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Gerenciamento de Riscos e Manutenção Aplicada

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Núcleo de Educação a Distância
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO
Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
Revisão Ortográfica: Águyda Beatriz Teles
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. 
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas 
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são 
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo 
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de 
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) 
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. 
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professora: Fabiana Matos da Silva
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela 
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profisisional.
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Esta unidade analisará os principais riscos e custos na ma-
nutenção, especificamente, serão enfocados: a) os riscos na manu-
tenção, b) introdução aos custos na manutenção e c) a análise de via-
bilidade e os indicadores utilizados na manutenção. Trata-se de uma 
pesquisa desenvolvida pelo método hipotético-dedutivo, cuja hipótese 
está relacionada ao fato de os riscos e os custos serem elementos es-
senciais a serem considerados para o desenvolvimento das indústrias. 
Justifica-se pelo impacto que esses conceitos têm nas atividades de 
produção, além de poderem gerar benefícios para a empresa quando 
são bem administrados, o que permite aumentar a rentabilidade do 
negócio. Os resultados revelam que gerenciar os riscos nas atividades 
de manutenção é essencial para minimizar os impactos negativos no 
meio ambiente de modo geral (tanto o meio ambiente em si quanto 
o ambiente organizacional). Eles mostram, ainda, que os custos de 
manutenção são elementos essenciais a serem considerados, uma 
vez que os gastos com manutenção podem representar uma parcela 
significativa nos custos operacionais. Dessa forma, faz-se necessário 
que a manutenção sempre atue de maneira eficiente para assegurar a 
disponibilidade dos equipamentos.
Riscos. Custos. Manutenção.
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 CAPÍTULO 01
RISCOS NA MANUTENÇÃO
Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
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Compreendendo os Riscos no Ambiente de Trabalho ___________
Conceitos Básicos relacionados aos Riscos _______________________
 CAPÍTULO 02
INTRODUÇÃO AOS CUSTOS NA MANUTENÇÃO
Custos na Manutenção _________________________________________ 32
28Recapitulando ________________________________________________
16As Análises de Riscos ___________________________________________
Recapitulando _________________________________________________ 46
 CAPÍTULO 03
A ANÁLISE DE VIABILIDADE E OS INDICADORES UTILIZADOS NA MA-
NUTENÇÃO
A Análise de Viabilidade aplicada à Manutenção _______________ 50
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Gerenciamento de Riscos na Manutenção ______________________
Métodos para avaliar e quantificar os Riscos ______________________
20
Ferramentas usadas no Gerenciamento de Riscos na Manuten-
ção Industrial _________________________________________________
23A Auditoria ____________________________________________________
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Outros Indicadores que podem ser associados à Manutenção ____ 62
Registro de Indicadores _________________________________________ 62
Recapitulando __________________________________________________ 64
Fechando a Unidade ____________________________________________ 68
Referências _____________________________________________________ 71
Os Indicadores Utilizados na Análise de Viabilidade da Manuten-
ção _____________________________________________________________ 53
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A manutenção é um setor importante para garantir a disponibilida-
de dos equipamentos para a produção, por isso, esse setor requer atenção 
especial, uma vez que as atividades desenvolvidas podem ter muitos ris-
cos e apresentar custos elevados para as empresas. Nesta unidade serão 
abordados os riscos e os custos existentes na atividade de manutenção, 
que são elementos essenciais para o sucesso da manutenção industrial.
No primeiro capítulo serão estudados os riscos existentes na 
manutenção, que são muitos e devem ser geridos adequadamente para 
garantir que esta atividade seja um sucesso e atinja as metas estipula-
das pela empresa. Serão abordados, ainda, os principais conceitos que 
devem ser entendidos para estudar os riscos na manutenção, possibili-
tando que o aluno se familiarize ainda mais com o tema. Assuntos como 
análise de riscos, ferramentas usadas para gerenciar os riscos, geren-
ciamento de riscos na manutenção e auditoria serão tratados neste ca-
pítulo. Vale destacar que estes itens precisam ser trabalhados de forma 
integrada para quese consiga diminuir os riscos e elevar a performance 
das atividades de manutenção.
No segundo capítulo será introduzido o assunto “custos na ma-
nutenção”, abordando os custos de manutenção, a sua relevância e 
quais os custos existentes na manutenção. Trata-se também da rele-
vância de se trabalhar os indicadores de custos na manutenção, bem 
como o conhecimento dos custos associados a algumas atividades 
econômicas como a aviação, a indústria petrolífera, entre outras. Re-
força-se ainda a questão da relevância de se planejar os custos nas 
empresas a fim de otimizá-los e melhorar a eficiência do processo, o 
que faz com que haja um gerenciamento de custos adequado. Com o 
planejamento e o gerenciamento adequado dos custos as empresas po-
dem obter vantagem competitiva sobre seus concorrentes, sendo que 
isso é um requisito essencial nos dias de hoje.
No terceiro capítulo será apresentada a análise de viabilidade 
na manutenção, que é uma ferramenta essencial para compreender os 
custos da empresa e dos seus processos, o que indica se o negócio é 
viável ou não. Serão abordados também os indicadores, que são ferra-
mentas essenciais para auxiliar os gestores nas tomadas de decisão, 
permitindo-lhes compreender o processo e identificar o que pode ser 
melhorado para otimizar os resultados operacionais. Vale ressaltar que 
os indicadores de custos são elementos que não trabalham de forma 
individual, eles precisam estar associados a elementos como qualida-
de, velocidade, confiabilidade e flexibilidade para que se atinjam os re-
sultados estipulados pela empresa. Somente com a integração desses 
elementos a organização consegue compreender a realidade dos seus 
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processos e contribuir para a manutenção e para a produção mais efi-
ciente e com menores custos.
Assim, esta unidade apresenta conceitos essenciais para a 
carreira do estudante de engenharia, sendo importante que ele os com-
preenda bem. É importante ainda que ele não estude apenas pela uni-
dade, que busque outras fontes de informação, trabalhos acadêmicos 
(artigos, dissertações e teses) que tratam do assunto para que amplie 
seus conhecimentos. Foram sugeridos alguns trabalhos que retratam e 
exemplificam melhor vários conceitos discutidos nesta unidade, por isso 
é importante que o aluno também os leia, pois vários deles apresentam 
casos práticos, ou seja, situações reais que encontrará no seu cotidiano 
como um profissional especialista.
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COMPREENDENDO OS RISCOS NO AMBIENTE DE TRABALHO
Com a Revolução Industrial no fim do século XVIII e o uso das 
máquinas industriais, que não eram projetadas adequadamente, surgi-
ram os primeiros problemas associados à Saúde e Segurança do Tra-
balho (SST). Nessa época as máquinas não contavam com dispositivos 
para proteger a saúde dos colaboradores, com isso, tinham-se altas taxas 
de mortalidade. Além disso, existiam diversas doenças ocupacionais que 
assolavam os trabalhadores, gerando inúmeros impactos na sociedade.
É importante destacar que naquele período não haviam legisla-
ções específicas que regulamentavam o trabalho, indicando quem deveria 
executar as atividades laborais ou então determinando medidas proteti-
vas para os colaboradores. Foi apenas no ano de 1919, com a criação da 
RISCOS NA MANUTENÇÃO
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Organização Internacional do Trabalho (OIT), depois da Primeira Guerra 
Mundial, que se começou a discutir essas questões. Criou-se então, nesse 
período, uma lei para prevenir os acidentes de trabalho, uma vez que a so-
ciedade da época passou a considerar que a justiça social é algo essencial 
para que se tenha a paz universal e o bem-estar dos sujeitos.
Após isso, o tema ganhou grande destaque mundial e em 
1931, um estudo realizado nos Estados Unidos mostrou que havia uma 
relação de quatro para um entre os custos indiretos e diretos dos aci-
dentes. Vale mencionar que estes dados foram obtidos com base em 
estatísticas médicas sobre acidentes de trabalhadores ocorridos no pe-
ríodo. Outro ponto importante foi que essa pesquisa contribuiu para o 
desenvolvimento de uma teoria para analisar os acidentes de trabalho, 
sendo esta metodologia denominada teoria do dominó. Ela admitia que 
os acidentes eram provenientes do efeito da causalidade, dessa forma, 
para que houvesse esses eventos era preciso que cinco fatores ocor-
ressem de forma sequencial, sendo eles:
a) A ascendência e o ambiente social, que são associados com 
a educação, a cultura e o desenvolvimento social dos sujeitos.
b) A falha do ser humano, que pode ser adquirida ou herdada, 
ela pode ser relacionada ainda com questões temperamentais dos su-
jeitos como imprudência, irritabilidade, entre outras coisas.
c) As condições perigosas e/ou os atos inseguros, que atuam 
como um elo central e é o ponto em que se deve atuar.
d) Os acidentes propriamente ditos, que são todos aqueles 
acontecimentos não controlados, não planejados e não desejados que 
atuam, interrompendo uma função ou uma atividade.
e) Os danos pessoais que podem ser relacionados com os 
acontecimentos não controlados, não planejados e não desejados que 
interrompem uma função ou uma atividade.
