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Arquitetura e Urbanismo Interdisciplinar Pergunta 1: A partir da figura que se segue, que representa, esquematicamente, o levantamento topográfico de um lote urbano, é possível concluir que: D.-O lote tem área de 946,9 m2 e apresenta um declive de mais de 5,00 m. Pergunta 2: Com relação ao terreno mostrado abaixo, para andares abaixo do nível da rua, destinados a garagens, a legislação de uso e ocupação do solo exige apenas um recuo frontal, de 5,00 m. Considerando uma carga distribuída da ordem de 12 kN/m2 para cada pavimento, a carga total acrescida nas fundações, devida a 2 subsolos de garagens, pode ser estimada em: B-20.500 kN. Pergunta 3 - A legislação brasileira relativa à acessibilidade exige que uma rampa para Portadores de Necessidades Especiais (PNE) tenha, no mínimo, 1,20 m de largura e inclinação máxima de 8,33%. Para dar acesso a um pavimento situado 20 cm acima da cota do passeio público, uma rampa deve ter, aproximadamente: b. 2,40 m de comprimento horizontal Pergunta 4 Em geral, cerca de 40% do consumo diário de água em um edifício são armazenadas num reservatório superior, no ponto mais elevado do prédio, além da reserva de água para combate a incêndio. Uma pessoa, em sua residência, consome cerca de 200 litros de água por dia para suprir todas as suas necessidades domésticas, tais como alimentação, higiene e limpeza, entre outras. Para um edifício com 25 andares e 4 apartamentos por andar, cada um com acomodações para até cinco pessoas, o volume mínimo do reservatório superior, sem contar a reserva para combate a incêndio, será de: c- 40 m3 Pergunta 5: O escoramento para a moldagem de uma laje de concreto armado, com área de 400 m2 e 10 cm de espessura, considerando uma sobrecarga de trabalho de 2 kN/m2 e peso específico do concreto armado de 25 kN/m3, utilizando escoras metálicas com capacidade para 15 kN, deve ter: a-Pelo menos 120 escoras. Pergunta 6 O plano para o retrofit das instalações de uma indústria prevê a coleta de todas as águas pluviais, um tratamento primário e a sua reserva para reuso. As instalações dessa indústria ocupam toda uma quadra, de 100,00 m x 100,00 m Considerando-se a coleta de uma precipitação máxima de 30 mm, o reservatório para tal coleta teria, pelo menos, as seguintes dimensões (CxLxA): a- 10,00m x 10,00 m x 3,00 m. Pergunta 7: Os aparelhos de ar condicionado são dimensionados em função do volume do ambiente a ser climatizado e também da quantidade média de pessoas que o utilizarão. A unidade utilizada é o BTU (British Thermal Unit). Para ambientes com alturas usuais, isto é, algo em torno 2,60 m, uma forma simples de dimensionar a capacidade necessária é multiplicar 600 BTU pelo valor da sua área, em planta, supondo que tal ambiente seja utilizado por uma pessoa. Para cada pessoa a mais neste ambiente, acrescenta-se 600 BTU. Para climatizar uma sala de reuniões para até 10pessoas, com pé direito de 2,70 m; 5,20 m de comprimento e 4,00 m de largura, dentre as opções tipo split, a seguir, o aparelho ideal é: b- de 18.000 BTU. Pergunta 8-Os escritórios vêm se transformando cada vez mais rapidamente e com maior frequência.Para permitir essa versatilidade, os edifícios devem contar com espaços amplos, livres de pilares e de paredes fixas. Nesse contexto, são de grande utilidade os sistemas construtivos que utilizam:e-Lajes nervuradas com paredes de gesso cartonado. Pergunta 9. Um arquiteto ou urbanista, antes de tudo, é um generalista. Por mais que se especialize em algum dos segmentos e possa contar comespecialistas das demais áreas, tanto da engenharia quanto do saber em geral, ele precisa ter conhecimentos básicos de todas as áreas. Por exemplo, ao se encarregar da reforma de um escritório, no 8º andar de um edifício, onde se pretende trocar o piso de carpete por piso elevadocom placas de granito, de 50 cm x 50 cm, com 2 cm de espessura, assentadas sobre suportes metálicos. Considerando