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Metodologia do Trabalho Científico unica

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Núcleo de Educação a Distância
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO
Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. 
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas 
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são 
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo 
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de 
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) 
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. 
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professora: Silvia Cristina da Silva
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela 
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profisisional.
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A metodologia é encontrada em toda a pesquisa científica, 
devendo ser detalhada o suficiente para que outro pesquisador pos-
sa replicar o estudo descrito. O método científico tenta minimizar a 
influência do viés ou preconceito no experimentador. Ao aplicar o 
método científico, o pesquisador poderá repetir o experimento para 
descobrir, por si mesmo, se as afirmações de outro pesquisador são 
verdadeiras ou não. Este é considerado um fator chave que separa a 
ciência do dogma. De modo geral, a pesquisa científica ajuda as pes-
soas a apresentar perguntas e métodos racionais, objetivos, testáveis 
e reprováveis o que facilita explicar o mundo e sua natureza em cons-
tante mudança. A pesquisa é muito importante, pois permite ampliar 
o conhecimento das pessoas de maneira concreta e precisa, abrindo 
possibilidades em todos os tipos, como social, cultural, empresarial, 
natural etc. Esse processo possibilita a evolução do ser humano, pois 
faz desenvolver e progredir através do conhecimento adquirido.
Artigos. Ciência. Conhecimento.
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 CAPÍTULO 01
INTRODUÇÃO AO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
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Metodologia Científica e Ciência _______________________________
Etapas da Pesquisa ____________________________________________
Os métodos da Ciência: Conceito e Definições ____________________
Linguagem e Argumentação Científica __________________________
 CAPÍTULO 02
PESQUISA CIENTÍFICA
Processo de Elaboração da Pesquisa Científica __________________ 33
29Recapitulando ________________________________________________
Ética na Pesquisa ______________________________________________ 42
22
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Processo Científico ____________________________________________
Delineamentos de um Estudo Científico: Projeto de Pesquisa ___
41Aplicação de Questionário _____________________________________
Recapitulando _________________________________________________ 47
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 CAPÍTULO 03
ELABORAÇÃO
Estruturas do Artigo Científico ________________________________
Considerações Finais _________________________________________
Resenha ______________________________________________________
Fichamentos _________________________________________________
Referências ___________________________________________________
Ficha Catalográfica ___________________________________________
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Linguagem do Artigo __________________________________________
Fechando a Unidade ___________________________________________
Relatórios de Pesquisa _________________________________________
Resumo Científico _____________________________________________
Recapitulando _________________________________________________
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O conhecimento científico obtido no processo metodológico 
tem como finalidade, na maioria das vezes, explicar e discutir um fenô-
meno baseado na verificação de uma ou mais hipóteses. Sendo assim, 
está diretamente vinculado a questões específicas que trata de explicá-
-las e relacioná-las com outros fatos. Dessa maneira, observa-se que, 
quando se analisa determinado fato, não se pode limitar apenas a tentar 
explicar os questionamentos que são suscitados acerca dos problemas, 
mas é importante também observar que existe a necessidade de se 
buscar elementos que possam realizar uma ligação estreita com outros 
fatos e, sendo assim, tentar explicá-los. 
O método científico pode ser definido como um conjunto de 
etapas e instrumentos pelo qual o pesquisador direciona seu projeto 
de trabalho com critériosde caráter científico para alcançar dados que 
suportam ou não sua teoria inicial. Desta forma, ele tem toda a liberdade 
para definir quais os melhores instrumentos vão utilizar para cada tipo 
de pesquisa a fim de obter resultados confiáveis e com possibilidades 
de serem generalizados para outros casos.
Esse fato pode ser baseado em alguns fenômenos pré-uni-
versitários como, por exemplo, baixa qualidade na formação de alunos 
interessados, curiosos e exploradores que ingressam na comunidade 
acadêmica, assim como, no próprio grau de especificidade técnica para 
desenvolvimento dos projetos propostos.
A pesquisa bibliográfica é fonte inesgotável de informação, ocu-
pando um lugar de destaque na vida do pesquisador, por constituir os 
primeiros passos para a busca de conhecimento. Ela auxilia na atividade 
intelectual e contribui para o conhecimento em todas as suas formas. 
É um estudo sistematizado, desenvolvido a partir de tudo aquilo 
que foi escrito, gravado ou filmado sobre determinado tema, assunto ou 
área do conhecimento. O material bibliográfico é reunido em livros, revis-
tas, jornais, redes eletrônicas, ou seja, material de acesso ao público em 
geral. A pesquisa bibliográfica tem a finalidade de colocar o pesquisador 
em contato direto com a informação sobre determinado objeto de estudo.
Qual seria sua principal característica? Para Knechtel (2014), 
seria a leitura, a pesquisa em fontes concretas que forneçam funda-
mentos analíticos para todo o tipo de pesquisa, criando um universo de 
debate entre o pesquisador e outros autores. Ou seja, a pesquisa biblio-
gráfica é a base para qualquer tipo de pesquisa, com ela, o pesquisador 
inicia seus primeiros conhecimentos sobre o tema e objeto de estudo. 
Neste material veremos que a identificação bibliográfica é clas-
sificada em fontes primárias e secundárias, sendo que será nessas fon-
tes que o pesquisador irá encontrar as informações necessárias para a 
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sua pesquisa. Por fontes primárias, entende-se a bibliografia básica so-
bre o assunto, que traz embasamento teórico. Já as fontes secundárias 
se caracterizam por serem bibliografias complementares, que servem 
de apoio para o assunto pesquisado.
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METODOLOGIA CIENTIFICA E CIÊNCIA
O desenvolvimento do método científico envolve algumas das 
culturas mais esclarecidas da história, bem como alguns grandes cien-
tistas, filósofos e teólogos. Além de analisar as mudanças na filosofia 
subjacente à descoberta científica, não podemos esquecer algumas 
das ferramentas que tornam a ciência possível, incluindo indexação de 
bibliotecas e revistas científicas revisadas por pares. Desde as obser-
vações dos antigos gregos e zoroastrianos até o telescópio espacial 
Hubble, a história do método científico está subjacente ao desenvolvi-
mento de toda ciência e tecnologia, e devemos nossa tecnologia moder-
na a algumas mentes grandes e inovadoras.
O método científico deve ser diferenciado dos objetivos e pro-
INTRODUÇÃO AO CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
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dutos da ciência, como conhecimento, previsões ou controle. Métodos 
são os meios pelos quais esses objetivos são alcançados. O método 
científico também deve ser diferenciado da meta-metodologia, que in-
clui os valores e justificativas por trás de uma caracterização específica 
do método científico (isto é, uma metodologia) - valores como objetivi-
dade, reprodutibilidade, simplicidade ou sucessos do passado. 
Regras metodológicas são propostas para governar o método 
e é uma questão meta-metodológica se os métodos que obedecem a 
essas regras satisfazem determinados valores. Finalmente, o método é 
distinto, até certo ponto, das práticas detalhadas e contextuais através 
das quais os métodos são implementados. 
O último pode variar: técnicas laboratoriais específicas; forma-
lismos matemáticos ou outras línguas especializadas usadas nas des-
crições e no raciocínio; meios tecnológicos ou outros meios materiais; 
maneiras de comunicar e compartilhar resultados, seja com outros cien-
tistas ou com o público em geral; ou as convenções, hábitos, costumes 
impostos e controles institucionais sobre como e que ciência é realizada. 
Embora seja importante reconhecer essas distinções, seus 
limites são confusos. Portanto, os relatos de método não podem ser 
totalmente divorciados de suas motivações ou justificativas metodológi-
cas e meta-metodológicas. 
Além disso, cada aspecto desempenha um papel crucial na 
identificação de métodos. Portanto, as disputas sobre o método ocorre-
ram nos níveis de detalhe, regra e meta-regra. Mudanças nas crenças 
sobre a certeza ou falibilidade do conhecimento científico, por exemplo 
(que é uma consideração meta-metodológica do que podemos esperar 
que os métodos produzam), significaram diferentes ênfases no raciocí-
nio dedutivo e indutivo ou na importância relativa atribuída ao raciocí-
nio sobre observação (isto é, diferenças sobre métodos particulares). 
Crenças sobre o papel da ciência na sociedade afetarão o lugar que se 
atribui aos valores no método científico.
“Etimologicamente, a palavra metodologia vem do grego metá, 
que significa ‘na direção de’, hodós, que significa ‘caminho’, e logos, que 
significa ‘estudo’” (Rodrigues, 2006, p.19), logo inferimos que é o estudo 
crítico dos métodos utilizados. São as opções disponíveis para o estudo 
daquilo que o pesquisador acredita poder saber mais. Podemos considerar 
a metodologia científica como uma ferramenta maior que agrega vários 
meios que auxiliam na realização da pesquisa científica. Que ajuda nas 
questões éticas e legais, que ajuda a delimitar os temas e não deixa fugir 
do proposto, ou melhor, ajuda a deixar obvio as decisões, os meios e a 
questão a ser trabalhada para que não haja uma extensão desapropriada 
do assunto proposto, tampouco um desfalque. Destarte Rodrigues, define 
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de modo resumido o que podemos identificar como metodologia científica:
Assim pode-se dizer que a metodologia científica consiste no estudo, na ge-
ração e na verificação dos métodos, das técnicas e dos processos utilizados 
na investigação e resolução de problemas, com vistas ao desenvolvimento 
do conhecimento cientifico. O conhecimento cientifico se constrói por meio da 
investigação científica, da pesquisa utilizando-se a metodologia (2006, p.19).
