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CARIOLOGIA ESTUDO AVI

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GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA 
 
 
CARIOLOGIA 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO AV1 
 
 
DOCENTE: Patricia Pereira 
DISCENTES: Carla Bernardes 
 Gustavo Souza 
João Salvador 
Yago Oliveira 
Vanice Antunes 
 Zuleide Marinho 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO AV1 
DOCENTE: Patricia Pereira 
DISCENTES: Carla Bernardes/ Gustavo Souza/ João Salvador/ Yago Oliveira/ Vanice Antunes 
e Zuleide Marinho 
 
1. É o estudo da distribuição do estado ou eventos de saúde-doença e de 
seus determinantes em populações específicas, e a aplicação desse 
estudo para o controle dos problemas de saúde. 
R: Epidemiologia 
 
2. Na etiologia da cárie: dente, saliva, microbiota e substrato são: 
R: Fatores primários 
 
 
3. Um método de diagnóstico ideal deve ser confiável, capaz de detectar 
lesões de cárie em estágio inicial, diferenciar lesões reversíveis das 
irreversíveis e permitir sua documentação. A inspeção visual é o método 
mais empregado para realizar o diagnóstico da cárie dental. A realização 
deste exame, requer que os dentes estejam limpos, secos e sob 
iluminação adequada. O ato de secar o esmalte previamente ao exame 
está relacionado a: 
 R: Possibilidade de realizar um diagnóstico preciso de 
manchas brancas ativas, devido a diferença existente entre os índices de 
refração do ar e do esmalte. 
 
4. De acordo com Kidd & Nyvad (2005), o diagnóstico da 
cárie dentária é assim: o caminho intelectual que integra as informações 
obtidas pelo exame clínico dos dentes, o uso de ferramentas auxiliares 
para o diagnóstico da cárie, a conversa com o paciente e os 
conhecimentos biológicos. Acerca dos exames utilizados para o 
diagnóstico da cárie, é correto afirmar que: 
R: O exame radiográfico pode ser útil para detectar lesões de cárie que 
clinicamente estão ocultas ao cuidadoso exame clínico-visual. 
 
5. As propriedades preventivas do flúor foram descobertas a partir de 
investigações sobre o seu efeito tóxico no esmalte dentário em 
desenvolvimento, resultante da sua ingestão. Mediante a observação de 
tais efeitos, desencadeou-se uma série de estudos, que resultaram na 
descoberta da fluoretação da água de abastecimento público como 
medida de controle de cárie dentária. Acerca da fluoretação da água de 
abastecimento público, é correto afirmar que: 
R: A fluoretação das águas de abastecimento público teve início, no Brasil, em 
31 de outubro de 1953, com a implantação deste método em Baixo Guandu, 
Espírito Santo. 
 
6. Em um paciente com alta atividade de cárie, assinale a opção que indica 
o procedimento mais indicado para evitar que os dentes restaurados 
entrem em um ciclo repetitivo, levando à falha na restauração e eventual 
perda dentária. 
R: Controlar a atividade de cárie. 
 
 
 
 
 
 
7. Leia o fragmento a seguir. 
“A cárie dentária é uma doença causada pelo _____ no balanço entre o mineral 
do dente e o fluido do biofilme. A produção de _____ por meio da 
metabolização de nutrientes pelas bactérias do biofilme leva à _____ do pH e 
consequente desmineralização do tecido dentário.” 
Assinale a opção cujos termos completam corretamente as lacunas do 
fragmento acima. 
R: desequilíbrio – ácido – baixa. 
 
8. Com relação à cárie dental, analise as afirmativas a seguir. 
I. Esmalte e dentina perdem ou ganham minerais de acordo com as 
condições de saturação dos fluidos do meio bucal. 
II. II. O pH dos fluidos bucais é um fator determinante na perda ou 
ganho de minerais pelos dentes. 
III. III. A remineralização de lesões incipientes em esmalte e dentina é 
possível com a remoção dos fatores causais, potencializada pelo uso 
de fluoreto. 
Está correto o que se afirma em: 
R: I,II e III corretas 
 
9. A aplicação tópica de flúor com abrangência universal é recomendada 
em populações nas quais seja constatada a seguinte situação: 
R: A exposição à água de abastecimento com teor de flúor abaixo de 0,4 ppmF. 
 
10. Segundo o Guia de recomendações para o uso de fluoretos no Brasil, 
sobre a fluorose dentária, é CORRETO afirmar que: 
R: A forma leve causa apenas alterações estéticas, enquanto a fluorose 
moderada e severa é caracterizada por manchas amarelas ou marrons no 
esmalte, apresentando repercussões estéticas, morfológicas e funcionais. 
 
 
 
11. Os fatores etiológicos determinantes da cárie dentária, segundo 
Newbrun (1978), são 
R: A tempo, substrato, microrganismo e hospedeiro.(TRÍADE DE KEY) 
 
12. A classificação conhecida como Índice de Dean (DEAN, 1934) tem sido 
usada por muitos anos para DESCREVER: 
R: A fluorose 
 
13. O método visual é o melhor método para se detectar lesões de cárie. 
Esse exame deve ser feito com o máximo rigor, utilizando condições 
adequadas e que favoreçam a verificação de todos os quesitos 
necessários para detectar, estimar a profundidade e avaliar a atividade 
da cárie, assim como cavidades presentes. 
Com base no exposto, analise as seguintes afirmativas. 
I. Em lesões com mesma profundidade, fica evidente o efeito da progressão 
acelerada das lesões cavitadas comparadas às não cavitadas. 
II. Em lesões oclusais, há cavidades que podem ser “limpas” com a própria 
escovação. Isso ocorre tanto em microcavidades, quanto em cavidades muito 
amplas. 
V. O método radiográfico tem uma boa relação com a profundidade das lesões 
e pode garantir, juntamente com a inspeção visual, melhor diagnóstico de 
lesões em dentina. No entanto, ele sozinho não permite que se avaliem nem a 
presença de cavidades, nem a atividade das lesões. 
Estão corretas apenas as afirmativas 
 
14. A avaliação do risco à cárie dentária envolve tanto a identificação de 
indivíduos com maior predisposição ao desenvolvimento da doença 
como a promoção de medidas de prevenção e de tratamento 
apropriadas. Acerca desse assunto, julgue o item a seguir. 
O exame radiográfico e o afastamento temporário dos dentes constituem 
importantes auxiliares no diagnóstico de lesão de cárie de superfície proximal 
devido à baixa sensibilidade e à alta especificidade dos exames visual e tátil. 
Alternativa: Certo 
 
 
15. A avaliação do risco à cárie dentária envolve tanto a identificação de 
indivíduos com maior predisposição ao desenvolvimento da doença 
como a promoção de medidas de prevenção e de tratamento 
apropriadas. Acerca desse assunto, julgue o item a seguir. 
O uso de sonda exploradora para o diagnóstico de cárie oclusal pelo método 
chamado de “trancar a sonda” aumenta a acurácia da detecção de lesões, sem 
causar iatrogenia. 
Alternativa:ERRADO 
 
16. Com o avanço científico observado nas últimas décadas, a cárie 
dentária passou a ser conceituada como uma doença multifatorial. 
Relacione adequadamente os fatores etiológicos da cárie aos 
respectivos exemplos. 
1. Determinante negativo. 
2. Determinante positivo. 
3. Modulador biológico. 
4. Modulador social. 
A sequência está correta em 
(3 ) Saliva. 
(1 ) Açúcar. 
(4 ) Condição socioeconômica. 
(2 ) Exposição a fluoretos. 
Comentário: Além dos fatores determinantes para a doença (interação 
entre hospedeiro, dieta, biofilme e tempo), é sabido que fatores sociais, 
econômicos e comportamentais podem influenciar no desenvolvimento da 
doença cárie, justificando o conceito de doença multifatorial. A saliva é 
um modulador biológico, o açúcar é um determinante negativo, ou seja, 
sua presença é fundamental para o desenvolvimento da doença cárie. Já 
a exposição aos fluoretos é um determinante positivo, pois sua ocorrência. 
 
