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Aula Semiologia de Grandes Animais - Parte 1

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“ Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu
jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para a vossa
alma. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mateus 11: 28-30 Vai dar tudo certo! o/
Aula 1: Sistema respiratório de equinos 11/01
- Função: Fornecer oxigênio, termo regulação corporal, eliminação e perda de líquidos...
- Frequência respiratória: FR em repouso = 10 e 14 rpm. Variação: tamanho corporal, idade,
exercício, excitação, temperatura e umidade relativa do ar, gestação, grau de repleção do
aparelho digestório e do estado de higidez do animal. A ventilação (volume de ar que entra e
sai dos pulmões do cavalo) em um cavalo de 500kg, em repouso, é de 50 a 60 litros/minuto.
No galope pode aumentar para 1.800 litros/minuto. Auscultação: ____ bpm!
➔ Enfermidades do Sistema Respiratório
1) SINUSITES: Processo inflamatório e infeccioso dos seios paranasais (maxilar e frontal) que
podem ser classificadas como primárias (Streptococcus equi e S. zooepidenicos) ou
secundárias (afecções periodontais, processos tumorais) cujas principais características são o
acúmulo de secreção purulenta (serosa a grumosa) – a drenagem do pus pode ser feita na
cavidade nasal/narinas ou fístulas -, halitose (doença peridontal – 1° molar, 4° e 3° pré-molar
/ superiores) e secreção nasal (Unilateral ou bilateral -> grave).
- Diagnóstico: Quadro clínico -> apatia; presença de secreção nasal purulenta ou fístula;
afecção dentária. Percussão do seio: som submaciço a maciço. Exame radiográfico (lesão
óssea, extensão da infecção, dente comprometido). Cultura e antibiograma (através de
trepanação, na sinusite primária). FUNDAMENTAL O ANTIBIOGRAMA!!!
*Diagnóstico Diferencial: outras afecções do trato respiratório.
- Tratamento: Drenagem por trepanação e lavagem dos seios paranasais: solução antisséptica
de permanganato de potássio 1:3.000 ou iodo-povidine a 1%, infusão nos seios paranasais:
solução de metronidazol a 0,5%, antibioticoterapia sistêmica, antiinflamatório (AINE):
(Fenilbutazona 2 a 4,4 mg/kg, IV, 12-12h).
*Extração dentária – fazer curativos 3 vezes ao dia. Cirurgia: osteotomia em flap (casos
crônicos graves)*
2) PNEUMONIA / PLEUROPNEUMONIA: Inflamação grave do parênquima pulmonar,
brônquios, bronquíolos e pleura. Basicamente TODAS AS AFECÇÕES RESPIRATÓRIAS pode
acarretar uma pneumonia. As causas, em suma, são aquelas que cursam com uma
diminuição na imunidade do animal, como: estresse por transporte prolongado/inadequado;
trabalho forçado em animais debilitados e enfermos; exercícios extenuantes; intervenções
cirúrgicas; acidentes iatrogônicos (entubação pulmonar, passagem da sonda nasogástrica
por falsa via, traumas torácicos e traqueais, introdução de corpos estranhos nos pulmões);
alterações imunológicas (baixa de resistência e falha na transferência de imunidade passiva
em potros); ciclo pulmonar de parasitos (Dictyocaulus arnfield e Parascaris equorum) –
pneumonia bacteriana secundária; Influenza Equina (Vírus da Influenza equi A1 e equi A2);
Fungos (Aspergillus SP., Mucor, Rhizopus, Candida spp., Coccidioides immitis, Histoplasma
capsulatum e Cryptococcus neoformans), Bactérias (Streptococus zooepidemiccus,
“ Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu
jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para a vossa
alma. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mateus 11: 28-30 Vai dar tudo certo! o/
Pasteurella hemolítica, Staphylococcus aureus, E. coli, Klebsiela pneumoniae, Rhodococcus
equi, Actinobacillus equuli e Salmonella spp).
- Sintomatologia: Apatia, anorexia, intolerância ao exercício, tosse seca, taquipneia,
respiração superficial, temperatura (40 e 41°C); Depressão, corrimento nasal bilateral
(mucoso, muco-hemorrágico e mucupurulento); Pleurite (pleura visceral e parietal),
respiração dolorosa, ataxia, gemidos (ao caminhar defecar e urinar). Você percebe que o
animal está sentindo dor!!!
- Diagnóstico: Características clínicas -> Auscultação e percussão do tórax: Aumento de
murmúrios vesicular na fase congestiva; estertores úmidos e creptantes na
broncopneumonia. Ultrassonografia: Efusão pleural, presença de fibrina, atelectasia
pulmonar, presença de abcessos e necrose. Laboratorial: Hemograma (quase que
diariamente); lavado bronqueotraqueal; toracocentese; cultura e antibiograma
(fundamental!).
-> Pneumonia Gangrenosa: ar expirado com odor fétido (necrose do parênquima pulmonar).