Barros & Lehfeld (1986) afirmam que a metodologia não procura 
soluções, mas escolhe as maneiras de encontrá-las, integrando os co-
nhecimentos a respeito dos métodos em vigor nas diferentes disciplinas 
científicas ou filosóficas. E com relação à importância da disciplina meto-
dologia científica, essa é baseada na apresentação e exame de diretrizes 
aptas a instrumentar o universitário no que tange a estudar e aprender. 
Para nós, mais vale o conhecimento e manejo dessa instru-
mentação para o trabalho científico do que o conhecimento de uma sé-
rie de problemas ou o aumento de informações acumuladas sistemati-
camente. Essa disciplina está, pois, voltada a assessorar e colaborar 
com o crescimento intelectual do aluno para a formação de um compro-
misso científico frente à realidade empírica.
A complexidade do método fez dele uma disciplina denomina-
da metodologia. Metodologia cientifica é o estudo dos métodos de co-
nhecer. Trata-se de métodos de buscar o conhecimento, é uma forma 
de pensar para se chegar à natureza de um determinado problema, seja 
para explicá-lo ou estudá-lo. O método científico é entendido como o 
conjunto de processos orientados por uma habilidadecrítica e criadora 
voltada para a descoberta da verdade e para a construção da ciência 
hoje, a pesquisa constitui seu principal instrumento ou meio de acesso 
(Cervo & Bervian, 2002).
Se contemplarmos o conceito de ciência, ou simplesmente nos 
perguntarmos o que é ciência, teremos que recorrer a uma disciplina 
externa: a filosofia da ciência. Nessa perspectiva a filosofia se divide em 
três vastos grupos: a metodologia da pura filosofia ou epistemologia, o 
estudo do conhecimento científico ou a filosofia da ciência e o estudo 
de possíveis coisas ou metafísica, ou meta-ciência. Usando uma termi-
nologia menos precisa, a filosofia analisa o mundo do que é possível e 
a ciência é limitada ao mundo comprovado. Se a filosofia da ciência não 
tem provas, restringe conceitos; enquanto a filosofia geral precisa de 
provas para limitar um conceito. 
A filosofia da ciência entendida como um nível de raciocínio que 
nos leva ao conceito de ciência e não como uma disciplina acadêmica que 
usa muitas palavras latinas ou gregas e cita inúmeros autores. A filosofia 
da ciência é como a autolimitação que o pequeno filósofo estabelece para 
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descobrir as maravilhas do novo mundo que têm profundo senso comum.
As definições dos termos ciência e metodologia são em si mes-
mas um objeto de estudo. Esse estudo, levado a efeito pela filosofia da 
ciência, deve nortear o pensamento humano sobre suas próprias des-
cobertas e representações. Tendo em vista a pergunta pela definição da 
ciência, vejamos: a ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades 
racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objetivo limitado, 
capaz de ser submetido à verificação onde [...] A ciência é um conjun-
to de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodica-
mente, sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de 
uma mesma natureza. (LAKATOS & MARCONI, 1991, p.80).
 Para Bunge (1980) a ciência é como um sistema de ideias es-
tabelecidas (conhecimento científico) é como uma atividade produtora 
de novas ideias (investigação científica). Gil (1999) mais próximo ao 
sentido cartesiano, diz que, etimologicamente, ciência significa conhe-
cimento, sendo o seu objetivo fundamental à veracidade dos fatos, com 
o objetivo de formular, mediante linguagem rigorosa e apropriada às leis 
que regem os fenômenos.
Segundo Andery “a ciência caracteriza-se por ser a tentativa do 
homem entender e explicar racionalmente a natureza, buscando formu-
lar leis que, em última instância, permitam a atuação humana” (1996, 
p. 13). Ao longo dos anos, o homem sempre buscou entender-se e ao 
universo ao seu redor, formulando leis e procurando entender os meca-
nismos pelos quais o mundo “funciona”, através de ferramentas criadas 
para esse fim, como a ciência.
Já na “sociedade ocidental, no entanto, a ciência é a forma 
hegemônica de construção da realidade, considerada por muitos críti-
cos como um novo mito, por sua pretensão de único promotor e critério 
de verdade” (Minayo, 2007, p. 9). E já que, assim como Minayo, não 
interessa para os fins deste trabalho, compactuar dessa visão compar-
tilharemos da visão de Meadows e Ziman que respalda a concepção de 
que conceituar ciência é, além de polêmico e pretensioso, quase des-
necessário já que “um cientista pode alcançar sucesso sem ter noção 
exata do que é ciência” (Targino, 2000).
OS MÉTODOS DA CIÊNCIA: CONCEITO E DEFINIÇÕES
Os conceitos de método, que ora apresentamos, foram funda-
mentados em focos que remetem aos caminhos da metodologia, pois 
a história do método científico se confunde com a história da própria 
ciência. Salienta-se a importância da escolha de um método de pesqui-
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sa, por certificar que não há ciência sem método, embora nem todos os 
estudos se constituam em ciência. Veja alguns conceitos e definições:
• A metodologia científica nos ensina um caminho para chegar-
mos a um fim científico. A palavra "científica" vem de ciência. 
• A metodologia corresponde a um conjunto de procedimentos 
a serem utilizados na obtenção do conhecimento. É a aplicação do mé-
todo através de técnicas que garantem a legitimidade do saber obtido.
• Considera-se a Ciência como conjunto de leis que buscam 
explicar alguns fenômenos até que existem outras leis para nos dar uma 
explicação mais completa sobre o assunto. 
• Papel da ciência: Trazer luz onde reinam as trevas. O rigor 
científico nega, na sua essência, as crendices, a magia, as superstições 
antigas e atuais. 
• Segundo o dicionário Aurélio: Ciência é o conjunto organizado 
de conhecimentos relativos a um determinado objeto, especialmente os 
obtidos mediante a observação, a experiência dos fatos e um método 
próprio.
Podemos dizer que métodos e técnicas são coisas diferentes. 
Alguns autores defendem que a técnica é responsável por informar a 
maneira de fazer uma atividade. Dessa forma, podemos dizer que a 
técnica é responsável por informar como fazer, enquanto o método es-
tabelece o que fazer. A forma de aplicação do método é a técnica. 
Os métodos que fornecem as bases lógicas ao conhecimento 
científico são: método indutivo, método dedutivo, método hipotético-dedu-
tivo, método dialético, método fenomenológico. Vejamos detalhadamente:
Método Indutivo
Indução significa oferecer uma verdade geral mostrando que, 
se é verdade para um determinado caso. É verdade para todos esses 
casos. A abordagem indutiva é de natureza psicológica. O método indu-
tivo desenvolve a curiosidade no indivíduo que é a necessidade do dia.
O exercício metódico do conhecer afirma uma posição indutiva 
do sujeito em relação ao objeto, na qual a investigação científica é uma 
questão de generalização provável, a partir dos resultados obtidos por 
meio das observações e das experiências. Francis Bacon foi o “sistemati-
zador do Método Indutivo, pois a técnica de raciocínio da indução já exis-
tia desde Sócrates e Platão”, conforme (Lakatos; Marconi, 2000, p. 71). 
Conforme Ferreira (1998), o método indutivo define suas regras 
e etapas a partir de dois pressupostos que se sustentam na ideia da exis-
tência de um determinismo nas leis observadas na natureza, são eles: 
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• Determinadas causas produzem sempre os mesmos efeitos, 
sob as mesmas circunstâncias e determinações; 
• A verdade observada em situações investigadas, torna-se 
verdade para toda situação universal correspondente.
Raciocínio
A abordagem indutiva, também conhecida no raciocínio indu-
tivo, começa com as observações e as teorias são propostas no final 
do processo de pesquisa como resultado das observações (Goddard, 
2004). A pesquisa indutiva "envolve a busca de padrões a partir da ob-
servação e o desenvolvimento de explicações - teorias - para esses pa-
drões através de séries de hipóteses" (Bernard, 2011). Nenhuma teoria 
ou hipótese se aplicaria em estudos indutivos no início da pesquisa e o 
pesquisador é livre em termos de alteração da direção do estudo após 
o início do processo de pesquisa.
É importante enfatizar que a abordagem indutiva não implica 
desconsiderar as teorias ao formular questões e objetivos de pesquisa. 
Essa abordagem visa gerar significados a partir do conjunto de dados 
coletados, a fim de identificar padrões e relacionamentos para construir 
uma teoria; no entanto, a abordagem indutiva não impede o pesquisa-
dor de usar a teoria existente para formular a questão de pesquisa a ser 
explorada (Saunders, 2012). 