 
 
 
 
 
 
17. A doença cárie é uma doença comportamental e sua etiologia necessita 
da interação de vários fatores para ocorrer a sua manifestação. Informe 
se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma. A seguir, assinale a 
alternativa que apresenta a sequência correta. 
 
(V ) Os fatores etiológicos determinantes são primordiais ao aparecimento 
da doença cárie. 
( V) Os micro-organismos Streptococcus mutans e Streptococcussobrinus 
participam na manifestação da doença cárie. 
( F) Os fatores etiológicos modificadores são capazes de influenciar no 
aparecimento da doença cárie, desde que somente aumente a defesa do 
hospedeiro. 
( F) Em relação ao hospedeiro, afirma-se que a quantidade de 
mineralização dos tecidos dentais não pode interferir no desenvolvimento 
da doença cárie. 
 
 
18. Em relação aos fatores etiológicos da doença cárie, marque (V) ou (F) a 
seguir: 
( V) O consumo da sacarose aumenta a incidência de cárie. 
( V) Um dos fatores mais relevantes é a frequência do consumo da 
sacarose, muito mais que a quantidade desse consumo. 
( F) O leite e o queijo são considerados alimentos altamente cariogênicos, 
uma vez que reduzem a secreção salivar. 
(V ) Trata-se de uma doença multifatorial envolvendo o hospedeiro, a 
microflora cariogênica e uma dieta apropriada. 
(V ) Os estreptococos do grupo mutans são bactérias cariogênicas, tanto 
em animais quanto em humanos. 
 
a) V – V – F – V – V ** 
b) V – F – F – V – V 
c) F – V – V – F – F 
d) F – F – V – V – V 
e) V – V – F – V – F 
 
 
 
19. A doença “cárie” pode ocorrer em qualquer superfície do dente onde o 
biofilme microbiano possa se manter estável por um determinado período. 
Se o biofilme for removido parcial ou totalmente poderá ocorrer 
a) a elevação da perda de cálcio da superfície dental para o meio bucal. 
b) a interrupção da perda mineral ou, até mesmo, a re-deposição de 
minerais na superfície de esmalte.*** 
c) a elevação da perda de fosfato da superfície dental para o meio bucal. 
d) o bloqueio da re- deposição de minerais na superfície de esmalte. 
 
Comentários: A questão nos remete ao processo de des -re, perceberam? 
A única alternativa que descreve a interrupção da desmineralização (que é o 
que acontece quando desorganizamos ou removemos a placa (ou biofilme) 
bacteriana é a letra B. 
 
20. A manutenção do equilíbrio no processo de des/remineralização dos 
dentes, é o principal aliado na prevenção da cárie dental. São 
consideradas medidas que visam manter o equilíbrio deste processo, 
exceto: 
a) Consumo racional de açúcares 
b) Evidenciação do biofilme**** 
c) Utilização adequada e frequente de fluoretos 
d) Escovação dental diária 
e) Uso correto do fio dental 
 
 
Comentários: O processo de des-remineralização é influenciado pela 
dieta, já que ela é diretamente responsável pela modificação do pH. A 
presença de fluoretos também influencia no processo, já que nesse caso o pH 
necessário para desmineralização do dente passa de 5,5 para 4,5. Já a 
escovação e o uso do fio dental são responsáveis pela remoção e 
desorganização da placa bacteriana. O evidenciador de biofilme de nada 
 
auxilia no processo de des-re, apenas indica onde existe uma 
higienizaçãodeficiente e serve com “educador” para o paciente e direcionador 
para o profissional. 
 
 
 
21. O pH ____________ acarreta a dissolução do esmalte. Esse processo é 
chamado de ____________ e causado principalmente pelo___________ 
que produz a fermentação da __________ 
 
a) ácido/desmineralização/ácido fosfórico/sacarose 
b) neutro/desmineralização/ácido lático/frutose 
c) alcalino/desmineralização/ácido fosfórico/maltose 
d) ácido/desmineralização/ácido lático/sacarose***** 
e) alcalino/mineralização/ácido lático/sacarose 
 
Comentários: Numa única questão vários aspectos sobre o processo de 
desmineralização. Excelente resumo e ainda vamos complementar com mais 
algumas informações: Com a fermentação dos carboidratos provenientes da 
dieta, principalmente da sacarose, em consequência da presença de 
microrganismos acidogênicos, especialmente o S. mutans, ocorre a queda pH, 
acidificando-o. O principal ácido lático que é o produto dessa fermentação irá 
causar a queda do pH da placa. Essa queda do pH irá provocar a 
desmineralização do dente. 
 
22. Em relação às características histológicas da lesão de mancha branca 
no esmalte dental, determine a sequência correta.(TIPO DE LESÕES) 
 
a) Zona superficial, corpo da lesão, zona translúcida e zona escura. 
b) Zona superficial, zona escura, corpo da lesão e zona translúcida. 
c) Zona translúcida, zona superficial, zona escura e corpo da lesão. 
d) Zona superficial, corpo da lesão, zona escura e zona translúcida.**** 
 
Comentário: Zona superficial: mantém-se hígida, macroscopicamente, até 
determinado estágio de progressão, embora microscopicamente, em nível 
ultraestrutural, já se observem sinais distintos de dissolução direta da 
superfície, após 1 semana. Existe pequeno aumento na porosidade do 
esmalte, em uma profundidade de 20 a 100 mm; portanto, o tecido 
imediatamente abaixo da microssuperfície já parece mais poroso. Se a 
placa se mantém sem distúrbios, após 14 dias percebem-se sinais 
macroscópicos de perda mineral do dente, após a secagem. Esse estágio 
marca o início da lesão de “mancha branca”, que ocorre pela 
desmineralização subsuperficial do esmalte. 
 
Corpo da lesão: é a região onde há mais perda mineral da lesão e, 
dependendo do grau de progressão, poderá ocorrer a cavitação da lesão 
Zona escura: apresenta uma área de remineralização, pois recebe 
depósito de minerais perdidos durante a desmineralização. É uma área 
mais extensa, em lesões de progressão lenta ou inativas 
Zona translúcida: é a linha de frente da lesão, não sendo observada em 
todas as secções. É mais porosa do que o esmalte hígido e representa os 
processos de desmineralização. 
 
●Dentina infectada: apresenta o maior número de bactérias e a mais 
desorganizada. Ocorre a destruição de dentina intertubular. Apresenta-se 
amolecida, borrachoide e úmida, sendo removida facilmente com cureta 
●Dentina afetada: possui quantidades menores de bactérias que a 
infectada e apresenta traços de organização original da dentina. Observa-se 
túbulos dentinários e dentina tubular. Algumas teorias enfatizam que 
por essas características são passiveis de recuperação. Clinicamente, 
apresenta aspecto amolecido menor que o da dentina infectada, porém 
que “descama” e mais escurecido. 
 
