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FARMÁCIA CLÍNICA E ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
 
Fonte:pixabay.com.br 
 
A farmácia clínica é a área voltada para o cuidado do paciente que visa à promoção, 
proteção e recuperação da saúde e prevenção de seus agravos, devido ao uso inadequado 
de medicamentos. As condutas do farmacêutico clínico buscam otimizar a farmacoterapia, 
promover o uso racional de medicamentos e, sempre que possível, melhorar a qualidade de 
vida. 
 
Por meio da análise da terapia farmacológica, atuação interprofissional e uso de ferramentas 
de pesquisa o farmacêutico deve oferecer o melhor cuidado ao paciente e a melhor 
informação disponível à equipe assistencial, com o intuito de reduzir ocorrências de eventos 
adversos a medicamentos e aumentar a segurança dos mesmos (BRASIL, 2013 apud LIMA, 
2017). 
Esta área não é restrita somente a hospitais, mas inclui também farmácias 
comunitárias, clínicas privadas, ambulatórios, unidades de saúde e lares de longa 
permanência. Pode ser exercida em qualquer local que possua usuários de medicamentos 
expostos ao risco e às consequências de seu uso. 
A prevenção e resolução dos problemas relacionados a medicamentos (PRM) é 
possível por meio das intervenções farmacêuticas realizadas pelo farmacêutico clínico. Desta 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
forma, este serviço torna-se indispensável para avaliar a situação clínica do paciente diante 
da análise do risco-benefício que um medicamento pode proporcionar (ALANO, 2012 apud 
CORREIA, 2017). 
O profissional que atua clinicamente tem, entre outras funções, a de garantir o uso 
correto do medicamento, em conjunto com a equipe multiprofissional dos hospitais e 
ambulatório, reduzindo o tempo de internação e melhorando a adesão destes ao 
tratamento para garantir uma melhor qualidade de vida. Atua também na gestão da 
farmacoterapia, revisando aspectos da seleção, administração e resultados terapêuticos 
obtidos. Fornece educação e orientação ao paciente e recomendações ao médico para 
ajustes no tratamento. 
Segundo a definição de “cuidado centrado no paciente”, publicada pela Resolução nº 
585/2013, do Conselho Federal de Farmácia (CFF): 
“Relação humanizada que envolve o respeito às crenças, expectativas, experiências, 
atitudes e preocupações do paciente ou cuidadores quanto às suas condições de saúde e ao 
uso de medicamentos, na qual farmacêutico e paciente compartilham a tomada de decisão e 
a responsabilidade pelos resultados em saúde alcançados”. 
É muito importante o entendimento do farmacêutico clínico sobre esta questão para 
assegurar um cuidado adequado. 
O farmacêutico clínico é o profissional que está inserido no cuidado direto, 
participando ativamente da terapia medicamentosa, exercendo suas atividades com 
autonomia para a tomada de decisões baseadas nos princípios éticos da profissão. Para o 
desenvolvimento da farmácia clínica, o farmacêutico deverá possuir conhecimento amplo e 
integrado em diversas áreas, tais como: Farmacologia, Bioquímica, Fisiopatologia, 
farmacotécnica, entre outras. 
Além da capacidade de estabelecer conexão com a equipe e o paciente, exercitar a 
visão sistêmica para antever os riscos e promover segurança, busca pelo melhor desfecho 
clínico, utilizando os recursos de maneira sustentável, sempre utilizando de empatia nas 
relações. 
A farmácia clínica transforma-se dentro da farmácia hospitalar, agregando às muitas 
funções desse serviço a intervenção farmacêutica baseada no paciente e na melhor maneira 
de lhe dispensar os cuidados farmacêuticos com os menores riscos possíveis, demonstrando 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
o caráter amplo dessa área. 
Incorporar o farmacêutico clínico na equipe assistencial está entre as recomendações 
das organizações internacionais responsáveis pela certificação de qualidade dos serviços de 
