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1 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S 2 C 3 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Núcleo de Educação a Distância GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino Revisão Ortográfica: Águyda Beatriz Teles PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira. O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho. O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem. 4 C Prezado(a) Pós-Graduando(a), Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional! Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as suas expectativas. A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra- dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a ascensão social e econômica da população de um país. Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida- de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas pessoais e profissionais. Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi- ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu- ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe- rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de ensino. E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos conhecimentos. Um abraço, Grupo Prominas - Educação e Tecnologia 5 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S 6 C Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo- sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve- rança, disciplina e organização. Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho. Estude bastante e um grande abraço! Professora: Fabiana Matos da Silva 7 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc- nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela conhecimento. Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in- formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao seu sucesso profisisional. 8 C Esta unidade analisará os principais riscos e custos na ma- nutenção, especificamente, serão enfocados: a) os riscos na manu- tenção, b) introdução aos custos na manutenção e c) a análise de via- bilidade e os indicadores utilizados na manutenção. Trata-se de uma pesquisa desenvolvida pelo método hipotético-dedutivo, cuja hipótese está relacionada ao fato de os riscos e os custos serem elementos es- senciais a serem considerados para o desenvolvimento das indústrias. Justifica-se pelo impacto que esses conceitos têm nas atividades de produção, além de poderem gerar benefícios para a empresa quando são bem administrados, o que permite aumentar a rentabilidade do negócio. Os resultados revelam que gerenciar os riscos nas atividades de manutenção é essencial para minimizar os impactos negativos no meio ambiente de modo geral (tanto o meio ambiente em si quanto o ambiente organizacional). Eles mostram, ainda, que os custos de manutenção são elementos essenciais a serem considerados, uma vez que os gastos com manutenção podem representar uma parcela significativa nos custos operacionais. Dessa forma, faz-se necessário que a manutenção sempre atue de maneira eficiente para assegurar a disponibilidade dos equipamentos. Riscos. Custos. Manutenção. 9 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 01 RISCOS NA MANUTENÇÃO Apresentação do Módulo ______________________________________ 11 13 15 Compreendendo os Riscos no Ambiente de Trabalho ___________ Conceitos Básicos relacionados aos Riscos _______________________ CAPÍTULO 02 INTRODUÇÃO AOS CUSTOS NA MANUTENÇÃO Custos na Manutenção _________________________________________ 32 28Recapitulando ________________________________________________ 16As Análises de Riscos ___________________________________________ Recapitulando _________________________________________________ 46 CAPÍTULO 03 A ANÁLISE DE VIABILIDADE E OS INDICADORES UTILIZADOS NA MA- NUTENÇÃO A Análise de Viabilidade aplicada à Manutenção _______________ 50 17 19 Gerenciamento de Riscos na Manutenção ______________________ Métodos para avaliar e quantificar os Riscos ______________________ 20 Ferramentas usadas no Gerenciamento de Riscos na Manuten- ção Industrial _________________________________________________ 23A Auditoria ____________________________________________________ 10 C Outros Indicadores que podem ser associados à Manutenção ____ 62 Registro de Indicadores _________________________________________ 62 Recapitulando __________________________________________________ 64 Fechando a Unidade ____________________________________________ 68 Referências _____________________________________________________ 71 Os Indicadores Utilizados na Análise de Viabilidade da Manuten- ção _____________________________________________________________ 53 11 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S A manutenção é um setor importante para garantir a disponibilida- de dos equipamentos para a produção, por isso, esse setor requer atenção especial, uma vez que as atividades desenvolvidas podem ter muitos ris- cos e apresentar custos elevados para as empresas. Nesta unidade serão abordados os riscos e os custos existentes na atividade de manutenção, que são elementos essenciais para o sucesso da manutenção industrial. No primeiro capítulo serão estudados os riscos existentes na manutenção, que são muitos e devem ser geridos adequadamente para garantir que esta atividade seja um sucesso e atinja as metas estipula- das pela empresa. Serão abordados, ainda, os principais conceitos que devem ser entendidos para estudar os riscos na manutenção, possibili- tando que o aluno se familiarize ainda mais com o tema. Assuntos como análise de riscos, ferramentas usadas para gerenciar os riscos, geren- ciamento de riscos na manutenção e auditoria serão tratados neste ca- pítulo. Vale destacar que estes itens precisam ser trabalhados de forma integrada para quese consiga diminuir os riscos e elevar a performance das atividades de manutenção. No segundo capítulo será introduzido o assunto “custos na ma- nutenção”, abordando os custos de manutenção, a sua relevância e quais os custos existentes na manutenção. Trata-se também da rele- vância de se trabalhar os indicadores de custos na manutenção, bem como o conhecimento dos custos associados a algumas atividades econômicas como a aviação, a indústria petrolífera, entre outras. Re- força-se ainda a questão da relevância de se planejar os custos nas empresas a fim de otimizá-los e melhorar a eficiência do processo, o que faz com que haja um gerenciamento de custos adequado. Com o planejamento e o gerenciamento adequado dos custos as empresas po- dem obter vantagem competitiva sobre seus concorrentes, sendo que isso é um requisito essencial nos dias de hoje. No terceiro capítulo será apresentada a análise de viabilidade na manutenção, que é uma ferramenta essencial para compreender os custos da empresa e dos seus processos, o que indica se o negócio é viável ou não. Serão abordados também os indicadores, que são ferra- mentas essenciais para auxiliar os gestores nas tomadas de decisão, permitindo-lhes compreender o processo e identificar o que pode ser melhorado para otimizar os resultados operacionais. Vale ressaltar que os indicadores de custos são elementos que não trabalham de forma individual, eles precisam estar associados a elementos como qualida- de, velocidade, confiabilidade e flexibilidade para que se atinjam os re- sultados estipulados pela empresa. Somente com a integração desses elementos a organização consegue compreender a realidade dos seus 12 C processos e contribuir para a manutenção e para a produção mais efi- ciente e com menores custos. Assim, esta unidade apresenta conceitos essenciais para a carreira do estudante de engenharia, sendo importante que ele os com- preenda bem. É importante ainda que ele não estude apenas pela uni- dade, que busque outras fontes de informação, trabalhos acadêmicos (artigos, dissertações e teses) que tratam do assunto para que amplie seus conhecimentos. Foram sugeridos alguns trabalhos que retratam e exemplificam melhor vários conceitos discutidos nesta unidade, por isso é importante que o aluno também os leia, pois vários deles apresentam casos práticos, ou seja, situações reais que encontrará no seu cotidiano como um profissional especialista. 