Vale mencionar que neste modelo, chamado de dominó, os aci-
dentes só ocorrem quando há a sequência de todos os eventos mencio-
nados anteriormente. Quando um deles é suprimido, as chances de um 
acidente ocorrer são mínimas.
Independentemente disso, é preciso buscar formas de diminuir 
eventos catastróficos, implementando medidas a curto e a médio prazo. 
A curto prazo é preciso pensar em medidas corretivas a serem realiza-
das no ambiente de trabalho. A médio prazo deve-se atuar de forma a 
conscientizar os colaboradores, desenvolvendo atividades para formar 
e informar os profissionais.
No Brasil, a primeira legislação que tratou dos riscos e da se-
gurança do trabalho foi o Regulamento das Minas, criado no ano de 
1853, porém, apenas em 1895 é que se teve uma lei específica que 
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tratava da Higiene e da Segurança no Trabalho. Continuando com a 
evolução deste tema no país, no ano de 1922, foi publicado o decreto/
Lei n. 8.364 que tratava da regulamentação da salubridade, da higiene 
e da segurança nas indústrias brasileiras.
Houve também, no Brasil, a criação de órgãos responsáveis 
por regulamentar as condições do trabalho, sendo que no ano de 1993 
criou-se o Instituto de Desenvolvimento das Condições de Trabalho. No 
ano de 2004, esse órgão foi extinguido e criou-se o Instituto de Se-
gurança e Higiene do Trabalho, que, em 2006, deu origem ao órgão 
denominado Autoridade para as Condições de Trabalho, sendo este 
responsável por tratar da regulamentação do tema da segurança e do 
gerenciamento de riscos (de forma indireta) no país.
CONCEITOS BÁSICOS RELACIONADOS AOS RISCOS 
Para que se realize a avaliação e o gerenciamento de riscos é 
preciso executar um exame minucioso sobre os impactos que as ativi-
dades laborais podem ocasionar nos colaboradores. Com isso, torna-se 
necessário compreender se as medidas preventivas existentes são efi-
cientes ou se é preciso desenvolver um outro tipo de ação, mais estru-
turada, para mitigar os riscos. Dessa forma, se torna essencial conhecer 
alguns termos básicos que contribuem para que se tenham atividades 
estruturadas. Esses conceitos são apresentados a seguir:
a) Os incidentes são quaisquer acontecimentos associados ao 
trabalho, que, independentemente da severidade, podem originar da-
nos à saúde dos colaboradores.
b) Os acidentes são eventos indesejados que causam danos 
materiais ou pessoais.
c) Os quase acidentes, por sua vez, são eventos em que houve 
incidentesque não causaram danos aos sujeitos ou às propriedades. 
Porém, caso houvesse uma pequena alteração na posição ou no tem-
po, ferimentos e danos sérios poderiam ter sido ocasionados, causando 
grandes impactos.
d) O fator de risco ou perigo é a situação, a fonte ou o ato que 
apresenta grande potencial para que se tenham danos como ferimentos 
ou lesões que afetam a saúde dos profissionais. Vale destacar ainda 
que há casos em que se pode ter a combinação destes eventos.
e) Os atos inseguros são aqueles comportamentos que ten-
dem a gerar acidentes. Normalmente, os atos inseguros são originários 
de uma condição insegura, salvo quando eles são deliberados pelos 
indivíduos que o comete.
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f) Os riscos profissionais, por sua vez, são as chances que um 
colaborador tem de sofrer algum dano originário da sua atividade laboral. 
Vale destacar que a qualificação deste risco irá depender do efeito e da re-
lação existente entre a gravidade e a probabilidade de ocorrência do risco.
Dessa forma, falar sobre os riscos no ambiente de trabalho é algo 
essencial para desenvolver medidas a fim de otimizar a produção em todas 
as atividades industriais. Com isso, consegue-se atuar para diminuir e até 
mesmo eliminar os riscos existentes para os colaboradores. Nesse contex-
to existem as prevenções primárias, secundárias e terciárias:
a) As medidas de prevenção primária têm como finalidade em-
pregar metodologias para eliminar os riscos.
b) As medidas de prevenção secundária são aquelas em que 
se adotam métodos para reduzir os riscos.
c) E, por fim, as medidas de prevenção terciária visam, elevar 
a saúde e a segurança dos trabalhadores. 
Essas medidas podem ser usadas como uma referência para 
reparar doenças laborais ou ainda os acidentes de trabalho. Vale des-
tacar que esta medida não é algo que trata exatamente da prevenção 
dos riscos, sendo indicado, nesse caso, usar termos como reabilitação 
ou vigilância médica.
AS ANÁLISES DE RISCOS
A análise de riscos é um instrumento que tem como principal 
finalidade responder a questões como:
a) Quais são as chances de acidentes ocorrem devido à exis-
tência dos riscos presentes no ambiente de trabalho?
b) Quais são os riscos existentes na empresa e quais eventos 
errados podem ocorrer?
c) Como reduzir ou eliminar os riscos existentes?
d) Quais as consequências e os efeitos que os acidentes po-
dem gerar?
A resposta para a primeira questão deve ser pautada em di-
versos elementos como a compreensão dos índices de erros humanos 
e de falhas em equipamentos. Vale mencionar que nos dias de hoje há 
poucos estudos que tratam das chances de falhas humanas, porém, 
dados sobre as falhas associadas aos equipamentos podem ser obtidos 
facilmente em bancos de dados que tratam de acidentes e de falhas. 
A segunda pergunta pode ser respondida usando várias técni-
cas quantitativas e qualitativas de análise, auxiliando assim na compre-
ensão de quais são os acontecimentos indesejados. A terceira questão 
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deve contar com técnicas de controle para que seja possível respondê-
-la. E, por fim, a resposta do último questionamento é obtida empregan-
do modelos de falhas, modelos matemáticos, entre outras técnicas que 
permitem levantar quais são as consequências dos acidentes. 
GERENCIAMENTO DE RISCOS NA MANUTENÇÃO
Os riscos são inerentes a qualquer atividade realizada nas in-
dústrias, porém, o grande problema existente, neste caso, é o fato de tais 
riscos serem ocultos ou previsíveis. Por isso, para diminuir a ação ou até 
mesmo minimizar seus impactos aos bens materiais, aos colaboradores 
e ao meio ambiente é preciso investir em práticas para gerenciar os riscos 
que permitam compreender as chances de ocorrência desses eventos. 
O gerenciamento de riscos na manutenção é uma atividade que 
engloba a avaliação e o controle dos riscos para acompanhar e monito-
rar os riscos existentes durante a etapa de realização de uma atividade. 
Essa ferramenta é empregada com o intuito de proteger os colaboradores 
de todos os riscos existentes nas empresas, principalmente em suas ati-
vidades laborais. Dessa forma, consegue-se atuar para diminuir os riscos 
nas atividades executadas e na empresa a níveis que sejam aceitáveis. 
Um bom exemplo de gerenciamento de riscos é o empenho 
da empresa na manutenção, na garantia da limpeza e na ordem em 
ambientes, assim como a preservação de máquinas, equipamentos e 
ferramentas presentes na empresa. Vale mencionar que para ter um ge-
renciamento de riscos eficiente deve-se ainda analisar periodicamente 
meios de proteção como chuveiros de emergência, hidrantes, exausto-
res, guarda-corpos, entre outas coisas. Quando isso ocorre consegue-
-se garantir a integridade física dos colaboradores, bem como a não 
ocorrência de danos ao patrimônio da empresa. Desse modo, conse-
gue-se ter um sistema de gerenciamento de riscos mais eficiente e sis-
temático nas empresas. A figura abaixo ilustra as principais etapas para 
o gerenciamento de riscos profissionais.
Figura 1: Etapas do gerenciamento de riscos profissionais
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Fonte: Associação Brasileira de Aviação Geral (2019)
O gerenciamento dos riscos é uma tarefa que surgiu nas grandes 
empresas a fim de minimizar os custos associados ao pagamento de se-
guros à medida que se elevava a proteção dos trabalhadores e dos bens 
materiais. Vale destacar que o aumento dos riscos de acidentes nas in-
dústrias tem sido considerável nos últimos anos, isso porque os processos 
e as atividades executadas nas empresas se tornaram mais complexos. 
Além disso, a introdução de novas matérias-primas e a criação de novos 
produtos, de novos processos, entre outros aspectos, tem contribuído para 
elevar a preocupação no que se refere aos riscos ocupacionais. 
Por isso, tem-se percebido um maior engajamento da socieda-
de sobre esse tema, uma vez que as cobranças para a adoção de me-
didas emergenciais e de contenção de riscos mais eficientes aumentam 
ano após ano. Associado a isso existe também as questões ecológi-
cas que contribuem significativamente para que as indústrias repensem 
seus modos de produção. Com as pressões exercidas pela sociedade 
e com nova demanda mercadológica, as empresas passam a analisar 
com mais cuidado os efeitos das suas atividades, tanto ao nível interno, 
como ao nível externo.
Além disso, é importante que todos os profissionais da empresa, 
seja ao nível de chão de fábrica, seja no alto escalão, estejam empenha-
dos com o processo de gestão de riscos. Com isso, consegue-se difundir 
uma cultura pautada no gerenciamento de riscos e na formação de hábitos 
seguros para diminuir riscos existentes em todos os ambientes de trabalho.
