AÇÃO DE ALIMENTOS avoengos

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA XX VARA DA 
FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE ALFA 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUÍSA DOS SANTOS BASTOS, Nacionalidade XXX, menor impúbere, 
nascida em 01/01/2010, ora representada por sua genitora, Maria dos Santos, 
nacionalidade XXX, Divorciada, profissão XXX, filiação XXX, portadora da cédula 
de identidade de número XXX, inscrita sob o CPF de Número XXX, endereço 
eletrônico XXX, residente e domiciliada na Rua XXX, Número, XXX, CEP XXX, 
Bairro XXX, cidade Alfa, Estado XXX, por meio de seu advogado que esta 
subscreve (procuração em anexo), vem respeitosamente a presença de Vossa 
Excelência, propor: , com AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE LIMINAR
fulcro lei 5.478/68 em face de: na
ALICE BASTOS, nacionalidade XXX, estado civil XXX, profissão XXX, 
filiação XXX, portadora da cédula de identidade de número XXX, inscrita sob o 
CPF de Número XXX, endereço eletrônico XXX, residente e domiciliada na Rua 
XXX, Número, XXX, CEP XXX, Bairro XXX, cidade Delta, Estado XXX, pelos 
motivos de fato e de direito a seguir expostos: 
 
I- DA JUSTIÇA GRATUITA 
Conforme declaração de insuficiência de recursos (doc.), a Autora não 
possui condições de arcar com o pagamento das custas processuais, sem 
prejuízo de seu sustento e da sua própria família. 
Nesse sentido, dispõe o art. 98, CPC que “A pessoa natural ou jurídica, 
brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as 
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despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da 
justiça, na forma da lei.” 
Ante o exposto, requer a concessão dos benefícios da gratuidade. 
 
II- DA COMPETENCIA DESTE JUÍZO 
Este juízo é competente para processar a análise da questão ventilada 
nos autos, já que a presente demanda versa sobre questões alimentícias, 
portando, deve ser aplicado as disposições contidas no art. 53, II, CPC, que 
determina que a ação de alimentos seja processada no domicilio do menor. 
Neste sentido, comprova-se que a mãe do alimentado, possui domicilio 
necessário, e é domiciliada na cidade Alfa, conforme disposto no comprovante 
ora anexado nos autos (doc.). 
 
III- DOS FATOS 
A representante da parte autora neste caso, a senhora Maria dos Santos, 
manteve matrimonio com o Senhor Paulo Bastos, relação esta que acabou 
culminando no nascimento de Luísa dos Santos Bastos, nascida no dia 
01/01/2010 conforme certidão de nascimento e RG do genitor, falecido, ora 
acostada nos autos (doc.). Contudo, no ano de 2013 no dia 04 de julho seus pais 
vieram a se divorciar como consta no documento em anexo. 
No divorcio ficou estabelecido que o pai pagaria pensão alimentícia a 
Luísa no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), o que fez até o dia da sua morte, 
em 25/08/2015 (doc.). Entretanto, Paulo Bastos não deixou bens a partilhar, de 
modo que Luísa nada recebeu de herança. Sem condições de arcar sozinha com 
a manutenção e educação da filha, já que recebe apenas um salário-mínimo 
nacional de remuneração por mês. 
Atualmente a criança vive sob os cuidados de sua mãe, que por sua vez 
tem assumido total responsabilidade na criação de sua filha, porém a mesma se 
encontra com dificuldades para arcar com a criação de sua filha, tendo em vista 
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que recebe um salário mínimo, valor absolutamente insuficiente para arcar com 
as despesas da menor, conforme holerite anexo (doc.). 
Ocorre que a avó paterna da autora, Alice Bastos, sua única avó viva, 
possui uma vida extremamente confortável, deste modo, a mesma possui plena 
capacidade de ajudar na criação e no sustento de sua neta, tendo em vista que 
a mesma também é aposentada, detentora de um farto patrimônio, além do mais 
Alice Bastos não possui maiores despesas, pois a mesma não possui nenhum 
dependente. 
Diante dos fatos narrados, a autora requer que seja auferida uma pensão 
alimentícia em face de sua avó, no valor de R$1.500,00 (Mil e quinhentos reais). 
 