O raciocínio indutivo é baseado no aprendizado da experiên-
cia. Padrões, semelhanças e regularidades na experiência (premissas) 
são observados para se chegar a conclusões (ou gerar teoria). O ra-
ciocínio indutivo começa com observações detalhadas do mundo, que 
avançamem direção a generalizações e ideias mais abstratas (Neu-
man, 2003). Ao seguir uma abordagem indutiva, começando com um 
tópico, um pesquisador tende a desenvolver generalizações empíricas 
e a identificar relações preliminares à medida que progride em sua pes-
quisa. Nenhuma hipótese pode ser encontrada nos estágios iniciais da 
pesquisa e o pesquisador não tem certeza sobre o tipo e a natureza dos 
resultados da pesquisa até que o estudo seja concluído.
Método Dedutivo
O método dedutivo, por sua vez, realiza-se por meio do desen-
volvimento de um raciocínio lógico, que tem por ponto de partida uma 
ideia geral, uma verdade estabelecida, da qual decorrerão preposições 
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particulares. O raciocínio, neste caso, parte de uma ideia geral para 
conclusões particulares. Enquanto que o processo analógico represen-
ta um raciocínio baseado em razões de relevante similitude. 
Raciocínio
O raciocínio dedutivo geralmente segue etapas. Primeiro, há uma 
premissa, depois uma segunda premissa e, finalmente, uma inferência. 
Uma forma comum de raciocínio dedutivo é o silogismo, no qual duas afir-
mações - uma premissa principal e uma premissa menor - chegam a uma 
conclusão lógica. Por exemplo, a premissa "Todo A é B" pode ser seguida 
por outra premissa, "Este C é A." Essas declarações levariam à conclusão 
"Este C é B." Os silogismos são considerados uma boa maneira de testar o 
raciocínio dedutivo para garantir que o argumento seja válido.
O raciocínio dedutivo, a dedução lógica ou a lógica “de cima para 
baixo” é o processo de raciocínio de uma ou mais declarações para chegar 
a uma conclusão logicamente certa. O método dedutivo de ensino é total-
mente diferente do método indutivo. Uma dedução-método é uma aborda-
gem mais centrada no professor. Isso significa que o professor dá um novo 
conceito, explica e depois os alunos praticam o uso do método conceito.
Indutiva x Dedutiva
O ponto mais importante a ter em mente ao considerar se deve 
usar uma abordagem indutiva ou dedutiva é, primeiro, o objetivo de sua 
pesquisa; e segundo, os métodos mais adequados para testar uma hi-
pótese, explorar uma área nova ou emergente dentro da disciplina ou 
para responder a perguntas específicas de pesquisa.
Por fim, entende-se que o método indutivo (geralmente chama-
do de método científico) é o método dedutivo "virado de cabeça para 
baixo". O método dedutivo começa com algumas afirmações verdadeiras 
(axiomas) com o objetivo de provar muitas afirmações verdadeiras (teore-
mas) que logicamente seguem-se a ele. O método indutivo começa com 
muitas observações da natureza, com o objetivo de encontrar algumas 
afirmações poderosas sobre como a natureza funciona (leis e teorias).
No método dedutivo, a lógica é a autoridade. Se uma afirmação 
segue logicamente a partir dos axiomas do sistema, deve ser verdadei-
ra. No método científico, a observação da natureza é a autoridade. Se 
uma ideia entra em conflito com o que acontece na natureza, ela deve 
ser alterada ou abandonada.
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Método Hipotético-Dedutivo
O modelo ou método hipotético-dedutivo é uma descrição pro-
posta do científico. Segundo ele, a investigação científica prossegue for-
mulando uma hipótese de uma forma que pode ser falsificável, usando 
um teste em dados observáveis, onde o resultado ainda não é conhecido. 
Um resultado de teste que pode ter e é contrário às previsões da hipótese 
é considerado uma falsificação da hipótese. Um resultado de teste que 
poderia ter, mas não corre contrário à hipótese, corrobora a teoria. Pro-
põe-se, então, comparar o valor explicativo das hipóteses concorrentes, 
testando quão rigorosamente elas são corroboradas por suas previsões.
O método hipotético-dedutivo, ou o teste de hipóteses, não le-
vanta problemas em princípio, uma vez que sua validade depende dos 
resultados do teste empírico apropriado. O mesmo tende a ser usado 
para melhorar ou esclarecer teorias anteriores de acordo com novos co-
nhecimentos, onde a complexidade do modelo não permite formulações 
lógicas. Portanto, possui caráter e necessidades predominantemente 
intuitivos, não apenas para rejeitar uma teoria, mas também para impor 
sua validade, o contraste de suas conclusões.
Método Dialético
O método dialético é diferente do método científico. Este últi-
mo, o teimoso legado da maneira antiquada de formular o pensamen-
to, derivado de conceitos religiosos baseados na revelação dogmática, 
apresenta os conceitos das coisas como imutáveis, absolutas, eternas, 
fundamentadas em alguns primeiros princípios, alheios um ao outro e 
com um tipo de vida independente. 
Para o método dialético, não apenas tudo está em movimento, 
mas todas as coisas se influenciam reciprocamente, e isso também vale 
para seus conceitos, ou os reflexos dessas coisas em nossas mentes, 
que estão “conectadas e unidas” (entre si). A metafísica procede por 
meio de antinomia, isto é, por termos absolutos que se opõem. Esses 
termos opostos nunca podem se misturar ou tocar.
A lógica e a dialética nos ajudam a seguir um caminho que não 
é falso se, após começarmos a formular certos resultados da observa-
ção do mundo real, queremos poder enunciar outras propriedades além 
daquelas que acabamos de deduzir. Se tais propriedades forem verifi-
cadas experimentalmente, poder-se-ia dizer que nossas fórmulas e a 
maneira como as empregamos eram suficientemente precisas.
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Método Fenomenológico
A disciplina da fenomenologia é definida por seu domínio de 
estudo, seus métodos e seus principais resultados. A fenomenologia é 
uma produção teórica deste mundo vívido, que se mostra a cada ser. No 
decorrer do texto, encontramos, logo a seguir a seguinte frase: “A feno-
menologia só é acessível a um método fenomenológico” (Merleau-Pon-
ty, 1971, pág. 6). Isso significa que a fenomenologia tem um conjunto 
de ferramentas próprias, que só tem finalidade para essa investigação.
A fenomenologia estuda a estrutura de vários tipos de experiên-
cia, variando de percepção, pensamento, memória, imaginação, emoção, 
desejo e vontade à consciência corporal, ação incorporada e atividade 
social, incluindo a atividade linguística. A estrutura dessas formas de ex-
periência envolve tipicamente o que Husserl chamou de "intencionalida-
de", isto é, a direção da experiência em relação às coisas no mundo, a 
propriedade da consciência de que é uma consciência de ou sobre algo. 
De acordo com a fenomenologia clássica husserliana, nossa 
experiência é direcionada para - representa ou "pretende" - coisas so-
mente através de conceitos, pensamentos, ideias, imagens etc. especí-
ficos. Estes compõem o significado ou o conteúdo de uma determinada 
experiência e são distintos das coisas. 
O método fenomenológico não é, portanto, o método dedutivo 
da lógica, nem o método empírico das ciências naturais; em vez disso, 
consiste em perceber a presença de um objeto e elucidar seu significado 
por meio da intuição. Husserl considerou o objeto do método fenomeno-
lógico a apreensão imediata, em um ato de visão, do conteúdo inteligível 
ideal do fenômeno” (Husserl, 1992). Sua obra-chave e definidora do início 
do século XX é agora reimpressa em uma tradução para o inglês.
Como a fenomenologia trata de observáveis, ela tem uma rela-
ção com a hermenêutica, a teoria da interpretação (Winograd & Flores, 
1986, p. 27), para preencher a necessidade de explicar o que é obser-
vado. Historicamente, a hermenêutica tratava da interpretação de obras 
artísticas e literárias, especialmente de textos míticos e sagrados, e de 
como a compreensão humana desses textos mudou ao longo do tempo. 
Contudo, “uma das ideias fundamentais da fenomenologia é que essa 
atividade de interpretação não selimita a tais situações, mas permeia 
nossa vida cotidiana” (Winograd & Flores, 1986, p. 27).
Então, segundo Bento (2004), a existência de outros métodos 
também merece destaque: 
• Método analítico (análise): compreende a decomposição do 
todo em suas partes.
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• Método de Direito Comparado: pesquisas legislativas, doutri-
nárias e jurisprudenciais de outros países; 
• Método histórico: observação da evolução histórica sobre o 
tema; 
• Método lógico: desenvolvimento de raciocínio relacionado en-
tre si;
• Método sistemático: envolve em sistema de ideias relaciona-
das, sistemas de referências, teoria, hipóteses, fontes de informação, 
todos relacionados;
Muitos cientistas que conduzem um projeto de pesquisa maior 
começam com um estudo indutivo (desenvolvendo uma teoria). O estu-
do indutivo é acompanhado de pesquisas dedutivas para confirmar ou 
invalidar a conclusão.
