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Medidas de urgencia

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07/03/24
Conduta� d� emergênci�
—---e� int�icaçõe�—-----.
Diagnóstico e conduta nas emergências
das intoxicações
-Diagnóstico:-----------
- Importante para instituir tratamento efetivo
- Quando não é possível chegar no
diagnóstico:
● terapêutica
● sintomática
- Primeiramente: anamnese + exame físico
- Exames complementares
- Necropsia
- Toxicológico
- É importante identificar se é mesmo uma
intoxicação
● Série de perguntas
- Critérios empregados para o diagnóstico:
-C�ndutas de urgências
-Int�xicações:----------
- Instituição de terapia de emergência
(sobrevivência do animal)
- Determinação do diagnóstico clínico
- Emprego de medicamentos (antídotos?) e
recursos necessários
- Determinação da fonte de exposição ao
agente tóxico
-Anamnese:------------
- É mesmo um caso de intoxicação?
- Perguntas importantes:
1. O animal foi visto em contato com o
agente tóxico?
2. Qual a via de exposição?
3. Quais os sintomas apresentados e qual
tempo de surgimento?
4. Outros animais apresentam o mesmo
quadro?
5. Histórico pregresso
6. Doenças anteriores, controle e presença
ectoparasitas, tratamentos.
História ambiental e manejo:
- Confinamento/acesso à rua
- Condições de higiene / produtos utilizados
para limpeza
- Manejo nutricional – qualidade do alimento
- Disponibilidade de água
- Histórico de reforma
- Frequência e produtos de banho
Cuidados com o animal/ familiar/ rebanho
- Vacinação
- Vermifugação
- Contactantes
-Exame Físico:-------——
- Funções vitais
- Temperatura
- Mucosas
- Linfonodos
- Exames complementares
- Assistência ao paciente
.Exames C�mplementares
- Hematológicos, sorológicos, glicemia,
eletrólitos, teste de coagulação, urina,
hemogasometria, ECC
Exame toxicológico:
- Colorimetria, espectrometria de massas,
espectrofotometria, imunoensaio,
cromatografia líquida, gasosa.
Achados post mortem:
- Necrópsia detalhada
- Lesões: pequenas e extensas
- Conteúdo estomacal
-Am�stras:-------------
- Coleta e conservação das amostras para
análise toxicológica:
● Material limpo
● Recipientes neutros
● Identificação correta
● Suspeita diagnóstica
● Conservação – refrigerado ou congelado
- Animal vivo:
● Sangue (5mL soro, 10 mL sangue total)
- anticoagulante
● Urina – 50mL
● Fezes – 250g
● Vômito – 250g
● Pelos – 5 – 10g
- Post mortem:
● Fígado – 50 a 100g
● Rins – 50 a 100g
● Conteúdo estomacal – 150 a 500g
● Tecido adiposo – 50 a 100g
● Encéfalo - inteiro
- Ambientais:
● Alimentos – 200 a 500g
● Forragens – 200 a 500g
● Plantas tóxicas
● Água – 0,5 a 1L
● Solo – 1Kg
● Agentes tóxico que animal teve contato
Litígios
- Manter tudo anotado, fichas arquivadas,
resultados dos exames arquivados.
-C�ndutas de urgência—
-nas int�xicações:------
-Contato telefônico:-
- Obter informações para sucesso da conduta
- Presenciou o animal em contato com o
agente tóxico?
- Qual produto ? (ler rótulo)
- Qual via de exposição? (Oral, dérmica,
inalatória )
- Qual quantidade do agente tóxico?
- Qual sintomatologia animal apresenta?
- Quanto tempo desde a intoxicação?
- Há outros animais apresentando o mesmo
quadro?
-Instruções ao proprietário:-
- Após obter informações, indicar conduta
adequada:
- Contato com a pele (tópica)
- Lavar a pele com abundância com água fria
ou morna
● evitar vasodilatação periférica e
consequente absorção do agente tóxico
- Agente lipossolúvel: banhos com sabão
neutro (glicerina, detergente doméstico,
xampu neutro, sabonete de uso infantil)
- Não massagear a área
● aumento da circulação sanguínea local-
⇡ da absorção dérmica do agente tóxico
- Proteção do proprietário
- Não induzir êmese
- Não administrar medicamento VO em
animais deprimidos
- Levar animal para a clínica
-Medidas ad�tadas em
cas�s de int�xicação:---
1. Medidas para dificultar absorção do
agente
2. Medidas para inativar o agente
3. Medidas para eliminar o agente
absorvido
4. Medidas de suporte
Medidas paradificultar.
