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09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps~… 1/25 PSICOLOGIA: PROCESSOS, APRENDIZAGEM EPSICOLOGIA: PROCESSOS, APRENDIZAGEM E INTELIGÊNCIAINTELIGÊNCIA MOTIVAÇÃO: TEORIAS, CONTRIBUIÇÕES EMOTIVAÇÃO: TEORIAS, CONTRIBUIÇÕES E IMPLICAÇÕESIMPLICAÇÕES Beatriz MachadoBeatriz Machado 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps~… 2/25 OLÁ! Você está na unidade Motivação: teorias, contribuições e implicações. Conheça aqui o conceito de motivação e suas implicações. Entenda os fundamentos teóricos que direcionam os trabalhos do pro�issional da educação, bem como a importância de conhecer as teorias das abordagens humanista, cognitiva, psicanalista e cultural; além disso, veja as questões relacionadas com a resolução de con�litos e tomada de decisão, bem como, as contribuições e implicações da motivação. A importância do conteúdo está em direcionar as aplicações na sua prática, para que você exerça a pro�issão de forma plena. Bons estudos! 1 Noções Preliminares Estudaremos, a partir de agora, a respeito da motivação e suas teorias, bem como da resolução de con�litos e tomadas de decisão e suas contribuições e implicações na prática pro�issional. O estudo é necessário para compreendermos esse que é um dos conceitos mais importantes e estudados na psicologia e na administração. A motivação está na base do funcionamento do comportamento humano, pois, sem ela ,não realizamos nenhuma atividade em todas as esferas da vida humana. Além de ser importante para o aspecto psicológico individual, conhecer a respeito da motivação é fundamental para promover o aumento da produtividade e da qualidade no trabalho. 1.1 Conceituação de motivação e o ciclo motivacional O conceito de motivação pode ser de�inido de várias formas, pois existem teorias que a estudam, portanto, cada uma tem uma maneira de compreender e agir. Porém, apesar de ser um dos conceitos mais estudados, é um processo psicológico não tão simples. De acordo com Aguiar (1992, p. 255): Para compreender a motivação no trabalho é necessário responder a algumas questões básicas que têm sido objeto de estudos por parte dos psicólogos. A primeira grande questão refere-se às causas pelas quais o organismo é ativado, ou seja, àquilo que leva os indivı́duos a agir, ao tentar responder a essa questão, procura-se identi�icar as condições que determinam a duração ou a persistência da ação do 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps~… 3/25 De acordo com o autor, o estudo da motivação envolve duas grandes questões: uma diz respeito às causas da ação, e a segunda está relacionada com a forma da ação e com a sua direção. Assim, podemos apreender que o estudo da motivação é complexo, devido à quantidade de variáveis que podem interferir ou in�luenciar na maneira de agir de uma pessoa. Vamos, agora, ver alguns conceitos de motivação, para que você possa compreender melhor a respeito desse processo mental tão complexo. Bergamini (1982, p. 109) a�irma que “o termo motivação é geralmente empregado como sinônimo de forças psicológicas, desejos, impulsos, instintos, necessidades, vontade, intenção etc. Todos esses termos têm, em conjunto, a conotação de movimento ou ação”. Slanova, Hontangas e Peiró (apud ZANELLI, 2004, p. 146) explicam que motivação “pode ser de�inida como uma ação dirigida a objetivos, sendo autorregulada, biológica ou cognitivamente, persistente no tempo e ativada por um conjunto de necessidades, emoções, valores, metas e expectativas”. A partir dos conceitos apresentados, podemos a�irmar que a motivação é uma ação dirigida para uma atividade, ou seja, o comportamento é causado, motivado e orientado para objetivos (CHIAVENATO, 2002). De acordo com Chiavenato (2002, p. 81), “se as suposições forem corretas, o comportamento não é espontâneo e nem isento de �inalidade: sempre haverá algum objetivo implı́cito ou explı́cito para explicá-lo”. O processo, ao que tudo indica, é o mesmo, entretanto, o resultado poderá variar inde�initivamente, pois depende da percepção do estı́mulo que varia conforme a pessoa (e, na mesma pessoa, conforme o tempo), as necessidades (que também, variam conforme a pessoa) e a cognição de cada pessoa (CHIAVENATO, 2002). indivı́duo, assim como as condições que o levam a interromper sua atividade ou ação. Outra questão fundamental para a compreensão da motivação refere-se à forma da ação e à sua direção. Para responder a essa questão é necessário identi�icar as condições que determinam a forma das atividades. E� preciso saber por que o indivı́duo escolherá determinada forma de agir, ou por que se move em determinada direção e não em outra. 1.2 Ciclo motivacional: conceito e etapas A motivação está composta por etapas numa sequência pré-determinada, e que depende se foi ou não atingida a meta individual. Para �icar mais claro apresentamos um esquema do ciclo motivacional, para, depois, explicarmos melhor sobre cada etapa. 