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Síndrome Climatérica

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CONCEITOS INICIAIS 
• Climatério → período variável 
o Fase biológica da vida e não um processo patológico 
o Compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo 
o Pode estender-se até 65 anos 
o Divide-se em 3 períodos: 
▪ Perimenopausa 
• Transição menopausal → 1ª fase do climatério. Período que 
antecede a menopausa 
• Em média 4-5 anos antes da última menstruação 
• Ciclos menstruais irregulares até 1 ano de amenorreia 
• Flutuações hormonais intensas → SINTOMAS 
▪ Menopausa 
• É PONTUAL → última menstruação da vida da paciente 
• Representa a interrupção irreversível da ovulação 
• Diagnóstico retrospectivo → 12 meses após a DUM (+/- 51 
anos) 
o 95% entre 45-55 anos (40 a 55 anos são os limites) 
• Marco dentro do climatério 
▪ Pós-menopausa 
• Corresponde ao período após o evento da menopausa 
• Durante este estágios os sintomas climatéricos (ondas de 
calor, insônia, ganho de peso, mudanças de humor, 
ressecamento vaginal e queda na libido) permanecem e 
podem intensificar 
• Menopausa precoce (Falência ovariana precoce/ Insuficiência ovariana primária) 
→ <40 anos 
• Menopausa tardia → > 55 anos 
• Menopausa induzida → causada por intervenção clínica (quimioterapia ou terapia 
de irradiação pélvica) ou cirúrgica 
• Síndrome Climatérica → conjunto de sinais e sintomas que podem ocorrer no 
climatério 
FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL 
 
 
 
CRESCIMENTO FOLICULAR 
• Processo contínuo e dinâmico de recrutamento folicular 
• Atresia contínua → pelo fato se as gonadotrofinas não estarem presentes para 
formar um folículo dominante 
• Início do processo de crescimento independente de estímulo de FSH e LH (folículos 
primordiais até o folículo pré-antral – 2mm) 
FATORES QUE INTERFEREM NA IDADE DA MENOPAUSA 
• Genéticos 
• Étnicos 
• Tabagismo (diminui em torno de 2 anos a menopausa da paciente) 
• História de autoimunes 
PRÉ-MENOPAUSA 
• Transição menopausal inicial 
 
MENOPAUSA 
 
• O aumento do FSH é o parâmetro laboratorial para confirmar que a paciente entrou 
na menopausa 
• Com o avanço do processo de produção desprezível de estrogênio pelo ovário: 
o Menopausa = HIPOESTROGENISMO 
o A estrona se torna o PRINCIPAL estrogênio após a menopausa 
 
 
o Aromarização da andostrenediona nos tecidos periféricos oriunda do 
estroma ovariano e adrenais 
• ATENÇÃO → Pacientes obesas que possuem muito tecido gorduroso, tendo muita 
aromatização periférica. TEM MENOS SINTOMAS DA MENOPAUSA 
FISIOLOGIA DO CLIMATÉRIO 
• Diminuição maciça da população folicular 
• Encurtamento da primeira fase 
• Diminuição de estrogênio e inibina 
• Diminuição do feedback negativo para a hipófise 
• Aumento errático do FSH 
• Aumento do recrutamento folicular 
• Diminuição dos níveis de estradiol 
• Aumento do estroma ovariano 
• Insuficiência para fazer pico de LH (Anovulação) 
• Produção de testosterona 
TRANSIÇÃO MENOPAUSAL 
• Início 
o Alguma irregularidade menstrual (Anovulação) 
o Redução da inibina B 
o FSH começa a aumentar 
o Estradiol normal ou elevado 
• Tardia 
o Elevada irregularidade menstrual 
o Aumento FSH 
o Redução do estradiol (variável flutuação) 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA MENOPAUSA 
• Fogachos (sintoma MAIS COMUM → 80%) 
• Distúrbios do sono 
• Irregularidade menstrual 
• Alterações de humor 
• Ressecamento vaginal 
• Mudanças no perfil lipídico 
• Perda óssea 
HIPOESTROGENISMO 
• Responsável pelos sintomas 
o Vasomotores → fogachos, palpitação, ansiedade, depressão, insônia, 
redução da libido, alterações cardiovasculares 
o Genitais → atrofia vulvovaginal, secura vaginal 
o Urinários → urge-incontinência urinária, desconforto ao urinar 
o Diversos → queda de cabelo, ressecamento da pele, perda de massa óssea, 
atrofia das glândulas mamárias 
 
