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Parcelamentos - Contabilizacao

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MANUAIS DE CONTABILIDADE
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................2
1 - VALORES COMPONENTES DO PEDIDO DE PARCELAMENTO ................................3
1.1 - VALOR DO PRINCIPAL ...........................................................................................3
1.2 - MULTAS .................................................................................................................3
1.3 - JUROS ....................................................................................................................5
1.4 - ENCARGOS LEGAIS ...............................................................................................5
2 - REDUÇÕES DE MULTA, JUROS E ENCARGOS LEGAIS ...........................................6
3 - VALORES DEVIDOS E NÃO CONTABILIZADOS EM CONTA DE OBRIGAÇÕES .........7
4 - EXEMPLOS DE LANÇAMENTOS CONTÁBEIS ..........................................................9
4.1 - PARCELAMENTO DE DÉBITOS DEVIDAMENTE CONTABILIZADOS EM CONTA DE 
PASSIVO CIRCULANTE, NOS MOLDES DA LEI Nº 10.522 DE 2002 (PARCELAMENTO 
GERAL) ...........................................................................................................................9
4.2 - PARCELAMENTO DE DÉBITOS DEVIDAMENTE CONTABILIZADOS EM CONTA DE 
PASSIVO CIRCULANTE, NOS MOLDES DA LEI Nº 11.941 DE 2009 (PARCELAMENTO 
ESPECIAL) ....................................................................................................................1 0
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INTRODUÇÃO 
 O parcelamento tributário é um meio legal que permite aos contribuintes pagar 
suas dívidas fiscais, sendo comumente utilizado pelos que buscam e necessitam de 
sua regularização fiscal, seja no âmbito federal, estadual ou municipal. 
 De acordo com o Código Tributário Nacional o parcelamento é causa de sus-
pensão da exigibilidade do crédito tributário e é concedido na forma e condições esta-
belecidas em lei específica. 
 Nesse sentido, atualmente podemos citar várias alternativas de parcelamento 
existentes, como por exemplo, no âmbito federal, o parcelamento geral previsto na Lei 
nº 10.522, de 2002 e o Parcelamento Especial previsto na Lei nº 11.941, de 2009, além 
de tantos outros já havidos. 
 Este Cartilha busca demonstrar e exemplificar os procedimentos contábeis e 
reflexos a que estão sujeitas as pessoas jurídicas nessa condição, a fim de que suas 
demonstrações contábeis sejam evidenciadas de forma correta e adequada, de acordo 
com as práticas contábeis atualmente vigentes. 
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1 - VALORES COMPONENTES DO PEDIDO DE PARCELAMENTO 
 No processo de solicitação de parcelamento, inicialmente, se faz necessária a 
consolidação dos valores devidos, onde são apurados os valores principais da dívida 
com os respectivos acréscimos moratórios até a concessão do parcelamento. 
 A seguir, vejamos o tratamento dos itens geralmente componentes da solicita-
ção de parcelamento. 
1.1 - Valor do principal 
 Por ocasião da solicitação do parcelamento, o valor principal da dívida já deve 
constar em conta própria de Passivo Circulante em decorrência do regime de com-
petência. 
 Nesse sentido o Regulamento do Imposto de Renda (Decreto nº 3.000/99), em 
seu artigo 344, disciplina que os tributos e contribuições são dedutíveis na determina-
ção do lucro real, segundo o regime de competência. 
 Na prática, os tributos e contribuições federais, estaduais e municipais são 
dedutíveis na apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre 
o Lucro Líquido, independentemente do pagamento efetivo. 
A dedutibilidade não alcança os tributos e contribuições cuja exigibilidade esteja 
suspensa, em decorrência haver o depósito do seu montante integral de haver 
reclamações e recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário 
administrativo ou de haver concessão de medida liminar em mandado de segu-
rança.
 Fundamentação: art. 344 do RIR/99; ADN COSIT nº 11/1995; art. 9º da Res-
olução CFC nº 750/1993. 
1.2 - Multas 
 A pessoa jurídica, de acordo com a legislação de cada âmbito, seja, federal, es-
tadual ou municipal, estão sujeitas a multas compensatórias, assim consideradas as 
multas de mora devidas nos recolhimentos em atraso. 
 Ainda com respaldo na boa prática contábil e no regime de competência, os 
valores devidos devem ser evidenciados como obrigações. 
