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“ Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mateus 11: 28-30 Vai dar tudo certo! o/ Aula 4: Ruminantes (2 teóricas + viagem CDP: não fui rs) Plano de aula Abordagem clínica geral em ruminantes 1.Importância do médico veterinário: Alimentar x Produção (grandes e pequenas propriedades); Manejo e melhorias; Quantidade x qualidade; Gestão (custo x lucros). 2.Conhecimento: Conhecer a técnica; Conhecer a espécie animal; Conhecer a região e o manejo; Definir um “Bom” diagnóstico; Prognóstico e tratamento; Controle e prevenção “rebanho” 3.Falta comunicação verbal 4.Queixa principal ≠ sistema acometido 5.Avaliação rotineira 6.Dinâmica sintomas 7.Exame clínico deve ser: Completo (sequenciado e sistemático); Avaliar todo o animal (observar)!!! Semiotécnicas; Definir os sistemas afetados; Determinar a conduta a ser seguida; Determinar os exames complementares; Diagnóstico. 8.Semiotécnicas: Inspeção, Palpação, Percussão, Auscultação, Olfação.... 9.Pirâmide Diagnóstica; Anamnese 50% + Exame Físico 35% + Complementares 15% = Diagnóstico. “ Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mateus 11: 28-30 Vai dar tudo certo! o/ 10 .Roteiro de Exame clínico: Identificação (raça, idade, sexo, procedência); Anamnese (histórico, manejo, ambiente, tempo); Exame físico (inspeção, percussão, auscultação, palpação e olfação); Geral (condição geral); Específico (cada sistema) e Exames complementares (laboratoriais, Raio X, ultrassom) 11.Exame Geral: Nível de consciência (normal, apático, excitado), postura e locomoção, condição física corporal, pelame (hidratação), fáscies, forma abdominal (¿), apetite, sede, secreções, vômito, estado nutricional entre outros. * Termometria clínica: Os animais domésticos são homeoterma, isso quer dizer que em condições perfeitas de saúde são capazes de manter a temperatura corporal dentro de certos limites independente da variação ambiental, funcionando assim, como um bom avaliador da saúde do animal. - Mecanismos de termorregulação -> Quando temperatura do ambiente diminui, ele provoca um aumento na produção de calor e evita a perda do calor através vasoconstricção periférica e da piloereção, além de diminuir a frequência respiratória. Contrariamente, quando a temperatura ambiental aumenta, observam-se mecanismos que eliminam calor, como o aumento na frequência respiratória e vasodilatação periférica. - Variações fisiológicas de temperatura: Variações nictimerais (momento maior de atividade dia x noite), ingestão de alimento (+), ingestão de água fria (-, princ. em equinos), idade (+ jovem = +temp), cio ou gestação (+), terço final da gestação (- e posterior a parto, +), estado nutricional (desnutrido = -) , esforços físicos (+). !!!! Hipertermia: Aumento da temperatura corporal sem que haja alteração no termostato hipotalâmico e sem origem inflamatória. Os animais desidratados estão mais propensos a hipertermia, que pode ser classificada como de retenção de calor (termogênese>termólise – Condições de acaloramento), esforço (termogênese normal e termólise insuficiente) ou mista. O organismo lança mão de alguns mecanismos para dissipar o calor através, principalmente, dos pulmões (evaporação) e da pele (irradiação, evaporação, condução e convecção). - Pirexia ou febre: Elevação da temperatura acima dos níveis de referência para determinada espécie em decorrência de alguma doença subjacente. Inicialmente, a febre é benéfica ao organismo, pois a elevação da temperatura corporal estimula a formação de anticorpos e impede a multiplicação de alguns organismos. Porém, quando exacerbada, o aumento da temperatura leva a um desequilíbrio eletrolítico, desidratação, prejuízo da função celular e “ Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mateus 11: 28-30 Vai dar tudo certo! o/ inconsciência. A