13 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S COMPREENDENDO OS RISCOS NO AMBIENTE DE TRABALHO Com a Revolução Industrial no fim do século XVIII e o uso das máquinas industriais, que não eram projetadas adequadamente, surgi- ram os primeiros problemas associados à Saúde e Segurança do Tra- balho (SST). Nessa época as máquinas não contavam com dispositivos para proteger a saúde dos colaboradores, com isso, tinham-se altas taxas de mortalidade. Além disso, existiam diversas doenças ocupacionais que assolavam os trabalhadores, gerando inúmeros impactos na sociedade. É importante destacar que naquele período não haviam legisla- ções específicas que regulamentavam o trabalho, indicando quem deveria executar as atividades laborais ou então determinando medidas proteti- vas para os colaboradores. Foi apenas no ano de 1919, com a criação da RISCOS NA MANUTENÇÃO G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S 13 14 C Organização Internacional do Trabalho (OIT), depois da Primeira Guerra Mundial, que se começou a discutir essas questões. Criou-se então, nesse período, uma lei para prevenir os acidentes de trabalho, uma vez que a so- ciedade da época passou a considerar que a justiça social é algo essencial para que se tenha a paz universal e o bem-estar dos sujeitos. Após isso, o tema ganhou grande destaque mundial e em 1931, um estudo realizado nos Estados Unidos mostrou que havia uma relação de quatro para um entre os custos indiretos e diretos dos aci- dentes. Vale mencionar que estes dados foram obtidos com base em estatísticas médicas sobre acidentes de trabalhadores ocorridos no pe- ríodo. Outro ponto importante foi que essa pesquisa contribuiu para o desenvolvimento de uma teoria para analisar os acidentes de trabalho, sendo esta metodologia denominada teoria do dominó. Ela admitia que os acidentes eram provenientes do efeito da causalidade, dessa forma, para que houvesse esses eventos era preciso que cinco fatores ocor- ressem de forma sequencial, sendo eles: a) A ascendência e o ambiente social, que são associados com a educação, a cultura e o desenvolvimento social dos sujeitos. b) A falha do ser humano, que pode ser adquirida ou herdada, ela pode ser relacionada ainda com questões temperamentais dos su- jeitos como imprudência, irritabilidade, entre outras coisas. c) As condições perigosas e/ou os atos inseguros, que atuam como um elo central e é o ponto em que se deve atuar. d) Os acidentes propriamente ditos, que são todos aqueles acontecimentos não controlados, não planejados e não desejados que atuam, interrompendo uma função ou uma atividade. e) Os danos pessoais que podem ser relacionados com os acontecimentos não controlados, não planejados e não desejados que interrompem uma função ou uma atividade. Vale mencionar que neste modelo, chamado de dominó, os aci- dentes só ocorrem quando há a sequência de todos os eventos mencio- nados anteriormente. Quando um deles é suprimido, as chances de um acidente ocorrer são mínimas. Independentemente disso, é preciso buscar formas de diminuir eventos catastróficos, implementando medidas a curto e a médio prazo. A curto prazo é preciso pensar em medidas corretivas a serem realiza- das no ambiente de trabalho. A médio prazo deve-se atuar de forma a conscientizar os colaboradores, desenvolvendo atividades para formar e informar os profissionais. No Brasil, a primeira legislação que tratou dos riscos e da se- gurança do trabalho foi o Regulamento das Minas, criado no ano de 1853, porém, apenas em 1895 é que se teve uma lei específica que 15 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S tratava da Higiene e da Segurança no Trabalho. Continuando com a evolução deste tema no país, no ano de 1922, foi publicado o decreto/ Lei n. 8.364 que tratava da regulamentação da salubridade, da higiene e da segurança nas indústrias brasileiras. Houve também, no Brasil, a criação de órgãos responsáveis por regulamentar as condições do trabalho, sendo que no ano de 1993 criou-se o Instituto de Desenvolvimento das Condições de Trabalho. No ano de 2004, esse órgão foi extinguido e criou-se o Instituto de Se- gurança e Higiene do Trabalho, que, em 2006, deu origem ao órgão denominado Autoridade para as Condições de Trabalho, sendo este responsável por tratar da regulamentação do tema da segurança e do gerenciamento de riscos (de forma indireta) no país. CONCEITOS BÁSICOS RELACIONADOS AOS RISCOS Para que se realize a avaliação e o gerenciamento de riscos é preciso executar um exame minucioso sobre os impactos que as ativi- dades laborais podem ocasionar nos colaboradores. Com isso, torna-se necessário compreender se as medidas preventivas existentes são efi- cientes ou se é preciso desenvolver um outro tipo de ação, mais estru- turada, para mitigar os riscos. Dessa forma, se torna essencial conhecer alguns termos básicos que contribuem para que se tenham atividades estruturadas. Esses conceitos são apresentados a seguir: a) Os incidentes são quaisquer acontecimentos associados ao trabalho, que, independentemente da severidade, podem originar da- nos à saúde dos colaboradores. b) Os acidentes são eventos indesejados que causam danos materiais ou pessoais. c) Os quase acidentes, por sua vez, são eventos em que houve incidentesque não causaram danos aos sujeitos ou às propriedades. Porém, caso houvesse uma pequena alteração na posição ou no tem- po, ferimentos e danos sérios poderiam ter sido ocasionados, causando grandes impactos. d) O fator de risco ou perigo é a situação, a fonte ou o ato que apresenta grande potencial para que se tenham danos como ferimentos ou lesões que afetam a saúde dos profissionais. Vale destacar ainda que há casos em que se pode ter a combinação destes eventos. e) Os atos inseguros são aqueles comportamentos que ten- dem a gerar acidentes. Normalmente, os atos inseguros são originários de uma condição insegura, salvo quando eles são deliberados pelos indivíduos que o comete. 16 C f) Os riscos profissionais, por sua vez, são as chances que um colaborador tem de sofrer algum dano originário da sua atividade laboral. Vale destacar que a qualificação deste risco irá depender do efeito e da re- lação existente entre a gravidade e a probabilidade de ocorrência do risco. Dessa forma, falar sobre os riscos no ambiente de trabalho é algo essencial para desenvolver medidas a fim de otimizar a produção em todas as atividades industriais. Com isso, consegue-se atuar para diminuir e até mesmo eliminar os riscos existentes para os colaboradores. Nesse contex- to existem as prevenções primárias, secundárias e terciárias: a) As medidas de prevenção primária têm como finalidade em- pregar metodologias para eliminar os riscos. b) As medidas de prevenção secundária são aquelas em que se adotam métodos para reduzir os riscos. c) E, por fim, as medidas de prevenção terciária visam, elevar a saúde e a segurança dos trabalhadores. Essas medidas podem ser usadas como uma referência para reparar doenças laborais ou ainda os acidentes de trabalho. Vale des- tacar que esta medida não é algo que trata exatamente da prevenção dos riscos, sendo indicado, nesse caso, usar termos como reabilitação ou vigilância médica. AS ANÁLISES DE RISCOS A análise de riscos é um instrumento que tem como principal finalidade responder a questões como: a) Quais são as chances de acidentes ocorrem devido à exis- tência dos riscos presentes no ambiente de trabalho? b) Quais são os riscos existentes na empresa e quais eventos errados podem ocorrer? c) Como reduzir ou eliminar os riscos existentes? d) Quais as consequências e os efeitos que os acidentes po- dem gerar? A resposta para a primeira questão deve ser pautada em di- versos elementos como a compreensão dos índices de erros humanos e de falhas em equipamentos. Vale mencionar que nos dias de hoje há poucos estudos que tratam das chances de falhas humanas, porém, dados sobre as falhas associadas aos equipamentos podem ser obtidos facilmente em bancos de dados que tratam de acidentes e de falhas. A segunda pergunta pode ser respondida usando várias técni- cas quantitativas e qualitativas de análise, auxiliando assim na compre- ensão de quais são os acontecimentos indesejados. A terceira questão 17 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S deve contar com técnicas de controle para que seja possível respondê- -la. E, por fim, a resposta do último questionamento é obtida empregan- do modelos de falhas, modelos matemáticos, entre outras técnicas que permitem levantar quais são as consequências dos acidentes. GERENCIAMENTO DE RISCOS NA MANUTENÇÃO Os riscos são inerentes a qualquer atividade realizada nas in- dústrias, porém, o grande problema existente, neste caso, é o fato de tais riscos serem ocultos ou previsíveis. Por isso, para diminuir a ação ou até mesmo minimizar seus impactos aos bens materiais, aos colaboradores e ao meio ambiente é preciso investir em práticas para gerenciar os riscos que permitam compreender as chances de ocorrência desses eventos. O gerenciamento de riscos na manutenção é uma atividade que engloba a avaliação e o controle dos riscos para acompanhar e monito- rar os riscos existentes durante a etapa de realização de uma atividade. Essa ferramenta é empregada com o intuito de proteger os colaboradores de todos os riscos existentes nas empresas, principalmente em suas ati- vidades laborais. Dessa forma, consegue-se atuar para diminuir os riscos nas atividades executadas e na empresa a níveis que sejam aceitáveis. Um bom exemplo de gerenciamento de riscos é o empenho da empresa na manutenção, na garantia da limpeza e na ordem em ambientes, assim como a preservação de máquinas, equipamentos e ferramentas presentes na empresa. Vale mencionar que para ter um ge- renciamento de riscos eficiente deve-se ainda analisar periodicamente meios de proteção como chuveiros de emergência, hidrantes, exausto- res, guarda-corpos, entre outas coisas. Quando isso ocorre consegue- -se garantir a integridade física dos colaboradores, bem como a não ocorrência de danos ao patrimônio da empresa. Desse modo, conse- gue-se ter um sistema de gerenciamento de riscos mais eficiente e sis- temático nas empresas. A figura abaixo ilustra as principais etapas para o gerenciamento de riscos profissionais. Figura 1: Etapas do gerenciamento de riscos profissionais 18 C Fonte: Associação Brasileira de Aviação Geral (2019) O gerenciamento dos riscos é uma tarefa que surgiu nas grandes empresas a fim de minimizar os custos associados ao pagamento de se- guros à medida que se elevava a proteção dos trabalhadores e dos bens materiais. Vale destacar que o aumento dos riscos de acidentes nas in- dústrias tem sido considerável nos últimos anos, isso porque