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps~… 4/25 #PraCegoVer: na �igura, apresentamos um esquema do ciclo motivacional, na sequência linear das sete etapas do ciclo, e embaixo das etapas tem uma seta que vai da última para primeira etapa. A �igura mostra que o início do ciclo se dá com o surgimento de uma necessidade, ou seja, existe uma força que provoca o comportamento. A consequência é o desequilíbrio interno, ou uma tensão e esse desconforto, leva a pessoa a agir, ou realizar um comportamento, com o qual seja capaz de reduzir a tensão. Caso o comportamento atinja o seu objetivo, a pessoa encontrará a satisfação da necessidade. Com a necessidade seja satisfeita, o organismo retorna ao estado inicial de equilíbrio interno. Quando o ciclo se inicia, mas, ao �inal, tem-se a frustração da necessidade, Figura 1 - As Etapas do Ciclo Motivacional, envolvendo a satisfação de uma Necessidade Fonte: CHIAVENATO, 2002 (Adaptada). [...] a tensão provocada pelo surgimento da necessidade encontra uma barreira ou um obstáculo para a sua liberação. Não encontrando saı́da normal, a tensão represada no organismo procura um meio indireto de saı́da, por via psicológica (agressividade, 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps~… 5/25 Quando o ciclo termina com a insatisfação, isso gera frustração na pessoa e pode conduzir a novas metas. Ou seja, pode acontecer, de essa energia ser transferida ou compensada. Conforme Chiavenato (2002): Portanto, é claro como pode acontecer a transferência ou compensação na situação da frustração de um comportamento, e o redirecionamento de forma positiva auxilia a pessoa a compensar a sua frustração. Entretanto, devemos tomar cuidado para que esse mecanismo não vire algum transtorno mental, devido ao surgimento de uma compensação, que se torna frequente quando o indivı́duo se frustra. Por exemplo, comer doces sempre que se sentir frustrado por algum motivo pode conduzir a obesidade, e ela, ao transtorno alimentar. A compreensão do mecanismo do ciclo motivacional é importante para saber que “a satisfação de algumas necessidades é temporal e passageira, ou seja, a motivação humana é cı́clica: o comportamento é quase um processo contı́nuo de resolução de problemas e de satisfação de necessidades, à medida que vão surgindo” (CHIAVENATO, 2002, p. 82). A motivação é um mecanismo necessário para que aconteçaa adaptação ao meio ambiente, criando ações para ajudar a uma nova realidade ou necessidade; e isso é algo que irá perdurar até o �im da vida de uma pessoa. Quando o indivı́duo �ica desmotivado por algum motivo, ele deve procurar algo que possa retomar a motivação, ou procurar ajuda pro�issional, para veri�icar o que está impedindo a sua necessidade de realizar alguma ação. descontentamento, tensão emocional, apatia, indiferença etc.) seja por via �isiológica (tensão nervosa, insônia, repercussões cardı́acas ou digestivas etc.). (CHIAVENATO, 2002, p. 82) Isto se dá quando a satisfação de uma outra necessidade reduz ou aplaca a intensidade de uma necessidade que não pode ser satisfeita, como indicamos[...]. E� o que acontece quando o motivo de uma promoção para um cargo superior é contornado por um bom aumento de salário ou por uma nova sala de trabalho. (CHIAVENATO, 2002, p. 82) 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps~… 6/25 Compreender o ciclo motivacional é importante para os pro�issionais de todas as áreas, para que tenham condições de aumentar o seu próprio desempenho. E� fundamental também para que os pro�issionais que lidam com a escola e as empresas elaborarem estratégias para aumentar a motivação e construam mecanismos de redirecionamento da frustração. 2 Teorias da motivação Já comentamos, anteriormente, que a motivação pode ser vista sob várias formas de compreensão, ou seja, há várias teorias que a explicam, de acordo com sua respectiva proposta. Analisaremos, a partir de agora, algumas das abordagens, suas propostas e seus precursores. 2.1 Abordagem humanista: Elton Mayo (1880-1949) Elton Mayo foi um cientista social, australiano, considerado o fundador da teoria das relações humanas, a partir dos seus estudos realizados na Empresa Western Eletric Company no perı́odo de 1927-1932. A pesquisa de Mayo revolucionou a gestão de empresas, pois tornou a administração mais humana e democrática e mostrou a importância das relações humanas in�luenciam nas organizações. Tal constatação colocou em xeque os principais postulados da teoria clássica da administração. O estudo de Mayo tinha como intenção estudar os efeitos das condições fı́sicas dos trabalhadores à produtividade, ou seja, o quando a exaustão era responsável por uma diminuição signi�icante (ou não) sobre a produção de uma empresa. A experiência encabeçada por Elton Mayo também tinha como objetivo desvendar e pesquisar a fundo o motivo dos constantes con�litos entre trabalhadores e os empregadores, além disso, veri�icar a questão do alcoolismo, tédio e outras situações que eram comuns e di�icultavam o convı́vio. (ELAINA, 2013, on-line) 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps~… 7/25 O estudo foi dividido em três etapas e Mayo deu