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Resumo prova 2 - Direito Processual Civil CITAÇÃO Ato pelo qual o réu tem ciência da existência do processo oferecer defesa. Se o réu comparecer espontaneamente ao processo, o vício de citação será suprido (art. 239, §1º, CPC) Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido. Art. 242. A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do representante legal ou do procurador do réu, do executado ou do interessado. § 1º Na ausência do citando, a citação será feita na pessoa de seu mandatário, administrador, preposto ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados. Citação direta: a pessoa citada é aquela que tem o ônus de apresentar resposta Citação indireta: feita na pessoa do procurador ou de terceiro que tenha poderes para receber a citação. Art. 243. A citação poderá ser feita em qualquer lugar em que se encontre o réu, o executado ou o interessado. Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito: I - de quem estiver participando de ato de culto religioso; II - de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes; III - de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento; IV - de doente, enquanto grave o seu estado. Art. 245. Não se fará citação quando se verificar que o citando é mentalmente incapaz ou está impossibilitado de recebê-la. §1º O oficial de justiça descreverá e certificará minuciosamente a ocorrência. §2º Para examinar o citando, o juiz nomeará médico, que apresentará laudo no prazo de 5 (cinco) dias. §3º Dispensa-se a nomeação de que trata o § 2º se pessoa da família apresentar declaração do médico do citando que ateste a incapacidade deste. §4º Reconhecida a impossibilidade, o juiz nomeará curador ao citando, observando, quanto à sua escolha, a preferência estabelecida em lei e restringindo a nomeação à causa. §5º A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa dos interesses do citando. Espécies de citação: Art. 246. A citação será feita preferencialmente por meio eletrônico, no prazo de até 2 (dois) dias úteis, contado da decisão que a determinar, por meio dos endereços eletrônicos indicados pelo citado no banco de dados do Poder Judiciário, conforme regulamento do Conselho Nacional de Justiça. -correios, oficial, escrivão, edital, meio eletrônico Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto: I – nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3º ; II – quando o citando for incapaz; III – quando o citando for pessoa de direito público; IV – quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; V – quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma. Art. 248. Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou o chefe de secretaria remeterá ao citando cópias da petição inicial e do despacho do juiz e comunicará o prazo para resposta, o endereço do juízo e o respectivo cartório. §1º A carta será registrada para entrega ao citando, exigindo-lhe o carteiro, ao fazer a entrega, que assine o recibo. §2º Sendo o citando pessoa jurídica, será válida a entrega do mandado a pessoa com poderes de gerência geral ou de administração ou, ainda, a funcionário responsável pelo recebimento de correspondências. §3º Da carta de citação no processo de conhecimento constarão os requisitos do art. 250. §4º Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega do mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entretanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário da correspondência está ausente. Art. 249. A citação será feita por meio de oficial de justiça nas hipóteses previstas neste Código ou em lei, ou quando frustrada a citação pelo correio. * O mandado que o oficial de justiça tiver de cumprir conterá: os nomes do autor e do citando e seus respectivos domicílios ou residências, a finalidade da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, prazos, sanção se for o caso, a intimação do citando para comparecer, acompanhado de advogado ou de defensor público, à audiência de conciliação ou de mediação, com a menção do dia, da hora e do lugar do comparecimento, a cópia da petição inicial e a assinatura do escrivão ou do chefe de secretaria e a declaração de que o subscreve por ordem do juiz. Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar. Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência. Art. 253. No dia e na hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou à residência do citando a fim de realizar a diligência. §1oSe o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca, seção ou subseção judiciárias. §2oA citação com hora certa será efetivada mesmo que a pessoa da família ou o vizinho que houver sido intimado esteja ausente, ou se, embora presente, a pessoa da família ou o vizinho se recusar a receber o mandado. §3oDa certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com qualquer pessoa da família ou vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome. §4oO oficial de justiça fará constar do mandado a advertência de que será nomeado curador especial se houver revelia. Art. 254. Feita a citação com hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao réu, executado