febre é considerada um síndrome, pois além da elevação da temperatura, as mucosas apresentam-se congestas, secas e sem brilho (reter água), a pele/focinho encontra-se secos e sem brilho, taquicardia e taqpnéia (perda de calor pela respiração e maior oxigenação às células, defecação reduzida e polidipsia compensatória, oligúria e o animal apresenta-se deprimido. * Sistema tegumentar (pele, pelo e subcutâneo) - Semiotécnicas: Inspeção, palpação, olfação e exames complementares. Inspeção: Avaliação do brilho, aspecto e presença de lesões na pele, alterações de cor, secreções (glândulassudoríparas: hiperidrose, hiperidrose ou anidrose; Glandulas sebáceas – seborreia ou esteatose), presença de soluções sólidas (tumores, goma, berne, abscessos) e outras (traumas, miúases). Palpação: Determinação da sensibilidade das lesões, volume, espessura, elasticidade (grau de hidratação), consistência e características como umidade e untosidade da pele. Olfação: Relacionado com a experiência profissional; Exemplo: Miíase, parvovirose, cetose. * Mucosas: Importante para o diagnóstico de alterações próprias (inflamação, tumores, edema) e sistêmicas (alterações circulatórias, icterícia). As mucosas avaliadas são: Oculopalpebrais (3ª P -> tétano, síndrome de Horner, intoxicação por nicotina e estricnina), mucosa nasal, bucal, vulvar, prepudal e raramente anal. Deve-se atentar ao estado fisiológico do animal, coloração das mucosas, fluxo sanguíneo, presença de inflamação, aumento de volume (tumores, edemas), ulcerações e secreções. Avaliar o TPC! 1) Palidez: Pode ser causada por hiperfusão ou anemia (hemorragia, verminose, deficiência de cobre, ferro e zinco). Para diferenciação é necessário a avaliação do volume globular (VG)/anemia ou Tempo de preenchimento capilar (TPC)/vasoconstricção periférica. O TPC reflete a volemia do animal e é medido junto à mucosa bucal. Normalmente a coloração da mucosa volta ao normal depois de dois segundos, um tempo maior que esse indica desidratação ou vasoconstricção periférica associada a débito cardíaco. 2) Congesta/avermelhada: Ocorre devido a um ingurgitamento de vasos sanguíneos, por processo infeccioso ou inflamatório, local ou sisêmico. A hiperemia pode ser difusa (tonalidade uniforme -> intoxicação) ou ramiforme (vasos mais salientes -> dispneias). 3) Cianótica/azulada: Ocorre por: distúrbios na hematose (ICC, obstrução respiratória), deficiência cardíaca (circulação inadequada), anemia (hematose e transporte de oxigênio deficiente -> Animal hipercapnéico = excesso de CO2), estado de choque (menor pressão sg = menor perfusão tecidual = acúmulo CO2) entre outros. 4) Ictérica/ amarelada: Resultada do aumento da bilirrubina sérica acima dos níveis de referência. Podem ser de causa pre-hepática/hemolítica, hepática e pós-hepática. Cerca de 80% da bilirrubina origina-se da degradação da hemoglobina a partir do catabolismo de eritrócitos da circulação e 20% da eritropoiese. Na circulação a maior parte da bilirrubina liga-se a albumina (BI) até chegar ao fígado onde recebe dois sais de glucoronato (BD). Do fígado é excretada bela bile, onde vai “ Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mateus 11: 28-30 Vai dar tudo certo! o/ para o ID e através de bactérias é transformada em urobilinogênio, onde 90% é eliminado pelas fezes e o restante volta a circulação sistêmica, sendo grande parte eliminada pelos rins. Uma parte do urobilinogênio fecal volta ao fígadopela circulação êntero-hepática. Ictericia por BI: Cora mais facilmente tecidos superficiais; BD: Tecidos lipossolúveis (mucosa oral). A coloração é mais intensa em casos de icterícia obstrutiva e hepática. - Linfonodos (alterações próprias ou sistêmicas): Palpação: Deve-se avaliar o tamanho, consistência, sensibilidade, mobilidade e a temperatura de todos os linfonodos examináveis e