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Atendimento ao paciente politraumatizado · Suporte Avançado de Vida no Trauma – ATLS Avaliar a condição do paciente de forma rápida e precisa; Reanimar e estabilizar o paciente em obediência a prioridade definidas; Determinar se as necessidades do paciente excedem os recursos da instituição e/ou habilidades do médico; Providenciar a transferência inter-hospitalar do doente de forma apropriada; Garantir que seja sempre prestado o melhor atendimento possível e que o procedimento não deteriore em nenhum momento. · Identificação e estabilização de quadros que trazem risco imediato à vida. - Atendimento equipe multidisciplinar - Visão global do politraumatizado - Portador de lesão na coluna cervical - Nível de consciência - Avaliação rápida e sistemática Cerca de 25 a 33% das mortes causadas por trauma podem ser evitadas quando uma abordagem organizada e sistemática é empregada. · Distribuição trimodal das mortes 1. Segundos a minutos depois de sofrido o trauma. - Lacerações, ex.: Cérebro; Tronco cerebral; Porção superior da medula espinhal; Coração; Aorta; Vasos calibrosos. 2. Primeiras horas ou “hora dourada” Rápida avaliação e tratamento podem salvar o paciente. Ex.: Lesões no sistema nervoso central e hemorragia. 3. Dias ou semanas após o trauma. Septicemia; Falência múltipla de órgãos; Embolia pulmonar. 80% mortes por trauma torácico – Primeiras 6 horas; 90% mortes por trauma cranioencefálico – Primeira semana; Incidência de mortes tardias é baixa (8%) Tratamento da vítima de trauma grave requer avaliação rápida das lesões e instituição de medidas terapêuticas de suporte de vida. 1.Preparação 2.Triagem 3.Avaliação primária 4.Reanimação 5.Medidas auxiliares à avaliação primária e à reanimação 6.Considerar a necessidade de transferência do doente 7.Avaliação secundária (da cabeça aos pés) e história 8.Medidas auxiliares à avaliação secundária 9.Reavaliação e monitoração contínuas após a reanimação 10.Tratamento definitivo. 1. Preparação (Fase pré-hospitalar) Ênfase a manutenção das vias aéreas, controle da hemorragia externa e do choque, imobilização do doente e ao transporte imediato ao hospital apropriado mais próximo, preferencialmente a um centro de trauma credenciado; Obtenção de documentação e informações necessárias à triagem ao chegar ao hospital. (Ex.: hora do trauma, eventos relacionados ao trauma e história do doente); Mecanismos de lesão podem sugerir a intensidade das lesões, assim como alertar para a ocorrência de traumas específicos. (Fase hospitalar) - Área de reanimação disponível para receber doentes traumatizados; Equipamentos apropriados para abordagem de vias aéreas organizados, testados e disponíveis; Soluções cristaloides aquecidas prontamente disponíveis para infusão; Equipamentos adequados de monitoração; Convocação de mais médicos quando necessário. 2. Triagem Pacientes com risco de morte iminente e aqueles com traumatismos multissistêmicos serão atendidos primeiro. - Múltiplas vítimas - Vítimas em massa · ABCDE dos cuidados do traumatizado e identificação das condições que implicam risco de morte A – Via aérea com proteção da coluna cervical; B – Ventilação e respiração; C – Circulação com controle da hemorragia; D – Disfunção neurológica, estado neurológico; E – Exposição/Controle do ambiente, despir completamente o doente, mas evitando a hipotermia. A) Manutenção das vias aéreas e proteção da coluna cervical Identificar sinais de obstrução da via aérea; Presença de corpos estranhos e fraturas faciais, mandibulares ou traqueo laríngeas; Sangramentos em excesso. Medidas iniciais p permeabilizar a via aérea Se os dispositivos de imobilização tiverem de ser removidos temporiariamente, um dos membros da equipe de trauma deve estabilizar manualmente a cabeça e o pescoço do doente utilizando técnicas de imobilização em linha. Considere a existência de lesão da coluna