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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
Índice remissivo 
	
 
- DEFESA DE MÉRITO	15
- DEFESA PROCESSUAL	13
1
1°) ATA NOTARIAL	31
2
2°) DEPOIMENTO PESSOAL	32
3
3°) EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA	35
4
4°) PROVA DOCUMENTAL	37
5
5°) PROVA TESTEMUNHAL	40
6
6°) PROVA PERICIAL	48
A
AÇÃO RESCISÓRIA	71
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO	8
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO	51
C
COISA JULGADA	67
COISA JULGADA FORMAL	67
COISA JULGADA MATERIAL	67
CONDIÇÕES DA AÇÃO	6
CONTESTAÇÃO	10
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS	5
D
DAS PROVAS	25
DECISÃO DE SANEAMENTO E ORGANIZAÇÃO	24
E
EFEITOS OU TUTELAS DA SENTENÇA	60
F
FASE PROBATÓRIA OU INSTRUTÓRIA	25
FASES DO PROCESSO	2
H
HOMOLOGAÇÃO DE DECISÃO ESTRANGEIRA	65
I
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO	7
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA	27
J
JULGAMENTO ANTECIPADO PARCIAL DO MÉRITO	23
JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO	22
M
MEIOS DE PROVAS ESPECÍFICOS	31
P
PETIÇÃO INICIAL	3
POSSIBILIDADE DE MODIFICAÇÃO DA SENTENÇA APÓS SUA PUBLICAÇÃO	59
PRELIMINARES DE CONTESTAÇÃO	13
PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVA	29
PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES	20
R
RECONVENÇÃO	16
REMESSA NECESSÁRIA ou REEXAME NECESSÁRIO	63
RESPOSTAS DO RÉU	9
REVELIA	18
S
SENTENÇA	53
SENTENÇA DEFINITIVA:	56
SENTENÇA TERMINATIVA:	53
V
VÍCIOS DA SENTENÇA	58
FASES DO PROCESSO 
1 ª Fase) Fase Postulatória 
2 ª Fase) pode ou não acontecer
 
3 ª Fase) pode ou não acontecer
4 ª Fase) caso a 3 ª fase não ocorra
PETIÇÃO INICIAL 
· Ato Inaugural. 
· Instrumento através do qual o autor apresenta em juízo a sua pretensão.
· Documento escrito, formal (No procedimento comum).
*No JEC é permitido petição inicial oral-  
Artigo 14, L9.099/95. O processo instaurar-se-á com a apresentação do pedido, escrito ou oral, à Secretaria do Juizado.
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
Artigo 319 do CPC. A petição inicial indicará:
I - O juízo a que é dirigida; Endereçamento (Juízo ao qual se dirige).
II - Os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; Qualificação das partes.
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; Causa de pedir
IV - O pedido com as suas especificações; Pedido Imediato: Provimento Jurisdicional. (Declaratório, constitutivo ou Desconstitutivo)
Pedido Mediato: Bem da vida pretendido.
V - O valor da causa; Vantagem econômica do autor, ao final caso o pedido seja julgado procedente
VI - As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. Se o autor não tiver os dados do réu, ele poderá requerer que o juiz diligencie para obtê-los.
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu. O autor não é obrigado a saber todos os dados do réu.
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
Art. 320, CPC. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. O autor deverá (ônus) juntar à petição inicial todos os documentos indispensáveis para o julgamento da causa.
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
Art. 327, CPC. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I - Os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo; Juízo absolutamente competente para conhecer todos os pedidos.
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento. Os pedidos devem observar o mesmo rito procedimental.
Exceção: Se para cada um dos pedidos houver um rito diferente, poderá ocorrer a cumulação dos pedidos, mas deverá ser observado o rito comum.
§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.
§ 3º O inciso I do § 1º não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326 .
CONDIÇÕES DA AÇÃO 
· Legitimidade ad causam
· Interesse de agir 
· Possibilidade jurídica do pedido
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE EXISTÊNCIA
· Juiz
· Parte
· Demanda
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE VALIDADE
· Juiz natural
· Partes capazes
· Demanda regularmente formulada (Observação dos requisitos formais)
Art. 321, CPC. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado. Nos casos em que a peça inicial esteja incorreta, o juiz determinará a intimação do autor para que a possa emendá-la, devendo dizer o que deve ser emendado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial. Se o autor não emendar, o processo será extinto sem julgamento do mérito, ou seja, o juiz sequer analisará o direito ali discutido.
____________________________________________________________
# Procuração Ad- judicias: Poderes comuns, foro comum.
# Procuração Ad- judicias et extra: Poderes especiais para transigir. Confere poderes de dispor do próprio direito material discutido na ação.
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO
· NUNCA pode julgar liminarmente procedente.
Art. 332, CPC. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
I - Enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;
II - Acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - Enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
§ 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos do art. 241 .
§ 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias. Juízo de retratação.
§ 4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
- Ao analisar a Exordial e constatar a que esta preenche os requisitos previstos em lei, o juiz determinará a citação/intimação do réu, designando audiência de conciliação/mediação, antes mesmo de apresentação de defesa.
____________________________________________________________
#Citação: Ato pelo qual se da ciência ao RÉU/EXECUTADO/TERCEIRO à existência de uma demanda.
#Intimação: Ato pelo qual se da ciência à (s) parte (s) da pratica de algum ato processual
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
· A presença das partes é obrigatória.
Art. 334, CPC. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.Não sendo caso de improcedência liminar do pedido e estando tudo certo com a demanda, o juiz designará audiência em 30 dias. 
§ 3º A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado.
§ 4º A audiência não será realizada:
I - Se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
*Quando o autor manifestar o desinteresse na realização da audiência, o juiz deverá marcar mesmo assim, não basta apenas um não concordar, ambos (autor e réu) devem manifestar seu desinteresse. Importante mencionar que, caso o réu não se manifeste a audiência ocorrerá.
II - Quando não se admitir a autocomposição. Quando não admite transação. (Ex.: Direito indisponível- Alimentos)
§ 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
§ 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado. Se qualquer parte injustificadamente se ausentar da audiência será considerado ato atentatório a dignidade da justiça e, ao ausente será imposta multa no equivalente à 2% do valor da causa. Cabe salientar que, tal valor será revertido em favor do Estado ou União.
RESPOSTAS DO RÉU
PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO DA DEFESA 
· O réu deve alegar na contestação TODAS as matérias com que impugna o pedido do autor. 
 
· Todas as teses (fundamentos jurídicos) defensivas (fundamentos de direito devem ser apresentadas, ainda que contraditórias entre si.
 Princípio da Eventualidade
Art. 336, CPC. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
 Ex.: X é réu em uma ação de cobrança. Y diz ter celerado contrato de mutuo (empréstimo de dinheiro) com X, e que nas datas aprazadas X não efetuou o pagamento. X diz ao seu advogado que já pagou, mas não tem o comprovante.
 Na contestação o advogado diz que X já efetuou o pagamento e não deve nada. (1 tese) Diz também que, caso o juiz não entenda pelo cumprimento integral da obrigação que seja pelo menos pelo cumprimento parcial. (2 tese) Além disso, diz que, se o juiz não entende pelo pagamento parcial, o motivo do não pagamento será de que ele não pagou, pois, o credor não forneceu meios para tanto, razão pela qual ele não deve sofrer penalidades. (3 tese)
- O que ocorreu foi que o advogado, fez 1 contestação que concentra todas as defesas (princípio da concentração) e elas são contraditória entre si (princípio da eventualidade).