PROCESSO CIENTÍFICO
Um conceito científico é uma ideia ou modelo explicando algum 
fenômeno natural. Por exemplo, nosso entendimento de objetos caindo 
em direção à Terra é explicado em nosso conceito de gravidade. Existem 
diferentes formas de conceitos. Eles diferem principalmente na quantida-
de de evidência de apoio e aceitação por a comunidade científica.
Os cientistas aprendem e adquirem conhecimento com obser-
vações e experimentos. O processo científico começa com uma per-
gunta, desenvolvendo uma hipótese e fazendo previsões educadas. 
Seguem-se experiências, avaliação de dados, ajustes e confirmação 
de resultados. Os resultados científicos devem ser observáveis, men-
suráveis e repetíveis. Elementos comuns do processo científico incluem 
identificar, medir e relatar causa e efeito. O processo científico é im-
portante porque elimina preconceitos pessoais e pode mudar o que os 
outros decidem acreditar.
Organizar objetos e fenômenos em uma ordem lógica ajuda as 
pessoas a entender a complexidade de um sujeito ou colocá-lo em uma 
lista de hierarquias. Por exemplo, plantas e animais são organizados 
por reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie. Os cientistas 
também organizam vários componentes em sistemas. Um sistema so-
lar, por exemplo, contém sol, planetas, luas, planetas anões e cometas.
LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO CIENTÍFICA
De acordo com Jorge e Puig (2000), só há uma maneira de se 
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produzir a argumentação científica, que é através da produção de textos 
argumentativos, nos quais se devem utilizar determinadas habilidades 
como descrever, definir, explicar, justificar, argumentar e demonstrar. Esta 
aprendizagem implica ao aluno analisar, comparar, deduzir, inferir, avaliar. 
No que tange à argumentação no ensino de ciências, Velloso 
(2009) aponta que alguns pesquisadores têm trabalhado nessa perspec-
tiva com ênfase nos seguintes aspectos: o espaço ocupado pela argu-
mentação em aulas de ciências; atividades de ensino que se mostram 
eficientes no fomento ao discurso argumentativo; mecanismos que pos-
sam favorecer o aperfeiçoamento das habilidades argumentativas e a 
qualidade dos argumentos produzidos pelos alunos em aulas de ciências. 
A argumentação é imprescindível na linguagem científica, vários 
pesquisadores propõem que o ensino e a aprendizagem das ciências de-
vem ser estruturados a partir da argumentação, pois isso contribuiria para 
o desenvolvimento de competências como relacionar os dados, avaliar 
afirmações teóricas e/ou empíricos, modificar as afirmações de novos 
dados e utilizar conceitos e modelos científicos para apoiar as conclusões 
(Kelly et al, 2009; Nascimento; Vieira, 2008; Sá; Queiroz, 2007).
Ferramentas Teóricas
Teorias, Hipóteses, Variáveis Dependentes e Independentes
Hipóteses, variáveis dependentes e independentes formam um 
conjunto de ferramentas que nos auxiliam a criar teorias sobre fenôme-
nos da natureza. O processo para investigar um determinado fenômeno 
da natureza normalmente envolve três níveis. No primeiro nível acontece 
a observação dos fatos, fenômenos, comportamentos e atividades; no 
segundo nível, temos as hipóteses e finalmente, no terceiro nível, surgem 
as teorias, hipóteses válidas e sustentáveis (aquelas que foram testadas). 
Por hipótese, conforme Marconi e Lakatos (2000, p. 139), de-
fine-se um enunciado geral de relação entre variáveis (fatos, fenômenos) 
que é elaborado como solução provisória para um determinado problema, 
apresentando caráter explicativo ou preditivo, consistência lógica (coe-
rência interna), compatibilidade com o conhecimento científico (coerência 
externa) e verificabilidade empírica. Diante de um problema qualquer o 
pesquisador supõe uma resposta que, em princípio, ainda não é a sua 
solução. O processo de investigação consiste justamente em verificar se 
a suposta solução, de fato, resolve o problema. Dito de modo informal e 
anedótico, uma hipótese é “uma resposta que não é, mas que o pesqui-
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sador supõe que seja para ver o que seria se de fato fosse”.
Uma variável pode ser definida como classificação ou medida, 
quantidade variável, conceito operacional que expressa valores, aspec-
to, propriedade ou fator, que pode ser distinguido em um objeto exami-
nado e que seja susceptível à medição.
De maneira simbólica, podemos idealizar o "universo" da ciência 
como organizado em três níveis: no primeiro, acontecem as observações 
dos fatos e fenômenos reais; no segundo, estabelecem-se as hipóteses; 
no terceiro, emergem as teorias e hipóteses válidas. A passagem de maior 
interesse e importância é a que ocorre entre o primeiro e o segundo nível, 
que é, por sua vez, fundamentada no enunciado das variáveis. De forma 
esquemática podemos descrever esta relação como:
Nível I - Observações → (Variáveis) → Nível II - Hipóteses → Nível 
III - Hipóteses Válidas e Teorias.
Variáveis são quaisquer características de pessoas ou objetos 
que podem assumir diferentes valores numa situação experimental. Uma 
variável é qualquer atributo que pode assumir diferentes valores entre os 
membros de uma classe de sujeitos ou acontecimentos, mas que só tem 
um valor para um dado membro dessa classe num momento qualquer.
Variável Independente:
Uma variável independente é uma variável que representa 
uma grandeza que está sendo manipulada em um experimento. Para 
dizê-lo simplesmente, a “causa, antecedente, origem de um fenómeno, 
um processo, que constitui o objeto de estudo” (Carrasco). Para mim, é 
a “primeira”. Pode ser manipulada em estudos experimentais ou compa-
rativos com grupos de controle.
Variáveis Dependentes:
Uma variável dependente representa uma grandeza cujo va-
lor depende de como a variável independente é manipulada. Sendo o 
efeito, consequência, o resultado observado da influência da Variável 
independente. 
Em suma, no contexto da pesquisa a variável independente 
é o antecedente e a variável dependente é o consequente. Os cientis-
tas procuram fazer previsões acerca do comportamento das variáveis 
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dependentes com base no aspecto das variáveis independentes, e, de 
maneira inversa, podem desejar aclarar um determinado fato ou fenô-
meno (variável dependente), por meio da identificação do acontecimen-
to (variável independente) que o ocasionou.
Em essência, toda pesquisa quantitativa gira em torno da noção 
de variáveis quantificadas. Segundo Hegenberg (1976, p. 80-81), nesse 
tipo de pesquisa, a quantificação é relevante na proporção em que se su-
põe que a quantificação caracteriza mais adequadamente certos concei-
tos (por exemplo, ‘100 metros’ é expressão mais precisa do que ‘perto’); 
gera descrições precisas que seriam impraticáveis sem a atribuiçãode 
números; conduz a classificações mais acuradas; contribui decisivamen-
te para a formulação de hipóteses, estabelecendo nexos mais precisos 
entre variáveis e fórmulas; e permite confrontar hipóteses e teorias rivais.
DELINEAMENTOS DE UM ESTUDO CIENTÍFICO: PROJETO DE 
PESQUISA
Segundo Cervo & Bervian (2002), o tema de uma pesquisa é 
qualquer assunto que necessite melhores definições, melhor precisão e 
clareza do que já existe sobre ele. O tema da pesquisa indica um assun-
to, que após a sua elaboração torna-se determinado, específico, preci-
so, com seus limites muito bem definidos. Esta elaboração baseia-se no 
conhecimento do campo de observação e suas respectivas unidades de 
observação bem como de suas variáveis.
Para Gil (2002) a escolha do tema deve estar relacionada com 
o interesse do estudante, sendo necessário que ele já tenha refletido 
sobre diferentes temas. A primeira escolha deve ser feita com relação a 
um campo delimitado, dentro da respectiva ciência de que trata o traba-
lho científico (Cervo e Bervian, 2002).
Segundo Fernandes (2002), a escolha do tema deve-se aos 
seguintes aspectos: interesse da comunidade científica; deve ser rela-
cionado com a atividade profissional do pesquisador; viabilidade técnica 
e financeira.
O delineamento diz respeito ao planejamento da pesquisa em 
um sentido mais amplo, abrangendo tanto a sua diagramação quanto 
a perspectiva de análise e a respectiva interpretação dos dados que 
foram coletados. Em outras palavras, o delineamento leva em conside-
ração o contexto no qual são retirados os dados, assim como os meios 
de controle das variáveis relacionadas ao caso.
Outro elemento que define o que é delineamento de pesquisa é 
que ele corresponde a uma fase na qual o pesquisador começa a levar 
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em conta a aplicação de metodologias discretas, ou melhor dizendo, 
aquelas que propiciam os meios técnicos para a investigação.