sempre bilateralmente, para que se possa determinar se o processo é localizado (uni ou bilateral) ou generalizado. Biópsia dos linfonodos: É empregada nas linfoadenopatias localizadas e generalizadas, de etiologia desconhecida, e em suspeitas de metástases tumorais. A biópsia pode ser feita por excisão onde ocorre a remoção cirúrgica de uma parte ou de todo o linfonodo (material duro) para futuro exame histopatológico ou pode ser feita por aspiração (exsudato encaminhado para exames microbiológicos). Em ambas as técnicas, fazer tricotomia e assepsia do local sobre o nódulo linfático. Ruminantes – Fácil: Pré-escapulares e sublíacos. Médio: Mandibulares e mamários. Difícil: Poplíteos e inguinais. * Funções vitais: 1) Frequência respiratória – Adultos: 15 a 30 Bezerros- 20 a 50. Alteram: repouso, exercício, calor. 2) Pulsação: Mede-se através de artérias periféricas, maxilar externa (próximo ao masseter﴿, mediana ﴾abaixo e a frente da articulação do cotovelo﴿,coccígea. Jovem- 70 a 90 Lactentes- 90 a 110 Adultos- 65 a 90, maior em prenhes adiantadas Fatores que alteram a pulsação são: Exercício, temperatura ambiente e excitação. E podem causar tanto taquicardia como bradicardia. 3) Frequência cardíaca: Adultos 60 a 80 Jovens 80 a 90 4) Temperatura corpórea: Bezerro- 38,5 a 39,5ºC Jovens- 38,0 a 39,5ºC Adulto- 38,0 a 39,ºC 5) Movimentos ruminais: ______________. 12.Exame específico 12.1) Digestivo: Esôfago: Corpo estranho, tumores e Timpanismo ﴾primário-alimentação e secundário-obstrução﴿. “ Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mateus 11: 28-30 Vai dar tudo certo! o/ - Rúmen: Observação flanco ESQUERDO quanto a plenitude, intensidade e frequência das contrações ruminais (fossa paralombar esquerda), contorno abdominal, cicatrizes (rumenotomia) entre outros. Inspeção interna é feita através da laparoscopia. Palpação: Superficial é feita com a mão e procura avaliar a tensão e consistência da parede (Alimento grosseiro = macio/flácido ; Gás ou massa espumosa = tensão elástica e esticada; Alimentos sólidos = consistência firme, fica a impressão digital) , possíveis estratificações e aumento da sensibilidade dolorosa (ruminite). Avaliação dos sons produzidos pelas contrações do rúmen é feita através da colocação do fonendoscópio no centro da depressão do flanco esquerdo e depois no penúltimo espaço intercostal (excluir a presença de deslocamento abomasal, dilatação e deslocamento cecal). Devem-se avaliar os ruídos quanto à intensidade (↑ alim fibrosos e ↓alim energéticos) e frequência (hipermotilidade = timpanismo, estenose gástrica; hipomotilidade/atonia = lesões no n vago, depressão do centro gástrico). Teste de sensiblididade dolorosa – Rumenite e abscessos do rúmen. - Retículo (cartilagem xifoide ( 5º e o 7º e.i) - Observação das atitudes do animal -> Posição antitrágica: Distensão da cabeça para ↓ dor, locomoção vagarosa, membros torácicos elevados para diminuir a pressão (dor) ao retículo. Indireta = radiografias. Teste sensibilidade: Bastão e declive. Auscultação: Borborismo estrondoso. - Omaso - Está localizado no lado direito entre a 7ª e a 9ª costelas. Os distúrbios nesse compartimento são detectados por meio da laparotomia ou ruminotomia exploratória, inspeção indireta pelas fezes. - Abomaso: Encontra-se caudalmente entre o rúmen e o omaso desde o 1º EI até uma linha imaginária transversa tirada pela 1ª e 2ª VL no lado DIREITO. Percussão: Realizado entre o 7 e o 11º EI no lado DIREITO. O som normal é o submaciço em virtude da presença de gás/líquido no seu interior. Em casos de deslocamento ouve-se um ‘borborigma ou tintilares’. Deslocamento para esquerda ou direita é possível ouvir um som timpânico. Auscultação: Ruídos crepitantes que lembram um gorgolejo. Útil para diagnosticar deslocamento “ Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mateus 