IV- DO DIREITO
Conforme mencionado no tópico anterior, o pai da autora faleceu em 
25/08/2015, e todos os demais avós faleceram antes da Autora nascer, maneira 
pela qual a subsidiariedade de que trata a Súmula 596 do e. STJ foi preenchida 
no caso concreto. 
 
Vejamos o entendimento sumulado: 
 
Súmula 596: A obrigação alimentar dos avós tem natureza complementar 
e subsidiária, somente se configurando no caso de impossibilidade total ou 
parcial de seu cumprimento pelos pais. 
Ora Exa., obviamente que a genitora da Autora se compromete com todas 
as despesas necessárias à sobrevivência de sua família, especialmente sua 
única filha. Contudo, devido as atuais condições financeiras que foram 
comprovadas por meio dos comprovantes anexos, é necessária a 
complementação da avó paterna, ora requerida, com fundamento em nossa 
Constituição Federal e demais disposições que envolvem o tema em tela. 
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O dever de prestar alimentos se sustenta no artigo 227 da Constituição 
Federal, ao determinar ser dever da família assegurar, de maneira ampla, o bem 
estar da criança e do adolescente, vejamos. 
Art. 227- É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à 
criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à 
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além 
de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, 
violência, crueldade e opressão. 
Com fulcro no art. 1696, CC é evidente que sua avó possui a obrigação 
alimentícia. 
Art. 1696 – O direito à prestação de alimentos é reciproca entre pais e 
filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais 
próximos em grau, uns em falta de outros. 
No caso demonstrado, é evidente que a genitora da autoria não possui 
condições de arcar com as despesas básicas de sua filha, portanto, configura o 
primeiro requisito, necessidade. 
A possibilidade financeira por sua vez é demonstrada, já a requerida que
possui uma confortável situação financeira, conforme consta nos documentos 
em anexo, sem prejuízo das demais provas que serão carreadas aos autos, 
especialmente as últimas declarações de imposto de renda que comprovam o 
alegado, cuja quebra de sigilo bancário e fiscal, o requer desde já. 
 
V- DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
Com base no disposto na lei 5478/68 que versa sobre ações de alimentos, 
prevê a possibilidade de fixação de alimentos provisórios, conforme dispõe o 
art.4 da referida lei. 
No caso narrado, a situação de necessidade é presumida, sendo certo 
que se faz necessária a fixação de alimentos para suprimento das necessidades 
vitais, no valor mínimo de R$1.500,00 (Mil e quinhentos reais). 
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VI- DO PEDIDO 
Diante do exposto, requer: 
1- A citação do réu, para que esta compareça a audiência de conciliação que 
será designada pelo magistrado; 
 
2- Após ser realizadaa audiência de mediação e conciliação, sera aberto um 
prazo para que a ré conteste, sob pena de revelia; 
 
3- A remessa dos autos ao MP; 
 
4- A concessão do benefício da justiça gratuita, levando em consideração 
que a parte autora não goza de meios para arcar com as despesas 
processuais; 
 
5- A concessão de todos os meios de provas admitidos, requerendo desde 
o presente momento o depoimento pessoal da requerida, oitiva de 
testemunhas e juntada de novos documentos, além da expedição de uma 
série de ofícios, cuja solicitação será realizada em momento oportuno; 
 
6- Que seja julgada PROCEDENTE o pedido de alimentos; 
 
7- A fixação de alimentos provisórios, no valor total de R$1.500,00 (Mil e 
quinhentos reais), conforme estabelece o art. 4 da lei de alimentos; 
 
8- A condenação da demandada para o pagamento das verbas de 
sucumbência, custas processuais e honorários advocatícios; 
 
9- Que o Ministério Público seja intimado para se manifestar no presente 
feito, com base no elencado no art. 178, II, CPC. 
 
 
VII- DO VALOR DA CAUSA 
Dá se o valor da causa R$ 18.000,00 (Dezoito Mil reais) 
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Termos em que, 
Pede deferimento 
 
Local, data 
Advogado/ OAB