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Questão 1
Correto
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Texto da questão
No mês de janeiro, parte do reboco do teto do corredor de uma escola caiu, sendo contratada pela Secretaria Municipal responsável, por dispensa de licitação, uma empresa para reparar 9m² de reboco por R$ 3.987,00. Ao iniciar o trabalho, o preposto da empresa chamou o fiscal do contrato e mostrou que todo o reboco do corredor (totalizando 45 m²) estava comprometido, devendo ser substituído por completo.
A Administração prorrogou o contrato até maio e determinou a execução do serviço por R$ 19.935,00.
Em junho, o problema ocorreu no corredor do 2º andar, com área idêntica, e a escola efetuou novo aditivo, com vigência até dezembro, para o reparo do teto, pagando os mesmos R$ 19.935,00.
Em dezembro, ocorreu o mesmo problema no refeitório, com 200m², sendo o serviço contratado por R$ 88.600,00, com prorrogação do contrato até junho do ano seguinte.
O órgão de controle interno questionou o procedimento, obtendo como resposta que a empresa foi contratada por dispensa de licitação, devido ser situação de emergência, pois não poderia admitir que o reboco viesse a cair na cabeça de um aluno, e que entre seguir as formalidades ou colocar em risco a segurança dos alunos, daria sempre preferência à segunda.
Em análise do fato é possível afirmar:
 
a. As prorrogações foram feitas corretamente, pois nada há que seja mais importante que a segurança dos alunos. O interesse público se sobrepõe às formalidades da lei.
b. A primeira prorrogação foi correta.
c. A segunda prorrogação está correta.
d. A terceira prorrogação é a única que está incorreta.
e. Nenhuma prorrogação deveria ter sido feita, pois era possível realizar um planejamento prévio às contratações. 
Este item está correto! A Administração deveria, tão logo verificou a necessidade de ampliação da área a ser reparada, verificar as demais necessidades de reparo e elaborar procedimento licitatório para todo o serviço.
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A questão envolve a falta de planejamento e a tentativa de caracterizar situações em que existiram desídia e/ou má gestão como se fossem emergenciais.
Certamente a Administração Pública poderá utilizar uma contratação emergencial para sanar a situação de risco a que estão expostos os alunos, porém deverá verificar quem deu causa a esta situação, responsabilizando-o, conforme Orientação Normativa/AGU nº 11, de 01.04.2009. Além disso, é fundamental realizar planejamento para contratação de empresa responsável pela manutenção preventiva da escola, de forma a evitar que a manutenção só ocorra em situações de emergência.
Gabarito: Nenhuma prorrogação deveria ter sido feita, pois era possível realizar um planejamento prévio às contratações.
Este item está correto! A Administração deveria, tão logo verificou a necessidade de ampliação da área a ser reparada, verificar as demais necessidades de reparo e elaborar procedimento licitatório para todo o serviço.
Questão 2
Correto
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Texto da questão
A Lei 8.666/1993 trata expressamente das alterações dos contratos administrativos, impondo condições, limites e consequências para essas alterações (arts. 65, §§ 1º, 2º e 4º). Essa Lei também referencia a possibilidade de alteração no contrato administrativo em face de modificações do projeto ou especificações (art. 65, inciso I, alínea 'a'). Dessa forma, chegou-se a duas conceituações das alterações possíveis: as quantitativas e as qualitativas.
Coube a boa parte da doutrina construir o entendimento do que vem a ser e qual o alcance dessas alterações.
Com base no que foi estudado no curso, marque a alternativa correta acerca das alterações qualitativas e quantitativas.
 
a. Tanto as alterações quantitativas quanto as qualitativas podem extrapolar os limites estabelecidos, desde que ocorram situações excepcionais e devidamente justificadas.
b. As alterações quantitativas são aquelas que alteram os quantitativos de serviços contratos, enquanto que as alterações qualitativas se caracterizam pelo uso de , insumos ou o fornecimento de bens cujos materiais são de melhor qualidade (por exemplo), mantendo inalteradas as quantidades contratadas.
c. Para o TCU, as alterações qualitativas não podem – em hipótese alguma – extrapolar os limites de acréscimos e supressões determinados pela Lei 8.666/1993, sujeitando-se às mesmas restrições das alterações quantitativas.
d. Segundo o entendimento do TCU, a Administração deve avaliar, como uma das condições para que o contrato seja qualitativamente alterado, excepcionalmente, em percentuais acima dos limites estabelecidos pela Lei, se o custo de uma rescisão contratual acrescida dos custos de uma nova licitação seriam superiores aos da alteração pretendida. 