 A exemplo, podem ser citados débitos para com a União, decorrentes de tribu-
tos e contribuições administrados pela Receita Federal do Brasil, cujos fatos gera-
dores ocorrerem a partir de 1º de janeiro de 1997, que não pagos nos prazos previstos 
na legislação específica devem ser acrescidos de multa de mora, calculada à taxa de 
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trinta e três centésimos por cento, por dia de atraso, sendo limitado a vinte por cento. 
Nesse caso, em conta de Passivo Circulante, a cada mês, deve ser evidenciado o valor 
devido de multa moratória até seu limite de 20% em relação ao total do débito. 
 Igual procedimento deve ser adotado em relação às multas moratórias impos-
tas pela legislação estadual ou municipal. 
 Quanto ao tratamento fiscal, as multas moratórias são dedutíveis na apura-
ção do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, 
entretanto o fisco interpreta que esses valores somente são dedutíveis no período de 
apuração em que forem efetivamente pagos, citando como fonte o Parecer Normativo 
CST nº 61/1979. 
 Considerando essa interpretação, os valores levados a débito em conta de re-
sultado deverão , por ocasião de levantamento de balanços ou balancetes de redução 
ou ainda em decorrência do encerramento do período de apuração, ser: 
a) adicionados ao lucro líquido e à base de cálculo da CSLL, pelo valor lançado no 
resultado; e
b) excluídos do lucro líquido e da base de cálculo da CSLL, no período do efetivo 
pagamento. 
Não são dedutíveis como custo ou despesas operacionais as multas por infra-
ções fiscais, salvo as de natureza compensatória e as impostas por infrações de 
que não resultem falta ou insuficiência de pagamento de tributo.
 Esse entendimento por parte do fisco pode ser visualizado no Manual de In-
struções da DIPJ/2009, “Ficha 05 A - Despesas Operacionais - PJ em Geral” conforme 
transcrevemos: 
Linha 05A/19 - Multas
São totalmente indedutíveis não só as multas impostas por infrações fiscais de que 
resulte falta ou insuficiência de pagamento de tributo ou contribuição, como também 
aquelas que decorram de infrações a normas não tributárias (Sunab, trânsito, etc.). 
São dedutíveis, no período de apuração em que forem efetivamente pagas, as multas 
fiscais de natureza compensatória e aquelas impostas por descumprimento de ob-
rigações tributárias, meramente acessórias, de que não resulte falta ou insuficiência 
de pagamento de tributo ou contribuição (PN CST nº 61, de 1979).
Atenção:
Os valores das multas indedutíveis devem ser indicados na coluna “Parcelas Não 
Dedutíveis”. 
 Sobre o assunto, vale ressaltar que embora haja diversas manifestações por 
parte da administração tributária quanto a não dedutibilidade da multa enquanto não 
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paga, há uma tendência de discussão judicial com a alegação de que é uma obrigação 
perfeitamente constituída não se tratando de uma provisão, como interpreta o fisco. 
Fundamentação: Parecer Normativo CST nº 61 de 1979; art. 61 da Lei nº 9.430 de 1996; 
arts. 249 e 250 RIR/99. 
1.3 - Juros 
 Os juros de mora calculados sobre débitos em atraso, de acordo com o regime 
de competência, devem ser evidenciados na escrituração contábil do contribuinte, ai-
nda que não pagos. 
 Quanto ao tratamento fiscal, os juros pagos ou incorridos são dedutíveis na 
apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL. 
Entende-se que os valores provisionados correspondentes a juros calculados 
pela taxa SELIC, relativos a tributo cuja exigibilidade esteja suspensa por força 
do art. 151, incisos II a IV, da Lei nº 5.172, de 1966, constituem meros acessórios 
do tributo, ou seja, submetem-se às mesmas regras de dedutibilidade impostas 
ao principal, devendo, por isso, ser adicionados ao lucro líquido do período de 
apuração para fins de determinação do lucro real, em decorrência do artigo 344, 
§ 1º do RIR/99. Nesse sentido ver também o Processo de Consulta nº 216/2003.
 Fundamentação: Parecer Normativo CST nº 174 de 1974; art. 374 do RIR/99 
1.4 - Encargos legais 
 O encargo legal é um valor monetário que corresponde à cobrança de hon-
orários advocatícios, perante a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, no total de 
20%, pago pelo executado a ser recolhido aos cofres públicos como renda da União. 