alguns pontos das caracterı́sticas na sua teoria (ELAINA, 2013, on-line): A partir dessas caracterı́sticas, é possı́vel perceber que o ponto forte está nas relações entre os elementos dos grupos, ou seja, o grupo passa a ser a referência do trabalhador sobre o seu desempenho; entretanto, o clima deve ser sempre positivo para os seus integrantes. Portanto, a motivação está na relação humana, não na recompensa econômica, e, por isso, a ênfase na estrutura e nas tarefas foi substituı́da pela ênfase nas pessoas. Segundo Lima e Mendes (2002): Se uma pessoa sofre com algum desarranjo social, a capacidade fı́sica não terá e�iciência. O grupo é o maior incentivador do comportamento de um indivı́duo. O respeito acaba sendo perdido quando o trabalhador produzir abaixo ou acima da média. Criam as suas próprias regras. São as atitudes que se desenvolvem no convı́vio de pessoas e grupos. Os trabalhos cansativos, e até mesmo os simples, acabam se tornando desgastantes e monótonos, diminuindo a produção. Organização informal. Nível de produção é resultado da integração social Comportamento social dos indivíduos Recompensas ou punições sociais Grupos informais Relações Humanas Importância do conteúdo do cargo Ênfase nos aspectos emocionais 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps~… 8/25 A pesquisa mostrou que “o nı́vel de produção é determinado pela expectativa do grupo, pelos benefı́cios cedidos pela organização, como intervalos de descanso e refeições durante esses e sábado livres. Os trabalhadores esperavam ser conhecidos, compreendidos e aceitos e produziam mais quando estavam entre seu grupo informal”. (DANTAS, 2020, on-line, grifo nosso) A motivação, na teoria de May,o está na ênfase atribuı́da às relações sociais, que são motivadoras. Portanto, é necessário sempre ter conhecimento das relações sociais de uma pessoa, pois são fundamentais (BEFFA, 2009). O trabalho de Mayo contribuiu para inserir a visão das relações humanas nas organizações, e indicou que não apenas o salário pode determinar a satisfação do colaborador. Além disso, abriu novos caminhos para as pesquisas voltadas para os estudos das pessoas nas organizações. A natureza do ser humano como ‘’homo social’’ substituiu a concepção de ‘’homo economicus’’, ou seja, as pessoas são motivadas e incentivadas por estı́mulos �inanceiros. Dentre os autores que agregaram referencial teórico à abordagem humanista no sentido das relações sociais e psicológicas podem ser citados: Mary Parker Follet (1868-1933), George Elton Mayo (1880-1949), Kurt Lewin (1890-1947), Hebert Alexander Simon (1945), Abraham H. Maslow (1908-1970), Frederick Herzberg (1959) e Douglas M. McGregor (1960). (LIMA; MENDES, 2002, on-line). 1.2 Abordagem cognitiva: Kurt Lewin (1890-1947) Kurt Lewin foi um psicólogo social alemão, radicado nos Estados Unidos, onde exerceu suas atividades pro�issionais. Ele foi um dos cognitivistas que mais trouxe contribuição ao estudo da motivação. 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps~… 9/25 #PraCegoVer: a �igura mostra um desenho do rosto de Kurt Lewin. Segundo Aguiar (1992): Logo, de acordo com Lewin, a motivação da pessoa na tomada de decisão depende dos eventos existentes no momento no qual acontece o comportamento. Assim, a percepção irá in�luenciar no pensamento e na escolha da decisão. As abordagens cognitivas da motivação consideram Figura 2 - Kurt Lewin Fonte: Natata, Shutterstock, 2020. Para ele, a escolha feita por uma pessoa em determinada situação é ocasionada pelos motivos e cognições próprios do momento em que faz essa escolha. O comportamento é visto como algo dependente de eventos que existem para o indivı́duo no momento em que o comportamento ocorre. (AGUIAR, 1991, p. 256) 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps… 10/25 Portanto, para essa teoria, a motivação está relacionada com os pensamentos das pessoas a respeito dos seus objetivos e de suas expectativas. Portanto, na abordagem cognitiva da motivação, existe a in�luência nos processos de pensamento, como memória, processamento de informações, raciocı́nio, julgamento e tomada de decisão. Esses processos são importantes para os fenômenos sociais, como autoavaliação, percepção pessoal, criação de estereótipos, persuasão e comunicação. Os motivos pelos quais uma pessoa age, estão vinculados com os processos mentais da pessoa e por consequência, atingem os fenômenos sociais. O fato de os fenômenos sociais in�luenciarem a pessoa no momento de uma tomada de decisão, pode trazerboas consequências ou não, dependendo da percepção a respeito da situação na qual ela tomou uma decisão. E� necessário estudar a in�luência da motivação, porque ela explica os erros e os preconceitos na maneira como as pessoas fazem julgamentos sociais. Dessa forma, pode apresentar ideias sobre como contrabalancear os efeitos negativos. Outro ponto importante dessa abordagem teórica é que existe uma distinção entre motivação intrínseca e extrínseca. De acordo com Feldman (2015) diferenciadas segundo Feldman (2015) [...] que a motivação