os processos e as atividades executadas nas empresas se tornaram mais complexos. Além disso, a introdução de novas matérias-primas e a criação de novos produtos, de novos processos, entre outros aspectos, tem contribuído para elevar a preocupação no que se refere aos riscos ocupacionais. Por isso, tem-se percebido um maior engajamento da socieda- de sobre esse tema, uma vez que as cobranças para a adoção de me- didas emergenciais e de contenção de riscos mais eficientes aumentam ano após ano. Associado a isso existe também as questões ecológi- cas que contribuem significativamente para que as indústrias repensem seus modos de produção. Com as pressões exercidas pela sociedade e com nova demanda mercadológica, as empresas passam a analisar com mais cuidado os efeitos das suas atividades, tanto ao nível interno, como ao nível externo. Além disso, é importante que todos os profissionais da empresa, seja ao nível de chão de fábrica, seja no alto escalão, estejam empenha- dos com o processo de gestão de riscos. Com isso, consegue-se difundir uma cultura pautada no gerenciamento de riscos e na formação de hábitos seguros para diminuir riscos existentes em todos os ambientes de trabalho. É preciso mencionar que, para realizar o gerenciamento dos riscos aplicados à manutenção industrial, diversas ferramentas podem ser utilizadas. Inicialmente, para planejar esta atividade utiliza-se a fer- ramenta de análise e de planejamento, que tem como principal finalida- de criar um plano estratégico para tratar das tarefas a serem executadas na gestão dos riscos. Para que isso ocorra criam-se planos de riscos, implementam-se graus de tolerância ao risco pelos intervenientes e de- 19 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S finem-se as políticas de organização. A elaboração dessas atividades deve contar com os seguintes profissionais: a) Os gestores da manutenção. b) Os líderes da equipe de manutenção. c) Os intervenientes. d) Os especialistas em riscos. e) As demais pessoas que têm conhecimento para discutir as- suntos ligados aos riscos nas atividades de manutenção. Normalmente, para se realizar o gerenciamento dos riscos da manutenção industrial, é preciso envolver os representantes dos setores de manutenção, além dos profissionais ligados ao setor produtivo como operadores, programadores,líderes, entre outros. Com isso, consegue-se traçar atividades de manutenção, sejam elas preditivas, corretivas ou pre- ventivas, para diminuir as paradas não programadas, os custos de manu- tenção e a otimização de recursos integrando todo o processo produtivo. MÉTODOS PARA AVALIAR E QUANTIFICAR OS RISCOS Avaliar os riscos é algo resultante do perigo e que parte do pressuposto que um determinado risco pode ser aceitável ou não. Essa atividade requer uma análise sistemática de todas as questões de tra- balho e tem como finalidade identificar: a) Quais são as medidas de proteção ou prevenção existentes, ou que deveriam existir para mitigar os riscos. b) Qual é a chance de os perigos serem eliminados. c) Os eventos que podem culminar em danos ou lesões. Para avaliar os riscos, de modo geral, é preciso realizar uma aná- lise estruturada, compreendendo de forma quantitativa e/ou qualitativa os riscos impostos pelas fontes de perigo que foram identificadas em um determinado processo. Por isso, para a identificação destes, utilizam-se os métodos de avaliação qualitativos, quantitativos e semiquantitativos. Os métodos qualitativos são aqueles responsáveis por descre- ver os riscos sem que haja a quantificação geral das medidas de se- gurança existentes e também dos pontos perigosos de uma atividade. Por meio desse método consegue-se estimar situações de risco mais simples em que os perigos podem ser identificados facilmente por meio da observação. Os métodos de avaliação qualitativos mais utilizados pelas empresas são as listas de verificação, os fluxogramas, os planos de sinalização, os estudos de movimentação, as tabelas de reações químicas perigosas, entre outros. Os métodos semiquantitativos são usados para atribuir índices 20 C em situações de riscos que foram identificadas previamente, esses índi- ces auxiliam na determinação de planos de atuação como os métodos Wiliam Fine e o da matriz. É importante mencionar que quando as ava- liações realizadas pelos métodos qualitativos se tornam insuficientes recomenda-se empregar os métodos semiquantitativos, uma vez que, os métodos quantitativos são mais complexos e apresentam altos cus- tos quando comparados com os demais. Como mencionado anteriormente, os métodos quantitativos são mais complexos, porém, eles são mais precisos, uma vez que se consegue atribuir um valor à severidade e à probabilidade de ocorrência de um risco pela utilização de técnicas de cálculos mais sofisticadas e pelo uso de modelos matemáticos. Dentre as técnicas quantitativas as mais utilizadas são os métodos estatísticos (taxa média de falhas, índices de confiabilidade e índices de gravidade e frequência), os méto- dos matemáticos (modelo de difusão das nuvens de gás e modelos de falhas) e os métodos pontuais (Meseri, Purt, Dow). FERRAMENTAS USADAS NO GERENCIAMENTO DE RISCOS NA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL Uma ferramenta muito comum usada para identificar os riscos na manutenção são as listas de verificação ou os check lists, que são instru- mentos criados a fim de estratificar as fontes de risco existentes em uma atividade. Vale mencionar que esses instrumentos precisam ser analisados de forma individual para que se possa melhorar os resultados obtidos. Através do checklist os stakeholders usam listas prontas para identificar os riscos existentes no ambiente, permitindo assim, imple- mentar medidas de mitigação de riscos que sejam mais eficientes. É im- portante destacar que no gerenciamento da manutenção os check lists são usados para levantar as condições das máquinas e equipamentos de uma empresa a fim de garantir o pleno funcionamento e a conserva- ção destes dispositivos. A figura abaixo ilustra um exemplo de um check list utilizado para avaliar os riscos existentes no processo de soldagem. 21 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Figura 2: Exemplo de check list usado para avaliar os riscos no processo de soldagem Fonte: Segurança do Trabalho NWN (2019) Há ainda os Diagramas de Causa e Efeito ou Diagramas de Es- pinha de Peixe ou Diagrama de Ishikawa. Essa ferramenta tem como fina- lidade principal identificar os riscos existentes em um processo. Para isso, adota-se a filosofia causal, partindo da ideia de que se algo errado ocorrer uma vez, provavelmente esse evento acontecerá novamente, exceto quan- do se executa algo para evitá-lo. A figura a seguir ilustra um diagrama de causa e efeito aplicado à manutenção. Essa ferramenta pode ser associa- da ainda a outras ferramentas como os cinco porquês com o intuito de me- lhorar a definição da causa raiz de um problema na manutenção, apontan- do qual o melhor tipo de manutenção precisa ser realizado, por exemplo. 22 C Figura 3: Exemplo de diagrama de causa e efeito que pode ser aplicado à manutenção Fonte: Miranda (2018) Vale destacar que no gerenciamento de riscos há a análise quantitativa de riscos que usa a ferramenta denominada valor monetá- rio para compreender o evento do risco. Nesse caso, o valor monetário é um produto do valor estimado de perda ou ganho em que se tem a ocorrência do evento e a probabilidade de ocorrência do evento. Ao se falar em manutenção, essa metodologia pode ser usada para levantar o valor monetário a ser empregado com a manutenção que precisa ser realizada em um equipamento de uma empresa. Com isso consegue-se definir quais são as mais eficientes e melhores práticas de manutenção. Uma outra metodologia essencial para o planejamento dos ris- cos são as aquisições de serviços e de bens fora da empresa. Normal- mente, ela pode ser empregada como uma resposta para determinados riscos, porém, em grande parte dos casos, ela implica na substituição de riscos, com isso, ela pode ser chamada então de uma estratégia de transferência de riscos. Um exemplo disso na manutenção é quando se terceiriza o serviço de manutenção em uma indústria, pois, nesse caso, a empresa contratante está apenas trocando o risco que ela teria ao contratar no- vos empregados, por exemplo. Dessa forma, com esse procedimento se transfere toda a responsabilidade com a contratação de pessoal, com- pra de equipamentos, entre outras coisas para outras empresas. Isso é algo feito nos dias de hoje para otimizar o tempo com a programação e a manutenção de paradas. Vale destacar ainda que essa ferramenta se torna mais vantajosa quando ela é combinada com a estratégia de mitigação dos riscos de falhas inesperadas. 