Outros autores dividem em quatro como descreveremos abaixo: 
 
●Dentina desorganizada: que é uma camada mais superficial e amolecida. 
●Dentina infectada: como descrita acima. 
●Dentina afetada: também descrevemos acima. 
●Dentina Esclerosada: conteúdo mineral aumentado, relacionado com 
cronicidade e intensidade do ataque, endurecida, coloração marrom. Não 
remover essa camada pois é passível de remineralização. Ocorre por 
estímulos da polpa e consequente ação dos odontoblastos. 
 
Vamos conhecer outro tipo de nomenclatura para essa divisão da 
dentina: 
 
●Primária: a maior parte é formada antes da erupção dos dentes. É a 
dentina original, regular. 
●Secundária: se forma devido a estímulos de baixa intensidade, devido a 
função biológica normal durante a vida do elemento dentário. Apresenta 
túbulos dentinários estreitos e tortuosos. 
●Terciária ou reparativa: Ocorre em função de estímulos intensos vindos 
da polpa irritada, como no caso de cáries agudas, irritações mecânicas e 
térmicas, erosão, abrasão... Os túbulos dentinários são reduzidos em 
números ou inexistentes. Quando presentes são irregulares ou tortuosos. 
 
 
 
Essas áreas servem de guia quando da intervenção clínica, sendo 
que a zona mais profunda pode ser remineralizada, pois ainda não é 
infectada, e o colágeno não está quebrado de forma irreversível. 
Enquanto isso, na zona mais superficial da lesão de cárie, já existem 
invasão bacteriana e colágeno irreversivelmente quebrado, devendo essa 
camada ser removida. 
 
-QUANTO AO DESENVOLVIMENTO DA LESÃO 
 
● Cárie primária: 1ª lesão cariosa que acomete o dente. Tem seu início 
nas fissuras de dentes hígidos. 
● Cárie secundária (recidivantes ou recorrentes): acomete o dente 
que já tinha cárie dental e havia sido restaurado. Detectada 
normalmente, as margens da restauração. 
Outras classificações:●Cárie rampante: são múltiplas lesões ativas acometendo o mesmo 
paciente (cárie de mamadeira, cárie por uso de drogas, cárie de radiação) 
●Cárie oculta: lesão de dentina que não são detectadas no exame visual 
por apresentar esmalte intacto nas faces oclusal, vestibular e alatina. 
Com extensas desmineralizações. Detectadas no exame radiográfico. 
●Cárie residual: tecido infectado que foi deixada no local da lesão 
cariosa, antes da inserção do material restaurador. Ocasionado por falha 
do profissional. 
 
-QUANTO AO ASPECTO CLÍNICO 
● Esmalte: 
 _ Inativa: mancha branca brilhante e lisa ou pigmentada. 
_ Ativa: Mancha branca rugosa e opaca. 
● Dentina: 
_ Inativa: tecido duro e escurecido, com aspecto seco 
_ Ativa: coloração marrom claro, amolecido e aspecto úmido. 
 
 
23. Em relação à lesão de cárie em dentina, marque a alternativa 
INCORRETA. 
 
a) Quando a lesão de cárie atinge a dentina, há uma invasão tubular 
superficial das bactérias. 
b) Morfologicamente, as lesões de cárie em dentina direcionam e auxiliam 
no momento da intervenção clínica. 
c) O esmalte dental rompido no processo carioso irá favorecer as 
bactérias anaeróbias para aumentar a destruição em dentina. 
 
 
d) Na zona mais superficial da dentina existe invasão bacteriana e 
colágeno irreversível, portanto, esta camada não deve ser removida.**** 
e) A zona mais profunda da dentina pode ser remineralizada, portanto, a 
camada não está infectada, apresentando um colágeno de forma 
reversível. 
 
Comentário: Na zona mais superficial da lesão de cárie, já existem 
invasão bacteriana e colágeno irreversivelmente quebrado, devendo essa 
camada ser removida. 
 
24. Em relação à cárie dentária: 
a) a lesão de cárie dentária ativa inicial tem superfície dura e brilhante. 
b) as lesões de cárie dentária se desenvolvem, mesmo com higiene oral 
efetiva e redução na ingestão de açúcar. 
c) indivíduos com baixo risco à cárie dentária podem se transformar em 
alto risco.**** 
d) lesões marrons nas superfícies vestibulares devem ser restauradas. 
e) as lesões ativas, se forem radiculares, não têm sua inatividade 
viabilizadas. 
 
 
Comentários: A lesão de cárie ativa é opaca e rugosa (se for mancha branca) 
ou amolecida se for em dentina. Por ser uma doença multifatorial precisa de 
todos os aspectos em desequilíbrio, ou seja, se o paciente tem uma boa 
higienização e baixo consumo de sacarose a lesão não irá se desenvolver. 
Lesões marrons em superfície se forem inativas não tem necessidade de 
serem restauradas, a não ser que comprometam a estética do paciente. 
Mesmo as lesões cariosas radiculares podem tornar-se inativas. Indivíduos 
com baixo risco de cárie pode sim se tornar de alto risco, se os diversos fatores 
que levam a progressão da doença também forem alterados, como por 
exemplo, mudanças na alimentação e na higienização. 
 
 
25. Assinale a alternativa abaixo que apresenta uma característica de lesão 
cariosa ativa: 
a) transluscência normal do esmalte após secagem. 
b) cavidade expondo dentina dura e amarronzada - escura. 
c) destruição localizada da superfície circundada por esmalte 
amarronzado. 
d) cavidade no esmalte opaco e sem brilho com envolvimento superficial 
de dentina.**** 
 
 
e)esmalte opaco com brilho, com ou sem descoloração amarronzada, visto 
após secagem. 
 
Comentários: as características de lesões ativas são: coloração opaca, 
rugosa, amolecida, úmida em coloração marrom clara. A alternativa que 
apresenta essas condições de opacidade e sem brilho é a D. 
 
26. Leia o caso a seguir. Após profilaxia, ao realizar um exame clínico em 
um molar inferior, o cirurgião-dentista não detecta, pelo exame visual, a 
ocorrência de uma lesão cariosa na oclusal, devido ao fato de o esmalte 
estar visualmente inalterado, porém, ao examinar radiograficamente, nota 
extensa e profunda desmineralização em nível de dentina. A situação clínica 
descrita trata de uma lesão denominada de: 
 
a)cárie residual. 
b)cárie rampante. 
c)cárie secundária. 
d)cárie oculta.**** 
 
Comentários: Fácil essa, não é? 
Vamos aproveitar para revisar as características dessas denominações? 
 
●Cárie rampante: são múltiplas lesões ativas acometendo o mesmo 
paciente (cárie de mamadeira, cárie por uso de drogas, cárie de radiação) 
●Cárie oculta: lesão de dentina que não são detectadas no exame visual 
por apresentar esmalte intacto nas faces oclusal, vestibular e alatina. 
Com extensas desmineralizações. Detectadas no exame radiográfico. 
●Cárie residual: tecido infectado que foi deixada no local da lesão 
cariosa, antes da inserção do material restaurador. Ocasionado por falha 
do profissional. 
● Cárie secundária (recidivantes ou recorrentes): acomete o dente 
que já tinha cárie dental e havia sido restaurado. Detectada normalmente, as 
margens da restauração. 
 