cervical em todo paciente com traumatismo multissistêmico, especialmente nos que apresentam nível de consciência alterado ou traumatismo fechado acima da clavícula. B) Ventilação e respiração Permeabilidade da via aérea por si só não caracteriza ventilação adequada - Troca adequada de gases para oxigenação e eliminação do dióxido de carbono em grau máximo; - Funcionamento adequado dos pulmões, parede torácica e diafragma; - Exposição do tórax para avaliar excursão da parede torácica; - Auscultação para confirmar o fluxo de ar nos pulmões; - Inspeção visual e palpação para detectar lesões da parede do tórax capazes de comprometer a ventilação. Lesões que podem prejudicar imediatamente a ventilação: Pneumotórax hipertensivo; Tórax instável com contusão pulmonar; Hemotórax maciço; Pneumotórax aberto. - Pneumotórax: Presença de ar na cavidade pleural que ocasiona o colapso pulmonar. Dispneia de intensidade variável, muitas vezes associada à dor torácica; Hipertimpanismo à percussão e diminuição ou ausência de murmúrio vesicular à ausculta; Diagnóstico confirmado com radiografia de tórax que demonstra linha da pleura afastada do gradeado costal, bem como colapso pulmonar. 4º ou 5º espaço intercostal do lado afetado, anteriormente a linha médio-axilar - Pneumotórax Hipertensivo Situação de elevada gravidade; Causa desvio do mediastino podendo provocar colapso circulatório; Compressão de grandes vasos e câmaras cardíacas; Ocasiona choque se não prontamente tratado; Desvio do mediastino pode ser severo de forma a comprimir o parênquima do pulmão lesado. Tratamento: Descompressão imediata e drenagem torácica. - Hemotórax Presença de sangue na cavidade pleural; Proveniente de lesões do parênquima pulmonar, parede torácica, grandes vasos como cava, aorta e seus ramos, lesões cardíacas ou de órgãos abdominais; Sinais de derrame pleural, como redução ou ausência de murmúrio vesicular e macicez à percussão; Dispneia depende do grau de compressão pulmonar; Choque hipovolêmico depende do volume de sangue perdido. Tratamento: Drenagem pleural fechada com drenos tubulares multiperfurados de grosso calibre e Reposição volêmica, conforme necessário. - Tórax instável Perda de rigidez do segmento do envoltório; Insuficiência respiratória de graus variados decorrente da contusão pulmonar subjacente; Crepitação dos arcos a palpação. Características: Duas ou mais costelas fraturadas em dois ou mais lugares, determinado movimento paradoxal; Hemotórax e pneumotórax estão frequentemente presentes. - Tamponamento cardíaco Acúmulo de líquido ou sangue entre as membranas do pericárdio; Resulta comumente de ferimentos penetrantes. C) Circulação com controle da hemorragia Volume sanguíneo e débito cardíaco. Elementos clínicos que oferecem informações importantes: Nível de consciência – Perfusão cerebral prejudicada resultando em alteração da consciência; Cor da pele – Coloração acinzentada da face e a pele esbranquiçada das extremidades; Pulso – Pulso rápido ou filiforme, irregular, ausência de pulsos centrais. · Hemorragia Hemorragia externa é de fácil identificação e controle; Tala inflável transparente para monitoramento de sangramento local; Zonas de hemorragias ocultas graves são tórax, abdome, retroperitônio, bacia e ossos longos. Locais para estimulação física: Características da resposta em flexão: D) Disfunção neurológica Estabelece o nível de consciência do paciente, assim como o tamanho das pupilas e sua reação, sinais de lateralização e o nível de lesão da medula espinhal. E) Exposição e controle do ambiente 1.Despir totalmente o paciente 2.Cortar roupas para facilitar o acesso adequado e o exame completo 3.Proteção com cobertores aquecidos ou dispositivos de aquecimento externo para evitar hipotermia 4.Fluidos intravenosos aquecidos antes da infusão 5.Garantir a temperatura corporal · Intubação Orotraqueal
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