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MÓDULO 4 DIREITOS DA PESSOA IDOSA

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MÓDULO 4
Políticas públicas e a pessoa idosa
Capacitação a distância
Direitos da Pessoa Idosa
Realização Patrocínio
SECRETARIA NACIONAL DE
PROMOÇÃO E DEFESA DOS
DIREITOS DA PESSOA IDOSA
Apoio
 
 
Capacitação a Distância – Direitos da Pessoa Idosa 
 
 
MÓDULO 4 
Políticas públicas e a pessoa idosa 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright 2019: Instituto brasileiro de Administração Municipal – IBAM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha Catalográfica elaborada por Cinthia Pestana Viana CRB-7/6431 - Biblioteca do IBAM 
CENSO EXPERIMENTAL 2019 
I59 Instituto Brasileiro de Administração Municipal 
Capacitação a distância: direitos da pessoa idosa. / IBAM/SNPDDPI; [conteudistas] 
Louise Storni e Rosimere de Souza. [Colaboração: Ricardo Cesar Figueiredo de 
Moraes] – Rio de Janeiro: IBAM, 2019. 
 
 4 v. 
 
 Inclusão e Diversidade Humana; Modulo. 1 
 Princípios e marcos normativos dos direitos da pessoa idosa; Modulo. 2 
Acessibilidade e autonomia da pessoa idosa; Modulo 3 
Políticas públicas e a pessoa idosa; Modulo. 4 
 
 
 1. Idosos. Cuidado e tratamento. Manuais, guias, etc.. 2. Idosos. Estatuto 
legal, leis, etc.. Brasil. 3. Envelhecimento. Brasil. 4. Saúde pública. Brasil. I. Storni, 
Louise. II. Souza, Rosimere de III. Instituto Brasileiro de Administração Municipal. IV. 
Brasil. Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, V. 
Título. 
CDU 613.98 
 
 
 
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Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
 
República Federativa do Brasil 
Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa Idosa 
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos 
 
Presidente da República Jair Messias Bolsonaro 
Ministra de Estado da Mulher, da 
Família e dos Direitos Humanos 
 
Damares Alves 
Secretário Nacional de Promoção 
dos Direitos da Pessoa Idosa 
 
Antônio Costa 
Secretário Adjunto de Promoção 
dos Direitos da Pessoa Idosa 
 
Paulo Fernando Melo da Costa 
Coordenadora-Geral do Conselho 
Nacional dos Direitos do Idoso 
 
Eunice da Silva 
 
 
 
Instituto Brasileiro de Administração Municipal - IBAM 
Escola Nacional de Serviços Urbanos – ENSUR 
 
Superintendente Geral Paulo Timm 
Diretora da ENSUR Tereza Cristina B. Baratta 
Coordenação de Ensino Márcia Costa Alves da Silva 
Gestão Acadêmica Silvia Kelly Leão Silva de Freitas 
Administrativo e Financeiro 
 
Andréia Azevedo Silva 
Anderson da Silva e Silva 
Normalização Bibliográfica Cinthia Pestana 
 
 
 
Capacitação à Distância - Direitos da Pessoa Idosa 
 
Supervisão Técnica Tereza Cristina B. Baratta 
Coordenação Pedagógica Márcia Costa Alves da Silva 
Gestão Acadêmica 
 
Silvia Kelly Leão Silva de Freitas 
Colaboração: Andréia Azevedo Silva e 
Tito Ricardo de Almeida Tortori 
Profissional de TI Roberto da Silva Gonçalves 
Assistente Administrativa Selma Rodrigues de Lacerda Teixeira 
Comunicação Ewerton da Silva Antunes 
Conteudistas 
 
Louise Lima Storni Rocha 
Rosimere de Souza 
Colaboração: Ricardo Moraes 
 
 
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MÓDULO 4 
Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
 
 
 
 APRESENTAÇÃO 
Seja bem-vindo(a) ao Módulo 4! 
O envelhecimento da população e o aumento da longevidade têm sido objeto 
de debates em diversos países. Organismos internacionais como ONU, OMS e 
OEA recomendam que os países desenvolvam políticas que garantam um 
envelhecimento ativo, saudável e sustentável; promovam a inclusão social, 
cultural e econômica; fomentem a integração intergeracional e a participação 
dos idosos nos espaços de decisão. Sugerem ainda que sejam observadas as 
especificidades de mulheres e homens; as questões culturais, territoriais e 
étnicas; além da importância de se planejar ações que protejam a pessoa 
idosa de toda forma de violência e opressão. 
A Política Nacional do Idoso (1994), o Estatuto do Idoso (2003) e o Terceiro 
Programa Nacional de Direitos Humanos (2010) representam conquistas 
importantes no campo da proteção aos direitos da pessoa idosa, e, nos 
últimos anos, a temática da garantia de direitos desse grupo tem sido ponto 
central na agenda das políticas sociais no Brasil. 
Este módulo apresenta na primeira unidade, uma análise do contexto no qual 
estão inseridos os idosos, com a introdução de alguns indicadores 
socioeconômicos e institucionais que expressam as condições de vida da 
população no mundo e no Brasil e revelam as pressões exercidas sobre 
diversas áreas setoriais. 
A segunda unidade, aborda políticas públicas com ações voltadas ao idoso, à 
luz do que dispõe a normativa brasileira. Em cada política será apresentado o 
que dispõe a CF/88 e o Estatuto do Idoso, que orientam a estruturação das 
ações, bem como as responsabilidades dos municípios e as sugestões de 
iniciativas que podem ser implementadas. 
A terceira unidade, trata dos Conselhos de Direitos e seu papel no controle 
social da política de proteção à pessoa idosa. 
E a quarta e última unidade aborda os mecanismos e instrumentos de defesa 
de direitos da pessoa idosa, quando este são ameaçados ou violados. 
 
 
 
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Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
 OBJETIVO 
Ao final deste módulo, espera-se que você seja capaz de: 
 analisar o contexto no qual a população idosa se insere por meio de 
indicadores socioeconômicos e institucionais; 
 reconhecer que esses indicadores se revelam como pressões sobre 
diversas áreas setoriais; 
 identificar conjuntos de políticas públicas com ações voltadas ao idoso; 
 examinar o que dispõe a normativa nacional a respeito do tema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
 SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 3 
OBJETIVO ............................................................................................................ 4 
 
UNIDADE 1 - Indicadores de qualidade de vida e bem-estar ...............................6 
1.1. População residente no Brasil .................................................................. 10 
1.2. Longevidade e expectativa de vida .......................................................... 11 
1.3. Renda, participação, ocupação e desocupação ..................................... 12 
1.4. Segurança alimentar e carências de saúde ............................................ 13 
1.5. Segurança pessoal ..................................................................................... 14 
1.6. Aspectos urbanos ....................................................................................... 16 
 
UNIDADE 2 - Políticas públicas para as pessoas idosas ..................................... 17 
2.1. Saúde ........................................................................................................... 17 
2.2. Proteção e Assistência Social .................................................................... 23 
2.3. Educação ..................................................................................................... 29 
2.4. Trabalho....................................................................................................... 34 
2.5. Previdência social ....................................................................................... 35 
2.6. Cultura ......................................................................................................... 37 
2.7 Esporte .......................................................................................................... 38 
2.8. Lazer ............................................................................................................. 39 
2.9. Turismo ........................................................................................................ 40 
2.10. Política urbana: habitação e mobilidade .............................................. 43 
 
UNIDADE 3 - Conselhosdo Idoso .......................................................................... 51 
3.1. O que diz o Estatuto do Idoso sobre a participação em conselhos?... 51 
 
UNIDADE 4 - Defesa dos direitos e segurança dos idosos ................................. 53 
Conclusão ......................................................................................................... 56 
Referências ...................................................................................................... 57 
Lista de sites e redes sociais .......................................................................... 60 
 
 
 
 
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Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
 
UNIDADE 1 
Indicadores de qualidade de vida e bem-
estar 
 
Nesta unidade serão analisadas informações que mostram as condições 
sociais, econômicas, políticas e institucionais que incidem sobre toda a 
população e as políticas públicas no Brasil e no mundo. São abordadas em 
especial àquelas relacionadas ao processo de envelhecimento, a partir do 
exame de conjunto de indicadores sociais, econômicos e urbanos, tendo 
também como referência o que é definido como direito da pessoa idosa na 
legislação brasileira. 
Sobre os recortes e as dimensões da análise: 
Os dados serão apresentados em recortes e dimensões diferenciados. 
Iniciaremos com uma breve apresentação de dados sobre indicadores que 
medem a qualidade de vida entre os países amparada por informações do 
Relatório Global AgeWatch (2015), e do Índice de Desenvolvimento Humano 
(IDH). 
No contexto brasileiro, a análise das variáveis sociais, econômicas e 
institucionais será recortada segundo as Grandes Regiões (GRs), as Unidades 
da Federação (UFs), as Regiões Metropolitanas (RMs) e os Municípios, na 
medida do possível para os idosos. 
As fontes dos dados são as Pesquisas Nacionais por Amostragem Domiciliar 
(PNAD) dos anos de 2013, 2015 e 2017 e a Síntese de Indicadores Sociais – 
Uma análise das condições de vida da população brasileira de 2017. As 
variáveis atualizadas a partir dos dados da PNAD Contínua 2017 foram 
utilizadas com vistas a demonstrar uma realidade mais próxima do contexto 
atual. 
Esse olhar para os indicadores é indispensável para o planejamento de 
políticas de atenção ao idoso que levem em consideração as especificidades 
que caracterizam as populações e as regiões nas quais se intervém. 
Há indicadores cuja expressão numérica revela situações de significativa 
vulnerabilidade ou risco, cuja solução indica a necessidade de se elevar os 
padrões gerais da população, para além da pessoa idosa que certamente é 
mais impactada nessas circunstâncias. 
Como se pode observar na Figura 1, a população mundial de idosos 
representará mais de 20% em diversos países dos hemisférios sul e norte. 
 