Farmácia Hospitalar, classificando essa medida como uma ação preventiva de eventos 
adversos evitáveis e de problemas relacionados a medicamentos (COSTA, 2014 apud 
RODRIGUES, 2011). 
Estima-se que cerca de 5 a 10% das internações ocorram devido a condições clínicas 
resultantes da farmacoterapia. A atividade do farmacêutico clínico pode aumentar a eficácia 
e a segurança da terapia medicamentosa por meio de intervenções farmacoterapêuticas, 
minimizando problemas relacionados a medicamentos e otimizando a alocação de recursos 
financeiros associados aos cuidados de saúde (RODRIGUES, 2019). 
Após o movimento da farmácia clínica, em meados da década de 1970, alguns 
autores se empenharam em redefinir o papel do farmacêutico em relação ao paciente, pois 
segundo eles a farmácia clínica estava restrita ao ambiente hospitalar e voltada 
principalmente para a análise da farmacoterapia dos pacientes, sendo que o farmacêutico 
ficava próximo apenas à equipe de saúde. Dessa forma, visando nortear e estender a 
atuação do profissional farmacêutico para as ações de atenção primária em saúde, tendo o 
medicamento como insumo estratégico e o paciente como foco principal, iniciaram a 
construção inconsciente do conceito de Atenção Farmacêutica, que só viria a receber essa 
terminologia no final da década de 1980 (MIKEL,1975 apud PEREIRA 2008, p 602). 
O termo Atenção Farmacêutica foi adotado e oficializado no Brasil, a partir de 
discussões lideradas pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Organização 
Mundial de saúde (OMS), Ministério da Saúde (MS), entre outros. Nesse encontro, foi 
definido o conceito de Atenção Farmacêutica: “um modelo de prática farmacêutica, 
desenvolvida no contexto da assistência farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, 
comportamentos, habilidades, compromissos e corresponsabilidades na prevenção de 
doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a 
interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a 
obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de 
vida. Esta interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as 
suas especificidades biopsicossociais, sob a ótica da integralidade das ações de saúde” 
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(CONSENSO BRASILEIRO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA, 2002 apud PEREIRA 2008). 
Entretanto, o conceito de atenção farmacêutica mais aceito e citado atualmente, no 
qual a Atenção Farmacêutica é apresentada como a parte da prática farmacêutica que 
permite a interação do farmacêutico com o paciente, objetivando o atendimento das suas 
necessidades relacionadas aos medicamentos. Trabalhos relatam que, a formação clínica do 
profissional farmacêutico torna-se decisiva para o futuro da prática de atenção 
farmacêutica, pois ao adquirir os conhecimentos de farmácia clínica, o farmacêutico estará 
apto para realizar acompanhamento farmacoterapêutico completo e de qualidade, 
avaliando os resultados clínico laboratoriais dos pacientes e interferindo diretamente na 
farmacoterapia. Vale ressaltar que além do conhecimento de farmácia clínica, a atenção 
farmacêutica exige do profissional preocupação com as variáveis qualitativas do processo, 
principalmente aqueles referentes à qualidade de vida e satisfação do usuário. A imagem 
abaixo, mostra o processo geral de Atenção Farmacêutica ao paciente. 
A Atenção Farmacêutica baseia-se principalmente no acompanhamento 
farmacoterapêutico dos pacientes, buscando a obtenção de resultados terapêuticos 
desejados por meio da resolução dos problemas farmacoterapêuticos, procurando-se definir 
uma atividade clínica para o farmacêutico, tendo o paciente como ponto de partida para a 
solução dos seus problemas com os medicamentos (CIPOLLE, 2000 apud PEREIRA 2008). 
 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
 
 
 
Fonte: OTUKI, 2011 apud Conselho Regional de Farmácia. 
 
