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O que foi o Segundo Reinado? 
Entenda como foi o fim da monarquia no Brasil
Imperador aos 14 anos de idade, D. Pedro II permaneceu no poder por décadas. Mas foi destronado por causa das insatisfações de três grandes grupos da sociedade. Finalmente, um golpe de Estado o tirou do poder, fazendo-o deixar o país que amava.
O que foi o Segundo Reinado?
O Segundo Reinado foi o último período da monarquia no Brasil. Iniciou-se em 1840 com o Golpe da Maioridade e encerrou-se em 1889 com a Proclamação da República.
O imperador era D. Pedro II e ele permaneceu no poder por 49 anos. Durante este tempo, houve muitas mudanças e revoltas no país.
Estudar o como foi o Segundo Reinado é também estudar como foi a queda da monarquia no Brasil. Este período também é conhecido como Último Reinado e está intimamente ligado à Proclamação da República.
Resumo do Segundo Reinado
Principais características do Segundo Reinado:
· Em 23 de julho de 1840, D. Pedro II foi coroado imperador aos 14 anos de idade;
· A política brasileira era controlada pelo Partido Liberal e pelo Partido Conservador;
· O sistema político do Segundo Reinado ficou conhecido como parlamentarismo às avessas;
· O café foi estabelecido como o principal produto brasileiro;
· Entre 1840 e 1860, ocorreu a Era Mauá, um período de prosperidade brasileira;
· Em 13 de maio de 1888, pelas mãos da Princesa Isabel, foi assinada a Lei Áurea. Assim, ocorreu a abolição da escravatura;
· Entre 1864 e 1870, ocorreu a Guerra do Paraguai, o maior conflito da América Latina, no qual o Brasil estava envolvido;
· Em 15 de novembro de 1889, ocorreu a Proclamação da República por meio de um golpe dos militares positivistas.
O Segundo Reinado pode ser estudado separadamente em três momentos:
1. Consolidação (1840-1850): o imperador se estabelece no poder a seu modo, ainda buscando controlar as revoltas do Período Regencial;
2. Auge (1850-1865): o poder de D. Pedro II estava consolidado;
3. Declínio (1865-1889): surgem as contestações contra o imperador.
Mais detalhes de vários eventos deste período da história do Brasil Império serão abordados abaixo.
Contexto – O fim do Primeiro Reinado e a transição para D. Pedro II
D. Pedro I havia abdicado do trono brasileiro em 7 de abril de 1831. Voltou para Portugal a fim de vencer seu irmão D. Miguel e recuperar o trono português para sua filha, Maria da Glória.
Por esta razão, deixou no Brasil seu filho, Pedro de Alcântara, de apenas 5 anos de idade. Portanto, como ele não poderia governar por ser menor de idade, iniciou-se o Período Regencial.
Como foi o Período Regencial?
O tutor deixado por D. Pedro I para seu filho foi seu antigo mentor, amigo e ministro brasileiro: José Bonifácio. Ele se tornou responsável por ensinar a D. Pedro II os valores para governar bem.
Ensinava à sua maneira. O pequeno Pedro aprendia sobre botânica entre as plantas, sobre zoologia entre os animais e sobre astronomia no observatório. Bonifácio ensinava mesclando teoria e prática, levando seu aluno à experimentação.
Desde este período já era ensinado que o povo brasileiro era a liga de todas as raças, um povo mestiço.
D. Pedro II também aprendeu muitos idiomas. Foi ensinado a amar o conhecimento e a amar a terra onde tinha nascido, o Brasil.
Mesmo sendo um bom tutor, o método de Bonifácio não agradava a todos e alguns queriam retirá-lo de sua posição de regente. Membros da corte alegavam que ele criava D. Pedro II como se fosse um selvagem.
José Bonifácio também foi acusado de crimes políticos. Com acusações deste tipo, ele foi afastado do cargo de tutor. Ele resistiu, mas acabou sendo substituído. O novo tutor escolhido foi Manuel Inácio de Andrade Souto Maior, o marquês de Itanhaém.
Enquanto tudo isso acontecia, havia disputas entre o Partido Liberal e o Partido Conservador.
Política – Liberais e conservadores no Brasil Império
Para entender como foi o Segundo Reinado, é preciso compreender como se dava a disputa entre conservadores e liberais. Estes foram grupos formados durante a regência e se estenderam até mesmo quando ela terminou.
Antes de mais nada, os partidos naquela época não eram como são conhecidos hoje. O nome apenas diz respeito a um grupo de pessoas que seguia uma linha de pensamento semelhante para a política nacional.
· O Partido Liberal não queria um imperador com o poder concentrado em suas mãos. Preferia o poder concentrado em cada estado. Seus partidários eram conhecidos como os luzia;
· O Partido Conservador, por outro lado, queria o poder centralizado na figura do imperador. Seus partidários eram conhecidos como os saquarema.
Para os liberais, a monarquia era um ataque à liberdade.