-> Pleuropneumonia: ruído de atrito pleural (fase inicial); ausência de ruído pulmonar, devido
ao acúmulo de líquido no tórax (fase exsudativa).
- Tratamento: Repouso em baia arejada (baia com areia grossa) e protegida do frio e do
vento; Antibióticoterapia de amplo espectro, por 7 a 10 dias, mas DEPENDE DO RESULTADO
DO ANTIBIOGRAMA! Exemplo: Clorafenicol, Sulfa, gentamicina, ampicilina, eritromicina,
metronidazol etc, Infusão intratraqueal: 200 a 300ml de solução fisiológica com antibiótico.
Na pleuropneumonia é realizado a toracocentese (7º EI Direito e 9º EI Esquerdo) para
drenagem da efusão pleural purulenta. Deve-se realizar diariamente, se necessário, e só
pode ser feita obrigatoriamente em um hospital (atenção ao fator estresse que pode piorar o
quadro do animal!!!). A lavagem pleural é feita com 8-10 litros de soro ringer e é
contra-indicado se se há comunicação broncopleural.
Outros: Toracotomia para retirada de fibrina e aderências, Oxigênioterapia,
Antiinflamatório Corticóide (dexametasona para diminuir o edema), Antitérmico (dipirona),
Inalações com expectorantes, Mucolíticos e broncodilatadores, Complexos vitamínicos
(importante!!!), Fluidoterapia (cuidado com a velocidade da infusão, devido ao edema agudo
pulmonar e insuficiência cardíaca); Vermífugo (em potros com larvas de vermes pulmonares
nas fezes e eosinófilos na secreção traqueobronquial) e diuréticos para diminuir o edema
pulmonar (atenção para não causar desidratação!).
3) INFLUENZA EQUINA - Enfermidade infecto-contagiosa, cujo agente é Influenzavírus tipo A
(subtipos: equi-1 e equi-2) que é transmitida através do ar e por gotículas na tosse.
Apresenta alta morbidade e baixa mortalidade.
Influenzavírus equi-A1: inflamação nasofaringeana e laringo-traqueal;
Influenzavírus equi-A2: broquite, bronquiolite, podendo causar miocardite e encefalite. +
grave!
“ Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu
jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para a vossa
alma. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mateus 11: 28-30 Vai dar tudo certo! o/
- Sinais clínicos: Tosse seca e contínua (por 3 dias); Rinite (exsudato seromucoso a mucoso);
Tosse profunda e úmida (com eliminação do vírus em aerosol); Temperatura de 40°C a 41,5°C
(equi-A2 associado à infecção bacteriana secundária); Apatia, inapetência e lacrimejamento.
Casos graves podem evoluir para: Broquite e broquiolite (auscultação: estertores e sibilos);
Pneumonia (auscutação: áreas de silêncio pulmonar).
- Diagnóstico: Sinais clínicos e característica epidêmica da doença. Diagnóstico laboratorial:
coleta do exsudato nasal.
Diagnóstico diferencial com a Rinopneumonite eqüina (herpesvírus equi-1).
- Tratamento (sintomático): Antitérmico (dipirona: 5 a 25 mg/kg, IM ou IV, 12-12h);
Antibiótico preventivo (tetraciclina: 10 a 20 mg, IM, 12-12h, por 5 a 10 dias); Corticóide
(dexametasona: 0,05 mg/kg, IM ou IV, 24h); Mucolíticos e brocodilatadores.
Manejo: baia arejada, abrigada do frio e do vento; A cama da baia deve ser de areia ou com
pouco pó.
- Profilaxia: VACINAÇÃO (primeira dose; reforço; a cada 6 meses). Vacinas comerciais:
Influenzahorse; Lexington-8; Tri-equi. O ANIMAL PRECISA OBRIGATORIAMENTE ESTAR
VACINADO PARA PARTICIPAR EM EVENTOS E DE PREFERENCIA COM ATESTADO DE UM
MÉDICO VETERINÁRIO!
4) MORMO: Zoonose de notificação obrigatória e indicação de sacrifício doanimal enfermo.
Enfermidade infecto-contagiosa, causada pela bactéria Burkholdeira mallei (gram-negativa,
imóvel, aeróbia ou anaeróbia facultativa, não esporulada, não redutora de nitrato, sensível
ao calor e à luz e resiste por até 2 meses no ambiente).
ETIOPATOGENIA: acomete os equídeos, preferencialmente muares e asininos; maior
frequência nas regiões norte e nordeste do Brasil; transmissão através de alimentos, água,
aerosóis, secreções nasais, fistulação e abcessos; penetração bacteriana através das mucosas
orofaringe, nasal, intestinal e por soluções de continuidade da pele. Período de incubação:
de 3 dias a alguns meses, sem sinais clínicos. Fase aguda (edema no peito e óbito em 48
horas) x Fase crônica (apatia, fadiga, febre, tosse, emagrecimento).