INTERVENÇÃO FARMACÊUTICAFonte:www.crfms.org.br 
 
Atenção Farmacêutica surge no cenário brasileiro e internacional como um novo 
exercício profissional onde o farmacêutico assume a responsabilidade de garantir que o 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
http://www.crfms.org.br/
 
 
paciente, que recebe um medicamento, possa cumprir os esquemas farmacoterapêuticos e 
seguir o plano de assistência, de forma a alcançar resultados positivos. 
Ao farmacêutico moderno é indispensável conhecimentos, atitudes e destrezas que 
permitam ao mesmo integrar-se à equipe de saúde e interagir mais com o paciente e a 
comunidade, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida no que se refere à 
otimização da farmacoterapia e o uso racional de medicamentos. As ações do farmacêutico, 
no modelo de atenção farmacêutica, em sua grande maioria, são atos clínicos individuais. 
As sistematizações das intervenções farmacêuticas e a troca de informações dentro 
de um sistema de informação composto por outros profissionais de saúde podem contribuir 
para um impacto em nível coletivo e na promoção do uso seguro e racional de 
medicamentos. 
No início do século XX, o farmacêutico era o profissional de referência para a 
sociedade nos aspectos relacionados ao medicamento, atuando na guarda, na dispensação e 
na manipulação de, praticamente, todos os fármacos disponíveis na época. Com a expansão 
da indústria farmacêutica, o abandono da prática de formulação pela classe médica e a 
diversificação do campo de atuação fizeram com que a prática farmacêutica consistisse 
apenas na distribuição de medicamentos industrializados, levando o profissional a se 
distanciar da área (GOUVEIA, 1999 apud AMARAL, 2008). 
A preocupação com a qualidade, a eficácia e a segurança dos medicamentos 
produzidos em larga escala fez com que o farmacêutico hospitalar fosse solicitado a 
prestar informações sobre as características que os novos medicamentos podiam ter sobre o 
perfil clínico dos pacientes. 
Nos anos 60, surge nos Estados Unidos, a farmácia clínica com o objetivo de 
promover a saúde, prevenir e monitorar eventos adversos, intervir e contribuir na prescrição 
de medicamentos para a obtenção de resultados clínicos positivos, otimizar a qualidade de 
vida dos pacientes e minimizar os custos relacionados à terapia. 
Dessa forma o farmacêutico passa a integrar a equipe de saúde e a atuar de forma 
mais efetiva na assistência prestada ao paciente, usando seus conhecimentos para melhorar 
o cuidado. 
Torna-se fundamental para a terapêutica clínica à medida que ocorre a prevenção 
dos erros de medicamentos, a promoção do uso correto e racional, a diminuição do custo da 
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terapia e o tempo de internação do paciente. 
Atualmente, é quase impossível pensar em prática médica ou a relação médico- 
paciente sem a presença de medicamentos. O seu uso indevido é um problema de saúde 
pública e gera grandes consequências econômicas, todavia quando utilizado 
apropriadamente é o recurso terapêutico mais eficaz. 
O farmacêutico realiza a monitorização terapêutica analisando a posologia, a 
interação do medicamento com outros fármacos, com alimento ou com alguma patologia, a 
via de administração, a indicação terapêutica e os efeitos adversos. Essa avaliação poderá 
resultar em uma intervenção farmacêutica (FARRÉ, 2000 apud FINATO, 2012). 
O farmacêutico é o profissional do medicamento e deve estar inserido na equipe 
multiprofissional para o combate ao uso irracional de medicamentos e na diminuição de 
erros e eventos adversos, sempre contribuindo na melhoria da farmacoterapia e na 
promoção da qualidade de vida dos pacientes. 
A intervenção farmacêutica é capaz de melhorar o cuidado ao paciente e quando 
documentada permite a avaliação da qualidade por meio de indicadores, os quais podem ser 
utilizados para demonstrar a contribuição do farmacêutico na assistência, reforçar aos 
profissionais a importância desse cuidado e comparar os dados com outras instituições, 
visando melhorias de processos. 
Para realizar a farmácia clínica com qualidade é importante que os processos estejam 
sistematizados e padronizados de modo que se possa definir e ampliar esse instrumento de 
trabalho em todos os campos de atuação e até mesmo em outras instituições hospitalares. 
Um dos desafios da categoria farmacêutica é modificar as condutas, incorporando na 
prática profissional um modelo que propicie ao farmacêutico assumir a responsabilidade 
com a farmacoterapia. Para tanto a relação contínua entre paciente e farmacêutico é 
fundamental para que os serviços de intervenção farmacêutica sejam realizados de maneira 
ética e legal, fornecendo resultados permanentes assegurando a efetividade da terapia 
estabelecida (AMARAL, 2008). 
Deste modo cabe aos profissionais farmacêuticos buscarem seus lugares frente às 
equipes de saúde, criando assim laços que sustente a sua prática profissional, indo ao 
encontro dos objetivos estabelecidos para a intervenção farmacêutica e procurando 
identificar e servir as necessidades reais do cidadão. 
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Atuação do farmacêutico na farmácia clínica 
 