___________________________________________________________
Órgãos que tem prazo em dobro:
- Ministério Público, Defensoria Pública e Fazenda Pública
- Litisconsorte com procuradores diferentes de escritórios diferente – Somente em processos físicos, conforme artigo 229, CPC.
CONTESTAÇÃO 1ª Modalidade de resposta do réu
· Não precisa do valor da causa, este é um ato exclusivo do autor, podendo o réu apenas impugnar.
· Não é obrigatório a manifestação de interesse em realização da audiência de conciliação e mediação, pois já pode ter ocorrido ou o réu já pode ter se manifestado sobre.
Forma: Endereçamento, identificação das partes, fatos e fundamentos, pedido e requerimento de provas, além dos requisitos do artigo 336 do CPC. 
 Art. 335, CPC. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data: PRAZO DE 15 DIAS, em regra
I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; O termo inicial para apresentação de resposta será a data do protocolo da petição em que o réu disse não ter interesse na audiência.
II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso I ; Determinada a citação, o juiz não designa a audiência, com isso, o réu já tem que apresentar resposta, ou seja, o prazo será contado a partir da juntada de comprovante de citação nos autos, excluindo-se o 1 dia da juntada, conforme artigo 224, CPC.
§ 1º No caso de litisconsórcio passivo, ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6º , o termo inicial previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da audiência.
Ex.: 2 réus, um desiste da audiência, para esse o prazo para resposta já começa a contar da data do protocolo da petição em que manifestou o desinteresse. Já para o segundo réu, concordou com a audiência, logo, a audiência ocorrerá normalmente para o autor e o segundo réu.
Cabe salientar que, caso o segundo réu também houvesse apresentado a petição de desinteresse, em dia diferente, haveria outra contagem para apresentação de resposta, ou seja, o prazo não seria comum, cada um teria o seu.
§ 2º Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso II , havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir da ação em relação a réu ainda não citado, o prazo para resposta correrá da data de intimação da decisão que homologar a desistência.
Ex.: João ajuíza ação contra José e Carlos. Carlos é citado em 2 dias, mas ainda não começa a contar o prazo para ele, mesmo com a juntada do comprovante de citação, pois é necessário a citação de tosos os litisconsortes. Apenas 2 meses depois José é citado, com a juntada de comprovante de citação, começa a contar o prazo para José e Carlo, isto é, ambos têm o mesmo prazo.
*Neste caso também, há a possibilidade de desistência da ação em relação à algum réu, quando litisconsórcio facultativo.
Ex.: X ajuíza ação contra 4 réus. Depois de 6 meses só consegue citar dois, ele poderá desistir da ação em relação aos que faltam, sendo necessário que o juiz homologue e somente após a homologação que os réus já citados serão intimados para apresentar resposta. 
*Depois de apresentar contestação, não é possível alegar qualquer matéria, EXCETO:
Art. 342, CPC. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando: Casos excepcionais 
I - Relativas a direito ou a fato superveniente; Não existia ao tempo da apresentação da contestação.
II - Competir ao juiz conhecer delas de ofício;
III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição.
Matérias de ordem pública. Em que juiz pode agir de ofício (ligadas a questões do próprio processo) ou que a lei permite alegação pelas partes a qualquer tempo (prescrição e decadência).
· Tirando essas hipóteses, se deixar de alegar alguma matéria, isto violará o princípio da concentração, tendo como penalidade a preclusão (impossibilidade da pratica de um ato processual).
PRINCÍPIO DO ÔNUS DA IMPUGNÇÃO ESPECIFICADA DOS FATOS
· O Réu na contestação DEVE impugnar TODOS os fatos alegados pelo autor. 
· Se o réu deixar de impugnar algum fato alegado pelo autor, este fato será considerado como presumidamente verdadeiro, conforme caput do 341, CPC
*Presunção de veracidade do fato alegado pelo autor e não impugnado pelo réu= ADMISSÃO
*Todavia, há exceções previstas nos incisos do artigo 341 do CPC;
Art. 341, CPC. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petiçãoinicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se:
I - Não for admissível, a seu respeito, a confissão; (Ex.: Em relação aos direitos da personalidade).
II - A petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato; (Ex.: Não há nenhum documento na petição que comprove o direito).
III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. Mesmo não tendo impugnado tudo, ao analisar a defesa em conjunto, o que foi dito está, ainda que de maneira indireta contrariando tudo aquilo que foi alegado, o juiz não poderá presumir verdadeiro.
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial. O ônus da impugnação especifica não recairá sobre esse mencionados acima.
Litisconsórcio 
- Passivo, Ativo ou Misto 
- Originário/ Inicial ou Superveniente/ Ulterior
- Facultativo ou necessário / Simples ou Unitário
PRELIMINARES DE CONTESTAÇÃO
1° alega as defesas processuais, depois as defesas de mérito.
- DEFESA PROCESSUAL
· Defesa quanto à admissibilidade do processo
· Ataca-se a relação jurídica processual
Ex.: Alega ausência de uma das condições da ação, ou de algum pressuposto legal.
· Rol exemplificativo:
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I - Inexistência ou nulidade da citação;
II - Incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
IV - Inépcia da petição inicial;
V - Perempção;
VI - Litispendência;
VII - coisa julgada;
VIII - conexão;
IX - Incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X - Convenção de arbitragem;
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
· O juiz pode reconhecer de oficio, com exceção de duas:
- Incompetência Relativa: Podem ser modificadas pelas partes.
Não existe interesse público na prestação de serviço-justiça no interesse privado.
Podendo ocorrer a prorrogação da competência – artigo 65, CPC. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação.
· Existência de Cláusula ou convenção arbitral
- Se há alegação de existência de cláusula não pode ser aceita na justiça estatal, salvo se ambas as partes concordarem, se o fizerem o juiz não poderá agir de ofício, pois as partes podem transigir, modificar a competência, conforme: 
Artigo 337, § 6º, CPC A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral.
Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial para substituição do réu. O réu alega não ser parte legitima, ele deverá indicar (nomeação à autoria) quem deve figurar no polo passivo.
- Neste caso, o juiz deve intimar o autor, este poderá ter 3 reações: 
1) ignorar a indicação do réu e prosseguir com a ação.
2). Pode concordar com a indicação. Neste caso o réu originário será excluído do processo e o juiz determinará a citação daquele que foi indicado, devendo o autor alterar a inicial, prazo de 15 dias.
3) Ele fica com dúvida e irá requerer o prosseguimento da ação, incluindo o outro no polo passivo- Litisconsórcio passivo superveniente facultativo simples.
- DEFESA DE MÉRITO 
· DIRETA: O autor nega a existência de fato constitutivo do direito do autor
Ex.: Ação de investigação de paternidade- O réu simplesmente diz não ser o pai.
Ex.: Ação de indenização- O réu alega não dever nada.
· INDIRETA: O réu não nega a existência de fato constitutivo do direito do autor, mas traz outro fato que o modifica, impede ou extingue.
Ex.: X alega que Y o deve. Y reconhece a dívida, mas traz a quitação do débito- Fato que extingue.
Ex.: X celebra contrato de mútuo com Y, este paga só metade na data aprazada. Depois X ajuíza ação dizendo que Y deve a integralidade do contrato. Y reconhece ser devedor, mas alega e comprova já ter pagado a metade, isto é, ele é devedor de metade de quantia- Fato modificador
 Prescrição
 #Prejudicial 
 Defesa de Mérito Decadência
#Preliminar- Defesa Processual
#Prescrição- Direito Material
#Preclusão- Direito Processual
 
RECONVENÇÃO 2ª Modalidade de resposta do réu
Art. 343, CPC. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
· O réu da ação principal requer algo do autor, formula contra-ataque.