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Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
 
Figura 1: Proporção da população com idade igual ou superior a 60 anos em 2015 e 
2050. 
Fonte: Índice da Global AgeWatch 2015: Sumário executivo. Síntese Global, p. 2 
No plano internacional, o Relatório Global AgeWatch, que analisa as condições 
de vida do idoso em aspectos como garantia de rendimento, estado de saúde, 
capacidade de trabalho e acessibilidade ambiental e elenca o Brasil em 56° 
lugar entre 96 nações avaliadas, atrás de países mais pobres como Bolívia, 
Equador e El Salvador. O estudo mostra um descompasso entre os avanços 
em termos de longevidade e atraso nas políticas públicas de atenção às 
pessoas mais velhas. 
Para ver os dados sobre envelhecimento, clique no ícone. 
Uma importante medida utilizada para avaliar e comparar os países no que diz 
respeito ao grau de desenvolvimento econômico e ao bem-estar ou à 
qualidade de vida oferecida à população é o Índice de Desenvolvimento 
Humano (IDH). O IDH que é obtido pela média geométrica dos três subíndices 
das dimensões que o compõem: longevidade, educação e renda. 
 
 
http://www.ensur.ibam.org.br/cursos/pluginfile.php/2980/mod_book/chapter/484/pdf_1_fig2.pdf
http://www.ensur.ibam.org.br/cursos/pluginfile.php/2980/mod_book/chapter/484/pdf_1_fig2.pdf�
 
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Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
Saiba mais! 
Sobre o cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 
No cálculo do IDH são computados os seguintes fatores: 
educação (anos médios de estudos), longevidade 
(expectativa de vida da população) e renda (Produto Interno 
Bruto per capita). 
A dimensão longevidade do IDH pondera a esperança de 
vida ao nascer, ou seja, o número médio de anos que as 
pessoas viveriam a partir do nascimento, mantidos os mesmos padrões de 
mortalidade observados em cada período. 
O IDH vai de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento 
humano total). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. 
Esse índice também é usado para apurar o desenvolvimento de cidades, 
estados e regiões. No Brasil, tem-se o Índice de Desenvolvimento Humano 
Municipal (IDHM), que segue as mesmas três dimensões do IDH Global, mas 
vai além porque adéqua a metodologia global ao contexto brasileiro e à 
disponibilidade de indicadores nacionais. Embora mensurem os mesmos 
fenômenos, os indicadores levados em conta no IDHM são mais adequados 
para avaliar o desenvolvimento dos municípios brasileiros. 
Segundo a Fundação João Pinheiro, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada 
(Ipea) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no 
período de 2016 a 2017, o IDHM no Brasil passou de 0,776 para 0,778. É o que 
revelam os dados do Radar IDHM. 
Esse crescimento se deve aos avanços em educação e longevidade, mas o 
encolhimento da renda do brasileiro puxou o índice para baixo. Além disso, as 
disparidades entre negros e brancos diminuíram, mas continuam altas, e as 
mulheres vivem mais e estudam mais que os homens, mas renda ainda é mais 
baixa (GRAVIA, 2019). 
Outro importante índice que aborda especificamente o tema do aumento dos 
anos de vida no Brasil, associado ao bem-estar e à qualidade de vida, é o 
Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL), desenvolvido pelo 
Instituto de Longevidade Mongeral Aegon em parceria com a Fundação Getulio 
Vargas (FGV), o qual identifica ambientes de vida mais amigáveis aos idosos, a 
partir de metodologia multidimensional e ponderada, referente a fatores de 
qualidade de vida em 498 cidades brasileiras. 
Segundo este índice, “o bem-estar gerado pelos ambientes pode mitigar a 
deterioração mais intensa da qualidade de vida, conforme se chega a idades 
mais avançadas” (IDL/FGV, 2017, p. 3) e os municípios têm um papel 
importante na implementação de ações que podem aumentar a qualidade de 
vida urbana, construindo um bom lugar para a população de idosos. 
“A literatura científica a respeito de bem-estar e felicidade estabelece que os 
ambientes físico e social podem promover ou deteriorar o estado de saúde 
das pessoas, a sua disposição para engajar-se em atividades, a sua 
produtividade e os seus propósitos de vida conforme envelhecem” (IDL/FGV, 
2017, p. 15). 
 
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Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
 
Pausa para refletir 
Você sabe o que significa qualidade de vida? Quais são 
os aspectos que configuram a qualidade de vida 
urbana? 
A figura a seguir apresenta critérios de análise da qualidade de vida utilizados 
por boa parte da literatura que discorre sobre o envelhecimento. Esses 
indicadores são aproveitados pelo Instituto de Desenvolvimento Urbano para 
a Longevidade para a composição do seu índice. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Adaptado de IDL/FGV. 
 
 
 
 
 
 
 
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MÓDULO 4 
Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
Saiba mais! 
Vale a pena conhecer o estudo realizado pelo Instituto de 
Longevidade Mongeral. Visite o site e conheça a 
metodologia de construção do Índice de Desenvolvimento 
Urbano para Longevidade. Veja como a sua cidade está no 
ranking do IDL, além de das suas melhores característicase 
o que precisa ser melhorado. Acesse: 
https://idl.institutomongeralaegon.org/ 
 
1.1. População residente no Brasil 
No ano de 2015 
contava-se um total 
de 204.860 milhões 
de pessoas 
residentes no país 
(IBGE, 2015), sendo 
que 70% da 
população brasileira 
vive nas regiões 
Sudeste e Nordeste 
do país, onde a 
população de idosos 
também se destaca 
em relação as demais (Norte, Centro Oeste e Sul). Nessas regiões realçam-se 
os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro (Sudeste) e 
Pernambuco, Ceará e Maranhão (Nordeste) com os maiores contingentes 
populacionais. 
As mulheres são maioria no país e também são mais da metade da população 
em quase todas as grandes regiões, exceto na região Norte. Nesta região 
quase todos os estados contam com população masculina maior do que a 
feminina. 
Esse dado de quantidade da população por sexo já indica a necessidade de se 
pensar as especificidades das demandas das mulheres em diversas áreas 
setoriais, em especial na velhice. 
Nos quesitos cor e sexo, revelam que os pretos e pardos predominam entre a 
população. Contudo, entre homens e mulheres acima dos 60 anos, nota-se um 
predomínio maior de brancos (IBGE, 2015). 
A escolaridade tem um peso importante sobre a velhice e no Brasil há um 
quantitativo significativo de idosos que possuem entre 4 a 8 anos de estudo 
(mais de um terço) e de analfabetos (quase um terço). 
Os idosos representam mais de 10% da população em nove (09) regiões 
metropolitanas onde estão os 20 municípios mais populosos do país (mais de 
500 mil habitantes), distinguindo-se as RMS do Rio de Janeiro, de Porto Alegre 
https://idl.institutomongeralaegon.org/
 
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Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
e de Recife. Esta informação remete a uma maior complexidade nesses 
territórios em termos de demandas por serviços públicos. 
Saiba mais! 
A PNAD 2015 abrangeu somente 9 (nove) das 73 regiões 
metropolitanas existentes no país: Região Metropolitana 
de Fortaleza, Região Metropolitana de Recife, Região 
Metropolitana de Salvador, Região Metropolitana de 
Belém, Região Metropolitana de Belo Horizonte, Região 
Metropolitana de São Paulo, Região Metropolitana do Rio 
de Janeiro, Região Metropolitana de Curitiba e Região Metropolitana de Porto 
Alegre. 
A região Centro Oeste não figura entre as demais porque não possui uma RM 
examinadas na citada PNAD. 
Deste universo da população brasileira, 10% está concentrada na região 
metropolitana de São Paulo, cuja população residente representa 47% da 
população do estado, 25% de toda a população da grande região Sudeste e 
10% de toda a população residente no país. Em seguida, desperta atenção a 
região metropolitana do Rio de Janeiro, cuja população representa 73% da 
população do estado e 14% em relação ao Sudeste. 
1.2. Longevidade e expectativa de vida 
No que diz respeito à longevidade, o número de pessoas com 60 anos ou mais 
no Brasil, somou 30,2 milhões no ano de 2017 (IBGE, 2017) e estima-se que o 
envelhecimento da população acelere de forma a superar o número de 
crianças e adolescentes de 0 a 14 anos até o ano de 2031 (COSTA, 2018). Isto 
significa que a longevidade, ou seja, a duração da vida aumentou, está mais 
longeva, mais duradoura, mais longa. 
Por outro lado, é importante salientar que a expectativa de vida do brasileiro 
ao nascer passou de 75,5 em 2015 para 75,8 em 2016. A população no Norte e 
no Nordeste vive menos do que a média nacional, chamando a atenção para 
os estados do Maranhão e do Piauí, com as menores expectativas de vida. E, 
entre as mulheres e os homens, elas vivem mais do que eles. 
Saiba mais! 
Entre as unidades da federação brasileira destacam-se, 
Santa Catarina que apresenta a maior expectativa de vida 
(79,1 anos), seguida do Espírito Santo (78,2 anos), Distrito 
Federal (78,1 anos), São Paulo (78,1 anos), Rio Grande do 
Sul (77,8 anos), Minas Gerais (77,2 anos), Paraná (77,1 anos) 
e Rio de Janeiro (76,2 anos); as únicas que possuem indicadores superiores à 
média nacional. Os estados com as menores expectativas de vida são o 
Maranhão (70,6 anos) e o Piauí (71,1 anos) (IBGE, 2017). Em Alagoas, Bahia e 
Sergipe as mulheres vivem mais 8 anos do que os homens. E nos estados de 
Santa Catarina, Espírito Santo, Distrito Federal, São Paulo, Rio Grande do Sul, 
Paraná e Minas Gerais a expectativa de vida das mulheres ultrapassou os 80 
anos. 
 