Essa é a resposta correta. Uma das condições expressas na Decisão 215/1999-TCU-Plenário, é que a Administração deve ponderar e motivar a decisão que promover alterações consensuais nos contratos de obras e serviços em patamares acima dos limites estabelecidos nos §§ 1º e 2º do art. 65 da Lei 8.666/1993, de modo que fique demonstrada qual a opção mais vantajosa para a Administração.
e. As alterações qualitativas, quaisquer que sejam os impactos financeiros no contrato, apenas podem ser feitas de forma consensual, considerando que a Lei apenas se refere a acréscimo e supressões de alterações quantitativas.
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O fio condutor da decisão da Administração quanto às alterações contratuais que importem em aumento do valor inicial do contrato deve ser, como todo ato administrativo, a satisfação do interesse público.
Assim, quando dos contratos de obras e serviços a Administração deve analisar a eventual necessidade de alteração de um contrato à luz da melhor opção para a coletividade, ou seja: se rescinde o contrato (por problemas de planejamento que demandaram alterações em sua concepção ou ante a ocorrência de fatos supervenientes que alteraram as condições de sua execução), ou se opta pela alteração do contrato vigente.
Em todo caso, há que se verificar o tipo de alteração pretendida, considerando que a depender da classificação que se dê à alteração (se qualitativa ou quantitativa), as providências e decorrências serão diferentes.
É certo que dentro dos limites estipulados no art. 65 da Lei 8.666/1993 as alterações serão unilaterais, não comportando maiores esforços interpretativos. Não obstante, também como ordinariamente se procede com os demais atos administrativos, deverá haver a motivação da decisão escolhida.
A questão que se apresenta como maior dificuldade é a de classificar as alterações entre quantitativas e qualitativas, e no caso dessas últimas.
O TCU, na publicação Licitações e Contratos: orientações e jurisprudência do TCU, assim conceitua as duas situações, ao se referir às alterações unilaterais:
- alteração qualitativa: quando a Administração necessitar modificar o projeto ou as especificações para melhor adequação técnica aos seus objetivos. Os requisitos para alterações qualitativas estão na Decisão 215/1999-TCU-Plenário;
- alteração quantitativa: quando for necessária a modificação do valor do contrato em razão de acréscimo ou diminuição nos quantitativos do objeto; essa modificação está restrita aos limites permitidos no art. 65, § 1º, da Lei no 8.666/1993.
Por fim, ressaltar que o TCU admite que, em caráter excepcionalíssimo, as alterações consensuais qualitativas possam ser efetuadas, desde que obedeçam aos pressupostos elencados na Decisão 215/1999-Plenário, que a situação de excepcionalidade esteja devidamente caracterizada e que não tenha sido em decorrência de culpa do contratado e/ou do contratante.
Gabarito: Segundo o entendimento do TCU, a Administração deve avaliar, como uma das condições para que o contrato seja qualitativamente alterado, excepcionalmente, em percentuais acima dos limitesestabelecidos pela Lei, se o custo de uma rescisão contratual acrescida dos custos de uma nova licitação seriam superiores aos da alteração pretendida.
Essa é a resposta correta. Uma das condições expressas na Decisão 215/1999-TCU-Plenário, é que a Administração deve ponderar e motivar a decisão que promover alterações consensuais nos contratos de obras e serviços em patamares acima dos limites estabelecidos nos §§ 1º e 2º do art. 65 da Lei 8.666/1993, de modo que fique demonstrada qual a opção mais vantajosa para a Administração.
Questão 3
Correto
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Texto da questão
Em contrato firmado com a Administração, e por exigência do edital da licitação que o antecedeu, e atendendo ao previsto na Lei 8.666/1993 quanto às cláusulas essenciais, o contratado prestou a garantia exigida, no valor de R$ 100.000,00, em dinheiro, depositado conforme orientação do órgão contratante. Como estava precisando fazer caixa em sua empresa, o contratado substituiu a garantia prestada na modalidade "caução em dinheiro" pela "caução em títulos da dívida pública", utilizando-se da prerrogativa de escolha da modalidade de garantia dada pelo § 1º do art. 56 da Lei de Licitações.
