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GO – Ginecologia Endócrina Climatério Cecilia Antonieta 1 CLIMATÉRIO Período de transição entre fase reprodutiva (menacme) e fase reprodutiva. TRANSIÇÃO MENOPAUSAL periodo entre o início da irregularidade menstural e a última mensturação. MENOPAUSA data da última menstruação. Diagnóstico retroativo – ponto determinando no tempo após 1 ano de amenorreia. Diagnóstico clínico. FSH >= 40 *IOP FSH > 25 em duas dosagens com intervalo de 4 semanas. PÓS MENOPAUSA anos seguintes à menopausa. SENILIDADE periodo após 65 anos. ESTÁGIOS DO PERÍODO NÃO REPRODUTIVO TRANSIÇÃO MENOPAUSAL INICIALMENTE ciclos mais curtos. Queda gradual da inibina B – ↑FSH, mas E2 normal. Com o tempo há esgotamento folicular – ↓E2 (não há pico de LH – ciclos anovulatórios). Ciclos anovulatórios intercalam-se com ovulatórios – irregularidade menstrual. MENOPAUSA NORMAL a partir dos 40 anos. PRECOCE antes dos 40 anos. INSUFICIÊNCIA OVARIANA PREMATURA IATROGÊNICA menopausa cirúrgica. MEDICAMENTOS análogo do GnRH. TARDIA após os 55 anos. PÓS MENOPAUSA INICIALMENTE FSH e LH elevados (redução do feedback negativo). Depleção dos folículos + aumento do estroma ovariano. Aumento de androgênios (no estroma). Aromatização periférica (androestenediona – estrona). Ausência total de progesterona (não há corpo lúteo). APÓS OS PRIMEIRO ANOS redução gradual de FSH e LH. CICLO MENSTRUAL INÍCIO DA TRANSIÇÃO Folículos mais resistentes. Elevação de FSH (encurta fase folicular). Fase folicular mais curta – ciclos mais curtos. FASES MAIS TARDIAS Ciclos anovulatórios – niveis de estradiol baixos não geram pico de LH. Deficiência de produção de progesterona. Ciclos cada vez mais longos. Pode haver SUA por desbalanço hormonal. FERTILIDADE Queda importante da quantidade e qualidade dos folículos após 40 anos, porém gestações podem ocorrer. Manter MAC até a menopausa se houver atividade sexual. Método que não interfere na ovulação esperar menopausa para retirada. Método não ovulatório retirada por 4 semanas e dosagem de FSH, se > 35 fase de transição – suspende. HIPOESTROGENISMO SINTOMAS VASOMOTORES Súbita e intensa onda de calor. Início na face, pescoço, parte superior do tronco e braços – estende-se por todo o corpo. Rubor facial, sudorese, palpitações, calafrios. Duração 1-5 min várias vezes ao dia. Mais comuns e intensos à noite. Disfunção do centro termorregulador do hipotálamo – oscilações do estrogênio – alteração em neurotransmissores. MEDIDAS COMPORTAMENTAIS PARA CONTROLE § Ventilação de ambientes; § Roupas em camadas; § Evitar café, pimenta. Intervenção mais eficaz – TRH. SÍNDROME GENIOTURINÁRIA ATROFIA vulva, vagina, uretra e bexiga. Receptores estrogênicos no epitélio – produção de colágeno, manuteção de tecido adiposo e retenção hídrica. Ressecamento vaginal, ardência, dispareunia. GO – Ginecologia Endócrina Climatério Cecilia Antonieta 2 CASOS GRAVES atrofia labial, introíto estreitado, vagina curta. SINTOMAS URINÁRIOS urgência, disúria, incontinência. Perda das rugosidades, turgor e elasticidade – mucosa rosa pálida, friável, fina, fissura, sangramento facial MICROBIOMA VAGINAL perda da camada superficial celular – menos glicogênio produzido. Redução dos lactobacilos – menor conversão em ácido lático. Predomínio de células basais intermediárias. Vaginite atrófica leucorreia amarela/marrom, odor ruim. Tratamento com estrogênio tópico. ENDOMÉTRIO Atuação somente estrogênio (em menor quantidade) sem oposição da progesterona. Proliferação desorganizada e/ou atrofia endometrial. FATOR DE RISCO pólipos, hiperplasias endometriais, neoplasia. SINTOMAS irregularidade menstrual (perimenopausa), SUA. ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES Aumento androgênio + redução estrogênio – perfil aterogênico. ESTROGÊNIO proteção endotelial – efeito vasodialtador, produção óxido nítrico e PGs. Mudança na distribuição de gordura corpo – acúmulo abdominal – aumento do colesterol total. ↑LDL, ↓HDL e ↑triglicerídeos. Formação de placas ateroscleróticas. COGNIÇÃO,HUMOR E SONO § Sono curto, baixa qualidade, despertares noturnos – piora com fogachos noturnos; § Redução da atenção e concentração; § Deficit de memória; § Sintomas depressivos e ansisosos; § Labilidade emocional. RASTREAMENTO E PREVENÇÃO DOENÇAS CRÔNICAS Estimular hábitos de vida saudáveis e ingestão de cálcio e exposição solar; AVALIAÇÃO METABÓLICA DE ROTINA § Glicemia em jejum; § Lipidograma; § TSH; § Densitometria – mulher após menopausa, após 65 anos ou precocemente se risco de osteopenia (tabagismo, glicocorticóide, IMC baixo). NEOPLASIAS MAMOGRAFIA INCA E MS bienal dos 50-69 anos. FEBRASGO E SBM anual a partir dos 40 