 
27. Assinale a alternativa abaixo que apresenta uma característica de lesão 
cariosa ativa: 
 
a) transluscência normal do esmalte após secagem. 
b) cavidade expondo dentina dura e amarronzada - escura. 
c)destruição localizada da superfície circundada por esmalte 
amarronzado. 
d) cavidade no esmalte opaco e sem brilho com envolvimento superficial 
de dentina.**** 
 
e) esmalte opaco com brilho, com ou sem descoloração amarronzada, 
visto após secagem. 
 
Comentários: Vamos relembrar as características clínicas das lesões de 
cárie: 
● Esmalte: 
_ Inativa: mancha branca brilhante e lisa ou pigmentada. 
_ Ativa: Mancha branca rugosa e opaca. 
● Dentina: 
_ Inativa: tecido duro e escurecido, com aspecto seco. 
_ Ativa: coloração marrom claro, amolecido e aspecto úmido. 
 
 
DIAGNÓSTICO DA CÁRIE DENTÁRIA 
 
Quando se aborda o diagnóstico da doença, dois conceitos devem 
ser inicialmente definidos: atividade e risco. 
 
É fundamental que se diferencie a lesão de mancha branca de cárie de 
outros tipos de manchas brancas, como aquelas provenientes de fluorose 
ou hipocalcificação. Os principais fatores a serem observados para 
diferenciálas são a localização (se a área for propícia ao acúmulo de 
biofilme) e o aspecto clínico da lesão (a lesão de cárie ativa é opaca e 
com aparência rugosa, enquanto a inativa apresenta lisura e brilho). 
 
A PATRICIA falou muito disso em algumas observações: 
 
Para crianças maiores de 3 anos e para adolescentes e adultos, é o fator de 
risco que apresenta maior evidência quanto à sua associação com o 
desenvolvimento de novas lesões. 
 
A experiência passada pode indicar o risco de desenvolvimento de novas 
lesões. 
 
28. A elaboração do plano de tratamento é essencial para a boa conduta 
clínica no tratamento da doença cárie. Logo, em relação aos fatores 
ligados ao paciente, é CORRETO afirmar: 
 
a) Em crianças de pouca idade, a avaliação de dieta não pode ser 
fundamental na definição do risco à doença cárie. 
b) O paciente com experiência anterior à doença cárie apresenta maior 
risco de ter lesões cariosas.**** 
c) A idade do paciente relacionada ao tempo da presença do dente na 
 
cavidade bucal não interfere no desenvolvimento da lesão cariosa. 
d) O estado motivacional do paciente não interfere em seu retorno e 
controle periódico. 
 
Comentário: É o fator de risco que apresenta maior evidência quanto à 
sua associação com o desenvolvimento de novas lesões. Cabe destacar 
que, quando já existem lesões de cárie, suas características geralmente 
definem a atividade da doença, e não mais o risco de sua ocorrência, uma 
vez que ela está ocorrendo. A experiência passada pode indicar o risco de 
desenvolvimento de novas lesões. 
 
 
Métodos de diagnóstico das lesões de cárie 
 
-Exame visual 
 
Com o objetivo de sistematizar a detecção e a avaliação das lesões 
cariosas pelo exame visual, na tentativa de melhorar esses dois aspectos 
(baixa sensibilidade e reprodutibilidade), tem ocorrida a criação de índices 
com escores para serem utilizados na inspeçãovisual. Isso levou à criação 
do Sistema Internacional de Detecção e Avaliação de Cárie (do inglês, 
International Caries Detection and Assessment System – ICDAS). O 
ICDAS é um sistema de escores que vai de 0 a 6, criado para ser utilizado 
na prática clínica, bem como nas pesquisas clínicas e epidemiológicas 
relacionadas com a cárie dentária. É um sistema visual que permite a 
utilização de uma sonda OMS (sonda ball-point), e foi criado para 
detecção e avaliação de lesões de cárie em todas as superfícies do dente, 
bem como para lesões radiculares e ao redor de restaurações. 
Basicamente, o ICDAS define a presença ou não de cavidades, 
avalia a gravidade e estima a profundidade das lesões, sendo esses os 
principais pilares diagnósticos vinculados à tomada da melhor decisão de 
tratamento para cada caso. Algumas características clínicas devem ser 
associadas à realização do ICDAS para avaliação da atividade das lesões. 
 
 
Características de rugosidade, brilho e localização das lesões são 
consideradas para avaliação do status do dente em relação à sua 
atividade. Assim, lesões opacas, rugosas ou com a textura amolecida e 
em regiões de estagnação de placa são consideradas ativas, enquanto 
lesões lisas ou com textura endurecida, com ausência de opacidade e 
localizadas em regiões em que não há grande acúmulo de placa, são 
classificadas como inativas. 
O ICDAS preconiza que o exame clínico-visual seja realizado com 
boa iluminação, após limpeza e secagem das superfícies, para então 
classificar se o dente é hígido, selado, restaurado, se apresenta coroa 
protética ou se está ausente. Como mencionado, a sonda ball-point pode 
ser utilizada para auxiliar o clínico no seu diagnóstico. 
RESUMINDO: escore se refere a dentes sadios, os escores 1 e 2 a 
lesões não cavitadas de cárie, e os escores 5 e 6 a lesões com cavidade 
expondo a dentina. O escore 3 se refere a uma microcavidade restrita ao 
esmalte, enquanto o escore 4 ao sombreamento subjacente indicando 
acometimento da dentina, sem que o esmalte tenha se rompido. 
 
29. ICDAS (International Caries Detection and Assessment System - 
Sistema Internacional de Decteção e Acesso à Cárie) é um índice visual 
de amplo uso para a classificação da cárie considerando todos os seus 
estágios evolutivos. A descrição condizente com o estágio 3 (três) 
dessa classificação é: 
a)cavidade distinta extensa com dentina visível ocupando mais de metade 
da superfície; 
b)cavidade distinta com dentina visível envolvendo menos da metade da 
superfície; 
c)nenhuma evidência de alterações na translucidez do esmalte após 
secagem prolongada; 
d)opacidade provocada por cárie vista em dente úmido ou descoloração 
escurecida que ultrapassa os limites da fissura; 
e)perda distinta da integridade superficial do esmalte, mas sem expor 
dentina.**** 
Comentário: 0 escore se refere a dentes sadios, os escores 1 e 2 a lesões 
não cavitadas de cárie, e os escores 5 e 6 a lesões com cavidade expondo 
a dentina. O escore 3 se refere a uma microcavidade restrita ao esmalte, 
enquanto o escore 4 ao sombreamento subjacente indicando acometimento da 
dentina, sem que o esmalte tenha se rompido. 
 