Acerca do procedimento adotado pelo contratado, indique a opção correta.
 
a. O procedimento foi errado, pois uma vez prestada a garantia, na modalidade determinada pela Administração, não poderá haver substituição.
b. O procedimento foi correto, pois cabe ao contratado escolher a modalidade de garantia de execução do contrato.
c. O procedimento foi errado, pois não cabe ao contratado, unilateralmente, substituir a garantia prestada, somente por acordo com a Administração. 
Essa é a resposta correta. A possibilidade de substituição da garantia de execução de contrato prestada é prevista na Lei 8.666/1993, desde que seja conveniente para a Administração e ocorra por acordo entre as partes, conforme previsto no art. 65, inciso II, aliena 'a', da Lei de Licitações.
d. O procedimento foi correto, pois a caução em dinheiro e a caução em títulos da dívida pública tem a mesma natureza (capitulados no inciso I, do art. 56, da Lei 8.666/1993), razão pela qual podem ser substituídos sem a oposição da Administração.
e. O procedimento foi errado, pois o motivo apresentado pela empresa não caracteriza conveniência para a Administração e por reduzir a liquidez da garantia inicialmente prestada.
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A prestação de garantia está prevista na Lei de Licitações em dois momentos: quando da formulação das propostas (garantia de proposta) e quando da contratação (garantia de execução).
A garantia de proposta integra a documentação relativa à qualificação econômico-financeira do licitante (art. 31, inciso III, da Lei 8.666/1993).
Observar que o § 2º do mesmo art. 31 condiciona a apresentação de garantia alternativamente a outras exigências de comprovação da qualificação econômico-financeira, quais sejam: comprovação de capital ou patrimônio líquido mínimos. Assim, como requisito de habilitação econômico-financeira não se pode exigir garantia juntamente com capital mínimo ou patrimônio mínimo como condição de qualificação. O TCU tem o entendimento firmado acerca dessa impossibilidade, materializado em diversos acórdãos. Cite-se como exemplo os acórdãos 0701/2007-Plenário, 6795/2012-1ª Câmara e 1842/2013-Plenário.
Além disso, a inserção de exigência de garantia de participação deve ser vista com cautela, pois pode representar uma limitação à competitividade do certame, além de poder atentar contra a economicidade do certame, considerando que impõe aos licitantes o ônus de contratar uma garantia, ônus este que certamente será transferido para as propostas. Assim, a exigência deve se justificar quando o objeto da licitação, seja pelo porte, seja pela complexidade e materialidade, assim o exigir para dar maior segurança à Administração quanto à capacidade dos licitantes em ofertarem propostas que possam cumprir.
Quanto à garantia de execução do contrato, ela está prevista no inciso VI do art. 55 e art. 56, ambos da Lei 8.666/1993, e tem como objetivo assegurar a efetiva execução do contrato e ressarcir à Administração dos prejuízos decorrentes do inadimplemento das obrigações avençadas pelo particular.
Enquanto a garantia de participação está limitada a 1% do valor estimado da contratação, a garantia de execução está limitada a 5% do valor do contrato. Neste último caso, é importante que no edital haja a previsão do prazo para que o contratado apresente o documento de garantia ou a sua efetiva prestação, quando em dinheiro.
É importante para o fiscal de contratos ficar atento quando das alterações contratuais que importem em majoração do valor da avença de modo a compatibilizar os novos valores às garantias inicialmente prestadas, sob pena de ter parcelas do contrato sem garantia de execução, importando em descumprimento contratual e de previsões editalícias.
Gabarito: O procedimento foi errado, pois não cabe ao contratado, unilateralmente, substituir a garantia prestada, somente por acordo com a Administração.
Essa é a resposta correta. A possibilidade de substituição da garantia de execução de contrato prestada é prevista na Lei 8.666/1993, desde que seja conveniente para a Administração e ocorra por acordo entre as partes, conforme previsto no art. 65, inciso II, aliena 'a', da Lei de Licitações.
Questão 4
Correto
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Texto da questão
Identifique a correta relação entre a conduta ilegal e a correspondente esfera de responsabilização (administrativa, cível ou penal) a que está sujeito o fiscal de contrato, quando, por ação ou omissão, o seu ato estiver em desacordo com a legislação administrativa.
 
a. Deixar de comunicar à autoridade competente a ocorrência de atrasos na execução do contrato, sem que dessa ação haja prejuízo a Administração - esfera administrativa apenas. 