23 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S A AUDITORIA A auditoria é uma ferramenta que permite a avaliação da con- formidade em qualquer modelo de gerenciamento ou de processo. Por meio dela consegue-se realizar uma análise crítica de toda a empresa a fim de verificar se as medidas executadas na empresa estão sendo efetivas. No que se refere ao sistema de gerenciamento de ativos, por exemplo, com a realização de auditorias nos sistemas de gerenciamento a empresa consegue atuar delimitando competências, responsabilida- des e exigências para conduzir e planejar um projeto adequadamente. As auditorias são atividades sistemáticas, documentadas e inde- pendentes. Elas são realizadas com a finalidade de verificar através de evidências objetivas questões como cumprimento e adequabilidade do que foi determinado pelos sistemas de qualidade das organizações. Diante dis- so, é importante destacar que existem dois tipos de auditoria, as internas e as externas. As internas são feitas por auditores que integram o quadro da empresa ou um terceirizado, já as externas são aquelas realizadas por auditores que integram o quadro de uma entidade certificadora. Todos os dois tipos de auditoria apresentam o mesmo objetivo, porém, a grande diferença entre elas é o fato de que as auditorias externas são essenciais na manutenção dos certificados de qualidade. As auditoriasinternas por sua vez, têm a capacidade de indicar quem é o responsável por corrigir ou melhorar aspectos determinados e que são essenciais para garantir o cumprimento do que foi estipulado pela certificadora. Com isso, na auditoria interna, consegue-se diminuir quaisquer irregularidades que possam vir a ser observadas posteriormente nas auditorias externas. Ao se realizar uma auditoria é importante que os auditores ob- tenham informações suficientes para a comprovação do seu parecer. Por isso, esses profissionais devem documentar todas as evidências que foram observadas e coletadas ao longo do processo de auditoria. Vale destacar que esta atividade precisa ser planejada de forma coeren- te para que se possa atingir as metas determinadas a custos aceitáveis na empresa. Dessa forma, com a auditoria as empresas buscam: a) Realizar o planejamento da quantidade de horas dispendi- das em auditorias preliminares. b) Obter conhecimento acerca de questões como a natureza dos negócios, das operações, bem como o modo de organização das empresas. c) Estabelecer a amplitude e a natureza dos testes de auditoria. d) Ter uma cooperação mais elevada dos profissionais atuan- tes na empresa. 24 C e) Levantar de forma preliminar quais são os problemas exis- tentes em setores da empresa como a produção e a contabilidade. Para realizar uma auditoria é preciso seguir uma série de eta- pas, a figura abaixo ilustra de forma simplificada as principais etapas a serem executadas em uma auditoria. Figura 4: Etapas da auditoria Fonte: Silva (2016) Diante disso, é importante ressaltar que os programas de auditoria precisam ser estabelecidos, planejados, mantidos e imple- 25 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S mentados pelas empresas levando em conta as avaliações de riscos das atividades realizadas por ela. Isso se dá, uma vez que o nível de complexidade da auditoria é algo que varia de acordo com as tarefas executadas pelas empresas. Vale destacar que alguns procedimentos da auditoria podem não ser aplicados a empresas pertencentes a uma determinada atividade econômica, porém, há casos em que se faz ne- cessário colocar outros instrumentos de avaliação nas auditorias devido à complexidade dos processos executados em uma dada empresa. Ao se falar de auditoria de processos, principalmente de audi- toria interna, é importante que as empresas adotem um programa perió- dico que permita avaliar a conformidade do sistema ou do processo com o que é requerido pela auditoria externa. As auditorias precisam ser rea- lizadas por profissionais altamente especializados, pois deve-se realizar uma análise minuciosa das atividades a fim de avaliar a sua eficiência e a conformidade com o que foi determinado. Caso sejam encontrados pontos divergentes ao longo da auditoria a empresa precisa atuar para implementar ações corretivas a fim de corrigir esses problemas. É pre- ciso mencionar ainda que tais ações corretivas devem ser acompanha- das por meio de registros de verificação de resultados. Auditoria aplicada ao Gerenciamento de Riscos da Manutenção Já na manutenção, a auditoria precisa verificar quaisquer proce- dimentos ligados à manutenção como a segurança, os procedimentos ad- ministrativos, a proteção do meio ambiente e a preservação da saúde dos colaboradores que atuam na manutenção. O planejamento da manutenção atua como uma ferramenta estratégica que auxilia no gerenciamento dos riscos na manutenção e no planejamento das auditorias desses sistemas. O profissional que realiza a auditoria no setor de manutenção precisa conhecer bem esta atividade, as normas da empresa e os seus processos. É importante que a empresa auditada tenha conhecimen- to das normas e dos procedimentos existentes, uma vez que elas não podem estabelecer suas próprias normas. A importância de dominar os objetivos da auditoria faz com que os auditores realizem suas ativida- des de modo mais assertivo, com isso, eles conseguem identificar as origens de possíveis divergências e sugerir melhorias para que se con- siga adequar as empresas às normas. Além disso, é importante que os auditores tenham outras competências, como: a) A capacidade de julgar se o que a empresa e/ou os setores estão apresentando é coerente. b) Conhecer quais são os procedimentos determinados a fim 26 C de determinar se os procedimentos executados pela empresa foram de fato cumpridos. c) Avaliar se o procedimento fora do padrão, que está sendo usado pela empresa, tem a capacidade de prejudicar todo o sistema. d) Conhecer o tema que está sendo testado ou examinado em sua conformidade. e) Seguir de forma disciplinada os procedimentos executados. f) Ouvir o que está sendo falado. g) Ter sobriedade e discrição durante a execução das suas ati- vidades. h) Transmitir com confiança o que quer. i) Ter paciência para não pressionar as pessoas que estão sen- do auditadas. j) Ser objetivo. k) Ter ética e lealdade com a auditoria. Dessa forma, os auditores são profissionais que precisam es- tar capacitados para enfrentar as mais diversas situações com desen- voltura e maturidade. Esses profissionais têm como obrigação entender qual a finalidade do processo de auditoria, quais são as diretrizes, os controles de processo, os sistemas, os métodos, a organização, os or- çamentos, as instruções, os relatórios, os padrões de qualidade, o públi- co alvo, entre outras coisas. Especificamente na manutenção, compete ao auditor avaliar as seguintes questões: a) A organização da manutenção. b) Os custos com a manutenção. c) Os programas de treinamento a serem realizados com os profissionais do setor. d) Os profissionais que integram o quadro da equipe de manu- tenção. e) Os programas de manutenção preventiva. f) A programação e o planejamento das atividades de manu- tenção. g) A utilização de ordens de trabalho ou ordens de serviço. h) Os tratamentos fornecidos aos clientes. i) A automatização e a informatização dos sistemas de manu- tenção. j) Os relatórios de manutenção. k) A ferramentaria e o almoxarifado. l) O atendimento da manutenção corretiva. m) A utilização das técnicas de manutenção preditiva. É importante mencionar que cabe ao planejamento definir quais são os equipamentos mais críticos para a empresa e para o seu 27 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S processo produtivo. Para que isso ocorra é preciso dividir os equipa- mentos nas seguintes classes: a) A classe A, que engloba equipamentos que podem resultar em mortes ou em danos ao meio ambiente e ao ser humano caso haja falhas, aqui, tem-se então os equipamentos que são essenciais para o fluxo produtivo. b) A classe B, que envolve os equipamentos que podem gerar perdas de produção elevadas quando se observam falhas. c) E, por fim, a classe B, que está associada aos equipamentos que geram somente custos de reparo quando falham, por isso, eles não devem constar no plano da manutenção preventiva. Para conhecer mais sobre o gerenciamento de riscos e to- dos os seus componentes, acesse: http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/ B004614.pdf https://sigarra.up.pt/fep/pt/pub_geral.show_file?pi_doc_ id=27318 https://www.areaseg.com/bib/12%20-%20Arquivos%20Di- versos/Apostila_de_Gerenciamento_de_Riscos.pdf 28 C QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - APEX Brasil - Perfil 6: Tecnolo- gia da Informação e Comunicação (TIC) - Especialidade: Seguran- ça da Informação Na avaliação de riscos, procura-se uma base que sirva para efeitos de comparação, como a análise e a avaliação de riscos efetuadas em épocas anteriores. O conhecimento prévio de impactos e pro- babilidades de riscos é sempre relevante para uma avaliação ade- quada e completa. Por outro lado, há basicamente dois modos de realizar a avaliação de riscos, os quais se baseiam a)no controle e na classificação de recursos computacionais. b) nas estimativas quantitativa e qualitativa. c) no custo e benefício. d) nos níveis de tecnologia e processos. QUESTÃO 2 Prova: FUNDATEC - 2022 - CEASA-RS - Agente Técnico - Técnico em Informática Na análise de riscos sobre os ativos de TI de uma organização, é comum estabelecer níveis de risco para cada ameaça identificada. Também é importante identificar os possíveis tratamentos e seus custos para decidir o que será feito. Nesse contexto, qual alter- nativa NÃO representa uma opção disponível à gerência para ser utilizada no julgamento sobre o tratamento de riscos? a) Aceitação do risco. b) Evitação do risco. c) Transferência do risco. d) Redução de consequências. e) Identificação de responsáveis. QUESTÃO 3 Prova: SELECON - 2021 - EMGEPRON - Engenheiro Eletricista (Ge- renciamento de Projetos) Diversas técnicas ou ferramentas foram criadas ou buscadas pela gestão com foco na Qualidade no sentido de apoiar a realização dos seus projetos ou atividades que executa. O Diagrama de causa e efei- to, também conhecido por “Diagrama Espinha de Peixe”, significa: a) a representação gráfica destinada ao registro das diversas etapas de um processo b) a estrutura gráfica que permite a organização de dados, possibili- 29 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S tando a identificação das origens de um determinado problema e sua consequência c) o conjunto de técnicas que, com o emprego de uma “folha de verifica- ção” apropriada, permite a obtenção de dados importantes d) a geração de ideias/sugestões criativas que rompam os paradigmas dos membros de uma equipe QUESTÃO 4 Prova: Quadrix - 2021 - CRT - SP - Técnico Administrativo A respeito de gestão da qualidade, julgue o item. O diagrama de causa e efeito, criado por Ishikawa, apresenta, de forma gráfica e hierárquica, as possíveis causas de determinado problema. ( ) Certo ( ) Errado QUESTÃO 5 Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: Receita Estadual Prova: Auditor Fiscal da Receita Estadual Nível: Superior. A evidência verificável de que determinado programa de auditoria existe consiste na geração e na manutenção de registros, cujas principais categorias são: a) a documentação interna e a externa. b) o gênero, a espécie, a tipologia e a natureza do assunto. c) as auditorias internas e as externas. d) a auditoria, a análise crítica do programa e a equipe de auditoria. e) a documentação ostensiva e a sigilosa. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE Os riscos fazem parte de qualquer tarefa executada, independentemen- te se esta é realizada em um comércio ou em uma indústria. Esses riscos podem ser ocultos ou previsíveis e isso se torna um grande pro- blema, sendo necessário desenvolver formas para controlá-lo. Na ma- nutenção industrial, por exemplo, é preciso atuar de forma a minimizar os impactos gerados por essa atividade ao meio ambiente, à integri- dade dos colaboradores, entre outros elementos. Para que isso ocorra de forma efetiva é importante ter bons sistemas de gerenciamento de riscos, diante disso, discorra sobre esse tema. TREINO INÉDITO O Diagrama de Causa e Efeito é uma ferramenta que pode con- tribuir de forma significativa para o gerenciamento dos riscos na 30 C manutenção, diante disso, assinale a alternativa que não apresenta um item que forma esse diagrama: a) Método. b) Material. c) Modernização. d) Mão de obra. e) Meio ambiente. NA MÍDIA ENTENDA A IMPORTÂNCIA DE CRIAR A CULTURA DE SEGURAN- ÇA NO TRABALHO NAS EMPRESAS O primeiro grande passo para otimizar essa cultura de segurança do trabalho é começar por cima, da alta gestão. Hoje, o SESI Ceará, atra- vés de seu Centro de Inovação, leva às empresas uma série de solu- ções que podem ser aplicadas e personalizadas... Entre as metodologias usadas, estão a ARIS e o VOI. ARIS é a sigla para Avaliação do Retorno sobre Investimento em Saúde, que considera o perfil epidemiológico e organizacional da empresa para gerar indicadores para a área de gestão de saúde e tomada de decisões, conhecendo melhor o perfil dos funcionários e identificando maneiras de reduzir os fatores de risco. O foco é a prevenção para o aumento da produtividade, gerando o Retorno sobre o Investimento (ROI - Return on Investment) com impactos diretos, inclusive financeiros. Já o VOI (Value on Investment) é um modelo de análise de valor agregado, ou seja, tanto na valorização da marca quan- to no que os funcionários percebem como benefícios das ações de saúde implantadas na corporação - são os impactos que afetam diretamente no bem-estar das pessoas, dentro e/ou fora do ambiente de trabalho. Fonte: G1 Data: 21 nov. 2022. Leia a notícia na íntegra: https://g1.globo.com/ce/ceara/especial-publicitario/fiec-federacao-das- -industrias-do-estado-do-ceara/a-industria-em-foco/noticia/2022/11/21/ entenda-a-importancia-de-criar-a-cultura-de-seguranca-no-trabalho- -nas-empresas.ghtml NA PRÁTICA A realização dos processos de análise de riscos na manutenção tem diversos objetivos, um deles é compreender os riscos relacionados com o desgaste de máquinas e equipamentos. Essa análise é essencial para garantir que estes dispositivos funcionem adequadamente, apresen- tando boas condições de uso e de funcionamento. Dessa forma, para realizar um processo de avaliação de riscos na manutenção é preciso 31 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S passar por cinco etapas básicas. A primeira etapa deste processo é a reunião de informações, ou seja, a ob- tenção de todos os dados relevantes dos equipamentos, das instalações, entre outros espaços. Em seguida, realiza-se a inspeção para vistoriar equi- pamentos, ambientes, entre outras coisas que se deseja analisar. Depois dessa etapa realiza-se a avaliação a fim de identificar os riscos existentes na manutenção. A avaliação é feita considerando as chances de ocorrerem falhas, as suas consequências e a gravidade de suas consequências. Depois da etapa de avaliação, tem-se o planejamento no qual obtém-se os resultados da avaliação de riscos, focando no desenvolvimento de planos de manutenção para equipamentos e instalações que apresentam riscos elevados. E, por fim, realiza-se a manutenção de acordo com os planos determinados na etapa anterior. Vale destacar que a cada cinco anos, de- ve-se realizar uma nova inspeção de forma a comparar os dados obtidos com os resultados anteriores, com isso, caso o plano não seja adequado, atua-se ainda para corrigi-lo. Dessa forma, consegue-se atuar de modo a evitar possíveis problemas que podem afetar os equipamentos e as insta- lações, garantindo que eles estejam sempre disponíveis para a produção. PARA SABER MAIS Título: Por que a gestão de riscos na manutenção é importante? Data de publicação: 12 nov. 2020 Fonte: https://www.ngi.com.br/blog/por-que-a-gestao-de-riscos-na-ma- nutencao-e-importante/#:~:text=O%20setor%20de%20manuten%- C3%A7%C3%A3o%20sempre,mesmo%20problemas%20relaciona- dos%20a%20vazamentos. 32 C CUSTOS NA MANUTENÇÃO O controle de custos na manutenção é algo relativamente novo, durante muito tempo os gestores da manutenção acreditaram que esta prática era inviável. Porém, nos dias de hoje controlar, os custos nesta atividade é algo essencial para que as empresas possam se manter competitivas no mercado. Ao se controlar os custos consegue-se uma série de benefícios para o setor de manutenção, que passa a contribuir significativamente para garantir a disponibilidade e o funcionamento dos equipamentos para a produção. Por meio do conhecimento e da análise de custos consegue- -se ter um controle rígido dos orçamentos e dos custos das atividades realizadas. Além disso, é possível trabalhar de modo a garantir que os INTRODUÇÃO AOS CUSTOS NA MANUTENÇÃO G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M AN U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S 32 33 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S custos possam ser mantidos dento dos objetivos e das metas estipu- ladas pela empresa. Com isso, garante-se um maior controle sobre as atividades realizadas, pois consegue-se levantar quais são as tarefas que cada setor precisa executar para atingir o resultado final projetado. Os custos associados à manutenção se tornaram essenciais para que se defina a periodicidade da manutenção, assegurando assim instrumentos suficientes para que as indústrias modernas continuem a desenvolver suas atividades de forma eficiente. Ao se falar dos custos da manutenção preventiva, por exemplo, é preciso buscar formas de otimi- zar essa atividade. Essa otimização só é alcançada quando se consegue realizar ajustes da periodicidade das intervenções, sendo que isso é atin- gido quando se tem o controle do nível de degradação dos equipamentos e quando se acompanham as taxas de falhas dos equipamentos. No mundo, os custos com manutenção têm se elevado ano após ano, nos Estados Unidos, por exemplo, no final do século XX, os custos de manutenção variavam em cerca de 0,8% das vendas. Já no começo do século XXI, esse número se elevou para cerca de 12% das vendas, o que representava um custo de aproximadamente 10% dos custos de itens produzidos. É importante mencionar que essa estimativa de custos pode ser obtida com base em dois indicadores principais, que são os custos de manutenção considerando o patrimônio (que é o valor estima- do dos ativos em porcentagem) e os custos de manutenção que leva em conta o faturamento bruto das organizações (em porcentagem). Para se ter uma ideia sobre os gastos com manutenção, pode- -se observar o gráfico abaixo, que aponta um levantamento dos custos de manutenção no Brasil entre os anos de 1994 e 2012. Quadro 1: Custos de manutenção no Brasil entre os anos de 1994 e 2012 34 C Fonte: Associação Brasileira de Manutenção (2013) Depois desse levantamento feito em 2013 a Associação Brasilei- ra de Manutenção não realizou mais nenhuma pesquisa a esse respeito. A Associação Brasileira de Manutenção estimou entre os anos de 1994 e 2012 os custos com a manutenção no Brasil, este órgão com- parou ainda os gastos realizados com esta atividade com o PIB nacional (relação CTM/FB no quadro acima). Nota-se que durante o período ana- lisado os custos com manutenção representaram uma média de 4,17% do PIB nacional. Analisando o quadro acima é possível observar que entre 1994 e 2009 houve uma ligeira diminuição com os gastos de manutenção, isso se deu devido a incentivos do governo. Porém, a partir do ano de 2010, esse valor começou a aumentar, isso porque o governo criou medidas de estímulo ao consumo, que ocasionou