· Manifesta pretensão contra o autor.
· Só é possível nas ações de procedimento comum, ou nas ações de rito especial desde que esta torne-se comum na fase de apresentação de resposta do réu.
Natureza Jurídica: Ação do réu contra o autor no mesmo processo.
*Deve ser apresentada dentro do prazo de resposta do réu.
*Se deixar de apresentar reconvenção, por qualquer motivo, não significa que não poderá formular a pretensão de maneira autônoma, ou seja, pode ser apresentada no processo principal, com fundamento na defesa, ou em pretensão própria, sendo conexa com a ação principal.
- Não pode ser apresentada a contestação e depois a reconvenção, isto é, não podem ser separadas, deverá faze-las juntas, em petição única!!!!!
Ação Principal
Ação Reconvencional- Inversão dos polos
A reconvenção em relação ao processo principal é autônoma
- A reconvenção pode ser extinta (Ex.: Deixa de recolher custas), caso isso aconteça, poderá ajuizar ação autônoma dentro do prazo estabelecido por lei.
Reconvinte- Quem apresenta reconvenção.
Reconvindo- Contra quem a reconvenção é apresentada.
Ex.: X é réu de uma ação de indenização, em razão de um acidente de trânsito. Citado e intimado, X alega que o causador do acidente foi o autor da ação. No início do prazo para apresentar resposta, X não tinha os documentos necessários para apresentar uma reconvenção, por isso ele só contesta. Depois de um ano ele consegue os comprovantes e ajuíza de forma autônoma uma ação contra o réu da ação principal, gerando um processo que tramitará de forma conexa e simultânea à ação principal.
Ex.: X ajuíza ação em face de Y, alegando que ele deve 50 reais. Citado e intimado, Y reconhece a dívida, mas apresenta reconvenção dizendo que X deve 100 reais. Cabe salientar que, a reconvenção terá prosseguimento mesmo que o autor da ação principal desista.
- A extinção de uma, não leva necessariamente a extinção da outra- Artigo 343, § 2º, CPC. A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
Caso: João ajuizou ação reivindicatória em face de Victor.
Causa de pedir: Propriedade
Pedido: Reintegração de Posse
João diz ser dono e tem o RGI para comprovar. Victor ao ser citado reconhece não ter o título, mas alega residir no imóvel há mais de 20 anos, nunca teve a posse contestada, para os vizinhos ele é o dono e apresentada vários documentos que comprovam sua posse. Ao final, o juiz julga improcedente o pedido, entendendo que Victor deve ser considerado o proprietário. 
- Essa sentença pode ser levada ao cartório a fim de que seja transferida a propriedade?
Não, pois Victor não pediu isso, ele apenas contestou, ele deveria ter apresentadoreconvenção requerendo a transferência, chamando todos os confinantes. Todavia, ele poderá ajuizar ação autônoma (Usucapião) para tanto.
PROCEDIMENTO DA RECONVENÇÃO
Artigo 343, § 1º, CPC. Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias. Feita a reconvenção, o juiz determinará a intimação do autor da ação principal, para apresentar resposta (contestação e/ou reconvenção).
Artigo 343, § 6º, CPC. O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação. Não é obrigado a contestar para reconvir, pode fazer um e/ou o outro.
REVELIA
!!! Uma vez considerado revel, até o final do processo será!!!
· Falta de apresentação de contestação.
· Só ocorre na fase de conhecimento 
Tem 3 efeitos: 
1°) Efeito Material
- Presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor na inicial. 
Art. 344, CPC. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor.
Exceções à aplicação do 1° efeito:
Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:
I - Havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; Não ocorre em qualquer caso, tem que ser aproveitada no caso daquele que não contestou.
Ex.: Ação indenizatória em face de X e Y. B alega que X e Y causaram danos em seu carro. Citados, apenas X apresenta contestação, Y é revel. Na contestação X alega não ser ele e nem Y, pois ambos estavam em uma reunião juntos. O juiz entende pela improcedência. Neste caso a defesa é aproveitada para o revel, não podendo ser aplicado o efeito material.
II - O litígio versar sobre direitos indisponíveis;
Ex.: Confissão e admissão não são aceitos, pois não é possível dispor desses direitos.
Ex.: Ação de investigação de paternidade- Mesmo o réu sendo revel, não é possível presumir verdadeiro, será necessário a produção de prova consistente no exame de DNA.
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;
Ex.: Alega ser dono do imóvel, mas não juntou o RGI.
IV - As alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos. Quando o autor alega algo impossível.
 2°) Efeito Processual
- Não intimação para os demais atos processuais, quando não tem patrono constituído. 
 Art. 346, CPC. Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial.
*Ele pode apresentar contestação fora do prazo, assim, terá constituído patrono e será intimado normalmente.
 3°) Efeito Processual 
- Julgamento antecipado do mérito
Art. 355, CPC. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349 .
*Não há necessidade de produção de provas
- Há casos em que o revel não sofre nenhum efeito– Revelia Irrelevante
Artigo 346, CPC, Parágrafo único. O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar. O revel pode requerer sua participação no processo a qualquer tempo, todavia só terá efeito partir do momento em que ele começa a participar do processo em diante, isto é, não volta atrás. Ato Jurídico Perfeito - Ex Nunc.
Art. 349, CPC. Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção. Pode ainda produzir provas.
PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES 
Art. 347. Findo o prazo para a contestação, o juiz tomará, conforme o caso, as providências preliminares constantes das seções deste Capítulo.
Art. 353, CPC. Cumpridas as providências preliminares ou não havendo necessidade delas, o juiz proferirá julgamento conforme o estado do processo, observando o que dispõe o Capítulo X. As providências preliminares não necessariamente precisam ocorrer, ocorrendo ou não o juiz, logo após, proferirá julgamento conforme o estado do processo.
Há 3 hipóteses de necessidade de providências preliminares: 
1°) Da não incidência do efeito da revelia. 
· Se o réu for rever e o juiz não aplicar o efeito material da revelia, este deverá determinar a intimação do autor para que especifique as provas que pretende produzir, caso já não tenha especificado. 
Art. 348. Se o réu não contestar a ação, o juiz, verificando a inocorrência do efeito da revelia previsto no art. 344 , ordenará que o autor especifique as provas que pretenda produzir, se ainda não as tiver indicado. 
2°) Réplica 
· O réu apresenta defesa indireta de mérito (fato impeditivo, modificativo ou extintivo), o autor deverá ser intimado para se manifestar.
Art. 350, CPC. Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova.
· O réu apresenta defesa processual (artigo 337, CPC), o autor deverá ser intimado para se manifestar. 
Art. 351, CPC. Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no art. 337 , o juiz determinará a oitiva do autor no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe a produção de prova.
3°) Correção de vícios 
· Se o juiz verificar algum vício sanável, ele deverá determinar o saneamento. Prazo não superior a 30 dias.
Art. 352, CPC. Verificando a existência de irregularidades ou de vícios sanáveis, o juiz determinará sua correção em prazo nunca superior a 30 (trinta) dias.
JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO
- Verifica se é possível julgar da maneira em que o processo se encontra.
Art. 354, CPC. Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 487, incisos II e III , o juiz proferirá sentença.
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput pode dizer respeito a apenas parcela do processo, caso em que será impugnável por agravo de instrumento.
Extinção do processo:
· Artigo 485, CPC. O juiz não resolverá o mérito, ou seja, julga extinto sem resolução do mérito. Efeito Processual.