Essa é a resposta correta. Houve descumprimento de normas funcionais no exercício da atividade de modo que a esfera de responsabilização é a administrativa. Se de sua conduta houvesse prejuízo, poderia ser responsabilizado civilmente.
b. Atestar boletim de medição de obra sem a verificação in loco dos serviços efetivamente realizados, ainda que não tenha havido prejuízo – esfera administrativa e penal.
c. Solicitar verbalmente a correção de serviço que apresentaram defeito, sem que dessa ação haja prejuízo a Administração – esfera administrativa e cível.
d. Solicitar prorrogação de prazo de contrato fora das hipóteses legais, do estabelecido no edital ou convencionado no contrato – esfera administrativa e penal.
e. Atestar o recebimento de um bem defeituoso como sendo bom, e em desacordo com o especificado na licitação e no contrato – esfera administrativa apenas.
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O rigor no exercício da atividade pública deve nortear as ações de todos os agentes públicos, principalmente para algumas categorias de servidores ou de servidores incumbidos de atividades, que pela sua natureza, assumem contornos de guardiões do erário.
O fiscal de contrato recebe essa atribuição e dela deve se desincumbir de maneira não apenas reta e proba, mas primando pela eficiência e efetividade de suas ações, sob pena de ser compelido a responder por atos que venham a ser questionados. Desta forma, o Fiscal estará protegendo não apenas o patrimônio público, como também a si próprio, evitando assim responsabilização por procedimentos que venham a ser considerados inadequados.
Gabarito: Deixar de comunicar à autoridade competente a ocorrência de atrasos na execução do contrato, sem que dessa ação haja prejuízo a Administração - esfera administrativa apenas.
Essa é a resposta correta. Houve descumprimento de normas funcionais no exercício da atividade de modo que a esfera de responsabilização é a administrativa. Se de sua conduta houvesse prejuízo, poderia ser responsabilizado civilmente.
Questão 5
Incorreto
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Texto da questão
Escolha a alternativa que melhor caracteriza o equilíbrio econômico-financeiro de um ajuste.
 
a. É a relaçãoinicialmente estabelecida entre o que fora previsto para a empresa contratada executar e o respectivo pagamento pela Administração, e somente será mantido se não houver aditivos que importem em alterações quantitativas.
b. É a manutenção das mesmas condições inicialmente estabelecidas na relação entre os encargos da contratada e a retribuição financeira do contratante.
c. É a manutenção das condições de qualificação do licitante durante a execução do contrato, comprovada através de balanço patrimonial e demonstrações contábeis. 
Essa não é a resposta correta. O balanço patrimonial e as demonstrações contábeis são documentos de qualificação econômico-financeira do licitante, que não devem se confundir com o equilíbrio econômico-financeiro de um contrato.
d. É o restabelecimento da relação inicialmente pactuada, devida exclusivamente ao contratado, de modo a preservar o valor da contratação contra os efeitos da inflação.
e. É a aplicação de mecanismos de correções dos valores pagos pela Administração aos contratados, de modo a minimizar os efeitos dos aumentos de preços dos itens do objeto do contrato.
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Comumente vemos o instituto do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos administrativo como uma proteção do particular CONTRATADO contra eventuais alterações decorrentes prerrogativas de privilégio da administração em relação aos administrados, ou contra os efeitos da corrosão do valor da moeda. No entanto, o equilíbrio econômico-financeiro é do CONTRATO, significando dizer que qualquer mudança na relação inicialmente acorda pode ser objeto de revisão visando à conformação como que fora inicialmente pactuado.
Um bom exemplo de necessidade de correção para a manutenção do equilibro econômico-financeiro de um contrato administrativo é quando há alteração para menos na participação de tributos na composição do preço pago por um bem ou serviço, como se observou com a extinção da CPMF. Como as empresas contratadas deixaram de ser oneradas pela contribuição extinta, mostrou-se necessária a recomposição dos preços, de modo que, a relação inicialmente pactuada entre o que era fornecido e o que era pago tinha que ser mantida, por meio da redução do preço pago por meio do expurgo da contribuição no preço final do produto ou serviço.