Esse encargo legal será reduzido para 10%, caso o débito inscrito na Dívida Ativada da 
União seja pago antes do ajuizamento da ação. 
 O encargo é calculado sobre montante do débito, inclusive multas, atualizado 
monetariamente e acrescido dos juros e multa de mora. 
 De acordo com a legislação no âmbito de cada modalidade de parcelamento, o 
encargo legal poderá compor o valor a ser parcelado. 
 Esses valores devem ser levados à conta de resultado, como despesas opera-
cionais e são dedutíveis na apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL. 
 Fundamentação: art. 1º do Decreto-lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969 e art. 
3º do Decreto-Lei nº 1.569 de 1977; art. 299 RIR/99 
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2 - REDUÇÕES DE MULTA, JUROS E ENCARGOS LEGAIS 
 Com intuito de estimular a regularização de débitos de natureza tributária e até 
mesmo encerrar litígios judiciais e administrativos, a norma tributária pode conceder 
redução de multa, juros e encargos legais. 
 Nesse sentido a Lei nº 11.941 de 2009, que trata do Parcelamento Especial, 
prevê redução de multa de mora e de ofício, multas isoladas, juros de mora e encargo 
legal sobre débitos a serem pagos à vista ou parcelados de acordo com as regras pre-
vistas para esse parcelamento. 
 Ressalve-se que não são todas as modalidades de parcelamento que prevêem 
reduções, devendo o contribuinte observar as normas específicas de cada parcela-
mento solicitado a fim de verificar sua existência e seu tratamento fiscal, se for o caso. 
Em relação ao Parcelamento Especial, os valores de multa de mora ou de ofício, multas 
isoladas, juros de mora e encargo legal contabilizados como obrigação, conforme a 
despesa incorrida, devem ser baixados contra o resultado do período em decorrência 
das reduções concedidas. 
 A Lei nº 11.941 de 2009, em seu artigo 4º, parágrafo único, disciplina que não 
serão computados na base de cálculo do IRPJ, da Contribuição Social sobre o Lucro 
Líquido - CSLL, da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financia-
mento da Seguridade Social - COFINS, os valores referentes às reduções concedidas. 
Fundamentação: arts. 2º, 4º e 8º da Lei nº 11.941/2009. 
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3 - VALORES DEVIDOS E NÃO CONTABILIZADOS EM CONTA DE 
OBRIGAÇÕES 
 Conforme explanado, os valores devidos pelo contribuinte devem constar em 
obrigações seguindo o princípio da competência, independentemente de situação de 
inadimplência ou de litígio administrativo ou judicial. 
 Não é incomum a situação em que contribuintes não evidenciam em sua es-
crituração esses valores. Além de não ser uma prática contábil recomendada, pode 
ter consequências tributárias. 
 O Manual de contabilidade das sociedades por ações: aplicável às demais so-
ciedades / FIPECAFI (Ed. Atlas, 2006. p. 369), assinala que a: 
 A Lei das Sociedades por Ações estabeleceu o critério de que o lucro líquido do 
ano não deve estar influenciado por efeitos que, na verdade, não pertencem ao exer-
cício, para que o resultado do ano reflita um valor que possa ser comparado com o de 
outros anos em bases similares. Daí decorre a importância da consistência na aplica-
ção dos critérios contábeis. Dessa forma, os valores relativos a ajustes de exercícios 
anteriores serão lançados diretamente na conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados, 
sem afetar as receitas ou despesas do ano, o que é definido pelo § 1º do art. 186 da Lei 
nº 6.404/76: 
“§ 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorren-
tes de efeitos de mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a 
determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequen-
tes.” 
 Dessa forma e de acordo com a legislação em comento, o lucro líquido do exer-
cício não deve estar influenciado por efeitos que pertençam a exercícios anteriores, ou 
seja, deverão transitar pelo resultado somente os valores que competem ao respec-
tivo período. 
