolve um padrão repetitivo de comportamento que viola os direitos básicos de terceiros.
· Crianças com transtorno de conduta são egoístas e insensíveis aos sentimentos dos outros e podem assediar outras crianças, danificar propriedade, mentir ou furtar sem culpa.
· Os médicos baseiam o diagnóstico no histórico do comportamento da criança.
· Psicoterapia pode ajudar, mas afastar as crianças de um ambiente de risco e oferecer um ambiente rigidamente estruturado, como uma instituição de saúde mental, pode ser o tratamento mais eficaz.
O comportamento normal em crianças varia. Algumas crianças são mais bemcomportadas que outras. O transtorno de conduta é diagnosticado apenas quando a criança descumpre as regras e os direitos alheios de maneira repetida, persistente e não condizente com a idade da criança.
O transtorno de conduta em geral tem início no final da infância ou no começo da adolescência e é mais comum em meninos do que em meninas.
A hereditariedade e o ambiente provavelmente influenciam o desenvolvimento de um transtorno de conduta. A criança geralmente tem pais com um distúrbio da saúde mental, como transtorno por uso de substâncias, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, transtorno do humor, esquizofrenia ou transtorno de personalidade antissocial. No entanto, crianças de famílias saudáveis que funcionam bem também podem desenvolver transtorno de conduta.
Sintomas de transtorno de conduta
Em geral, a criança com um transtorno de conduta tem as seguintes características:
· Ela é egoísta.
· Ela não se relaciona bem com outras pessoas.
· Ela não tem um sentimento de culpa adequado.
· Ela é insensível aos sentimentos e ao bem-estar de terceiros.
· Ela tende a interpretar erroneamente o comportamento dos outros como ameaçador e reagir de maneira agressiva.
· Ela pode cometer bullying, fazer ameaças, brigar frequentemente.
· Ela pode ser cruel com animais.
· Ela pode danificar propriedade, especialmente causando incêndios.
· Ela pode mentir e furtar.
O transtorno de conduta tende a afetar meninos e meninas de maneira diferente. As meninas podem ser menos propensas a ser fisicamente agressivas. Em vez disso, elas normalmente fogem, mentem e, às vezes, se engajam em trabalhos sexuais. Os meninos tendem a brigar, furtar e vandalizar. Todas as pessoas com transtorno de conduta são propensas a fazer uso de substâncias ilícitas. (Consulte também Problemas de comportamento em adolescentes e Transtornos por uso de substâncias.)
A violação de regras é comum e inclui fugir de casa e cabular aula frequentemente. As crianças têm propensão a usar drogas ilícitas e ter dificuldade na escola. A ideação suicida pode ocorrer e ela precisa ser levada a sério para proteger a segurança da criança.
A criança com transtorno de conduta costuma ter outros transtornos, como depressão, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade ou um distúrbio de aprendizagem.
Aproximadamente dois terços das crianças interrompem os comportamentos impróprios antes de chegar à idade adulta. Quanto mais cedo surgir o transtorno de conduta, mais probabilidade existe de que ele continue. Caso o comportamento continue na idade adulta, a pessoa com frequência tem problemas com as autoridades, viola de maneira crônica os direitos alheios e é frequentemente diagnosticada com transtorno de personalidade antissocial. Alguns desses adultos desenvolvem transtornos do humor, de ansiedade ou outros distúrbios de saúde mental.
Diagnóstico de transtorno de conduta
· Uma consulta com um médico ou especialista em saúde comportamental
· Descrição do comportamento da criança (frequentemente por um dos pais ou professor)
O médico toma por base o comportamento da criança para diagnosticar o transtorno de conduta. Os sintomas ou o comportamento devem ser perturbadores o bastante para prejudicar o desempenho em relacionamentos, na escola ou no trabalho.
O ambiente social também é considerado. Caso haja má conduta como uma adaptação a um ambiente muito estressante (como uma área devastada pela guerra ou distúrbios sociais), isso não será considerado um transtorno de conduta.
O médico também tenta identificar outros distúrbios de saúde mental ou de aprendizagem que a criança possa ter.
Tratamento de transtorno de conduta
· Frequentemente, remover as crianças do ambiente de risco e movê-las para um contexto rigidamente estruturado
· Psicoterapia
O tratamento do transtorno de conduta é muito difícil, porque a criança ou adolescente com transtorno de conduta raramente percebe que há algo de errado com seu comportamento. Assim, brigar com as crianças e pedir para que elas se comportem melhor não ajuda e é algo que deve ser evitado. O tratamento mais bem-sucedido para crianças ou adolescentes com transtorno grave costuma ser afastá-los do ambiente de risco e oferecer um ambiente rigidamente estruturado, como uma instituição de saúde mental ou centro de detenção juvenil.
A psicoterapia pode melhorar a autoestima e o autocontrole da criança e, assim, permitir que ela consiga controlar melhor seu comportamento.
Se outros transtornos estiverem presentes, eles são tratados. Determinados medicamentos são eficazes até certo ponto, especialmente se a criança também tiver outros transtornos específicos, como o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade ou depressão. O tratamento de tais transtornos pode ajudar a diminuir os sintomas do transtorno de conduta. O tratamento mais útil para os distúrbios de aprendizagem é uma educação feita cuidadosamente sob medida para aquela criança.

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