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MÓDULO 4 
Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
Quanto ao estado conjugal e natureza da união conjugal, os homens são a 
maioria quando se trata de união estável, casamento civil ou religioso. Esta 
informação é importante para se planejar os programas de seguridade social 
para ambos os sexos, bem como os programas sociais (IBGE, 2017). 
Para ver o infográfico sobre a população idosa no Brasil, clique no ícone: 
 
1.3. Renda, participação, ocupação e 
desocupação 
Os aspectos socioeconômicos sobre a população, em especial no caso de 
pessoas acima dos sessenta anos aqui analisados, compreendem variáveis 
relativas à razão de dependência demográfica, renda, participação, ocupação e 
desocupação, quantidade de aposentados e/ou pensionistas. 
Conceito de razão de dependência demográfica no Brasil 
A razão de dependência demográfica no Brasil significa o peso da população 
considerada inativa, ou economicamente dependente, entre 0 a 14 anos e a 
partir dos sessenta e cinco anos, sobre a população potencialmente e 
economicamente ativa, entre os 15 e os 64 anos de idade. Este dado 
pressupõe que jovens e idosos de uma população são dependentes 
economicamente dos demais. 
No Brasil, realça-se uma dependência econômica maior entre os jovens do que 
entre os idosos, respectivamente nas regiões Nordeste, na RM de Fortaleza e 
Sudeste, na RM do Rio de Janeiro. 
Quanto à renda, observa-se um expressivo número de idosos na pobreza, 
sobrevivendo com até um salário mínimo, ou seja, abaixo da linha da pobreza. 
Um levantamento realizado em todas as capitais pela Confederação Nacional 
de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 
no ano de 2018, revela que desde 2015 vem aumentando a participação dos 
idosos na economia doméstica, em especial dos homens (53%). Eles são os 
principais responsáveis pelo pagamento de contas e despesas da casa. 
Contudo, para mais da metade, o dinheiro da aposentadoria não é suficiente 
para pagar todas as despesas. Importante lembrar que a necessidade de apoio 
para a complementação da renda por meio de programas sociais também 
pode ser analisada a partir deste indicador. 
Quanto às variáveis participação, ocupação e desocupação, a pesquisa Síntese 
dos Indicadores Sociais (IBGE) aponta que em 2016 o nível de ocupação foi 
menor entre os mais jovens e entre os mais idosos no país. Os mais idosos, 
naturalmente, estão em maior proporção na condição de aposentados ou 
pensionistas, portanto, fora da força de trabalho, além de também sofrerem 
discriminação no mercado de trabalho. 
http://www.ensur.ibam.org.br/cursos/pluginfile.php/2980/mod_book/chapter/486/mod_4_infog_1.pdf
http://www.ensur.ibam.org.br/cursos/pluginfile.php/2980/mod_book/chapter/486/mod_4_infog_1.pdf�
 
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Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
 
Vídeo 
No vídeo A revolução da longevidade o médico 
gerontólogo Alexandre Kalache afirma que idosos não 
estão envelhecendo como os pais ou os avós de 
antigamente e que não vão ficar arrastando chinelo de 
pijama dentro de casa. 
Disponível em: 
https://fehoesp360.org.br/iepas/noticia/5452/a-revolucao-da-longevidade/ 
Veja os dados do infográfico Brasil: renda, participação e ocupação, 
aposentados e pensionistas. Clique no ícone: 
 
1.4. Segurança alimentar e carências de 
saúde 
A noção de segurança 
alimentar compreende o 
acesso regular e permanente 
a alimentos de qualidade, 
em quantidade suficiente, 
sem comprometer o acesso 
a outras necessidades 
essenciais. 
Neste tópico, trataremos de 
dois temas relacionadosentre si, a segurança e a 
insegurança alimentar entre a população residente por situação de domicílio, 
rendimento mensal percapita e as carências de pessoas com mais de 60, no 
que diz respeito à saúde. 
Entre a população residente no Brasil, no ano de 2013, a maioria dos idosos de 
ambos os sexos estavam em situação de segurança alimentar, sendo o 
quantitativo de brancos residentes em áreas urbanas mais expressivo do que 
os pretos, pardos e amarelos (IBGE, 2013). 
Entre os que estão em situação de insegurança alimentar, a maioria está entre 
as classes de rendimento mensal domiciliar per capita até 1/2 salário mínimo. 
A análise da PNAD sobre proporção concernida por carências de pessoas com 
mais de 60 anos de idade nos mostra que mais da metade considera o seu 
estado de saúde regular, ruim ou muito ruim. Outra carência na área da saúde 
é a inexistência de plano de saúde. Vale lembrar que os idosos no Brasil 
dependem exclusivamente dos serviços prestados no Sistema Único de Saúde 
(SUS). 
 
https://fehoesp360.org.br/iepas/noticia/5452/a-revolucao-da-longevidade/
https://www.mdh.gov.br/informacao-ao-cidadao/disque-100�
 
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Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
Saiba mais! 
O Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros 
(ELSI-Brasil) mostrou que 75,3% dos idosos brasileiros 
dependem exclusivamente dos serviços prestados no 
Sistema Único de Saúde (SUS), sendo que 83,1% realizaram 
pelo menos uma consulta médica nos últimos 12 meses do 
ano de 2018 (PENIDO, 2018). 
Identificou-se ainda que: 
 10,2% dos idosos foram hospitalizados uma ou mais vezes neste período. 
 40% dos idosos possuem uma doença crônica. 
 29,8% possuem duas ou mais doenças crônicas como diabetes, 
hipertensão ou artrite. 
 70% dos idosos sofrem alguma doença crônica. 
 30% dos idosos têm dificuldade para realizar atividades diárias. 
 As doenças crônicas são responsáveis por mais de 70% das mortes do 
país. 
Estudos apontam que é fundamental cuidar da saúde desde a infância para 
que a população tenha uma vida cada vez mais saudável e ativa. Isso significa 
voltar a adotar alguns hábitos, tais como ter alimentação saudável, praticar 
atividades físicas, inibir o consumo do álcool e do tabaco e, ainda para as 
pessoas com idade acima de 60 anos, oportunizar o diagnóstico de doenças de 
forma cada vez mais precoce. 
É importante que o profissional da saúde ponha sua atenção na necessidade 
dos idosos, a partir do diagnóstico de vulnerabilidades sociais, nível de 
independência e autonomia e estilo de vida, considerando alimentação, 
prática de exercícios e prevenção de quedas, hábitos de saúde e histórico 
clínico. 
Veja o infográfico sobre segurança alimentar e carências de saúde. Clique no 
ícone: 
 
1.5. Segurança pessoal 
Em relação às pessoas que sofreram alguma violência ou agressão, é maior a 
proporção de pessoas de 18 anos ou mais de idade que sofreu alguma 
violência ou agressão cometida por bandido, ladrão ou assaltante em 
comparação com a proporção de pessoas nas mesmas faixas de idade que 
sofreu alguma violência ou agressão de pessoa conhecida (pai, mãe, filho, 
cônjuge, parceiro, namorado, amigo, vizinho (IBGE, 2013). 
Entre os idosos acontece o mesmo, em especial na área urbana, das regiões 
Norte e na região Nordeste, salientando-se nesta última os estados de 
Alagoas, Ceará, Maranhão, Piauí e de Alagoas. 
 
 
https://www.mdh.gov.br/informacao-ao-cidadao/disque-100�
 
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pessoa idosa 
Fique atento! 
Se você souber de alguma situação de violência contra um 
idoso, Disque 100! 
Acesse o site do Ministério da Mulher, da Família e dos 
Direitos Humanos e veja mais informações sobre os 
serviços, bem como os dados estatísticos anuais: 
https://www.mdh.gov.br/informacao-ao-cidadao/disque-100. 
Nos levantamentos disponíveis, você poderá comparar os dados por ano, 
por mês e unidade da federação. Também poderá analisar as frequências 
das violações por tipo, caracterizadas como: abuso financeiro e econômico/ 
violência patrimonial; direito à memória e à verdade; discriminação; falta de 
acessibilidade ao meio físico (edificações ou veículos) etc. Você terá acesso a 
informações sobre o perfil das vítimas e dos suspeitos, a relação entre eles; 
entre os demandantes, ou seja, os que denunciam, e os locais mais 
frequentes nos quais são cometidas as violências contra a pessoa idosa. 
 
Fonte: https://www.mdh.gov.br/navegue-por-temas/pessoa-idosa 
Esse contexto indica a necessidade de ações de prevenção e proteção em 
relação à violência contra a pessoa idosa em articulação entre as diversas 
políticas públicas de atenção à saúde, assistência social, educação, segurança 
pública, entre outras. 
 