abs�rção do agente:--
-Exposição cutânea:-
- Não deixar o animal imerso na água
- Lavar em água corrente para eliminar o
agente
- Não usar água quente, pois causa
vasodilatação (agente chega mais rápido na
circulação
-Exposição Ocular:-
- Mediolateral – 30 min
- Lavagem ocular com solução fisiológica
- Se necessário, usar sedativo e analgesia
-Exposição inalatória:-
- Atenção a possível broncoespasmo
● Entrar com broncodilatador
- Pode causar edema pulmonar
● Entrar com diurético
- Deixar o animal com uma exposição rica de
oxigênio
● Dificulta a absorção do agente e facilita a
sua eliminação da circulação
-Exposição gastrointestinal:-
- Indução de êmese
● Não é possível eliminar todo o agente
ingerido
● Eficácia depende do tempo entre
ingestão e indução
● Não induzir quando o animal está
deprimido, risco de aspiração
● Não induzir quando o agente for
corrosivo
● Não induzir quando o agente for
desconhecido
- Lavagem gástrica
● Sonda + solução
● Remove substâncias corrosivas
● Animal deve estar anestesiado
- Transformar em forma não absorvível
● Cálcio reage com algumas moléculas e
dificulta absorção do agente
● Oferecer carvão ativado via oral
● O carvão adsorve o agente tóxico
- Uso de catárticos
- Eliminação direta
Indução de êmese: —-------------------------
- Tem eficácia questionada (pode remover até
40 a 60% do agente ingerido)
- Contra-indicada quando o tempo da ingestão
for maior que 60 minutos; quando a ingestão
for de substâncias cáusticas, destilados do
petróleo, voláteis, depressores do SNC,
anticonvulsivantes; Em animais deprimidos
(ausência do reflexo da tosse);
- Apomorfina (cães) – 0,08 mg/kg SC,
● IM, 0,04mg/kg
● IV, 0,25 mg/kg diluída no saco
conjuntival
● início 1 a 5 minutos (depende da via)
- Agonista alfa-2 adrenérgico: Xilazina (gatos)
0,44mg/kg IM
- Peróxido de hidrogênio 3% (10 volumes)
● 1 a 2 ml/Kg VO – início em 10 minutos
- Xarope de Ipeca: 1 a 2,5mL/kg
● gatos; 3,3 ml/kg
● cães – 10 a 30 minutos – risco de
cardiotoxicidade (em desuso)
● NaCl – solução saturada
Lavagem gástrica: —-------------------------
- Vantagens: substâncias cáusticas
- Desvantagens: Anestesia geral, risco de lesão
esofágica, poucos volumes
- Introduzir lentamente 5 a 10 mL/kg de água
ou solução salina e retirar com a força da
gravidade
- Repetir até obter líquido limpo (15 a 40 ciclos)
- Pode associar com carvão ativado
Transformar em forma não absorvível: —--
- Formação de precipitado insolúvel
- Cálcio do leite + ácido oxálico = oxalato de
cálcio
- Ionização – manipular pH
- Adsorção – carvão ativado
Carvão ativado: —----------------------------
- 1g em 3-5mL água: via oral ou sonda
orogástrica
- Dose:
● 5-50g – pequenos animais
● 250 – 500g – grandes animais
● Máximo por 48hs.
Uso de catárticos: —--------------------------
- Laxantes
- Sorbitol, manitol, sulfato de magnésio, sulfato
de sódio – osmóticos: aumentam água no trato
intestinal
- Base de óleo vegetal: aumenta absorção de
agentes lipossolúveis (organofosforados)
- Base de óleo mineral: não são absorvidos e
diminuem a absorção de agentes lipofílicos.
● Associar com catárticos osmóticos
Eliminação direta: —-------------------------
- Excisão intestinal ou gástrica para remover
agente tóxico não absorvido – pouco uso em
veterinária
-Medidas para inativar
o agente:---------------.
- Antídoto
● para cada agente tóxico há um
antídoto específico
● Impede a toxicodinâmica do agente
- Substância química liga-se ao agente tóxico
impedindo seu efeito
● Ex: quelantes de metais
Medidas para eliminar
o agente abs�rvido:-----.
