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1 @thaistudandoodonto Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 2 @thaistudandoodonto Sumário Capítulo 1 - Introdução ----------------------------------- 03 Capítulo 2 - Materiais e instrumentais utilizados em dentística -------------------------------------- 05 Capítulo 3 - Anatomia do dente ------------------------- 13 Capítulo 4 - Cárie dental ---------------------------------- 23 - Processo des-re ----------------------------- 24 - Grau de saturação -------------------------- 24 - Biofilme --------------------------------------- 25 - Identificação e diagnóstico --------------- 26 - Principais fatores de risco que devemos identificar na anamnese e no exame clínico ------------------------------------------- 28 Capítulo 5 - Técnicas de isolamento absoluto -------- 31 Capítulo 6 - Resinas compostas ------------------------- 34 - Composição da resina composta ------- 34 - Classificação das resinas compostas --- 35 Capítulo 7 - Sistemas adesivos -------------------------- 36 Capítulo 8 - Princípios dos preparos cavitários ------ 40 - Classificação das cavidades de Black --- 41 Capítulo 9 - Manejo do complexo dentino-pulpar -- 42 - Materiais ionoméricos --------------------- 44 - CIV Convencional -------------------------- 44 - CIV resinoso --------------------------------- 44 - CIV compômero ---------------------------- 45 - Manipulação cimentos ionoméricos --- 45 - Tratamento expectante ------------------- 47 - Cimento do Hidróxido de Cálcio -------- 48 Capítulo 10 - Avaliação da saúde pulpar --------------- 49 - Teste físico ----------------------------------- 49 - Teste térmico -------------------------------- 49 - Teste elétrico -------------------------------- 50 Capítulo 11 - Inserção da resina composta ------------ 52 - Fotopolimerização -------------------------- 53 - Fator C ---------------------------------------- 53 - Técnicas de inserção da resina ---------- 53 Capítulo 12 - Seleção de cor ------------------------------- 55 Referências -------------------------------- 56 Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 3 @thaistudandoodonto Dentística Capítulo 1 ► Introdução Dentística Restauradora “A odontologia restauradora é o estudo, diagnóstico e tratamento integrado das doenças dos dentes, suas estruturas de suporte e a reabilitação da dentição às necessidades funcionais e estéticas do indivíduo.’’ Cronologia dos estudos em dentística: - Dente: Compreender as estruturas que compõe os dentes e como elas se comportam. - Doença: Compreender sobre a cárie, amelogênese imperfeita... Doenças da cavidade oral e como elas se instalam, desenvolvem e como devem ser tratadas. - Materiais: Conhecer os materiais disponíveis (resinas, cimentos, adesivos...) para trabalhar em procedimentos de dentística e entender como eles funcionam. - Planejamento: Casos clínicos, qual será o caminho percorrido até a resolução da queixa do paciente. Como será realizado o preparo. - Execução: prática do planejamento. Dente Disponível em: http://www.nuepe.ufpr.br/portal/?page_id=4524 Esmalte e dentina Iremos trabalhar em um desses substratos em dentística. É possível trabalhar somente em esmalte, mas é impossível trabalhar somente em dentina. Quando trabalhamos em dentina, consequentemente trabalhamos em esmalte também. Obs: Em esmalte não precisamos usar primer, já em dentina há essa obrigação. Dentina: Ácido fosfórico, lavar cavidade com Clorexidina 2%, primer e adesivo. Esmalte: Ácido e adesivo. Primer não faz mal pro esmalte, então se houver dúvida do acometimento exclusivo do esmalte, é recomendado usar primer. Existe uma abordagem que não se usa ácido fosfórico em dentina. Os benefícios dessa abordagem são a ausência de possibilidade pós procedimento e há diminuição da chance de canal pós procedimento. Porém, se o procedimento não for realizado da maneira correta, ocorrerá falha adesiva na restauração e ela irá soltar. Realizar adesão em dentina é muito mais difícil do que realizar a adesão em esmalte por causa da presença de água em dentina. Isso também reforça a necessidade de isolamento absoluto. Adesivo e água não se misturam. O ácido em esmalte possui a função de degradar prismas de esmalte, gerando micro retenções. Já o ácido em dentina possui a função de remover smear layer e expor as fibras colágenas. Características do Esmalte - 97% tecido mineralizado; - Contém prismas de esmalte; Disponível em: https://pt.slideshare.net/diegopmagalhaes/ histologia-do-esmalte-dentrio - Formado de hidroxiapatita em forma de prisma; - Baixa presença de água – praticamente desprezível (por isso não há necessidade Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com Poliana Muniz Poliana Muniz 4 @thaistudandoodonto de usar primer nesse substrato, pois o primer é hidrofílico); - Cor translúcida; - Formado após a dentina; - Possui ranhuras fisiológicas, chamadas periquimácias (formadas pela mudança de orientação dos ameloblastos durante a formação do esmalte). - Pode apresentar trincas (causada por fatores externos). Características da Dentina - É um tecido conjuntivo avascular, mineralizado, especializado que forma o corpo do dente, suportando e compensando com a fragilidade do esmalte. - Ela é cheia de túbulos dentinários (buraquinhos) que levam à polpa. É por meio deles que ocorre a sensibilidade. Disponível em: https://www.od ontoblogia.com.br/dentina/ Na dentina, o adesivo irá se fixar nos túbulos dentinários, invaginar dentro deles e no momento da fotopolimerização, irão endurecer. Como o primer é hidrofílico, ele irá remover a água dos túbulos dentinários, permitindo a adesividade correta do adesivo. Junção amelo-dentinária - Responsável por unir a dentina e esmalte, que apresentam diferente rigidez; Disponível em: http://histolink.blo gspot.com/p/com plexo-dentino- pulpar.html - Sua anatomia é ondulada, apresenta ndo picos e vales responsáveis por dissipar e alterar a orientação das cargas na dentina oriundas do esmalte; - A junção amelo-dentinária evita que fraturas do esmalte “passem” para a dentina. - Sem a JAD, haveria deslocamento entre o esmalte e a dentina, ou poderia haver fratura da dentina junto com o esmalte. Os processos adesivos são uma tentativa de copiar o que a JAD faz, realizando a união de um material restaurador de maior dureza com a dentina. Doença A doença cárie é a mais prevalente na cavidade oral. É uma doença multifatorial, ou seja, provocada por diversos fatores. Ela se manifesta a partir da presença de biofilme (placa), e dos carboidratos fermentáveis (açúcar) na cavidade bucal resultando em desmineralização dentária. A cárie é uma doença dinâmica e modulada por diversos fatores como: - Tempo; - Saliva; - Presença de fluoreto; - Outros aspectos biológicos e sociais. É uma doença biofilme-açúcar dependente (Além disso, depende também do dente e do fator tempo); - Não deve ser considerada infecciosa e transmissível (pois não existe um único microrganismo responsável pelo desenvolvimento das lesões de cárie); - A abordagem deve focar em hábitos do indivíduo e não na eliminação de microrganismos específicos; - Estratégias que visam a desorganização do biofilme (higiene oral) e consumo racional de carboidratos fermentáveis (substrato); - As lesões são manifestações e sequelas da doença que podem se tornar visíveis aos repetidos processos de desmineralização dentária. A presença de carboidratos fermentados na dieta incita as bactérias a uma alta atividade metabólica. Isso faz com que hajaa produção de ácidos na cavidade oral, diminuindo o pH bucal. Quando ocorre essa diminuição, os minerais dos dentes (cálcio e fosfato) são liberados dos dentes e vão para o meio oral na tentativa de manter o equilíbrio do pH (neutro). - A bactéria Setreptococcus mutans é uma das mais conhecidas e participa do processo cariogênico; - A saliva, remoção mecânica do biofilme e uso de fluoretos são fatores que também Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 5 @thaistudandoodonto auxiliam no reequilíbrio do pH, evitando a perda total de minerais dos dentes. Disponível em: https:// www.rafaelri ghi.com.br/pr evencao/ o-que-e-a- carie/attach ment/evoluc ao-da-carie/ Materiais dentários Atualmente, existem diversos tipos de materiais utilizados em dentística: - Resinas compostas; - Cimentos; - Ácidos; - Adesivos; - Matrizes; - Espátulas; - Lixas; - Polimento... Devemos saber as propriedades físico- química deles. Planejamento Pode ser realizado digitalmente ou de maneira convencional. Porém, para saber trabalhar com o digital, é necessário dominar