 Nesse sentido, vejamos o que disciplina a Receita Federal do Brasil, por meio 
de Perguntas e Respostas DIPJ/2009, em relação a valores não lançados no resultado 
em época própria: 
CAPÍTULO VII - IRPJ - ESCRITURAÇÃO 
052 - Como a pessoa jurídica deverá proceder, no período em que foi efetuado o ajuste, 
com relação à dedutibilidade ou tributação das parcelas regularizadas decorrentes da 
inobservância do regime de competência, quando a legislação comercial determinar 
que a retificação seja considerada como ajustes de exercícios (períodos) anteriores? 
A regularização, como ajustes de exercícios (períodos) anteriores, não provoca 
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qualquer reflexo no resultado do período em que for efetuada sua escrituração (não 
afeta o lucro líquido do período de apuração). 
 Se, em decorrência da imputação a período de apuração anterior, resultar a 
apuração de saldo de imposto a pagar, ou inexistindo diferença de saldo de imposto 
a pagar, seus efeitos já terão sido considerados na apuração do lucro real daqueles 
períodos e, conseqüentemente, não poderão influenciar a apuração no exercício em 
que forem efetuados os lançamentos contábeis de regularização. 
 Entretanto, no caso em que não ocorra postergação de pagamento do imposto 
para período posterior ao em que seria devido, ou redução indevida do lucro real em 
qualquer período de apuração, e o contribuinte optar por efetuar a sua regularização 
em período posterior, contabilmente deve ser dado tratamento de ajuste de exercícios 
(períodos) anteriores.
 No aspecto fiscal, caso se trate de parcela correspondente a despesa dedutível 
ou receita tributável, para produzir efeito na determinação do lucro real, ela pode ser 
excluída ou deve ser adicionada ao lucro líquido do período de apuração respectivo, ou 
seja, aquelea que efetivamente se refere a receita ou a despesa. 
 Como se vê, a Receita Federal já se manifestou quanto ao tratamento tributário 
de parcela correspondente a despesa dedutível não imputada ao resultado em período 
competente. 
 Nesse caso, para produzir efeitos na determinação do lucro real, deve ser ex-
cluída ao lucro líquido de seu respectivo período de apuração, ou seja, àquele que 
efetivamente se refere. 
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4 - EXEMPLOS DE LANÇAMENTOS CONTÁBEIS 
4.1 - Parcelamento de débitos devidamente contabilizados em conta de Passivo 
Circulante, nos moldes da Lei nº 10.522 de 2002 (Parcelamento Geral) 
 A pessoa jurídica pretende parcelar débito de COFINS com vencimento em 
24.07.2009, com a seguinte composição em outubro de 2009, data da consolidação: 
Tipo de 
débito Vencimento Valor principal Multa (20%)
Juros 
(2,38%)
Total consoli-
dado
COFINS 24.07.2009 R$ 47.800,00 R$ 9.560,00 R$ 1.137,64 R$ 58.497,64
Neste exemplo hipotético, já estão contabilizados os valores de principal, multa 
e juros em conta de Passivo Circulante.
 De acordo com as regras constantes da Lei nº 10.522 de 2002, o débito será 
parcelado em 60 prestações mensais, assim o valor de cada parcela será o equiva-
lente a R$ 974,96 (R$ 58.497,64/60). 
 O valor de cada parcela, por ocasião do pagamento, será acrescido de juros 
equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SEL-
IC), acumulada mensalmente, calculados a partir do mês subsequente ao da consoli-
dação até o mês anterior ao do pagamento, e de um por cento relativamente ao mês 
em que o pagamento estiver sendo efetuado. 
Contabilmente, observar: 
a) Pela constituição da obrigação assumida pelo parcelamento 
Débito COFINS a Recolher (Passivo Circulante) R$ 58.497,64 
Crédito Parcelamento RFB/COFINS (Passivo Circulante) R$ 14.624,40 
Crédito Parcelamento RFB/COFINS (Passivo Não Circulante) R$ 43.873,24 
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos 
do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se ven-
cerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento 
em prazo maior (art. 180 da Lei nº 6.404/1976). O valor de R$ 14.624,40 equivale 
a 15 prestações (outubro de 2009 a Dezembro de 2010) e R$ 43.873,24 equivale a 
45 prestações, cujos vencimentos serão a partir de 2011.