Vídeo 
Seguindo diretrizes do Plano Nacional de Combate à 
Violência Contra a Pessoa Idosa, o Ministério da Mulher, 
da Família e dos Direitos Humanos lançou a Campanha 
Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Pessoa 
Idosa, cujo marco é o dia 15 de junho. Assista ao vídeo: 
https://www.youtube.com/watch?time_continue=11&v=FSLOPdxLh1A 
Observe o infográfico sobre Segurança Pessoal e o contato do Disque 
Denúncia. Clique no ícone: 
https://www.mdh.gov.br/informacao-ao-cidadao/disque-100
http://www.ensur.ibam.org.br/cursos/pluginfile.php/2980/mod_book/chapter/490/mod_4_infog_5.pdf�
 
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MÓDULO 4 
Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
1.6. Aspectos urbanos 
Em aspectos urbanos serão analisados, por região metropolitana, indicadores 
que revelam as condições gerais dos domicílios e as regiões que mais 
precisam de melhorias nos serviços urbanos. Os aspectos examinados 
informados pela PNAD 2015 dizem respeito à taxa de urbanização, à 
proporção de domicílios particulares permanentes com acesso a banheiro ou 
sanitário, ao abastecimento por rede geral de água, ao esgotamento sanitário 
por rede coletora, ao serviço de coleta de lixo (direta ou indireta) e à 
iluminação elétrica. 
Em todas as RMs, a taxa de urbanização é maior do que 90%. O processo de 
urbanização não é simétrico no Brasil, tampouco dentro de uma mesma 
região ou unidade da federação. O planejamento deste processo também nem 
sempre acontece, ainda que existam exigências em relação à elaboração dos 
planos diretores e planos setoriais relacionados à política urbana. Há que se 
ter atenção também à organização dos serviços nos territórios, os quais não 
raro se concentram nas capitais e nos grandes centros urbanos. Nesses casos, 
a insuficiência, ineficácia ou inexistência de formas de mobilidade urbana 
pode dificultar o acesso das pessoas idosas a esses serviços. 
Ao analisar os dados, observa-se uma boa cobertura de domicílios particulares 
permanentes com banheiro ou sanitário de uso exclusivo dos moradores, 
abastecidos por rede geral de água, esgotamento sanitário por rede coletora, 
serviço de coleta de lixo (direta ou indireta), abastecimento de água e 
iluminação elétrica, sendo as Regiões Sudeste e Sul as que apresentam as 
melhores condições, e as regiões Norte e Nordeste, as mais precárias. 
Veja o infográfico Brasil - aspectos urbanos. Clique no ícone: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.ensur.ibam.org.br/cursos/pluginfile.php/2980/mod_book/chapter/490/mod_4_infog_5.pdf
http://www.ensur.ibam.org.br/cursos/pluginfile.php/2980/mod_book/chapter/490/mod_4_infog_5.pdf�
 
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MÓDULO 4 
Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
UNIDADE 2 
Políticas públicas para as pessoas idosas 
Serão tratadas, nesta unidade, as políticas que podem ser acessados para 
atender às demandas da população em relação às questões mensuradas 
anteriormente, tendo como fonte a CF/1988 e documentos diversos, como 
cartilhas sobre os direitos do idoso, os Planos Nacionais, Estaduais e 
Municipais temáticos ou direcionados para o idoso. 
As políticas de seguridade social e proteção social são aquelas que garantem 
salvaguardas importantes para a sobrevivência da população representando aproteção social do estado. Elas se somam às demais reconhecidas como 
direitos sociais, descritas no artigo 6° da CF/1988. 
O Estatuto do Idoso, estabelece em seu art. 3º que deve ser assegurado ao 
idoso, entre outros, o direito à cultura, ao esporte e ao lazer, tais políticas 
públicas serão aqui abordadas pela sua intersetorialidade nos processos de 
operacionalização na oferta dos serviços. 
 
2.1. Saúde 
A saúde é uma das políticas de seguridade social reconhecida pela 
Constituição Federal de 1988, ao lado das políticas de previdência social e de 
assistência social, constituindo assim as bases de uma política de proteção 
social não contributiva. É direito de todos e dever do Estado. 
O Sistema Único de Saúde (SUS), por onde os serviços se organizam, é um 
modelo de prestação de serviços e ações de saúde em âmbito nacional, com 
concepção unificada, organizado de forma regionalizada e hierarquizada. 
O Sistema também abrange as ações de vigilância sanitária, fiscalização e 
controle das substâncias e produtos de interesse para a saúde, produção de 
medicamentos e de equipamentos, formação de recursos humanos na área de 
saúde, incremento ao desenvolvimento científico e tecnológico, colaboração 
na proteção ao meio ambiente e na formulação da política e execução das 
ações de saneamento básico. 
Por meio do SUS, todos os cidadãos têm direito a consultas, exames, 
internações e tratamentos nas Unidades de Saúde a ele vinculadas, em todas 
as esferas – municipal, estadual e federal –, sejam públicas ou privadas. 
Veja os três níveis de atenção da estrutura do SUS e sua definição: 
 
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MÓDULO 4 
Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
 
 
A saúde na Constituição Federal de 1988 
Ao consolidar as demandas na área da saúde, a Constituição de 1988 definiu: 
 A saúde é direito de todos (Art. 6°). 
 É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e 
garantia das pessoas portadoras de deficiência (Art. 23). 
 Compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre previdência social, proteção e defesa da 
saúde (Art. 24). 
 Compete aos Municípios, com a cooperação técnica e financeira da 
União e do Estado, prestar serviços de atendimento à saúde da 
população (Art. 30). 
 A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante 
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de 
doenças e de outros agravos, ao acesso universal igualitário às ações e 
aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação (Art. 196). 
 São de relevância pública as ações e os serviços de saúde, cabendo ao 
poder público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, 
sua fiscalização e seu controle, devendo sua execução ser feita 
diretamente ou através de terceiros e, também por pessoa física ou 
jurídica de direito privado (Art. 197). 
 
As ações públicas na área da saúde 
A Lei Orgânica da Saúde (Lei n°. 8.080/1990) é o instrumento que regula, em 
todo território nacional, as ações e os serviços de saúde e dispõe sobre as 
atribuições comuns às distintas esferas. 
 
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MÓDULO 4 
Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
 
Saiba mais! 
 A Lei Orgânica da Saúde (Lei n°. 8.080/1990) define as 
seguintes competências para o município: 
 Planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e 
os serviços de saúde e gerir e executar os serviços 
públicos de saúde. 
 Participar do planejamento, programação e organização da rede 
regionalizada e hierarquizada do Sistema Único de Saúde (SUS), em 
articulação com sua direção estadual. 
 Participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às 
condições e aos ambientes de trabalho. 
 Executar serviços: a) de vigilância epidemiológica; b) vigilância 
sanitária; c) de alimentação e nutrição; d) de saneamento básico; e) 
de saúde do trabalhador. 
 Dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e 
equipamentos para a saúde. 
 Colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que 
tenham repercussão sobre a saúde humana e atuar, junto aos órgãos 
municipais, estaduais e federais competentes, para controlá-las. 
 Formar consórcios administrativos intermunicipais. 
 Gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros. 
 Colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância 
sanitária de portos, aeroportos e fronteiras. 
 Celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras de 
serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua 
execução. 
 Controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de 
saúde. 
 Normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de 
saúde no seu âmbito de atuação. 
Essa política pública conta ainda com a presença da instância do Conselho de 
Saúde, a quem compete formular políticas nessa área, convocando e 
organizando as conferências e monitorando e fiscalizando as ações no 
sistema. 
O envelhecimento populacional vem acompanhado de problemas de saúde 
que desafiam os sistemas setoriais nesse campo e a previdência social. 
Envelhecer não significa necessariamente adoecer. A menos que exista doença 
associada, o envelhecimento poderá estar associado a uma vida saudável. 
Adicionam-se a essa condição de saúde, fatores externos que podem agravar 
casos já vulneráveis, devido a mudanças socioecológicas nos padrões de vida e 
atividade física dos indivíduos, como aumento dos níveis de sedentarismo, 
consumo de tabaco e álcool, urbanização, degradação do meio ambiente, 
 
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MÓDULO 4 
Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
conflitos agrários, mudança de hábitos alimentares, falta de acesso a 
saneamento básico e serviços fundamentais de saúde. 
Mas como se observa em boa parte das cidades, os sistemas de saúde 
municipais não estão estruturados para atender com qualidade a população 
como um todo, tampouco as demandas dos idosos. 
É importante que o profissional da saúde dê atenção às necessidades dos 
idosos a partir do diagnóstico de vulnerabilidades sociais, nível de 
independência e autonomia e estilo de vida, considerando alimentação, 
prática de exercícios e prevenção de quedas, hábitos de saúde e histórico 
clínico. 
O Ministério da Saúde tem desenvolvido ações no sentido constituir uma linha 
de cuidados específicos para preparar o sistema público de saúde para as 
causas que geram maior vulnerabilidade dos idosos, a partir de um olhar mais 
humanizado (FRASÃO, 2017). 
Foi elaborado um documento com orientações técnicas direcionadas para 
gestores municipais e estaduais sobre procedimentos a serem adotados na 
construção e implementação dessa linha de cuidado da pessoa idosa. Espera-
se que esse conjunto de orientações auxilie a organização da Rede de Atenção 
à Saúde, a qualificação do acolhimento, a prevenção de internações 
desnecessárias, a preservação da capacidade funcional do paciente, como 
também identificação precoce e monitoramento, controle e rastreio dos casos 
de doenças crônicas (hipertensão e diabetes) e de doenças e agravos, como 
depressão, demência e quedas. 
 
Saiba mais 
Conheça o documento Orientações Técnicas para a 
Implementação de Linha de Cuidado para Atenção Integral 
à Saúde da Pessoa Idosa no Sistema Único de Saúde. 
Acesse: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_a
tencao_pessoa_idosa.pdf. 
Outra estratégia que vale a pena conhecer é a Caderneta de Saúde da 
Pessoa Idosa, cujas informações devem ser inseridas em um prontuário 
eletrônico. 
Acesse: 
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/27/CADERN
ETA-PESSOA-IDOSA-2017-Capa-miolo.pdf. 
 