PREVENÇÃO E CONTROLE DA DOENÇA CÁRIE 
(FLUOR, MECANISMO DE AÇÃO,MEIOS TÓPICOS,CONCENTRAÇÃO...) 
Qualquer método que auxilie no controle dos multifatores ligados ao 
desenvolvimento da doença cárie, servirá como fator preventivo. Dentre 
alguns podemos citar a dieta balanceada, a correta higienização dos 
dentes, educação em saúde bucal, visitas regulares ao cirurgião-dentista, 
dentre várias outras. Mas sem dúvida nenhuma o flúor é um dos principais 
aliados nessa batalha. 
● Prevenção primária: 
Evitando a transmissão da microbiota de mãe para filho durante a 
janela da infectividade. Isso pode ser feito evitando os contatos salivares 
entre mãe-filho, além do uso de antimicrobianos e gomas de mascar com 
xilitol pela mãe nessa fase. 
● Prevenção secundária: 
Essa fase da prevenção se dá no caso de o microrganismo 
cariogênico já ter se instalado. Nesse caso, agiríamos no controle do 
 
consumo do açúcar, no controle e desorganização da placa bacteriana e 
em fluorterapias. 
● Prevenção terciária: 
Aqui a microbiota já atingiu níveis críticos e iremos tentar intervir 
para evitar o aparecimento de lesões visíveis ou evitar a progressão da 
lesão já existente em cavidade de dentina. Isso será feito com a 
combinação das medidas citadas anteriormente além da fluorterapia 
intensiva. 
 
30. Leia os itens e assinale a alternativa INCORRETA. 
a) A cárie dentária é decorrente do acúmulo de bactérias sobre os dentes 
e da exposição frequente aos açúcares fermentáveis. 
b)Sendo a FA um mineral menos solúvel, ela tem maior tendência de se 
precipitar no esmalte e dentina do que a HA durante os fenômenos de 
desmineralização e remineralização. 
c) Mesmo que a queda de pH gerada no biofilme dental pela exposição aos 
carboidratos favoreça a dissolução da HA, havendo íon flúor presente no 
meio ambiente bucal (fluido do biofilme dental, saliva), a FA ainda terá a 
tendência de se precipitar. 
d) Após certo tempo de exposição ao açúcar, o pH baixa e o esmaltedentina e 
a saliva tende a repor os minerais dissolvidos, por meio de um fenômeno 
denominado remineralização.**** 
e)Quando ingerimos água fluoretada ou comemos alimentos preparados 
com água fluoretada, além do aumento transitório da concentração de F 
salivar, o F ingerido é absorvido e, do sangue, retorna à cavidade bucal 
pela secreção salivar. 
 
 
 
31. Leia o texto abaixo e complete respectivamente os espaços: Bochechos 
de NaF a 0,05%, são indicados para pacientes com ____________ ou 
atividade de cárie que não estão conseguindo controlar a cárie com meios 
convencionais de uso de flúor, por exemplo, aqueles usando aparelhos 
ortodônticos fixos. 
a)Alto risco.**** 
b) Baixo risco. 
c) Médio risco. 
d) Risco Intermediário. 
e) Risco baixíssimo. 
 
32. A fluorose surge na formação do esmalte dental podendo influenciar na 
estética dos elementos dentários. Assinale a alternativa correta em 
relação às características da fluorose. 
a) Para se observar clinicamente a fluorose é preciso realizar uma 
profilaxia e secagem do elemento dentário a ser examinado.*** 
b) Quando se ingere de forma prolongada o flúor no período da formação 
dental pode gerar a diminuição da porosidade em relação ao esmalte 
c) A fluorose não ocorre em ponta de cúspide e cristas marginais devido a 
maior resistência do esmalte nessas áreas 
d)Os dentes mais afetados na fluorose são os molares devido ao maior 
volume de esmalte que possuem 
e) A fluorose ocorre somente na dentição decídua. 
 
 
 
33. “O uso de __________________________ é considerado um dos 
métodos mais racionais de prevenção das cáries, pois alia a remoção 
mecânica do biofilme dental à exposição constante ao flúor.” Assinale a 
alternativa que completa corretamente a lacuna. 
a) Verniz fluoretado 
b) Selante 
c) Água fluoretada 
d) Dentifrício fluoretado**** 
e) Gel com flúor 
 
34. Leia os itens e assinale a alternativa INCORRETA. 
a) A cárie dentária é decorrente do acúmulo de bactérias sobre os dentes 
e da exposição frequente aos açúcares fermentáveis. 
b) Sendo a FA um mineral menos solúvel, ela tem maior tendência de se 
precipitar no esmalte e dentina do que a HA durante os fenômenos de 
desmineralização e remineralização. 
c) Mesmo que a queda de pH gerada no biofilme dental pela exposição 
aos carboidratos favoreça a dissolução da HA, havendo íon flúor presente 
no meio ambiente bucal (fluido do biofilme dental, saliva), a FA ainda terá 
a tendência de se precipitar. 
d) Após certo tempo de exposição ao açúcar, o pH baixa e o esmalte dentina e 
a saliva tende a repor os minerais dissolvidos, por meio de um fenômeno 
denominado remineralização.**** 
e) Quando ingerimos água fluoretada ou comemos alimentos preparados 
com água fluoretada,além do aumento transitório da concentração de F 
salivar, o F ingerido é absorvido e, do sangue, retorna à cavidade bucal 
 
pela secreção salivar. 
 
35. Leia o texto abaixo e complete respectivamente os espaços: Bochechos 
de NaF a 0,05%, são indicados para pacientes com ____________ ou 
atividade de cárie que não estão conseguindo controlar a cárie com meios 
convencionais de uso de flúor, por exemplo, aqueles usando aparelhos 
ortodônticos fixos. 
a)Alto risco.***** 
b) Baixo risco. 
c) Médio risco. 
d) Risco Intermediário. 
e) Risco baixíssimo. 
 
36. A ação bacteriana no esmalte dental é evidenciada clinicamente pelo 
aparecimento de lesão de mancha branca. É importante distinguir as 
hipoplasias do esmalte dental com lesões de mancha branca por 
desmineralização. As manchas brancas por desmineralização ativas são, 
clinicamente: 
a) bem opacas e aparecem em sítios de estagnação de placa bacteriana**** 
b) bem brilhantes e aparecem simetricamente na irrupção dos dentes. 
c) bem opacas, lisas, com margens demarcadas e aparecem na irrupção 
dos dentes 
d) bem brilhantes e aparecem em sítios de estagnação de placa 
bacteriana. 
 
 
 
 
37. A capacidade da saliva de neutralizar ácidos presentes na placa e em 
situações em que não for muito espessa, na interface placa/dente, é 
denominada de “capacidade tampão”. Os principais sistemas tampões da 
saliva são: 
a)alumínio e magnésio 
b)fosfato e hidróxido de cálcio 
c)bicarbonato e apatita fluoretada 
d)fosfato e bicarbonato****** 
 
38. No início da formação do biofilme, as bactérias têm que se fixar à 
superfície dental. São chamadas de colonizadoras iniciais. Essas bactérias 
contêm as adesinas que se ligam 
a)à fibronectina 
b)à imonoglobulinas salivares que recobrem o dente 
c)às fosfatases alcalinas 
d)às glicoproteínas salivares que recobrem o dente**** 
 
39. O flúor responsável pelo efeito cariostático e de interesse da odontologia 
é: 
a) o ácido fluorídrico 
b) o fluoreto***** 
c) o ácido fosfórico. 
d) a hidroxiapatita 
e)a fluoretina 
 
 
 
40. A saliva exerce atuação importante sobre o hospedeiro (dente) por meio 
de suas funções. Qual é a função da lactoferrina, lisosina e lactoperoxidade da 
saliva? 
a) Ação de remineralização. 
b) Capacidade tampão. 
c) Ação antibacteriana***** 
d) Remoção de restos alimentares 
 