bem o planejamento convencional. O planejamento é uma etapa extremamente importante, pois antecede a execução. Um bom planejamento possibilita uma execução de excelência. Execução É a parte prática, ou seja, como vamos utilizar os materiais, quais serão os passos seguidos no procedimento... É a aplicação do conhecimento teórico. Todos esses conceitos formam uma cascata, pois eles estão interligados. Juntos, promovem a reabilitação oral do paciente da melhor maneira possível. Anotações ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ Capítulo 2 ► Materiais e instrumentais utilizados em dentística Lençol (dique) de borracha: Utilizado para realizar isolamento absoluto. No isolamento absoluto, o objetivo é não permitir o contato da saliva com a região onde acontecerá o procedimento odontológico. Disponível em: https://www.dentalspeed. com/modelo/lencol-de-borracha-odonto-3775 Obs: O isolamento relativo é aquele realizado com algodões, por exemplo, permitindo um pouco de contato da saliva com a região onde acontecerá o procedimento odontológico. O isolamento em dentística é diferente do isolamento em endodontia, pois em dentística, na maioria das vezes, isolamos mais de um dente (pois avaliamos outros parâmetros e visualizar os dentes próximos é importante para isso) e em endodontia geralmente isolamos apenas aquele elemento dentário que receberá tratamento endodôntico. Caneta tipo permanente: Utilizada para marcar o lençol de borracha para perfurar no local correto. O ideal é a ponta ter espessura média. Disponível em: https://www.armarinhosaojose.com.br/ marcador-permanente-pilot-cd_dvd-20mm.82146.html Arco de Young U metálico: Serve para segurar o lençol de borracha. Disponível em: https://www.de ntalspeed.com/modelo/arco-de- young-em-inox-adulto- tecnodent-16239 Alicate perfurador para lençol de borracha – Ainsworth: Possui 5 furos, cada um com um diâmetro diferente. A escolha do orifício depende do dente que Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 6 @thaistudandoodonto será isolado. Disponível em: https://www .dentalcremer.com.br/alicate-perfurador-ainsworth-golgran-344301.html Disponível em: https://www.tv.odontologiavirtual.com /2018/02/dentistica-instrumentos-para-o.html Grampos para dique de borracha: Existem vários tipos de grampos, cada um com a sua especificidade. Possuem a função de conferir estabilidade ao dique de borracha durante o procedimento. Disponível no Ig: @odontogata Os grampos odontológicos possuem estruturas: Disponível em: https://inis.iaea.org/collection/ NCLCollectionStore/_Public/4 9/083/49083894.pdf Pinça porta grampo Palmer: Pinça utilizada para colocar o grampo na posição correta. Disponível em: https://www.dentalspeed.com/modelo/p inca-porta-grampo-palmer-serrilhada- 3731 Kit de motores acadêmicos: Existe uma série de marcas de kits acadêmicos. São mais conhecidos como “motorzinhos” ou “canetas do dentista”. O kit é composto por várias peças: Micromotor: Também pode ser chamado de “turbina”. Por meio da pressão de ar realizada, ele confere rotação ao contra ângulo e também à peça reta. Possui diversas funções pois em sua ponta há a possibilidade de acoplar várias peças diferentes, como lixas, polidores, brocas... É extremamente funcional nos consultórios e clínicas odontológicas. Disponível em: https://www.distriodonto.com.br /micromotor-500-kavo.html Contra ângulo (caneta de baixa rotação): Funciona acoplado ao micromotor e também possui diversas funções. Há diversos tipos de brocas que podem ser utilizadas no contra ângulo e para realizar a remoção das mesmas, deve-se girar a alça localizada na “cabeça” do motor. Seu principal uso é em procedimentos odontológicos mais invasivos, como por exemplo, cirurgias. É uma peça utilizada dentro da cavidade oral. Disponível em: https://www.medicalexp o.com/pt/prod/gnatus/product-72380-471142.html e https://www.dentscler.com.br/produto /caneta-de-alta-rotacao-necta-ativa-pb/ Caneta de alta rotação (turbina extra torque, motor de alta rotação): Não necessita ser acoplada a outra peça para funcionar, é um equipamento de peça única. Considerado um dos motores mais utilizados, é uma peça que possui sistema de irrigação e libera água. Essa funcionalidade pro porciona lavagem de preparos nos dentes, bem como a refrigeração dos mesmos. Há várias brocas que podem ser utilizadas na caneta de alta rotação e existem diferentes sistemas de colocação e remoção dessas brocas. . Push Botton: Há um botão que deve ser pressionado para liberação ou colocação das brocas. . Saca broca: Não há botão, a remoção ou colocação da broca é Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 7 @thaistudandoodonto realizada por meio da pressão colocada no furinho existente na sua “cabeça”. Peça reta: Deve ser acoplada à turbina para funcionar. Possui características de resistência e estabilidade e na maioria das vezes, é utilizada em serviços relacionados à prótese ou em cirurgias ósseas. Há um sistema de giro utilizado no momento de colocar e remover as brocas. Na parte majoritária das vezes, essa peça é utilizada fora da cavidade oral. Disponível em: https://www.dentalweb.com.br/ peca-reta-intra-500-kavo Adaptador de broca de alta rotação para baixa rotação: Geralmente vem junto com o kit acadêmico. Disponível em: https://www .dentalcremer.com.br/mandril- ca-adaptador-fg-microdont- 409215.html Aplicador de hidróxido de cálcio: Como o próprio nome já diz, é utilizado para aplicar o cimento de hidróxido de cálcio. Realiza aplicação localizada, na parte mais profunda da cavidade. Disponível em: https://www.dentalweb.com.br/ aplicador-de-hidroxido-de-calcio-duplo-oitavado-golgran e https://www.dentalspeed.com/modelo/broqueiro- em-aluminio-60-furos-sortido-fg-833 Broqueiro metálico: Estojo de armazenamento para as brocas. Existe broqueiro próprio para as brocas de baixa e alta rotação. Cabo para espelho bucal e espelho bucal plano: São vendidos separadamente e possuem encaixe. Disponível em: https://www.dentalcremer.com.br/espelho-bucal-n-5-golgran- 324068.html e https://www.dentalodonthomaz.com.br/instrumentais /cabos/cabo-para-espelho-25-duflex/ Anotações ______________________________________________________________________________________ ___________________________________________ Cunhas de madeira anatômicas: São indicadas para adaptar a matriz e/ou afastar dentes adjacentes. Disponível em: https://www.dentaloralli ne.com.br/cunha-madeira-colorida-tdv Escovas tipo Robinson (cerdas cônicas e planas): Utilizadas para profilaxia. Disponível em: https://www.dentalcremer.com.br/escova-robinson-conica-ca- allprime-dc25407.html, https://www.dentalcremer.com.br/escova-robinson- conica-ca-microdont.html e https://americanburrs.com/linha- clinica/escovas-de-profilaxia/ Cabos e lâminas de bisturi: Utilizados para realizar incisões em tecidos moles. Disponível em: https://www.harteinstrumentos.com.br /produto/cabo-de-bisturi-no3/ Lâmina número 15: Muito utilizada em cirurgias. Disponível em: https://www.bisturi.com.br /uniqmed-lamina-bisturi-15/p Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 8 @thaistudandoodonto Lâmina número 12: Muito utilizada em dentística. Disponível em: https://www.medjet.com.br /instrumental-cirurgico/bisturi/lamina-de-bisturi- no12-aco-inox-unidade-lamedid Curetas (escavadores, colher de dentina): Disponíveis em diversas numerações, utilizadas para remoção de dentina. Disponível em: https://www.biodental.com.br/p/curetas-1363178553/cureta-de- dentina-fava-2134/4625 Espátula de inserção: Disponível em diversas numerações. Utilizada para inserir as resinas. No paciente, o ideal é utilizar duas espátulas: uma para pegar a resina do tubete e outra para levar ao dente, evitando assim a contaminação cruzada. O manuseio deve ser realizado utilizando-se luvas. Disponível em: https://carpedent.com.br/produto/espatula-insercao-silicato-3/ Luva grossa: Utilizada para lavagem de instrumental. Disponível em: https://www.pontofrio.com.br/luva- latex-mucambo-forrada-amarela-tam- m-c-10pr/p/13448060 Fotopolimerizador: Realiza a fotopolimerização por meio da luz de LED, conhecida como “luz azul”. Disponível em: https://www.dentalstilo.com .br/produto/fotopolimerizador-odontologico-sem- fio-led-emitter-b-schuster/20121 Lamparina a álcool: Utilizada para plastificar alguns materiais, aquecê- los... Disponível em:https://w ww.dentalspeed.com /modelo/lamparina-aluminio-a-alcool- 100ml-7568 Isqueiro: Utilizado para acender a lamparina. Lapiseira 0,5 ou 0,7mm: Utilizada para delimitar o preparo cavitário. Lubrificante íntimo ou vaselina: Utilizado