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Estudo dirigido Cariologia 08-05

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Estudo Dirigido- Cariologia
Entrega em grupo
Professora: Natália Cristina Ruy Carneiro
Data: 08/05/2023
CURY, J. A. Uso do Flúor e controle da cárie como doença. In: BARATIERI, L. N., JUNIOR, S. M. Odontologia restauradora: fundamentos e possibilidades. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2015. p. 33-68.
Estudo Dirigido sobre o conteúdo das páginas 1 a 36.
Nome dos integrantes:
Fabrícia Raggi
Maria Paula Lana
Marília Caroline
Poliana Muniz
1. Explique o que você entendeu sobre a participação do carbonato na composição do esmalte e as consequências para o desenvolvimento da cárie dentária. Qual a participação do fluoreto na diminuição da concentração de carbonato na estrutura dental? Por qual via o fluoreto interfere neste processo?
R: O carbonato (CO 2-) pode ocupar o lugar do fosfato ou da hidroxila na estrutura química da hidroxiapatita. Nesses locais, sua presença desestabiliza o mineral, tornando o local que contém o carbonato mais instável e, portanto, mais solúvel. Dos tecidos dentais, os cristais de hidroxiapatita biológica do esmalte de dentes decíduos apresentam maior concentração de carbonato em relação aos dos dentes permanentes, sendo esta uma das explicações para a maior velocidade de progressão de lesões de cárie. 
O fluoreto também pode se incorporar naturalmente no mineral dental, devido a sua presença frequente na natureza. O contato com concentrações micromolares de fluoreto nos fluidos corporais induz à incorporação deste nos dentes em formação, porém não na forma de cristais puros, mas sim como substituto da hidroxila em alguns locais da hidroxiapatita biológica. Embora no passado a incorporação de fluoreto no mineral dental tenha sido considerada o principal mecanismo de ação anticárie do íon, hoje sabe-se que não é este seu principal efeito. 
Assim, regiões do cristal de hidroxiapatita que possuem carbonato são as mais instáveis e, portanto, as primeiras a se dissolver quando o fluido circundante se torna subsaturado. Ou seja, o mineral dental perde primeiro suas porções mais solúveis.
Em contrapartida, a precipitação de minerais ativada pelo fluoreto, incorpora nos cristais porções menos solúveis contendo fluoreto. Assim, as lesões incipientes de cárie se tornam mais ricas em fluoreto e pobres em carbonato do que o esmalte hígido inicial. Dessa forma, pode-se dizer que uma lesão de cárie é mais resistente à desmineralização futura do que o esmalte hígido. 
2. Explique a capacidade da saliva em proteger os dentes e o conceito de PH crítico. Como o fluoreto pode ajudar neste processo?
R: A saliva total é uma mistura da secreção das glândulas salivares maiores e menores que banham os dentes. A saliva sempre possui uma composição compatível com a integridade do mineral dos dentes; sua concentração de íons minerais, cálcio e fosfato, e seu pH, que espelham os mesmos no plasma sanguíneo, tornam a saliva supersaturada em relação aos minerais dentais.
A saliva tem a capacidade protetora dos dentes por manter um estado de supersaturação, e nunca é produzida com pH capaz de causar sua desmineralização. O pH salivar apenas abaixa logo após o consumo de produtos ácidos. 
O pH crítico é o pH abaixo do qual os fluidos bucais (saliva ou fluido do biofilme) se tornam subsaturados em relação à solubilidade dos minerais dentais, ocorrendo como consequência a desmineralização do esmalte-dentina, pH crítico 5,5, para a dissolução do esmalte e pH 6,2-6,3 para dentina. Quando disponível na cavidade bucal, o íon flúor (ou fluoreto) exerce um enorme efeito físico-químico no processo de des/remineralização dental, que resulta em diminuição na velocidade de progressão das lesões de cárie. No entanto, na presença de fluoreto, o processo pode ser desacelerado, uma vez que o fluoreto é um potente ativador da precipitação de minerais na estrutura dental. Assim, a perda mineral total é menor se o desafio cariogênico ocorrer na presença de fluoreto. Esse é o chamado efeito do fluoreto na diminuição da desmineralização dental. Além disso, quando a saliva está exercendo seu efeito remineralizador natural, a disponibilidade de fluoreto na cavidade bucal ativa a remineralização. A esse efeito denomina-se ativação da remineralização pelo fluoreto.
3. Explique a formação da placa dental cariogênica na presença da sacarose e suas implicações.
R: As bactérias, particularmente as do grupo mutans, possuem enzimas chamadas genericamente de glicosiltransferases, as quais estão presentes na superfície bacteriana e na película adquirida do esmalte. A partir da sacarose exclusivamente, essas enzimas produzem substâncias pegajosas (polissacarídeos insolúveis) que facilitam a aderência das bactérias, mesmo às superfícies lisas. Simultaneamente, a sacarose fornece energia para as bactérias se multiplicarem, ficando entre elas esses polissacarídeos extracelulares (PEC). Assim, a sacarose facilita a formação de placa, a qual sendo mais porosa devido a essa rede (matriz) de polissacarídeos, torna a placa dental mais cariogênica. Isto facilita a difusão de açúcares por essa matriz, levando a quedas mais acentuadas de pH na interface dente placa.Adicionalmente, a placa dental formada pela presença de sacarose têm menores concentrações inorgânicas de cálcio, fosfato e flúor.