Tipos de Delineamento de Pesquisa:
Pesquisa Bibliográfica e Pesquisa Documental
A pesquisa documental associa paradigmas dissonantes de ge-
renciamento e verificação de evidências documentais, concebidas nas 
ciências sociais tradicionais, com a criação e formulação de apresenta-
ções estéticas, como concebidas a partir das artes e humanidades. As 
perspectivas documentais fundamentais incluem modos de representa-
ção (imagens, diários, publicações, gravações sonoras, monumentos e 
memoriais etc.) e modos de envolvimento como uma empresa criativa 
de apresentação, ou seja, a apresentação estética do rádio, filme e fo-
tografia documentais (Nichols, 2006).
A estética dos estudos documentais chama a atenção para os 
modos de narração (o documentário como forma de contar histórias) e os 
protocolos de subjetividades (o alinhamento de diferentes perspectivas e 
interpretações como parte dos itens documentais) (Austin & de Jong, 2008).
Com o uso de materiais primários e secundários, o pesquisador 
deve avaliar e analisar os próprios documentos antes de extrair o conteúdo. 
A avaliação de documentos geralmente inclui quatro critérios: autenticida-
de, credibilidade, representatividade e significado (Scott, 2006). A autenti-
cidade aborda se os materiais são genuínos ou de origem questionável e 
se sua produção é original e confiável e não foi alterada posteriormente. 
Se o documento tiver sido transformado, por meio de edição textual, mar-
gens ou outros meios, o pesquisador procura identificar claramente essas 
alterações. A autenticidade é normalmente vista como o critério mais fun-
damental para toda pesquisa documental em educação, uma vez que a 
confirmação da autoria, local e data são tipicamente determinadas antes 
que qualquer pesquisador continue trabalhando com o documento.
Pesquisa Experimental
Pesquisa experimental é qualquer pesquisa realizada com uma 
abordagem científica, na qual um conjunto de variáveis é mantido cons-
tante enquanto o outro conjunto de variáveis está sendo medido como 
objeto do experimento. Há momentos em que você não possui dados su-
ficientes para apoiar suas decisões. Em tais situações, você precisa rea-
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lizar experimentos para descobrir os fatos. A pesquisa experimental pode 
reunir muitos dados que podem ajudá-lo a tomar melhores decisões.
A maioria das experiências tende a ficar entre a definição estrita 
e a ampla. Uma regra prática é que as ciências físicas, como física, quími-
ca e geologia, tendem a definir experimentos mais estritamente do que as 
ciências sociais, como sociologia e psicologia, que conduzem experimen-
tos mais próximos da definição mais ampla. O exemplo mais simples de 
uma pesquisa experimental é a realização de um teste de laboratório. En-
quanto a pesquisa estiver sendo conduzida sob condições cientificamen-
te aceitáveis - ela se qualifica como uma pesquisa experimental. Uma 
verdadeira pesquisa experimental é considerada bem-sucedida apenas 
quando o pesquisador confirma que uma alteração na variável depen-
dente é exclusivamente devida à manipulação da variável independente.
Experimentos são conduzidos para prever fenômenos. Nor-
malmente, um experimento é construído para poder explicar algum tipo 
de causa. A pesquisa experimental é importante para a sociedade - ela 
nos ajuda a melhorar nossa vida cotidiana. Após decidir o tópico de in-
teresse, o pesquisador tenta a pesquisa. Isso ajuda o pesquisador a se 
concentrar em uma área de pesquisa mais estreita para poder estudá-la 
adequadamente. Definir o problema de pesquisa ajuda a formular uma 
pesquisa, que é testada contra a nula.
Existem tipos de pesquisa que auxiliam o estudante na hora de 
executar essa parte do trabalho acadêmico, sendo alguns deles:
Pesquisa com Abordagem e Apresentação de Resultados Quanti-
tativos
Para Richardson (1999, p. 70) a abordagem quantitativa caracte-
riza-se pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de 
informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, 
desde as mais simples como percentual, média, desvio-padrão, às mais 
complexas, como coeficientes de correlação, análise de regressão etc. A 
abordagem quantitativa é importante para garantir a precisão dos resulta-
dos, evitando assim, distorções de análise e interpretação, permitindo uma 
margem de segurança com relação a possíveis interferências, buscando 
analisar o comportamento de uma população através da amostra. 
A pesquisa quantitativa, para Michel (2005, p. 33) realiza-se na 
busca de resultados precisos, exatos, comprovados através de medidas 
de variáveis preestabelecidas, na qual se procura verificar e explicar sua 
influência sobre outras variáveis, através da análise da frequência de in-
cidências e correlações estatísticas. Sendo assim, este estudo tem carac-
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terísticas quantitativas, porque os dados coletados serão submetidos às 
técnicas estatísticas, trabalhando com quantidades e percentuais. Pes-
quisa com abordagem e apresentação de resultados qualitativos:
As pesquisas qualitativas de campo exploram particularmente as técnicas de 
observação e entrevistas devido à propriedade com que esses instrumentos 
penetram na complexidade de um problema” (RICHARDSON, 1999, p. 82).
De acordo com Godoy (1995b, p.21) existe três tipos de abor-
dagem qualitativa:
• Pesquisa Documental. Acontece quando pesquisador analisa 
materiais, documentos e artefatos, possibilitando ao pesquisador que 
guie sua pesquisa considerando enfoques diferenciados. Documentos 
são fontes ricas de informação registradas por um longo período.
• Estudo de Caso. Utilizado quando se quer um aprofundamen-
to da unidade de estudo, pois tem como objetivo o exame de um sujeito, 
uma situação particular ou até mesmo um ambiente. Para mais detalhesde como executar um estudo de caso.
• Etnografia. Tem sua origem nas ciências sociais. Seu princi-
pal foco é o estudo da cultura ou comportamento de grupos de indivídu-
os. O pesquisador vai até o local e faz uma série de observações: tendo 
contato direto e participando de diferentes atividades.
As diferenças entre os dois grandes grupos de refere-se a 
lógica usada para fazer inferências a partir dos dados coletados. As 
metodologias quantitativas usam uma lógica muito próxima à lógica da 
matemática, enquanto as metodologias qualitativas utilizam-se de uma 
lógica muito semelhante à lógica de classes. Segundo esses autores, 
a pesquisa qualitativa envolve um processo dialético: coleta de dados 
descritivos, análise e, posteriormente, generalizações. 
Ainda, segundo os autores, os dados são tratados por um pro-
cesso de análise ou crítica que produz uma generalização baseada na-
quele tipo de raciocínio, que permitiria penetrar no significado dos dados 
existentes. Os métodos quantitativos, por sua vez, assim como a maioria 
das pesquisas nas ciências naturais, usam o processo inverso: estabe-
lecem primeiro uma generalização, e depois a testam. Há divergências, 
também, quanto à formulação de conceitos. Na abordagem quantitativa 
inicia-se com uma hipótese, confirmada ou refutada com base em dados 
ou evidência obtida por meios empíricos, e, aplicando aos dados o racio-
cínio dedutivo, são, então, formulados aqueles. Na abordagem qualitati-
va, porém, é o raciocínio indutivo que possibilita a sua formulação.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2010 Banca: FGV Órgão: FIOCRUZ Prova: Desenvolvimento 
de Biofármacos Nível: Superior
A Metodologia Científica é o conjunto de etapas ordenadamente 
dispostas a serem executadas na investigação de um fenômeno. 
A Metodologia Científica é constituída pelas etapas de formulação 
do problema, formulação de hipóteses, coleta dos dados, análise 
dos dados, conclusões e generalizações. Sobre a elaboração de 
hipóteses, assinale a afirmativa incorreta.
a) A hipótese é uma resposta em potencial para a pergunta deduzida 
pelo pesquisador, a partir da revisão bibliográfica.
b) Em estudos quantitativos, as hipóteses não podem ser testadas por 
meio de testes estatísticos.
c) Hipótese é uma aposta que o pesquisador faz sobre os resultados 
prováveis de pesquisa.
d) A formulação de hipóteses deriva necessariamente do problema em 
questão.
e) A hipótese se caracteriza por apresentar uma força explicativa provi-
sória, que será verificada no trabalho de campo.
QUESTÃO 2
Ano: 2015 Banca: COVEST-COPSET Órgão: UFPE Prova: Assis-
tente Social Nível: Superior
No âmbito das competências teórico-metodológicas, a pesquisa 
científica contribui para o/a assistente social:
a) entender seu papel profissional no contexto das relações com a ins-
tituição.
b) compreender que somente uma intervenção vinculada à pós-moder-
nidade é mais adequada à realidade atual.
c) determinar quais as ações são mais adequadas para garantir igualda-
de de oportunidades dos usuários.
d) inferir que a totalidade social é caótica, e manter a ordem social depen-
de de uma intervenção vinculada aos interesses das classes fundantes.
e) compreender seu papel profissional no contexto das relações sociais, 
numa perspectiva de totalidade social.