no lençol de borracha, para facilitar o deslizamento pelo dente. Disponível em: https://www.drogariam inasbrasil.com.br/vaselina-solida-uniphar-25g Manequim de dentística: Utilizado para simular a cavidade oral. Disponível em: https://www.dentalspee d.com/modelo/manequi m-dentistica-orais-17166 Microbrush: Disponível no mercado em vários tamanhos. Utilizado para aplicar o adesivo. Disponível em: https ://www.proodontomedical.com. br/produto/pincel-micro-brush- p-r-o/ Maleta tipo pescador: Utilizada para organizar todos os materiais de uma maneira fácil e prática. Disponível em: https://shopee.com.br/Ma leta-Odontologica- i.367824829.8053542990 e https://www.dentalweb.c om.br/carbono-em-filme- para-articulacao-accu- film-ii-parkell Papel para articulação (Accufilm II) | papel carbono: Utilizado para marcar os pontos de contato. Anotações ________________ ________________ ________________ ________________ ________________ ________________ ________________ ________________ Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 9 @thaistudandoodonto Pinça Muller: Utilizada para administrar o papel para articulação. Disponível em: https://www.dent alcremer.com.br/ pinca-para- carbono-tipo- muller-golgran- 395099.html Pinça clínica biangulada: Possui diversas funções, como pegar algodões, gases... Disponível em: https://www.dent alspeed.com/mod elo/pinca-clinica- 318-7134 Sonda exploradora: Existem diversas numerações de sondas exploradoras e elas possuem várias funcionalidades, como por exemplo, auxiliar em diagnósticos. Disponível em: https://www.dentalortoline.com.br /sonda-exploradora-n-47-golgran Placa de vidro: Utilizada para manipulação dos materiais. Disponível em: https://www .dentalweb.com.br/placa-de-vidro- para-manipulacao-daufenbach Seringa Centrix: Utilizada para aplicar materiais dentários. A escolha da ponta utilizada vai depender das características anatômicas da região de aplicação do material. Disponível em: https://www.dentalspeed.com/modelo/precision-5809 Régua milimetrada: Utilizada para medições. Disponível em:https://www.pr even.com.br/produ tos/linha- aluminio/regua- milimetrada Porta matriz Tofflemire: Utilizado para inserir a matriz no dente para restaurações nas superfícies proximais. Disponível em: https://www.dentalspeed.co m/modelo/porta-matriz- tofflemire-adulto-3882 Pote Dappen: Existem potes dappen de vidro e de plástico, cada um com a sua indicação. Disponível em: https://www.dentalspeed.com/modelo/pote-dappen-plastico- color-autoclavavel-sortido-4931 e https://shopee.com.br/Pote-dappen-de- vidro-Lysanda-odontologia-estética-henna-i.256118412.9461500029 Recortador de margem gengival: Utilizado para acabamento de preparo cavitário. Disponível em diversas numerações. Disponível em: https://www.dentalcremer.com.br/cortante-de-black-duplo- recortador-de-margem-gengival-millennium-golgran-dc24135.html Taça de borracha para profilaxia: Indicada para superfícies livres. Disponível em: https://www.dentalsp eed.com/modelo/taca-borracha-individual-ca-3772 Tesoura clínica pequena ponta reta: Possui diversas funcionalidades. Disponível em: https://www.de ntalcremer.co m.br/tesoura- cirurgica-fina- fina-reta- golgran- 508543.html Kit de brocas e pontas diamantadas: Existe uma série de brocas e pontas diamantadas, e cada uma possui um desenho e uma indicação específica. Na medida que o seu número aumenta, o seu diâmetro também aumenta. Elas podem ser classificadas de acordo com o seu formato, tipo de haste, cores, diâmetro... Elas funcionam por meio de rotação, podendo ser de baixa, média ou alta intensidade. De maneira geral, as brocas são utilizadas para remover tecido cariado e material restaurador, além de preparar a cavidade do dente antes dos procedimentos de restauração. Todas as brocas possuem adaptação melhor a algum tipo de material Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 10 @thaistudandoodonto odontológico ou em áreas específicas do elemento dentário. Exemplos: Esféricas Disponível em: https://www.ilhadental.com.br/produtos/ponta-diamantada- esferica-kg-sorensen-fg-kg-sorensen/ Semi cônicas invertidas Chama Disponível em: https://www.ilhadental.com.br/produtos/ponta-diamantada- chama-kg-sorensen-fg-kg-sorensen/ Kit de polimento American Burrs Resina - Taça pequena, granulação grossa (utilizada para realizar um acabamento grosso, inicial e para regular a restauração); - Taça pequena, granulação média (Utilizada para um acabamento mais refinado, remoção de riscos); - Taça pequena, granulação fina (Utilizada no polimento final e brilho final). Obs: A sequência é do mais grosso pro mais fino. Disponível em: https://www.dentalspeed.com/modelo/ kit-resina-completo-american-burrs-11709 e https://americanburrs.com/produto/minikit-ultra-gloss-taca/ - Chama pequena, granulação grossa (Utilizada para realizar um acabamento grosso, remover riscos e alisar a superfície);- Chama pequena, granulação média (Utilizada para alisar e condensar as superfícies. Além disso, produz brilho leve, preparando para o alto brilho); - Chama pequena, granulação fina (Utilizada para polimento final e alto brilho). Disponível em: https://american burrs.com/produto/minikit-ultra-technique- chama-grande-grosso-medio-e-fino/#product- gallery-62325d94a7123 . Taças: Superfícies livres. . Chamas: Superfícies oclusais. Amálgama - Taça pequena, granulação grossa (Utilizada para realizar um acabamento grosso, ajuste das margens da restauração e também na remoção dos excessos); - Taça pequena, granulação média (Utilizada para acabamento e brilho); Disponível em: https://americanburrs. com/produto/minikit-ultra-alloy- taca/#product-gallery-62325bdf9d1d6-1 - Taça pequena, granulação fina (Utilizada para refinar a estrutura, remover os riscos e conferir alto brilho). - Chama pequena, granulação grossa (Utilizada para realizar um acabamento grosso, ajuste das margens da restauração e também para remover os excessos); - Chama pequena, granulação média (Utilizada para acabamento e brilho); - Chama pequena, granulação fina (Utilizada para polimento final, refinamento da estrutura, alto brilho e remoção de riscos). Disponível em: https://americanburrs.com/produto/minikit- ultra-alloy-chama/#product-gallery- 62325b1aa97f4-1 Resina Escovas de Robinson: Funções citadas na página 3. Disponível em: https://www.den talweb.com.br/escova-para-profilaxia- color-brush-ca-american-burrs Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 11 @thaistudandoodonto Broqueiro autoclavável: Utilizado para armazenar as brocas e organizá-las para o momento de leva- las à autoclave. Disponível em: https://www.dental speed.com/modelo/broqueiro- autoclavavel-75-furos-american-burrs- 11706 Kit TDV Obs: O kit TDV pode variar de faculdade para faculdade. Unimatrix pequena, média e grande: são matrizes pré- contornadas. Elas se adaptam, utilizando-se o anel. Disponível em: https://www.dentalspeed.com/modelo/ unimatrix-refil-50-matrizes-medias-3651 Unimatrix grampo: rosa e azul. Utilizado para adaptar unimatrix na região. Disponível em: https://www.den talcremer.com.br/grampo- unimatrix-r-tdv-dc27131.html Matriz de aço pré-molar e molar: possuem as mesmas funções. Permitem a regulagem da matriz ao tamanho do dente. Reestabelece pontos de contato e cristas marginais, otimizando a qualidade da restauração e reduzindo o tempo do procedimento. Disponível em: https://www.dentalspeed.com/mod elo/matriz-molar-e-premolar-de- aco-8814 Fita matriz poliéster: É uma matriz flexível. Disponível em: https://www.dentalcrem er.com.br/fita-banda-matriz-depoliest er-tdv-215410.html ehttps://www.dental oralline.com.br/matrizes-eaneis/ma trizes-e-tiras/tdv-fita-matriz-metalica- 5mm-3-metros-lote1803853101-val-0923 Fita matriz metálica: 5mm e 7mm. É uma matriz rígida. Protege os dentes adjacentes durante o preparo, condicionamento ácido e aplicação do adesivo. Cunhas: Podem ser elásticas ou de madeira. - Possuem colorações e tamanhos diferentes. - Possuem a função de adaptar bem a matriz para que haja a possibilidade de reconstrução da superfície proximal. Disponível em: https://www.dentalmaster.com.br /cunhas-elasticas-sortidas-c75-tdv/p Esthetic plus: pincéis de silicone para modelar resina composta. Pode ser reto ou curvo, de acordo com a necessidade do procedimento. Disponível em: https://dentalgenie.in/product/tdv-esthetic-plus/ Microcut: arco, serra e lixa. Utilizados para realizar desgaste, remover excessos e realizar acabamento interproximal de materiais odontológicos sem danificar o ponto de contato. Disponível em: https://www.dentaloralline.co