41. Para responder à questão, considere o enunciado abaixo. 
Paciente com 8 anos de idade, sexo masculino, é trazido pela mãe ao 
consultório odontológico com a queixa que os dentes anteriores 
superiores têm manchas “com aparência de giz”. A mãe relata que a 
criança consome balas e chicletes com frequência elevada e apresenta 
resistência à escovação dos dentes. Ao exame clínico, observam-se lesões 
não cavitadas, opacas e rugosas na superfície vestibular dos dentes 12, 
11, 21 e 22 e lesões com aspecto sombreado, por baixo do esmalte 
intacto e desmineralizado na superfície oclusal dos dentes 16 e 26. A 
coleta de saliva não estimulada resultou em 0,15 mL/min e observou-se 
pequena quantidade de biofilme dental bacteriano, localizado 
principalmente ao longo da margem gengival dos dentes anteriores e 
posteriores. 
Na ausência de água fluoretada, recomenda-se ao paciente: 
 
a) o uso regular de dentifrício fluoretado em conjunto com uma forma de 
uso tópico, visando interferir no processo des-remineralização.***** 
b) o uso de um método sistêmico associado a um método tópico, para 
 
que não haja um aumento na concentração de flúor na cavidade bucal. 
c) a associação de métodos cujo modo de aplicação seja sistêmico, 
visando a uma maior eficácia do efeito protetor contra a cárie dentária 
d) o uso de métodos tópicos, como o bochecho com solução de flúor, 
porque o fluoreto apresenta mecanismo de ação local. 
e) a utilização de vários métodos tópicos associados ao uso de dentifrício 
fluoretado para produzir um maior efeito na prevenção da cárie dentária. 
 
 
42. Método preventivo para a redução da cárie dentária, o bochecho com 
solução fluoretada a 0,2%, é indicado: 
a) na utilização diária e universal 
b) em regiões com menos de 20% dos indivíduos aos doze anos livres de 
cárie dentária. 
c) em comunidades em que a água de abastecimento público tenha teores 
de fluoreto acima de 2,0 ppm. 
d) em regiões com alto consumo de dentifrícios fluoretados. 
e) em comunidades com baixa exposição a cremes dentais fluoretados 
por condições socioeconômicas.***** 
 
43. O termo cárie dentária é usado para descrever os resultados – sinais e 
sintomas – de uma dissolução química do substrato dentário causada 
pelos eventos metabólicos ocorridos no biofilme dentário que cobre a área 
afetada. Essa destruição pode afetar o esmalte, o cemento e envolver 
todo o complexo dentinopulpar. A respeito desse assunto, julgue o item a 
seguir. 
 
No processo de cárie dentária, a perda mineral dos tecidos dentários é 
causada por ácidos, especialmente o ácido láctico, produzidos pela 
fermentação bacteriana dos carboidratos da dieta, geralmente a sacarose. 
CERTO 
. 
44. O termo cárie dentária é usado para descrever os resultados – sinais e 
sintomas – de uma dissolução química do substrato dentário causada 
pelos eventos metabólicos ocorridos no biofilme dentário que cobre a área 
afetada. Essa destruição pode afetar o esmalte, o cemento e envolver todo o 
complexo dentinopulpar. A respeito desse assunto, julgue o item a 
seguir. 
A queda do pH resultante da ação dos ácidos ocasiona a dissolução do 
tecido dentário por meio do transporte de íons cálcio e potássio para o 
meio ambiente bucal. 
 
ERRADO 
 
45. As propriedades preventivas do flúor foram descobertas a partir de 
investigações sobre o seu efeito tóxico no esmalte dentário em 
desenvolvimento, resultante da sua ingestão. Mediante a observação de 
tais efeitos, desencadeou-se uma série de estudos, que resultaram na 
descoberta da fluoretação da água de abastecimento público como 
medida de controle de cárie dentária. Acerca da fluoretação da água de 
abastecimento público, é correto afirmar que: 
A A fluoretação das águas de abastecimento público teve início, no Brasil, em 
31 de outubro de 1953, com a implantação deste método em Baixo Guandu, 
Espírito Santo. 
Para levar flúor à cavidade bucal e consolidar o hábito da escovação o 
Ministério da Saúde recomenda a realização da Técnica de Escovação 
Supervisionada Indireta. Esta técnica é realizada: 
A) não necessariamente por profissionais da área da saúde, a frequência 
pode ser diária ou semanal. 
De acordo com o Guia de recomendações para o uso de fluoretos no Brasil, há 
dois tipos de compostos fluoretados comumente utilizados nos dentifrícios: 
fluoreto de sódio (NaF) ou monofluorfosfato de sódio (MFP, Na2PO3F). Sobre 
isso, analisar os itens abaixo: 
 
I. Independentemente do composto utilizado, a ação na cavidade bucal será a 
mesma, pois ambos liberam o íon fluoreto na cavidade bucal: o NaF, pela ação 
de enzimas que estão presentes na cavidade bucal; e o MFP, por ionização 
quando em contato com água. 
II. Embora o composto fluoretado não interfira na eficácia do dentifrício, os 
demais componentes da formulação devem ser compatíveis para evitar que o 
flúor se ligue a outros íons, tornando-se insolúvel e perdendo sua ação. 
III. Quando for utilizado para escovação, o fluoreto de cálcio formado no 
dentifrício não libera o fluoreto, impedindo, assim, sua ação preventiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAE 
A película adquirida é uma fina camada glicoproteica, acelular e livre de 
bactérias, que se deposita sobre o dente e permite a adesão de 
microrganismos. Algumas substâncias como os detergentes encontrados na 
composição de dentifrícios, agentes condicionantes ácidos e clareadores 
dentais podem remover a película adquirida tornando a superfície do esmalte 
mais suscetível à desmineralização. Cabe destacar que uma vez removida é 
refeitapela saliva e torna-se mais espessa com o tempo. A capacidade tampão 
da saliva está relacionada à neutralização dos ácidos produzidos pelas 
bactérias após a ingestão de carboidratos fermentáveis. Você já deve ter 
ouvido falar sobre a famosa curva de Stephan e entendê-la nos auxilia na 
compreensão da capacidade tampão da saliva. A curva de Stephen é uma 
forma gráfica de demonstrar as variações sofridas pelo pH da cavidade bucal 
no tempo após a ingestão de sacarose. Quando ingerimos sacarose, após um 
período de 5 a 10 minutos, ocorre uma queda do pH para 4,5 (chamado de pH 
crítico - nessa faixa não ocorre nem ganho nem perda de minerais). Em 
condições de normalidade o pH encontra-se em torno de 7,0 e abaixo do 
chamado pH crítico inicia-se um processo de desmineralização dental (o dente 
perde minerais para o meio bucal). Trata-se do início do processo cariogênico! 
Nesse caso, é fundamental diminuir o tempo que o pH fica abaixo desse nível! 
Aí entra a importância da capacidade tampão da saliva! Ao neutralizar os 
ácidos, através do sistema tampão de íons bicarbonato e fosfato, a saliva 
aumenta o pH da placa. 
 
Em relação à saliva, assinale a opção correta: 
a) As glândulas salivares menores produzem cerca de 90% do volume total de 
saliva no homem 
 b) A principal função da IgG secretoras da saliva é a inibição da adesão 
bacteriana 
c) A composição proteica da película adquirida é predominantemente de 
origem salivar. 
d) Estudos clínicos têm demonstrado que a atividade de cárie em pacientes 
que sofrem de distúrbios na secreção salivar é inferior quando comparada com 
a população geral. 
 