que o peso específico dogranito pode chegar a 30 kN/m3e que serão necessários 4 suportes de 0,20 kN cada, por m2de piso, o arquiteto deverá estimar que oacréscimo de carga na laje de piso deste escritório será da ordem de:e-1,40 kN/m2. Pergunta 10Um pilar deverá suportar, no pavimento térreo de um dado edifício, uma carga da ordem de 500 tf, estimada por área de influência. Sem considerar a armadura de aço e utilizando concreto com fck = 25 MPa (1 MPa equivale a 10 kgf/cm2), é possível estimar, comopredimensionamento, que as dimensões da seção transversal deste pilar seriam, aproximadamente: 20 cm x 100 cm. Pergunta 1Um condomínio horizontal de padrão médio, constituído de 36 sobrados geminados, será construído num terreno, cujo perfil do subsolo, levantadoa partir de 9 furos de sondagem a percussão simples, do tipoStandard Penetration Test (SPT), e é representado esquematicamente pela figura que se segueComo estimativa preliminar para as fundações dos sobrados, pode-se afirmar que: É possível empregar fundação direta, por meio de sapatas corridas. Pergunta 2Uma questão frequente em projetos urbanos é a contenção do terreno para construção de andares abaixo do nível da rua, destinados a garagem.Com relação ao perfil de subsolo apresentado a seguir, para construir um edifício de 30 andares, com 2 andares para garagens, no subsolo, asolução mais adequada, técnica e economicamente, seria:Paredes diafragma com altura a definir em projeto específico. Pergunta 3A cobertura de um pequeno galpão, de 12,00 m por 25,00 m, será executada com telhas de fibra natural de 1,80 m de comprimento por 1,00 mde largura, em duas águas, com inclinação de 30%. Considerando que não terá beirais e que as sobreposições mínimas são de 10 cm naslaterais e de 14 cm no caimento, pode-se afirmar que serão necessárias: 224 telhas. Pergunta 4A legislação de uso e ocupação do solo de praticamente todos os municípios contém, no mínimo,recuos frontal, lateral e de fundos, querepresentam faixas do lote em que não é permitido edificar, taxa de ocupação, que representa a máxima fração da área do lote que pode serocupada por edificação, e o coeficiente de aproveitamento, que representa a relação entre a área máxima que pode ser edificada e a área do lote. Para um lote de 14,00 m de testada por 35,00 m de fundos, num bairro em que a taxa de ocupação é de 50%, o coeficiente deaproveitamento é 1 e os recuos são, 6,00 m de frente, 2,00 m em uma das laterais, 1,50 m na outra lateral, e 6,00 m de fundo, o máximo que sepode edificar é:Área construída de 490,00 m2 e área ocupada de 241,50 m2 Pergunta 5A variedade de processos de construção, nos grandes centros urbanos, tornou-se uma característica importante nas edificações atuais. Grandesconjuntos habitacionais são construídos com processos e cronogramas industriais, do tipo Just in Time, em que o suprimento dos materiais érealizado exatamente no momento em que serão utilizados. Paralelamente, inúmeras pequenas obras são executadas artesanalmente, às vezes, apenas em finas de semana, com processos do tipo mutirão. Um sistema construtivo muito versátil, que pode ser aplicado em ambos os casos, é:Alvenaria estrutural armada, com blocos de concreto grauteado, e lajes tipo treliça, moldadas in loco. Pergunta 6Considerando 25 kN/m3, o peso específico do concreto armado, uma piscina retangular, com 8,00 m de comprimento por 4,50 m de largura e1,00 m de profundidade, com paredes e laje de concreto de 20 cm de espessura, localizada no pavimento de cobertura de um edifício, significa,para as fundações, uma carga total da ordem de:690 kN. Pergunta 7Estudos preliminares para a incorporação de um complexo comercial indicam, para a sua praça de alimentação, uma ocupação média de 80%dos assentos disponíveis, com rotatividade média da ordem de 10 ocupações diárias. Está prevista a instalação de 100 de 4 lugares e 50 mesasde 2 lugares. Devido ao seu consumo diferenciado em relação ao restante da