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TOXICOLOGIA Alimentos tóxicos: #Família alliacea: cebola, alho, cebolinha e alho-poró - Cães, gatos, bovinos, búfalos, ovelhas e eqüinos - cozimento ou deteriorização ñ reduz a toxicidade - causam hemólise -sinais clínicos: mucosas hipocoradas, taquicardia, taquipneia, urina vermelha-escura, letargia. -tratamento: recente (descontaminação do TGI), hemólise (transfusão de sangue, fluidoterapia, oxigenioterapia, antioxidantes) #Chocolate, café, chá, guaraná -metilxantinas (efeitos tóxicos dependem do seu teor): cafeína, teofilina e teobromina -cães e gatos - mecanismo de ação: metilxantinas alteram o transporte de cálcio intracelular - sinais clínicos: hiperatividade, ataxia, taquicardia, aumento da contratilidade da musculatura esquelética, diurese, vomito, hematemese -tratamento: sintomático. Carvão ativado; metoprolol; diazepan, barbitúricos #Abacate - principio tóxico: persina - cães, gatos, coelhos, pássaros, bovinos, caprinos, ovinos, eqüinos - folhas, casca, fruto -sinais clínicos: animais de companhia -> vomito, diarréia, desconforto abdominal e respiratório, ascite, efusão pleural e pericardite, edema pulmonar, pancreatite -tratamento: diuréticos, anti-inflamatorios e analgésicos #Uvas e passas - grande variabilidade na tolerância - cães - mecanismo de ação: desconhecido (taninos, micotoxinas, carga de açúcar...) -sinais clínicos: emese, diarréia, dor abdominal, anorexia, fraqueza, desidratação, tremores musculares, letargia, polidpsia, anúria ou oligúria (morte por IR) -tratamento: carvão ativado, fluidoterapia #Xilitol -mecanismo de ação: causa grave crise de hipoglicemia pela grande liberação de insulina pelo pâncreas - cães (dose tóxica 0,15 a 16g/kg) -sinais clínicos: emese, depressão, ataxia, tremores, convulsões, coma -hepatotoxicidade -tratamento: glicose IV Intoxicação por antibióticos ionóforos *São coccidiostáticos, antimicrobianos, promotores de crescimento e reguladores do pH ruminal *processo de produção dos ionóforos é por fermentação *Nasarina; Monensina; Salinomicina; Lasalocida; Maduromicina - Mecanismo de ação: *o ionóforo forma uma célula de complexos lipídeo-soluveis reversíveis com uma variedade de cátions mono e divalentes *a translocação de íons e o rompimento de gradientes iônicos são responsáveis pelos efeitos terapêuticos e tóxicos dos ionóforos *mecanismo igual nos MO e nos mamíferos e aves que ingerem acidentalmente as doses elevadas -Formas de intoxicação: Erro na mistura; erro na dosagem; uso em espécies ñ alvo; poltencialização por outras drogas (tiamulin, cloranfenicol, florfenicol, eritromicina) -Espécies acometidas: Eqüinos, bovinos, búfalos, ovinos, coelhos, suínos, aves, cães e gatos -Sinais clínicos: Intensidade dos sintomas de intoxicação por ionófors é dose dependente: icoordenação motora; andar rígido; tremos muscular; depressão; diarréia; mioglobinúria; redução do ganho de peso - Achados macroscópicos: *áreas e estrias pálidas no miocárdio e hemorragias sub-epicardicas e miocárdicas *áreas pálidas no músculo esquelético, principalmente diafragma e quadriceps femoral *hidropericardio, hidrotorax, edema pulmonar, dilatação cardíaca, ascite, fígado com aspecto em “noz-moscada”, edema subcutâneo de declive - Achados microscópicos: *degeneração e necrose de miofibras *infiltrado inflamatório por macrófagos *mineralização quando ocorre a discreta *necrose e congestão centrolobulares hepática/fibrose -Diagnóstico diferencial: *deficiência de vit E/Selenio *intoxicação por Senna occidentalis *síndrome do estresse em suínos *rabdomiolise em eqüinos - Tratamento: *ñ há tratamento espefífico *tratamento suporte c/ utilização de óleo mineral para impedir maior absorção pelo intestino *soroterapia c/fluidos isotônicos endovenosos para combater a desidratação e choque - Controle e Profilaxia: *utilizar dosagens preconizadas especificas para cada espécie *homogeneizar o ionóforo no cocho *evitar o uso de concomitantes