Julgue o item que se segue, referente à saliva, um líquido secretado pelas 
glândulas salivares diretamente na cavidade bucal. O pH salivar, que é a 
concentração de íons hidrogênios da saliva, depende basicamente da sua 
concentração de bicarbonato. ( X ) Certo ( ) Errado 
Comentários: Primeiro vamos entender a capacidade tampão: ela é uma 
propriedade que a saliva tem de manter seu pH constante. Toda vez que 
ingerimos alimentos com açúcar ocorre uma redução do pH (determinada pela 
quantidade de ácidos produzidos pelas bactérias), os sistemas tampões da 
saliva ajudam a neutralizar esses ácidos. A chamada capacidade tampão se 
contrapõe à queda e, além disso, aumenta à medida que o fluxo salivar se 
eleva. Desta forma, dizemos que o reduzido fluxo salivar geralmente está 
associado a uma baixa capacidade tamponante, 
São dois os sistemas tampões estudados: fosfato e o bicarbonato. A 
capacidade tampão da saliva pode ser medida em milimoles de íons hidrogênio 
por litro de saliva x unidade de pH. 
 Só pra lembrar-mos: Os biofilmes são acúmulos de micro-organismos sobre as 
superfícies dentárias. 
O acúmulo de biofilme é pré-requisito para o desenvolvimento das lesões 
cariosas. 
 
 
 
 
Principais características dos microrganismos associados a etiologia da cárie: 
➢ Acidogenicidade => capacidade de produzir ácido lático a partir da 
fermentação de carboidratos 
➢ Aciduricidade => capacidade de tolerar e crescer em meio ácido 
➢ Capacidade de produzir polímeros extracelulares (PEC) => importante na 
formação da matriz extracelular "pegajosa" e insolúvel que ajuda a acumular os 
S. mutans no biofilme. 
➢ Capacidade de produzir polissacarídeos intracelulares (PIC)=> importante 
para épocas de escassez de nutrientes. 
➢ Capacidade de colonizar as superfícies dentárias => através das adesinas. 
 
Por não formarem polissacarídeos extracelulares e não aderirem a superfícies 
lisas, as bactérias do gênero Lactobacillus, que necessitam de sítios retentivos 
para a sua colonização, têm papel mais importante na progressão que na 
instalação da cárie dental. ( x ) Certo ( ) Errado 
Comentários: 
Vamos a explicação: Lactobacillus spp. não são capazes de se aderir e 
acumular nas superfícies hígidas pouco retentivas, mas aumentam em 
proporção em microbiotas associadas a lesões estabelecidas de cárie, como 
consequência de modificações ecológicas de alta acidogenicidade promovidas 
por estreptococos do grupo mutans. Portanto, as espécies de lactobacilos são 
consideradas como relevantes no processo de progressão de lesões de cárie já 
estabelecidas, mas não no processo de iniciação da cárie dental A capacidade 
de produzir ácidos a partir da fermentação de açúcares é o principal fator de 
virulência de lactobacilos (acidogenicidade), estes microrganismos são 
capazes de crescer bem em pHs extremamente baixos (entre 5,0 e 4,0). Assim, 
lactobacilos são encontrados em altos níveis nas placas dentais associadas a 
lesões de cárie estabelecida, principalmente em lesões de dentina. 
 
Embora a associação entre estreptococos do grupo mutans e a cárie tenha 
sido demonstrada em vários estudos, não necessariamente esse grupo será 
cariogênico ou o único responsável pela formação de lesões. 
( x ) Certo ( ) Errado 
Comentários: Fala da Patricia (docente) 
Embora não atenda todos os postulados de Koch, a cárie dentária é 
considerada infecciosa, uma vez que depende da infecção por microrganismos 
cariogênicos específicos. Microrganismos cariogênicos podem ser entretanto, 
identificados em indivíduos sem sinais clínicos da doença, o que, em parte, 
ocorre devido à natureza multifatorial da cárie dentária. Muitos microrganismos 
potencialmente patogênicos fazem parte da microbiota bucal indígena, mas em 
condições normais, encontram-se em baixos níveis. A doença cárie se 
desenvolve quando um desequilíbrio nesta comunidade favorece a proliferação 
de determinados microrganismos patogênicos oportunistas. O S. mutans é 
considerado o patógeno primário devido as suas habilidades em formar um 
biofilme rígido em superfícies dentárias rugosas e liberar ácido em condições 
de baixo pH bucal, mas por tudo que já foi dito, entenda que a cárie possui 
natureza polimicrobiana, causada pela presença do biofilme na superfície 
dentária e isso implica em uma comunidade complexa. Estudos demonstraram 
que a sua presença não é fator necessário para que ocorra a evolução severa 
da doença cárie e que outras bactérias estariam presentes na progressão da 
lesão, como lactobacilos. Entenda que a presença de microrganismos é 
necessária mas não o suficiente para desenvolver lesões. 
Entre todos os açúcares consumidos a sacarose é de maior potencial 
cariogênico! 
 
 
 
 
PECS 
Na presença de sacarose no biofilme, enzimas bacterianas clivam esse açúcar, 
liberando frutose e obtendo energia para a conversão da glicose em 
polissacarídeos extracelulares. 
 (X ) Certo ( ) Errado 
 Comentários: 
Os SGM possuem enzimas, como as glicosiltransferases, que quebram a 
sacarose (um dissacarídeo) em frutose e em glicose formando polissacarídeos 
extracelulares como, por exemplo, os glucanos. Mas qual a função desses 
PECs? Eles são importantes na formação da matriz extracelular "pegajosa" e 
insolúvel que ajuda acumular S. mutans no biofilme. Lembrando que a 
sacarose é o único açúcar que permite a síntese de glucanos pelas 
glicosiltranferases. 
 
Por ter composição química mais complexa e ser rapidamente metabolizado, o 
amido apresenta alta cariogenicidade quando comparado aos açúcares. 
 ( ) Certo ( X ) Errado 
Comentários: 
O amido, um polissacarídeo da glicose, é encontrado em alimentos como 
massas e pães. O amido é considerado um carboidrato pouco cariogênico, 
pois, para ser fermentado na boca, deve ser hidrolisado antes, em unidades 
menores como a maltose e glicose para se difundir pelo biofilme dental e ser 
transformado em ácidos. Ao ser processado e associado à sacarose, ele passa 
a ser mais facilmente metabolizado pelas bactérias aumentando o seu 
potencial cariogênico. Tal situação pode ser vista, por exemplo, ao "engrossar 
o leite da mamadeira" com amido (o amido aumenta o tempo de permanência 
do alimento na cavidade bucal). Da mesma forma que a lactose,o amido é 
pouco cariogênico para o esmalte, mas pode ser cariogênico para dentina. 
 