11: 28-30 Vai dar tudo certo! o/ abomasal para a esquerda, pois ouve-se um completo silêncio dentro do arco-costal. - Intestinos: Palpação: A palpação profunda avalia a sensibilidade (enterite, oclusões intestinais). A palpação retal é mais elucidativa e fornece dados como a quantidade e grau de umidade do material fecal, estreitamento, sensibilidade, torções entre outros. Dor é indicativo de obstrução intestinal. É comum o reto vazio. Percussão: Subtimpânico na fossa sublombar direita e submaciço a medida que chega a porção ventral. Uma reversão desses sons sugere alteração no posicionamento e/ou repleção das alças.Auscultação: Na fossa paralombar direita ouve-se o BORBORISMO. Esse som está aumentado em frequência e intensidade durante as enterites, diminuído nas obstruções e diarreias e ausente nas obstruções. Principais problemas Intussuscepção: Vólvulo, obstrução, ruptura, dilatação e torção do ceco e fecaloma ﴾Constipação﴿. Fezes: Avaliar: Cor, odor. Muitos problemas de diarreia em bezerros. A diarreia branca, volumosa e sem odor significa que o animal está tomando muito leite. Pode progredir para uma diarreia infecciosa por lesões nas microvilosidades. A diarreia amarela indica a presença de Escherichia coli. Quando ela é negra presença de Salmonela. Já de coloração marrom é indicativo para quadros de coccidiose. Cor amarelada sem odor, que são de características virais. Se está com areia ou terra ou com corpos estranhos. 12.2) Circulatório: - Ruminantes: 3º ao 6º EI. O coração é sobreposto pelo pulmão, observando-se uma macicez relativa. Pequenos ruminantes: O coração encontra-se entre a 3ª e 6ª costelas. - Inspeção (aumento de volume, posução do animal), palpação (avaliação quando ao aumento de sensibilidade, temperatura, cicatrizes, edema...), Percussão dolorosa (região xifoide) : ↑ na retículo pericardite traumática. Dor = gemido ou auscultação traqueal. Auscultação: Deve ser feita nos DOIS LADOS. Importante para diagnosticar arritmias cardíacas. Caracterização do ruído (sístole e diástole) e a sua caracterização qualitativa (intensidade, ritmo, caracterização, delimitação) e quantitativamente (frequência). Focos de auscultação máxima: Esquerda = PAM (pulmonar, aórtica, mitral -> 3,4 e 5 EI) e direita = Tricúspide no 3º EI. Avaliação FIRDA: frequência bpm, intensidade, ritmo, delimitação do ruído, ruídos adventícios (patológicos). - Adventícios ou patológicos (ruídos): Variam com a fase do ciclo cardíaco e a sua localização (↑ intenso no local). - > Bulhas cardíacas (4): Vibrações sonoras produzidas pelo coração. 1ª Bulha = Sístole. 2ª Bulha = Diástole - > Localização: Endocárdio (Sopro - Problema nas válvulas: Localizado, encontra-se na sístole ou na diástole) ou Exocárdio (Roce pericárdio – É disseminado, encontrado na sístole e na diástole com mesma intensidade de ruído). Sopro: Vibrações sonoras decorrentes de alterações no fluxo sanguíneo, viscosidade, ↓no diâmetro do vaso etc. São classificados quanto à fase de acontecimento (sístole ou diástole), origem (válvula alterada: PAM + T) e tipo (orgânicos = má formação, patológico = regurgitação do fluxo -> insuficiência valvular ou funcional = velocidade de fluxo -> Anemias). “ Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para a vossa alma. Porqueo meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mateus 11: 28-30 Vai dar tudo certo! o/ 2) Avaliação do Pulso (amplitude e frequência) 2.1) Artérias: Avaliação quanto a frequência (taquisfigmia e bradisfigmia), ritmo, qualidade (amplitude / distenção, tensão, duração da onda e grau de repleção). Palpação das artérias facial (equino/peq ruminante), safena (equinos), coccígea (ruminantes), femural (cães). 