Para os conservadores, a monarquia significava a defesa dessa mesma liberdade. Segundo eles, o poder concentrado nas mãos do imperador evitava que as oligarquias locais dominassem.
Apesar da descrição dessas diferenças, mesmo naquela época, percebia-se que os partidos não eram tão opostos e que as divergências eram menores do que aparentavam. Uma frase comum da época era a seguinte:
“Nada mais conservador que um liberal no poder”.
Outro aspecto importante da política do Segundo Reinado era o modo de funcionamento da monarquia.
O que foi o parlamentarismo às avessas?
O Brasil funcionava como uma monarquia parlamentarista. D. Pedro II implementou o parlamentarismo em 1847, mas ele tinha o poder de interferir na política sempre que quisesse e assim garantir seus interesses.
Ele mesmo era a personificação do poder moderador e podia interferir nos poderes legislativo, executivo e judiciário. Podia mudar o primeiro-ministro, caso não o agradasse. O mesmo podia ser feito em relação à câmara, que podia ser dissolvida.
Foi chamado de parlamentarismo às avessas porque na Inglaterra, por exemplo, o primeiro-ministro era o deputado do partido mais votado. No Brasil, o imperador o escolhia.
E as disputas não eram apenas verbais. Antes do Segundo Reinado, muitos conflitos ocorriam enquanto D. Pedro II era menor de idade.
Quais foram as principais revoltas no Período Regencial?
As principais revoltas foram:
· Cabanagem;
· Guerra dos Farrapos ou Farroupilha;
· Revolta dos Malês;
· Sabinada;
· Balaiada.
Estas revoltas foram o fruto de uma tentativa prematura de desagregar-se do império. Foram 9 anos com 10 pequenas guerras civis em diferentes regiões brasileiras.
Em 18 de setembro de 1835, no Rio Grande do Sul, as assembleias provinciais receberam mais poder e autonomia. Os responsáveis por isso foram os membros do Partido Liberal. Como se fortaleceram, resolveram não mais querer submeter-se ao Império do Brasil.
A isto somou-se o imposto sobre o chá. No parlamento, não havia representação dos riograndenses.
Para depor o presidente da província, alguns militares e civis atacaram Porto Alegre, porque queriam alguém a serviço dos interesses do Rio Grande do Sul.
Com esta falta de controle no território nacional, Diogo Feijó renunciou ao cargo de tutor. Foi substituído por um conservador: Araújo Lima. Em 1838, ele pôs fim às políticas que geraram as revoltas.
Para reduzir a instabilidade no país, era preciso retornar com uma figura central no poder.
O golpe da maioridade e o início do Segundo Reinado
Os liberais, ao perceberem que estavam perdendo espaço, promoveram o golpe da maioridade. Até mesmo os conservadores o aceitaram. Ambas as partes concordaram que o imperador era o verdadeiro símbolo da unidade da Pátria.
Em 18 de julho de 1841, ocorreu a coroação do novo Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil: D. Pedro II, com apenas 14 anos de idade. Houve aprovação popular e também do Congresso.
Embora o nome golpe esteja presente na maior parte dos livros de história, ele é impróprio, pois para ser um golpe propriamente dito, deveria ocorrer sem a aprovação do povo.
Entretanto, D. Pedro II ainda precisava amadurecer mais e casar-se com alguma princesa de uma família real europeia.
O Reino das Duas Sicílias lhe ofereceu a mão da Princesa Tereza Cristina. D. Pedro II aceitou e eles se casaram. O primeiro filho dos dois morreu prematuro. Na sequência tiveramuma menina. A nova herdeira era a Princesa Isabel.
Ainda assim o problema da Farroupilha persistia. Por isso, D. Pedro II enviou um de seus ministros para acabar com a revolução. Luiz Alves Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias, conseguiu. Atuou diplomaticamente ao conseguir a assinatura de tratados de paz.
O sucesso foi tão grande que a província do Sul, agora unificada, indicou Luiz Alves ao cargo de Senador.
Naquela época, o imperador escolhia apenas o primeiro-ministro (presidente do conselho de ministros). Era sua responsabilidade escolher os outros ministros entre liberais e conservadores.
Se D. Pedro II percebesse que o ministério não estivesse indo bem, poderia trocar o grupo. Foi este formato que garantiu que o Brasil não passasse por tiranias republicanas. Isto aconteceu em países vizinhos como Argentina, Peru, México e outros, onde muitos massacres ocorreram.
Revoltas do Segundo Reinado
Em relação ao período anterior, com D. Pedro II no poder, os conflitos internos foram menores. Algumas revoltas, no entanto, foram:
· A Revolução Praieira, 1848-1850, em Pernambuco;
· A Revolta dos Muckers, 1873-1874, no Rio Grande do Sul;
· A Revolta dos Quebra-Quilos, 1872-1877, no Nordeste.
As revoltas foram poucas e no Segundo Reinado houve crescimento econômico. Um nome, especialmente, foi o maior destaque.
Economia – A expansão cafeeira e a Era Mauá

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