Ressalte que os pleitos de reequilíbrio decorrente desse instituto não se sujeitam a limitações temporais para que sejam implementados, basta que estejam presentes os motivos para a sua implementação. Há, no entanto, que se demonstrar a variação de preços havida decorrente de fatos imprevisíveis e impeditivos da execução do contrato na forma acordada, ou ainda, caso fortuito, de força maior, ou fato do príncipe, este último como ocorreu quando da extinção da CPMF.
Assim, como bem esclarece a publicação "Licitações e Contratos: orientações e jurisprudência do TCU", o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato se justifica nas seguintes ocorrências:
· fato imprevisível, ou previsível porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do que foi contratado;
· caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, que configure álea econômica (probabilidade de perda concomitante à probabilidade de lucro) extraordinária e extracontratual.
Gabarito: É a manutenção das mesmas condições inicialmente estabelecidas na relação entre os encargos da contratada e a retribuição financeira do contratante.
Essa é a resposta correta. Numa relação contratual que perdure no tempo, as condições sobre as quais foram firmados os ajustes devem se manter ao longo da vigência do acordo, como forma de remunerar corretamente o objeto do contrato, mesmo com o decurso do tempo.
Questão 6
Incorreto
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Texto da questão
Em um contrato de fornecimento de bens, antes da primeira entrega, e com fundamento no art. 65, § 1º, da Lei 8.666/1993, foi feito um pedido pelo setor requisitante, de elaboração de termo aditivo alterando as quantidades dos produtos licitados, conforme detalhamento da tabela a seguir:
              Item                Produto                  Contrato            Aditivo          Contrato com aditivo
                1           Papel para impressão     35.000,00           9.000,00            44.000,00
                2           Caneta                            1.200,00             -200,00              1.000,00
                3           Pasta classificadora         1.800,00             -600,00              1.200,00
                4           DVD                              10.000,00           1.000,00            11.000,00
                5           Cartucho p/ HP 5020       12.000,00          -2.000,00            10.000,00
                6           Tonner p/ HP 1102          40.000,00          12.000,00            52.000,00
                             Valor Total                   100.000,00           19.200,00          119.200,00
Como fiscal do contrato, você deve verificar a pertinência e conformidade legal da alteração proposta, opinando quanto à possibilidade ou não da alteração pretendida.
 
 
a. A alteração é possível, pois as alterações consensuais são de livre pactuação em um contrato. 
Essa resposta está errada. A alteração do exemplo é unilateral (imposta pela Administração). Além disso, mesmo nas alterações consensuais, há limites quantitativos, conforme § 2º do art. 65, da Lei 8.666/1993.
b. A alteração não é possível, pois acréscimos ou decréscimos de quantitativos só são possíveis em contratos de obras.
c. A alteração é possível, pois o valor total do contrato variou dentro dos limites do mencionado artigo.
d. A alteração não é possível, pois os itens 1 e 6 tiveram acréscimos acima do permitido na Lei
e. A alteração é possível, pois as mudanças quantitativas promovidas antes da primeira entrega não configuram alteração contratual, desde que não se altere o objeto do contrato.
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Observar que, ao contrário de um contrato de obras- que, por sua vez, é composto por diversos outros serviços ou insumos e cuja consequência é a impossibilidade de separá-los sem comprometer a execução da obra como um todo, em um contrato para fornecimento de bens, cada item licitado, adjudicado e contratado é independente e autônomo, devendo ser analisado em separado para fins de verificação do cumprimento dos limites impostos pelos §§ 1º e 2º, do art. 65, da Lei 8.666/1993. Veja que a própria licitação pode contemplar cada item para licitantes diferentes, havendo, no caso, um contrato para cada adjudicado.
No exemplo, os itens 1, 3 e 6 estão acima do limite estabelecido, qual seja, de 25% para acréscimos e supressões. Ressalte-se que o item 3 poderia ser alterado desde que fosse resultante de acordo entre os contratantes, conforme previsto no inciso I, do § 2º, do mencionado art. 65.
A tabela abaixo mostra as variações da proposta de alteração, para cada item do contrato:
            Item                Produto               Contrato           Aditivo        Contrato com aditivo           Variação
             1          Papel para impressão     35.000,00        9.000,00           44.000,00                        25,7%
             2          Caneta                            1.200,00          -200,00             1.000,00                       17,0%
             3          Pasta classificadora         1.800,00          -600,00             1.200,00                     - 33,3%
             4          DVD                              10.000,00        1.000,00           11.000,00                       10,0%
             5          Cartucho p/ HP 5020       12.000,00       -2.000,00           10.000,00                       16,7%
             6          Tonner p/ HP 1102          40.000,00       12.000,00           52.000,00                      30,0%
                                   Valor Total          100.000,00       19.200,00         119.200,00
Gabarito: A alteração não é possível, pois os itens 1 e 6 tiveram acréscimos acima do permitido na Lei
Essa é a resposta correta. As alterações de quantitativos na aquisiçãode bens devem ser feitas observando os limites para cada item, como se fossem contratações autônomas.
