Aulas 13 e 14

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(EF06HI02B) Analisar a importância das diferentes linguagens (visual, oral, escrita, audiovisual, material e imaterial) em diferentes sociedades e épocas.
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O conhecimento histórico é produzido por historiadores que examinam fontes materiais e imateriais autênticas, como documentos, artefatos ou relatos orais. Eles contextualizam (situam) essas fontes dentro de um período histórico, considerando sua autenticidade (se são verdadeiras), a credibilidade dos autores (se são confiáveis), além de buscar uma compreensão aprofundada dos acontecimentos. Durante esse processo, as informações produzidas pelos historiadores passam pela avaliação de outros historiadores e profissionais de diferentes áreas.
Ao analisar determinados acontecimentos históricos, os historiadores podem entrar em contato com uma série de fontes (documentos) materiais e imateriais que podem estar relacionados a um mesmo assunto. Cabe a eles estudar essas fontes e interpretá-las criticamente, buscando uma compreensão aprofundada dos eventos, inclusive do contexto em que as fontes foram criadas. 
	Fontes históricas materiais	Fontes históricas imateriais
	Monumentos arquitetônicos, como casas e prédios;
Sítios arqueológicos;
Objetos, como artefatos, documentos, pinturas, esculturas e mobiliário antigo.	Práticas culturais e rituais, como festivais e cerimônias religiosas;
Expressões orais; como línguas, contos e lendas;
Conhecimentos tradicionais;
Formas de expressão, como danças, músicas e artes cênicas; 
Celebrações, festividades etc.
(EF06HI02A) Identificar a importância das fontes históricas para a produção do saber histórico e analisar o significado das fontes que originaram determinadas formas de registro em sociedades e épocas distintas.
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O que é arqueologia?
É a ciência que se dedica ao estudo dos vestígios materiais deixados por sociedades humanas no passado. Esses vestígios incluem artefatos, estruturas, restos humanos e outros elementos que fornecem informações sobre cultura, tecnologia, organização social e atividades das civilizações antigas. A arqueologia utiliza métodos de escavação e análise para interpretar e reconstruir aspectos da história humana, contribuindo para a compreensão da evolução das sociedades ao longo do tempo. Os profissionais que trabalham nessa área chamam-se arqueólogos. 
Divisões da arqueologia
A arqueologia é uma disciplina ampla que abrange diversas áreas especializadas. Algumas delas incluem:
Arqueologia pré-histórica: concentra seus estudos em sociedades humanas que viveram antes do surgimento da escrita. Vale ressaltar que, apesar do termo “Pré-História” (antes da História) ser muito utilizado, ele não reflete exatamente essas sociedades, como estudamos anteriormente;
Arqueologia histórica: concentra seus estudos nas sociedades que desenvolveram formas de escrita. Ela cobre uma grande variedade temas e sociedades. Por exemplo, no continente americano, estuda a colonização europeia (quando os europeus chegaram ao continente);
Arqueologia clássica: dedica-se ao estudo de civilizações antigas, principalmente das sociedades gregas e romanas;
Arqueologia medieval: estuda as sociedades da Europa Medieval até meados do século XVI;
Arqueologia subaquática: analisa sítios arqueológicos submersos, como naufrágios e antigas cidades submersas;
Zooarqueologia: estuda restos de animais em sítios arqueológicos para entender as interações humanas com a fauna;
Arqueologia digital: faz uso de tecnologias digitais para documentação, análise e visualização de sítios arqueológicos históricos.
São locais onde encontramos vestígios da ocupação humana ao longo do tempo. Eles incluem, por exemplo, cidades antigas, locais de sepultamento, abrigo e habitação. Os sítios arqueológicos podem nos fornecer diversas informações sobre os seres humanos que habitaram esses locais. 
No Brasil, podemos destacar o sítio arqueológico encontrado no Parque da Serra da Capivara, no Piauí (PI).
Nele, podemos encontrar diversas pinturas rupestres (feitas em paredes, teto e outras superfícies) criadas pelos primeiros habitantes daquela região.
Dentre as diversas técnicas utilizadas pelos arqueólogos em suas pesquisas, podemos destacar:
Escavação arqueológica: remoção controlada de camadas de solo para revelar estruturas e artefatos enterrados. As áreas que serão escavadas são chamadas de quadrículas, onde os arqueólogos utilizam diversos instrumentos para esse trabalho, como pás, pincéis, espátulas etc.;
Datação por Carbono-14: método para determinar a idade de materiais orgânicos, como plantas e animais. Todos os seres vivos têm carbono em sua composição, incluindo um tipo chamado Carbono-14. Ele é absorvido pelas plantas, que servem de alimento para outros animais, incluindo os seres humanos. Quando um organismo morre, ele para de absorver Carbono-14, e o que resta, começa a se desintegrar. Assim, os cientistas calculam a saída de Carbono-14 (ou taxa de decaimento) para determinar há quanto tempo um organismo morreu. O limite para essa datação é de pouco mais de 50.000 anos. Para fósseis mais antigos, existem outras técnicas de medição;
Análise estratigráfica: Estudo das camadas do solo para entender a cronologia dos depósitos arqueológicos (quando eles foram depositados);
Estudo de artefatos: análise detalhada de objetos feitos pelos seres humanos para entender sua função, origem e contexto cultural;
Teledetecção ou sensoriamento remoto: uso de imagens feitas por satélites, drones, aviões, entre outros, para mapear e identificar características arqueológicas na superfície;
Fotogrametria e modelagem 3D: utilização de fotografias para criar modelos tridimensionais de sítios arqueológicos e artefatos.
Os arqueólogos passam o tempo todo em escavações?
Não. A escavação é apenas uma fase. Os arqueólogos passam boa parte do tempo estudando, analisando e escrevendo sobre os materiais encontrados.
Os arqueólogos procuram muitos tesouros valiosos?
A verdadeira riqueza está nas informações que os artefatos fornecem, sejam eles simples objetos de cerâmica, ossos, construções ou até mesmo objetos feitos com metais preciosos.
Os arqueólogos trabalham sozinhos?
Não. Eles trabalham com profissionais de diversas áreas.
Os arqueólogos se parecem com os personagens do cinema e dos jogos digitais?
Não. Nos filmes e jogos, eles podem parecer heróis em busca de perigos e aventuras, mas, na vida real, o trabalho é sério e a maior parte dele envolve pesquisas.
Os artefatos encontrados são do arqueólogo?
Não. Eles são parte do patrimônio cultural e, geralmente, são propriedade do local ou da comunidade onde foram descobertos.
Os arqueólogos estudam os dinossauros?
Não. Eles estudam os vestígios dos seres humanos. 
Os profissionais que estudam os dinossauros são os paleontólogos.
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