é produto dos pensamentos, das expectativas e dos objetivos das pessoas – suas cognições. Por exemplo, o grau em que as pessoas são motivadas a estudar para um teste está baseado em sua expectativa acerca do quanto estudar valerá a pena em termos de uma boa nota. (FELDMAN, 2015, p. 291) A motivação intrı́nseca leva-nos a participar de uma atividade para nosso prazer em vez de por alguma recompensa concreta tangı́vel que ela nos trará. Em contraste, a motivação extrı́nseca leva-nos a agir por dinheiro, uma nota ou alguma outra recompensa concreta tangı́vel. Por exemplo, quando uma médica trabalha durante muitas horas porque ama a medicina, a motivação intrı́nseca está 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps~… 11/25 O autor mostra a necessidade de saber diferenciar as duas motivações, pois existe a tendência de as pessoas serem mais perseverantes, se dedicarem mais arduamente e obterem desempenhos melhores quando a motivação da tarefa é intrínseca. Segundo Zanelli (2004, p. 155), “[...] é a percepção de que a causa da ação se encontra no exterior ou no interior da pessoa que responde pelo nı́vel de motivação para a realização desta ação”. Esse ponto, é uma controvérsia dessa abordagem, pois, nas organizações, poderia haver má interpretação devido à questão de se investir em recompensas intrı́nsecas e não considerar as recompensas extrı́nsecas, como aumento salarial, promoções etc. estimulando-a; se ela trabalhar para ganhar muito dinheiro, a motivação extrı́nseca está subjacente a seus esforços. (FELDMAN, 2015, p. 292) 1.3 Abordagem Psicanalista: Sigmund Freud (1856-1939) O precursor da abordagem psicanalítica foi o médico vienense Sigmund Freud A teoria psicanalı́tica teve origem na área da medicina e, mais tarde, foi encampada pela psicologia, para explicar as emoções humanas. [...] que alterou, radicalmente, o modo de pensar a vida psı́quica. Sua contribuição é compatı́vel à de Karl Marx na compreensão dos processos históricos sociais. Freud ousou colocar os ‘processos misteriosos’ do psiquismo, suas ‘regiões obscuras’, isto é, as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, a interioridade do homem, como problemas cientı́�icos. A investigação sistemática desses problemas levou Freud à criação da Psicanálise. (BOCK, 1999, p .70, grifo nosso) 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps… 12/25 #PraCegoVer: a �igura mostra uma foto antiga de Sigmund Freud, tirada em 1885, quando ele estudava para ser psiquiatra, no Hospital Geral de Viena. A compreensão da motivação, para Freud, tem a base conceitual da sua teoria, que começou a estudar Figura 3 - Sigmund Freud Fonte: Everett Historical, Shutterstock, 2020. [...] os instintos que fornecem energia e a queima dessa energia, ou a transferência da referida energia para outra área. Veri�icaram-se a ansiedade e o medo, a importância do inconsciente, como depósito de velhas lembranças ou experiências. Acreditou nos mecanismos de defesa, criados pela pessoa para continuar sobrevivendo, não sofrer ou apenas minorar a dor. Houve a preocupação de explicar a formação da personalidade, quando o Id representa a libido, o Clique para abrir a imagem no tamanho original 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps… 13/25 A construção teórica realizada por Freud tinha a energia libidinal como eixo central e, dessa compreensão, conseguia organizar a formação da personalidade, os mecanismos de defesa, o desenvolvimento psicossexual infantil e as origens das neuroses e demais quadros de transtornos mentais. Segundo Aguiar (1992), Os instintos, na teoria freudiana são energias e, portanto, devem ser liberados para atingir certos objetivos que permitam a liberação dessa energia. A teoria tem como base o determinismo biológico, pois os instintos são herdados e determinam o comportamento. Portanto, a fonte do comportamento humano é a energia libidinal. Freud também acreditava que nem todas as motivações das ações humanas fossem conscientes. “Ao relacionar a motivação do comportamento humano com os instintos, ele mostra que nem sempre as pessoas estão conscientes das motivações de suas ações, muitas vezes comandadas pela necessidade de liberação de satisfação dos instintos” (AGUIAR, 1992, p. 257). Dessa maneira, as pessoas tomam muitas atitudes e nem sempre sabem pelo que foram motivadas. As experiências passadas são importantes na motivação do comportamento humano, pois o adulto é dependente das experiências vividas na infância, além dos instintos como força propulsora do comportamento. instinto; o superego fornece as normas sociais adequadas e o ego estabelece a equilibração necessária e su�iciente. (FRANSCISO FILHO, 2002, p. 22-23) [...] a motivação de forma dinâmica, pressupondo forças internas que direcionam o comportamento. Segundo Freud, as forças internas que motivam o comportamento humano são representadas pelos instintos, que fornecem uma fonte contı́nua e �ixa de estimulação (ID). Os instintos visam a objetivos próprios, mas que podem ser modi�icados. Para ele, os seres humanos