m.br/kit-microcut-com-arco Optimize: Utilizado para polimento de resinas. Disponível em: https://www.d entalspeed.com/modelo/optimize- kit-24-pecas-sortidas-mandril-3664 Superfix: Utilizado para acabamento e polimento de Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 12 @thaistudandoodonto superfícies lisas. Possui espessuras diferentes, grossa, média, fina e extra-fina. Disponível em: https://www.denta lsul.com.br/produto/disco-de-lixa- superfix-sortido-kit-c50un-c- mandril-tdv.html Polimax: Disco de feltro impregnado, utilizado para polimento de resinas compostas, acrílicas, metais e amálgamas. Disponível em: https://www.dentalcremer.com.br/dis co-de-feltro-polimax-tdv-567632.html Mandril versaplus metálico: Compatível com superflix, optimize, polifix, polimax... Atua por meio de um sistema de encaixe. Disponível em: https://www.dent alcremer.com.br/mandril-versaplus- ca-tdv-567908.html Lixa de acabamento proximal 2,5mm e 4mm: Utilizada para desgaste de resina. Desgaste mais acentuado: parte mais grossa. Desgaste mais refinado: parte mais fina. Disponível em: https://www.dentalcremer.com.br/tira-de-lixa-de-poliester- para-acabamento-proximal-tdv-212242.html Tira abrasiva de aço 4mm: Utilizada para desgaste em amálgama. Disponível em: https://www.dentalspeed.co m/modelo/tira-abrasiva-aco- 4-mm-x-130-mm-3665 Diamond gloss: Utilizada para polimento de cerâmica, resina composta, amalgama e metal. Possibilita a obtenção de brilho por meio da aplicação com discos de feltro ou aveludados. Disponível em: https://www.d entalcremer.com.br/pasta- de-polimento-diamond- gloss-tdv-567649.html Cinta profilática: Utilizada para remover placa e tártaro. Disponível em:https:// www.dent alecia.com. br/fitadeac ocintaprofi laticatdv/p Isotape: Fita para isolamento dental com alta resistência ao rasgamento. Disponível em: https://www.dentaloralline.com.br/isotape-tdv Anotações ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 13 @thaistudandoodonto Capítulo 3 ► Anatomia do dente Cada dente possui uma especialidade, ou seja, uma função. Dos molares aos centrais, os dentes vão diminuindo a quantidade de cúspides e adquirindo um aspecto mais afiado. Dentição decídua - Raízes: Disponível em: https://www.anatomiaonline.com/dentes/ Superiores: Incisivo Central Superior Decíduo – 1 raiz Incisivo Lateral Superior Decíduo – 1 raiz Canino Superior Decíduo – 1 raiz 1º Molar Superior Decíduo – 3 raízes 2º Molar Superior Decíduo – 3 raízes Inferiores: Incisivo Central Inferior Decíduo – 1 raiz Incisivo Lateral Inferior Decíduo – 1 raiz Canino Inferior Decíduo – 1 raiz 1º Molar Inferior Decíduo – 2 raízes 2º Molar Inferior Decíduo – 2 raízes Obs: Podem ocorrer anomalias na quantidade de raízes. O quadro acima corresponde à situação normal da dentição. Dentição permanente - Raízes Disponível em: https://www.anatomiaonline.com/dentes/ Superiores:Incisivo Central Superior – 1 raiz Incisivo Lateral Superior – 1 raiz Canino Superior – 1 raiz 1º Pré-molar Superior – 2 raízes 2º Pré-molar Superior – 1 raiz 1º Molar Superior – 3 raízes 2º Molar Superior – 3 raízes 3º Molar Superior – Variável Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 14 @thaistudandoodonto Inferiores: Incisivo Central Inferior – 1 raiz Incisivo Lateral Inferior – 1 raiz Canino Inferior – 1 raiz 1º Pré-molar Inferior – 1 raiz 2º Pré-molar Inferior – 1 raiz 1º Molar Inferior – 2 raízes 2º Molar Inferior – 2 raízes 3º Molar Inferior – Variável Obs: Podem ocorrer anomalias na quantidade de raízes. O quadro acima corresponde à situação normal da dentição. Funções dos dentes: Incisivos – Cortar Caninos – Rasgar Pré-molares – Amassar Molares – Triturar Disponível em: http://www.hs-menezes.com.br/anatomia_6.html Faces dos dentes: Disponível em: Anatomia Aplicada à Odontologia – 2ª Edição O principal objetivo das nomenclaturas e denominações das faces dos dentes é facilitar e padronizar a comunicação entre os profissionais do ramo odontológico. Os dentes possuem 6 faces: Disponível em: http://www.hs-menezes.com.br /anatomia_6.html - Face vestibular: Face do dente voltada para o vestíbulo. Essa face é visível no momento em que a pessoa sorri, ou seja, é a “parte da frente” do dente. Dependendo do elemento dentário, essa face fica voltada para o lábio ou bochecha, e por isso, também pode ser denominada de face labial. - Face palatina/Lingual: Face do dente que está voltada para o palato (dentes superiores) ou para a língua (dentes inferiores). É a parte “de dentro” dos dentes. - Face Mesial: a parte do dente voltada para a linha média (linha imaginária que divide o rosto ao meio). - Face Distal: a parte do dente que está voltada para o final do arco. Antagonista da face mesial. - Face Oclusal: Face da mesa oclusal, ou seja, local da mastigação. Face presente nos dentes posteriores. Disponível em: http://www.rb.org.br/i magebank/imagens/p t_rb231220a01fig02.jp - Face incisal / borda incisal: Face presente nos dentes anteriores correspondente à mesma visão da face oclusal nos dentes posteriores. - Face Cervical: É uma face virtual localizada entre a coroa e a raiz do dente. Há uma separação das faces dos dentes entre faces proximais e faces livres. As Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 15 @thaistudandoodonto faces proximais são aquelas que possuem pontos de contato entre si, como no caso das faces mesial e distal. Já as faces livres, como o próprio nome já indica, são aquelas que não possuem pontos de contato com outros dentes. Terços dos dentes: Disponível em: https://m.facebook.com/tsb.asb/photos/a.170 6602959413822/1806068359467281/?type=3&eid=ARAvzE5CG8csRTgdUQ6JCtrb Qq1G6vuS3v--_ik4Ue2a_G09FRInnRsOytSwv_fy3MUghCRLM5TUVhhv Ângulos dos dentes: Os dentes possuem ângulos de acordo com denominações de acordo com suas faces de encontro. Anatomia dos dentes anteriores Os dentes anteriores são especializados para corte. Eles cortam o alimento e o mesmo vai para a região posterior, onde ele será “amassado”. Possuem a face vestibular convexa e a face palatina côncava. Disponível em: https://www.lambda3.com.br/2016/ 06/projetos-concavos-e-convexos- uma-visao-geral/ Incisivo Central Superior - Está localizado ao lado da linha média; - Único dente que faz ponte de contato com o seu dente homólogo; - Necessita de simetria e é um dente que possui grande função estética; - Quanto + próximo da linha média, maior é o apelo visual por simetria; - Possui concavidade palatina, pois ele precisa “receber” os dentes inferiores nessa porção (guia anterior); - Borda incisal (correspondente à face oclusal nos dentes posteriores); Disponível em: https://k noow.net/ciencmedica s/medicina/incisivos/ - A borda incisal é mais transparente pois a espessura de esmalte presente nela é fina, e há pouquíssima dentina; Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/94239750/anatomia-dental-generalidades Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 16 @thaistudandoodonto - A borda incisal nunca fica “grossa” porque o movimento entre os incisivos superiores e os incisivos inferiores está sempre “amolando” essa região, mantendo a sua espessura fina e garantindo a sua função de corte; - Os dentes incisivos não nascem com forma de corte, os movimentos de mastigação afinam essa região, conferindo essa característica. Esta borda só é obtida depois da sua erupção por uma abrasão fisiológica; - Os incisivos com sua forma de pá ou cinzel são muito efetivos para o corte; - Borda mesial possui contorno levemente convexo; - Borda distal mais convexa; - Ângulo mesioincisal é mais agudo; - Ângulo distoincisal é sempre mais arredondado. Possui lóbulos de desenvolvimento, áreas de sombra e luz, mamelos (sofrem desgaste fisiológico) e sulcos de desenvolvimento (Área mais aprofundada, entre os lóbulos). Disponível em: www.tpdifpr.com.br - A medida mesiodistal tem de 8 a 9mm de largura; Disponível em: https://br.pinterest .com/pin/4647856 24047690129/ - @studygramodontologia - A coroa de um incisivo central superior tem em média de 10 a 11mm; - A proporção é em torno de 80 a 82% na relação de altura x largura. Além disso, o incisivo central superior possui: - Cristas marginais mesiais; - Cristas marginais distais; - Cíngulo; - Fossa palatina; - Lóbulo central palatina. Cíngulo é uma área convexa no terço cervical como uma cúspide rudimentar, constituída por esmalte. Pode ser bipartido, tubérculo lingual, dens invaginatus... Ele auxilia na dissipação de força mastigatória. Disponível em: https://www.arribadentista.com/2020/01 /introducao-anatomia-dental-estruturas.html - A incisal é composta pela aresta