edificação, pretende-se instalar um reservatório de água exclusivo para esta praça. Considerando que não costuma faltar água na região e que o consumo diário médio para estaatividade é de 25 litros de águapor refeição, este reservatório deve ter um volume mínimo de:100 m3 Pergunta 8Os vãos de iluminação e de ventilação voltados para o Norte sempre foram importantes em projetos arquitetônicos. Com a crescentenecessidade de reduzir o consumo de energia, esta importância se torna ainda maior, pois, no hemisfério Sul, a incidência direta dos raiossolares na Face Norte é:Máxima no inverno e quase que nula no verão. Pergunta 9Um método econômico e simples para proteger pequenas e médias encostas é um “enrocamento de pedra jogada”, que consiste em depositarmanualmente uma camada de pedra britada de grandes dimensões (rachão) sobre o sopé da encosta ou talude. Se o custo do rachão colocadoé de aproximadamente R$ 100,00/m3, uma camada de 100 m de extensão, com 80 cm de altura e 25 cm de espessura, custará: R$ 2.000,00. Pergunta 10Uma academia de ginástica decidiu instalar um sistema de coleta de águas pluviais e de aquecimento solar para abastecer os chuveiros dosseus vestiários. Considerando que a perda de carga na tubulação que liga o reservatório de água quente ao chuveiro mais distante seria cercade 2,5 mca, para obter-se uma carga mínima de 2,0 mca nas saídas dos chuveiros, este reservatório deve ser instalado: Pelo menos 6,50 m acima do piso do vestiário. Arquitetura e Urbanismo Interdisciplinar Sistemas Estruturais (Madeira e Metais) Aços-carbono são aços considerados de média resistência mecânica. Podem ser divididos em três classes: Baixo carbono: C ≤ 0,30% Médio carbono: 0,30% < C < 0,50% Alto carbono: C ≥ 0,50% * O aumento do teor de carbono produz redução da ductibilidade, o que acarreta problemas na soldagem. No entanto, os aços-carbono considerados na classificação de baixo carbono podem ser soldados sem precauções especiais, sendo assim os mais adequados à construção civil. Ductilidade é a capacidade que os materiais têm de se deformar antes da ruptura. É o oposto de fragilidade. Exemplo de material frágil: vidro. Principais propriedades físicas e mecânicas dos aços estruturais Constantes físicas do aço Massa específica ρ = 78,5 kN/m3 Módulo de elasticidade E = 200.000 MPa Coeficiente de dilatação térmica α = 12 x 10-6/ ºC Coeficiente de Poisson ν = 0,3 Elasticidade: Capacidade de o elemento voltar à forma original após sucessivos ciclos de carregamento e descarregamento. A deformação elástica é reversível: desaparece quando a tensão é removida. A deformação plástica é irreversível: não desaparece quando a tensão é retirada. Dureza: Trata-se da resistência ao risco ou abrasão. Mede-se a dureza pela resistência que a superfície do material oferece à penetração de uma peça de maior dureza.É de extrema importância conhecer a dureza para o processo de estampagem das chapas de aço. Resiliência: É a capacidade de absorver energia mecânica em regime elástico ou a de restituir energia mecânica absorvida. Ou simplesmente resiliência é a quantidade de energia elástica absorvida por unidade de volume. Tenacidade: Quantidade de energia, absorvida por unidade de volume até sua ruptura. Em tração simples, a tenacidade é representada pela área total do diagrama tensão x deformação Resistência à fadiga: Ruptura de um material quando da ocorrência de esforços cíclicos ou repetidos. A ruptura à fadiga é sempre frágil, mesmo que aconteça em materiais dúcteis. A verificação quanto à fadiga é fundamental nos casos de ponte rolante, pontes rodoviárias e ferroviárias. Fluência: É o fenômeno pelo qual metais e ligas tendem a sofrer deformações plásticas quando submetidos por longos períodos a tensões constantes, porém inferiores ao limite de escoamento do material. À temperatura ambiente, a deformação das estruturas metálicas é muito pequena, a não ser que a carga adquira uma tal intensidade que se aproxime