podem derivar diferentes motivações de um motivo original. (AGUIAR, 1992, p. 256) 2.4 Abordagem cultural 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps… 14/25 A abordagem cultural está relacionada com a interação do homem com o seu meio e o seu desenvolvimento. Para compreender essa abordagem, é necessário ter uma visão da organização como contexto social e do desenvolvimento cognitivo. O contexto organizacional (escolas/empresas) deve ter uma visão sobre os seus colaboradores (professores/funcionários) como um processo de interação entre as pessoas e o seu meio ambiente, bem como o processo do desenvolvimento cognitivo no sentido da sua maturidade psı́quica dos seus membros. Sobre a questão cultural, temos duas situações: a cultura e os fatores de hereditariedade/meio ambiente. A cultura, A cultura é dinâmica e não tem condições de interferir nas caracterı́sticas individuais, que também, recebem determinações da genética. Porém, apesar de todos os mecanismos de padronização e de conformismo que adota, não é uma força estática e com poder su�iciente para eliminar as diferenças individuais. A cultura é, por natureza, são hereditariamente diferentes. Não existem na sociedade indivı́duos com hereditariedade genética exatamente igual [...]. A interação dos fatores hereditariedade e meio, porém, não se processa da mesma maneira para todos os indivı́duos de uma mesma cultura. Ao contrário, essa interação assume formas peculiares a cada indivı́duo e constitui outro fator de desenvolvimento de caracterı́sticas psicológicas diferentes. (AGUIAR, 1992, p. 185) [...] as diferenças individuais levam a maneiras diferentes de perceber e de se conformar com os valores e normas culturais. A� medida que os indivı́duos exercem diferentes papéis na sociedade à qual pertencem, �iliando-se a diferentes organizações sociais, a09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps… 15/25 A interferência da cultura dependerá também, dos papéis sociais assumidos pelas pessoas e organizações que frequentará. Então, a cultura interfere, sim, nas in�luências genéticas. Sobre o desenvolvimento cognitivo, de acordo com Piaget, A interação entre as pessoas e as organizações pode ser uma fonte de reorientação na forma de pensar e agir, isso in�luenciará nas atitudes que os indivı́duos tomarão durante a sua vida. De acordo com Tamayo; Paschoal (2003), recentemente, própria sociedade passa a exercer sua in�luência de maneira diversi�icada. As demandas ou in�luências sobre seus membros são especı́�icas dos papéis que exercem. (AGUIAR, 1992, p. 185) [...] nem todos os indivı́duos atingem o nı́vel mais complexo e elaborado do sistema cognitivo [...]. Acentua que o desenvolvimento cognitivo é resultante de uma ação do indivı́duo no seu meio social. As organizações podem, portanto, controlar o desenvolvimento cognitivo de seus membros, à medida que selecionam as ações do indivı́duo e as orientam numa dada direção desejada por ela. (PIAGET, 1972 apud AGUIAR, 1992, p. 175) Erez, Kleinbeck e Thierry (2001) mostraram que a motivação para o trabalho deve ser analisada nos nı́veis individual, grupal, organizacional e mesmo cultural. Com a abordagem multinı́vel, a motivação no trabalho pode ser de�inida e analisada no nı́vel do indivı́duo, das equipes, dos grupos ou setores organizacionais e da organização como um todo, compreendendo assim os nı́veis micro, 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps… 16/25 A abordagem cultural, portanto, compreende que a motivação para o trabalho deve ser feita nos diversos nı́veis: micro, meso e macro. Isso se deve a necessidade de melhorar o desempenho das equipes nas diversas organizações. Isso decorre na mudança da forma de produção, que agora é em ilha, ou seja, o trabalho deve ser realizado em equipes. meso e macro. Cada vez mais nas organizações, executam-se muitas tarefas em equipe. A distribuição das tarefas em equipes muda a unidade de responsabilidade pela execução do trabalho do indivı́duo para a equipe, introduzindo uma série de processos que não existem no nı́vel individual, tais como cooperação, coordenação e con�lito, mas que são altamente relevantes para o desempenho da. Atualmente, mais do que nunca, a efetividade organizacional depende de pessoas que trabalham em equipe. (TAMAYO; PASCHOAL, 2003, p. 40) Assista aí 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps… 17/25 3 Conflitos: eis a questão A partir de agora, analisaremos situações que acontecem de maneira constante no dia a dia das pessoas e das empresas: os con�litos. Eles sempre devem ser resolvidos e, por isso, disponibilizaremos, agora, informações que possam auxiliar pessoas e organizações a solucionarem situações de tensão interna ou externa. #PraCegoVer: a �igura mostra duas mulheres discutindo com um homem com a mão na cabeça, ao fundo um relógio na parede e uma pequena estante com pastas de escritório. Figura 4 - Resolução de Con�litos Fonte: Mast3r, Dreamstime, 2020. 