 
·  Artigo 487, CPC. Haverá resolução de mérito, isto é, julga extinto com exame de mérito.
*A prova documental é produzida na inicial e na contestação, podendo o juiz extrair o exame do mérito, antecipando o julgamento
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:
I - Não houver necessidade de produção de outras provas;
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349 .
JULGAMENTO ANTECIPADO PARCIAL DO MÉRITO
Art. 356, CPC. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:
I - Mostrar-se incontroverso;
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355 .
§ 5º A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento. Só uma parte dos pedidos é resolvida, por decisão interlocutória.
Ex.: Divórcio cumulado com partilha. 
X ajuíza ação de divórcio (direito potestativo, ação desconstitutiva necessária) cumulada com partilha de bens. Na ação de divórcio, tem uma audiência e depois o juiz decreta o divórcio, porém, em relação à partilha o juiz determina o prosseguimento do feito.
¨ A decisão que decretou o divórcio é uma decisão interlocutória, conforme § 5º, 356 do CPC. (Julga um pedido, em relação a partilha o processo continua).Julgamento Parcial
· Pode acontecer de o juiz entender pela impossibilidade de julgamento conforme o estado do processo.
DECISÃO DE SANEAMENTO E ORGANIZAÇÃO
- Despacho saneador
- Estabilização da demanda, pois promove a impossibilidade de alterar qualquer coisa. 
· Nesta decisão, o juiz diz o que está ocasionando a dúvida e quais são as provas a serem produzidas.
*Até a decisão podem mudar os polos, a causa de pedir, até o pedido. Contudo, a partir desta decisão nenhuma alteração ou modificação é admitida na demanda.
Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do processo:
I - Resolver as questões processuais pendentes, se houver;
II - Delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos;
III - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373 ;
IV - Delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito;
V - Designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento.
§ 1º, CPC. Realizado o saneamento, as partes têm o direito de pedir esclarecimentos ou solicitar ajustes, no prazo comum de 5 (cinco) dias, findo o qual a decisão se torna estável. Apesar de ser uma decisão, ela é irrecorrível. (NÃO CABE RECURSO). As partes têm o direito de requerer esclarecimento ou solicitar ajustes.
§ 2º As partes podem apresentar ao juiz, para homologação, delimitação consensual das questões de fato e de direito a que se referem os incisos II e IV, a qual, se homologada, vincula as partes e o juiz. As partes apresentam o que entendem ser as provas necessárias, para homologação do juiz de comum acordo, chegam a uma decisão, um esboço para apreciação do juiz.
§ 3º Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações. A audiência específica em que o juiz solicita o auxílio das partes na decisão, as partes colaboram com o juiz. 
DAS PROVAS 
FASE PROBATÓRIA OU INSTRUTÓRIA
- Fase de produção de provas
Artigo 369 até 380 do CPC: Teoria Geral da Prova
Produção de Provas: Direito Fundamental, com base nos Princípios do Acesso à Justiça e do Contraditório e Ampla Defesa.
Art. 369, CPC. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz. Meios de prova- Sistema aberto. As partes têm o direito de empregar os meios legais (pode produzir todas as provas tipificadas, ou seja, com expressa previsão no código), bem como os moralmente legítimos (ainda que não haja previsão legal, se conseguir por algum meio licito, será válido).
 Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento das partes, ter a Iniciativa Probatória e determinar as provas necessárias a serem produzidas.
SISTEMAS
1°) Sistema da Intima Convicção- Não adotado
- Neste sistema não há necessidade de fundamentação.
2°) Sistema da Prova Legal ou Tarifária- Não adotado
A lei diz qual o peso/valor de cada prova.
3°) Sistema do Convencimento Motivado ou a Persuasão Racional
Adotado pelo CPC
Art. 371, CPC. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento. O magistrado deve basear e fundamentar toda e qualquer decisão
C/C
Artigo 93, IX, CRFB/88 todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação. (Princípio da Publicidade dos atos e Motivação do Convencimento).
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório. “Prova emprestada”- O juiz poderá permitir prova produzida em outro processo. Deve respeitar o contraditório, será apresentado na valoração do processo em que a prova emprestada será utilizada. 
Art. 373. O ônus da prova incumbe: Incumbe a prova, à quem alegar.
I - Ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - Ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
Ex.: X ajuíza ação alegando ter realizado contrato de mutuo com Y. O ônus da prova caberá à X, este deverá comprovar o fato constitutivo do seu direito, mostrando a prova de que existe a celebração do contrato e de que na data aprazada não recebeu. O ônus da prova caberá a Y, que por sua vez deverá apresentar defesa indireta de mérito, reconhecendo que há um contrato de mútuo, mas que já quitou o débito.
· Se o réu apresentar defesa de mérito direta, ele não precisará comprovar nada, isto é, o ônus será apenas do autor. 
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA 
- Só é possível para facilitar a prova de determinado fato.
- Torna possível a produção de prova que não seria possível se tomasse o rumo comum.
Ex.:   Art. 6º, CDC. São direitos básicos do consumidor:
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
Caso: X comprou um tablete que não funciona. Ao analisar a ação o magistrado percebe a hipossuficiência técnica do autor para produzir prova, com isso, aplica-se o artigo 6° do CDC, devendo o réu produzir a prova que indique o problema.
Possibilidade de Inversão
1°) Inversão prevista em lei- Inversão Ope Legis 
- A lei determina de maneira expressa quando deve ocorrer a inversão.
Ex.: Nos casos de acidentes aéreos há a previsão legal da inversão.
2°) Inversão pelo juiz- Inversão Ope Judicis
-A lei possibilita ao juiz a determinação da inversão.
Ex.: Artigo 373, § 1º, CPC Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. Permite a inversão, mas não obriga.
3°) Inversão pela convenção entre as partes
Artigo 373, § 3º, CPC. A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando: Negócio Jurídico Processual Específico. As partes podem convencionar, antes e durante o curso do processo. 
· Deve ser antes da decisão de organizaçãoe saneamento do processo (artigo 357, CPC).
· O juiz verificará a presença e a validade dos requisitos necessários para a celebração do negócio jurídico processual e homologará.
Art. 374. Não dependem de prova os fatos: Quando determinado fato não precisa ser provado.
I - Notórios; Fato de conhecimento geral
Ex.: X tinha uma reunião, mas não compareceu por conta do Covid-19, não precisa comprovar isto.
II - Afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; Afirmação de veracidade 
III - admitidos no processo como incontroversos;
Ex.: X alega um fato e a parte contrária deixa de impugnar, considera-se admitido, ou seja, é entendido como verdadeiro e não há necessidade de produzir provas.
IV - Em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
Ex.: O oficial de justiça tem fé pública, isto é, presume-se que o que ele alegar é verdade, mas a presunção é relativa, podendo a parte provar em contrário. 
Art. 376, CPC. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar. Deverá produzir prova do seu teor e sua vigência.
Ex.: Transporte público. No município diz que só com mais de 65 anos. A lei estadual diz com mais de 60 anos. O juiz poderá determinar que se prove o teor e a vigência da lei.
PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVA
Artigo 381 ao 384 do CPC
Natureza Jurídica: Natureza cautelar
Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:
I - Haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação; Receio de que seja impossível a verificação de determinado fato.
Ex.: X tem uma única testemunha para ser ouvida. A AIJ foi designada para dezembro, em março a testemunha pega Covid-19. X tem receio de que a testemunha venha à óbito ele requer a antecipação da oitiva.