 
 
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_atencao_pessoa_idosa.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_atencao_pessoa_idosa.pdf
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/27/CADERNETA-PESSOA-IDOSA-2017-Capa-miolo.pdf
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/27/CADERNETA-PESSOA-IDOSA-2017-Capa-miolo.pdfPágina | 21 
MÓDULO 4 
Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
Dicas 
O aplicativo Saúde da Pessoa Idosa é outra importante 
ferramenta que pode ser utilizada se você for um 
profissional da área de saúde. Acesse o site e conheça: 
https://www.unasus.gov.br/noticia/una-sus-e-
minist%C3%A9rio-da-sa%C3%BAde-lan%C3%A7am-
aplicativo-sa%C3%BAde-da-pessoa-idosa. 
 
O que diz o Estatuto do Idoso sobre o 
direito à saúde? 
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do 
Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, 
em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, 
promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às 
doenças que afetam preferencialmente os idosos. 
§ 3o É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde pela 
cobrança de valores diferenciados em razão da idade. 
§ 4o Os idosos portadores de deficiência ou com limitação 
incapacitante terão atendimento especializado, nos termos da lei. 
§ 6o É assegurado ao idoso enfermo o atendimento domiciliar pela 
perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, pelo 
serviço público de saúde ou pelo serviço privado de saúde, contratado 
ou conveniado, que integre o Sistema Único de Saúde - SUS, para 
expedição do laudo de saúde necessário ao exercício de seus direitos 
sociais e de isenção tributária. (Incluído pela Lei nº 12.896, de 2013) 
§ 7º Em todo atendimento de saúde, os maiores de oitenta anos terão 
preferência especial sobre os demais idosos, exceto em caso de 
emergência. (Incluído pela Lei nº 13.466, de 2017). 
Art. 16. Ao idoso internado ou em observação é assegurado o direito a 
acompanhante, devendo o órgão de saúde proporcionar as condições 
adequadas para a sua permanência em tempo integral, segundo o critério 
médico. 
Parágrafo único. Caberá ao profissional de saúde responsável pelo 
tratamento conceder autorização para o acompanhamento do idoso 
ou, no caso de impossibilidade, justificá-la por escrito. 
Art. 19. § 1o Para os efeitos desta Lei, considera-se violência contra o idoso 
qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que lhe cause 
morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico (Incluído pela Lei nº 12.461, de 
2011). 
 
https://www.unasus.gov.br/noticia/una-sus-e-minist%C3%A9rio-da-sa%C3%BAde-lan%C3%A7am-aplicativo-sa%C3%BAde-da-pessoa-idosa
https://www.unasus.gov.br/noticia/una-sus-e-minist%C3%A9rio-da-sa%C3%BAde-lan%C3%A7am-aplicativo-sa%C3%BAde-da-pessoa-idosa
https://www.unasus.gov.br/noticia/una-sus-e-minist%C3%A9rio-da-sa%C3%BAde-lan%C3%A7am-aplicativo-sa%C3%BAde-da-pessoa-idosa
 
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MÓDULO 4 
Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
Propostas de ações para a área da saúde 
 Expandir e consolidar programas de serviços básicos de saúde e de 
atendimento domiciliar para a população de baixa renda, com 
enfoque na prevenção e diagnóstico prévio de doenças e deficiências. 
 Implementar programas para prevenir a violência contra idosos. 
 Garantir a atenção integral à saúde dos idosos. 
 Reformular o marco regulatório dos planos de saúde, de modo a 
diminuir os custos para a pessoa idosa e fortalecer o pacto 
intergeracional, estimulando a adoção de medidas de capitalização 
para gastos futuros pelos planos de saúde. 
 Fiscalizar os centros de atendimento a idosos. 
 Realizar cadastramento da população idosa em base territorial. 
 Prestar atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios. 
 Estruturar unidades geriátricas de referência, com pessoal 
especializado nas áreas de geriatria e gerontologia social. 
 Prestar atendimento domiciliar, incluindo a internação, aos idosos 
que estejam impossibilitados de se locomover, inclusive para aqueles 
abrigados e acolhidos por instituições públicas, filantrópicas ou sem 
fins lucrativos, nos meios urbano e rural. 
 Realizar a reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, para 
redução das sequelas decorrentes do agravo da saúde. 
 Fornecer aos idosos, gratuitamente, medicamentos, especialmente os 
de uso continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos 
relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação. 
 Promover treinamento e a capacitação dos profissionais, assim como 
orientação a cuidadores familiares e grupos de autoajuda. 
 Realizar notificação compulsória à autoridade sanitária, por parte dos 
profissionais e serviço de saúde e públicos e privados, sobre os casos 
de suspeita ou confirmação de violência praticada contra idosos. 
 Encaminhar para a autoridade policial; o Ministério Público; o 
Conselho Municipal do Idoso; o Conselho Estadual do Idoso e; o 
Conselho Nacional do Idoso os casos de suspeita ou confirmação de 
violência praticada contra idosos. 
Como acessar os serviços? 
Aqueles que precisam de atendimento de saúde devem procurar os postos 
de saúde ou hospitais mais próximos de sua casa para obter informações. 
Caso não consigam ser atendidos e tenham sido violados em seus direitos, 
devem procurar a Defensoria Pública ou o Ministério Público do seu estado. 
Por vezes, em cidades de menor porte esses órgãos funcionam nos fóruns. 
Gestores devem procurar informações sobre programas que atendam aos 
municípios junto ao site do Ministério da Saúde. 
 
 
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MÓDULO 4 
Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
Saiba mais! 
Outra boa fonte de informação sobre recursos 
direcionados para as políticas públicas nas diversas áreas 
setoriais é a Plataforma + Brasil, sistema único on-line 
de âmbito nacional com potencial para integrar outros 
sistemas (módulos) para operacionalização de várias 
modalidades de transferências de recursos da União. 
Acesse: http://plataformamaisbrasil.gov.br/. 
2.2. Proteção e Assistência Social 
Desde a CF/1988, a assistência social é alçada à condição de política pública. 
Em direção ao seu processo de institucionalização, as diversas ações e 
iniciativas de atendimento à população vão gradativamente deixando de ser 
meramente voluntárias e de caráter caritativo, benevolente e passam a ser 
operadas sob a estrutura de política pública de Estado, com recursos públicos. 
 
Saiba mais! 
A política de assistência social na CF 1988 
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela 
necessitar, independentemente de contribuição à 
seguridade social, e tem por objetivos: I - a proteção à 
família, à maternidade, à infância, à adolescência e à 
velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; IV - a habilitação e 
reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua 
integração à vida comunitária; V - a garantia de um salário mínimo de 
benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que 
comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la 
provida por sua família, conforme dispuser a lei. 
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão 
realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, previstos no 
art. 195, além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes 
diretrizes: I - descentralização político-administrativa, cabendo a 
coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e a 
execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem 
como a entidades beneficentes e de assistência social; II - participação da 
população, por meio de organizações representativas, na formulação das 
políticas e no controle das ações em todos os níveis. 
 
A Lei Orgânica da Assistência Social (Lei n° 8.742/1993) regulamentou o artigo 
203 e 204 da CF/1988 e tornou a assistência social um dever do Estado e um 
direito de cidadania, sem necessidade de contribuição prévia. 
http://plataformamaisbrasil.gov.br/
 
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MÓDULO 4 
Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
As formas como são ofertados os serviços e programas socioassistenciais e os 
benefícios estão definidas por meio do Sistema Único deAssistência Social 
(SUAS). O SUAS funciona em articulação com as outras políticas setoriais, o que 
é fundamental para lidar com os aspectos multidimensionais do 
envelhecimento. 
Por meio dos seus serviços, programas e projetos, a assistência social tem por 
finalidade garantir as seguranças socioassistenciais de: acolhida; convívio ou 
vivência familiar, comunitária e social; renda; desenvolvimento de autonomia e 
apoio e auxílio: 
 
Saiba mais! 
Seguranças socioassistenciais 
I - Acolhida: Serviços e espaços de curta, média e longa 
permanência que contenham: a) condições de recepção; 
b) escuta profissional qualificada; c) repasse de 
informações e orientações; d) estabelecimento de 
referência e contra referência; e) concessão de benefícios; 
f) aquisições materiais, econômicas, políticas, culturais e sociais; g) 
abordagem em territórios de maior vulnerabilidade e de incidência de 
situações de risco; 
II - Convívio ou vivência familiar, comunitária e social: Oferta de serviços que 
garantam oportunidades e ação profissional para: a) a construção, 
restauração e o fortalecimento de laços de pertencimento, de natureza 
geracional, intergeracional, familiar, de vizinhança e interesses comuns e 
societários; b) o exercício capacitador e qualificador de vínculos sociais e de 
projetos pessoais e sociais de vida em sociedade. 
III - Renda: Concessão de auxílios financeiros e da concessão de benefícios 
continuados, nos termos da lei, para cidadãos não incluídos no sistema 
contributivo de proteção social, que apresentem vulnerabilidades 
decorrentes do ciclo de vida e/ou incapacidade para a vida independente e 
para o trabalho; 
IV - Desenvolvimento de autonomia: Exige ações profissionais e sociais para: a) 
o desenvolvimento de capacidades e habilidades para o exercício do 
protagonismo, da cidadania; b) a conquista de melhores graus de liberdade, 
respeito à dignidade humana, protagonismo e certeza de proteção social 
para o cidadão e a cidadã, a família e a sociedade; c) conquista de maior 
grau de independência pessoal e qualidade, nos laços sociais, para os 
cidadãos e as cidadãs sob contingências e vicissitudes. 
V - Apoio e auxílio: Quando sob riscos circunstanciais, exige a oferta de 
auxílios em bens materiais e em pecúnia, em caráter transitório, 
denominados de benefícios eventuais para as famílias, seus membros e 
indivíduos. 
 