Fonte: radiocidadesa.com.br 
 
O farmacêutico clínico é o profissional responsável por promover o uso racional de 
medicamentos, através da educação em saúde, dispensação segura de medicamentos, 
otimização da farmacoterapia, garantindo segurança e efetividade no tratamento 
farmacológico, além de ser o profissional responsável pela identificação e resolução dos 
problemas relacionados aos medicamentos - PRM. Dessa forma, atuando junto à equipe 
multidisciplinar, o farmacêutico promove, saúde e qualidade de vida para os pacientes. 
O uso irracional de medicamentos é um importante problema de saúde pública em 
todo mundo, gerando grande impacto nos resultados clínicos, econômicos e humanistas. 
Estima-se que a prescrição incorreta pode acarretar elevação dos gastos em 50 a 70% dos 
recursos governamentais destinados à aquisição de medicamentos. Todavia, se usados 
adequadamente, os medicamentos são os recursos terapêuticos de maior custo-benefício 
(LE GRAND A,1999 apud REIS, 2013). 
O uso racional ocorre quando os pacientes recebem a medicação adequada às suas 
necessidades clínicas, na dose correta, por um período de tempo necessário, e ao menor 
custo para si e para a comunidade. Os seguintes processos estão incluídos nesse contexto 
farmacoterapia adequada, indicação adequada, medicação correta, dose certa de acordo 
file:///D:/Meus%20Negocios/Pensar%20Cursos/www.pensarcursos.com.br
https://www.radiocidadesa.com.br/
 
