Homeopatia

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS 
PSEUDOCIÊNCIA: A HOMEOPATIA COMO MÉTODO ALTERNATIVO
SÃO PAULO 
2021
DIEGO NICOLAY, RA 202106240
JUNIA HELOISE SALLES, RA 202107991
LUANA GUIMARÃES, RA 202112445
NATHALIA VIANA, RA 202107544
PSEUDOCIÊNCIA: A HOMEOPATIA COMO MÉTODO ALTERNATIVO
Trabalho apresentado no curso de graduação
da Universidade São Francisco 
Orientadora: Lisandra Borges
BRAGANÇA PAULISTA
2021
SUMÁRIO
1. Pseudociência: a homeopatia como método alternativo……………………………………...4
2. O surgimento da homeopatia………………….4
3. Homeopatia na prática………………………...5
4. Mapa mental…………………………………..7
5. Referências……………………………….…..8
PSEUDOCIÊNCIA: A HOMEOPATIA COMO MÉTODO ALTERNATIVO
Conhecimento é incorporar um conceito novo, vem das experiências da vida cotidiana, onde o homem cria, transforma e aplica esse conhecimento. Existem alguns tipos de conhecimentos, como o conhecimento filosófico, religioso, senso comum, mítico, científico e pseudocientífico. O conhecimento científico se dá através da abstração da realidade, onde se tem um objeto de estudo que é analisado de forma sistematizada, objetiva e técnica e é divulgado para trazer benefícios para a população. Nesse sentido, a ciência é unificada e uniforme, permitindo que a área tenha mais credibilidade, pois é capaz de provar suas afirmações e se corrigir. Por outro lado, a pseudociência desenvolve um conhecimento que se diz baseado na ciência, mas não contempla os mesmos métodos sistemáticos da ciência, pois são produzidos a partir de observação e hipóteses sem passar pela experimentação e teoria, sendo assim, não podem ser repetidos e confirmados, porém são amplamente divulgados na sociedade.
O SURGIMENTO DA HOMEOPATIA
Podemos classificar alguns tipos de produção de conhecimento da pseudociência, como por exemplo a homeopatia, que é amplamente divulgada e possui muitos adeptos na sociedade, que geram debates sobre a veracidade das constatações científicas, e que surgiu com o médico alemão Christian Frederich Samuel Hahnemann, que se tornou insatisfeito com os resultados obtidos pela medicina tradicional, parou de clinicar, começou a trabalhar com traduções de livros médicos, e ao traduzir o livro Matéria Médica de William Cullen, se encantou pela ideia de uma nova forma de tratamento. Começou então a estudar a ideia de Hipócrates de cura pelos semelhantes, que consiste que uma substância que provoca sintomas em uma pessoa saudável, é capaz de curar esses sintomas em uma pessoa doente, portanto, Hipócrates tratava seus pacientes de forma abrangente e raramente se referia a doença de maneira isolada, e a partir daí, Christian voltou a trabalhar como médico, aplicando suas novas ideias nos seus pacientes e criando o marco inicial da homeopatia em 1796. 
A homeopatia foi reconhecida como uma ideia revolucionária após a morte de Hahnemann, Constantin Hering e James Tyler Kant, que se destacaram pela continuação dos estudos sobre homeopatia, no entanto, esses estudos continuaram com a mesma linguagem de Hahnemann, sendo considerados ultrapassados, e com as novas perspectivas científicas, ficou inviável a comprovação dessa teoria da medicina. Mas, apesar do preconceito, que se dá pela falta de informações esclarecedoras, as pesquisas vêm evoluindo e essa terapia vem cada vez mais tomando um cunho científico, e pode-se esperar daqui há algum tempo, uma maior compreensão dos benefícios e eficácia da homeopatia. 
No Brasil, Benoit-Jules Mure, também conhecido como Bento Mure, criou a Escola Homeopática no Rio de Janeiro em 1841. Mais tarde, em 1842, surge o Instituto Homeopático de Saí em Santa Catarina. Em 1844, foi criada a Escola Homeopática do Brasil, a qual, em 1847, é substituída pela Academia Médico-Homeopática do Brasil. Bento Mure, por receber diversas críticas, deixou o Brasil sete anos depois da sua chegada.
Em 1966, foi determinado a inclusão da Farmacotécnica Homeopática em todas as faculdades de Farmácia do Brasil. Em 1977, a Farmacopéia Homeopática Brasileira publicou a primeira edição oficial. Em 1980, o Conselho Federal de Medicina reconheceu oficialmente a homeopatia como especialidade médica, deixando, assim, de ser uma "terapia alternativa".
HOMEOPATIA NA PRÁTICA 
Vemos que a busca por métodos alternativos vem aumentando cada dia mais. A homeopatia, no meio popular, pode ser entendida como uma medicina holística que procura tratar o físico, o mental e o emocional do paciente, trazendo esse tratamento alternativo com a promessa de melhorar a qualidade de vida. Uma vez que o tratamento consiste em produtos naturais que não causam danos ao longo do tempo, a homeopatia acaba sendo vista como um complemento do tratamento que o paciente já iniciou, um coadjuvante.
Seja receitado como chás de ervas ou como comprimidos em manipulação de ervas, plantas e flores, o medicamento homeopático é utilizado tanto para completar os remédios convencionais com o intuito de intensificar sua ação, como em diminuir os efeitos colaterais no organismo do paciente. 
Sem entrar na questão de que a homeopatia possa ser um método eficaz, o seu uso mesmo que traga benefícios ao longo do tempo, ou também evitar malefícios, nos obriga a alertar sobre os perigos que a falta de informação pode provocar: a do paciente abandonar o tratamento com remédios e métodos convencionais comprovados cientificamente, alegando que encontrou na homeopatia, uma solução para suas enfermidades, acarretando assim, em sérios problemas de saúde com o risco de agravar ainda mais sua situação. Portanto a desinformação sobre o assunto e orientações inadequadas, pode levar ao erro e causar grande dano à saúde do indivíduo.
Assim como outros tratamentos terapêuticos, a homeopatia é constantemente pesquisada para apontar as evidências da sua funcionalidade, que ainda apresenta discussões e estudos para sua melhor compreensão. Com base no que a ciência estudou até hoje, a homeopatia é uma pseudociência justamente por não apresentar dados científicos de maneira que seja garantido um tratamento completo sem efeitos colaterais. 
A expectativa é que a homeopatia deixe de divergir com os conceitos terapêuticos alopáticos da medicina tradicional e passe a agrupar na ciência não apenas como um método eficaz de cura mas principalmente como um método preventivo de diversas enfermidades que são facilmente transmitidas na sociedade. A tendência é que os países que hoje utilizam da homeopatia como ciência, acabem aumentando seus estudos e experimentos atraindo assim, novos olhares da população mundial, dos médicos e dos cientistas fazendo com que novas pesquisas possam surgir a fim de assegurar que haja uma resposta: se a homeopatia tem potencial para se tornar uma ciência ou se permanecerá sendo uma pseudociência. 
REFERÊNCIAS
D’'Aversa, R. Há um limite entre a ciência e a pseudociência?. Filogênese, Vol. 3, nº 1, 2010. https://www.marilia.unesp.br/Home/RevistasEletronicas/FILOGENESE/RafaeldAversa34-43.pdf
Corrêa, A.D, Siqueira-Batista, R., Quintas L.E.M. Similia Similibus Curentur: notação histórica da medicina homeopática. Rev. Assoc. Med. Bras. 43 (4). Dez, 1997.
https://www.scielo.br/j/ramb/a/GhtnYy3bScPkDzMKn6dh4xF/?lang=pt