 
CLÍNICA 
FOGACHOS 
• 80% por mais de 1 ano 
• 20-30% precisam de tratamento 
o Somente quando interferir na vida da paciente 
• São ondas de calor (1 a 3 min) associada a palpitação, sudorese, ansiedade e 
seguida de calafrios 
• Ocorre uma disfunção no centro termorregulador hipotalâmico devido à oscilação 
do estrogênio, provocando aumento da norepinefrina e diminuição da serotonina, 
fazendo com que a paciente tenha os fogachos 
• Atenção em pacientes: 
o Sedentárias 
o Tabagistas 
o Realizaram ooforectomia 
o IMC? 
ATROGIA GENITURINÁRIA 
• O estrogênio é responsável por manter a espessura do epitélio vaginal. Na sua 
ausência, o epitélio vaginal diminui a espessura ficando mais sensível a traumas. 
Além disso diminui o glicogênio e aumenta o pH vaginal, aumentando assim as 
chances de a paciente contrair infecções por germes de pele e reto. 
• Há perda da elasticidade das estruturas de suspensão e sustentação frouxas do 
útero → PROLAPSO GENITAL 
• Ocorre também inversão do ectocérvice (JEC endocervical) 
• Schiller amarelo pálido 
• Paciente se queixa de: 
o Ressecamento 
o Prurido 
o Dispareunia superficial 
• Paciente tem mais chances de 
o Infecções recorrentes 
o Urgência e disúria 
o Incontinência urinária de esforço → devido ao encurtamento uretral 
o Sangramento → devido à atrofia endometrial 
SEXUALIDADE 
• Libido 
o Não foi provada associação hormonal 
o Devem ser avaliados outros fatores 
CARDIOVASCULAR 
• O estrogênio é protetor do sistema cardiovascular, pois aumenta o HDL 
• Após a menopausa, aumenta o risco cardiovascular 
o Aumenta colesterol total e LDL, que é aterogênico 
o Aumenta fibrinogênio e PAI → perdendo a ação vasodilatadora e 
antiagregante plaquetária 
 
 
• Orientações 
o Mudança do estilo de vida 
o Atividade física 
o Controle de peso e PA 
o Perfil lipídico 
o Tabagismo 
METABOLISMO ÓSSEO 
• Estrogênio inibe a remodelação óssea (osteoclastos) 
• Ocorre um balanço negativo após a menopausa, pois a atividade osteoclastica se 
sobrepõe → OSTEOPOROSE 
o Baixa massa óssea 
o Distorção da microarquitetura → fragilidade óssea 
• Orientações 
o Exercício 
o Cálcio e vitamina D 
DIAGNÓSTICO 
• Transição menopausal/perimenopausa (Não precisa de exames) 
o Mulheres acima de 45 anos + 
o Irregularidade menstrual + 
o Sintomas como fogachos ou alterações de humor e sono 
• Menopausa (não precisa de exame) 
o 1 ano em amenorreia em mulheres acima de 45 anos 
• 40-45 anos 
o Irregularidade e sintomas → Fazer b-hCG, prolactina, TSH e FSH 
• < 40 anos 
o Avaliar insuficiência ovariana primária 
EXAMES COMPLEMENTARES 
• Exames laboratoriais 
o Rastreamento de diabetes e alterações lipídicas 
o Sangue oculto nas fezes/ Colonoscopia acima de 50 anos 
o COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA (até 64 anos) 
▪ ATENÇÃO → atrofia provoca aumento do núcleo celular que pode 
confundir achados de neoplasia intraepitelial escamosa 
• Mamografia 
o 50-69 anos de 2 em 2 anos pelo MS 
o Anual a partir dos 40 anos pela SBM 
• Densitometria óssea 
o > 65 anos de 2 em 2 anos OU na menopausa se fatores de risco para 
osteoporose 
▪ Mulheres na pós menopausa, sedentarismo, abuso de álcool, 
tabagismo, dieta pobre em cálcio ou vitamina D, pessoas com 
doenças autoimunes, histórico familiar 
• USTV 
o Se queixas (patologia uterina e ovariana) → principalmente SUA para: 
 