- Eliminação do agente é feita por via renal, via
biliar (fezes), pulmonar
-Eliminação renal:-
- Diuréticos, alteração do pH da urina
- Acidificar a urina também acidifica o sangue
- Manitol – 0,25 a 05mg/kg IV 30 min
- Furosemida – 0,5 a 4,0 mg/kg (bolus) 0,1
mg/kg/hora – IV
- Acidificar urina→ remover bases fracas
(anfetamina, estricnina)
● Cloreto de amônio (100 a 200mg/Kg
cão qid; 20mg/kg bid)
● Cuidado – rabdomiólise,mioglobinúria,
hemoglobinúria, insuficiência renal,
hepática
- Alcalinizar urina→ remover ácidos fracos
(salicilatos, etilenoglicol, fenobarbital)
● Bicarbonato de sódio – 1 a 2 mEq/kg a
cada 3 a 4 horas IV
● Cuidado: alcalose metabólica,
hipocalemia, hipocloremia
- Diálise: feita quando o rim não está mais
funcionando (perda de difusão)
● 10 a 20 mL/kg de solução de diálise
● Retirar após 30 a 60 minutos
● Repetir por 12 a 24hs ou até o
restabelecimento da FR
- Sua eficiência depende da capacidade de
difusão do agente, da sua quantidade no
plasma, e da correlação dos níveis do agente
com a gravidade do quadro.
- Hemodiálise e hemoperfusão:
● Procedimento caro
● Agente tóxico: baixo peso molecular,
solúvel em água e baixa ligação a
proteínas
-Medidas de sup�rte:---
- São medidas usadas em intoxicações que
não possuem antídoto.
- Intoxicação: agente entra no organismo e
produz um agente que altera funções
● agente químico
- Infecção: instalação de um agente biológico
no organismo, que se multiplica.
- Em casos de hipertermia: Oxigênio, soluções
cristalóides (fluidoterapia), controle de
convulsões, banhos de água morna com água
corrente, álcool nos coxins e abdômen
● Controle até normotermia
● Hipertermia em intoxicações não é
febre
● Fazer a queda da temperatura
acontecer de forma gradual
- Em casos de hipotermia: baixo nível de
consciência, oxigênio, cristaloides,
aquecimento do animal e do ambiente
● diminuição de atividade respiratória
● soluções cristalóides aquecidas
● Aumento de temperatura ambiente
deve ser gradual
- Em caso de convulsões: animal apresenta
apnéia, hipoventilação, acidose metabólica,
risco de aspiração pulmonar.
● Pode levar a um dano neurológico
● Benzodiazepínicos – 0,5 a 1 mg/kg IV
● 1 a 4mg/kg via retal
-Insuficiência Respiratória: hipóxia-
- Pouca oferta de oxigênio nos tecidos
● alterações cardíacas por mecanismos
compensatórios
● pneumonia impede trocas gasosas
devido inflamação
- Pode causar danos cerebrais, arritmias,
acidose, lesão em túbulo renal e necrose de
mucosa intestinal.
- ↓ O2 no ambiente – gases tóxicos
-↓ absorção de O2 pelos pulmões – pneumonia
aspirativa ou gases tóxicos
- Edema pulmonar – gases tóxicos
- Inalação de CO metahemoglobinemia
- Edema pulmonar – Oxigenoterapia
● diuréticos (furosemida – 1 a 5mg/kg a
cada 1 ou 4 horas)
● Oxigenoterapia vai ser eficiente se o
edema for resolvido
- Pneumonia – ATB, broncodilatadores
- Broncoespasmos – Oxigenioterapia e
broncodilatadores (terbutalina)
- Tratamento padrão – O2 e ventilação assistida
-Hipotensão:-
- Pode ser consequência de pouco sangue
circulante
- Fluidoterapia (solução salina)
- Solução hipertônica repõe volemia, alta em
sódio
- Fazer hipovolemia, vasodilatação, diminuição
do débito cardíaco.
- Administração de RL, ou NaCl 0,9% IV
- Soluções hipertônicas (NaCl 7,5%)
- Vasopressores - Dopamina
-Hipertensão:-
- Pressão alta
- Entrar primeiramente com a furosemida
- Inibidores da ECA = impedem que a ang1 se
converta em agio2
- Avaliação periódica
- Consequências: hemorragia intracraniana,
insuficiência renal, hemorragia de retina,
insuficiência cardíaca congestiva
- Tratamento:
● Furosemida
● Diuréticos tiazídicos (Clortiazida 20 a
40mg/kg BID
● Inibidores da ECA – Enalapril – 0,25 a
0,5mg/kg
-Agitação, hiperatividade:-
- Oxigenioterapia
- Lugar calmo e escuro
- Diazepam
● Antes de entrar com uma medicação
depressora, colocar o animal em um
ambiente calmo e estimular.
● Entrar commedicação na dose mínima.

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