da tensão de ruptura. Chapas de aço: Chapas finas a frio: espessura-padrão de 0,30 mm a 2,65 mm. Chapas zincadas: espessura- padrão de 0,25 mm a 1,95 mm. Chapas finas a quente: espessura-padrão de 1,20 mm a 5,00 mm. Chapas grossas: espessura- padrão de 6,30 mm a 102 mm. Vantagens da construção metálica: Redução das cargas nas fundações. Aumento da área útil. Redução no tempo da obra. Facilidades no canteiro de obra. Maior qualidade e melhor segurança. Aumento da produtividade. O aço é um material reciclável. Versatilidade no uso (edifícios comerciais, industriais, pontes, viadutos e passarelas, silos e reservatórios, torres, residências, aeroportos, hangares, grandes coberturas, plataformas marítimas etc.). Desvantagens da construção metálica: Exige mão de obra altamente especializada. Em algumas regiões pode ser difícil encontrar alguns tipos de aço e determinados tipos de perfis. Muitas regiões do Brasil não têm tradição de utilizar estruturas de aço. Utilização viabilizada em projetos lineares (vigas e pilares). Para lajes de piso de edificações em geral (não industriais), necessita de associação com o concreto. Característica: resistência característica ao escoamento – os tipos mais comuns de aços possuem 2750 kgf/cm2 e 3350 kgf/cm2 de resistência ao escoamento, respectivamente. O aumento dos níveis de carbono adiciona resistência, mas também reduz sua ductilidade. Chapas finas – espessuras de até 5,0 mm. Chapas grossas – espessuras > 5,0 mm. Elementos de ligação são todos os componentes incluídos no conjunto para permitir ou facilitar a transmissão dos esforços: enrijecedores; placa de base; cantoneiras; chapas de gusset; talas de alma e de mesa; parte das peças ligadas envolvidas localmente na ligação; Meios de ligação: são os elementos que promovem a união entre as partes da estrutura para formar a ligação. Como meios de ligação são utilizados principalmente soldas, parafusos e barras roscadas, como os chumbadores. Classificam-se as ligações: I. Segundo a rigidez.II. Segundo os meios de ligação. III. Segundo os esforços solicitantes. IV. Segundo a execução das ligações.as ligações são classificadas nos três seguintes tipos: Rígida; Flexível; Semirrígida. Ligação flexível: A restrição à rotação relativa entre os elementos estruturais deve ser tão pequena quanto se consigaobter na prática. No caso de vigas, sujeitas à flexão simples,por exemplo, a ligação flexível transmite apenas a forçacortante. A ligação é considerada flexível se a rotação relativaentre as partes, após o carregamento, atingir 80 por cento ou mais daquela teoricamente esperada caso a conexão fossetotalmente livre de girar.Ligação semirrígida. Ligação rígida: O ângulo entre os elementos estruturais que se interceptam permanece essencialmente o mesmo após o carregamento da estrutura, com uma restrição à rotaçãoda ordem de 90 por cento ou mais daquela teórica necessária à ocorrência de nenhuma rotação. Parafusos: resistem à tração e/ou cisalhamento; Soldas: resistem a tensões de tração, compressão e/ou cisalhamento. Nos parafusos ou linhas de solda, as ligações podem ser dos seguintes tipos: Cisalhamento centrado.Cisalhamento excêntrico. Tração ou compressão. Tração ou compressão com cisalhamento. Tesouras triangulares de 2 águas Indicadas para vão livre entre 7,5 e 30,0m. A altura da treliça h_>l/10 Tesouras triangulares de 1 água Indicadas para vão livre entre 7,5 e 20,0m. A altura da treliça h_>l/10 Treliças de banzos paralelos Indicado para vão livre entre 7,5 e 60,0 m. A altura da viga h_>l/12 Pórticos treliçados biarticulados Indicados para vão livre entre 15,0 e 40,0 m. A altura do elemento situado na parte superior h_>l/12 Vigas laminadas coladas biapoiadas Indicadas para vão livre entre 10,0 e 35,0 m. A altura da viga h_>l/17 Vigas laminadas coladas vagonadas Indicadas para vão livre entre 10,0 e 30,0 m. A altura da viga h_>l/40 f_>l/12 Vigas de madeira maciça Indicadas para vão livre entre 1,0 e 8,0 