uma crise econômica e política, elevou a inflação, estagnou a economia e diminuiu os inves- timentos. Dessa forma, as atividades de manutenção não acompanha- ram o aumento da demanda de consumo, resultando assim na elevação dos custos com manutenção nas empresas brasileiras. Vale destacar ainda que em diversas empresas, a manutenção costuma representar até 20% dos custos fixos, o que faz com que ela se torne um ponto importante na análise de viabilidade operacional de processos e equipamentos. Por isso, no Brasil, adotam-se os indica- dores de disponibilidade, para avaliar a viabilidade de utilizar ou não os equipamentos. Dessa forma, os indicadores de disponibilidade são ferramentas responsáveis por determinar se um dispositivo ou processo está apto para realizar suas funções em um período ou em um instante, auxiliando a gerência nas tomadas de decisão. Tipos de Custos na Manutenção Como mencionado anteriormente, estimar os custos relaciona- dos com as atividades industriais é uma tarefa difícil, mas necessária. Essa tarefa compete à gestão da empresa, porém, no caso da manuten- ção, os custos atuam como um elemento para equilibrar essa atividade, uma vez que ela é complexa e cara. É importante destacar ainda que os custos dispendidos pelas empresas são essenciais para que se consiga produzir outros bens e serviços responsáveis por suprir as demandas de consumo da sociedade. Dessa forma, conhecer os custos se tornou 35 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S a base para que se possa realizar a sua gestão, uma vez que na manu- tenção, por exemplo, eles podem atuar como ferramentas de auxílio às tomadas de decisão. Além disso, com o gerenciamento de custos consegue-se defi- nir os custos dos bens fabricados, auxiliando a determinar o seu preço final de venda, estabelecendo se o produto pode ser competitivo ou não a termos de preço. Com as atividades da manutenção consegue-se ele- var a disponibilidade de máquinas e equipamentos, tudo isso a um cus- to atrativo, por isso a relevância de se gerir os custos de manutenção. Outro ponto importante a ser mencionado é o fato de que o gerencia- mento de custos permite definir quais são as atividades de manutenção a serem executadas em um determinado tipo de equipamento, sendo isso essencial para o sucesso dos programas de manutenção. Como mostrado no tópico anterior, os custos de manutenção são relativamente altos, o que reforça a relevância de se discutir este tema. Até a década de 1990 os custos da manutenção consideravam apenas questões como gastos com peças de reposição, gastos com a equipe e gastos com a contratação de serviços externos. Mas, diante da evolução dos processos produtivos foi preciso considerar outras ques- tões como perda de faturamento e depreciação. Diante disso, é preciso conhecer melhor quais são os principais componentes que integram os custos incidentes na manutenção, sendo eles: a) A contratação de serviços externos a fim de que a empresa possa agilizar suas atividades de modo circunstancial ou permanente. b) Os gastos com pessoal, que englobam questões como en- cargos sociais, prêmios e salários, benefícios concedidos pela organi- zação e investimento em treinamento. c) Os custos com depreciação, que podem ser relacionados com os custos diretos de investimento ou de reposição de ferramentas, de máquinas e de equipamentos. Há também os custos indiretos asso- ciados aos setores administrativos (com o setor contábil das organiza- ções) e com capital imobilizado. d) Os gastos com materiais que envolvem os custos com a reposição de materiais, com o consumo de água, de energia elétrica, custos com a administração do setor de almoxarifado e de compras. e) Perda de faturamento, que podem ser relacionadas com os custos devido à perda de produção e desperdícios de materiais. Uma prática importante a ser adotada pelas empresas é a de- monstração de quanto os custos da manutenção representam em rela- ção ao faturamento total da organização. Diante desse dado os gestores irão compreender a relevância que a manutenção tem para a empresa, permitindo que eles desenvolvam esforços para otimizar esta atividade. 36 C É importante mencionar que os custos associados à manuten- ção nas empresas podem ter naturezas distintas, com isso, eles podem ser divididos em custos diretos e custos indiretos. Os custos diretos são aqueles relacionados diretamente com os produtos a serem fabrica- dos. Eles podem ser associados diretamente à quantidade de material produzido, ou seja, variam de modo proporcional com a quantidade de material que foi produzido. Já os custos indiretos são aqueles que são apropriados de modo indireto aos produtos, ou seja, eles não depen- dem da quantidade de material produzido. A quantificação de custos indiretos se dá através de medidas de consumo, como horas máquina, quilos, quantidade de energia gasta, entre outras. Diante desse cenário, vale mencionar que os verdadeiros cus- tos de manutenção são difíceis de serem quantificados (que sãoos custos indiretos). Para se ter uma ideia disso é preciso imaginar um iceberg, como o da figura abaixo. Dessa forma, os custos diretos são aqueles visíveis, sendo representados pela ponta do iceberg, já os cus- tos indiretos são aqueles ‘invisíveis’ e que estão abaixo da água. Figura 5: Iceberg de custos na manutenção Fonte: Piedade (2012) A diminuição de custos devido a falhas de equipamentos, bem como a redução nos custos totais com manutenção requer que as em- presas invistam na manutenção. Dessa forma, para acompanhar os custos ligados à manutenção é preciso criar gráficos de controle que mostrem informações como: a) A realização, ou seja, o valor efetivo gasto em cada mês. b) A previsão dos custos para cada mês. c) Os valores gastos em períodos anteriores. d) A referência mundial ou o benchmark, que são os valores da 37 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S organização que apresentam os menores custos de manutenção para a instalação similar à que está sendo analisada. Diante desse cenário vale destacar que ter mais manutenção não significa que a manutenção é melhor, pelo contrário, é preciso buscar um equilíbrio entre os custos, a disponibilidade operacional e o nível de manu- tenção. Com isso, consegue-se definir o ponto de intervenção ótimo, que é uma variável dependente dos tipos de equipamentos ou das instalações. É importante considerar que mesmo tendo custos de manutenção relativamente altos nas empresas, o mais importante deles e que preci- sa ser considerado no setor de manutenção é o custo associado à não qualidade. Esses custos são aqueles relacionados com a perda da confia- bilidade de custos, recalls, pós-garantias e garantias e que precisam ser acompanhados com mais atenção. A monitoração desses custos se torna importante, uma vez que não é interessante para a empresa gastar pouco com manutenção, pois isso, normalmente, implica em baixa eficiência. A Importância do Planejamento para o Gerenciamento de Custos na Manutenção Para a realização do planejamento é essencial analisar quais são os itens indispensáveis, os itens básicos, entre outras coisas que po- dem contribuir para o alcance dos objetivos determinados. Para ilustrar, pode-se imaginar o setor de manutenção de uma fábrica de tecidos, que tem o objetivo de diminuir os desperdícios e os atrasos na realização das atividades no próximo ano. Para que isso ocorra, é importante que o planejamento do setor contemple, obrigatoriamente questões como mão de obra, serviços terceirizados, materiais e ferramentas. No que se refere à mão de obra, é preciso levar em considera- ção questões como: a) O número de colaboradores contratados para a realização das atividades necessárias. b) A capacitação dos colaboradores contratados. c) A experiência e o treinamento para a execução da atividade desejada. Ainda no que tange à mão de obra, pode-se afirmar que em casos de manutenção mais simples como em inspeções de baixa complexidade ou em manutenções efetivas a maioria das empresas necessitam de ape- nas uma pessoa qualificada para a realização das atividades laborais. Po- rém, em trabalhos mais complexos como em inspeções mais detalhadas e obrigatórias, é preciso ter mais de um colaborador especializado. Isso ocorre, uma vez que o trabalho em conjunto desses profissionais contribui 38 C para diminuir eventuais erros que podem afetar a qualidade da manuten- ção. Além disso, consegue-se diminuir os custos devido ao aumento da disponibilidade dos equipamentos, contribuindo assim para a produção. Quanto aos materiais é preciso realizar uma previsão da quanti- dade necessária para a execução das atividades de manutenção, sendo que isso é essencial para se alcançar as metas e os prazos determinados pela empresa. Por isso, as organizações, principalmente o setor de manu- tenção, deve trabalhar com estoques de segurança, tendo kits básicos para reparar os principais equipamentos caso um evento inesperado ocorra. Desse modo consegue-se minimizar os imprevistos e os trans- tornos que podem ocasionar a parada não programada da manutenção. Vale mencionar ainda que equipamentos importados e com tecnologias mais avançadas são aqueles que requerem atenção especial, pois a solução dos seus problemas pode demorar mais que o normal. Diante disso, para se ter um bom planejamento da previsão de materiais, é preciso executar, pelo menos, as seguintes atividades: a) Estimar quais são as tarefas que precisam de materiais para a sua realização, como os