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Pelo pagamento das parcelas mensais
Débito Parcelamento RFB/COFINS (Passivo Circulante) R$ 974,96 
Crédito Banco conta movimento (Ativo Circulante) R$ 974,96 
Pelo pagamento dos juros incidentes sobre a parcela mensal
Débito Juros pagos ou incorridos (Resultado) R$ 9, 75
Crédito Banco conta movimento (Ativo Circulante) R$ 9, 75
Hipoteticamente, consideramos o valor de R$ 9,75 (1% sobre a parcela do mês). 
4.2 - Parcelamento de débitos devidamente contabilizados em conta de Passivo 
Circulante, nos moldes da Lei nº 11.941 de 2009 (Parcelamento Especial) 
Determinada pessoa jurídica tem os seguintes débitos inscritos em Dívida Ativa: 
Tipo de 
débito
Com-
petência Principal Multa Juros Encargos Total
PIS/PASEP 01/1998 105.340,22 21.068,04 203.527,83 65.987,22 395.923,31
PIS/PASEP 02/1998 39.297,07 7.859,41 75.061,33 24.443,56 146.661,37
 O valor devido de PIS/PASEP consta em obrigações, no Passivo Circulante, 
acrescido dos valores de multa e juros. Os encargos estão em conta distinta, denomi-
nada “Encargos Legais” também no grupo Passivo Circulante. 
Dessa forma, o Passivo Circulante apresenta: 
PIS/PASEP a Recolher R$ 452.153,90 
Encargos Legais R$ 90.430,78 
Os débitos não foram objeto de parcelamentos anteriores.
 A modalidade escolhida para o Parcelamento Especial foi de 30 prestações com 
as seguintes reduções: 
a) 90% de redução de multa moratória, equivalente a R$ 26.034,71
b) 40% de redução de juros de mora, equivalente a R$ 111.435,66
c) 100% de redução sobre o encargo legal, no valor de R$ 90.430,78. 
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Considerando as reduções, temos: 
Débito Com-petência Principal Multa Juros Encargos Total
PIS/PASEP 01/1998 105.340,22 2.106,80 122.116,70 0,00 219.563,72
PIS/PASEP 02/1998 39.297,07 785,94 45.036,80 0,00 85.119,81
Contabilmente, as reduções devem ser tratadas: 
a) 90% de redução de multa moratória, no valor de R$ 26.034,71 
Débito PIS/PASEP a recolher (Passivo Circulante) R$ 26.034,71 
Crédito Outras Receitas Operacionais (Resultado) R$ 26.034,71 
b) 40% de redução de juros de mora, equivalente a R$ 111.435,66
Débito PIS/PASEP a recolher (Passivo Circulante) R$ 111.435,66 
Crédito Outras Receitas Operacionais (Resultado) R$ 111.435,66 
c) 100% de redução sobre o encargo legal, no valor de R$ 90.430,78.
Débito Encargos Legais a pagar (Passivo Circulante) R$ 90.430,78 
Crédito Outras Receitas Operacionais (Resultado) R$ 90.430,78 
Não serão computados na base de cálculo do IRPJ, da Contribuição Social sobre 
o Lucro Líquido - CSLL, da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição 
para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS os valores referentes às 
reduções concedidas.
 Após efetuadas todas as reduções e os respectivos lançamentos contábeis, o 
saldo da conta de PIS/PASEP a Recolher (PC) deverá ser transferido para a conta de 
Parcelamento Especial, conforme os grupos de Passivo Circulante e Passivo Não Cir-
culante, considerando tratar-se de 30 parcelas. 
Débito PIS/PASEP A RECOLHER (PASSIVO CIRCULANTE) R$ 304.683,53 
Crédito Parcelamento Especial (Passivo Circulante) R$ 152.341,77 
Crédito Parcelamento Especial (Passivo Não Circulante) R$ 152.341,77 
MANUAIS DE CONTABILIDADE
12 | PÁGINAEditora Conjural
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As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos 
do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se ven-
cerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento 
em prazo maior (art. 180 da Lei nº 6.404/1976). O valor de R$ 152.341,77 equivale 
a 15 prestações (outubro de 2009 a Dezembro de 2010) e R$ 152.341,77 equivale 
a 15 prestações, cujos vencimentos serão a partir de 2011.
Os exemplos apresentados e datas apresentadas são meramente hipotéticos. 
Ressalvamos que os pedidos de parcelamentos seguem o rito de cada legislação, 
especialmente no que tange ao momento da consolidação dos débitos, reduções, 
número de parcelas, dentre outros.

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