m. A altura da viga h_>l/17 Arcos laminados colados Indicados para vão livre entre 20,0 e 100,0 m. A espessura do arco h_>l/50 Sistemas Estruturais (Madeira e Metais) Classificação das madeiras: -As madeirasduras (madeiras de lei) são originárias das árvores dicotiledôneas, com folhas achatadas e largas, cujo crescimento é lento, tais como: ipê, aroeira, peroba, carvalho e outras. -As madeiras macias são originárias das árvores coníferas, com folhas em forma de agulhas ou escamas e sementes agrupadas em forma de cone, cujo crescimento é rápido, tais como: pinheiros, cedros e outras. Tipos de madeiras mais comuns, utilizados em estruturas: Madeira roliça. Madeira falquejada ou lavrada. Madeira serrada. Madeira laminada colada (MLC).* Madeira laminada colada cruzada (CLT – Cross Laminated Timber)* Desdobramento em pranchas O desdobramento radial produz pranchas mais homogêneas, mas é mais caro, oque favorece a utilização do desdobramento paralelo com maior frequência.-Antes de poder ser utilizada, a madeira serrada precisa passar porum processo de secagem (natural ou artificial) com a finalidade de diminuir a umidade. Os objetivos principais dessa etapa são: inibir os ataques de fungos, melhorar a trabalhabilidade e aumentar a resistência física da madeira. Tipos de treliças Os tipos de treliças mais utilizados em coberturas contendo duas águas são: Howe, Pratt e Belga; sendo que a Howe é o tipo mais empregado em madeira, devido ao fato de possuir ligações com soluções mais simples. Anisotropia: diferentes propriedades estruturais de acordo com diferentes direções. Higroscopia: perde umidade conforme seca e absorverá umidade da atmosfera dependendo da umidade relativa do ambiente – umidade. Fluência: assim como no concreto, está sujeita à fluência. A deformação pode aumentar em 60 por cento ao longo de dez anos, sob carregamento permanente. Pode ser de 2 tipos: madeira de árvores folhosas – árvores duras e madeira de árvores coníferas – árvores brandas. Para ser encontrada sua massa específica, a madeira deve apresentar umidades de 0%, 12% e 15%. Anisotropia: a madeira não apresenta as mesmas características físicas em todas as direções.- Formada por fibras longitudinais – características diferentes nas direções longitudinais e normais à fibra.- Ângulo das fibras: influenciam nas propriedades mecânicas e elásticas da madeira e são resultado do processo de crescimento da árvore.- Porcentagem de lenho tardio e de lenho inicial: quanto maior a porcentagem de lenho tardio, melhor a resistência da madeira.- Largura irregular dos anéis de crescimento: isso faz com que a madeira apresente propriedades desiguais em uma mesma peça – torção, rachadura. -Devido à orientação das fibras da madeira e à sua forma de crescimento, as propriedades variam de acordo com três eixos perpendiculares entre si: longitudinal, radial e tangencial. O aumento do volume é proporcional ao aumento de teor de umidade e ocorre entre 0 e 28% de umidade. Nós: região do tronco onde nascem os galhos Dificultam o processo de desdobro, aplainamento, colagem e acabamento, propiciando assim o surgimento de problemaspatológicos – fissuras em elementos estruturais de madeira. Compressão paralela: tendência a encurtar as células da madeira ao longo do seu eixolongitudinal. Compressão normal: comprime as célulasdamadeiraperpendicularment e ao eixo longitudinal. Compressão inclinada: age tanto paralela como perpendicularmente às fibras. Pórticos -Vãos de 20 a 100m. -Bi-articulados ou tri-articulados (semi-pórticos = rapidez de montagem). -Isostáticos – não sofrem com redução de temperatura ou umidade. Pórticos paralelos formam sistema: -Contraventamento no plano do telhado – cargas de vento longitudinais do edifício para os pilares. -Contraventamento vertical – transfere as cargas para as fundações e traz rigidez longitudinal. -Ventos transversais são absorvidos pelos pórticos. História da Arquitetura no Brasil A arquitetura moderna no