2.2) Capilares: Inspeção dos Vasos episclerais quanto a repleção (diminui na desidratação), coloração, delimitação, eventual pulsação (incomum). Avaliar o Tempo de perfusão tecidual (TPC) -> Volta ao estado original e a Permeabilidade capilar “ Suor sanguíneo “ - Realiza-se garrote e observa a presença de formação de gotículas de sangue de forma a avaliar a integridade dos capilares. 2.3) Veias: Avaliação (inspeção/palpação) das veias jugular e/ou mamária quanto ao fluxo livre, grau de plenitude, ondulação, espessura, mobilidade, presença de gás etc. Pulso Venoso -> Negativo (livre): normal, fisiológico. -> Positivo: Retorno venoso. O retorno venoso pode ser fisiológico ( reflexo da carótida) ou patológico (refluxo da tricúspide). Diferenciação -> Garrote na entrada da cavidade torácica (terço distal do pescoço). Se for fisiológico o pulso continuará positivo, caso contrário, o fluxo irá cessar. Prova de Estase Venosa -> Positiva: O sangue para acima do garrote (normal/fisiológico). -> Negativo: Preenchimento acima e abaixo do garrote (patológico). Causas: Trombos, IC, endocardite. 12.3) Sistema Locomotor: Anamnese: História da doença, tipo de evolução, afecções sistêmicas, higiene das instalações, sistema de produção, manejo alimentar, frequência de exercício, presença de claudicação, provável causa da claudicação (traumas), tipo, intensidade e tempo da claudicação, presença de tropeço, ferramento ou casqueamento, tratamento prévio e resultado. - Inspeção: Patas: Desgaste anormal, rachadura, contorno dos bulbos dos talões. - Articulações e tendões: Alterações de volume; Avaliar alterações de volume e atrofias nos músculos e membros na região lombar. - Animal completamente: Presença de tricotomias, doenças sistêmicas (ornicogrifose), deslocamento dos EID (espaços interdigitais) – Membro anterior mais acometido, elevação do solo. -> Membro sadio: Linha mediana. -> Membro torácico acometido: Afastamento dos membros pélvicos (Base larga). -> Membro pélvico acometido: Abdução do cotovelo. Bovinos: Animais mantidos em pisos abrasivos podem sofrer desgastes excessivos do bulbo e consequentemente claudicação. Classificação da lesão: Lesões da sola (hemorragia, úlcera, abscesso), lesões interdigitais (dermatite interdigital, corpo estranho), lesões digitais (dermatite digital, artrite séptica), fissuras na muralha do casco (fissuras horizontais), anormalidades da muralha (crescimento excessivo), lesões proximais no membro (fratura, hematoma). O tratamento é variável conforme a lesão e sua gravidade. “ Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mateus 11: 28-30 Vai dar tudo certo! o/ * Animal em movimento: Determinar o membro acometido e localizar a lesão. Observação das fases do passo: Cr / Cr. A sobreposição dos passos é indicativa de dor! Bovinos: Objetiva localizar a origem da lesão e determinar a intensidade da claudicação. Se possível deve-se fazer com que o animal caminhe em pisos que promovam maior (concreto) e menor (gramado) concussão, pois a alternância de dureza evidencia melhor certos tipos de claudicações. A inspeção deve ser realizada num piso áspero. O examinador deve estar atento e apto a individualizar os componentes do passo, incluindo: posição do dígito ao tocar ou deixar o solo, trajetória e o tempo despendido em cada fase do andamento. Afecções no casco: Encurtamento da fase de sustentação do peso durante o passo e prolongamento da fase de não sustentação do peso no membro acometido. Animal relutará em apoiar o membro acometido no solo promovendo sua elevação o maior tempo possível transferindo o apoio para o dígito sadio -> desgaste maior do dígito sadio -> lesão. Escore de locomoção 1. Normal – Animal não claudica (anormalidade de andamento não visível ao caminhar). O animal apoia os quatro membros -> Distribuição de peso e apoio. 2. Anormalidade leve - Andamento desigual, rígido e presença de sensibilidade (Variação leve no andamento ao caminhar; incluindo andamento assimétrico intermitente leve e pequena restrição bilateral ou quadrilateral em movimentos livres). Apoio -> Passadas. 