II - A prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito; É possível a produção antecipada quando se entende que o conhecimento prévio dos fatos possa tornar viável a autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito.
III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação. É possível que com a produção antecipada da prova seja evitado o ajuizamento da ação.
Ex.: X realiza um contrato com o banco, com juros altos. Ao analisar o contrato já assinado o advogado diz ser inviável ajuizar ação, pois ao assinar o documento, ele concordou.
§ 2º A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do foro de domicílio do réu. Ou produz a prova no local onde se situa a coisa, ainda que a ação tramite em outro local ou determina a produção no domicilio do réu.
§ 3º A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.
Ex.: Antes de ajuizar ação de divórcio e partilha a mulher descobre que o marido está vendendo o imóvel, com isso, ela entra com uma ação cautelar com pedido de indisponibilidade do bem. Depois ajuíza a ação de divórcio. 
- A ação cautelar poderá transitar em um juízo diferente da ação de divórcio, não é necessário que ambas sejam distribuídas perante o mesmo juízo. 
§ 4º O juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em face da União, de entidade autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, não houver vara federal. A produção antecipada de provas no caso de ação federal poderá ser produzida no juízo estadual, desde que não haja vara federal no juízo.
Art. 382, CPC. Na petição, o requerente apresentará as razões que justificam a necessidade de antecipação da prova e mencionará com precisão os fatos sobre os quais a prova há de recair. O requerente deve dizer o porquê de antecipar a produção de prova. 
§ 1º O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de interessados na produção da prova ou no fato a ser provado, salvo se inexistente caráter contencioso.
§ 2º O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as respectivas consequências jurídicas. O juízo se limita a produzir a prova, não há valoração.
§ 4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.
Art. 383, CPC. Os autos permanecerão em cartório durante 1 (um) mês para extração de cópias e certidões pelos interessados.
Parágrafo único. Findo o prazo, os autos serão entregues ao promovente da medida. 
MEIOS DE PROVAS ESPECÍFICOS 
1°) ATA NOTARIAL
Art. 384, CPC. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.
Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial.
- Documento público, elaborado em um cartório extrajudicial, lavrado por um tabelião, onde se consegue extrair algum tipo de informação, acerca da existência ou não de algum fato.
- Traz uma presunção de veracidade nos documentos quando atestados em forma da ata notarial. 
Ex.: Um pai tirou “print” da conversa com a mãe de seu filho, onde ela não permite a visitação. A fim de ajuizar uma ação, ele leva esses “prints” ao cartório para que através da ata notarial o tabelião ateste a autenticidade das mensagens. 
Ex.: Uma pessoa pretende ajuizar uma ação indenizatória em razão de um post no Facebook. Antes o autor tira “print e leva até o cartório para que o fato constitutivo do direito do autor seja comprovado. Logo, mesmo que a ré apegue o post, o tabelião já haverá certificado a veracidade, por meio da ata notarial.
2°) DEPOIMENTO PESSOAL 
Art. 385, CPC. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.
Há duas situações neste caso:
1°) A parte requer o depoimento da outra parte.
2°) O juiz determina o depoimento de ofício. 
- A parte não pode requerer o seu próprio depoimento, sendo possível apenas, o requerimento da outra parte. 
§ 1º Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena. Caso em que a parte foi intimada pessoalmente e advertida quanto a sanção que lhe será aplicada caso não compareça injustificadamente, ou se comparecendo recusar-se a prestar depoimento, será aplicado a Pena de Confesso. – O juiz interpretará como reconhecimento da parte de que tudo que a outra afirmou é verdadeiro.
Ela deve ser intimada pessoalmente e advertida da sanção, caso contrário será vedado a aplicação da pena.
§ 2º É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.
§ 3º O depoimento pessoal da parte que residir em comarca, seção ou subseção judiciária diversa daquela onde tramita o processo poderá ser colhido por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, o que poderá ocorrer, inclusive, durante a realização da audiência de instrução e julgamento. A parte pode exigir que seu depoimento seja colhido na comarca em que reside, ainda que o processo trâmite em outra, por meio de precatório ou videoconferência.
 Art. 386, CPC. Quando a parte, sem motivo justificado, deixar de responder ao que lhefor perguntado ou empregar evasivas, o juiz, apreciando as demais circunstâncias e os elementos de prova, declarará, na sentença, se houve recusa de depor. Pena de confissão àquele que foi intimado, compareceu à audiência, mas de maneira injustificada recusa-se a responder.
Art. 387, CPC. A parte responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, não podendo servir-se de escritos anteriormente preparados, permitindo-lhe o juiz, todavia, a consulta a notas breves, desde que objetivem completar esclarecimentos. Forma oral, é permitido consultar anotações.
 Art. 388, CPC. A parte não é obrigada a depor sobre fatos:
I - Criminosos ou torpes que lhe forem imputados; Ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo.
II - A cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo; (Ex.: Padre, Médico, Advogado.)
III - acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível;
IV - Que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III.
Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de estado e de família.
 Art. 389, CPC. Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a verdade de fato contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário.
Confissão: Afirmação de determinado fato contrário ao interesse daquele que afirma ser verdade.
· Confissão Judicial: Ocorre nos autos, por meio de petição ou pelo depoimento pessoal. Pode ser escrita ou oral.
· Confissão Extrajudicial: Cartório extrajudicial. Ocorre fora do processo (podendo ou não já existir)
Art. 390, CPC. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada.
§ 1º A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte ou por representante com poder especial. A pessoa por livre vontade confessa.
§ 2º A confissão provocada constará do termo de depoimento pessoal. Acaba acontecendo no depoimento pessoal devido as perguntas.
Art. 393, CPC. A confissão é irrevogável, / mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação. Regra: Não há retratação na confissão. / Exceção: Caso prove que ocorreu coação ou erro de fato, é possível anulação, devendo ajuizar ação autônoma para analise, fincando a principal suspensa.
Art. 395, CPC. A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar como prova aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável, porém cindir-se-á quando o confitente a ela aduzir fatos novos, capazes de constituir fundamento de defesa de direito material ou de reconvenção. Indivisibilidade da Confissão. Na hora da valoração o magistrado deve utilizar todos os elementos da confissão ou não utilizar nada.
3°) EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
Art. 396, CPC. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre em seu poder.
Ex.: X alega ter celebrado contrato de mútuo com o banco Y, que está cobrando juros abusivos. O banco não quer liberar o contrato para análise. X poderá ajuizar uma ação e nos requerimentos exigir a exibição do documento.
 Art. 398, CPC. O requerido dará sua resposta nos 5 (cinco) dias subsequentes à sua intimação.
Parágrafo único. Se o requerido afirmar que não possui o documento ou a coisa, o juiz permitirá que o requerente prove, por qualquer meio, que a declaração não corresponde à verdade.
Art. 399, CPC. O juiz não admitirá a recusa se:
I - O requerido tiver obrigação legal de exibir;
II - O requerido tiver aludido ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de constituir prova;
III - o documento, por seu conteúdo, for comum às partes.
 Art. 400, CPC. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio do documento ou da coisa, a parte pretendia provar se: Aplica pena de confissão.
I - o requerido não efetuar a exibição nem fizer nenhuma declaração no prazo do art. 398 ;
II - A recusa for havida por ilegítima.
 Art. 401, CPC. Quando o documento ou a coisa estiver em poder de terceiro, o juiz ordenará sua citação para responder no prazo de 15 (quinze) dias.
Ex.: X e Y celebram contrato de locação. Tendo como intermediário a empresa W. Ao surgir divergência, a empresa será citada para exibir os documentos necessários. É possível aplicar pena de confissão.