Formas da doença: nasal, pulmonar e cutânea:
- NASAL: descarga nasal serosa unilateral ou bilateral, evoluindo para secreção purulunta
(coloração amarelo-escuro) e purulenta hemorrágica.
- PULMONAR: pneumonia grave e pleurite fibrinosa.
- CUTÂNEA: abcessos cutâneos e adenopatia.
- Diagnóstico: Sinais clínicos e epidemiologia (ambiente insalubre) e Diagnóstico Laboratorial:
Sorologia (Teste de Fixação de Complemento e Teste de Maleína). EXAME NEGATIVO é
obrigatório, para participação em eventos equestres.
“ Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu
jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para a vossa
alma. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mateus 11: 28-30 Vai dar tudo certo! o/
5) GARROTILHO /ADENITE EQUINA Enfermidade infecto-contagiosa, causada por
Streptococcus equi que causa inflamação do trato respiratório anterior e abscedação dos
linfonodos adjacentes. A transmissão ocorre através de secreção nasal e aerosóis.
Secreção seromucosa a purulenta (em 2 a 4 dias).
Penetração nas glândulas nasais e tecido linfóide faríngeo – vasos linfáticos – linfonodos
regionais (abscesso em 4 a 10 dias).
- Sintomas (em 48 horas): Anorexia, Temperatura: 39 a 41°C, secreção nasal serosa a
purulenta; Linfonodos retrofaríngeos: aumento do volume (5 a 15 cm), duros, quentes e
dolorosos. Tosse, espirros, dispnéia, disfagia. Linfonodos: flutuação, abscedam e fistulam (10
a 15 dias). Cura clínica em duas semanas ou evolução para pneumonia.
- Diagnóstico: quadro clínico e epidemiológico.
SEQUELAS: sinusites, empiema das bolsas guturais, paralisia do nervo laríngeo recorrente
(aumento de volume = aumento pressão no nervo) e formação de abscessos à distância.
- Tratamento: Antibiótico: Penicilina benzantina na dose de 20.000 a 40.000UI/kg, IM, 8 dias.
Antiinflamatório (AINE): (Fenilbutazona 2 a 4,4 mg/kg, IV, 12-12h ou 24-24h ATT:
Fenilbutazona sempre IV! IM = necrose musculatura). Inalação úmida e mucolíticos.
Traqueostomia: em casos graves, com compressão laríngea. Imunidade adquirida após cura,
mas pode ter recidiva! Vacinação ineficaz.
6) HEMORRAGIA PULMONAR INDUZIDA POR ESFORÇO: Presença de sangue nas vias aéreas
posteriores (segmento traqueobrônquico), após exercícios de forte intensidade (velocidades
> 14 m/s ~ cavalo de corrida ~).
Predisposição: idade e lesões pulmonares pré-existentes, Estresse da corrida, aumento da
viscosidade e pressão sanguínea (desidratados), velocidade inicial do cavalo, peso do jóquei,
temperatura e umidade ambiente, altitude e tipo da pista, esforço físico exagerado,
Hipertensão pulmonar, edema na parede dos alvéolos, rompimento de capilares alveolares,
hemorragia intra-alveolar (em lobos caudodorsais), hemorragia nas vias respiratórias. 10%
dos cavalos: evidência de sangramento = Epistaxe!
- Diagnóstico: Endoscopia (30 a 90 minutos após a corrida) para avaliar a hemorragia a nível
de narina, traquéia e bifurcação dos brônquios.
TRAQUÉIA = GRAU 0: ausência de sangue / GRAU 1: traços de sangue / GRAU 2: filete de
sangue / GRAU 3: faixa de sangue / GRAU 4: sangue abundante / GRAU 5: sangue abundante,
com epistaxe.
- Tratamento: Repouso e suspensão temporária do esporte (GRAU>3). Manejo: diminuição
de alérgenos, profilaxia de doenças respiratórias e treinamento adequado. Antibioticoterapia
preventiva.
!!! FUROSEMIDA: 1 mg/kg ou em corridas: 0,3 a 0,6 mg/kg (dose total permitida = 100 a
“ Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu
jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para a vossa
alma. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mateus 11: 28-30 Vai dar tudo certo! o/
250 mg), IV. Apresenta o uso controlado em competições. O efeito terapêutico não foi
comprovado. Discussões em relação ao doping. Penalidade para recidiva da hemorragia
(graus IV e V), em dias: 30, 90, 180, 360 e eliminação.
* A furosemida é um diurético = diminuição na quantidade de água = diminuição da pressão
e diminui a % de rompimento de vasos -> Só faz esconder o problema! *
7) Pneumonia por R. equi: > 6M os potros ficam maiores que o úbere da mãe e não
conseguem mamar direito. A partir disso força o sistema locomotor. Pode provocar uma
artrite séptica! ~ assim como qualquer outra infecção hematógena em potros~. Temperatura
de 37,5º a 38,5º é normal. Não usar fenilbutazona em potros, usar flunixin meglumine. bjs

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