 
com as condições clínicas do paciente, administração e duração de tratamento apropriadas, 
adesão adequada do paciente ao tratamento, assim como avaliação e acompanhamento de 
possíveis eventos adversos relacionados ao tratamento. 
A consulta farmacêutica tem início com a coleta de dados do paciente. Esta é feita 
por meio de uma anamnese e exame clínico e o paciente é a principal fonte das 
informações. Além do relato que o próprio paciente faz sobre sua saúde, seus problemas 
médicos e tratamentos em curso, outras informações podem ser obtidas de familiares e 
cuidadores ou de outros profissionais da saúde. São indispensáveis ainda os dados advindos 
de exames clínicos, laboratoriais, prescrições médicas, entre outros documentos 
pertencentes ao histórico clínico do paciente. Quando a consulta é agendada, ajuda muito 
pedir ao paciente que leve seus medicamentos, suas receitas médicas e últimos exames. A 
entrevista clínica é focada no perfil do paciente, história clínica e história de medicação. A 
história clínica inclui a queixa principal, história da doença atual, história médica pregressa, 
história social, familiar e revisão por sistemas. A história de medicação inclui os 
medicamentos em uso, plantasmedicinais, medicação pregressa, histórico de alergias, 
reações adversas a medicamentos e a experiência de medicação do paciente 
As atividades desenvolvidas por farmacêuticos clínicos desempenham papel 
fundamental na promoção do uso racional de medicamentos, garantindo ao paciente uma 
farmacoterapia adequada, com resultados terapêuticos definidos, e minimizando 
consequentemente os riscos de resultados desfavoráveis da terapia medicamentosa, além 
de diminuir custos (MARIN, 2003 apud REIS, 2013). 
Entre essas atividades, a revisão das prescrições médicas é um item extremamente 
importante, pois permite a identificação, a resolução e a prevenção do surgimento de PRM e 
desfechos negativos associados à farmacoterapia. 
O farmacêutico clínico deve estar integrado à equipe interdisciplinar, acompanhando 
diariamente o trabalho realizado e buscando agregar com seus conhecimentos 
farmacológicos na qualidade do trabalho assistencial. Também é possível verificar a 
promoção da segurança ao paciente, uma vez que a maioria dos erros de medicação ocorre 
durante a fase de prescrição e no processo de administração do medicamento, o 
farmacêutico promove maior influência para prescrição e uso adequado do medicamento 
(PATANWALA, 2010 apud MIRANDA, 2012). 
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De acordo com a Associação Americana de Farmacêuticos Clínicos (ACCP – do inglês 
American College of Clinical Pharmacy), as competências exigidas pelo farmacêutico clínico 
envolvem: 
• capacidade de solucionar problemas, julgamento e tomada de decisão; 
• comunicação e educação; 
• gerenciamento e avaliação das informações médicas; 
• gerenciamento de populações; 
• conhecimentos de farmacoterapia. Associadas ainda a capacidade de: 
• Mente investigativa (nexo causal); 
• Acesso à informação de qualidade (literatura atualizada); 
• Habilidade de avaliação das situações; 
• Habilidade de comunicação; 
• Disponibilidade de educação permanente. 
• Realiza e desenvolve procedimentos para a promoção, proteção e 
recuperação da saúde; 
• Assegura que o medicamento seja administrado na dose, frequência, via de 
administração e horário corretos; 
• Verifica-se que a prescrição médica está de acordo com aspectos técnicos e 
legais; 
• Promove intervenções terapêuticas, quando necessário; 
• Realiza consulta, anamnese e avaliação farmacêutica; 
• Integra comissões, criadas com o objetivo de promover o uso racional de 
medicamentos e garantir a segurança do paciente; 
• Planeja e coordena, junto com outros profissionais da saúde, estudos 
epidemiológicos e outras investigações relacionadas à área da saúde; 
• Participa de comitês de ética em pesquisa; 
• Monitora e avalia os resultados da farmacoterapia por meio da solicitação de 
exames; 
• Analisa os níveis terapêuticos dos fármacos administrados durante o 
tratamento do paciente; 
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• Identifica interações medicamentosas; 
• Desenvolve plano de cuidado farmacêutico individual para cada paciente; 
• Analisa, em períodos pré-determinados, os resultados das intervenções 
farmacêuticas; 
• Administra medicamentos aos pacientes, quando for de sua competência 
profissional; 
• Orienta quanto à administração de formas farmacêuticas; 
• Prescreve no âmbito de sua competência profissional; 
• Verifica a adesão do paciente ao tratamento medicamentoso. 
• Desenvolve métodos para promover a maior adesão do paciente ao 
tratamento; 
• Informa e orienta a sociedade quanto ao uso racional de medicamentos, por 
meio de programas e materiais educativos; 
• Participa da formação e desenvolvimento profissional de farmacêuticos; 
• Faz parte da coordenação, supervisão, auditoria, acreditação e certificação 
de ações e serviços relacionados às atividades do profissional farmacêutico; 
• Elabora e atualiza formulários terapêuticos e protocolos clínicos para a 
utilização de medicamentos. 
 
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