4. Explique o diagrama 2.2 da página 38 do capítulo.
R: O diagrama 2.2 da página 38 do capítulo é sobre a dinâmica do desenvolvimento de cárie e acúmulo de bactérias sobre os dentes. 
Número 1 indica a ingestão de alimentos com a presença de sacarose;
Número 2 indica a produção de ácido;
Número 3 indica uma queda no pH no meio bucal e, consequentemente, uma perda de minerais das estruturas dentais (número 4).
Número 5 indica a volta do ph à normalidade para esmalte e dentina;
O número 6 indica uma remineralização. 
O número 7 indica uma repetição de todo o ciclo e o número 8 indica a manifestação da doença cárie.
5. Explique as duas implicações clínicas da afirmação: “O flúor não é capaz de interferir nos fatores responsáveis pela doença cárie”, descritas no texto.
R: A primeira relevância clínica deste conceito é que o flúor isoladamente não impede a doença cárie. Isto mostra a importância dos controles da placa dental e adequação à dieta para que um efeito máximo seja obtido. Por outro lado, embora o flúor não impeça a iniciação da doença, ele é extremamente eficiente em reduzir sua progressão.
6. Explique como o flúor adicionado à água de abastecimento interfere no processo saúde doença da cárie dentária.
R: A água fluoretada é capaz de aumentar a proporção de indivíduos livres de cárie dentária na dentição decídua e permanente, quando se compara com populações vivendo em comunidades sem flúor na água. A fluoretação é considerada como o método de controle de cárie dentária mais efetivo, quando considerada a abrangência coletiva.
7. Analisando a expressão da cárie dentária no Brasil a partir da década de 70 até os dias atuais houve dois momentos com quedas significativas do índice CPOD em escolares. Quais foram esses momentos e como podemos explicar essas quedas no índice?
R: A Redução da Prevalência de Cárie podemos observar que a maior porcentagem de municípios com água fluoretada teve menor índice de prevalência de cárie. Em 1996, o valor de 3,1 para o CPOD nacional, uma prevalência média de cárie, indicava um quadro bem melhor em relação ao que ocorria na década de 80, e melhor também do que foi verificado em 1993. Esta queda foi uma das conquistas do SUS, ocorreu dentro de um cenário novo da Saúde Pública no Brasil. Em 2003, o valor de 2,8 para o CPOD também se enquadrava em uma prevalência, mas apresentou redução considerável, queda que foi reflexo do PSF, programa implementado em 1994 pelo SUS, revelando que as novas propostas de promoção de saúde e prevenção que passaram a ser realizadas através do PSF estavam dando bons frutos. O PSF prosseguiu, sendo desempenhado de modo crescente no país, e, cada vez mais, novas USF foram criadas, substituindo as UBS convencionais, num processo de transição constante. No ano de 2010, o índicede CPOD valorado em 2,1, uma baixa prevalência de cárie, revelou mais um avanço no contexto da Saúde Bucal brasileira.
8. Descreva o mecanismo de ação dos fluoretos. Você pode utilizar texto e diagramas.
9. Dos meios de usar flúor tópico, qual o melhor para o controle da cárie como doença? Explique.
10. Discorra sobre a importância do uso tópico de flúor nos dentifrícios do ponto de vista clínico e epidemiológico.
11. Quais são, hoje em dia, as indicações do uso de bochechos com flúor?
12. Cite e descreva todas as situações em que o uso de ATFP está indicado.
13. Cite os veículos possíveis para a ATFP.
14. Quais as concentrações mais utilizadas na ATFP nas formulações disponíveis? Como elas foram estabelecidas?
15. Como o pH da formulação pode interferir na ação do flúor na ATFP?
16. Por quê a profilaxia ainda está recomendada em associação com a ATFP?
17. Afinal, qual é o melhor tempo de aplicação na ATFP?
18. Pode-se dizer que o Ionômero é um material liberador de flúor. Explique como isso se dá clinicamente.
19. Qual a dose provavelmente tóxica (DPT) para a ingestão de flúor?
20. Quais métodos de uso de flúor estão envolvidos com a toxicidade aguda? Explique.
21. O que se deve fazer em caso de ingestão de volumes acima dos recomendados? Quais cuidados os profissionais podem orientar?
22. Como o profissional pode diminuir o risco da toxicidade aguda?
23. Explique o mecanismo de desenvolvimento da fluorose.
24. Qual é o período de risco para o desenvolvimento da fluorose?
25. Como se dá o diagnóstico de fluorose? Quais outras opacidades podem confundir o diagnóstico?
26. Descreva os fatores que aumentam o risco de fluorose.
27. Explique por que o autor não considera a utilização de dentifrícios não fluoretados ou com baixas concentrações boas alternativas para a redução de risco de fluorose.
28. Qual a melhor forma de reduzir o risco de fluorose dental descrita pelo autor?

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