ou interessado, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da juntada do mandado aos autos, carta, telegrama ou correspondência eletrônica, dando-lhe de tudo ciência. Art. 255. Nas comarcas contíguas de fácil comunicação e nas que se situem na mesma região metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar, em qualquer delas, citações, intimações, notificações, penhoras e quaisquer outros atos executivos. Art. 256. A citação por edital será feita: I – quando desconhecido ou incerto o citando; II – quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando; III – nos casos expressos em lei. §1oConsidera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de carta rogatória. §2oNo caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão. §3oO réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização, inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços públicos. Art. 258. A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente a ocorrência das circunstâncias autorizadoras para sua realização, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário-mínimo. Parágrafo único. A multa reverterá em benefício do citando. Citação FICTA: não é recebida diretamente pelo réu (edital e hora certa) curador especial Citação REAL: tem-se certeza que a citação chegou ao conhecimento do réu. A citação real será instruída com cópia da PI, cópia da decisão que ordenou a citação, a indicação ao réu do ato que deva ser praticado, o prazo que deve ocorrer o ato e as consequências jurídicas da omissão.-Efeitos da citação * Torna prevento o juízo: a regra do art. 240 é válida às demandas que ocorrem em comarcas diferentes, às que correm no mesmo foro regra. * Induz litispendência: se existir em curso, duas ou mais demandas idênticas, permanecerá apenas aquela em que se aperfeiçoou a 1ª citação válida. * Torna litigiosa a coisa: com a citação válida o processo torna-se litigioso. * Interrompe a prescrição: ainda que ordenada por juízo incompetente interrompe a prescrição . a eficácia interruptiva retroage à data da propositura da ação, desde que se realize no prazo legal * Constitui o devedor em mora: réu é constituído em mora desde o momento em que é citado, salvo se tiver sido constituído em mora anteriormente. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS São requisitos legais de validade e existência exigidos nos atos processuais -A ausência de um pressuposto acarreta a extinção do processo sem a resolução do mérito -PRESSUPOSTOS DE CONSTITUIÇÃO (EXISTÊNCIA): Ausente um pressuposto não existe processo. Inexistência do processo Inexistência de todos os atos subsequentes à suposta formação (inclusive sentença) São eles: * petição inicial; * jurisdição; * citação, * capacidade postulatória. Petição inicial: apresenta o que se pede, a causa de pedir, quem pede e contra quem se pede. Jurisdição:Propositura da ação em juízo incompetente não representa a inexistência do processo. Juízo absolutamente incompetente remessa dos autos ao juízo competente invalidação dos atos decisórios quando não puderem ser aproveitados. Citação: Antes da citação só existe processo para o autor já ligado ao Juiz Capacidade postulatória: é a capacidade de fazer valer e defender as próprias pretensões ou as de outrem em juízo- Três espécies de capacidade: 1) Capacidade de ser parte: existência da pessoa física (nascimento com vida) e jurídica (inscrição atos constitutivos no registro competente) 2) Capacidade processual: pessoas capazes; os incapazes devem ser representados ou assistidos 3) Capacidade postulatória: exclusiva do advogado regularmente inscrito nos quadros da OAB Exceções (capacidade postulatória): habeas corpus e ações JEC até 20 salários mínimos e apenas para o comparecimento na audiência de conciliação fase instrutória parte deve estar acompanhada de advogado sob pena de extinção do processo ausência de pressuposto de desenvolvimento válido e regular do processo -PRESSUPOSTOS DE DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO: Ausência extinção do processo sem resolução do mérito não se conhece o pedido formulado pelo autor na exordial. São eles: 1) preenchimento dos requisitos da petição inicial; 2) citação válida; 3) competência do juízo; PRESSUPOSTOS NEGATIVOS * Litispendência: dois ou mais processos idênticos em curso, pois os elementos constitutivos das ações que os instauraram são os mesmos: partes, pedido e causa de pedir * Coisa julgada: imutabilidade que adquire a prestação jurisdicional do Estado, quando entregue definitivamente * Perempção: é a perda do direito de demandar em razão do processo ter sido extinto três vezes por abandono da causa, pelo autor, por mais de trinta dias PETIÇÃO INTERMEDIÁRIA Peça processual destinada a solicitações /pedidos durante o processamento/andamento da ação. Ex.: juntada de guia (recolhida) para diligência de oficial de justiça; oferecimento de rol de testemunhas; prazo de suspensão de processo; prosseguimento do feito; DEFESA PROCESSUAL -Princípio do devido processo legal: Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. -Princípio do contraditório e da ampla defesa: configuram-se a partir