incisal vestibular, aresta palatina e ângulos mesio e distoincisal. Seu desgaste natural é de 45º. Os dentes incisivos centrais possuem o princípio da união, ou seja, eles não possuem quina. Possuem passagens tridimensionais. Anotações ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 17 @thaistudandoodonto Incisivo Lateral Superior - Os sulcos e lóbulos de desenvolvimento são menores do que os presentes no incisivo central; - Possui largura menor no sentido mesial / distal em relação ao incisivo central; - Possui um comprimento no sentido inciso cervical menor do que o incisivo central. - A face vestibular é mais lisa se comparada com a face do incisivo central, com sulcos de desenvolvimento menos marcantes. Além disso, possui menos textura. - O incisivo lateral superior auxilia o incisivo central na sua função (cortar) e suas características de coroas são muito semelhantes; - A crista marginal é menos desenvolvida, por isto a borda incisal na distal é mais arredondada; - A superfície vestibular da coroa é mais convexa se comparada com a do incisivo central; - A altura do incisivo lateral é de 1 a 2mm mais curto que a coroa de um central, por isso quase não se observa desgaste incisal. - A borda incisopalatina é bem desenvolvida; - Pode acontecer de as cristas marginais se fundirem com a borda incisal palatina, sendo mais comum na bordaincisal (pois a concavidade palatina é menos desenvolvida); Disponível em: https://br.pinterest.com /pin/426293920983352160/ @studygramodontologia Disponível em: https://www.arribadentista.com/2020/01/introducao-anatomia- dental-estruturas.html - As cristas marginais mesial e distal são bem marcadas e o cíngulo é bem proeminente; - Pode haver um sulco profundo dentro da fossa palatina, se unindo ao cíngulo. Disponível em: https://www.researchgate.net/figure/Figura-31-Anatomia-do- incisivo-lateral-superior-22-A-Face-vestibular-B-Face_fig2_346028999 Na face palatina: - A cavidade palatina é mais rasa do que no incisivo central; - As cristas marginais são bem desenvolvidas e fundem-se com o cíngulo (pois não há desgaste); Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 18 @thaistudandoodonto - Tendência rudimentar à formação de duas protuberâncias únicas e bem definidas; - Protuberância única e bem definida. Em vista lateral: - A borda incisal geralmente é bem arredondada, pois raramente é abrasionada; - A borda incisal por palatina geralmente apresenta uma saliência nítida. Alterações da normalidade mais presentes nos incisivos laterais - Dente conóide: Dente que possui formato de cone. Disponível em: https://ww w.univale.br/wpcontent/u ploads/2020/02/ODONTO- 2016_2-INCISIVO- LATERAL-CONÓIDE.- AIANDRA.-GABRIELLA.- LÍDIA.-NEUS.A-SÂMARA- SILVA.-SAMARA- VALADARES.pdf - Dente lateral com forma diminutiva: Dente menor em relação a um incisivo lateral normal. - Dente em forma de T: Pequena crista do cíngulo até a borda incisal - Dente em Forma de Tonel: As cristas marginais dobram-se em direção vestibular. Canino Superior - São os dentes mais longos da cavidade oral; - Apresentam uma borda incisal pontiaguda, fato que ocorre por seu lóbulo central vestibular ter se desenvolvido a ponto de formar uma cúspide; - Primeiro dente anterior que apresenta uma ponta de cúspide; - Posição da cúspide voltada para a mesial; - Possui uma função oclusal única: Guia de canino, extremamente importante. Quando a ponta do canino superior se encontra com a ponta do canino inferior, as pontas dos outros dentes não se encostam. O mesmo ocorre com os dentes anteriores (guia anterior). - É um dos dentes mais difíceis de estarem ausentes na cavidade oral; - Sua face vestibular é formada por três lóbulos (que mais parecem arestas) e 2 sulcos de desenvolvimento; Disponível em: https://www.odontoup.com.br/ caninos-descricao-anatomica/ - A coroa é mais espessa e larga na mesial do que pela distal (por causa da guia do canino); - A metade mesial lembra parte de um incisivo e a outra metade parte de um pré- molar. - O contorno mesial da face vestibular é convexo e descreve uma trajetória reta. Disponível em: https://www.ortodoncia.ws/publicaciones/2011/art-11/ Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 19 @thaistudandoodonto Obs: Não abordamos os dentes anteriores inferiores pois a anatomia é semelhante aos dentes superiores. A principal diferença se dá no tamanho dos dentes inferiores, que é menor. Anatomia dos dentes posteriores Os dentes posteriores possuem características gerais importantes, como: - Presença de cúspides: “pontinha” dos dentes, são elevações que se assemelham a pirâmides, localizadas na face oclusal. As cúspides mesiais tendem a ser maiores que as cúspides distais em todos os molares. Disponível em: https://www.arribadentista.com/2020/01 /introducao-anatomia-dental-estruturas.html - As cúspides possuem vertentes (apíces da cúspide), que podem ser divididas em lisas e triturantes: . Lisas: Parte da cúspide voltada para as faces vestibular e palatina. . Triturantes: Parte da cúspide que tritura o alimento, parte oclusal da cúspide. Disponível em: Ig @dentisticar Arestas: São linhas presentes nas cúspides. Elas são formadas pela união de vertentes, podendo ser da mesma cúspide ou até mesmo de uma crista transversal. Os molares apresentam: - Cúspides: triturantes e não triturantes (vertentes lisas); - Sulco principal: sulco que marca o meio do dente e delimita as cúspides; Disponível em: https://www.arribadentista.com/2020/01 /introducao-anatomia-dental-estruturas.html - Sulco secundário: “Dividem” as cúspides triturantes; Disponível em: https://www.arribadentista.com/2020 /01/introducao-anatomia-dental- estruturas.html - Cristas marginais: Eminência localizada nas bordas mesial e distal da face oclusal dos dentes posteriores. - Ponte de esmalte: União de esmalte que não sofre interrupção pelo sulco principal. Característica clássica dos primeiros molares. Disponível em: https://www.arribadentista.com/2020 /01/introducao-anatomia-dental-estruturas.html 1º Molar Superior - Possui 4 cúspides, 2 vestibulares e 2 linguais; - Cúspide mesial mais alta e proeminente que a distal; - Possui ponte de esmalte; - Presença de um sulco distolingual; Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 20 @thaistudandoodonto - Geralmente apresenta Tubérculo de Carabelli, que estará voltado para a face mesial; - Distal mais ovalada, mesial mais reta. Disponível em: https://www.arribadentista.com/2020/01 /introducao-anatomia-dental-estruturas.html Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/426293920983642641/ @studygramodontologia Disponível em: https://proteseodontologica.odo.br/index.php/ materias-curriculares/7-anatomia-dental-molares 2º Molar Superior - Possui 3 cúspides (mesiovestibular, distovestibular e palatina); - Cúspide mesial mais alta e proeminente que a distal; - Apresenta 2 cúspides vestibulares e 1 palatina; - Único molar que tem apenas uma cúspide na palatina. - Possui cristas marginais; - Convergência da oclusal para o colo com maior amplitude no terço médio (vista proximal). Disponível em: https://proteseodontologica.odo.br/index.php/materias- curriculares/7-anatomia-dental-molares 1º Pré-molar superior - Possui 2 cúspides (vestibular e palatina); - A ponta da cúspide está mais pra mesial do que para distal; - Cúspide principal lembra a letra “H”. - Proximais convergem para a lingual. - Possui um sulco ocluso-mesial sobre a crista. - Cúspide palatina: desviada para mesial. - Cúspide vestibular: desviada para distal. Anotações ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 21 @thaistudandoodonto Disponível em: https://www.passeidireto.com /arquivo/66394955/anatomia-primeiro-e-segundo-pre-molar-superior 2º Pré-Molar Superior - Possui 2 cúspides; - As cúspides possuem quase a mesma altura; - O sulco principal não delimita a cúspide palatina, apenas a vestibular; - Distal mais convergente para o colo do que a mesial; - Convergência das proximais para o colo. Disponível em: https://pt.slideshare.net/EduardoQueiroz44/prmolares- superiores-anatomia-dental Anotações ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ 1º Molar Inferior Disponível em: https://proteseodontologica.odo.br/index.php/materias- curriculares/7-anatomia-dental-molares - Possui 5 cúspides; - 3 vestibulares e 2 linguais; - As faces vestibular e lingual convergem para a distal; - Faces proximais convergem para lingual; - A menor cúspide está para a distal. Disponível em: https://br.pinterest.com/studygram odontologia/resumos-odontologia/ - Ig: @studygramodontologia Anotações ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 22 @thaistudandoodonto 2º Molar Inferior - Possui 4 cúspides; - As cúspides costumam ser do mesmo tamanho; Disponível em: https://proteseodontologica.odo.br/index.php/materias- curriculares/7-anatomia-dental-molares - Faces vestibular e lingual convergem para distal; - Faces proximais convergem para lingual; - Seu sulco principal tem formato de cruz. 1º Pré-Molar Inferior - Possui 2 cúspides, vestibular e lingual; - Sulco principal não costuma dividir o dente ao meio; - Cúspide palatina voltada para mesial e cúspide vestibular voltada para distal; - As cúspides vestibulares são maiores em extensão do que a lingual; - Geralmente possui ponte de esmalte. Anotações ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ Disponível em: https://pt.slideshare.net/Eduardo Queiroz44/prmolares-inferiores-anatomia-dental 2º Pré-Molar Inferior - Possui 2 cúspides (vestibular e lingual) ou 3 cúspides (vestibular (mais alta), mesio- lingual e disto-lingual (mais baixa); Disponível em: Disponível em: https://pt.slideshare.net/Eduardo Queiroz44/prmolares-inferiores-anatomia-dental - Possui um sulco que divide a cúspide lingual ao meio; - Seu sulco tem um formato parecido com a letra “Y”. - Pré-molares inferiores tem a cúspide vestibular maior do que a lingual. Anotações ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 23 @thaistudandoodonto Capítulo 4 ► Cárie Dental A doença cárie é uma destruição localizada de tecido duro do dente por produtos ácidos derivados da fermentação de carboidratos realizada pelas bactérias. A cárie dentária é uma doença que se manifesta a partir da presença de biofilme (placa), e dos carboidratos fermentáveis (açúcar) na cavidade bucal resultando em desmineralização dentária. É uma doença dinâmica e modulada por diversos fatores como: - Tempo; - Saliva; - Presença de fluoreto; - Outros aspectos biológicos e sociais. Polarização da cárie dentária De acordo com a OMS, indivíduos economicamente desfavorecidos, socialmente marginalizados, com moradias desfavoráveis e presença de hábitos culturais e costumes que não consideram os cuidados necessários com a saúde bucal são os mais vulneráveis. “Os mais pobres são os mais doentes” A OMS recomenda ações de promoção e prevenção considerando esses fatores para melhorar a qualidade dos serviços de saúde para toda a população. Devemos conhecer a condição de vida dos nossos pacientes. Cárie dentária – Doença multifatorial - Biofilme-açúcar dependente (Além disso, depende também do dente e do fator tempo); - Não deve ser considerada infecciosa e transmissível (pois não existe um único microrganismo responsável pelo desenvolvimento das lesões de cárie); - A abordagem deve focar em hábitos do indivíduo e não na eliminação de microrganismos específicos; - Estratégias que visam a desorganização do biofilme (higiene oral) e consumo racional de carboidratos fermentáveis (substrato); - As lesões são manifestações e sequelas da doença que podem se tornar visíveis aos repetidos processos de desmineralização dentária. A presença de carboidratos fermentados na dieta incita as bactérias a uma alta atividade metabólica. Selwitz et al 2007 (adaptada) Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 24 @thaistudandoodonto Isso faz com que haja a produção de ácidos na cavidade oral, diminuindo o pH bucal. Quando ocorre essa diminuição, os minerais dos dentes (cálcio e fosfato) são liberados dos dentes e vão para o meio oral na tentativa de manter o equilíbrio do pH (neutro). - A saliva, remoção mecânica do biofilme e uso de fluoretos são fatores que também auxiliam no reequilíbrio do pH, evitando a perda total de minerais dos dentes. Equação ou processo des-re - Desmineralização / remineralização É o processo que acontece no meio bucal a todo momento, onde o esmalte do dente remineraliza ou desmineraliza. É um processo comum de acontecer na cavidade oral, porém quando há desafios constantes e desequilíbrio de agentes etiológicos que ocasionam contínuas quedas do pH bucal, fica inviável para os dentes realizarem essa manutenção de pH. - Contínuas quedas de pH; - Manutenção do equilíbrio inviável; - Perda de minerais; - Aparecimento de lesões. A frequência do consumo de açúcar está muito mais envolvida no desenvolvimento da cárie do que a quantidade de açúcar consumido. Grau de saturação O grau de saturação é o resultado da razão entre o produto de atividade iônica e o produto de solubilidade. Produto de atividade iônica: é a representação da atividade dos íons componentes de um determinado mineral quando livres em uma solução aquosa. A solução aquosa é a saliva e o mineral é a hidroxiapatita. Produto de solubilidade: Cada mineral apresenta propriedades de solubilidade distintas, que regem a sua formação ou dissolução (desminerazilação ou remineralização). Para cada mineral, a sua estabilidade é meio aquoso é dado por uma constante de solubilidade. A hidroxiapatita possui uma constante de solubilidade. Quando o meio fica muito ácido (pH <7), haverá perda de íons de hidroxiapatita para a saliva. Grau de saturação 1 - Produto de atividade iônica = produto de solubilidade do mineral; - Solução saturada em relação ao mineral; - Estado de equilíbrio, não haverá dissolução ou precipitação do mineral. Grau de saturação < 1 - Produto de atividade iônica < produto de solubilidade do mineral; - Solução subsaturada em relação ao mineral; - Mineral se dissolve (desmineralização) até novamente ser atingido o estado de saturação, ou seja, o equilíbrio é reestabelecido. Grau de saturação > 1Cariologia: conceitos básicos, diagnóstico e tratamento não restaurador. Série Abeno, São Paulo: Artes Médicas, 2016. 13. Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 25 @thaistudandoodonto - Produto de atividade iônica > produto de solubilidade; - Solução supersaturada em relação ao mineral; - Mineral não se dissolve, pelo contrário, há deposição de íons nele (remineralização). A presença de flúor auxilia na remineralização. H+ significa ácido. Esse ácido diminui o pH do meio bucal, diminuindo o grau de saturação e fazendo com que ela fique subsaturada. Isso fará com que os íons de hidroxiapatita saiam do dente para a saliva. Quanto menor o pH menor a formação (precipiração) de hidroxiapatita. Maior a desmineralização. Quanto maior o pH maior a formação (precipitação) de hidroxiapatita. Ocorre remineralização. Significa que a reação ocorre o tempo inteiro. Quando há um ácido na região, ele reage com os componentes e forma o H3PO4, que resulta na desmineralização. Cariologia: conceitos básicos, diagnóstico e tratamento não restaurador. Série Abeno, São Paulo: Artes Médicas, 2016. 13. Biofilme Composição química do biofilme dental Água 82% (50% presente nas bactérias e 32% na matriz) Proteína 40-50% do peso seco Carboidratos 13-17% do peso seco Lipídeos 10-14% do peso seco Componentes inorgânicos 5-10% do peso seco Fonte: Jenkins. (Cariologia: conceitos básicos, diagnóstico e tratamento não restaurador. Série Abeno, São Paulo: Artes Médicas, 2016. 13.) O biofilme, quando em jejum, tem capacidade de remineralizar o esmalte do dente, devido a presença de minerais solubilizados. O diário alimentar é extremamente importante, principalmente na área odontopediatria, para identificarmos se a dieta do paciente é cariogênica. Cariologia: conceitos básicos, diagnóstico e tratamento não restaurador. Série Abeno, São Paulo: Artes Médicas, 2016. 13 Progressões de lesões de cárie - Idade do biofilme (podendo se transformar em tártaro); Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 26 @thaistudandoodonto - Frequência e exposição diária do biofilme a açucares fermentáveis; - Acesso à saliva (existem regiões que salivam menos); - Acesso ao flúor. Identificação e diagnóstico Avaliação + Controle = Manutenção da saúde bucal - A escolha do plano de tratamento deve levar em consideração o estágio da doença e a correta detecção. - Há uma visão biologicista e compartimentalizada, ou seja, currículos e pessoas que ainda reproduzem valores de uma ciência fragmentada e não levam em consideração que o ser humano é um ser sistêmico e biopsicossocial. - O desenvolvimento de um pensamento integral em saúde é necessário, e a maneira com que um estudante de odontologia aprende sobre a cárie vai determinar sua postura para o enfrentamento da doença. - A doença cárie na visão biologicista busca apenas o tratamento curativista, sendo negligente nos aspectos sociais da doença e oferecendo muitas vezes um tratamento inadequado no contexto de inserção do paciente. O diagnóstico - O diagnóstico da cárie dentária é um processo analítico, e ocorre em duas etapas. 