serviços para a troca de componentes me- cânicos defeituosos, que requerem a substituição de uma peça. Vale destacar que todas as atividades precisam ser feitas de acordo com a especificação do fabricante ou das fichas de manutenção. b) Pesquisar as fichas de inspeção e os manuais dos equipa- mentos e das máquinas. c) Estimar a quantidade total que precisa ser trocada, sempre as deixando no estoque. Seguindo, pelo menos, estas etapas é possível determinar a quantidade de kits a serem montados, bem como os equipamentos e máquinas que requerem mais atenção da manutenção. Dessa forma, consegue-se otimizar possíveis paradas não programadas que possam vir a ocorrer no futuro, além de auxiliar na elaboração de orçamentos, uma vez que as estimativas passarão a ser mais precisas devido ao conhecimento das reais necessidades do processo. Já as análises da quantidade de ferramentas são primordiais para a realização das tarefas de manutenção, independentemente da área (petrolífero, agrícola, siderúrgico, aeronáutico, entre outros). Isso implica que o setor de manutenção precisa ter o número adequado de ferramentas para satisfazer as necessidades de todos os trabalhadores envolvidos com as tarefas de manutenção a serem executadas. Nesse sentido, compete à empresa garantir que a quantidade de ferramentas seja proporcional à quantidade de técnicos designados para a execução da manutenção. Quando isso ocorre é possível evitar a interrupção do serviço devido à falta de ferramentas, uma vez que os 39 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S profissionais não deixam sua atividade para buscar uma ferramenta, evitando então perda de tempo. Esse tempo seria o Homem/hora (H/h), que se refere ao colaborador parado para realizar outra atividade qual- quer, que não seja cumprir a sua tarefa no fluxo produtivo. Nos dias de hoje, as ferramentas não são apenas as conven- cionais (alicates, chaves de boca, chaves de fenda, entre outras), os computadores estão se tornando essenciais para a realização das ativi- dades de manutenção. Por meio desses dispositivos e outros recursos que podem ser instalados neles é possível realizar uma série de ativi- dades. Essas atividades auxiliam na estimação do tempo gasto para re- alizar uma tarefa, para planejar a manutenção, entre outras coisas que facilitam a rotina da manutenção. Nesse sentido, diversos softwares podem ser usados para realizar a simulação computacional dos equi- pamentos (simular as condições de operação), avaliar as condições de componentes mecânicos, entre outras coisas. Diante disso, é importante mencionar o setor de Planejamento e Controle da Manutenção (PCM), que é responsável por usar diversos softwares para a elaboração de planos de manutenção. Dessa forma, o PCM constrói os planos com a utilização de softwares e aplicativos sim- ples como Primavera, MS Project, Excel, Centered Maintenance Mana- gement System (CMMS), entre outros. A utilização de programas espe- cíficos para a manutenção eleva a quantidade de recursos disponíveis para a programação, favorecendo o monitoramento e a automatização dos fluxos de informações. Diante disso, para se ter um PCM é preciso seguir algumas etapas, que são apresentadas na figura abaixo. Figura 6: Esquema do Planejamento e Controle da ManutençãoFonte: Teles (2018) 40 C Com a utilização dos recursos mencionados anteriormente e se- guindo as etapas propostas pelo PCM é possível ter bons planejamentos de manutenção. Diante disso, o planejamento de manutenção pode ser de- finido como sendo a junção de informações que são organizadas adequa- damente pelo setor de PCM a fim de garantir que todas elas sejam utiliza- das adequadamente para otimizar as atividades a serem executadas pelo setor de manutenção. Assim, o PCM e o planejamento da manutenção são essenciais para minimizar os custos operacionais e otimizar as etapas da produção, devendo essas ferramentas serem utilizadas pelas empresas. A Importância dos Custos de Manutenção em algumas Atividades Econômicas Diante da crescente competição existente na indústria moder- na, tem-se elevado a preocupação em produzir bons produtos a custos acessíveis, o que faz com que as organizações modifiquem a sua forma de gerenciar e medir seus custos, assim como o modo de avaliar o seu desempenho. Normalmente, os sistemas tradicionais realizam o rateio dos custos de fabricação indiretos de forma proporcional aos custos com a mão de obra, por exemplo. Porém, com o uso das tecnologias a produ- ção se torna mais avançada, com isso, os custos de fabricação indiretos se elevam, enquanto os custos com a mão de obra diminuem. Diante desse novo cenário, percebe-se que o rateio dos custos indiretos, prin- cipalmente os com a manutenção se tornam incorretos. Existem também as atividades nas quais os custos com manuten- ção são expressivos, com isso, para apropriá-los é necessário analisar tais atividades individualmente. Dessa forma, consegue-se aumentar a preci- são das informações, otimizando o processo de estimativa de custos. A se- guir serão abordadas as principais atividades econômicas que apresentam altos custos de manutenção, demandando maior atenção das empresas. As usinas hidrelétricas são instalações que requerem manuten- ções constantes nas linhas de transmissão e na própria usina de geração de energia. Nesses ambientes é preciso ter sempre equipes de plantão, em turnos alternados para monitorar esse processo durante as vinte e quatro horas do dia. É importante destacar que algumas tarefas da ma- nutenção devem ser realizadas após o corte da energia. Dessa forma, é essencial que as atividades de manutenção sejam executadas depois do planejamento, uma vez que as paradas desse setor, programadas ou não, apresentam custos mais elevados. Diante disso, quando este recur- so falta nas empresas as máquinas e os equipamentos ficam parados e, 41 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S consequentemente, deixam de produzir, o que significa altos custos. Ao se falar das plataformas marítimas para exploração de petróleo pode-se afirmar que os custos associados a elas são elevados, por isso, é essencial que se invista em manutenção a fim de evitar falhas. Nesse am- biente a produção é totalmente dependente do setor de manutenção, uma vez que há equipamentos responsáveis pela perfuração que necessitam de reparos e da substituição de componentes constantemente. Com a otimização das trocas e dos reparos consegue-se ele- var o tempo de disponibilidade dos equipamentos para extração, dimi- nuindo o tempo com equipamento parado, favorecendo o aumento da produtividade e dos lucros da empresa. É importante destacar que as paradas de manutenção com as plataformas podem representar custos mais altos de acordo com o estado em que elas estão instaladas. Isso se dá uma vez que tempos de parada mais elevados prejudicam as em- presas e o estado (que, em alguns casos, deixa de recolher impostos). Na aviação civil a manutenção é um elemento chave para ga- rantir a segurança dos usuários, sendo que o quesito segurança é um dos fatores que mais chama a atenção dos passageiros. Nesse setor, o desgaste dos componentes é medido em horas de voo, dessa forma, dis- positivos como hélices e turbinas são avaliados em períodos de horas de voo determinados pelos fabricantes. Vale mencionar ainda que todas as aeronaves precisam ser inspecionadas anualmente, independentemente se voaram ou não. Esse procedimento é uma norma do Departamento de Ação civil, regulamentado pela Lei n.7.565 de 19 de dezembro de 1986. Em empresas brasileiras que realizam o transporte aéreo de forma regular, inclusive as que operam com aeronaves de grande por- te também devem realizar manutenções em oficinas que sejam regu- lamentadas pelo Departamento de Aviação Civil. Essas manutenções podem demorar de um dia a até semanas, dependendo das atividades e dos reparos a serem executados. Quando se realiza a inspeção anual também há uma grande demora devido à quantidade de itens que pre- cisam ser checados. Dessa forma, com as aeronaves paradas tem-se altos custos, uma vez que a empresa não está produzindo (realizando viagens aéreas), gerando prejuízos para elas. Ao observar a figura abaixo, que trata da composição dos cus- tos e das despesas do setor de transporte aéreo entre 2015 e 2018, percebe-se que as empresas do setor têm cerca de 20% dos seus cus- tos associados à manutenção. Isso indica que, na maioria das vezes, os gastos com manutenção perdiam apenas para os gastos com combus- tíveis. Dessa forma, percebe-se que as empresas têm se preocupado ainda mais em garantir a segurança dos seus passageiros, investindo em itens essenciais para elevar a confiabilidade e a segurança do setor. 42 C Figura 7: Composição dos custos e das despesas do setor de transporte aéreo entre 2015 e 2018 Fonte: Anac (2019) É importante destacar que os custos com a manutenção são inerentes a qualquer atividade industrial, sendo que ele pode variar ou não de acordo com o processo executado pelas empresas. Há casos em que as empresas precisam investir mais em bens e serviços para executar a manutenção a fim de satisfazer as particularidades dos itens produzidos ou dos serviços prestados. Vale mencionar ainda que as manutenções podem ser meno- res ou então periódicas. Existem também as manutenções que são rea- lizadas por meio da exigência operacional ou por questões legais e que são essenciais para manter o fluxo produtivo operando. Nesse caso, tem-se campanhas maiores que implicam na reforma total ou na troca de várias partes das máquinas e dos equipamentos, requerendo a sua parada parcial ou por completo, o que representa altos custos. Com as paradas programadas os custos são maiores não ape- nas pela realização das atividades de manutenção, mas também pela indisponibilidade dos equipamentos para a produção. Dessa forma, as paradas implicam em paralisação das atividades da empresa, envol- vendo outros custos que ultrapassam os custos de manutenção, como o aumento dos custos com a mão de obra própria. Isso porque os cola- boradores ficam ociosos, assim como os equipamentos e as máquinas, que não conseguem gerar receita para a empresa. 