O SUAS organiza a rede de atendimento e a oferta dos serviços 
socioassistenciais, programas e projetos e benefícios em dois níveis de 
 
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MÓDULO 4 
Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
proteção, por meio dos Centros de Atendimento de Assistência Social (CRAS) e 
dos Centros de Atendimento Especializados de Assistência Social (CREAS). 
Os municípios são coparticipantes na implementação do Sistema Único de 
Assistência Social (SUAS). A Lei Orgânica de Assistência Social de 1993 dispõe 
sobre as suas competências na gestão do sistema em diversos aspectos. 
Uma das principais ações direcionadas para os idosos existentes hoje no Brasil 
é a Estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa (instituído pelo decreto Nº 9.328, 
de 3 de abril de 2018), que envolve a atuação integrada do governo federal 
junto aos estados, aos municípios e ao Distrito Federal, mais os conselhos de 
direitos e os idosos, para ofertar ambientes e serviços mais amigáveis aos 
idosos nas políticas de assistência social, de saúde, de desenvolvimento 
urbano, de direitos humanos, de educação e de comunicação. 
 
Fonte: http://mds.gov.br/assuntos/brasil-amigo-da-pessoa-idosa 
 
A Estratégia, sob a coordenação do Ministério da Cidadania, conta com o apoio 
do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), da 
Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da 
Saúde (OMS). 
Com foco nos idosos inscritos no Cadastro Único dos Programas Sociais, a 
Estratégia prepara os municípios para desenvolverem políticas públicas que 
garantam melhor qualidade de vida para a população idosa com 
envelhecimento ativo e saudável, notadamente nas áreas de saúde, 
mobilidade urbana, segurança, inclusão digital. 
http://mds.gov.br/assuntos/brasil-amigo-da-pessoa-idosa
 
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MÓDULO 4 
Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
Fonte: http://mds.gov.br/assuntos/brasil-amigo-da-pessoa-idosa/dimensoes 
 
Saiba mais! 
Conheça mais sobre o Estratégia Brasil Amigo da Pessoa 
Idosa no site do Ministério da Cidadania. Acesse: 
http://mds.gov.br/assuntos/brasil-amigo-da-pessoa-idosa/ 
No site existem guias elaborados especialmente para 
orientar os estados e municípios que participam da iniciativa 
a percorrerem os passos necessários à sua implementação. 
 
Vídeo 
 
Assista ao vídeo sobre a Estratégia Brasil Amigo da Pessoa 
Idosa: https://www.youtube.com/watch?v=SrI6F6VMVtA/ 
 
O que diz o Estatuto do Idoso sobre o 
direito à assistência social? 
O idoso pode exigir na Justiça o direito de visitar os netos, pois lhe é 
assegurado o convívio familiar. 
Para garantir seus direitos ou para se defender em um processo, o idoso pode 
procurar um advogado ou, caso não tenha condições financeiras, a Defensoria 
Pública. 
http://mds.gov.br/assuntos/brasil-amigo-da-pessoa-idosa/dimensoes
http://mds.gov.br/assuntos/brasil-amigo-da-pessoa-idosa/
https://www.youtube.com/watch?v=SrI6F6VMVtA/
 
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MÓDULO 4 
Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
O idoso pode requerer à autoridade judiciária o afastamento de casa daquele 
familiar que o agride. 
É garantida ao idoso prioridade de acesso à rede de serviços de saúde e de 
assistência social locais. 
Art. 33. A assistência social aos idosos será prestada, de forma articulada, 
conforme os princípios e diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência 
Social, na Política Nacional do Idoso, no Sistema Único de Saúde e demais 
normas pertinentes. 
Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam 
meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é 
assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei 
Orgânica da Assistência Social – LOAS. (Vide Decreto nº 6.214, de 2007). 
Art. 35. Todas as entidades de longa permanência, ou casa-lar, são obrigadas a 
firmar contrato de prestação de serviços com a pessoa idosa abrigada. 
§ 1o No caso de entidades filantrópicas, ou casa-lar, é facultada a 
cobrança de participação do idoso no custeio da entidade. 
§ 2o O Conselho Municipal do Idoso ou o Conselho Municipal da 
Assistência Social estabelecerá a forma de participação prevista no § 
1o, que não poderá exceder a 70% (setenta por cento) de qualquer 
benefício previdenciário ou de assistência social percebido pelo idoso. 
Art. 36. O acolhimento de idosos em situação de risco social, por adultos ou 
núcleo familiar, caracteriza a dependência econômica, para os efeitos legais. 
(Vigência) 
Art. 48. Parágrafo único. As entidades governamentais e não governamentais 
de assistência ao idoso ficam sujeitas à inscrição de seus programas, junto ao 
órgão competente da Vigilância Sanitária e Conselho Municipal da Pessoa 
Idosa, e em sua falta, junto ao Conselho Estadual ou Nacional da Pessoa Idosa, 
especificando os regimes de atendimento, observados os seguintes requisitos: 
I – oferecer instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, 
higiene, salubridade e segurança; II – apresentar objetivos estatutários e plano 
de trabalho compatíveis com os princípios desta Lei; III – estar regularmente 
constituída; IV – demonstrar a idoneidade de seus dirigentes. 
 
Propostas de ações para a área da saúde 
 Apoiar a criação de centros de convivência de idosos. 
 Desenvolver ações de valorização e socialização da pessoa idosa. 
 Criar, fortalecer e descentralizar programas de assistência aos 
idosos, contribuindo para sua integração à família e à sociedade e o 
seu atendimento no seu próprio ambiente. 
 Realizar a busca ativa para garantir o direito do idoso em situação 
de vulnerabilidade ao Benefício da PrestaçãoContinuada (BPC). 
 Realizar diagnóstico territorial que contemple o protagonismo e a 
participação da população idosa, no levantamento e avaliação de 
informações sobre a gestão das ações, dos programas, dos 
benefícios e dos serviços ofertados à este segmento. 
 
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MÓDULO 4 
Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
 Elaborar plano que contemple as ações a serem executadas pelos 
Municípios para a população idosa. 
 Realizar ações de avaliação e o monitoramento. 
 Reconhecer as políticas públicas, programas, ações, serviços ou 
benefícios, implementados pelos Municípios, que promovam o 
envelhecimento ativo, saudável, cidadão e sustentável da 
população idosa, por meio da concessão de certificados, selos ou 
congêneres. 
 Fomentar programas de voluntariado de pessoas idosas, 
valorizando e reconhecendo sua contribuição para o 
desenvolvimento e bem-estar da comunidade. 
 Realizar capacitações presenciais sobre atenção ao idoso de 
servidores e lideranças comunitárias nos Municípios. 
 Instituir o Conselho Municipal de Direitos da Pessoa Idosa ou, 
quando já instituído, mantê-lo ativo, de forma a garantir as 
condições para o exercício de suas competências legais. 
 Firmar parcerias com órgãos e entidades públicas ou privadas para 
a implementação de ações voltadas para o idoso. 
 Adotar medidas para estimular o atendimento prioritário às 
pessoas idosas nas instituições públicas e privadas. 
 Desenvolver política de humanização do atendimento ao idoso, 
principalmente em instituições de longa permanência. 
 Realizar a fiscalização e o controle social dos centros de 
atendimento a idosos. 
 Prover sustento ao idoso ou seus familiares caso não possuam 
condições econômicas de prover o seu sustento. 
 Prestar o Serviço de Acolhimento Institucional, nas seguintes 
modalidades: abrigo institucional; Casa-Lar; Casa de Passagem e; 
Residência Inclusiva. 
Como acessar os serviços? 
Aqueles que precisam de alguma assistência de acolhida, renda, apoio ou 
auxílio para famílias, crianças, idosos, deficientes, seja residente em área 
urbana ou rural, devem procurar os Centros de Referência de Assistência 
Social (CRAS) ou os Centros de Referência Especializadas de Assistência Social 
(CREAS) de suas cidades ou da cidade mais próxima de sua casa. 
Caso não consigam ser atendidos e tenham sido violados em seus direitos, 
devem procurar a Defensoria Pública ou o Ministério Público do seu estado. 
Por vezes, em cidades de menor porte, esses órgãos funcionam nos fóruns. 
Hoje em dia é fácil encontrar os telefones de contato CRAS e CREAS nos sites 
das prefeituras municipais, do governo do estado ou mesmo do Ministério 
da Cidadania. 
Gestores devem procurar informações sobre programas que atendam aos 
municípios junto ao site do Ministério da Cidadania – http://mds.gov.br/ – e 
mesmo do governo do estado. 
http://mds.gov.br/
 
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MÓDULO 4 
Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
2.3. Educação 
A educação é um direito de todos e um dever do Estado, uma política 
inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, de 
valorização profissional, da gestão democrática do ensino público. 
Saiba mais! 
A CF/1988 define as diretrizes para a efetivação da 
educação pelo Estado nos seguintes aspectos: 
O Ensino Fundamental é obrigatório e gratuito, inclusive 
para os que a ele não tiveram acesso na idade própria, ou 
seja, também à pessoa idosa. 
O Ensino Médio também é gratuito. 
O atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência deverá 
ser prestado preferencialmente na rede regular de ensino. 
O direito à educação básica estende-se como o atendimento em creche e 
pré-escola até os seis anos de idade. 
O direito de acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da 
criação artística segundo a capacidade de cada um. 
O direito de ensino regular noturno. 
 