Questão 7
Correto
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Texto da questão
O fiscal de um contrato administrativo, dentro de sua atribuições, e após reiteradas reclamações verbais ao dono da empresa contratada em razão de entrega de produtos contratados fora do prazo e com especificações diferentes das apresentadas na proposta vencedora da licitação, resolveu aplicar a multa prevista no contrato, alertando ao dono da empresa que uma próxima ocorrência seria punida com a retenção de 20% do valor da próxima fatura, a título de indenização.
Acerca da situação narrada acima, marque a alternativa correta.
 
a. O fiscal exerceu suas atividades de acordo com suas competências, considerando que apontou os problemas de execução do contrato antes de aplicar a multa.
b. O procedimento foi adequado até a aplicação da multa, haja visto que o ordenador de despesa é quem tem a competência legal para determinar a retenção na forma mencionada.
c. Os procedimento descritos estão inadequados, desde as comunicações com a empresa até a aplicação de multa. 
Essa é a resposta correta. Não se deve usar oralidade para registro e informação de ocorrências importantes que possam ter como decorrência a aplicação de multa, por exemplo. Também não é o fiscal do contrato quem aplica multa. A retenção de valores devidos somente deve ser aplicada quando o valor da garantia não for suficiente para cobrir a multa.
d. O fiscal não poderia aplicar a multa em face da situação narrada, exceto se devido aos atrasos tivesse ocorrido prejuízo para a Administração, devidamente quantificado e comprovado.
e. O fiscal poderia aplicar a multa desde que as especificações dos produtos estivessem definidas no contrato.
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A fiscalização do contrato administrativo pressupõe o conhecimento, pelo servidor designado, dos termos da contratação, desde a fase da licitação, pois questões como especificações e condições de fornecimento são importantes para que ele desempenhe suas tarefas de modo efetivo.
No entanto, a atuação do fiscal deve ser limitada às competências da atividade, dentre as quais não está a aplicação de multa, conquanto esta ser uma prerrogativa da autoridade competente que assinou o contrato. Essa atividade não é passível de delegação de competência ao fiscal do contrato.
As ocorrências de problemas na execução do contrato não devem ser informadas ou comunicadas verbalmente, e sim formalizadas por escrito.
Gabarito: Os procedimento descritos estão inadequados, desde as comunicações com a empresa até a aplicação de multa.
Essa é a resposta correta. Não se deve usar oralidade para registro e informação de ocorrências importantes que possam ter como decorrência a aplicação de multa, por exemplo. Também não é o fiscal do contrato quem aplica multa. A retenção de valores devidos somente deve ser aplicada quando o valor da garantia não for suficiente para cobrir a multa.
Questão 8
Correto
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Texto da questão
A Administração Pública necessita de instrumentos para viabilizar a consecução de seus objetivos e interesses, para tanto há a necessidade de realizar obras, adquirir bens ou produtos e contratar serviços. Para realizar essas contratações a Administração Pública deve seguir o correto procedimento para aquisição. Esse procedimento tem a seguinte ordem cronológica: Planejamento, Licitação e Contratação.
Sobre a fase de Planejamento é INCORRETO afirmar que:
 
a. O planejamento não é um princípio fundamental da Administração Pública Federal e, portanto, não pode ser exigido dos administradores públicos. 
O planejamento é um princípio e pode ser exigido dos administradores públicos. O art. 6º do Decreto Lei nº 200/67 prevê em seu inciso I que a Administração Pública deve obedecer ao princípio fundamental do Planejamento.
b. Desde a fase de planejamento devem ser avaliados os critérios de eficácia, eficiência, efetividade e economicidade.
c. O planejamento é fundamental para a melhoria da gestão pública.
d. O Tribunal de Contas da União já manifestou-se sobre a importância da realização do planejamento estratégico institucional e o planejamento de TI.
e. A falta de planejamento poderá acarretar a responsabilização do agente público que descumpriu tal incumbência.