Brasil começa com as propostas de Gregori Warchavchik e Lucio Costa nos anos 1920, consolidase entre os anos 1940 e 1950, começa a ser modificada nos anos 1960 e 1970 e é profundamente questionada a partir dos anos 1980. em 1937 é criado o Sphan Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional A arquitetura moderna das décadas de 1920 e 1930 é caracterizada por: um léxico arquitetônico específico (os conhecidos cinco pontos da arquitetura, de Le Corbusier), uso intenso da industrialização da construção, uma estética de forte influência das vanguardas artísticas europeias e, com a urbanização moderna, a criação de um novo tipo de espaço urbano. Com o passar das décadas, novas vertentes da arquitetura moderna foram surgindo na Europa e nos Estados Unidos e algumas delas influenciaram os profissionais aqui no Brasil. As iniciativas públicas para resolver o problema da falta de habitação qualificada podem ser divididas em três fases de acordo com o tipo de financiamento. Na primeira fase (1937-1964), o Estado cria institutos que financiam e constroem os chamados conjuntos residenciais. Na segunda fase (1964-1986), é criado o Banco Nacional de Habitação – BNH, que gerenciava e regulamentava um novo sistema, o Sistema Financeiro de Habitação – SFH. A terceira fase (1986-1997) começa com a extinção do BNH em 1986, e o uso de novas soluções financeiras por estados, municípios e setor privado para a construção de moradias. Na quarta fase (1997- dias atuais), há um aumento da regulação do setor imobiliário e uma expansão de outros modelos de habitação, principalmente os condomínios horizontais fechados e os apartamentos-clube. Um dos projetos realizados dentro da primeira fase da habitação coletiva no Brasil foi o Pedregulho Sua finalidade era atender funcionários públicos da capital do país, na época o Rio de Janeiro A partir da década de 1960 expandem-se três aspectos da construção civil e da arquitetura no país: a industrialização de materiais construtivos, a industrialização da construção e a racionalização de projetos arquitetônicos. Tudo convivendo com a construção artesanal. A industrialização da construção trouxe transformações na maneira de construir no país: o uso de maquinário pesado, para montar edifícios inteiros para diversas finalidades, a construção seca e a implantação de maquinário leve dentro da obra foram mudanças que continuam até hoje. A racionalização do projeto arquitetônico é constituído aproximadamente ao mesmo tempo que a industrialização de materiais construtivos. Essencialmente significa que vários projetos arquitetônicos passam a ser feitos usando como referência a industrialização da construção e a modularidade dos materiais produzidos industrialmente, distanciando-se do tradicional método artesanal de construir. A criação arquitetônica e o processo de elaboração do projeto ainda são feitos da maneira como o século 20 instituiu esse trabalho, como uma sequência de etapas com um aumento do seu grau de complexidade habitação coletiva :Durante os anos 1960 e 1970 A arquitetura usada nesses projetos era caracterizada pela presença quase hegemônica do concreto armado aparente, pelos volumes maciços de edifícios com formas monolíticas, e grandes vãos, com sistemas estruturais robustos. Segundo muitos historiadores, houve duas vertentes principais da arquitetura moderna no Brasil, a Escola Carioca e a Escola Paulista. A Escola Paulista seria caracterizada por um léxico arquitetônico vinculado a uma linguagem brutalista da arquitetura. O Brutalismo foi uma decorrência da arquitetura moderna na Europa, mas quando se usa esse termo no Brasil ele não tem o mesmo significado, nem se refere à mesma arquitetura. A Escola Paulista de arquitetura se manifesta décadas após a formação da Escola Carioca. -Como características dessa escola temos a criação de espaços amplos com grandes vãos, o uso extenso do concreto armado aparente, a aplicação de projetos complementares aparentes (elétrica, hidráulica etc.), regularidade no intercolúnio e novas formasde implantação. -Independentemente dessas vertentes, várias obras consideradas icônicas foram executadas entre as décadas de 1960 e 1970 por profissionais hoje aceitos como referências desse período na nossa história. Vejamos algunsdesse projetos É a partir da década de 1930 que se considera que inicia-se de fato o paisagismo no Brasil, e o paisagista brasileiro mais conhecido no país e no exterior é Roberto Burle Marx (1909-1994) É possível afirmar que a arquitetura pós-moderna, seja a de origem europeia ou norte americana, foi aplicada no Brasil, mas, como sempre, com uma interpretação tupiniquim bastante característica e de acordo com a região do país. Essa linguagem não perdurou muito tempo, mas deixou traços interessantes no país. É importante perceber que a linguagem pós- moderna no Brasil não se consolidou com um léxico único, mas muito mais com algumas atitudes formais e construtivas, como o uso de materiais de acabamento ao invés do concreto armado aparente, a aplicação de referências pósmodernas europeias ou releituras de sistemas construtivos e linguagens antigas. De um modo geral, o planejamento urbano no Brasil pode ser compreendido aproximadamente em 4 fases. Vários pesquisadores, como Flávio Villaça e Maria Cristina da Silva Leme, têm se debruçado para entender esse processo e como ele afetou e afeta as nossas cidades. São elas: 1ª fase – planos de embelezamento (1875-1930) 2ª fase – planos de conjunto (1930-1965) 3ª fase – planos de desenvolvimento integrado (1965-1971) 4ª fase – planos sem mapas (1971-1992) Os planos são os projetos e textos que determinavam o que ecomo deveria ser feito no espaço urbano. História da Arquitetura no Brasil 1ª fase – planos de embelezamento (1875-1930) Nessa fase, os planos eram basicamente cópias do que se fazia na Europa, e consistiam basicamente em eliminar ocupações de população de baixa renda, alargar vias nas áreas mais centrais, inserir infraestrutura (principalmente saneamento) e criar parques e praças, elaborar legislação urbanística, reformar e reurbanizar áreas portuárias. Geralmente asintervenções desses planos eram pontuais, na maioria das vezes no centro da cidade. 2ª fase – planos de conjunto (1930-1965) Nessa fase, os planos passaram a incluir toda a cidade, buscando uma integração entre a área central e os bairros, e destes entre si, com a criação de sistemas de vias e de transportes. É implantado o zoneamento, como o conhecemos hoje, e a legislação urbanística para controle do uso e ocupação do solo. Dois dos principais representantes dessa fase são Plano de Alfred Agache, para o Rio de Janeiro, e o Plano de Avenidas de Prestes Maia, para São Paulo, ambos elaborados em 1930. 3ª fase – planos de desenvolvimento integrado (1965-1971) Os planos elaborados até aqui são unicamente físico-territoriais, e a partir desta fase são incorporados aspectos como os econômicos e sociais. Outra característica marcante dessa fase é que os planos tinham um caráter técnico-científico na sua elaboração, eram muito genéricos e a implementação das suas diretrizes na cidade real era muito difícil ou impossível. Essa distância dos planos dessa fase em relação à realidade e a dificuldade da sua aplicação tinham relação com a organização do Estado, cada vez maior e mais burocrática, e a falta de interesse por parte das classes dominantes. O principal exemplo dessa fase é o Plano Doxiadis, para o Rio de Janeiro, em1965. 