3.1 Conflitos: maneiras de solucionar O con�lito faz parte do dia a dia das pessoas e das organizações, ou seja, se houver “pelo menos mais de uma pessoa, existe a probabilidade de surgirem con�litos, de�inidos como uma divergência de interesses ou de opinião” (BARROS NETO, 2001, p. 66). Não há fórmula mágica para lidar com os con�litos, mas é fundamental compreender suas dinâmicas e variáveis, “para alcançar um diagnóstico razoável da situação, o qual servirá de base para qualquer plano e tipo de ação” (MOSCOVICI, 1997, p. 146). Dessa maneira, para a resolução do con�lito é necessário fazermos o levantamento da situação e as variáveis envolvidas e, assim, conseguirmos elaborar um plano ou ação para resolvê-lo. 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps… 18/25 De acordo com Schmidt e Tannenbaum (apud MOSCOVICI, 1997, p. 146) “na diagnose do con�lito, três conjuntos de variáveis precisam ser considerados e examinados: a natureza das diferenças, os fatores subjacentes e o estágio da evolução”. Portanto, para se chegar ao que está acontecendo, é importante que a pessoa saiba a natureza das diferenças, quais fatores estão subjacentes e o estágio da evolução do con�lito. Conhecer tais variáveis permitirá uma análise melhor para lidarmos com o con�lito, é oportuno dizer que o con�lito é inevitável na vida das pessoas e das organizações. Portanto, algumas situações serão menos complexas para lidar, e outras demandarão mais tempo e uma análise mais aprofundada. Assim, devemos entender que as pessoas e os lı́deres deverão apenas aprender a gerenciar de maneira satisfatória essas situações, pois não se luta contra o impossı́vel (BARROS FILHO, 2001). Assim, há algumas maneiras para tentarmos solucionar os con�litos, segundo Barros Filho (2001, p. 66): Com base no exposto, percebemos que são muitas as possiblidades de solucionar problemas, porém, para realmente solucioná-los, é necessário conhecer a situação de con�lito, veri�icar as variáveis que estão interferindo e escolher a forma que seja mais indicada para ser aplicada. Para se chegar no resultado satisfatório, a pessoa tem de compreender todos os lados da situação e, com base no que foi levantado, decidir. Lembramos que o diálogo sempre é necessário, mesmo que muitas vezes seja o caminho mais demorado. O importante é compreender que os con�litos fazem parte do relacionamento humano e devem ser vistos como algo produtivo, pois são eles que permitem o surgimento de novas ideias, soluções alternativas e novos métodos de trabalho etc. (BARROS FILHO, 2001). Imposição Quando o mais forte impõe o seu ponto de vista ao mais fraco, que aceita por medo ou receio. Observa-se que é um método autoritário que não resolve o con�lito, mas apenas o acoberta ou o mantém em situação suspensa por um perı́odo, após o qual pode ressurgir com força redobrada. Barganha E� uma troca de interesses, na qual cada lado concorda em fazer algumas concessões. Mais uma vez o con�lito não é resolvido, mas apenas suavizado, pois os interesses continuam sendo em parte contrariados. Essa situação é comum quando há um equilı́brio de forças entre os contendores. Abstenção Ignora-se o problema com a crença de que ele desaparecerá. Há diferentes nı́veis de abstenção: falta de atenção, separação parcial das partes envolvidas e separação total dos envolvidos no con�lito. Por abrandamento Começa com o reconhecimento de que há um problema, mas a ênfase da administração é na paz e harmonia, ressaltando as similaridades e “diminuindo” as diferenças, procurando criar um consenso. Confronto As causas do con�lito são consideradas, enfatizando as metas da organização visando um clima de entendimento mútuo. Há troca de pessoal para que um grupo entenda a posição e os padrões do outro, além de criar um desejo real de resolver. Integração E� a única forma de resolver completamente um con�lito e só pode acontecer quando todas as partes envolvidas têm maturidade su�iciente para agir com lealdade, sinceridade e transparência na busca conjunta de uma solução inovadora que atenda plenamente as expectativas de todos, mesmo que para isso seja necessário alterar as regras do jogo. 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps…19/25 Assista aí 4 Tomada de decisão: definir o caminho A tomada de decisão seja pessoal ou organizacional (escola/empresa) não é um processo muito simples de ser realizado devido a quantidade de variáveis que podem estar interferindo na situação e há também as que estão in�luenciam as pessoas que fazem parte da tomada de decisão. Dessa maneira, conforme Bártolo (2012): Tomar decisões é uma tarefa complexa e que nem sempre está ao alcance de qualquer pessoa, na medida em que são vários os fatores, circunstâncias e causas que estão na origem de uma dada situação, que é necessário conhecer e resolver. Uma das condições para se tomar uma decisão é 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps… 20/25 Portanto, a palavra chave para chegar a uma decisão é conhecer, pois, com as informações em mãos, dominando os processos e sabendo escolher a técnica a ser aplicada, torna-se menos difı́cil escolher a melhor decisão naquele momento. #PraCegoVer: Na �igura, é apresentado um esquema, em forma de losango, com uma interrogação dentro dele. No vértice superior, há uma seta apontando para dentro do losango. No vértice direito, uma seta aponta para a palavra “Não”, fora do losango. No vértice inferior, uma seta aponta para a palavra “Talvez”, fora do losango. No vértice esquerdo, uma seta aponta para a palavra “Sim”, fora do losango. dominar, ainda que minimamente, o respetivo processo e depois as respetivas técnicas a aplicar na resolução do problema, con�lito ou situação. (BA� RTOLO, 2012, on-line) Figura 5 - Tomada de decisão Fonte: JohnKwan, Shutterstock, 2020. 