É preciso mencionar que, para realizar o gerenciamento dos 
riscos aplicados à manutenção industrial, diversas ferramentas podem 
ser utilizadas. Inicialmente, para planejar esta atividade utiliza-se a fer-
ramenta de análise e de planejamento, que tem como principal finalida-
de criar um plano estratégico para tratar das tarefas a serem executadas 
na gestão dos riscos. Para que isso ocorra criam-se planos de riscos, 
implementam-se graus de tolerância ao risco pelos intervenientes e de-
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finem-se as políticas de organização. A elaboração dessas atividades 
deve contar com os seguintes profissionais:
a) Os gestores da manutenção.
b) Os líderes da equipe de manutenção.
c) Os intervenientes.
d) Os especialistas em riscos.
e) As demais pessoas que têm conhecimento para discutir as-
suntos ligados aos riscos nas atividades de manutenção.
Normalmente, para se realizar o gerenciamento dos riscos da 
manutenção industrial, é preciso envolver os representantes dos setores 
de manutenção, além dos profissionais ligados ao setor produtivo como 
operadores, programadores,líderes, entre outros. Com isso, consegue-se 
traçar atividades de manutenção, sejam elas preditivas, corretivas ou pre-
ventivas, para diminuir as paradas não programadas, os custos de manu-
tenção e a otimização de recursos integrando todo o processo produtivo.
MÉTODOS PARA AVALIAR E QUANTIFICAR OS RISCOS
Avaliar os riscos é algo resultante do perigo e que parte do 
pressuposto que um determinado risco pode ser aceitável ou não. Essa 
atividade requer uma análise sistemática de todas as questões de tra-
balho e tem como finalidade identificar:
a) Quais são as medidas de proteção ou prevenção existentes, 
ou que deveriam existir para mitigar os riscos.
b) Qual é a chance de os perigos serem eliminados.
c) Os eventos que podem culminar em danos ou lesões.
Para avaliar os riscos, de modo geral, é preciso realizar uma aná-
lise estruturada, compreendendo de forma quantitativa e/ou qualitativa os 
riscos impostos pelas fontes de perigo que foram identificadas em um 
determinado processo. Por isso, para a identificação destes, utilizam-se 
os métodos de avaliação qualitativos, quantitativos e semiquantitativos.
Os métodos qualitativos são aqueles responsáveis por descre-
ver os riscos sem que haja a quantificação geral das medidas de se-
gurança existentes e também dos pontos perigosos de uma atividade. 
Por meio desse método consegue-se estimar situações de risco mais 
simples em que os perigos podem ser identificados facilmente por meio 
da observação. Os métodos de avaliação qualitativos mais utilizados 
pelas empresas são as listas de verificação, os fluxogramas, os planos 
de sinalização, os estudos de movimentação, as tabelas de reações 
químicas perigosas, entre outros.
Os métodos semiquantitativos são usados para atribuir índices 
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em situações de riscos que foram identificadas previamente, esses índi-
ces auxiliam na determinação de planos de atuação como os métodos 
Wiliam Fine e o da matriz. É importante mencionar que quando as ava-
liações realizadas pelos métodos qualitativos se tornam insuficientes 
recomenda-se empregar os métodos semiquantitativos, uma vez que, 
os métodos quantitativos são mais complexos e apresentam altos cus-
tos quando comparados com os demais.
Como mencionado anteriormente, os métodos quantitativos 
são mais complexos, porém, eles são mais precisos, uma vez que se 
consegue atribuir um valor à severidade e à probabilidade de ocorrência 
de um risco pela utilização de técnicas de cálculos mais sofisticadas 
e pelo uso de modelos matemáticos. Dentre as técnicas quantitativas 
as mais utilizadas são os métodos estatísticos (taxa média de falhas, 
índices de confiabilidade e índices de gravidade e frequência), os méto-
dos matemáticos (modelo de difusão das nuvens de gás e modelos de 
falhas) e os métodos pontuais (Meseri, Purt, Dow).
FERRAMENTAS USADAS NO GERENCIAMENTO DE RISCOS NA 
MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
Uma ferramenta muito comum usada para identificar os riscos na 
manutenção são as listas de verificação ou os check lists, que são instru-
mentos criados a fim de estratificar as fontes de risco existentes em uma 
atividade. Vale mencionar que esses instrumentos precisam ser analisados 
de forma individual para que se possa melhorar os resultados obtidos. 
Através do checklist os stakeholders usam listas prontas para 
identificar os riscos existentes no ambiente, permitindo assim, imple-
mentar medidas de mitigação de riscos que sejam mais eficientes. É im-
portante destacar que no gerenciamento da manutenção os check lists 
são usados para levantar as condições das máquinas e equipamentos 
de uma empresa a fim de garantir o pleno funcionamento e a conserva-
ção destes dispositivos. A figura abaixo ilustra um exemplo de um check 
list utilizado para avaliar os riscos existentes no processo de soldagem. 
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Figura 2: Exemplo de check list usado para avaliar os riscos no processo de 
soldagem
Fonte: Segurança do Trabalho NWN (2019)
Há ainda os Diagramas de Causa e Efeito ou Diagramas de Es-
pinha de Peixe ou Diagrama de Ishikawa. Essa ferramenta tem como fina-
lidade principal identificar os riscos existentes em um processo. Para isso, 
adota-se a filosofia causal, partindo da ideia de que se algo errado ocorrer 
uma vez, provavelmente esse evento acontecerá novamente, exceto quan-
do se executa algo para evitá-lo. A figura a seguir ilustra um diagrama de 
causa e efeito aplicado à manutenção. Essa ferramenta pode ser associa-
da ainda a outras ferramentas como os cinco porquês com o intuito de me-
lhorar a definição da causa raiz de um problema na manutenção, apontan-
do qual o melhor tipo de manutenção precisa ser realizado, por exemplo.
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Figura 3: Exemplo de diagrama de causa e efeito que pode ser aplicado à 
manutenção
Fonte: Miranda (2018)
Vale destacar que no gerenciamento de riscos há a análise 
quantitativa de riscos que usa a ferramenta denominada valor monetá-
rio para compreender o evento do risco. Nesse caso, o valor monetário 
é um produto do valor estimado de perda ou ganho em que se tem a 
ocorrência do evento e a probabilidade de ocorrência do evento. Ao se 
falar em manutenção, essa metodologia pode ser usada para levantar 
o valor monetário a ser empregado com a manutenção que precisa ser 
realizada em um equipamento de uma empresa. Com isso consegue-se 
definir quais são as mais eficientes e melhores práticas de manutenção.
Uma outra metodologia essencial para o planejamento dos ris-
cos são as aquisições de serviços e de bens fora da empresa. Normal-
mente, ela pode ser empregada como uma resposta para determinados 
riscos, porém, em grande parte dos casos, ela implica na substituição 
de riscos, com isso, ela pode ser chamada então de uma estratégia de 
transferência de riscos.
Um exemplo disso na manutenção é quando se terceiriza o 
serviço de manutenção em uma indústria, pois, nesse caso, a empresa 
contratante está apenas trocando o risco que ela teria ao contratar no-
vos empregados, por exemplo. Dessa forma, com esse procedimento se 
transfere toda a responsabilidade com a contratação de pessoal, com-
pra de equipamentos, entre outras coisas para outras empresas. Isso 
é algo feito nos dias de hoje para otimizar o tempo com a programação 
e a manutenção de paradas. Vale destacar ainda que essa ferramenta 
se torna mais vantajosa quando ela é combinada com a estratégia de 
mitigação dos riscos de falhas inesperadas.
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A AUDITORIA
A auditoria é uma ferramenta que permite a avaliação da con-
formidade em qualquer modelo de gerenciamento ou de processo. Por 
meio dela consegue-se realizar uma análise crítica de toda a empresa 
a fim de verificar se as medidas executadas na empresa estão sendo 
efetivas. No que se refere ao sistema de gerenciamento de ativos, por 
exemplo, com a realização de auditorias nos sistemas de gerenciamento 
a empresa consegue atuar delimitando competências, responsabilida-
des e exigências para conduzir e planejar um projeto adequadamente.
As auditorias são atividades sistemáticas, documentadas e inde-
pendentes. Elas são realizadas com a finalidade de verificar através de 
evidências objetivas questões como cumprimento e adequabilidade do que 
foi determinado pelos sistemas de qualidade das organizações. Diante dis-
so, é importante destacar que existem dois tipos de auditoria, as internas 
e as externas. As internas são feitas por auditores que integram o quadro 
da empresa ou um terceirizado, já as externas são aquelas realizadas por 
auditores que integram o quadro de uma entidade certificadora.
Todos os dois tipos de auditoria apresentam o mesmo objetivo, 
porém, a grande diferença entre elas é o fato de que as auditorias externas 
são essenciais na manutenção dos certificados de qualidade. As auditoriasinternas por sua vez, têm a capacidade de indicar quem é o responsável 
por corrigir ou melhorar aspectos determinados e que são essenciais para 
garantir o cumprimento do que foi estipulado pela certificadora. Com isso, 
na auditoria interna, consegue-se diminuir quaisquer irregularidades que 
possam vir a ser observadas posteriormente nas auditorias externas.