4ª fase – planos sem mapas (1971-1992) Os planos feitos nessa fase parecem ser o resultado da ineficácia dos super planos feitos na terceira fase, e que acabavam esquecidos nas prateleiras da administração pública. No seu lugar são feitos planos bem simples, principalmente por técnicos das prefeituras, sem muitos desenhos e com levantamentos limitados. A pedestrianização de ruas centrais na cidade de São Paulo começa em 1976, com mais de 20 ruas sendo fechadas ao tráfego de veículos. Essa proposta é feita em um contexto de profundas mudanças pelas quais a região central da cidade passava desde a década de 1960. Muitos textos da época, e ainda hoje, falam em “decadência”, “empobrecimento” e abandono dessa região. No entanto, por outro lado, assim como outras regiões centrais de grandes cidades, é uma área urbana extremamente importante, com grande oferta de empregos, serviços, boa infraestrutura e acessibilidade O Rio-Cidade foi um programa de intervenção urbana feito pela prefeitura do Rio de Janeiro entre 1993 e 2007 (hoje seria chamado de urbanismo tático). Sua proposta, assim como intervenções feitas em outras cidades, era melhorar o desenho urbano da cidade, em propostas pontuais e na escala do pedestre, em vários bairros nobres e de classe média. Em 1995 foi criado o programa Favela Bairro na cidade do Rio de Janeiro, com o objetivo de conectar e equiparar as favelas aos bairros formais da cidade Um dos projetos precursores da restauração de grandes complexos arquitetônicos no país, o Solar do Unhão, em Salvador, BA, foi restaurado pela arquiteta Lina bo Bardi e sua equipev em 1962-1963. Esse grande conjunto foi sendo formado entre os séculos XVI e XIX, e tombado no século XX. A partir dos anos 1990 começa a se difundir a ideia de que a arquitetura e o urbanismo têm papel relevante no problema da ocupação territorial do planeta e das consequências de como essa ocupação é feita. É fundamental lembrar que a primeira Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento foi realizada no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro em 1992, a ECO-92. Mas é no século XXI que essa consciência se amplia e começa a repercutir nas tomadas de decisões arquitetônicas e urbanas. ESTÉTICA DO PROJETO Platão: Mundo das essências X Mundo das aparências - O belo, o bom e o verdadeiro: mundo das essências - a alma atraída pela beleza; -a beleza é a ponte que liga o mundo das essências ao mundo das aparências; -arte não é um caminho para o conhecimento: mímesis. Aristóteles: -O belo: realidade sensível (dimensão humana) - o prazer dos sentidos tem um papel cognitivo; -critérios de julgamento da obra artística: simetria; - composição; ordenação; proporção; equilíbrio. Arquitetura e urbanismo funcionalistas: -Walter Gropius, Le Cobusier e Mies van der Rohe. - IV CIAM (1933) – Carta deAtenas 4 funções da cidade moderna: - moradia, trabalho, recreação e circulação. -Demandas sociais do pós guerra: - racionalização do processo construtivo; - soluções padronizadas, de baixo custo. O Movimento Metabolista -Japão na década de 1960. -Expansão urbana das metrópoles / escassez de território. -Tecnologia construtiva. -Elementos pré-fabricados, modulares, montáveis. A condição pós-moderna -Repertório de formas e soluções extraídas dos manuais de história da arquitetura. - Reinterpretação e recriação de velhos símbolos e valores. -Ecletismo e cultura de massa (cinema/TV/publicidade). -Arquitetura do espetáculo. As cidades globais- Concentração dos recursos financeiros nas grandes cidades.- Marketing urbano – city marketing.- Gestão estratégica. - Políticas de efeito midiático, destinadas a atrair investimentos. -A imagem da cidade. O novo desafio para arquitetos e urbanistas Espaço urbano heterogêneo, descontínuo e móvel. -Novas identidades urbanas ou regionais x identidade global. -Gentrificação: revalorização econômica de áreas centrais deterioradas. -Aliança entre interesses do Estado e do mercado imobiliário. O ambientalismo. - O conceito de sustentabilidade. - A perspectiva ecológica. - O fluxo global de matérias-primas e energia. - O lixo urbano e a reciclagem. O espaço de fluxos -Sociedade em rede e o processo de globalização. - A primazia da circulação e dos fluxos sobre os lugares. - A reestruturação das relações público-privadas. - A imprecisão dos limites entre materialidade e virtualidade.
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