com outra droga potencializadora Intoxicação por cloreto de sódio -Para que o sal serve¿ *propagação do potencial de ação na fibra muscular *o sódio é o principal cátion e o cloreto é o principal ânion que regula o balanço osmático do fluido extracelular do corpo *regulação do equilíbrio acido-basico *controle do metabolismo hídrico *participação no transporte de glicose e AA p/o interior da célula - Epidemiologia: *suínos animais + sensíveis *formas de intoxicação: ~ disponibilização dos blocos de sal diretamente na pastagem ou bebedouros associados ou ñ c/privação de água ~ ingestão excessiva de cloreto de sódio oriundo do beneficiamento do leite ou quando o soro de leite é a única fonte de água p/os animais ~ fornecimento interrompido do sal, seguido de sua disponibilização aos animais ~ alimentação dos animais com resíduos de padaria, resíduos de fabrica de queijo, salmoura de açougues e restos de peixe salgado #acumulo de sal no cérebro -> edema cerebral -> aumento da pressão intracraniana -> decréscimo da perfusão p/o cérebro -> isquemia difusa -> necrose neuronal -> POLIOENCEFALOMALÁCIA - Sinais clínicos: *desidratação provocada pelas altas quantidades de sal resulta em aumento da pressão osmótica no trato alimentar e desencadeia uma irritação mucosa -Diagnóstico: *histórico e sinais clínicos *lesões macroscópicas e histopatológicas *determinação das [ ] de sódio no soro, fluido ruminal, tecidos corporais, liquor, dieta e água -Tratamento: *remoção imediata da fonte de intoxicação *p/animais hidratados: solução de dextrose a 5% IV em combinação com diuréticos de alça na proporção de 3,7 ml/kg/hora *p/animais hipovolêmicos: solução de cloreto de sódio a 0,9% ou outra solução cristalóide isotônica IV em combinaçãocom diuréticos de alça de proporção de 3,7 ml/kg/hora Intoxicação por uréia - p/ q serve a uréia: *dentre as fontes de nitrogênio, a uréia é MT usada, por promover amônia, q é a principal fonte de N p/as bactérias ruminais fibrolíticas, que promovem a digestão da parede celular vegetal (fibra) presente nos pastos *época de seca, quando as forragens estão fibrosas - Epidemiologia *formas de intoxicação: #erros de calculo na quantidade ofertada #consumo de uréia, sem a prévia adaptação #ureia incorretamente incorporada nos alimentos - Dose tóxica *dose tóxica é variável e depende: #adaptação prévia do animal #tipo de alimento fornecido junto com a uréia #estado nutricional do animal *em rações p/ruminantes, a uréia ñ deve excedera 3% da ração [ ] *doses de uréia superiores a 0,44g/kg de peso vivo fornecidos a animais em jejum podem ocasionar sinais clinicos *doses de 1-1,5g/kg levam a morte - Sinais clínicos: *timpanismo; dor abdominal intensa; desidratação; acentuada quantidade de fluido ruminal; hiperexcitabilidade, instabilidade, perda de equilíbrio; tremores musculares (face); letalidade próxima a 100% - Diagnostico: *histórico, SC *ñ existem lesões macroscópicas características *congestão generalizada, hemorragias, edema pulmonar, forte odor de amônia no conteúdo ruminal *toxicologia: amônia nos alimentos, sangue total, conteúdo ruminal ou liquor *acido acético 4% (2l) – diagnóstico terapêutico e tratamento -Controle: *adaptação da uréia (2-4 sem). Na primeira semana é recomendável iniciar com 30% da dose, que aumenta p/ 50% na segunda, 75% na terceira e 100% a partir da quarta semana *nova adaptação a ureia, gradual caso haja interrupção *cochos cobertos, ligeiramente inclinados e com furos nas extremidades Intoxicação por cobre *esta presente no sitio ativo de + 26 metaloenzimas que catalisam reações de oxirredução -Epidemiologia: *espécies: ovinos, cães, gatos, caprinos, suínos, bovinos, coelhos, eqüinos *contaminação: excesso de cobre de dieta, pastejo em áreas pulverizadas c/sulfato de cobre, diminuição de enxofre e molibdênio na dieta, água contaminada, água de pedilúvio, suplemento mineral de bovino p/ovino - Intoxicação: *aguda: distúrbios gastrointestinais (rara) *crônica: crise hemolítica ~Primária: ingestão direta de cobre (aumento de cobre nos alimentos) ~Secundária: #fitógena diminuição molibdênionas pastagens (molibdênio </=0,36 ppm e cobre = ou > 15 a 20 ppm) #hepatógena lesão hepática crônica (alcalóides pirralozidínicos) - Sinais Clinicos: *Aguda: ulceras gástricas e intestinais; hemorragias e melena *Crônica: morte em 24-96h. hemólise intravascular; anemia; hemoglobinúria; insuficiência renal; fezes pastosas a liquidas, fétidas e escuras; icterícia - Diagnóstico *epidemiologia *SC *macroscopia: icterícia generalizada, liquido seroso nas cavidades, fígado friável de cor amarela ou alaranjada, rins de coloração marrom-escura, edemaciados e de consistência diminuída, urina de cor vermelha escura *microscopia: degeneração/necrose dos túbulos contorcidos proximais, disfunção glomerular, cilindros hialinos nos túbulos renais *determinação dos níveis de cobre no fígado e/ou rim (500 ppm fígado e 80 ppm rim) - Tratamento: *50 a 100mg de molibidato de amônia e 1g de sulfato de sódio, por via oral/animal dia/10 dias ou 50 a 500mg de molibidato de amônia na ração durante duas a três semanas Intoxicação por Enxofre *vitaminas (biotina e tiamina) *AA cisteina, metionina, homocisteina e taurina são sulfurados -Epidemiologia: *especie: ruminantes *contaminação: excesso de S na água ou comida (resíduos dos grãos de milho secos ou úmidos, melaço, farelo de glúten de milho), dietas c/alto teor de amido #POLIOENCEFALOMALÁCIA - Sinais clínicos: *nervosos: incoordenação motora; depressão; convulsões; pressão da cabeça contra obstáculos; cegueira *gastrointestinais/respiratórios: atonia ruminal; cólica; diarréia fétida; acidose metabólica; hemorragias no trato digestório e respiratório - Diagnostico: *sinais clínicos *possíveis fontes de intoxicação *determinação do gás sulfídrico ruminal (bovino – 500 ppm), determinação dos teores de enxofre na dieta e água (bovino – 4000 ppm dieta e 1000 ppm água) *macroscopia: amolecimento e cavitações no córtex cerebral, principalmente no lobo occipital *microscopia: necrose neuronal, edema perineuronal, perivascular - Tratamento: terapia de suporte; administração de tiamina; dexametasona - Diagnostico diferencial *intoxicação por cloreto de sódio associada à privação de água *intoxicação por chumbo *infecção por herpesvírus bovino tipo 5 *planta tóxica Phalaris spp Intoxicação por selênio - importância do Se para o organismo animal: *Tiredoxina redutase e iodotironina deiodinase: ativação e desativação dos hormônios tireoidianos *Glutationa peroxidase e glutationa redutase: metabolismo antioxidante e na destruição de radicais livres *função imune, reprodutiva, reações de biotransformações hepáticas, mecanismo anticarcinogenicos - epidemiologia: *afeta + os animais jovens *ordem decrescente de sensibilidade (eqüinos, ovinos, bovinos e suínos) *compostos injetáveis tem maior potencial tóxico que os orais - Formas de intoxicação: *escesso de Se pela via parenteral, erros na mistura da ração e águas contaminadas *solos ricos em Se (solos seleniferos) #solos alcalinos #baixos índices pluviométricos (menor a 80 mm/ano) #rochas sedimentadas #Neptunia amplexicaulis e Astragalus (baixa palatabilidade) *Selenose crônica, doença alcalina, alkali disease *Patogenia + provável: desconhecida *Forma aguda: #comprometimento cardiovascular #edema e congestão pulmonar #congestão da fígado, rins, TGI #petequias nas vísceras torácicas - 3 apresentações clinicas em suínos: * dificuldades locomotoras c/paresia dos membros e tetraparesia, resultantes de poliomielomalácia simétrica focal *lesões de pele e separação da borda coronária dos cascos *perdas reprodutivas caracterizadas por diminuição da concepção e natimortos Obs.: lesões nos cascos concomitante as lesões medulares - Diagnostico: *histórico *SC *toxicologia: fígado, rim, pelo, ração contaminada *macroscópica *microscópica - Tratamento: apenas de suporte
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