Ao se realizar uma auditoria é importante que os auditores ob-
tenham informações suficientes para a comprovação do seu parecer. 
Por isso, esses profissionais devem documentar todas as evidências 
que foram observadas e coletadas ao longo do processo de auditoria. 
Vale destacar que esta atividade precisa ser planejada de forma coeren-
te para que se possa atingir as metas determinadas a custos aceitáveis 
na empresa. Dessa forma, com a auditoria as empresas buscam:
a) Realizar o planejamento da quantidade de horas dispendi-
das em auditorias preliminares.
b) Obter conhecimento acerca de questões como a natureza 
dos negócios, das operações, bem como o modo de organização das 
empresas.
c) Estabelecer a amplitude e a natureza dos testes de auditoria.
d) Ter uma cooperação mais elevada dos profissionais atuan-
tes na empresa.
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e) Levantar de forma preliminar quais são os problemas exis-
tentes em setores da empresa como a produção e a contabilidade.
Para realizar uma auditoria é preciso seguir uma série de eta-
pas, a figura abaixo ilustra de forma simplificada as principais etapas a 
serem executadas em uma auditoria.
Figura 4: Etapas da auditoria
Fonte: Silva (2016)
Diante disso, é importante ressaltar que os programas de 
auditoria precisam ser estabelecidos, planejados, mantidos e imple-
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mentados pelas empresas levando em conta as avaliações de riscos 
das atividades realizadas por ela. Isso se dá, uma vez que o nível de 
complexidade da auditoria é algo que varia de acordo com as tarefas 
executadas pelas empresas. Vale destacar que alguns procedimentos 
da auditoria podem não ser aplicados a empresas pertencentes a uma 
determinada atividade econômica, porém, há casos em que se faz ne-
cessário colocar outros instrumentos de avaliação nas auditorias devido 
à complexidade dos processos executados em uma dada empresa.
Ao se falar de auditoria de processos, principalmente de audi-
toria interna, é importante que as empresas adotem um programa perió-
dico que permita avaliar a conformidade do sistema ou do processo com 
o que é requerido pela auditoria externa. As auditorias precisam ser rea-
lizadas por profissionais altamente especializados, pois deve-se realizar 
uma análise minuciosa das atividades a fim de avaliar a sua eficiência 
e a conformidade com o que foi determinado. Caso sejam encontrados 
pontos divergentes ao longo da auditoria a empresa precisa atuar para 
implementar ações corretivas a fim de corrigir esses problemas. É pre-
ciso mencionar ainda que tais ações corretivas devem ser acompanha-
das por meio de registros de verificação de resultados. 
Auditoria aplicada ao Gerenciamento de Riscos da Manutenção
Já na manutenção, a auditoria precisa verificar quaisquer proce-
dimentos ligados à manutenção como a segurança, os procedimentos ad-
ministrativos, a proteção do meio ambiente e a preservação da saúde dos 
colaboradores que atuam na manutenção. O planejamento da manutenção 
atua como uma ferramenta estratégica que auxilia no gerenciamento dos 
riscos na manutenção e no planejamento das auditorias desses sistemas.
O profissional que realiza a auditoria no setor de manutenção 
precisa conhecer bem esta atividade, as normas da empresa e os seus 
processos. É importante que a empresa auditada tenha conhecimen-
to das normas e dos procedimentos existentes, uma vez que elas não 
podem estabelecer suas próprias normas. A importância de dominar os 
objetivos da auditoria faz com que os auditores realizem suas ativida-
des de modo mais assertivo, com isso, eles conseguem identificar as 
origens de possíveis divergências e sugerir melhorias para que se con-
siga adequar as empresas às normas. Além disso, é importante que os 
auditores tenham outras competências, como:
a) A capacidade de julgar se o que a empresa e/ou os setores 
estão apresentando é coerente.
b) Conhecer quais são os procedimentos determinados a fim 
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de determinar se os procedimentos executados pela empresa foram de 
fato cumpridos.
c) Avaliar se o procedimento fora do padrão, que está sendo 
usado pela empresa, tem a capacidade de prejudicar todo o sistema.
d) Conhecer o tema que está sendo testado ou examinado em 
sua conformidade.
e) Seguir de forma disciplinada os procedimentos executados.
f) Ouvir o que está sendo falado.
g) Ter sobriedade e discrição durante a execução das suas ati-
vidades.
h) Transmitir com confiança o que quer.
i) Ter paciência para não pressionar as pessoas que estão sen-
do auditadas.
j) Ser objetivo.
k) Ter ética e lealdade com a auditoria.
Dessa forma, os auditores são profissionais que precisam es-
tar capacitados para enfrentar as mais diversas situações com desen-
voltura e maturidade. Esses profissionais têm como obrigação entender 
qual a finalidade do processo de auditoria, quais são as diretrizes, os 
controles de processo, os sistemas, os métodos, a organização, os or-
çamentos, as instruções, os relatórios, os padrões de qualidade, o públi-
co alvo, entre outras coisas. Especificamente na manutenção, compete 
ao auditor avaliar as seguintes questões:
a) A organização da manutenção.
b) Os custos com a manutenção.
c) Os programas de treinamento a serem realizados com os 
profissionais do setor.
d) Os profissionais que integram o quadro da equipe de manu-
tenção.
e) Os programas de manutenção preventiva.
f) A programação e o planejamento das atividades de manu-
tenção.
g) A utilização de ordens de trabalho ou ordens de serviço.
h) Os tratamentos fornecidos aos clientes.
i) A automatização e a informatização dos sistemas de manu-
tenção.
j) Os relatórios de manutenção.
k) A ferramentaria e o almoxarifado.
l) O atendimento da manutenção corretiva.
m) A utilização das técnicas de manutenção preditiva.
É importante mencionar que cabe ao planejamento definir 
quais são os equipamentos mais críticos para a empresa e para o seu 
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processo produtivo. Para que isso ocorra é preciso dividir os equipa-
mentos nas seguintes classes:
a) A classe A, que engloba equipamentos que podem resultar 
em mortes ou em danos ao meio ambiente e ao ser humano caso haja 
falhas, aqui, tem-se então os equipamentos que são essenciais para o 
fluxo produtivo.
b) A classe B, que envolve os equipamentos que podem gerar 
perdas de produção elevadas quando se observam falhas.
c) E, por fim, a classe B, que está associada aos equipamentos 
que geram somente custos de reparo quando falham, por isso, eles não 
devem constar no plano da manutenção preventiva.
Para conhecer mais sobre o gerenciamento de riscos e to-
dos os seus componentes, acesse:
http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/
B004614.pdf
https://sigarra.up.pt/fep/pt/pub_geral.show_file?pi_doc_
id=27318
https://www.areaseg.com/bib/12%20-%20Arquivos%20Di-
versos/Apostila_de_Gerenciamento_de_Riscos.pdf
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - APEX Brasil - Perfil 6: Tecnolo-
gia da Informação e Comunicação (TIC) - Especialidade: Seguran-
ça da Informação
Na avaliação de riscos, procura-se uma base que sirva para efeitos 
de comparação, como a análise e a avaliação de riscos efetuadas 
em épocas anteriores. O conhecimento prévio de impactos e pro-
babilidades de riscos é sempre relevante para uma avaliação ade-
quada e completa. Por outro lado, há basicamente dois modos de 
realizar a avaliação de riscos, os quais se baseiam
a)no controle e na classificação de recursos computacionais.
b) nas estimativas quantitativa e qualitativa.
c) no custo e benefício.
d) nos níveis de tecnologia e processos.
QUESTÃO 2
Prova: FUNDATEC - 2022 - CEASA-RS - Agente Técnico - Técnico 
em Informática
Na análise de riscos sobre os ativos de TI de uma organização, é 
comum estabelecer níveis de risco para cada ameaça identificada. 
Também é importante identificar os possíveis tratamentos e seus 
custos para decidir o que será feito. Nesse contexto, qual alter-
nativa NÃO representa uma opção disponível à gerência para ser 
utilizada no julgamento sobre o tratamento de riscos? 
a) Aceitação do risco. 
b) Evitação do risco.
c) Transferência do risco.
d) Redução de consequências.
e) Identificação de responsáveis.
QUESTÃO 3
Prova: SELECON - 2021 - EMGEPRON - Engenheiro Eletricista (Ge-
renciamento de Projetos)
Diversas técnicas ou ferramentas foram criadas ou buscadas pela 
gestão com foco na Qualidade no sentido de apoiar a realização dos 
seus projetos ou atividades que executa. O Diagrama de causa e efei-
to, também conhecido por “Diagrama Espinha de Peixe”, significa:
a) a representação gráfica destinada ao registro das diversas etapas de 
um processo
b) a estrutura gráfica que permite a organização de dados, possibili-
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tando a identificação das origens de um determinado problema e sua 
consequência
c) o conjunto de técnicas que, com o emprego de uma “folha de verifica-
ção” apropriada, permite a obtenção de dados importantes
d) a geração de ideias/sugestões criativas que rompam os paradigmas 
dos membros de uma equipe
QUESTÃO 4
Prova: Quadrix - 2021 - CRT - SP - Técnico Administrativo
A respeito de gestão da qualidade, julgue o item.