QUESTÃO 3
Ano: 2010 Banca: FCC Órgão: DPE-SP Prova: Cientista Social Ní-
vel: Superior
A partir do arcabouço metodológico proposto por Émile Durkheim, 
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no que se refere às fases de uma investigação científica, a sequên-
cia correta é:
a) Definir - Classificar - Explicar - Provar
b) Classificar - Definir - Provar - Explicar
c) Definir - Provar - Explicar - Classificar
d) Explicar - Provar - Classificar - Definir
e) Definir - Classificar - Provar - Explicar
QUESTÃO 4
Ano: 2015 Banca: IF-SP Órgão: IF-SP Prova: Pedagogia Nível: Su-
perior
De acordo com Lakatos (Fundamentos de Metodologia Científica) 
todas as ciências caracterizam-se pela utilização de métodos cien-
tíficos; em contrapartida, nem todos os ramos de estudo que em-
pregam estes métodos são ciências. Dessas afirmações podemos 
concluir que a utilização de métodos científicos não é da alçada ex-
clusiva da ciência, mas não há ciência sem o emprego de métodos 
científicos. Assinale a alternativa que define corretamente o que é 
método científico, de acordo com o autor acima citado.
a) O método é a base para o desenvolvimento de uma pesquisa es-
tritamente científica com maior segurança e economia. É por meio da 
escolha e utilização de métodos que o pesquisador alcança os objetivos 
e comprova de forma imutável e infalível suas hipóteses.
b) O método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, 
com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo - conhe-
cimentos válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido, 
detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.
c) O método é o conjunto das atividades assistemáticas desenvolvidas 
pelo pesquisador, para que por meio do seu problema de pesquisa pos-
sa alcançar o objetivo - conhecimentos válidos, verdadeiros e infalíveis 
-, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as 
decisões do cientista.
d) O método é o conjunto das atividades que buscam viabilizar a organi-
zação do trabalho do pesquisador, para que assim encontrar as respos-
tas para seu problema de pesquisa, com maior segurança e economia, 
permite alcançar o objetivo - conhecimentos válidos, verdadeiros e infa-
líveis -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando 
as decisões do cientista.
e) O método é o conjunto das atividades definidas pelo pesquisador 
para que suas hipóteses possam ser verificadas e nunca negadas e 
para que, com maior segurança e economia, permita alcançar o objetivo 
do problema de pesquisa - conhecimentos válidos, verdadeiros e imutá-
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veis -, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando 
as decisões do cientista.
QUESTÃO 5
Ano: 2017 Banca: IF-TO Órgão: IF-TO Prova: Engenharia Química 
Nível: Superior.
Na metodologia científica, encontram-se vários métodos científicos 
para descreverem relações entre variáveis, predizerem aconteci-
mentos, determinarem causas e explicarem ou compreenderem o 
comportamento dos fenômenos científicos. Quando um cientista ao 
tentar resolver um problema, apresenta algumas hipóteses visan-
do a formulação de uma teoria provisória, passa a testar as suas 
hipóteses por meio de observação e experimentação para eliminar 
possíveis erros, qual o método científico o cientista está utilizando?
a) Método dedutivo.
b) Método dialético.
c) Método hipotético dedutivo.
d) Método indutivo.
e) Método monográfico
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
O método científico está presente desde o início, estando diretamente 
relacionado às várias áreas do saber e da ciência, pois sem a sua boa 
compreensão as pesquisas não serão realizadas da maneira que se de-
seja. Assim, pode-se afirmar que metodologia e método são sinônimos?
TREINO INÉDITO
A ____________ é a responsável por oferecer uma informação ge-
ral, uma verdade geral, a ser aplicada para um determinado caso. 
Dessa forma, o ___________ desenvolve a curiosidade do indiví-
duo e é dotado de uma natureza psicológica.
O trecho em questão faz relação a que método? Assinale a alterna-
tiva correta.
a) Método comparativo
b) Método indutivo
c) Método dedutivo
d) Método hipotético-dedutivo
e) Método dialético
NA MÍDIA
SIMULADOR USADO NO CASO KAUÃ E JOAQUIM VAI AJUDAR 
PERÍCIA NA VILA RUBIM
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Em entrevista à Rádio CBN Vitória, o Comandante do 1º Batalhãodo 
Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Scharlyston Paiva, adiantou que 
além de drones, a corporação utiliza um simulador computacional para 
chegar ao ponto de origem do incêndio. Este último equipamento já foi 
utilizado pela perícia para a elucidação do crime que envolveu a morte 
dos irmãos Joaquim e Kauâ, filhos de pastores, em Linhares, em 2018.
Com o equipamento, as declarações de testemunhas, informações so-
bre tamanho da área, metragem, fotos e vídeos serão computadoriza-
dos em um sistema que gera uma simulação.
Fonte: A Gazeta
Data: 24 de setembro de 2019
Leia a notícia na íntegra: https://www.agazeta.com.br/es/gv/simulador-
-usado-no-caso-kaua-e-joaquim-vai-ajudar-pericia-na-vila-rubim-0919
NA PRÁTICA
METODOLOGIA CIENTIFICA – 9 EXEMPLOS FÁCEIS DE POR EM 
PRATICA
Pode-se afirmar que, em virtude das várias formas de abordagem rea-
lizadas para desenvolver pesquisas de TCC, foi possível classificá-las 
em nove tipos diferentes de Metodologia Cientifica. Veja exemplos de 
metodologias prontas, onde cada uma delas estão divididas em classes 
de acordo com suas metas:
• Levantamento de opinião;
• Levantamento sobre um fato após um acontecimento;
• Experimento;
• Estudo de campo;
• Estudo de caso para identificar o porquê dos fenômenos;
• Estudo de caso aplicando o método Cornell;
• Estudo bibliográfico para identificar causas, importância ou forma de 
aplicação;
• Estudo bibliográfico I;
• Estudo bibliográfico II.
Fonte: Douglas Tybel
Data: 2016
Disponível em: https://guiadamonografia.com.br/metodologia-cientifica/
PARA SABER MAIS
Filme: Gênio indomável
Peça de teatro: Vida de professor
Acesse os links: https://www.youtube.com/watch?v=TTWrpBRXWUs
https://www.youtube.com/watch?v=NLMf3OKFJxg
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PROCESSO DE ELABORAÇÃO DA PESQUISA CIENTÍFICA
Para compreender a articulação das etapas de uma pesquisa, 
Quivy & Campenhoudt (1995) falam rapidamente sobre os princípios 
contidos nos três eixos de uma pesquisa e da lógica que os une. 
- A ruptura: O primeiro eixo necessário para se fazer pesquisa é a ruptura. Nossa 
bagagem “teórica” possui várias armadilhas, pois uma grande parte das nossas 
ideias se inspira em aparências imediatas ou em partidarismos. Elas são segui-
damente ilusórias e preconceituosas. Construir uma pesquisa nessas bases é 
construí-la sobre um terreno arenoso. Daí a importância da ruptura que consiste 
em romper com as ideias preconcebidas e com as falsas evidências que nos dão 
somente a ilusão de compreender as coisas. A ruptura é, portanto, o primeiro 
eixo constitutivo das etapas metodológicas da pesquisa (p. 15). 
PESQUISA CIENTÍFICA
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- A construção: Esta ruptura só se efetua ao nos referirmos a um sistema concei-
tual organizado, suscetível de expressar a lógica que o pesquisador supõe ser 
a base do objeto em estudo. É graças a esta teoria que se podem construir as 
propostas explicativas do objeto em estudo e que se pode elaborar o plano de 
pesquisa a ser realizado, as operações necessárias a serem colocadas em práti-
ca e os resultados esperados ao final da pesquisa. Sem esta construção teórica, 
não há pesquisa válida, pois não podemos submeter à prova qualquer proposta. 
As propostas explicativas devem ser o produto de um trabalho racional funda-
mentado numa lógica e num sistema conceitual validamente constituído (p. 17).
- A constatação: Uma proposta de pesquisa tem direito ao status científico 
quando ela é suscetível de ser verificada por informações da realidade con-
creta. Esta comprovação dos fatos é chamada constatação ou experimenta-
ção. Ela corresponde ao terceiro eixo das etapas da pesquisa (p. 17).
Pesquisa é a construção de conhecimento original de acordo 
com certas exigências científicas. Para que seu estudo seja conside-
rado científico você deve obedecer aos critérios de coerência, consis-
tência, originalidade e objetivação. Para a realização de uma pesquisa 
científica, segundo Goldemberg (1999, p.106), é imprescindível: 
“a) a existência de uma pergunta que se deseja responder;
b) a elaboração de um conjunto de passos que permitam chegar 
à resposta; c) a indicação do grau de confiabilidade na resposta obtida”. 
O planejamento de uma pesquisa dependerá basicamente de 
três fases: 
Fase decisória: referente à escolha do tema, à definição e à 
delimitação do problema de pesquisa; 
Fase construtiva: referente à construção de um plano de pes-
quisa e à execução da pesquisa propriamente dita; 
Fase redacional: referente à análise dos dados e informações 
obtidas na fase construtiva. É a organização das ideias de forma sis-
tematizada visando à elaboração do relatório final. A apresentação do 
relatório de pesquisa deverá obedecer às formalidades requeridas pela 
Academia.