 Art. 404, CPC A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa se:
I - Concernente a negócios da própria vida da família;
II - Sua apresentação puder violar dever de honra;
III - sua publicidade redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes consanguíneos ou afins até o terceiro grau, ou lhes representar perigo de ação penal;
IV - Sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou profissão, devam guardar segredo;
V - Subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem a recusa da exibição;
VI - Houver disposição legal que justifique a recusa da exibição.
Parágrafo único. Se os motivos de que tratam os incisos I a VI do caput disserem respeito a apenas uma parcela do documento, a parte ou o terceiro exibirá a outra em cartório, para dela ser extraída cópia reprográfica, de tudo sendo lavrado auto circunstanciado.
4°) PROVA DOCUMENTAL
*Força probante dos documentos.
· Documento Público- Faz prova da sua formação
Art. 405, CPC. O documento público faz prova não só da sua formação, mas também dos fatos que o escrivão, o chefe de secretaria, o tabelião ou o servidor declarar que ocorreram em sua presença.
Art. 406, CPC. Quando a lei exigir instrumento público como da substância do ato, nenhuma outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe a falta. Não será possível outro meio de prova, quando a lei exigir o documento público.
· Documento Particular- Faz a mesma prova que o documento público.
Art. 408, CPC. As declarações constantes do documento particular escrito e assinado ou somente assinado presumem-se verdadeiras em relação ao signatário.
Parágrafo único. Quando, todavia, contiver declaração de ciência de determinado fato, o documento particular prova a ciência, mas não o fato em si, incumbindo o ônus de prová-lo ao interessado em sua veracidade.
Art. 410, CPC. Considera-se autor do documento particular:
I - Aquele que o fez e o assinou; 
II - Aquele por conta de quem ele foi feito, estando assinado; 
III - aquele que, mandando compô-lo, não o firmou porque, conforme a experiência comum, não se costuma assinar, como livros empresariais e assentos domésticos.
 Art. 411, CPC. Considera-se autêntico o documento quando:
I - O tabelião reconhecer a firma do signatário; 
II - A autoria estiver identificada por qualquer outro meio legal de certificação, inclusive eletrônico, nos termos da lei;
III - não houver impugnação da parte contra quem foi produzido o documento.
Artigos 422 ao 425 do CPC- Trazem a ideia de que as cópias fazem a mesma prova que os documentos originais.
- Basta que a parte declare serem cópias autênticas. Cabe salientar que, há casos em que pode ser requerido o documento original.
- Não é necessário reconhecimento de firma para ter autenticidade.
· Arguição de Falsidade: 
Art. 430, CPC. A falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo de 15 (quinze) dias, contado a partir da intimação da juntada do documento aos autos.
Há 3 hipóteses em que se deve arguir:
1°) Na contestação, quando o autor apresenta na inicial.
2°) Na réplica, quando o réu apresente na contestação.
3°) No prazo, quando apresentado no curso do processo.
*Prazo de 15 dias da intimação da juntada do documento aos autos.
Parágrafo único. Uma vez arguida, a falsidade será resolvida como questão incidental, salvo sea parte requerer que o juiz a decida como questão principal, nos termos do inciso II do art. 19 . A falsidade é questão incidental, surge no curso do processo e é resolvido nele.
 Art. 432, CPC. Depois de ouvida a outra parte no prazo de 15 (quinze) dias, será realizado o exame pericial.
Parágrafo único. Não se procederá ao exame pericial se a parte que produziu o documento concordar em retirá-lo. Se a parte que produziu o documento concordar em retirá-lo, não será produzido o exame pericial.
-Possibilidade de após a arguição, a parte que juntou o documento poderá retirá-lo, sem que haja qualquer tipo de sanção.
Produção da Prova Documental
Art. 434, CPC. Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destinados a provar suas alegações. Fase Postulatória.
 Art. 435, CPC. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos. Possibilidade de juntada de documentos posterior ao momento do artigo 434 do CPC, sendo apenas documentos novos (produzidos depois quanto algum fato ocorrido depois dos articulados) ou para contrapor algum fato alegado.
Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a petição inicial ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da parte de acordo com o art. 5º . Também é considerado novo documento aquele que era ignorado, desconhecido ou incessível ao tempo dos fatos narrados.
 Art. 437, CPC. O réu manifestar-se-á na contestação sobre os documentos anexados à inicial, e o autor manifestar-se-á na réplica sobre os documentos anexados à contestação.
§ 1º Sempre que uma das partes requerer a juntada de documento aos autos, o juiz ouvirá, a seu respeito, a outra parte, que disporá do prazo de 15 (quinze) dias para adotar qualquer das posturas indicadas no art. 436 . Se o documento for juntado depois das hipóteses do caput, o juiz determinará prazo de 15 dias para a manifestação.
 Art. 438, CPC. O juiz requisitará às repartições públicas, em qualquer tempo ou grau de jurisdição: Independente do requerimento das partes.
I - As certidões necessárias à prova das alegações das partes;
II - Os procedimentos administrativos nas causas em que forem interessados a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios ou entidades da administração indireta.
* Documentos eletrônicos: Lei 11.419/2006- Lei do Processo Eletrônico
5°) PROVA TESTEMUNHAL 
- Qualquer pessoa pode servir como testemunha, sobre qualquer fato.
- A testemunha presta o compromisso de dizer a verdade. Presta um serviço Público.
- Pode ser utilizada para comprovar qualquer fato salvo quando a lei dispor de maneira diversa. Devendo ser concisa e objetiva. 
Ex.: Investigação de Paternidade. Não tem como ser provado com uma testemunha é necessário exame de DNA.
Artigos 443 ao 445 do CPC: Restrição à produção de prova testemunhal.
Art. 443, CPC. O juiz indeferirá a inquirição de testemunhas sobre fatos:
I - Já provados por documento ou confissão da parte;
II - Que só por documento ou por exame pericial puderem ser provados.
 Art. 444, CPC. Nos casos em que a lei exigir prova escrita da obrigação, é admissível a prova testemunhal quando houver começo de prova por escrito, emanado da parte contra a qual se pretende produzir a prova.
 Art. 445, CPC. Também se admite a prova testemunhal quando o credor não pode ou não podia, moral ou materialmente, obter a prova escrita da obrigação, em casos como o de parentesco, de depósito necessário ou de hospedagem em hotel ou em razão das práticas comerciais do local onde contraída a obrigação.
Art. 446, CPC. É lícito à parte provar com testemunhas: O que pode ser provado com a prova testemunhal.
I - Nos contratos simulados, a divergência entre a vontade real e a vontade declarada;
II - Nos contratos em geral, os vícios de consentimento.
 
Art. 447, CPC. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas.
§ 1º São incapazes:
I - O interdito por enfermidade ou deficiência mental;
II - O que, acometido por enfermidade ou retardamento mental, ao tempo em que ocorreram os fatos, não podia discerni-los, ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir as percepções;
III - o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos;
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam.
§ 2º São impedidos:
I - O cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em qualquer grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito;
II - O que é parte na causa;
III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as partes.
§ 3º São suspeitos:
I - O inimigo da parte ou o seu amigo íntimo;
II - O que tiver interesse no litígio.
§ 4º Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas menores, impedidas ou suspeitas. Traz a possibilidade, em sendo necessário, à admissão dos menores, impedido e suspeitos para figurarem, na qualidade de INFORMANTES.