 
▪ Medida da espessura do eco endometrial (STV) 
TRATAMENTO 
MEDIDAS GERAIS 
• Dieta normoproteica e hipocalórica 
• Ingesta de cálcio 
• Redução de peso 
• Atividade física 
• Exposição ao sol 
• Resgate da autoestima 
• Não ignorar a sexualidade 
TERAPIA ESTROGÊNICA 
• Decisão conjunta com paciente 
• É o tratamento mais efetivo, porém deve ter ausência de contraindicações 
• Contraindicações 
o Absolutas: 
▪ Sangramento genital não esclarecido 
▪ Câncer de mama pessoal 
▪ Câncer de endométrio ou alto risco pessoal 
▪ Tromboembolismo 
▪ Infarto agudo do miocárdio 
▪ Doença hepática aguda 
o Relativas 
▪ Evitar via oral em triglicerídeos aumentados, trombofilias, enxaqueca 
com aura, litíase biliar, hipertensão 
• Quem será tratada? 
o Sintomáticas menoresde 60 anos 
• Usado nos primeiros 5 a 10 anos de menopausa 
• Uso máximo por 5 anos 
• Deve-se calcular risco cardiovascular e de mama individuais 
• Não indicar para prevenção de doença cardiovascular, demência ou osteoporose 
TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL 
• O tipo e a via vão depender dos sintomas da paciente e se ela tem ou não útero 
o Se tem útero → usa estrogênio e progesterona para prevenir hiperplasia 
endometrial 
o Se histerectomia → estrogênio isolado (pois estrogênio é o que trata os 
sintomas) 
o Se atrofia genital → estrogênio tópico 
• Tratamento é para MELHORA dos sintomas 
• Esquemas 
o Estrogênio isolado e contínuo → MELHOR tratamento e com menor recidiva 
de sintomas 
o Estrogênio e progesterona contínuos → maioria das pacientes ficam em 
amenorreia por 6 meses 
 
 
o Estrogênio contínuo e Progesterona cíclica → indicado para paciente que 
quer continuar sangrando 
o Estrogênio cíclico e Progesterona cíclica → NENHUMA vantagem, paciente 
acaba tendo mais sintomas na pausa 
PARA OS DEMAIS SINTOMAS 
• Labilidade emocional e depressão 
o ISRS (inibidor de recaptação de serotonina) → fluoxetina, paroxeina, 
venlafaxina 
▪ Indicado também no caso de pacientes com contraindicação ao 
uso de estrogênio 
• Atrofia urogenital 
o Uso vaginal se sintoma único (estriol, promestrieno) 
o Hidratantes vaginais (ácido hialurônico) 
• Tibolona 
o Derivado sintético do noretinodrel 
o Atividade estrogênica, progestanica e androgênica de forma contínua → 
MAS não é hormônio 
o Amenorreia e endométrio atrófico 
o Melhora libido 
o Aumenta LDL e reduz trigiclerídeos 
• Raloxifeno 
o Modulador seletivo de receptores de estrogênio 
o Imita estrogênio no osso e no sistema cardiovascular 
o Antagonista de estrogênio na mama e endométrio 
o Poucos dados a longo prazo 
o Utilizar nas pacientes com CONTRAINDICAÇÃO ao uso de estrogênio e com 
alto risco para osteoporose 
• Isoflavonas → Não há comprovação de ser mais eficaz que placebo 
• Acupuntura → não é eficaz para fogachos 
• Hipnose 
• Terapia comportamental

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