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Além de um princípio fundamental previsto no decreto nº 200/67, o planejamento é umas das fases mais importantes de uma contratação, pois é nesta fase em que se deve analisar o que será feito, quando, como, onde, por quanto e porque.
O bom planejamento evita uma série de problemas futuros na contratação e possibilita a correta fiscalização da entrega de bens ou prestação de serviços, além de prevenir a má utilização dos recursos públicos.
Gabarito: O planejamento não é um princípio fundamental da Administração Pública Federal e, portanto, não pode ser exigido dos administradores públicos.
O planejamento é um princípio e pode ser exigido dos administradores públicos. O art. 6º do Decreto Lei nº 200/67 prevê em seu inciso I que a Administração Pública deve obedecer ao princípio fundamental do Planejamento.
Questão 9
Correto
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Texto da questão
A Secretaria de Saúde do município pretende contratar, por meio de licitação na modalidade Pregão, empresa para prestar o serviço de locação de veículos com motorista. No edital, inseriu cláusula com indicação de que o contrato seria firmado inicialmente por 12 meses, mas que seria prorrogado por iguais e sucessivos períodos até o limite de 60 meses.
Foi solicitado ao fiscal de contratos da Secretaria que opinasse sobre as cláusulas do edital que tratam da vigência do contrato. Foi pedido também que indicasse as cláusulas de contrato que tratassem da recomposição dos preços inicialmente contratados ao longo da vigência do ajuste, para que constassem da minuta do contrato que acompanha o edital.
De acordo com o que foi estudado e com as disposições da Lei 8.666/1993, qual das alternativas a seguir indica a resposta técnica mais correta a ser dada pelo fiscal de contratos.
 
a. As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão corretas. Para a minuta do contrato, como cláusula de recomposição de preços, deve haver a previsão de que, a cada 12 meses, seja concedido um reajuste do valor do contrato, de modo a compensar a inflação do período.
b. As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão erradas, pois no edital não deve constar a indicação nem a possibilidade de prorrogação do contrato. Somente quando da execução, e se a contratação ainda se mostrar vantajosa para a Administração, é que poderá haver prorrogação.
c. As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão corretas. Para a minuta do contrato, como cláusula de recomposição de preços, deve haver a previsão de repactuação dos preços a cada prorrogação, com base na variação do salário mínimo, de modo a compensar a inflação do período.
d. As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão erradas. Para a minuta do contrato, como cláusula de recomposição de preços, deve haver a previsão de repactuação dos preços, que terá base na apresentação de planilha e dos respectivos documentos que demonstrem a variação dos custos dos insumos que compõe o preço do serviço contratado. As prorrogações somente devem ser procedidas caso o contrato ainda se mostre vantajoso para a Administração. 
Essa é a resposta correta. A prorrogação do contrato é uma possibilidade, que será exercida pela Administração se as condições ainda lhes forem favoráveis, e não como uma obrigação decorrente do edital. As condições para a recomposição dos preços do contrato, ao longo da sua vigência, devem estar no edital e no contrato, e o instrumento a ser utilizado, ordinariamente, é a repactuação, que dever ser precedida de análise comparativa dos custos dos insumos da planilha de composição dos preços contratados.
e. As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão corretas.Para a minuta do contrato, como cláusula de recomposição de preços, deve haver a previsão de revisão dos preços a cada novo salário normativo da categoria dos motoristas.
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A vigência dos contratos de serviços de natureza continuada e os respectivos preços dos serviços executados têm disciplina própria na Lei 8.666/1993 quando o ajuste avança além do período inicial firmado.
A primeira observação importante diz respeito à necessária previsão em edital da possibilidade de prorrogação da vigência e a forma como se procederá de modo a manter a equação econômico-financeira do contrato nas bases estabelecidas quando da proposta e do contrato.
Assim, o contrato somente poderá ter sua vigência prorrogada se for consignado expressamente no edital. A medida se explica em razão de dar aos licitantes a possibilidade de formularem suas propostas contemplando essa hipótese, com impacto na vantajosidade do preço ofertado, em razão de uma contratação com perspectiva de se prolongar por um período de até 60 meses implicar em ganhos de escala e diluição de custos de mobilização e desmobilização.