§ 5º Os depoimentos referidos no § 4º serão prestados independentemente de compromisso, e o juiz lhes atribuirá o valor que possam merecer. O juiz não tomará o compromisso de dizer a verdade dessas pessoas em seus depoimentos e atribuíra o valor que entender cabível. 
INFORMANTE: Em razão de alguma incapacidade, impedimento ou suspeição, este não prestará o compromisso de dizer a verdade, ou seja, o seu depoimento não terá a mesma qualidade que de uma testemunha.
- O juiz pode levar em consideração o depoimento do informante, mas não pode se basear somente nele para proferir sentença. Em contrapartida, no caso do depoimento da testemunha é facultado ao juiz basear-se somente neste.
- Um documento terá mais valor que o depoimento de um informante.
 Art. 448, CPC. A testemunha não é obrigada a depor sobre fatos:
I - Que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou companheiro e aos seus parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau;
II - A cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.
* Salvo essas hipóteses a testemunha não pode se recusar a depor.
Art. 449, CPC. Salvo disposição especial em contrário, as testemunhas devem ser ouvidas na sede do juízo. A testemunha tem a prerrogativa de ser ouvida em sua comarca.
Parágrafo único. Quando a parte ou a testemunha, por enfermidade ou por outro motivo relevante, estiver impossibilitada de comparecer, mas não de prestar depoimento, o juiz designará, conforme as circunstâncias, dia, hora e lugar para inquiri-la. Se a testemunha é enferma ou por outro motivo relevante não possa comparecer em juízo, o juiz poderá ir até o local em que ela se encontra para colher o depoimento. 
Produção da Prova Testemunhal
Art. 450, CPC. O rol de testemunhas conterá, sempre que possível, o nome, a profissão, o estado civil, a idade, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas, o número de registro de identidade e o endereço completo da residência e do local de trabalho.
* Materializa o Princípio do Contraditórioe da Ampla Defesa, pois a parte pode se preparar para a audiência que colherá o depoimento e até alegar impedimento, suspeição ou incapacidade. 
Art. 451, CPC. Depois de apresentado o rol de que tratam os §§ 4º e 5º do art. 357 , a parte só pode substituir a testemunha:
I - Que falecer;
II - Que, por enfermidade, não estiver em condições de depor;
III - que, tendo mudado de residência ou de local de trabalho, não for encontrada.
* A substituição só pode ocorrer nesses casos.
C/C
Artigo 357, CPC: Momento que o rol deve ser apresentado: 
§ 4º Caso tenha sido determinada a produção de prova testemunhal, o juiz fixará prazo comum não superior a 15 (quinze) dias para que as partes apresentem rol de testemunhas. Se apresentar fora do prazo- Preclusão.
§ 5º Na hipótese do § 3º, as partes devem levar, para a audiência prevista, o respectivo rol de testemunhas. Se o juiz designar a audiência para a decisão e saneamento, o rol deverá ser apresentado no dia da audiência. 
§ 6º O número de testemunhas arroladas não pode ser superior a 10 (dez), sendo 3 (três), no máximo, para a prova de cada fato.
Art. 452, CPC. Quando for arrolado como testemunha, o juiz da causa:
I - Declarar-se-á impedido, se tiver conhecimento de fatos que possam influir na decisão, caso em que será vedado à parte que o incluiu no rol desistir de seu depoimento; Ele aceita.
II - Se nada souber, mandará excluir o seu nome. Ele não aceita.
Art. 453, CPC. As testemunhas depõem, na audiência de instrução e julgamento, perante o juiz da causa, exceto: Possibilidade de a testemunha prestar depoimento em outro lugar e momento.
I - As que prestam depoimento antecipadamente;
II - As que são inquiridas por carta.
Art. 454, CPC. São inquiridos em sua residência ou onde exercem sua função: Para autoridades.
I - o presidente E o vice-presidente da República;
II - Os ministros de Estado;
III - os ministros do Supremo Tribunal Federal, os conselheiros do Conselho Nacional de Justiça e os ministros do Superior Tribunal de Justiça, do Superior Tribunal Militar, do Tribunal Superior Eleitoral, do Tribunal Superior do Trabalho e do Tribunal de Contas da União;
IV - O procurador-geral da República e os conselheiros do Conselho Nacional do Ministério Público;
V - O advogado-geral da União, o procurador-geral do Estado, o procurador-geral do Município, o defensor público-geral federal e o defensor público-geral do Estado;
VI - os senadores e os deputados federais;
VII - os governadores dos Estados e do Distrito Federal;
VIII - o prefeito;
IX - Os deputados estaduais e distritais;
X - Os desembargadores dos Tribunais de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais Eleitorais e os conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal;
XI - o procurador-geral de justiça;
XII - o embaixador de país que, por lei ou tratado, concede idêntica prerrogativa a agente diplomático do Brasil.
§ 1º O juiz solicitará à autoridade que indique dia, hora e local a fim de ser inquirida, remetendo-lhe cópia da petição inicial ou da defesa oferecida pela parte que a arrolou como testemunha. A autoridade estabelece o local e a hora para prestar o depoimento.
§ 2º Passado 1 (um) mês sem manifestação da autoridade, o juiz designará dia, hora e local para o depoimento, preferencialmente na sede do juízo.
§ 3º O juiz também designará dia, hora e local para o depoimento, quando a autoridade não comparecer, injustificadamente, à sessão agendada para a colheita de seu testemunho no dia, hora e local por ela mesma indicados.
Art. 455, CPC. Cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo. Regra: O advogado intima a parte a testemunha.
§ 1º A intimação deverá ser realizada por carta com aviso de recebimento, cumprindo ao advogado juntar aos autos, com antecedência de pelo menos 3 (três) dias da data da audiência, cópia da correspondência de intimação e do comprovante de recebimento.
§ 2º A parte pode comprometer-se a levar a testemunha à audiência, independentemente da intimação de que trata o § 1º, presumindo-se, caso a testemunha não compareça, que a parte desistiu de sua inquirição.
* Mesmo assim tem que apresentar Rol. Se a testemunha não comparecera parte perde a prova.
* Neste caso a parte não faz jus ao § 5º.
§ 3º A inércia na realização da intimação a que se refere o § 1º importa desistência da inquirição da testemunha.
§ 4º A intimação será feita pela via judicial quando:
I - For frustrada a intimação prevista no § 1º deste artigo;
II - Sua necessidade for devidamente demonstrada pela parte ao juiz;
III - figurar no rol de testemunhas servidor público ou militar, hipótese em que o juiz o requisitará ao chefe da repartição ou ao comando do corpo em que servir;
IV - A testemunha houver sido arrolada pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública;
V - a testemunha for uma daquelas previstas no art. 454 .
§ 5º A testemunha que, intimada na forma do § 1º ou do § 4º, deixar de comparecer sem motivo justificado será conduzida e responderá pelas despesas do adiamento. Condução Coercitiva. 
* Não se aplica no caso do § 2º.
Art. 456, CPC. O juiz inquirirá as testemunhas separada e sucessivamente, primeiro as do autor e depois as do réu, e providenciará para que uma não ouça o depoimento das outras.
Parágrafo único. O juiz poderá alterar a ordem estabelecida no caput se as partes concordarem.
Art. 457, CPC. Antes de depor, a testemunha será qualificada, declarará ou confirmará seus dados e informará se tem relações de parentesco com a parte ou interesse no objeto do processo.
§ 1º É lícito à parte contraditar a testemunha, arguindo-lhe a incapacidade, o impedimento ou a suspeição, bem como, caso a testemunha negue os fatos que lhe são imputados, provar a contradita com documentos ou com testemunhas, até 3 (três), apresentadas no ato e inquiridas em separado. Deve ser arguida e negada a incapacidade, impedimento ou suspeição no momento da audiência.