4.1 Elementos da tomada de decisão De acordo com Chiavenato (2000, p. 269) a tomada de decisão envolve seis elementos. 1. Tomador de decisão E� uma pessoa que faz uma escolha ou opção entre várias alternativas futuras de ação. 2. Objetivos São os objetivos que o tomador de decisão pretende alcançar com suas ações. 3. Preferências 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps… 21/25 São os critérios que o tomador de decisão usa para fazer sua escolha. 4. Estratégia E� o curso de ação que o tomador de decisão escolhe para atingir seus objetivos. O curso de ação é o caminho escolhido e depende dos recursos de que pode dispor. 5. Situação São os aspectos do ambiente que envolve o tomador de decisão, alguns deles fora do seu controle, conhecimento ou compreensão e que afetam sua escolha. 6. Resultado E� a consequência ou resultante de uma dada estratégia. O tomador de decisão deve fazer a escolha de maneira racional (adequação de meios �ins) apenas a respeito dos aspectos da situação que conseguem conhecer e interpretar (CHIAVENATO, 2000). A tomada de decisão envolve a necessidade da racionalidade e da sensibilidade do tomador de decisão em compreender os aspectos técnicos, contextuais e humanos da solução, pois, se não tomar cuidado, acabará escolhendo a solução que causa mais danos do que o problema inicial. 4.2 Etapas do processo de decisão A tomada de decisão pode ser dividida em etapas para facilitar a realização dessa atividade. Entretanto, depende também das seguintes variáveis: caracterı́sticas de personalidade do tomador de decisões, situação em questão e forma com a qual ele percebe e entende a situação. Diante dessas variáveis, a escolha da solução acontecerá, mas, antes da solução �inal, é possı́vel que o tomador de decisões utilize as seguintes etapas (CHIAVENATO, 2000, p. 269-270): 1. Percepção da situação que envolve algum problema. 2. Análise e de�inição do problema. 3. De�inição dos objetivos. 4. Procura de alternativas de solução ou de cursos de ação. 5. Escolha (seleção) da alternativa adequada ao alcance dos objetivos. 6. Avaliação e comparação das alternativas. 7. Implementação da alternativa escolhida. 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps… 22/25 As sete etapas auxiliam na busca da solução em ao mesmo tempo, agilizam a organização do pensamento, para que se chegue a uma solução mais adequada. Lembre-se de o processo envolve muito a subjetividade de quem toma as decisões, pois existem algumas condicionantes, como racionalidade limitada, imperfeição das decisões, relatividade das decisões, hierarquização das decisões, racionalidade administrativa, in�luencia organizacional, divisão de tarefas, padrões de desempenho, sistemas de autoridade, canais de comunicação, treinamento e doutrinação (CHIAVENATO, 2000, p. 270-271). Portanto, percebemos que o processo não é simples e envolve muito foco e atenção do tomador de decisão, que deve ter internalizados os processos e, além disso, possuir conhecimento de si mesmo para compreender os seus mecanismos de funcionamento, a �im de que eles não inter�iram demasiadamente no processo lógico. Encontrar o ponto de equilíbrio entre racionalidade e emoção é uma arte do tomador de decisão. Assista aí 5 Relação entre os processos psicológicos estudados: 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps… 23/25 contribuições e implicações Analisaremos, agora, a relação entre os aspectos psicológicos envolvidos na motivação, solução de con�litos e tomada de decisão, pois é necessário entender o que acontece ao longo desses processos para se chegar às melhores condições para realizar as atividades solicitadas. E� importante que as pessoas, especialmente os gestores, procurem desenvolver habilidades e criar condições adequadas por meio das quais possam criar estratégias que estejam direcionadas para o aumento da motivação, em si e no outro, bem como às ações que envolvam con�litos e decisões. 