A educação, tal como é definida na Lei de Diretrizes e Bases – LDB (Lei nº 
9.394/1996), tem como finalidade o desenvolvimento do educando, seu preparo 
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o mundo do trabalho. A 
LDB define que a educação escolar compõe-se de Educação Básica e Educação 
Superior. A Educação Básica vai da creche até o Ensino Médio e, entre elas 
existem algumas modalidades especiais, como a Educação Especial, voltada 
para educandos com deficiência; a Educação de Jovens e Adultos (EJA), ofertada 
para aqueles que não tiveram acesso à escolarização na idade adequada ou que 
não deram continuidade ao estudo por diversas razões e; a Educação 
Profissional, cuja finalidade é desenvolver aptidões para a vida produtiva, de 
forma integrada às demais modalidades de ensino, ao trabalho e à tecnologia. 
 
Saiba mais! 
Ao município cabe com prioridade: 
Ofertar educação infantil – creche e pré-escola – para 
crianças de zero a seis anos de idade. 
Ofertar atendimento educacional especializado às pessoas 
com deficiência na rede regular de ensino. 
Organizar os seus sistemas de ensino em regime de colaboração com a 
União, os Estados, o Distrito Federal, de modo a assegurar a universalização 
do ensino obrigatório. 
 
 
 
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Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
A longevidade e a melhoria na qualidade de vida da pessoa idosa e a oferta de 
serviços para esse segmento trouxeram também o interesse pela 
escolarização e o aumento do conhecimento. Os idosos iniciaram ou 
retomaram a alfabetização, cursos profissionalizantes, de atualização ou 
acadêmicos, como graduação e pós-graduação. 
 
Pausa para refletir 
Você sabia que os maiores de 60 anos também têm 
direito à educação? Na sua cidade existe alguma 
universidade voltada para o idoso? 
 
Para a qualificação dos idosos, além da educação básica (Ensino Fundamental 
e Médio), várias instituições de Ensino Superior mantêm atualmente cursos de 
educação permanente para os mais velhos, a exemplo das Universidades da 
Terceira Idade ou UNATIs. Muitas dessas iniciativas receberam apoio do Fundo 
Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (FNDPI), por meio do Programa 
Universidade Aberta. 
 
Vídeo 
Veja depoimentos de idosos e especialistas sobre 
escolarização e formação após os sessenta anos. 
Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=D2aweDTRsgg 
 
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, por meio da 
Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (SNDPI), iniciou no ano de 
2019 o Programa Viver Envelhecimento Ativo e Saudável, que tem como foco 
inserir a Pessoa Idosa no contexto atual da ampliação das habilidades 
necessárias à qualidade de vida para um Envelhecimento Ativo e Saudável. 
 
 
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Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
 
Fonte: https://www.mdh.gov.br/todas-as-
noticias/2019/marco/ProgramaViver.pdf 
 
Segundo a SNDPI “a proposta do programa é ser referência no processo de 
otimização de oportunidades para inclusão digital e social, assegurando a 
participação da pessoa idosa para elevar a qualidade de vida”. Nesta direção a 
SNDPI inicia a implementação do Programa nos seguintes campos de ação, 
que podem ser ampliados de acordo com a necessidade e peculiaridade de 
cada município: 
 
Tecnologia Educação 
Promover a inclusão tecnológica e 
contribuição a todas as áreas da 
vida, como acesso de forma segura 
às redes sociais, aos caixas 
eletrônicos da rede bancária, totens 
de aeroportos, sistema eletrônico de 
catraca no transporte público, entre 
outros. 
Dirigida com foco na pessoa idosa para 
qualificar sua convivência familiar e 
comunitária, como alfabetização para 
a pessoa idosa, favorecendo os 
aspectos biológicos, psíquicos, 
cognitivos, físicos e sociais; educação 
financeira, proporcionando a pessoa 
idosa a capacidade para gerir seus 
recursos financeiros com 
responsabilidade e compreensão das 
consequências do excesso de oferta de 
crédito disponibilizadas pelas 
instituições financeiras. 
 
 
 
https://www.mdh.gov.br/todas-as-noticias/2019/marco/ProgramaViver.pdfhttps://www.mdh.gov.br/todas-as-noticias/2019/marco/ProgramaViver.pdf
 
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Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
Saúde Mobilidade física 
Disseminar informações, 
conhecimentos, mediante palestras, 
debates e campanhas (relacionada a 
nutrição, prevenção de doenças 
crônicas entre outras), na perspectiva 
do processo de envelhecimento, com 
ênfase na prevenção, como 
instrumentos alternativos para evitar 
cuidados paliativos. 
Disponibilizar à pessoa idosa prática 
de atividades físicas no cotidiano e 
lazer; atividades recreativas, com o 
objetivo de propiciar um envelhecer 
com bem-estar físico e psicossocial. 
 
Vídeo 
 Assista ao vídeo Programa Viver – Envelhecimento Ativo e 
Saudável e saiba mais sobre o que o Programa oferece a 
partir do depoimento de idosos. 
Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=C-WDh06xv-Q. 
 
O que diz o Estatuto do Idoso sobre o 
direito à educação? 
Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, 
espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de 
idade. 
Art. 21. O Poder Público criará oportunidades de acesso do idoso à educação, 
adequando currículos, metodologias e material didático aos programas 
educacionais a ele destinados. 
Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão 
inseridos conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à 
valorização do idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir 
conhecimentos sobre a matéria. 
Art. 23. A participação dos idosos em atividades culturais e de lazer será 
proporcionada mediante descontos de pelo menos 50% (cinquenta por cento) 
nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem 
como o acesso preferencial aos respectivos locais. 
Art. 25. As instituições de educação superior ofertarão às pessoas idosas, na 
perspectiva da educação ao longo da vida, cursos e programas de extensão, 
presenciais ou a distância, constituídos por atividades formais e não formais. 
(Redação dada pela lei nº 13.535, de 2017). 
 
https://www.youtube.com/watch?v=C-WDh06xv-Q
 
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Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
Propostas de ações para a área de educação 
 Desenvolver ações que contribuam para o protagonismo da pessoa 
idosa na escola. 
 Potencializar ações com ênfase no diálogo intergeracional, 
valorizando o conhecimento acumulado das pessoas idosas. 
 Estimular a educação continuada e permanente de idosos. 
 Apoiar a implantação de programas ‘voluntário idoso’. 
 Estimular o atendimento prioritário às pessoas idosas nas instituições 
públicas e privadas. 
 Adequar os currículos, a metodologia e o material didático aos 
programas educacionais destinados à pessoa idosa. 
 Incluir nos cursos especiais para idosos conteúdo relativo às técnicas 
de comunicação, computação e demais avanços tecnológicos, para 
sua integração à vida moderna. 
 Realizar comemorações de caráter cívico ou cultural, para 
transmissão de conhecimentos e vivências às demais gerações, no 
sentido da preservação da memória e da identidade culturais. 
 Garantir a participação dos idosos em atividades culturais e de lazer 
mediante descontos de pelo menos 50% (cinquenta por cento) nos 
ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem 
como o acesso preferencial aos respectivos locais. 
 Manter nos meios de comunicação espaços ou horários especiais 
voltados aos idosos, com finalidade informativa, educativa, artística e 
cultural, e ao público sobre o processo de envelhecimento. 
 Apoiar a criação da universidade aberta para as pessoas idosas 
 Incentivar a publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão 
editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura, considerada a 
natural redução da capacidade visual. 
 Ofertar a Educação para Jovens e Adultos. 
 Promover a inclusão tecnológica dos idosos. 
 Oferecer cursos de educação financeira. 
 
Como acessar os serviços? 
Aqueles que se interessam em iniciar ou retomar a alfabetização devem 
procurar a Secretaria de Educação de sua cidade e se informar sobre a 
oferta de ensino nessa modalidade. 
Caso não consigam ser atendidos e tenham sido violados em seus direitos, 
devem procurar a Defensoria Pública ou o Ministério Público do seu estado. 
Por vezes, em cidades de menor porte, esses órgãos funcionam nos fóruns. 
Gestores devem procurar informações sobre programas que atendam aos 
municípios junto ao site do Ministério da Educação ou dos Direitos 
Humanos. 
 
 
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Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
2.4. Trabalho 
O trabalho é um valor social que 
fundamenta a República 
Federativa do Brasil (Art. 1° da 
CF/ 1988) e é um dos direitos 
sociais do cidadão (Art. 6°). 
Além de ser uma das formas de 
reprodução da vida e 
sobrevivência material 
(habitação, alimentação, saúde, 
assistência etc.), é também meio de realização pessoal. Há pessoas que 
mesmo que se aposentem continuam trabalhando, seja por necessidade, para 
complementar a renda e manter ou apoiar o sustento familiar, seja por prazer 
de trabalhar. Existem outros casos de pessoas que não tiveram acesso à 
aposentadoria e que precisam trabalhar para se manter. 
O idoso que se mantém no mercado de trabalho deve ser protegido da mesma 
forma que os demais em idade economicamente ativa, que estão nas idades 
entre os 10 e os 65 anos (IBGE, 2017). 
Do mesmo modo, deve receber capacitação para o exercício de uma nova 
função, considerando as suas limitações, e inserido em atividades 
ocupacionais adequadas às suas características. Ou seja, o idoso tem direito 
de exercer atividade profissional, observadas as limitações decorrentes do 
envelhecimento. 
 