§ 2º Sendo provados ou confessados os fatos a que se refere o § 1º, o juiz dispensará a testemunha ou lhe tomará o depoimento como informante.
 Art. 458, CPC. Ao início da inquirição, a testemunha prestará o compromisso de dizer a verdade do que souber e lhe for perguntado.
Parágrafo único. O juiz advertirá à testemunha que incorre em sanção penal quem faz afirmação falsa, cala ou oculta a verdade. Caso minta será aplicado o crime de falso testemunho.
 Art. 459, CPC. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, começando pela que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com as questões de fato objeto da atividade probatória ou importarem repetição de outra já respondida. Sistema Adversárial- As partes fazem a pergunta diretamente à testemunha.
 Art. 460, CPC. O depoimento poderá ser documentado por meio de gravação. Registro.
 Art. 461, CPC. O juiz pode ordenar, de ofício ou a requerimento da parte:
I - A inquirição de testemunhas referidas nas declarações da parte ou das testemunhas; O juiz poderá, eventualmente, determinar a intimação de alguém para que preste depoimento quando for referido por outra testemunha.
Ex.: Ao dar o depoimento X e Y dizem que A estava presente em todas as ocasiões. Logo, o juiz determina a intimação de A para que seja ouvido como testemunha do juízo (testemunha referida)
 Art. 462, CPC. A testemunha pode requerer ao juiz o pagamento da despesa que efetuou para comparecimento à audiência, devendo a parte pagá-la logo que arbitrada ou depositá-la em cartório dentro de 3 (três) dias.
Art. 463, CPC. O depoimento prestado em juízo é considerado serviço público.
6°) PROVA PERICIAL 
Perito: Auxiliar do juízo- IMPARCIAL.Tem conhecimento técnico sobre determina coisa. Se submete as causas de impedimento e suspeição – Artigo 148, II, CPC.
Documento Elaborado: LAUDO PERICIAL 
Em regra, a nomeação do perito ocorre na Decisão de saneamento e organização, conforme artigo 375 § 8º, CPC. Caso tenha sido determinada a produção de prova pericial, o juiz deve observar o disposto no art. 465 e, se possível, estabelecer, desde logo, calendário para sua realização.
Art. 464, CPC. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.
Exame: Analisa alguém.
Avaliação: Atribui valor à algo.
Vistoria: Analisa bem.
§ 1º O juiz indeferirá a perícia quando:
I - A prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico;
II - For desnecessária em vista de outras provas produzidas;
III - a verificação for impraticável.
§ 2º De ofício ou a requerimento das partes, o juiz poderá, em substituição à perícia, determinar a produção de prova técnica simplificada, quando o ponto controvertido for de menor complexidade. Substituição da prova pericial pela prova técnica simplificada. 
§ 3º A prova técnica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialista, pelo juiz, sobre ponto controvertido da causa que demande especial conhecimento científico ou técnico.
§ 4 o Durante a arguição, o especialista, que deverá ter formação acadêmica específica na área objeto de seu depoimento, poderá valer-se de qualquer recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens com o fim de esclarecer os pontos controvertidos da causa. Perito tem que ser especialista.
Art. 465 CPC. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.
§ 1º Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do despacho de nomeação do perito:
I - Arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;
II - Indicar assistente técnico;
III - apresentar quesitos.
§ 2º Ciente da nomeação, o perito apresentará em 5 (cinco) dias:
I - Proposta de honorários;
II - Currículo, com comprovação de especialização;
III - contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as intimações pessoais.
§ 3º As partes serão intimadas da proposta de honorários para, querendo, manifestar-se no prazo comum de 5 (cinco) dias, após o que o juiz arbitrará o valor, intimando-se as partes para os fins do art. 95 . 
Regra: Aquele que requer a produção deverá arcar com os honorários. Quando os dois requerem, o juiz determina o rateio.
* Quem tem gratuidade de justiça não paga.
§ 4º O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos honorários arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários.
Art. 466, CPC. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, independentemente de termo de compromisso.
§ 1º Os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão sujeitos a impedimento ou suspeição.
Assistente Técnico: Auxiliar da parte. Parcial, não se submete as causas de impedimento e suspeição.
Documento Elaborado: PARECER
Art. 467, CPC. O perito pode escusar-se ou ser recusado por impedimento ou suspeição. Negócio Jurídico Processual.
* Possibilidade das partes capazes, quando há direito indisponível de entabularem acordo sobre quem será o perito, como será a perícia.
Parágrafo único. O juiz, ao aceitar a escusa ou ao julgar procedente a impugnação, nomeará novo perito.
 Art. 475, CPC. Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, o juiz poderá nomear mais de um perito, e a parte, indicar mais de um assistente técnico. Pode haver mais de um perito.
Art. 477 CPC. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.
§ 1º As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu respectivo parecer.
§ 2º O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer ponto:
I - Sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do juiz ou do órgão do Ministério Público;
II - Divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte.
§ 3º Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte requererá ao juiz que mande intimar o perito ou o assistente técnico a comparecer à audiência de instrução e julgamento, formulando, desde logo, as perguntas, sob forma de quesitos.
§ 4º O perito ou o assistente técnico será intimado por meio eletrônico, com pelo menos 10 (dez) dias de antecedência da audiência.
 
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
Artigo 357 até 368 do CPC
* Não é obrigatória
Dívida em 4 etapas: 
Art. 358, CPC. No dia e na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de instrução e julgamento e mandará apregoar as partes e os respectivos advogados, bem como outras pessoas que dela devam participar. Instalação da Audiência.
1ª Etapa da AIJ- 
- Tentativa Conciliatória.
* Pode e Deve ocorrer antes.
* Deve ocorrer independentemente da existência ou não de audiência de Conciliação/Mediação.
Art. 359, CPC. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem. 
2ª Etapa da AIJ- 
- Colheita de Prova oral.
- A produção de prova oral é a principal causa para a AIJ.
Art. 361, CPC. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente: Há uma ordem preferencial.
I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos requeridos no prazo e na forma do art. 477 , caso não respondidos anteriormente por escrito; II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais; III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas. E depois o Assistente técnico.
Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz.
----- Ocorre o término da Instrução e a da Fase de produção de provas. ----
3ª Etapa da AIJ- 4° e último momento do processo.
- Debates, alegações finais. 
Em regra: São orais- 20 min e depois + 10 min.
Podem ser escritas- memoriais, apresentam depois do final da audiência.
* Pode ou não ocorrer, o autor e o réu podem se reportar às suas peças.
Art. 364, CPC. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como ao membro do Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do juiz.
§ 1º Havendo litisconsorte ou terceiro interveniente, o prazo, que formará com o da prorrogação um só todo, dividir-se-á entre os do mesmo grupo, se não convencionarem de modo diverso.
§ 2º Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral poderá ser substituído por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo autor e pelo réu, bem como pelo Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, em prazos sucessivos de 15 (quinze) dias, assegurada vista dos autos.
4ª Etapa da AIJ-
- Prolação da sentença.
- Encerramento do processo.
* Pode ser oral (quando as partes apresentam alegações finais oralmente) ou, podem ser proferidas em gabinete (quando as partes pedem prazo).
 Art. 366, CPC. Encerrado o debate ou oferecidas as razões finais, o juiz proferirá sentença em audiência ou no prazo de 30 (trinta) dias.
SENTENÇA
 Art. 203, CPC. Os pronunciamentos

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