5.1 As contribuições dos processos psicológicos relacionados com a motivação, conflitos e tomada de decisão A pessoa/gestor, ao se ver diante da necessidade de estimular a motivação em si e nos outros, resolver con�litos e realizar tomadas de decisão nos processos fazem uso dos processos psicológicos e esses in�luenciam na forma da condução e resultados obtidos. Segundo Pearson Clinical (2020, on-line) Todas as atividades humanas são decorrentes dos aspectos neuropsicológicos, os quais englobam aspectos cognitivos e emocionais. Não apenas no caso da tomada de decisão, pois esses aspectos também servem de modelo para entender a criação de estratégias voltadas para a motivação e resolução de con�litos. Assim, o entendimento dos processos psicológicos para a tomada de decisão tem como base a questão neuropsicológica, de experiências passadas que se assemelham à atual, pelos resultados pretendidos e pelo tempo necessário para obter esses resultados. A contribuição dos estudos a respeito da motivação, con�litos e decisão possibilitam entender o processo e, a partir de então, elaborar estratégias que permitam ações efetivas para o bom resultado diante das situações nas quais sejam aplicadas tal conhecimento. [...] a tomada de decisão se refere a um processo cognitivo de escolha que envolve análises emocionais e racionais de nossas experiências passadas, considerando riscos e suas implicações para o presente e para o futuro (Bechara, Damásio, Tranel, & Damásio, 1997). Neste sentido, ao tomarmos uma decisão, analisamos distintos aspectos de cada escolha em relação aos possı́veis resultados �inais, sendo tais aspectos a valência dos resultados (ganho ou perda), sua magnitude (grande ou pequena), o tempo para ter o resultado esperado (postergado ou imediato) e a probabilidade de o resultado acontecer (alta ou baixa). 09/05/2023,16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps… 24/25 A motivação, como vimos, é um processo sobre o qual existem muitos estudos e escolas teóricas. Entretanto, a cada ocasião na qual seja solicitada a aplicação das estratégias, deve-se conhecer bem cada situação, pois haverá variáveis novas que a in�luenciam. Portanto, o conhecimento deve ser adaptado a cada nova situação. 5.2 Implicações dos processos psicológicos que envolvem a motivação, conflitos e tomada de decisão A implicação dos processos psicológicos envolvidos nos processos de motivação, con�litos e decisão está na compreensão do funcionamento desse evento e de como lidar com os aspectos cognitivos e emocionais da pessoa ou pro�issional envolvido. Por meio dos conhecimentos repassados sobre os processos, podemos depreender que todos são complexos, mas que existem procedimentos que podem ser utilizados para conseguirmos trabalhar aumentando a efetividade dos programas de motivacionais individuais ou nas organizações (escola/empresa). Ao mesmo tempo, devemos considerar as caracterı́sticas especı́�icas de cada pessoa/organização em um determinado espaço de tempo e espaço geográ�ico. Para resolver con�litos, por serem inerentes às relações interpessoais, é importante que se tenha, além do conhecimento a respeito da causa do con�lito, capacidade de elaborar orientações ou ações, para que as pessoas, sozinhas ou em grupos, consigam resolver os problemas de maneira integrada e com consenso entre os envolvidos. A tomada de decisão, que é a escolha de uma alternativa de resolução ou caminho que se siga para resolver um problema numa determina condição, solicita que o tomador de decisão tenha habilidades cognitivas e emocionais que lhe deem além do conhecimento técnico sensibilidade para escolher a decisão que tenha menor prejuı́zo para as partes envolvidas. Os três processos estudados conduzem a pessoa em compreender o que cada um deles é e como acontecem. Entretanto, devemos sempre aprofundar esses conhecimentos e adequá-los a cada situação individual, pois eles requerem a visão do contexto e da escolha das estratégias ou decisões adequadas para resolver os con�litos existentes entre as pessoas e nas organizações. Para ser um bom tomador de decisões, que normalmente assumem cargos de liderança, devemos saber lidar com as incertezas, administrar escolhas e con�iar na intuição. A intuição também depende do conhecimento que a pessoa tem a respeito do assunto que será resolvido. Além dessas habilidades, o tomador de decisão precisas ter inteligência emocional, ou seja, autocontrole e capacidade de resiliência. É ISSO AÍ! Nesta unidade, você teve a oportunidade de: conhecer o conceito de motivação e ciclo motivacional; identificar as abordagens da motivação; discriminar a diferença entre conflito e tomada de decisão; identificar as etapas do processo de resolução de conflitos; 09/05/2023, 16:16 Inicialização LTI https://sereduc.blackboard.com/ultra/courses/_149155_1/outline/lti/launchFrame?toolHref=https:~2F~2Fsereduc.blackboard.com~2Fwebapps… 25/25 entender sobre os aspectos psicológicos que envolvem a tomada de decisão. REFERÊNCIAS AGUIAR, M. A. F. Psicologia Aplicada à Administração: teoria crı́tica e a questão ética nas organizações. São Paulo: Excellus Editora e Consultoria, 1992. BARROS FILHO, C. Ética na comunicação. São Paulo: Summus, 2001. BARROS NETO, J. P. Teorias da Administração: curso compacto: manual prático para estudantes e gerentes pro�issionais. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001. BA� RTOLO, D. L. R. de. O Con�lito na Tomada de Decisão. WebArtigos, 1 nov. 2012. 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