1ª etapa: Anamnese – Avaliar os fatores etiológicos relacionados à manifestação da doença. 2ª etapa: Exame clínico – Detecção e caracterização das lesões de cárie quanto ao seu status (ativa ou inativa), profundidade (esmalte ou dentina), e presença ou não da descontinuidade da superfície (cavitação). - Etiologia e conceitos de risco da doença devem ser abordados, pois é uma avaliação essencial. Tais conceitos são abordados e discutidos na proposta do SUS e serviços privados com o objetivo de atuar na promoção e prevenção e recuperação da saúde bucal, utilizando uma abordagem integral do paciente e da doença. Devemos sempre lembrar que a humanização do cuidado é um reflexo positivo na qualidade de vida das pessoas e são o foco principal de toda abordagem. - Podemos fechar diagnóstico com exame clínico, mas não conseguimos fechar diagnóstico apenas com exame radiográfico. Existem 2 tipos de lesões de cárie: ativa e inativa. Cariologia: conceitos básicos, diagnóstico e tratamento não restaurador. Série Abeno, São Paulo: Artes Médicas, 2016. 13. - Devemos avaliar cada superfície dentária: mesial, distal, vestibular, lingual/palatina, oclusal/incisal. A avaliação de todos os dentes presentes na cavidade oral deve ser rotina sistematizada para que nenhuma superfície deixe de ser avaliada, independente do método utilizado. - Deve-se ter cuidado ao sondar uma superfície dental que apresenta lesão de cárie. A zona superficial da lesão é frágil, porosa e com alteração na superfície. Sendo assim, pode facilmente se romper na pressão aplicada na sondagem, formando cavidades. Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 27 @thaistudandoodonto O que o profissional deve identificar no processo de diagnóstico e detecção? 1 – Presença ou ausência de alterações características das lesões de cárie; 2 – Atividade da lesão; 3 – Cavitação; 4 – Profundidade estimada. Inspeção visual - Um dos primeiros métodos utilizados para detecção da cárie e ainda hoje é o mais indicado; - Baixo custo; - Fácil e rápida aplicação; - Provoca mínimo desconforto ao paciente; - Único método válido que permite avaliação da atividade. Quando realizamos a inspeção visual e encontramos lesões ativas em processo de progressão, devemos cuidar imediatamente e controlar os fatores etiológicos com escovação dentária + dentifrício fluoretado e controle de outros fatores de risco. Podemos encontrar também lesões não cavitadas e cavitadas. Disponíveis em: https://www.youtube.com/watch?v=2GPbDxvSG64 e https://statics-submarino.b2w.io/sherlock/books/firstChapter/28283384.pdf A lesão de cárie ativa possui as seguintes características: - Opaca, rugosa e porosa; - Opacidade na entrada das fissuras. Disponível em: https://statics-submarino.b2w.io/ sherlock/books/firstChapter/28283384.pdf A lesão de cárie inativa consiste no processo de perda mineral já controlado/paralisado. Nesses casos, as medidas terapêuticas serão principalmente a reabilitação estética e oclusal. Disponível em: https://drauziovarella .uol.com.br/doencas-e-sintomas/carie/ Lesões ativas e inativas têm aspectos clínicos diferenciados. A lesão inativa apresenta aspecto visual liso, brilhante e não se observa rugosidade ao exame tátil. Lesão ativa sem cavidade: Superfície fosca ou opaca (lesão de mancha branca). Apresenta rugosidade ao exame tátil. Lesão inativa sem cavidade: Aspecto visual liso, brilhante e não se observa rugosidade ao exame tátil. Lesão ativa com cavidade em dentina: Tecido com coloração amarelada, amolecido e úmido. A lesão com cavidade impede a remoção do biofilme dentro da cavidade, sendo necessário acesso para restaurar. Com a colher de dentina, conseguimos retirar toda dentina infectada na técnica ART. Lesões inativas com cavidade: O tecido encontra-se endurecido e seco e na maioria das vezes, escurecido. Pode apresentar dentina terciária. Inspeção visual (cavitação) Exame tátil-visual - Boa fonte de iluminação; - Limpeza adequada; - Secagem da superfície; - Observar todos os aspectos da lesão; - Remover restos de biofilme acumulado ou debris para auxiliar na detecção de microcavitações; - Avaliar a textura das lesões em lisas (inativas) e rugosa (ativa); - Utilizar a sonda exploradora da maneira correta e com cuidado; - Também podemos usar elásticosseparadores para afastamento temporáro e avaliação da presença de lesão cavitada proximal. Disponível em: Academia da Odontologia Avaliação radiográfica (exame complementar) Podemos identificar variadas lesões por meio da avaliação radiográfica, como por exemplo: - Lesão restrita ao esmalte; Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 28 @thaistudandoodonto - Lesão acometendo esmalte + dentina (1/3 externo); - Lesão acometendo esmalte + dentina (2/3 interno); - Lesão interproximal sem rompimento da crista marginal... Porém, devemos sempre lembrar que a radiografia é complementar, e não unicamente suficiente para fechar diagnóstico de cárie. O exame clínico não pode ser dispensado. Continuidade do processo de desmineralização Dente hígido Lesão de mancha branca Cárie cavitada ► Principais fatores de risco que devemos identificar na anamnese e no exame clínico Aparecimento de novas lesões de cárie em pré-escolares Bebês: 0 a 36 meses; Pré-escolares: A partir de 36 meses. Fatores que aumentam o risco: - Uso de dentifrício não fluoretado; - Experiência passada de cárie; - Ingestão de líquidos açucarados durante a noite. Cárie em crianças maiores de 5 anos Fatores que aumentam o risco: - Experiência de cárie na dentição decídua; - Uso de dentifrício não fluoretado. Em todas as idades: Fatores que aumentam o risco: - Alteração de forma e posição dentária; - Defeitos estruturais do esmalte, como hipomineralização molar-incisivo (HMI). A experiência de cárie é um importante fator de risco para o aparecimento de novas lesões. Saliva: Tem um importante papel no diagrama etiológico multifatorial da cárie. Porém, a avaliação do fluxo salivar e contagem de microrganismos não precisam fazer parte da rotina clínica, exceto em pacientes com doenças sistêmicas ou uso de medicações que provoquem alterações realmente impactantes como a xerostomia em pacientes que passam por radioterapia. Acúmulo de biofilme: É um importante indicativo de negligência com a saúde oral. A doença cárie é biofilme-açúcar dependente: O acúmulo de placa e presença de açúcar na dieta do paciente devem ser monitorados e avaliados clinicamente, frente a sua importância entre os agentes etiológicos. O biofilme pode ser avaliado na rotina do atendimento público e privado tanto na sua forma visível (sondagem de superfície) quanto na sua forma corada após uso de evidenciadores. Dieta: Dados da dieta e consumo de carboidratos podem ser coletados durante a anamnese ou diário alimentar (paciente registra os alimentos consumidos por 3 a 7 dias e recebe orientações pelo profissional). Isso vai direcionar a orientação do profissional. Exemplos de perguntas direcionadas: - Lancha entre as refeições? - Quantas vezes? - Qual tipo de lanche? - Consome doces? Com que frequência? Escovação: É um fator protetor para a cárie dentária quando realizada de forma correta, todos os dias e com dentifrício com mais de 1000ppm de flúor. A escovação realizada com as técnicas corretas e com dentifrício fluoretado na concentração ideal é um fator protetor mais forte do que o biofilme e o açúcar são fatores de risco. Avaliação do risco de cárie Baixo risco: Sem sinais de atividade de doença e sem história pregressa de doença; Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 29 @thaistudandoodonto Risco moderado: Sem sinais de atividade da doença, entretanto com história pregressa; Alto risco: Presença de atividade de doença, com ou sem história pregressa de doença. Plano de tratamento Deve atender às necessidades individuais, por meio da identificação do risco/atividade de cárie, para implementação de métodos eficazes que controlem a evolução da doença e mantenham o equilíbrio da saúde bucal. ► Fluxograma de conduta para paciente com alto risco/atividade de cárie Controle da doença para redução dos fatores de risco - Educação em saúde; - Controle mecânico do biofilme; - Controle químico do biofilme. A educação em saúde deve abordar: - Fatores etiológicos das doenças bucais; - Métodos preventivos: . Flúor; . Selante; . Controle de biofilme; . Dieta. Controle mecânico do biofilme: - IHO-S: Mínimo 4 sessões; - Escovação habitual / orientada; - Profilaxia profissional / RAP; - Selamento de lesões incipientes