3. Claudicação leve — claudicação moderada e consistente (Assimetria moderada no andamento e consistente ou andamento simétrico, mas anormal, porém hábil para caminhar). Alterações nos passos. 4. Claudicação óbvia - claudicação óbvia afetando comportamento. (Andamento variando de assimetria marcante a grave anormalidade simétrica). Apoio assimétrico e tempo de apoio diminuído. 5. Claudicação grave - Claudicação muito marcante; decúbito. Incapacidade de apoio dos membros, incapacidade de sustentação do corpo. Palpação: Localização da dor, classificação da alteração de volume, avaliar mobilidade óssea e instabilidade articular. Percussão: Através do martelo – plexímetro (Lado sem borracha) - Cascos: Maciço. Parede, sola -> Sensibilidade. - Músculos: Gás. Comprovação de diagnóstico: - Blocos de madeira: Mais utilizado em ruminantes. Coloca-se um bloco de madeira no membro acometido (suspeita) de forma a aumentar a pressão nesse membro. - Anestesia diagnóstica: Feita de campo a campo de forma a promover uma dessensibilização de forma “ Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mateus 11: 28-30 Vai dar tudo certo! o/ distal -> proximal. Mais utilizado em equinos no segmento do membro lesionado de forma a identificar a lesão. Exames complementares: Bioquímica (Dosagem de mioglobina),Enzimas para avaliar o tempo de lesão através do pico de cc (CCK (6h), LDH (12h), AST (24) ), Líquido sinovial: Avaliação da transparência, coloração e viscosidade, Biópsia do membro sinovial, US e termografia. 12.4) Respiratório; - Manifestações clínicas de doenças do Sistema Respiratório: Corrimento nasal (infecções, neoplasias e hemorragias), espirro, tosse, fadiga durante exercício (equinos), ruídos ouvidos durante a respiração (obstruções), respiração rápida e superficial (taquipnéia) e dificuldade respiratória (dispneia), febre, cansaço, presença de vocalização... Auscultação: Frequência Respiratória (FR): Deve-se contar a frequência respiratória (FR) em um minuto e verificar o tipo e o ritmo respiratórios, intensidade, tipo (normal é o costoabdominal). Principais doenças: Tristeza parasitária dos bovinos, pneumonias etc. Plano de ausculta: ) Ritmo: Normalmente observa-se como uma inspiração (ativa), uma pequena pausa, expiração (passiva) e uma pausa maior, inspiração... Qualquer alteração é denominada ‘arritmia respiratória’. * Respiração normal: Eupnéia. Movimento Inspiratório _ Expiratório _ _ Inspiratório (...). *Respiração dificultada: Dispnéia. Classificação de grande auxílio na localização do processo respiratório. - Dispnéia inspiratória: Alterações das vias áreas anteriores causadas por estenose, corpos estranhos, inflamações ou condições que diminuem o lúmen das vias áreas dificultando a entrada de ar. - Dispnéia expiratória: Causada por processos que diminuem a elasticidade de retorno pulmonar ou que provoquem obstruções das pequenas vias aéreas, dificultando a saída do ar. Exemplos: Enfisema pulmonar, bronquites e bronquiolites. - Dispnéia mista (inspiratória e expiratória): Edema pulmonar e Broncopneumonia. 12.5) Glândula mamária: Quantidade de partos, números de lactação, evolução das lactaçõesanteriores, fase da lactação, antecedentes de trauma (fatores predisponentes), condição do estábulo, tipo de ordenha, alimentação, condições sanitárias do rebanho. - Inspeção: Modificações de forma glândula e tetos (assimetria, hematomas, edemas), disposição e simetria dos tetos (Convergência/ divergência causada por retrações consequentes à cicatrização de lesões do parênquima glandular ou das cisternas da glândula), Aumento de volume de GM: Generalizados – Edemas pós-parto e edemas causados por mamites. Localizados - São circunscritos: abscessos (pus), cistos lácteos (leite) ou serosos (soro lácteo) e hematomas (sangue), apresentam consistência flutuante e diferenciam-se por punção exploradora, presença de feridas etc.... Exame da pele do úbere e das tetas: Quanto à arranhões, formações de crosta, escarra, vesículas, pústulas, úlceras, “ Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mateus 11: 28-30 Vai dar tudo certo! o/ eritemas, abscessos, massas, miíases. Indicativo de anemia, hiperemia, cianose, icterícia, hipersensibilidade, queimaduras, fluxo espontâneo do leite entre outros. - Palpação: Avaliar a sensibilidade do parênquima, consistência, temperatura local e linfonodos retro mamários. - Parênquima da GM: Faz-se o pregueamento cutâneo, se houver presença de cacifo ou prova de godé positiva (edema); verifica-se a consistência (pastosa, firme, dura - com nodulações ou difusa); Testes: Caneca telada ou CMT (O princípio do teste é a capacidade de substâncias superficialmente ativas de dissolver leucócitos e seus núcleos liberando seu DNA. O DNA forma um complexo com o reagente, que aparece como gel). 12.6) Sistema Urinário: Deve conter a queixa principal. Atenção a aspectos da urina (volume em cada micção e aspecto – turbidez, cor, viscosidade e odor), micção (frequência, tipo – postura, sinais de dor/dificuldade), ingestão de água (frequência e volume), HMR (tratamentos, medicamentos) e relação com outros órgãos (principalmente genitais - piometra – ou de causas sistêmicas como na erliquiose, diabetes melitus, miopatia de esforço). Deve-se atentar a ingestão de plantas tóxicas e outros distúrbios alimentare. Alterações de modo da micção – modo (disúria), alterações de ritmo (incontinência urinária), frequência (polaciúria), alterações na cor (hematúria).... Inspeção indireta: Através dos exames complementares – raio x (simples/contrastado), US (tamanho, simetria/posição, forma, contorno – pequenos animais), biópsia (volume, litíase, velocidade de filtração). 12.7) Sistema genital feminino: HISTÓRICO REPRODUTIVO , HMR, curso, gravidez prévia, estado do ciclo sexual, intensidade/duração do estro, acasalamento prévio/inseminação, estágio de lactação e produção de leite etc. Exame espexífico externo: Fechamento da vulva, posição da vulva, coloração da mucosa, grau de umidade, presença de secreção e/ou sangue, comportamento. E.E.I: Palpação retal: avaliar os ovários, tubas, útero, cornos e corpos uterinos, cérvix, genitália interna. Exame interno- ﴾palpação retal, ultrassonografia﴿ útero﴾consistência, volume - prenhez,problemas infecciosos﴿, ovidutos﴾se palpáveis﴿, ovários﴾cisto, infecção﴿. 12.8) Sistema genital masculino: - Saúde geral: Inspeção -> Aprumos, estado nutricional, claudicação, prognatismo, sistema cardio-respiratório.. 2- Saúde hereditária: hérnia inguino-escrotal, hérnia umbibilcal, retrognata... 3- Saúde Sexual 4- Capacidade Copulativa (potentia coundii) -> Ejaculação, libido, ereção, animal tímido... 5- Capacidade fecundante (potentia generandi) -> cc de sêmen baixa, espermatozoídes defeituosos. Sistema Genital - Masculino:﴾externo﴿- escroto, libido, epidídimo, prepúcio, pênis. Ver temperatura dos testículos ﴾sempre dois graus abaixo da temperatura corporal﴿, capacidade de deslocamento ﴾infeccionado- os testículos ficam mais firmes, quente, aumentado﴿. Por palpação retal: “ Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mateus 11: 28-30 Vai dar tudo certo! o/ glândula bulbouretral, vesículas seminais e próstata. 12.9) Nervoso: Função sensorial (superficial e profunda), proprioceptiva, motora e nervos cranianos. 13.Exames complementares: Hemograma, Fibrinogênio, Proteínas totais Urinálise e Parasitológico Avaliação protozoários, pH ruminal; Identificação , cultura e antibiograma; Lesão renal e hepática; Parasitológico de pele (Sarnas e fungos).
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