anos. COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA 25-64 anos. Após 65 anos pode suspender caso haja exame normal nos 5 anos. CANCER COLORRETAL COLONOSCOPIA a cada 10 anos, a partir dos 45 anos. SANGUE OCULTO NAS FEZES anual. TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL (TRH) Avaliar: § Indicação; § Quais os benefícios; § Contraindicações; § Como utilizar (quando começar, como prescrever, quais medicações, VO ou transdeémica). INDICAÇÕES SINTOMAS VASOMOTORES indicação primária. Estrogenioterapia – tratamento mais eficaz para fogachos. ATROFIA UROGENITAL TÓPICOS melhor resposta. ORAIS PREVENÇÃO DE OSTEOROPOROSE E FRATURAS OSTEOPORÓTICAS SUA Pós menopausa sempre avaliar – biópsia se USTV com endométrio > 4-5 mm. Perimenopausa avaliar fatores de risco (obesidade, anovula- ção crônica, nuliparidade, uso de tamoxifeno, menacme longo) e imagem do USTV. Biópsia endometrial preferencial – histeroscopia. Biópsia às cegas – Pipelle ou Novak. Somento de HSC não disponível. GO – Ginecologia Endócrina Climatério Cecilia Antonieta 3 IOP ANTES DOS 40 ANOS reposição até os 50 anos – diminui o risco cardiovascular. BENEFÍCIOS § Reduz o risco cardiovascular e mortalidade geral; § Reduz o desenvolvimento de doença de Alzheimer e demência; § Proteção contra câncer colorretal; § Melhora qualidade do sono; § Reduz risco DM2; § Reduz infecções urinárias de repetição. CONTRAINDICAÇÕES DOENÇAS OU LESÕES PRECURSORAS DE CA HORMÔ- NIO DEPENDENTES história pessoal de câncer de mama ou de lesões precursoras do câncer de mama ou de endométrio. DOENÇAS HEPÁTICAS DESCOMPENSADAS ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES QUE AUMENTO O RISCO DE TVP E TEP doenças coronarianas cerebrovas- culares, doenças trombóticas ou tromboembólicas. OUTROS sangramentos vaginais de origem desconhecida, lúpus e porfiria. *Meningioma – contraindica progestageno, mas não estrogeno. NÃO SÃO CONTRANDICAÇÕES § História familiar de TEV; § História familair de câncer de mama; § HAS e DM controlados; § Migrânea com aura; § Câncer de colo uterino. TRH E CÂNCER DE MAMA Estrogênio isolado não levou a aumento do risco. Risco aumentado pela adição de progesterona e com a duração total de uso da TRH. INÍCIO JANELA DE OPORTUNIDADE começar o mais cedo possível (redução de eventos cardiovasculares): § Deve ser iniciada até 10 anos após a menopausa. § Iniciar antes dos 60 anos. A prescrição de TRH em pacientes assintomáticas apenas para proteção CV não é recomendada. PRESCRIÇÃO Estrogênio tratamento dos sintomas. Progesterona proteção endometrial. Usar as menores doses suficientes de estrogênio para controles dos sintomas climatéricos. MEDICAÇÕES PACIENTE COM ÚTERO estrógeno + progesterona. PACIENTE SEM ÚTERO estrógeno. *Se histerectomia por endometriose – fazer E+P. ESQUEMA SEQUENCIAL X CONTÍNUO CONTÍNUO amenorreia. SEQUENCIAL estrogênio contínuo + progesterona 12-14 dias/mês. Sangramento periódicos regulares. Bom na transição menopausal, para tratamento da SUA. SISTÊMICO X LOCAL SISTÊMICA sintomas vasomotores e prevenção de fraturas osteroporóticas. LOCAL síndrome urogenital da menopausa – estriol ou promestrieno. Sem necessidade de progestágenopara proteção endometrial. Ataque aplicação intravaginal diária por 2 semanas. Manutenção aplicação 2-3 vezes por semana. ORAL X TRANSDÉRMICO ORAL primeira passagem hepática – estrogênio ativa fatores de coagulação. Eleva HDL reduz LDL e aumenta risco tromboemólico. Evitar se risco aumentado (hipertensa). TRANSDÉRMICA não aumenta risco trombótico. Pacientes com comorbidades (hipertrigliceridemia, HAS, DM, obesidade e síndrome metabólica) ou tabagistas. Via oral pacientes em comorbidades ou dislipidemia (baixo HDL e elevado LDL, com triglicerídeos normais). SUSPENSÃO Manter pelo menor tempo necessário para alívio dos sintomas. Não existe duração máxima. A suspensão pode ser feita de forma gradual ou abrupta. OPÇÕES ALTERNATIVAS GO – Ginecologia Endócrina Climatério Cecilia Antonieta 4 TIBOLONA também é uma medicação hormonal – mesmas contraindicações. Ação tripla em receptores de estrogênio, progesterona e andorgenicos. Efietos nos sintomas vasmotores, urogenitias e mantuenção de massa óssea. Melhora da libido, fadiga, sarcopenia. Não usada como primeira linha. Se mastalgia – boa opção, pois não estimula a proliferação mamária. ANTIDEPRESSIVOS ISRS E ISRSN Serotonina age na modulação do humor, no comportamento sexual e na termorregulação. CLONIDINA bloqueio alfa-adrenérgico. GABAPENTINA ação sobre fogachos. Usuárias de tamoxifeno não devem usar fluoxetina ou paroxetina, pois reduzem o metabolismo do tamoxifeno. Usar venlafaxina.
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