Vídeo 
Assista ao vídeo da EBC, Número de idosos no mercado 
de trabalho cresceu no último ano A necessidade de 
complementar a renda também aumentou e saiba mais 
informações sobre a participação dos idosos no mercado 
de trabalho. 
Disponível em: 
http://tvbrasil.ebc.com.br/reporter-brasil/2018/06/numero-de-idosos-no-
mercado-de-trabalho-cresceu-no-ultimo-ano 
 
O que diz o Estatuto do Idoso sobre o 
direito ao trabalho? 
O Estatuto veda a discriminação da pessoa idosa em qualquer trabalho ou 
emprego, em cargo público ou particular, e proíbe expressamente a fixação de 
 
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MÓDULO 4 
Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
limite máximo de idade, inclusive para concursos públicos, exceto nos casos 
em que a natureza do cargo exigir a contratação de pessoa mais jovem. 
Art. 26. O idoso tem direito ao exercício de atividade profissional, respeitadas 
suas condições físicas, intelectuais e psíquicas. 
Art. 28. O Poder Público criará e estimulará programas de: I – 
profissionalização especializada para os idosos, aproveitando seus potenciais e 
habilidades para atividades regulares e remuneradas; II – preparação dos 
trabalhadores para a aposentadoria, com antecedência mínima de 1 (um) ano, 
por meio de estímulo a novos projetos sociais, conforme seus interesses, e de 
esclarecimento sobre os direitos sociais e de cidadania; e III – estímulo às 
empresas privadas para admissão de idosos ao trabalho. 
 
Propostas de ações para a área de educação 
 Apoiar programas de estímulo ao trabalho do idoso, inclusive por 
meio de cooperativas de produção e de serviços. 
 Criar e estimular programas de profissionalização especializada para 
os idosos, aproveitando seus potenciais e suas habilidades para 
atividades regulares e remuneradas. 
 Criar e estimular programas de preparação dos trabalhadores para a 
aposentadoria, com antecedência mínima de 1 (um) ano, por meio de 
estímulo a novos projetos sociais, conforme seus interesses, e de 
esclarecimento sobre os direitos sociais e de cidadania. 
 Criar e estimular programas de estímulo às empresas privadas para 
admissão de idosos ao trabalho. 
 
Como acessar os serviços? 
Aqueles que precisam de oportunidades de trabalho devem procurara 
secretaria de trabalho ou de assistência social do seu município, para saber 
de programas de incentivo à inclusão do idoso no trabalho. 
Caso não consigam ser atendidos e tenham sido violados em seus direitos, 
devem procurar a Defensoria Pública ou o Ministério Público do seu estado. 
Por vezes, em cidades de menor porte esses órgãos funcionam nos fóruns. 
Gestores devem procurar informações sobre programas que atendam aos 
municípios junto ao site do Ministério da Cidadania. 
 
2.5. Previdência social 
A previdência social é uma das primeiras áreas que acolheu as necessidades 
da pessoa idosa no Brasil, desde a Lei Elói Chaves, datada de 1923, que criou 
as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs). 
 
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Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
Após a CF/1988, a Previdência Social tornou-se a única modalidade de 
proteção social que exige contribuição dos segurados, como condição para 
ampará-los de futuros infortúnios sociais e de outras situações que merecem 
amparo (riscos sociais). 
Desde o início do ano de 2019, entrou em curso um amplo debate, 
coordenado pela Câmara Legislativa Federal, sobre a reforma da previdência 
social. Foram meses de discussões e negociações entre os parlamentares e a 
sociedade, com previsão de conclusão ainda no ano de 2019. O resultado 
desse processo impacta diretamente a população mais idosa, tanto os que já 
estão aposentados como os que virão a se aposentar no futuro. De forma 
justificada, entre os assuntos em pauta, estavam as preocupações dos idosos 
com as prováveis mudanças na aposentadoria e no Benefício de Prestação 
Continuada (BPC). 
 
Fique atento! 
Você sabe quais são as discussões em debate sobre a 
previdência social que estão acontecendo no Brasil e 
na sua cidade? 
Acompanhe as discussões sobre a reforma da 
previdência no site da Câmara Federal - https://www.camara.leg.br/ - 
e do senado - https://www12.senado.leg.br/hpsenado, como 
também as discussões sobre o tema que acontecem na câmara de 
vereadores do seu município. 
O que diz o Estatuto do Idoso sobre o 
direito à previdência social? 
O Estatuto trata dos benefícios de aposentadoria e pensão do Regime Geral da 
Previdência Social, seus critérios de cálculo e reajustes de valores e das 
condições para a concessão da aposentadoria por idade. 
Garante os seguros sociais previstos na CF/1988, conforme previstos no artigo 
201. a) cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; b) 
proteção à maternidade, especialmente à gestante; c) proteção ao trabalhador 
em situação de desemprego involuntário; d) salário-família e auxílio-reclusão 
para os dependentes dos segurados de baixa renda; e) pensão por morte do 
segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes. 
 
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MÓDULO 4 
Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
 
Propostas de ações para a área da previdência social 
 Cobrir os eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada. 
 Proteger a maternidade, especialmente à gestante. 
 Proteger o trabalhador em situação de desemprego involuntário. 
 Destinar o pagamento de salário-família e auxílio-reclusão para os 
dependentes dos segurados de baixa renda. 
 Destinar o pagamento de pensão por morte do segurado, homem ou 
mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes. 
Como acessar os serviços? 
Aqueles que precisam de benefícios do INSS devem procurar um posto do 
INSS ou um Centro de referência de Assistência Social mais próximo de sua 
casa para obter informações. 
Caso não consigam ser atendidos e tenham sido violados em seus direitos, 
devem procurar a Defensoria Pública ou o Ministério Público do seu estado. 
Por vezes, em cidades de menor porte esses órgãos funcionam nos fóruns. 
Gestores devem procurar informações sobre programas que atendam aos 
municípios junto ao site do Ministério da Cidadania e da Previdência Social. 
 
2.6. Cultura 
A cultura compreende 
conjunto de expressões 
sociais que podem ser 
manifestadas por meio 
dos costumes, da língua, 
dos comportamentos, 
da alimentação, 
manifestadas por 
grupos sociais ou povos 
tradicionais de diversas 
realidades regionais, como as culturas populares, indígenas e afro-brasileiras. 
A cultura perpassa a diversidade regional, territorial, econômica, educacional, 
de sexo, cor, etnia. Compreende o passado e o presente. É apreendida por 
meio de formas de expressão diversas, tais como a dança, o cinema, a 
arquitetura, as artes, entre outras. Por isso, pela sua multidimensionalidade, a 
cultura nos ajuda a compreender e a poder nos comunicar com diversas 
realidades. 
No que diz respeito à cultura como um campo das políticas públicas no Brasil, 
a CF/1988 define que “o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos 
 
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Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a 
valorização e a difusão das manifestações culturais” (Art. 215). Note que a 
cultura é um direito, o que o Estatuto do Idoso reforça no Capítulo V. 
No texto da CF/1988, o Estado brasileiro se compromete a desenvolver a 
cultura de forma integrada no país por meio de ações organizadas em Plano 
Nacional de Cultura de duração plurianual (de quatro em quatro anos), que 
conduzam à defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro; à produção, 
promoção e difusão de bens culturais; à formação de pessoal qualificado para 
a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões; à democratização do acesso 
aos bens de cultura e; à valorização da diversidade étnica e regional. 
O patrimônio cultural brasileiro protegido pela CF/1988 é constituído “pelos 
bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em 
conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos 
diferentes grupos formadores da sociedade brasileira” (Art. 261 da CF 1988). 
Entre os bens materiais e imateriais protegidos estão as formas de expressão; 
os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; 
as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às 
manifestações artístico-culturais; os conjuntos urbanos e sítios de valor 
histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e 
científico. 
A organização, a gestão e a promoção conjunta de políticas de cultura no Brasil 
acontecem por meio do Sistema Nacional de Cultura, organizado em regime 
de colaboração, de forma descentralizada e participativa com o objetivo de 
promover o desenvolvimento humano, social e econômico com pleno exercício 
dos direitos culturais. Esse sistema fundamenta-se na política nacional de 
cultura e nas suas diretrizes, estabelecidas no Plano Nacional de Cultura. 
2.7 Esporte 
É inegável que nos 
dias atuais a prática 
do esporte é 
atividade importante 
para assegurar um 
envelhecimento ativo 
e saudável. Há 
diversas evidências 
de impactos positivos 
sobre as condições 
de saúde da pessoa idosa. 
A CF/1988 no seu art. 217 diz que é dever do Estado fomentar práticas 
desportivas (ou esportivas) formais e não formais, como direito de cada um. 
Em seguida dispõe sobre a autonomia das entidades desportivas, quanto à 
sua organização e funcionamento; a destinação de recursos públicos para a 
promoção prioritária do desporto educacional; o tratamento diferenciado para 
o desporto profissional e o não profissional; e a proteção e o incentivo às 
manifestações desportivas de criação nacional. 
 
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Políticas públicas e a 
pessoa idosa 
 
Saiba mais! 
 Mas o que são práticas desportivas formais e não formais? 
De acordo com a Lei nº 9.615/1998, que institui normas 
gerais sobre desporto: 
Prática desportiva formal: é regulada por normas nacionais e 
internacionais e pelas regras de prática desportiva de cada 
modalidade, aceitas pelas respectivas entidades nacionais de administração do 
desporto. 
Prática desportiva não formal: é caracterizada pela liberdade lúdica

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