ETAPAS DA PESQUISA
O primeiro passo do processo de pesquisa científica envolve a 
definição do problema e a realização de pesquisas. Primeiro, um tópico 
amplo é selecionado sobre algum tópico ou uma pergunta de pesquisa 
é feita. O cientista pesquisa a pergunta para determinar se ela foi res-
pondida ou os tipos de conclusões que outros pesquisadores tiraram e 
os experimentos realizados em relação à pergunta.
A pesquisa envolve a leitura de artigos de periódicos acadê-
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micos de outros cientistas, que podem ser encontrados na Internet por 
meio de bancos de dados de pesquisa e periódicos que publicam arti-
gos acadêmicos on-line. Durante a pesquisa, o cientista restringe o tópi-
co amplo a uma questão de pesquisa específica sobre algum problema.
Todas as investigações científicas começam com uma pergunta 
de pesquisa específica e a formulação de uma hipótese para responder 
a essa pergunta. A hipótese deve ser clara, específica e objetiva direta-
mente responder à pergunta da pesquisa. Uma hipótese forte e testável 
é a parte fundamental da pesquisa científica. O próximo passo é testar a 
hipótese usando o método científico para aprová-la ou desaprová-la.
O método científico deve ser neutro, objetivo, racional e, como 
resultado, deve poder aprovar ou desaprovar a hipótese. O plano de 
pesquisa deve incluir o procedimento para obter dados e avaliar as va-
riáveis. Deve garantir que os dados analisáveis sejam obtidos. Também 
deve incluir planos sobre a análise estatística a ser realizada. O número 
de sujeitos e controles necessários para obter resultados estatísticos 
válidos deve ser calculado e os dados devem ser obtidos em números e 
métodos apropriados. O pesquisador deve observar e registrar continu-
amente todos os dados obtidos.
A ética é um padrão usado para diferenciar comportamentos 
aceitáveis e inaceitáveis. A adesão a padrões éticos na pesquisa cien-
tífica é digna de nota por muitas razões diferentes. Primeiro, esses pa-
drões promovem os objetivos da pesquisa, como conhecimento, verda-
de e prevenção de erros. Por exemplo, proibições contra a fabricação, 
falsificação ou deturpação de dados de pesquisa promovem a verdade 
e minimizam o erro. Além disso, os padrões éticos promovem valores 
essenciais ao trabalho colaborativo, como confiança, responsabilidade, 
respeito mútuo e justiça. Muitos padrões éticos na pesquisa, como di-
retrizes para autoria, políticas de direitos autorais e patentes, políticas 
de compartilhamento de dados e regras de confidencialidade na revisão 
por pares, foram projetados para proteger os interesses de propriedade 
intelectual e incentivar a colaboração. 
Muitos padrões éticos, como políticas sobre má conduta na 
pesquisa e conflitos de interesse, são necessários para garantir que 
os pesquisadores possam ser responsabilizados perante o público. Por 
último, mas não menos importante,os padrões éticos da pesquisa pro-
movem uma variedade de outros importantes valores morais e sociais, 
como responsabilidade social, direitos humanos, bem-estar animal, 
conformidade com a lei e saúde e segurança pública (Resnik, 2015). 
Concluindo, para o bem da ciência e da humanidade, a pesquisa tem a 
inevitável responsabilidade de transferir com precisão o conhecimento 
para as novas gerações (Ruacan, 2005).
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Você inicia o processo de pesquisa escolhendo um tópico am-
plo, selecionando um fenômeno específico e, com a ajuda da literatura 
adequada, precisa justificar seu trabalho. Em seguida, você formula o 
conhecimento adquirido na literatura de pesquisa em seu próprio plano. 
Criar um plano de pesquisa é uma etapa essencial desse pro-
cesso, na qual você precisa mencionar as orientações, os métodos, a 
coleta de dados e a análise de dados em detalhes. Seu plano de pesqui-
sa orientará o orientará e poderá até transformar ou melhorar esse pro-
cesso. Depois de coletar e analisar seus dados, você precisa informar 
(escreva seu relatório de pesquisa) sobre os resultados.
Seu relatório de pesquisa obedecerá aos princípios da redação 
científica com o objetivo de esclarecer as etapas da pesquisa e discu-
tir a validade dos resultados apresentados. Em todas as etapas desse 
processo é necessário fazer anotações de forma organizada em um 
formato ou outro: escrever comentários em um caderno, anotar ideias 
de pesquisa, escrever plano, escrever a análise e os resultados obtidos 
em seu relatório de pesquisa. 
No final do seu relatório você precisa (embora não seja obrigató-
rio) formular e apresentar novas perguntas de pesquisa, o que permitiria 
a você e a outros pesquisadores levar adiante a pesquisa dos fenômenos 
selecionados. Vejamos mais detalhadamente as etapas da pesquisa:
Etapa 1: Identificar o Problema
O primeiro passo no processo é identificar um problema ou de-
senvolver uma pergunta de pesquisa. O problema de pesquisa pode ser 
algo que a agência identifica como um problema, algum conhecimento 
ou informação. Veja abaixo a interação entre as três primeiras etapas 
da pesquisa:
Figura 1: Interação entre as três primeiras etapas da pesquisa
 
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Fonte: Elaborado pela autora (2019), adaptado de Quivy & Campenhoudt (1995).
Etapa 2: Revisão de Literatura
Depois de entender o problema, o pesquisador deve entrar em 
detalhes sobre o tópico. Isso pode ser feito através da revisão da literatu-
ra e trabalhos anteriores realizados sobre o tema da pesquisa. Isso aju-
dará a fornecer algumas informações sobre o problema de pesquisa ao 
pesquisador. O pesquisador também terá uma ideia de como os estudos 
anteriores foram realizados e as áreas problemáticas desses estudos.
A revisão de trabalhos anteriores parece mais estranha, pois 
muitos acham que seus trabalhos são únicos e não serão cobertos por 
pesquisas anteriores. Quando uma revisão é feita, lança luz sobre as 
variáveis e a interação entre elas, que também podem influenciar sua 
pesquisa. Além disso, a revisão lança luz sobre vieses que podem sur-
gir. Se você não leu as hipóteses de mercado eficientes e começou sua 
pesquisa sobre técnicas de negociação, espera-se que seja um traba-
lho tendencioso ao fogo. É o trabalho de revisão que pode diferenciar 
um bom pesquisador de um mau. A revisão também ajuda a entender o 
assunto adequadamente e a formar hipóteses (é obtida subdividindo a 
declaração do problema em pequenos pedaços mensuráveis).
Etapa 3: Esclareça o Problema
O problema inicial identificado pelo pesquisador geralmente 
tem um escopo bastante amplo e levaria muito tempo e energia. Nes-
ta etapa, o pesquisador encurta os problemas e diminui o escopo do 
estudo. Isso é possível apenas através do conhecimento obtido pelo 
pesquisador após a revisão da literatura.
Etapa 4: Examine os Resultados e tire Conclusões
Depois que um pesquisador projetou o estudo e coletou os dados, 
é hora de examinar essas informações e tirar conclusões sobre o que foi 
encontrado. Usando estatísticas, os pesquisadores podem resumir os da-
dos, analisar os resultados e tirar conclusões com base nessas evidências.
Então, como um pesquisador decide o que significam os resul-
tados de um estudo? A análise estatística não apenas pode apoiar (ou 
refutar) a hipótese do pesquisador; também pode ser usado para deter-
minar se os resultados são estatisticamente significativos.
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Quando se diz que os resultados são estatisticamente signi-
ficativos, isso significa que é improvável que esses resultados sejam 
devidos ao acaso. Com base nessas observações, os pesquisadores 
devem determinar o que os resultados significam. Em alguns casos, um 
experimento apoiará uma hipótese, mas em outros casos, não apoiará 
a hipótese. Então, o que acontece se os resultados de um experimento 
em psicologia não sustentarem a hipótese do pesquisador? Isso signi-
fica que o estudo foi inútil? Só porque os resultados não sustentam a 
hipótese não significa que a pesquisa não seja útil ou informativa. 
Figura 2: Etapas da pesquisa científica
Fonte: Quivy & Campenhoudt (1995).
De fato, essa pesquisa desempenha um papel importante em 
ajudar os cientistas a desenvolver novas perguntas e hipóteses a serem 
exploradas no futuro.
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A etapa final é publicar os resultados e sua subsequente revisão 
por um especialista. Com base no experimento realizado, a hipótese válida 
é agrupada e o resultado publicado. Se alguém puder se lembrar, a coleta 
de dados das ondas gravitacionais terminou em setembro de 2015, mesmo 
assim, demorou muito tempo para executar a análise e publicar os resulta-
dos. Uma vez que os resultados são publicados, ele passa por um painel 
que avalia se a pesquisa foi realizada de maneira imparcial, uma vez que 
está bastante confiante na ausência de vieses, a pesquisa é publicada.