43 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Gerenciamento de Custos como uma Ferramenta Estratégica Com o intuito de diminuir os custos associados à atividade de manutenção a primeira coisa a se fazer é gerir os custos, isso se dá por meio da identificação dos setores que tem os maiores custos de ma- nutenção. Após levantar essa necessidade é preciso analisar de forma efetiva o real motivo dos altos índices de manutenção e porque isso tem ocorrido. Depois de identificar essas causas deve-se atuar para eliminá- -las ou então minimizá-las. Pode-se listar então diversas atitudes que auxiliam na diminui- ção dos custos de manutenção, fazendo com que o gerenciamento de custos passe a atuar como uma ferramenta estratégica nas organiza- ções. Dentre essas atitudes é possível citar a elaboração de um projeto que vise otimizar o aproveitamento dos equipamentos e das máquinas emquestões como grau de liberdade do operador, o espaço, procedi- mentos básicos, entre outras coisas. É preciso ainda adotar práticas de prevenção constantes, além do fato de as empresas precisam comprar equipamentos e máquinas que tenham qualidade e procedência visan- do ter a melhor assistência técnica a custos mais baixos. É preciso também coordenar reparos maiores (aqueles que ne- cessitam de parada total) de forma a se ter outro equipamento sobressa- lente. Com isso, evita-se a diminuição da receita operacional devido às paradas obrigatórias ou necessárias para realização da manutenção. É in- teressante que as equipes de produção e de manutenção cooperem umas com as outras e estejam entrosadas. Isso porque os operadores devem estar capacitados e treinados para identificar e relatar (de forma imediata) quaisquer anomalias observadas na produção. Dessa forma, a manuten- ção receberá tais informações de forma mais rápida e precisa, permitindo que eles atuem de forma imediata para solucionar os problemas. Há as questões relacionadas ao uso adequado de equipamentos e de máquinas, essa tarefa requer que os profissionais sejam altamente treinados e capacitados. Essa prática é requerida, pois o não cumprimen- to de procedimentos técnicos operacionais estipulados pode ocasionar a deterioração ou falhas prematuras nos bens da empresa. Vale destacar que o treinamento é essencial para a inserção dos colaboradores em novas atividades, principalmente as que envolvem alto grau de complexi- dade. Desse modo, tais profissionais terão a capacidade de realizar suas tarefas de acordo com os procedimentos operacionais recomendados. É importante avaliar os equipamentos e as máquinas constan- temente, isso porque, equipamentos mais antigos tendem a requerer manutenções mais frequentes e com tempo de reparo mais elevado de- 44 C vido à ausência de peças sobressalentes. Por isso, é essencial avaliar se compensa adquirir equipamentos novos e mais modernos ou conti- nuar realizando a manutenção no antigo. Sempre que possível as em- presas precisam padronizar os equipamentos e as máquinas, uma vez que isso facilita a obtenção de peças de reposição, além de favorecer a negociação dos valores das peças com os fornecedores. É essencial ainda que a empresa busque formas de introduzir novas técnicas de manutenção em seus processos de modo a simplificar, agilizar, trazer mais segurança e diminuir os custos das atividades para aumentar os intervalos de manutenção. Outro ponto a ser levado em con- ta é a terceirização da manutenção, porém, isso precisa ser feito por meio de um estudo bem detalhado (para que tal evento ocorra é importante que a manutenção não seja a atividade fim da empresa). Após constatar que a terceirização traz benefícios para a empresa é importante levantar quais são as empresas interessadas na realização desta atividade. Isso permite conhecer a realidade das empresas a serem contratadas e evitar que elas exerçam suas atividades de forma inadequada. No Brasil a terceirização é um fenômeno que tem ocorrido de forma desenfreada e sem as devidas precauções, fazendo com que se elevem questões como: a) O índice de subemprego. b) A rotatividade de funcionários. c) A improvisação devido à falta de colaboradores treinados e qualificados. d) Falta de credibilidade dos consumidores. e) Ausência de recursos ou má utilização das tecnologias. Dessa forma, o gerenciamento dos custos de manutenção per- mite que as empresas se tornem mais competitivas. Isso se dá, pois melhora-se o ciclo de operação das organizações, uma vez que o pla- nejamento permite que as empresas registrem seus custos. Com isso, todas as informações necessárias relativas à manutenção e a outras áreas da empresa ficam à disposição dos executivos, garantindo que eles possam controlar os custos de produção de forma efetiva. Por meio das informações dos custos os gestores conseguem desenvolver suas atividades de forma mais integrada e racional, pen- sando na redução de custos globais, principalmente nos custos de ma- nutenção, sempre levando em consideração questões como: a) Deve-se comprar equipamentos mais modernos ou continu- ar realizando a manutenção nos antigos? b) É preciso contratar profissionais especializados para a reali- zação das atividades de manutenção ou ela pode ser terceirizada? c) É possível diminuir o orçamento da manutenção? 45 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S d) Como fazer para que a atenção da administração se volte para a diminuição das falhas dos equipamentos e das máquinas? e) Como trabalhar para diminuir ou manter os estoques, que são componentes que ocupam espaço no setor de almoxarifado? Vale mencionar que ter grandes estoques significa ter dinheiro parado, dessa forma a empresa pode pensar em criar métodos para a compra de peças e equipamentos mais eficientes. Assim, ao se levar em conta as questões mencionadas anteriormente, associadas com outras questões abordadas ao longo desta unidade as empresas conseguem utilizar o gerenciamento de custos de forma estratégica, permitindo que ela se destaque frente a seus concorrentes. Os custos na manutenção precisam ser otimizados de modo a tornar as organizações eficientes, por isso, ele atua como um instrumento essencial para o desenvolvimento das empresas, para saber mais sobre esse tema, acesse: https://www.linkedin.com/pulse/custos-de-manuten%- C3%A7%C3%A3o-como-identificar-ed-marcos-assis-dos-santos https://revistas.ufpr.br/biofix/article/view/54954/33643 http://www.scielo.br/pdf/gp/v15n1/a13v15n1.pdf 46 C QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: Administrador Ju- diciário Nível: Superior. Na medida que determinados custos independem do nível de ativi- dade da empresa, ou seja, não se espera alteração dos valores de custos, quando o nível de atividade produtiva aumente ou reduza, tais custos serão classificados a) como fixos. b) por absorção. c) como indiretos. d) como variáveis. e) como padrão. QUESTÃO 2 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - SEFAZ-CE - Auditor Fiscal da Receita Estadual Com o intuito de melhorar a gestão e o controle dos seus custos de produção, determinada empresa industrial decidiu dividir a sua unidade fabril nos seguintes seis setores distintos, nos quais são exercidas atividades bastante específicas: Gerência geral; Manu- tenção de máquinas e equipamentos; Almoxarifado; Montagem; Pintura; Embalagem. Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir. Os custos incorridos na Gerência geral, na Manutenção de máquinas e equipamentos e no Almoxarifado deverão ser apropriados direta- mente aos produtos, tendo por base o tempo que tais departamentos venham a dedicar dos seus serviços a cada um desses produtos. ( ) Certo ( ) Errado QUESTÃO 3 Prova: Instituto Consulplan - 2023 - SEGER-ES - Analista do Execu- tivo - Engenharia Civil A estrutura de documentação e registro de informações deve ser concebida para propiciar evidências da gestão do programa de manutenção, custo x benefício na realização dos serviços de ma- nutenção, redução da incerteza no planejamento, projeto e execu- ção dos serviços de manutenção e auxílio no programa e no pla- nejamento de serviços futuros. A documentação do programa de manutenção deverá incluir, EXCETO: 47 G E R E N C IA M E N TO D E R IS C O S E C U ST O S D E M A N U TE N Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S a) Relatório de inspeção. b) Contratos firmados e não firmados. c) Ata das reuniões de assuntos afetos à manutenção. d) Documentos de atribuição de responsabilidade de serviços técnicos. e) Manual de uso, operação e manutenção das edificações, conforme normativo técnico. QUESTÃO 4 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - CODEVASF - Analista em De- senvolvimento Regional - Engenharia Mecânica Acerca de manutenção, gestão estratégica da manutenção e tero- tecnologia, julgue
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