O diagrama de causa e efeito, criado por Ishikawa, apresenta, de 
forma gráfica e hierárquica, as possíveis causas de determinado 
problema.
( ) Certo
( ) Errado
QUESTÃO 5
Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: Receita Estadual Prova: Auditor 
Fiscal da Receita Estadual Nível: Superior.
A evidência verificável de que determinado programa de auditoria 
existe consiste na geração e na manutenção de registros, cujas 
principais categorias são:
a) a documentação interna e a externa.
b) o gênero, a espécie, a tipologia e a natureza do assunto.
c) as auditorias internas e as externas.
d) a auditoria, a análise crítica do programa e a equipe de auditoria.
e) a documentação ostensiva e a sigilosa.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
Os riscos fazem parte de qualquer tarefa executada, independentemen-
te se esta é realizada em um comércio ou em uma indústria. Esses 
riscos podem ser ocultos ou previsíveis e isso se torna um grande pro-
blema, sendo necessário desenvolver formas para controlá-lo. Na ma-
nutenção industrial, por exemplo, é preciso atuar de forma a minimizar 
os impactos gerados por essa atividade ao meio ambiente, à integri-
dade dos colaboradores, entre outros elementos. Para que isso ocorra 
de forma efetiva é importante ter bons sistemas de gerenciamento de 
riscos, diante disso, discorra sobre esse tema.
TREINO INÉDITO
O Diagrama de Causa e Efeito é uma ferramenta que pode con-
tribuir de forma significativa para o gerenciamento dos riscos na 
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manutenção, diante disso, assinale a alternativa que não apresenta 
um item que forma esse diagrama:
a) Método.
b) Material.
c) Modernização.
d) Mão de obra.
e) Meio ambiente.
NA MÍDIA
ENTENDA A IMPORTÂNCIA DE CRIAR A CULTURA DE SEGURAN-
ÇA NO TRABALHO NAS EMPRESAS
O primeiro grande passo para otimizar essa cultura de segurança do 
trabalho é começar por cima, da alta gestão. Hoje, o SESI Ceará, atra-
vés de seu Centro de Inovação, leva às empresas uma série de solu-
ções que podem ser aplicadas e personalizadas...
Entre as metodologias usadas, estão a ARIS e o VOI. ARIS é a sigla para 
Avaliação do Retorno sobre Investimento em Saúde, que considera o perfil 
epidemiológico e organizacional da empresa para gerar indicadores para 
a área de gestão de saúde e tomada de decisões, conhecendo melhor o 
perfil dos funcionários e identificando maneiras de reduzir os fatores de 
risco. O foco é a prevenção para o aumento da produtividade, gerando o 
Retorno sobre o Investimento (ROI - Return on Investment) com impactos 
diretos, inclusive financeiros. Já o VOI (Value on Investment) é um modelo 
de análise de valor agregado, ou seja, tanto na valorização da marca quan-
to no que os funcionários percebem como benefícios das ações de saúde 
implantadas na corporação - são os impactos que afetam diretamente no 
bem-estar das pessoas, dentro e/ou fora do ambiente de trabalho.
Fonte: G1
Data: 21 nov. 2022.
Leia a notícia na íntegra: 
https://g1.globo.com/ce/ceara/especial-publicitario/fiec-federacao-das-
-industrias-do-estado-do-ceara/a-industria-em-foco/noticia/2022/11/21/
entenda-a-importancia-de-criar-a-cultura-de-seguranca-no-trabalho-
-nas-empresas.ghtml
NA PRÁTICA
A realização dos processos de análise de riscos na manutenção tem 
diversos objetivos, um deles é compreender os riscos relacionados com 
o desgaste de máquinas e equipamentos. Essa análise é essencial para 
garantir que estes dispositivos funcionem adequadamente, apresen-
tando boas condições de uso e de funcionamento. Dessa forma, para 
realizar um processo de avaliação de riscos na manutenção é preciso 
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passar por cinco etapas básicas.
A primeira etapa deste processo é a reunião de informações, ou seja, a ob-
tenção de todos os dados relevantes dos equipamentos, das instalações, 
entre outros espaços. Em seguida, realiza-se a inspeção para vistoriar equi-
pamentos, ambientes, entre outras coisas que se deseja analisar. Depois 
dessa etapa realiza-se a avaliação a fim de identificar os riscos existentes 
na manutenção. A avaliação é feita considerando as chances de ocorrerem 
falhas, as suas consequências e a gravidade de suas consequências. 
Depois da etapa de avaliação, tem-se o planejamento no qual obtém-se os 
resultados da avaliação de riscos, focando no desenvolvimento de planos 
de manutenção para equipamentos e instalações que apresentam riscos 
elevados. E, por fim, realiza-se a manutenção de acordo com os planos 
determinados na etapa anterior. Vale destacar que a cada cinco anos, de-
ve-se realizar uma nova inspeção de forma a comparar os dados obtidos 
com os resultados anteriores, com isso, caso o plano não seja adequado, 
atua-se ainda para corrigi-lo. Dessa forma, consegue-se atuar de modo a 
evitar possíveis problemas que podem afetar os equipamentos e as insta-
lações, garantindo que eles estejam sempre disponíveis para a produção.
PARA SABER MAIS
Título: Por que a gestão de riscos na manutenção é importante?
Data de publicação: 12 nov. 2020
Fonte: https://www.ngi.com.br/blog/por-que-a-gestao-de-riscos-na-ma-
nutencao-e-importante/#:~:text=O%20setor%20de%20manuten%-
C3%A7%C3%A3o%20sempre,mesmo%20problemas%20relaciona-
dos%20a%20vazamentos.
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CUSTOS NA MANUTENÇÃO
O controle de custos na manutenção é algo relativamente novo, 
durante muito tempo os gestores da manutenção acreditaram que esta 
prática era inviável. Porém, nos dias de hoje controlar, os custos nesta 
atividade é algo essencial para que as empresas possam se manter 
competitivas no mercado. Ao se controlar os custos consegue-se uma 
série de benefícios para o setor de manutenção, que passa a contribuir 
significativamente para garantir a disponibilidade e o funcionamento dos 
equipamentos para a produção.
Por meio do conhecimento e da análise de custos consegue-
-se ter um controle rígido dos orçamentos e dos custos das atividades 
realizadas. Além disso, é possível trabalhar de modo a garantir que os 
INTRODUÇÃO AOS CUSTOS NA
MANUTENÇÃO
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custos possam ser mantidos dento dos objetivos e das metas estipu-
ladas pela empresa. Com isso, garante-se um maior controle sobre as 
atividades realizadas, pois consegue-se levantar quais são as tarefas 
que cada setor precisa executar para atingir o resultado final projetado.
Os custos associados à manutenção se tornaram essenciais 
para que se defina a periodicidade da manutenção, assegurando assim 
instrumentos suficientes para que as indústrias modernas continuem a 
desenvolver suas atividades de forma eficiente. Ao se falar dos custos da 
manutenção preventiva, por exemplo, é preciso buscar formas de otimi-
zar essa atividade. Essa otimização só é alcançada quando se consegue 
realizar ajustes da periodicidade das intervenções, sendo que isso é atin-
gido quando se tem o controle do nível de degradação dos equipamentos 
e quando se acompanham as taxas de falhas dos equipamentos. 
No mundo, os custos com manutenção têm se elevado ano após 
ano, nos Estados Unidos, por exemplo, no final do século XX, os custos 
de manutenção variavam em cerca de 0,8% das vendas. Já no começo 
do século XXI, esse número se elevou para cerca de 12% das vendas, 
o que representava um custo de aproximadamente 10% dos custos de 
itens produzidos. É importante mencionar que essa estimativa de custos 
pode ser obtida com base em dois indicadores principais, que são os 
custos de manutenção considerando o patrimônio (que é o valor estima-
do dos ativos em porcentagem) e os custos de manutenção que leva em 
conta o faturamento bruto das organizações (em porcentagem). 
Para se ter uma ideia sobre os gastos com manutenção, pode-
-se observar o gráfico abaixo, que aponta um levantamento dos custos 
de manutenção no Brasil entre os anos de 1994 e 2012. 
Quadro 1: Custos de manutenção no Brasil entre os anos de 1994 e 2012
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Fonte: Associação Brasileira de Manutenção (2013)
Depois desse levantamento feito em 2013 a Associação Brasilei-
ra de Manutenção não realizou mais nenhuma pesquisa a esse respeito.
A Associação Brasileira de Manutenção estimou entre os anos 
de 1994 e 2012 os custos com a manutenção no Brasil, este órgão com-
parou ainda os gastos realizados com esta atividade com o PIB nacional 
(relação CTM/FB no quadro acima). Nota-se que durante o período ana-
lisado os custos com manutenção representaram uma média de 4,17% 
do PIB nacional. 
Analisando o quadro acima é possível observar que entre 1994 
e 2009 houve uma ligeira diminuição com os gastos de manutenção, 
isso se deu devido a incentivos do governo. Porém, a partir do ano 
de 2010, esse valor começou a aumentar, isso porque o governo criou 
medidas de estímulo ao consumo, que ocasionou uma crise econômica 
e política, elevou a inflação, estagnou a economia e diminuiu os inves-
timentos. Dessa forma, as atividades de manutenção não acompanha-
ram o aumento da demanda de consumo, resultando assim na elevação 
dos custos com manutenção nas empresas brasileiras.