ativas. Controle bioquímico do biofilme: - Bochecho com NaF 0,05% (Diário / 3 meses – noturno); - Bochecho com NaF 0,02% (Semanal / 6 meses – noturno); - Gel FFA 1,23% (Semanal / 6 semanas); - Escovação gel FFA 1,23% (Semanal / 6 semanas); - Clorexidina 0,12% 12/12 horas /930 dias – paciente > 12 anos). Controle de sequelas (Adequação do meio bucal) - Verniz fluoretado; - ART + Restauração provisória; - Cariostático em dentes decíduos; - Tratamento periodontal; - Tratamento endodôntico; - Remoção de raízes residuais. Reabilitação Clínica - Técnicas preventivas (selantes, verniz com flúor, profilaxia...); - Restaurações em amálgama, resinas, CIV...; - Tratamento de bolsas até 6mm. Alta com plano de manutenção - Mensal / Trimestral. Fonte: Saúde Bucal Coletiva: Uma abordagem ampliada / Eduardo Pizzatto e Manisa Carneiro Leão Gabardo – Ponta Grossa – PR. Atena, 2021. As primeiras consultas devem priorizar a resolução da dor ou, na maioria dos casos, o correto preenchimento do prontuário (correto diagnóstico de problemas sistêmicos e bucodentários). Essas consultas são fundamentais para a correta elaboração do plano de tratamento do paciente, segundo suas necessidades particulares. Só assim, o profissional e o paciente atingirão o sucesso na reabilitação de saúde. Desta forma, vale lembrar que o tratamento clínico- reabilitador só deve ser iniciando quando se sabe o que o paciente necessita, está elaborado um plano de tratamento detalhado para cada consulta e já foi explicado ao paciente suas necessidades e como o mesmo deve participar ativamente para a melhoria da sua condição bucal. ► Fluxograma de conduta para paciente com moderado ou baixo risco de atividade de cárie Controle dos fatores de risco - Educação em saúde; - Controle mecânico da placa bacteriana. A educação em saúde deve abordar: - Fatores etiológicos das doenças bucais; - Métodos preventivos: . Flúor; . Selante; . Controle de biofilme; . Dieta. Controle mecânico da placa bacteriana: Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 30 @thaistudandoodonto - Controle da quantidade de placa (IHO-S, mínimo 4 sessões); - Escovação habitual / orientada; - Profilaxia / RAP; - Selamento de lesões incipientes ativas. Reabilitação Clínica (quando for necessário) - Técnicas preventivas (selantes, verniz com flúor, profilaxia...); - Procedimentos restauradores definitivos. Alta com plano de manutenção - Semestral / Anual. Adequação do meio bucal Independente do tipo de lesão, devemos orientar o paciente para que o mesmo realize a correta higienização do meio bucal, escovando os dentes com as técnicas adequadas e fazendo o uso do fio dental diariamente. Em lesões cavitadas ativas ou inativas, devemos reabilitar através de procedimentos restauradores, devolvendo a função dos dentes. Anotações ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ Cariologia: conceitos básicos, diagnóstico e tratamento não restaurador. Série Abeno, São Paulo: Artes Médicas, 2016. 13. Anotações __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ _______________________ Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 31 @thaistudandoodonto Capítulo 5 ► Técnicas isolamento absoluto O isolamento absoluto tem como principal função impedir que a saliva e aerossóis entrem em contato com o dente preparado. Resina, ácido, primer e adesivo não podem entrar em contato com água (saliva). O adesivo funciona como uma cola para aderir a resina na cavidade, e para funcionar corretamente, não pode haver água na região. Se houver, a resina pode até aderir na cavidade no primeiro momento... Porém, depois sofrerá o processo de hidrólise, onde essa água presente no meio quebrará as ligações. Materiais utilizados no isolamento absoluto Lençol de borracha: O que determina a diferença de valores dos lençóis de borracha são: - Grossura da borracha; - Resistência ao rasgamento. No isolamento absoluto, o objetivo é não permitir o contato da saliva com a região onde acontecerá o procedimento odontológico. Disponível em: https://www.dentalspeed. com/modelo/lencol-de-borracha-odonto-3775 Obs: O isolamento relativo é aquele realizado com algodões, por exemplo, permitindo um pouco de contato da saliva com a região onde acontecerá o procedimento odontológico. O isolamento em dentística é diferente do isolamento em endodontia, pois em dentística, na maioria das vezes, isolamos mais de um dente (pois avaliamos outros parâmetros e visualizar os dentes próximos é importante para isso) e em endodontia geralmente isolamos apenas aquele elemento dentário que receberá tratamento endodôntico. Temos que tomar cuidado ao manipular o lençol de borracha, porque não podemos rasgar ele e nem furar em locais que não utilizaremos no procedimento em questão. Arco de Young U metálico: Serve para segurar (reter) o lençol de borracha. Disponível em: https://www.dentalspeed.co m/modelo/arco-de-young- em-inox-adulto-tecnodent- 16239 Sua curvatura acompanha o desenho da sínfese mentoniana. Disponível em: https://www.ortoconecta. com/dicas-clínicas/sínfise-mentoniana Os ganchinhos do arco de Young servem para agarrar o lençol de borracha. A curvatura encaixa no queixo. Grampos para dique de borracha: Existem vários tipos de grampos, cada um com a sua especificidade. Possuem a função de conferir estabilidade ao dique de borracha durante o procedimento. São responsáveis por manter o isolamento no dente, pois ele segura o lençol de borracha no elemento dentário. Obs: Não devemos nos apegar aos números dos grampos. Essa diferenciação de números se dá pelas alterações de tamanho para se adaptarem à coroa do dente e precisamos entender a função de cada um. Porém, existem adaptações que podem ser realizadas na rotina clínica, na ausência de algum grampo específico. Disponível no Ig: @odontogata Os grampos odontológicos possuem estruturas: Disponível em: https://i nis.iaea.org/collection/NC LCollectionStore/_Public/ 49/083/49083894.pdf Licenciado para - P oliana M uniz - 11219648698 - P rotegido por E duzz.com 32 @thaistudandoodonto Quanto mais atrás pegar no grampo, maior será a sua abertura. O grampo dificilmente quebra. Disponível em: https://www.dentalmarc.com.br/produtos/ endodontia/isolamento-absoluto/grampo-para-isolamento-golgran.html Grampos com haletas (asas): São grampos que devem ser levados junto com o lençol de borracha. - Ideais para cavidades do tipo classe I e para tratamento endodôntico. - As haletas atrapalham o posicionamento da matriz, ou seja, esse grampo já não é mais o ideal quando formos trabalhar com as proximais. - Ele facilita a realização do isolamento. Grampos sem haletas (asas): São grampos que devem ser levados ao dente antes do isolamento, para depois ser passado o lençol de borracha. Alicate perfurador: Perfura o lençol de borracha para encaixar o grampo. Os furos são de acordo com o tamanho do dente que iremos trabalhar. Possui 5 furos, cada um com um diâmetro diferente. Disponível em: https://www .dentalcremer.com.br/alicate- perfurador-ainsworth-golgran- 344301.html Anotações ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ A escolha do orifício depende do dente que será isolado. Disponível em: https://www.tv.odontologiavirtual.com /2018/02/dentistica-instrumentos-para-o.html Não é via de regra, pois na vivência clínica o profissional pode preferir outros furos para cada tipo de dente. Obs: Preferências do professor Furo maior (azul): molares; Furo verde: Pré-molares. Furo amarelo: Canino. Furo rosa: Incisivos superiores. Furo azul claro: Incisivos inferiores. Obs: Não devemos deixar restos de lençol de borracha nos orifícios do alicate perfurador, pois isso atrapalha a sua função. Ele pode “entupir”. Com a sonda exploradora, conseguimos remover os resquícios de lençol de borracha. Pinça (ou alicate) porta grampo Palmer: Pinça utilizada para colocar o grampo na posição correta. Disponível em: https://www.dentalspeed.com/mo delo/pinca-porta-grampo-palmer- serrilhada-3731 Ela abre e encaixa o grampo no dente. Pode ser todo liso ou possuir um corte na ponta. A pinça possui um nivelador de abertura. Quanto mais pra baixo, mais ela abre, quanto mais pra cima, menos ela abre. Quando formos pegar o grampo, devemos tentar colocar só a pontinha do alicate nos buraquinhos. Isso faz com que fique mais fácil dele sair no momento que colocamos no dente. Se a pinça entrar demais nos orifícios do grampo, pode acontecer de no momento da remoção da pinça, o grampo saia junto com ela. Maneiras de realizar o isolamento absoluto Licenciado para - P oliana M uniz -
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