do momento em que o demandado é citado, sendo que fica a encargo deste oferecer sua defesa. -Princípio da concentração da defesa: Necessidade de o réu arguir toda a defesa possível, relativa ao plano do processo e ao plano material, na mesma oportunidade. -Princípio da eventualidade: * Artigo 336, CPC: Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir. -Princípio da impugnação especificada: * Art. 341, do CPC: Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: I - não for admissível, a seu respeito, a confissão; II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato; III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. O réu pode: -não oferecer resposta revel (réu revel é aquele que não apresenta nenhuma forma de resposta; fica inerte e indiferente à sua citação) - Consequências: os fatos alegados contra o réu revel podem vir a ser admitidos como verdadeiros e Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluem da data da publicação do ato decisório. -reconhecer a procedência do pedido É revel o réu que apresenta contestação fora do prazo. Tipos de Defesa *Defesa substancial mérito sentença com resolução do mérito coisa julgada material -Ataca o mérito da causa; demonstra que não assiste razão ao autor; busca a improcedência do pedido. (defesa direta) *Defesa processual sentença sem resolução do mérito coisa julgada formal -réu admite os fatos como narrados na inicial, mas se contrapõe com outros que sejam impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor. (defesa indireta) 1) Defesa indireta própria ou peremptória: Ataca o instrumento utilizado pelo autor, não importando o fato jurídico que constitui o mérito da causa. Ex.: Inépcia da inicial, ilegitimidade, litispendência, coisa julgada. Preliminares examinadas antes do mérito. 1) Defesa indireta própria ou peremptória: Ataca o instrumento utilizado pelo autor, não importando o fato jurídico que constitui o mérito da causa. Ex.: Inépcia da inicial, ilegitimidade, litispendência, coisa julgada. 2) Defesa indireta imprópria ou dilatória: Caráter meramente protelatório, seu deferimento não acarreta a extinção do processo, apenas uma paralisação momentânea. Ex.: Inexistência ou nulidade de citação, conexão ou continência, incapacidade da parte, defeito de representação... Art. 350, CPC: Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova. Forma de apresentação da defesa: -Procedimento comum: só pode ser apresentado por escrito. - Procedimento sumaríssimo: defesa escrita e/ou defesa oral pode ser mista: parte escrita, parte oral. CONTESTAÇÃO Ligada aos princípios: devido processo legal, contraditório e ampla defesa, isonomia e acesso à justiça. -Princípio da concentração da defesa Necessidade de o réu arguir toda a defesa possível, relativa ao plano processual e material, na mesma oportunidade. Exceção Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando: I - relativas a direito ou a fato superveniente; II - competir ao juiz conhecer delas de ofício; III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição. -Princípio da impugnação especificada Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: I - não for admissível, a seu respeito, a confissão; II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato; III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial. Cabe ao réu manifestar-se precisamente sobre os fatos alegados pelo autor sob pena de ser presumida a veracidade destes. I – não há presunção de veracidade dos fatos que não admitem confissão, ou seja, sobre os quais o réu não pode dispor (direitos indisponíveis– não renunciáveis) II – se o documento exigido for instrumento público, o silêncio do réu tem força para gerar presunção de veracidade. III – quando o contexto da defesa for suficiente para afastar os fatos ou colocá-los em dúvida. Exceção: não se aplica ao advogado dativo; curador especial; Ministério Público. Ônus da prova - art. 373, CPC Art. 373. O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. § 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. § 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil. § 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando: I - recair sobre direito indisponível da parte; II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. § 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo. Fatos impeditivos: obstaculizar ou retardam a projeção dos efeitos pretendidos pelo autor na inicial. Ex.: transação com fixação de novo prazo de pagamento; nulidades e anulabilidades dos atos jurídicos Fatos modificativos: alteram as consequências jurídicas do direito do autor. Ex.: culpa concorrente, novação e cessão de crédito Fatos extintivos: elimina o direito do autor. Ex.: pagamento; remissão (perdão) da dívida; prescrição Defesa Processual 1) Defesa própria ou peremptória: Ataca o instrumento utilizado pelo autor, não importando o fato jurídico que constitui o mérito da causa. Ex.: Inépcia da inicial, ilegitimidade, litispendência, coisa julgada. 2) Defesa imprópria ou dilatória:Caráter meramente protelatório, seu deferimento não acarreta a extinção do processo, apenas uma paralisação momentânea. Ex.: Inexistência ou nulidade de citação, conexão ou continência, incapacidade da parte, defeito de representação e outros. Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: I - inexistência ou nulidade da citação; Ausência de pressuposto de desenvolvimento válido e regular do processo., Juiz pode conhecer de ofício invalida atos processuais. II - incompetência absoluta e relativa; Se a incompetência relativa não for suscitada prorrogação da competência do juiz que tomou conhecimento da inicial Se a incompetência for absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício, uma vez que é improrrogável III - incorreção do valor da causa; O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas IV - inépcia da petição inicial; Acolhida a preliminar extinção sem resolução do mérito (ausência pressuposto processual de validade) autor pode apelar ou ingressar com nova demanda (corrigir imperfeição). V - perempção; Quando o autor, por 3 vezes, dá causa à extinção do processo sem a resolução do mérito; É reconhecida na última das ações ajuizadas pelo autor processo extinto sem resolução do mérito autor perde o direito de ação direito material permanece, pode alegar como matéria de defesa. VI - litispendência; Existência de duas ações idênticas com os mesmos elementos (partes, pedido e causa de pedir). Extingue-se: - Se comarca diversa: última citação válida - Se mesma comarca: último despacho ordenando citação. VII - coisa julgada; Autor reproduz ação idêntica (mesmos elementos) e já houve decisão do mérito com trânsito em julgado. VIII - conexão; Dois ou mais processos onde se é comum o pedido ou a causa de pedir. Modifica a competência de um juízo para outro (prevento) réu requer a remessa dos autos ao juízo competente Continência também comporta alegação em preliminar de contestação (art. 56, CPC) IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; Caracterizam ausência de pressuposto de desenvolvimento válido e regular do processo. Quando não sanados extinção sem resolução do mérito Extinção não “automática”, o autor é intimado para sanar o vício. Não sendo sanado o defeito no prazo estabelecido, juiz extingue o processo. X - convenção de arbitragem; Contrato particular desde que verse sobre direitos disponíveis ou patrimoniais preliminar acolhida extinção sem resolução do mérito XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; Não se tem o preenchimento de uma ou mais das condições da ação: O autor não reúne as condições mínimas e necessárias para obter a sua tutela jurisdicional XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; O juiz, ao acolher a preliminar, deve ensejar a oportunidade ao autor para sanar a falha. Se não houver o suprimento, no prazo marcado, a preliminar assumirá força de peremptória e o juiz decretará a extinção do processo, sem resolução do mérito. XII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça. Deferido o pedido, a parte contrária poderá oferecer impugnação na contestação, na réplica, nas contrarrazões de recurso ou, nos casos de pedido superveniente ou formulado por terceiro, por meio de petição simples, a ser apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, nos autos do próprio processo, sem suspensão de seu curso § 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. § 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. § 3º Há litispendência quando se repete ação que está em curso. § 4º Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado. § 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo. § 6º A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral. Prazo para defesa São peremptórios, não podem ser alterados pelas partes. Procedimento Comum: o prazo é de 15 dias (art. 335, caput). Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data: I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso I ; III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos. § 1º No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6º, o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência. § 2º Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso II, havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá da data de intimação da decisão que homologar a desistência. Citação por edital: 231, IV, CPC - IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital; Citação por via eletrônica: 231, V, CPC - V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica; Citação por hora certa: 231, §4º, CPC - II - a data de juntada aos autos do mandadocumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça; O prazo é contado em dobro: art. 229 do CPC (observar exceção autos eletrônicos) - Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento. § 1º Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles. § 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos -Forma e requisito a) endereçamento ao juízo da causa; b) nome e prenome das partes (qualificação não necessária se correto na inicial); c) fatos e fundamentos jurídicos da defesa; d) requerimento de provas; e) documentos indispensáveis. -Pedidos do réu Pode pedir o réu, na defesa: a) a extinção do processo sem resolução do mérito; b) a remessa dos autos ao juízo competente ou prevento; c) a improcedência do pedido do autor; d) a condenação do autor as verbas de sucumbência; e) condenação do autor por litigância de má-fé; f) Pedido contraposto, nos casos em que a lei a admite. RECONVENÇÃO Pretensão de ataque contra o autor o réu assume postura ativa, não apenas reagindo, mas também agindo em face do autor. Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. § 1º Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias. § 2º A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção. § 3º A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro. § 4º A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro. § 5º Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na qualidade de substituto processual. § 6º O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação -Reconvenção e ações dúplices Ações onde o réu, além de se defender, contra-ataca o autor na própria contestação, que passa a apresentar natureza híbrida. É defesa e ataque ao mesmo tempo. Não se admite reconvenção. ● São consideradas ações dúplices: ações possessórias; ação renovatória de locação; ação de prestação de contas; Exceção por parte da doutrina ações possessórias pode-se apresentar reconvenção. ● Não se apresenta reconvenção quando o réu persegue proteção possessória (se mostra vítima de turbação ou esbulho, e não o autor e/ou perdas e danos). A reconvenção pode ser: * rejeitada liminarmente Juiz entende que não há interesse processual. * indeferida por inobservância dos requisitos específicos de admissibilidade da reconvenção. * Recurso cabível: agravo de instrumento -Pressupostos da reconvenção São exigidos 04 (quatro) requisitos cumulativos: a) conexão (comum causa de pedir e pedido) entre reconvenção e a ação principal; b) a reconvenção deve ser julgada pelo mesmo Juiz; c) identidade dos ritos processuais; d) legitimidade: -Pedido contraposto Procedimento sumaríssimo - não se tem reconvenção, por ser procedimento mais célere. Neste caso, tem-se: pedido contraposto. Feito na própria contestação. PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES Dependendo da resposta do réu o juiz deve determinar a prática de certos atos processuais, podendo ocorrer: o julgamento conforme o estado do processo. produção de provas. Objetivo: eliminar do processo nulidades ou irregularidades que possam comprometer a higidez da manifestação processual. O Juiz decide o caminho a ser seguido encerra a fase postulatória com a última oitiva do autor ou do MP sobre o comportamento do réu réplica O juiz pode adotar uma das seguintes providências: -REVELIA Neste caso, o juiz intima o autor para especificar as provas que pretende produzir na audiência. E se o autor não tiver mais provas a produzir? O juiz julga conforme o estado do processo. -CONTESTAÇÃO Previsão de necessidade de o autor ser ouvido sobre as alegações do réu Réplica Artigo 351: Analisada a contestação, tendo o réu arguido matéria preliminar do artigo 337, o juiz determinará a oitiva do autor no prazo de 15 dias, permitindo-lhe produção de prova. Depois da Réplica, se verificar a ocorrência de nulidades ou irregularidades sanáveis, mandará supri-las em prazo não superior a 30 dias (art. 352) Artigo 352 = prova documental Doutrina: outras provas, além da documental, podem ser produzidas pelo autor. -RECONVENÇÃO JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO Vencida a fase das providências preliminares ou não sendo necessárias, passará o juiz ao julgamento conforme o estado do processo Pode ocorrer: a) a extinção do processo (art. 354); -extinção sem resolução do mérito(Diante da existência de um vício insanável, através de sentença que produz coisa julgada formal, admitindo o ingresso de nova ação contendo os mesmos elementos (partes, causa de pedir e pedido). -extinção com resolução do mérito(Quando houver reconhecimento do pedido, transação, decadência, prescrição ou renúncia) b) julgamento antecipado do mérito (art. 355); Juiz entende que as provas trazidas até então no processo são suficientes para proferir a sentença. c) julgamento antecipado parcial do mérito (art. 356); ocorrem na fase do julgamento conforme o estado do processo, evitando protelação das questões maduras para resolução. d) saneamento e organização do processo (art. 357). Ainda que o processo esteja em ordem, em alguns casos o juiz passa direito da fase postulatória para o julgamento do mérito. O saneamento é feito por decisão interlocutória do juiz e, eventualmente, pode haver audiência de saneamento. Recurso da decisão de saneamento: não cabe agravo. Parte prejudicada se defende por meio das preliminares de apelação. SANEAMENTO DO PROCESSO Decisão interlocutória que elimina as questões formais do processo (não mérito) Ocorre quando não se tem julgamento antecipado do mérito e extinção do processo. *Juiz declara que estão presentes as condições da ação¹ e os pressupostos de constituição² e de desenvolvimento válido e regular do processo³ estão preenchidos Se ausência de algum pressuposto ou de condição extinção do processo (art. 354)
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