Vale destacar ainda que em diversas empresas, a manutenção 
costuma representar até 20% dos custos fixos, o que faz com que ela 
se torne um ponto importante na análise de viabilidade operacional de 
processos e equipamentos. Por isso, no Brasil, adotam-se os indica-
dores de disponibilidade, para avaliar a viabilidade de utilizar ou não 
os equipamentos. Dessa forma, os indicadores de disponibilidade são 
ferramentas responsáveis por determinar se um dispositivo ou processo 
está apto para realizar suas funções em um período ou em um instante, 
auxiliando a gerência nas tomadas de decisão.
Tipos de Custos na Manutenção
Como mencionado anteriormente, estimar os custos relaciona-
dos com as atividades industriais é uma tarefa difícil, mas necessária. 
Essa tarefa compete à gestão da empresa, porém, no caso da manuten-
ção, os custos atuam como um elemento para equilibrar essa atividade, 
uma vez que ela é complexa e cara. É importante destacar ainda que os 
custos dispendidos pelas empresas são essenciais para que se consiga 
produzir outros bens e serviços responsáveis por suprir as demandas 
de consumo da sociedade. Dessa forma, conhecer os custos se tornou 
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a base para que se possa realizar a sua gestão, uma vez que na manu-
tenção, por exemplo, eles podem atuar como ferramentas de auxílio às 
tomadas de decisão.
Além disso, com o gerenciamento de custos consegue-se defi-
nir os custos dos bens fabricados, auxiliando a determinar o seu preço 
final de venda, estabelecendo se o produto pode ser competitivo ou não 
a termos de preço. Com as atividades da manutenção consegue-se ele-
var a disponibilidade de máquinas e equipamentos, tudo isso a um cus-
to atrativo, por isso a relevância de se gerir os custos de manutenção. 
Outro ponto importante a ser mencionado é o fato de que o gerencia-
mento de custos permite definir quais são as atividades de manutenção 
a serem executadas em um determinado tipo de equipamento, sendo 
isso essencial para o sucesso dos programas de manutenção.
Como mostrado no tópico anterior, os custos de manutenção 
são relativamente altos, o que reforça a relevância de se discutir este 
tema. Até a década de 1990 os custos da manutenção consideravam 
apenas questões como gastos com peças de reposição, gastos com a 
equipe e gastos com a contratação de serviços externos. Mas, diante da 
evolução dos processos produtivos foi preciso considerar outras ques-
tões como perda de faturamento e depreciação. Diante disso, é preciso 
conhecer melhor quais são os principais componentes que integram os 
custos incidentes na manutenção, sendo eles:
a) A contratação de serviços externos a fim de que a empresa 
possa agilizar suas atividades de modo circunstancial ou permanente.
b) Os gastos com pessoal, que englobam questões como en-
cargos sociais, prêmios e salários, benefícios concedidos pela organi-
zação e investimento em treinamento.
c) Os custos com depreciação, que podem ser relacionados 
com os custos diretos de investimento ou de reposição de ferramentas, 
de máquinas e de equipamentos. Há também os custos indiretos asso-
ciados aos setores administrativos (com o setor contábil das organiza-
ções) e com capital imobilizado.
d) Os gastos com materiais que envolvem os custos com a 
reposição de materiais, com o consumo de água, de energia elétrica, 
custos com a administração do setor de almoxarifado e de compras.
e) Perda de faturamento, que podem ser relacionadas com os 
custos devido à perda de produção e desperdícios de materiais.
Uma prática importante a ser adotada pelas empresas é a de-
monstração de quanto os custos da manutenção representam em rela-
ção ao faturamento total da organização. Diante desse dado os gestores 
irão compreender a relevância que a manutenção tem para a empresa, 
permitindo que eles desenvolvam esforços para otimizar esta atividade. 
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É importante mencionar que os custos associados à manuten-
ção nas empresas podem ter naturezas distintas, com isso, eles podem 
ser divididos em custos diretos e custos indiretos. Os custos diretos 
são aqueles relacionados diretamente com os produtos a serem fabrica-
dos. Eles podem ser associados diretamente à quantidade de material 
produzido, ou seja, variam de modo proporcional com a quantidade de 
material que foi produzido. Já os custos indiretos são aqueles que são 
apropriados de modo indireto aos produtos, ou seja, eles não depen-
dem da quantidade de material produzido. A quantificação de custos 
indiretos se dá através de medidas de consumo, como horas máquina, 
quilos, quantidade de energia gasta, entre outras.
Diante desse cenário, vale mencionar que os verdadeiros cus-
tos de manutenção são difíceis de serem quantificados (que sãoos 
custos indiretos). Para se ter uma ideia disso é preciso imaginar um 
iceberg, como o da figura abaixo. Dessa forma, os custos diretos são 
aqueles visíveis, sendo representados pela ponta do iceberg, já os cus-
tos indiretos são aqueles ‘invisíveis’ e que estão abaixo da água.
Figura 5: Iceberg de custos na manutenção
Fonte: Piedade (2012)
A diminuição de custos devido a falhas de equipamentos, bem 
como a redução nos custos totais com manutenção requer que as em-
presas invistam na manutenção. Dessa forma, para acompanhar os 
custos ligados à manutenção é preciso criar gráficos de controle que 
mostrem informações como:
a) A realização, ou seja, o valor efetivo gasto em cada mês.
b) A previsão dos custos para cada mês.
c) Os valores gastos em períodos anteriores.
d) A referência mundial ou o benchmark, que são os valores da 
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organização que apresentam os menores custos de manutenção para a 
instalação similar à que está sendo analisada.
Diante desse cenário vale destacar que ter mais manutenção não 
significa que a manutenção é melhor, pelo contrário, é preciso buscar um 
equilíbrio entre os custos, a disponibilidade operacional e o nível de manu-
tenção. Com isso, consegue-se definir o ponto de intervenção ótimo, que 
é uma variável dependente dos tipos de equipamentos ou das instalações.
É importante considerar que mesmo tendo custos de manutenção 
relativamente altos nas empresas, o mais importante deles e que preci-
sa ser considerado no setor de manutenção é o custo associado à não 
qualidade. Esses custos são aqueles relacionados com a perda da confia-
bilidade de custos, recalls, pós-garantias e garantias e que precisam ser 
acompanhados com mais atenção. A monitoração desses custos se torna 
importante, uma vez que não é interessante para a empresa gastar pouco 
com manutenção, pois isso, normalmente, implica em baixa eficiência.
A Importância do Planejamento para o Gerenciamento de Custos 
na Manutenção
Para a realização do planejamento é essencial analisar quais 
são os itens indispensáveis, os itens básicos, entre outras coisas que po-
dem contribuir para o alcance dos objetivos determinados. Para ilustrar, 
pode-se imaginar o setor de manutenção de uma fábrica de tecidos, que 
tem o objetivo de diminuir os desperdícios e os atrasos na realização 
das atividades no próximo ano. Para que isso ocorra, é importante que 
o planejamento do setor contemple, obrigatoriamente questões como 
mão de obra, serviços terceirizados, materiais e ferramentas.
No que se refere à mão de obra, é preciso levar em considera-
ção questões como:
a) O número de colaboradores contratados para a realização 
das atividades necessárias.
b) A capacitação dos colaboradores contratados.
c) A experiência e o treinamento para a execução da atividade 
desejada.
Ainda no que tange à mão de obra, pode-se afirmar que em casos 
de manutenção mais simples como em inspeções de baixa complexidade 
ou em manutenções efetivas a maioria das empresas necessitam de ape-
nas uma pessoa qualificada para a realização das atividades laborais. Po-
rém, em trabalhos mais complexos como em inspeções mais detalhadas 
e obrigatórias, é preciso ter mais de um colaborador especializado. Isso 
ocorre, uma vez que o trabalho em conjunto desses profissionais contribui 
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para diminuir eventuais erros que podem afetar a qualidade da manuten-
ção. Além disso, consegue-se diminuir os custos devido ao aumento da 
disponibilidade dos equipamentos, contribuindo assim para a produção. 
Quanto aos materiais é preciso realizar uma previsão da quanti-
dade necessária para a execução das atividades de manutenção, sendo 
que isso é essencial para se alcançar as metas e os prazos determinados 
pela empresa. Por isso, as organizações, principalmente o setor de manu-
tenção, deve trabalhar com estoques de segurança, tendo kits básicos para 
reparar os principais equipamentos caso um evento inesperado ocorra. 
Desse modo consegue-se minimizar os imprevistos e os trans-
tornos que podem ocasionar a parada não programada da manutenção. 
Vale mencionar ainda que equipamentos importados e com tecnologias 
mais avançadas são aqueles que requerem atenção especial, pois a 
solução dos seus problemas pode demorar mais que o normal. Diante 
disso, para se ter um bom planejamento da previsão de materiais, é 
preciso executar, pelo menos, as seguintes atividades:
a) Estimar quais são as tarefas que precisam de materiais para 
a sua realização, como os serviços para a troca de componentes me-
cânicos defeituosos, que requerem a substituição de uma peça. Vale 
destacar que todas as atividades precisam ser feitas de acordo com a 
especificação do fabricante ou das fichas de manutenção.
b) Pesquisar as fichas de inspeção e os manuais dos equipa-
mentos e das máquinas.
c) Estimar a quantidade total que precisa ser trocada, sempre 
as deixando no estoque. 