Existem algumas ressalvas nesse processo de pesquisa cien-
tífica. No processo de pesquisa científica acima mencionado, o pesqui-
sador faz o experimento para confirmar seu sentimento. Por exemplo, 
a descoberta de ondas gravitacionais era para confirmar se as ondas 
gravitacionais existem ou não. Esse tipo de confirmação do sentimen-
to é chamado de pesquisa de confirmação. Também existe outro ramo 
de pesquisa chamado pesquisa exploratória, que segue um processo de 
pesquisa científica diferente, mas, em vez de testar hipóteses, apenas 
mede as variáveis e tenta construir uma relação entre as variáveis. .......
Após a conclusão, o próximo passo é compartilhar os resultados com o 
resto da comunidade científica. Essa é uma parte importante do proces-
so, pois contribui para a base geral de conhecimento e pode ajudar outros 
cientistas a encontrar novos caminhos de pesquisa a serem explorados.
Etapa 5: Coleta de Dados
A coleta de dados compreende o conjunto de operações por 
meio das quais o modelo de análise é confrontado aos dados coletados. 
Ao longo dessa etapa, várias informações são, portanto, coletadas. Elas 
serão sistematicamente analisadas na etapa posterior. Conceber essa 
etapa de coleta de dados deve levar em conta três questões a serem 
respondidas: O que coletar? Com quem coletar? Como coletar? 
O que coletar? Os dados a serem coletados são aqueles úteis 
para testar as hipóteses. Eles são determinados pelas variáveis e pelos 
indicadores. Podemos chamá-los de dados pertinentes. 
Com quem coletar? Trata-se a seguir de recortar o campo das 
análises empíricas em um espaço geográfico e social, bem como num 
espaço de tempo. De acordo com o caso, o pesquisador poderá estudar 
a população total ou somente uma amostra representativa(quantitativa-
mente) ou ilustrativa (qualitativamente) dessa população. 
Como coletar? Esta terceira questão refere-se aos instrumen-
tos de coleta de dados, que comporta três operações: conceber um 
instrumento capaz de fornecer informações adequadas e necessárias 
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para testar as hipóteses; por exemplo, um questionário ou um roteiro de 
entrevistas ou de observações; testar o instrumento antes de utilizá-lo 
sistematicamente para se assegurar de seu grau de adequação e de 
precisão; colocá-lo sistematicamente em prática e proceder assim à co-
leta de dados pertinentes (Quivy & Campenhoudt, 1995, p. 209).
Etapa 6: Análise das Informações
Nessa etapa as informações coletadas e os resultados são 
observados para entender se correspondem aos resultados esperados 
pelas hipóteses ou questões de pesquisa. Normalmente a coleta de da-
dos traz novos elementos ou outras relações não cogitadas inicialmen-
te. Nesse contexto, os fatos não cogitados são interpretados e revistos 
para entender se é necessário refinar as hipóteses e, assim, propor e 
mostrar reflexões para pesquisas futuras.
No cenário em que o pesquisador opta pela análise de dados 
quantitativos ele deve executar três passos:
• Descrever os dados e apresentá-los (agregados ou não) sob 
a forma das variáveis requeridas pelas hipóteses.
• Mensurar as relações entre as variáveis, observando como 
essa relação foi prevista pelas hipóteses.
Comparar relações observadas com as relações teoricamente 
esperadas pelas hipóteses e verificar o distanciamento entre elas.
Se o distanciamento é nulo ou muito pequeno podemos con-
cluir que a hipótese está confirmada; caso contrário, verificar de onde 
vem o distanciamento e tirar as devidas conclusões.
Etapa 7: As Conclusões
De acordo com Quivy & Campenhoudt (1995, p. 247-53) pode-
mos dividir essa etapa em três partes:
• Apresentar as questões de pesquisa e as hipóteses. Apresen-
tar como foi feita a coleta de dados e o método utilizado. Comparar e co-
mentar os resultados esperados pela hipótese com os resultados obtidos.
• Mostrar no que o estudo descobriu sobre o objeto de estudo e 
o que pode ser descoberto a partir dos seus resultados.
• Mostrar o que você descobriu sobre a problemática, como fez 
o teste de hipótese e como fez e analisou os dados.
• Se possível, mostrar como o seu trabalho tem relação com 
a prática, em caso de estudos mais técnicos. Vale ressaltar que nem 
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sempre é possível fazer essa relação entre pesquisa e ação.
Comunicação e Publicação
Os cientistas comunicam os resultados da pesquisa por vá-
rios meios formais e informais. Antigamente, novas descobertas e inter-
pretações eram comunicadas por carta, reunião pessoal e publicação. 
Hoje, redes de computadores e máquinas de fax suportam. 
Parte inferior do formulário cartas e telefones complementados, 
facilitando a rápida troca de resultados. As reuniões científicas rotineira-
mente incluem sessões de pôsteres e conferências de imprensa, além de 
apresentações formais. Embora as publicações de pesquisa continuem 
documentando os resultados da pesquisa, o surgimento de publicações 
eletrônicas e outras tecnologias da informação anunciam mudanças.
Além disso, os incidentes de plágio, o crescente número de 
autores por artigo em campos selecionados e os métodos pelos quais 
as publicações são avaliadas na determinação de compromissos e pro-
moções aumentaram a preocupação com as tradições e práticas que 
orientaram a comunicação e publicação.
A publicação em periódicos, tradicionalmente um importante meio 
de compartilhar informações e perspectivas entre os cientistas, também 
é o principal meio de estabelecer um registro de realizações científicas. 
A avaliação das realizações de cientistas individuais geralmente envolve 
não apenas o número de artigos que resultaram de um esforço de pesqui-
sa selecionado, mas também os periódicos específicos em que os artigos 
apareceram. As datas de envio de periódicos geralmente são importantes 
para estabelecer reivindicações de prioridade e propriedade intelectual.
APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO
A ordem na qual as perguntas são apresentadas pode ser crucial 
para o sucesso da pesquisa. Não há regras estabelecidas, mas alguns cui-
dados devem ser tomados. Mattar (1994) recomenda: Iniciar o questionário 
com uma pergunta aberta e interessante (para deixar o respondente mais 
à vontade e assim ser mais espontâneo e sincero ao responder as pergun-
tas restantes). Iniciar com perguntas sobre a opinião do respondente pode 
fazer com que se sinta prestigiado e se torne disposto a colaborar.
O questionário, segundo Gil, pode ser definido “como a técni-
ca de investigação composta por um número mais ou menos elevado 
de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o 
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conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectati-
vas, situações vivenciadas etc” (1999, p.128).
 Assim, nas questões de cunho empírico, é o questionário uma 
técnica que servirá para coletar as informações da realidade, tanto do 
empreendimento quanto do mercado que o cerca, e que serão basilares. 
O mesmo autor supracitado (p. 128-129) apresenta as seguintes 
vantagens do questionário sobre as demais técnicas de coleta de dados:
a) possibilita atingir grande número de pessoas, mesmo que 
estejam dispersas numa área geográfica muito extensa, já que o ques-
tionário pode ser enviado pelo correio; 
b) implica menores gastos com pessoal, posto que o questio-
nário não exige o treinamento dos pesquisadores; 
c) garante o anonimato das respostas; 
d) permite que as pessoas o respondam quando julgarem mais 
conveniente; 
e) não expõe os pesquisadores à influência das opiniões e do 
aspecto pessoal do entrevistado.
Lado outro, ele aponta pontos negativos da técnica em análise: 
a) exclui as pessoas que não sabem ler e escrever, o que, em 
certas circunstâncias, conduz a graves deformações nos resultados da 
investigação; 
b) impede o auxílio ao informante quando este não entende 
corretamente as instruções ou perguntas; 
c) impede o conhecimento das circunstâncias em que foi respon-
dido, o que pode ser importante na avaliação da qualidade das respostas; 
d) não oferece a garantia de que a maioria das pessoas o de-
volvam devidamente preenchido, o que pode implicar a significativa di-
minuição da representatividade da amostra; 
e) envolve, geralmente, número relativamente pequeno de per-
guntas, porque é sabido que questionários muito extensos apresentam 
alta probabilidade de não serem respondidos;
 f) proporciona resultados bastante críticos em relação à objeti-
vidade, pois os itens podem ter significados diferentes para cada sujeito 
pesquisado.
ÉTICA NA PESQUISA
A pesquisa científica é elaborada e conduzida com base nos 
padrões profissionais da ciência e na fundação da confiança do público 
na comunidade científica que gera a relação entre a integridade cientí-
fica e a confiança da sociedade. Os pesquisadores têm a responsabili-
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dade específica de manter e aplicar a pesquisa científica e os padrões 
éticos de maneira a aderir principalmente a esses padrões e manter um 
ambiente de pesquisa positivo para o progresso contínuo da pesquisa. 
A integridade da pesquisa e a conduta ética têm sido ampla-
mente discutidas como questões importantes na comunidade científica. 
Esses fatores são entendidos como o uso de métodos honestos e veri-
ficáveis na proposição, execução e avaliação de pesquisas. A integrida-
de da pesquisa inclui a aderência a regras, regulamentos, diretrizes e 
códigos e normas aceitas (Steneck, 2018).

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