No caso de ser aventada a possibilidade de prorrogação do contrato, a Administração deve usar essa faculdade, desde que atendidas algumas condicionantes, como:
1. verificação de que a contratação ainda se mostra vantajosa: vantajosidade que deverá ser devidamente demonstrada nos autos do processo de prorrogação, por meio da comparação dos preços das novas condições do contrato com os praticados no mercado.
2. verificação de que a empresa atende a todos os requisitos de qualificação exigidos inicialmente na licitação.
3. verificação, caso necessário, do procedimento de recomposição de preços do contrato, com vistas a manter a equação econômico-financeira inicial, denominado repactuação, em que se deverá demonstrar a variação de preços dos insumos dos serviços contratados e ter periodicidade de um ano desde a última repactuação.
Quando da primeira recomposição de preços, deve-se adotar como data-base a data do orçamento a que a proposta se referir, hipótese que deverá ser previamente consignada no edital.
Gabarito: As cláusulas do edital acerca da vigência do futuro contrato estão erradas. Para a minuta do contrato, como cláusula de recomposição de preços, deve haver a previsão de repactuação dos preços, que terá base na apresentação de planilha e dos respectivos documentos que demonstrem a variação dos custos dos insumos que compõe o preço do serviço contratado. As prorrogações somente devem ser procedidas caso o contrato ainda se mostre vantajoso para a Administração.
Essa é a resposta correta. A prorrogação do contrato é uma possibilidade, que será exercida pela Administração se as condições ainda lhes forem favoráveis, e não como uma obrigação decorrente do edital. As condições para a recomposição dos preços do contrato, ao longo da sua vigência, devem estar no edital e no contrato, e o instrumento a ser utilizado, ordinariamente, é a repactuação, que dever ser precedida de análise comparativa dos custos dos insumos da planilha de composição dos preços contratados.
Questão 10
Correto
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Texto da questão
As sanções administrativas da Lei 8.666/1993, tratadas em parte no Capítulo IV da mencionada norma, estão expressas nas Seções I e II (arts. 81 ao 88).
Acerca dessas sanções, assinale a alternativa correta.
 
a. O contratado que não entrega parte do objeto adjudicado está sujeito apenas à Advertência, considerando que é conduta de baixa reprobabilidade.
b. O licitante que não assinar o contrato a ele atribuído, após adjudicação e homologação, está sujeito apenas à declaração de inidoneidade para contratar com a Administração, considerada a mais gravosa das penalidades.
c. A apenação com multa por inexecução de contrato pode ser aplicada conjuntamente com a suspensão temporária para participar de licitações e impedimento para contratações com a Administração. 
Essa é a resposta correta. Conforme disposto no § 2º do art. 87 da Lei 8.666/1993, as três penalidades podem ser aplicadas em conjunto com a multa, conforme previsto no instrumento convocatório e no contrato.
d. Havendo inexecução do contrato, o contratado pode optar por uma das penalidades do art. 87 da Lei 8.666/1993.
e. Apenas nos casos de advertência, suspensão temporária e declaração de inidoneidade o interessado tem garantido o direito a ampla defesa prévia e do contraditório, conforme expresso no§ 2º do art. 87 da Lei 8.666/1993.
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A Lei estabelece as condutas passíveis de aplicação de penalidades, mas não traz a gradação das sanções, considerando que elenca um rol delas no seu art. 87.
Desse modo, cabe ao edital e ao contrato disciplinarem as demais hipóteses e condições para aplicação das penalidades. No caso das multas, considerando que são expressas em unidades monetárias e referenciadas a valores contratuais, deve-se especificar, por exemplo, percentuais, base de cálculo e prazo para recolhimento. Deve-se ainda evitar expressões vagas ou imprecisas, limitando a subjetividade de sua aplicação.
A declaração de inidoneidade aplicada pela Administração (art. 87, inciso IV, da Lei 8.666/1993) não se confunde com aquela prevista no art. 46, da Lei 8.443/1992. Esta última aplicada pelo Tribunal de Contas da União por fraude comprovada à licitação.
Gabarito: A apenação com multa por inexecução de contrato pode ser aplicada conjuntamente com a suspensão temporária para participar de licitações e impedimento para contratações com a Administração.
Essa é a resposta correta. Conforme disposto no § 2º do art. 87 da Lei 8.666/1993, as três penalidades podem ser aplicadas em conjunto com a multa, conforme previsto no instrumento convocatório e no contrato.
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