Seguindo, pelo menos, estas etapas é possível determinar a 
quantidade de kits a serem montados, bem como os equipamentos e 
máquinas que requerem mais atenção da manutenção. Dessa forma, 
consegue-se otimizar possíveis paradas não programadas que possam 
vir a ocorrer no futuro, além de auxiliar na elaboração de orçamentos, 
uma vez que as estimativas passarão a ser mais precisas devido ao 
conhecimento das reais necessidades do processo.
Já as análises da quantidade de ferramentas são primordiais 
para a realização das tarefas de manutenção, independentemente da 
área (petrolífero, agrícola, siderúrgico, aeronáutico, entre outros). Isso 
implica que o setor de manutenção precisa ter o número adequado de 
ferramentas para satisfazer as necessidades de todos os trabalhadores 
envolvidos com as tarefas de manutenção a serem executadas. 
Nesse sentido, compete à empresa garantir que a quantidade 
de ferramentas seja proporcional à quantidade de técnicos designados 
para a execução da manutenção. Quando isso ocorre é possível evitar 
a interrupção do serviço devido à falta de ferramentas, uma vez que os 
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profissionais não deixam sua atividade para buscar uma ferramenta, 
evitando então perda de tempo. Esse tempo seria o Homem/hora (H/h), 
que se refere ao colaborador parado para realizar outra atividade qual-
quer, que não seja cumprir a sua tarefa no fluxo produtivo.
Nos dias de hoje, as ferramentas não são apenas as conven-
cionais (alicates, chaves de boca, chaves de fenda, entre outras), os 
computadores estão se tornando essenciais para a realização das ativi-
dades de manutenção. Por meio desses dispositivos e outros recursos 
que podem ser instalados neles é possível realizar uma série de ativi-
dades. Essas atividades auxiliam na estimação do tempo gasto para re-
alizar uma tarefa, para planejar a manutenção, entre outras coisas que 
facilitam a rotina da manutenção. Nesse sentido, diversos softwares 
podem ser usados para realizar a simulação computacional dos equi-
pamentos (simular as condições de operação), avaliar as condições de 
componentes mecânicos, entre outras coisas.
Diante disso, é importante mencionar o setor de Planejamento 
e Controle da Manutenção (PCM), que é responsável por usar diversos 
softwares para a elaboração de planos de manutenção. Dessa forma, o 
PCM constrói os planos com a utilização de softwares e aplicativos sim-
ples como Primavera, MS Project, Excel, Centered Maintenance Mana-
gement System (CMMS), entre outros. A utilização de programas espe-
cíficos para a manutenção eleva a quantidade de recursos disponíveis 
para a programação, favorecendo o monitoramento e a automatização 
dos fluxos de informações. Diante disso, para se ter um PCM é preciso 
seguir algumas etapas, que são apresentadas na figura abaixo.
Figura 6: Esquema do Planejamento e Controle da ManutençãoFonte: Teles (2018)
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Com a utilização dos recursos mencionados anteriormente e se-
guindo as etapas propostas pelo PCM é possível ter bons planejamentos 
de manutenção. Diante disso, o planejamento de manutenção pode ser de-
finido como sendo a junção de informações que são organizadas adequa-
damente pelo setor de PCM a fim de garantir que todas elas sejam utiliza-
das adequadamente para otimizar as atividades a serem executadas pelo 
setor de manutenção. Assim, o PCM e o planejamento da manutenção são 
essenciais para minimizar os custos operacionais e otimizar as etapas da 
produção, devendo essas ferramentas serem utilizadas pelas empresas.
A Importância dos Custos de Manutenção em algumas Atividades 
Econômicas 
Diante da crescente competição existente na indústria moder-
na, tem-se elevado a preocupação em produzir bons produtos a custos 
acessíveis, o que faz com que as organizações modifiquem a sua forma 
de gerenciar e medir seus custos, assim como o modo de avaliar o seu 
desempenho. 
Normalmente, os sistemas tradicionais realizam o rateio dos 
custos de fabricação indiretos de forma proporcional aos custos com a 
mão de obra, por exemplo. Porém, com o uso das tecnologias a produ-
ção se torna mais avançada, com isso, os custos de fabricação indiretos 
se elevam, enquanto os custos com a mão de obra diminuem. Diante 
desse novo cenário, percebe-se que o rateio dos custos indiretos, prin-
cipalmente os com a manutenção se tornam incorretos.
Existem também as atividades nas quais os custos com manuten-
ção são expressivos, com isso, para apropriá-los é necessário analisar tais 
atividades individualmente. Dessa forma, consegue-se aumentar a preci-
são das informações, otimizando o processo de estimativa de custos. A se-
guir serão abordadas as principais atividades econômicas que apresentam 
altos custos de manutenção, demandando maior atenção das empresas. 
As usinas hidrelétricas são instalações que requerem manuten-
ções constantes nas linhas de transmissão e na própria usina de geração 
de energia. Nesses ambientes é preciso ter sempre equipes de plantão, 
em turnos alternados para monitorar esse processo durante as vinte e 
quatro horas do dia. É importante destacar que algumas tarefas da ma-
nutenção devem ser realizadas após o corte da energia. Dessa forma, 
é essencial que as atividades de manutenção sejam executadas depois 
do planejamento, uma vez que as paradas desse setor, programadas ou 
não, apresentam custos mais elevados. Diante disso, quando este recur-
so falta nas empresas as máquinas e os equipamentos ficam parados e, 
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consequentemente, deixam de produzir, o que significa altos custos. 
Ao se falar das plataformas marítimas para exploração de petróleo 
pode-se afirmar que os custos associados a elas são elevados, por isso, é 
essencial que se invista em manutenção a fim de evitar falhas. Nesse am-
biente a produção é totalmente dependente do setor de manutenção, uma 
vez que há equipamentos responsáveis pela perfuração que necessitam 
de reparos e da substituição de componentes constantemente. 
Com a otimização das trocas e dos reparos consegue-se ele-
var o tempo de disponibilidade dos equipamentos para extração, dimi-
nuindo o tempo com equipamento parado, favorecendo o aumento da 
produtividade e dos lucros da empresa. É importante destacar que as 
paradas de manutenção com as plataformas podem representar custos 
mais altos de acordo com o estado em que elas estão instaladas. Isso 
se dá uma vez que tempos de parada mais elevados prejudicam as em-
presas e o estado (que, em alguns casos, deixa de recolher impostos).
Na aviação civil a manutenção é um elemento chave para ga-
rantir a segurança dos usuários, sendo que o quesito segurança é um 
dos fatores que mais chama a atenção dos passageiros. Nesse setor, o 
desgaste dos componentes é medido em horas de voo, dessa forma, dis-
positivos como hélices e turbinas são avaliados em períodos de horas de 
voo determinados pelos fabricantes. Vale mencionar ainda que todas as 
aeronaves precisam ser inspecionadas anualmente, independentemente 
se voaram ou não. Esse procedimento é uma norma do Departamento de 
Ação civil, regulamentado pela Lei n.7.565 de 19 de dezembro de 1986.
Em empresas brasileiras que realizam o transporte aéreo de 
forma regular, inclusive as que operam com aeronaves de grande por-
te também devem realizar manutenções em oficinas que sejam regu-
lamentadas pelo Departamento de Aviação Civil. Essas manutenções 
podem demorar de um dia a até semanas, dependendo das atividades 
e dos reparos a serem executados. Quando se realiza a inspeção anual 
também há uma grande demora devido à quantidade de itens que pre-
cisam ser checados. Dessa forma, com as aeronaves paradas tem-se 
altos custos, uma vez que a empresa não está produzindo (realizando 
viagens aéreas), gerando prejuízos para elas. 
Ao observar a figura abaixo, que trata da composição dos cus-
tos e das despesas do setor de transporte aéreo entre 2015 e 2018, 
percebe-se que as empresas do setor têm cerca de 20% dos seus cus-
tos associados à manutenção. Isso indica que, na maioria das vezes, os 
gastos com manutenção perdiam apenas para os gastos com combus-
tíveis. Dessa forma, percebe-se que as empresas têm se preocupado 
ainda mais em garantir a segurança dos seus passageiros, investindo 
em itens essenciais para elevar a confiabilidade e a segurança do setor.
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Figura 7: Composição dos custos e das despesas do setor de transporte 
aéreo entre 2015 e 2018
Fonte: Anac (2019)
É importante destacar que os custos com a manutenção são 
inerentes a qualquer atividade industrial, sendo que ele pode variar ou 
não de acordo com o processo executado pelas empresas. Há casos 
em que as empresas precisam investir mais em bens e serviços para 
executar a manutenção a fim de satisfazer as particularidades dos itens 
produzidos ou dos serviços prestados. 
Vale mencionar ainda que as manutenções podem ser meno-
res ou então periódicas. Existem também as manutenções que são rea-
lizadas por meio da exigência operacional ou por questões legais e que 
são essenciais para manter o fluxo produtivo operando. Nesse caso, 
tem-se campanhas maiores que implicam na reforma total ou na troca 
de várias partes das máquinas e dos equipamentos, requerendo a sua 
parada parcial ou por completo, o que representa altos custos. 
Com as paradas programadas os custos são maiores não ape-
nas pela realização das atividades de manutenção, mas também pela 
indisponibilidade dos equipamentos para a produção. Dessa forma, as 
paradas implicam em paralisação das atividades da empresa, envol-
vendo outros custos que ultrapassam os custos de manutenção, como 
o aumento dos custos com a mão de obra própria. Isso porque os cola-
boradores ficam ociosos, assim como os equipamentos e as máquinas, 
que não conseguem gerar receita para a empresa.
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Gerenciamento de Custos como uma Ferramenta Estratégica
Com o intuito de diminuir os custos associados à atividade de 
manutenção a primeira coisa a se fazer é gerir os custos, isso se dá por 
meio da identificação dos setores que tem os maiores custos de ma-
nutenção. Após levantar essa necessidade é preciso analisar de forma 
efetiva o real motivo dos altos índices de manutenção e porque isso tem 
ocorrido. Depois de identificar essas causas deve-se atuar para eliminá-
-las ou então minimizá-las. 
Pode-se listar então diversas atitudes que auxiliam na diminui-
ção dos custos de manutenção, fazendo com que o gerenciamento de 
custos passe a atuar como uma ferramenta estratégica nas organiza-
ções. Dentre essas atitudes é possível citar a elaboração de um projeto 
que vise otimizar o aproveitamento dos equipamentos e das máquinas 
emquestões como grau de liberdade do operador, o espaço, procedi-
mentos básicos, entre outras coisas. É preciso ainda adotar práticas de 
prevenção constantes, além do fato de as empresas precisam comprar 
equipamentos e máquinas que tenham qualidade e procedência visan-
do ter a melhor assistência técnica a custos mais baixos.
É preciso também coordenar reparos maiores (aqueles que ne-
cessitam de parada total) de forma a se ter outro equipamento sobressa-
lente. Com isso, evita-se a diminuição da receita operacional devido às 
paradas obrigatórias ou necessárias para realização da manutenção. É in-
teressante que as equipes de produção e de manutenção cooperem umas 
com as outras e estejam entrosadas. Isso porque os operadores devem 
estar capacitados e treinados para identificar e relatar (de forma imediata) 
quaisquer anomalias observadas na produção. Dessa forma, a manuten-
ção receberá tais informações de forma mais rápida e precisa, permitindo 
que eles atuem de forma imediata para solucionar os problemas.
Há as questões relacionadas ao uso adequado de equipamentos 
e de máquinas, essa tarefa requer que os profissionais sejam altamente 
treinados e capacitados. Essa prática é requerida, pois o não cumprimen-
to de procedimentos técnicos operacionais estipulados pode ocasionar a 
deterioração ou falhas prematuras nos bens da empresa. Vale destacar 
que o treinamento é essencial para a inserção dos colaboradores em 
novas atividades, principalmente as que envolvem alto grau de complexi-
dade. Desse modo, tais profissionais terão a capacidade de realizar suas 
tarefas de acordo com os procedimentos operacionais recomendados.
É importante avaliar os equipamentos e as máquinas constan-
temente, isso porque, equipamentos mais antigos tendem a requerer 
manutenções mais frequentes e com tempo de reparo mais elevado de-
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vido à ausência de peças sobressalentes. Por isso, é essencial avaliar 
se compensa adquirir equipamentos novos e mais modernos ou conti-
nuar realizando a manutenção no antigo. Sempre que possível as em-
presas precisam padronizar os equipamentos e as máquinas, uma vez 
que isso facilita a obtenção de peças de reposição, além de favorecer a 
negociação dos valores das peças com os fornecedores.
É essencial ainda que a empresa busque formas de introduzir 
novas técnicas de manutenção em seus processos de modo a simplificar, 
agilizar, trazer mais segurança e diminuir os custos das atividades para 
aumentar os intervalos de manutenção. Outro ponto a ser levado em con-
ta é a terceirização da manutenção, porém, isso precisa ser feito por meio 
de um estudo bem detalhado (para que tal evento ocorra é importante 
que a manutenção não seja a atividade fim da empresa). Após constatar 
que a terceirização traz benefícios para a empresa é importante levantar 
quais são as empresas interessadas na realização desta atividade. Isso 
permite conhecer a realidade das empresas a serem contratadas e evitar 
que elas exerçam suas atividades de forma inadequada. 
No Brasil a terceirização é um fenômeno que tem ocorrido de 
forma desenfreada e sem as devidas precauções, fazendo com que se 
elevem questões como:
a) O índice de subemprego.
b) A rotatividade de funcionários.
c) A improvisação devido à falta de colaboradores treinados e 
qualificados.
d) Falta de credibilidade dos consumidores.
e) Ausência de recursos ou má utilização das tecnologias.
Dessa forma, o gerenciamento dos custos de manutenção per-
mite que as empresas se tornem mais competitivas. Isso se dá, pois 
melhora-se o ciclo de operação das organizações, uma vez que o pla-
nejamento permite que as empresas registrem seus custos. Com isso, 
todas as informações necessárias relativas à manutenção e a outras 
áreas da empresa ficam à disposição dos executivos, garantindo que 
eles possam controlar os custos de produção de forma efetiva.
Por meio das informações dos custos os gestores conseguem 
desenvolver suas atividades de forma mais integrada e racional, pen-
sando na redução de custos globais, principalmente nos custos de ma-
nutenção, sempre levando em consideração questões como:
a) Deve-se comprar equipamentos mais modernos ou continu-
ar realizando a manutenção nos antigos?
b) É preciso contratar profissionais especializados para a reali-
zação das atividades de manutenção ou ela pode ser terceirizada? 
c) É possível diminuir o orçamento da manutenção?
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d) Como fazer para que a atenção da administração se volte 
para a diminuição das falhas dos equipamentos e das máquinas?
e) Como trabalhar para diminuir ou manter os estoques, que 
são componentes que ocupam espaço no setor de almoxarifado?
Vale mencionar que ter grandes estoques significa ter dinheiro 
parado, dessa forma a empresa pode pensar em criar métodos para a 
compra de peças e equipamentos mais eficientes. Assim, ao se levar em 
conta as questões mencionadas anteriormente, associadas com outras 
questões abordadas ao longo desta unidade as empresas conseguem 
utilizar o gerenciamento de custos de forma estratégica, permitindo que 
ela se destaque frente a seus concorrentes.
Os custos na manutenção precisam ser otimizados de 
modo a tornar as organizações eficientes, por isso, ele atua como 
um instrumento essencial para o desenvolvimento das empresas, 
para saber mais sobre esse tema, acesse:
https://www.linkedin.com/pulse/custos-de-manuten%-
C3%A7%C3%A3o-como-identificar-ed-marcos-assis-dos-santos
https://revistas.ufpr.br/biofix/article/view/54954/33643
http://www.scielo.br/pdf/gp/v15n1/a13v15n1.pdf
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: Administrador Ju-
diciário Nível: Superior.
Na medida que determinados custos independem do nível de ativi-
dade da empresa, ou seja, não se espera alteração dos valores de 
custos, quando o nível de atividade produtiva aumente ou reduza, 
tais custos serão classificados
a) como fixos.
b) por absorção.
c) como indiretos.
d) como variáveis.
e) como padrão.
QUESTÃO 2
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - SEFAZ-CE - Auditor Fiscal da 
Receita Estadual
Com o intuito de melhorar a gestão e o controle dos seus custos 
de produção, determinada empresa industrial decidiu dividir a sua 
unidade fabril nos seguintes seis setores distintos, nos quais são 
exercidas atividades bastante específicas: Gerência geral; Manu-
tenção de máquinas e equipamentos; Almoxarifado; Montagem; 
Pintura; Embalagem.
Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Os custos incorridos na Gerência geral, na Manutenção de máquinas 
e equipamentos e no Almoxarifado deverão ser apropriados direta-
mente aos produtos, tendo por base o tempo que tais departamentos 
venham a dedicar dos seus serviços a cada um desses produtos.
( ) Certo
( ) Errado
QUESTÃO 3
Prova: Instituto Consulplan - 2023 - SEGER-ES - Analista do Execu-
tivo - Engenharia Civil
A estrutura de documentação e registro de informações deve ser 
concebida para propiciar evidências da gestão do programa de 
manutenção, custo x benefício na realização dos serviços de ma-
nutenção, redução da incerteza no planejamento, projeto e execu-
ção dos serviços de manutenção e auxílio no programa e no pla-
nejamento de serviços futuros. A documentação do programa de 
manutenção deverá incluir, EXCETO: 
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a) Relatório de inspeção.
b) Contratos firmados e não firmados.
c) Ata das reuniões de assuntos afetos à manutenção.
d) Documentos de atribuição de responsabilidade de serviços técnicos.
e) Manual de uso, operação e manutenção das edificações, conforme 
normativo técnico.
QUESTÃO 4
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - CODEVASF - Analista em De-
senvolvimento Regional - Engenharia Mecânica
Acerca de manutenção, gestão estratégica da manutenção e tero-
tecnologia, julgue

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