Com relação às medidas de prevenção e de controle da atividade cariosa, 
julgue o item subsequente. O uso de gomas de mascar à base de xilitol, três 
vezes ao dia, durante pelo menos cinco minutos por vez, é indicado para 
indivíduos com alto risco cariogênico. 
 ( x ) Certo ( ) Errado 
Comentários: 
O xilitol é um açúcar alcóolico pentiol, usado como adoçante calórico substituto 
do açúcar. A maioria dos microrganismos não fermentam o xilitol e a não 
acidogenicidade do xilitol (não são produzidos ácidos a partir dele) é 
considerada dos fatores mais importantes relacionados à sua não 
cariogenicidade (se não são produzidos ácidos => ele não reduz o pH da 
placa). Além disso, ele apresenta efeito bacteriostático sobre o S. mutans, 
reduzindo a população do S. mutans (estudos demonstraram o efeito de 
mascar goma em gestantes reduzindo a transmissão vertical). Agora um 
detalhe a maioria dos livros traz a expressão "não cariogênico" para o fato dele 
não causar a redução do pH que daria origem ao processo carioso, algumas 
questões trazem o termo anticariogênico pelo fato dele inibir glicólise e reduzir 
a população de SGM (mas os livros atuais não usam esse termo então leia 
bem a questão para excluir as erradas). Sobre o efeito inibitório o xilitol entraria 
na célula "imitando a frutose" não sendo devidamente metabolizado via 
glicolítica. 
Dado o indicativo de existência de alta atividade bacteriológica na cavidade 
bucal, o odontólogo deve recomendar ao paciente mudanças no padrão 
alimentar e orientá-lo sobre a higiene bucal . 
( x ) Certo ( ) Errado 
Comentários: 
sabemos que a cárie é uma doença comportamental e, por isso, a orientação 
sobre a dieta e hábitos de higiene é fundamental tanto na prevenção como na 
paralisação da doença. 
 
Histopatologia da cárie 
Caro CDs! Para entendermos os processos de desmineralização e 
remineralização dentária precisamos falar sobre a estrutura dentária. 
A superfície dentária coronária é formada por esmalte e dentina. O esmalte é 
uma estrutura de origem ectodérmica, altamente mineralizado, com 99% da 
sua estrutura composta por cristais de fosfato de cálcio. Por ser avascular e 
acelular não possui a capacidade de se defender de eventuais injúrias. A 
dentina, de origem mesenquimal possui a capacidade de reagir às agressões 
como, por exemplo o aumento da porosidade e invasão bacteriana, através de 
deposição mineral. Essa reação proveniente de células odontoblásticas é 
conhecida como esclerose tubular. Normalmente, existem trocas iônicas entre 
o dente e o meio bucal, que estão na dependência das variações de pH. As 
estruturas dentárias apresentam o chamado pH crítico, sendo o do esmalte de 
5,5 e o da dentina 6,5 (como você pode perceber o pH crítico não é o mesmo 
para esmalte e dentina). Esse pH crítico nos informa que abaixo desses valores 
a saliva, que contém os íons cálcio e fosfato, perde a capacidade de proteger o 
dente. De forma resumida, abaixo do chamado pH crítico o dente começa a 
perder minerais (processo chamado de desmineralização) e acima passa a 
receber minerais (processo chamado de remineralização) do meio bucal. Além 
disso, o pH crítico sofre alteração quando existe a presença de flúor no meio 
bucal. Quando escovamos os dentes com dentifrício fluoretado alteramos o 
valor do pH crítico do esmalte para 4,5 (antes perderíamos minerais com uma 
redução do pH para 5,5, agora perderemos apenas se ele descer até 4,5). Tal 
fato, nos leva a concluir que presença de flúor na cavidade bucal diminui a 
perda de minerais (desmineralização dentária). Nos casos em que acontece 
uma redução do pH, seja por um maior consumo de carboidratos fermentáveis 
ou pela não remoção do biofilme, a desmineralização por um tempo prolongado 
leva ao início a lesão de cárie. Em estágios iniciais, não é possível ver a olho 
nu a perda de minerais, que ocorre de forma subclínica. Microscopicamente é 
possível evidenciar um aumento dos espaços intercristalinos após uma semana 
de perda mineral. Através dos espaços intercristalinos, o ácido continua se 
 
difundindo, permitindo o avanço do processo cariogênico. A perda progressiva 
de minerais, resultante da desmineralização, aumenta a porosidade do esmalte 
diminuindo sua translucidez. Além disso, a dissolução da camada externa do 
esmalte torna a superfície rugosa, alterando a forma de refração da luz, que 
passa a ser refletida de forma difusa dando origem a mancha branca opaca. 
 
RESUMNDO 
Microscopicamente é possível evidenciar um aumento dos espaços 
intercristalinos após uma semana de perda mineral. 
Após duas semanas (14 dias) se você realizar secagem da superfície dentária 
com jatos de ar observará uma mancha branca, opaca e rugosa. 
 Após 3 a 4 semanas de lesão ativa, as mudanças clínicas podem ser vistam 
sem a necessidade de secagem => lesão de mancha branca opaca 
 
Os conhecimentos acumulados nas últimas décadas permitiram compreender 
melhor os mecanismos envolvidos no desenvolvimento da doença cárie e no 
aparecimento de lesões cariosas. Com relação a esses conhecimentos, julgue 
o item a seguir. Estudos demonstram que a exposição dentária a placa 
bacteriana inalterada por quatro semanas leva ao aparecimento de lesões 
ativas em esmalte, apresentando uma característica superficial calcária que 
lembra o giz, chamada mancha branca. 
( x ) Certo ( ) Errado 
 
 
 
 
 
Comentários: 
Microscopicamente é possível evidenciar um aumento dos espaços 
intercristalinos após uma semana de perda mineral. Após duas semanas (14 
dias) se você realizar secagem da superfície dentária com jatos de ar 
observará uma mancha branca, opaca e rugosa. Após 3 a 4 semanas, as 
mudanças clínicas podem ser vistam sem a necessidade de secagem => lesão 
de mancha branca opaca – pela erosão superficial (camada externa) o esmalte 
perde a sua aparência brilhante. Lembrando que para um correto diagnóstico a 
superfície deve estar limpa, seca e iluminada. 
A progressão da lesão gera uma resposta por parte de dentina que, 
diferentemente do esmalte, reage ao avanço, através da esclerose dentinária. 
Clinicamente existem dois tipos de dentinas atingidas pelo processo de 
desmineralização: a dentina infectada e a dentina afetada e a diferença e não 
amolecida. Facilmente removido, está olhando para a ntre elas vai além de 
estar ou Quando você olha a cavidade no dente e enxerga um tecido 
amolecido, de coloração amarelada, que é f dentina infectada bactéria . Essa 
dentina tem uma alta concentração de s, suas fibras colágenas estão 
degradadas e ela não é mais passível de sofrer remineralização, precisando 
ser totalmente removida. Conforme você vai removendo aquela massa 
amolecida, vai percebendo que a consistência vai ficando mais firme, até que 
começam a sair lascas: essa é a afetada . dentina. A dentina afetada 
apresenta um aspecto seco, coloração acastanhada e consistência endurecida 
pois sua ma triz orgânica ainda se encontra intacta e há um número reduzido 
de bactérias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
grande quantidade de bactérias número reduzido de bactérias 
consistência amolecida consistência de "lascas" 
aspecto úmido aspecto seco 
fibras colágenas degradas matriz orgânica intacta 
não é passível de remineralização passível de remineralização 
deve ser removida deve ser mantida 
 
Com relação ao diagnóstico, ao tratamento e à prevenção da cárie, julgue o 
item subsequente. A lesão de cáries oclusais apresenta forma de cone com o 
ápice voltado para a junção amelodentinária. 
() Certo ( X ) Errado 
Comentários: A desmineralização inicia nos prismas e assume um formato de 
cone com a base voltada para a JAD, ressaltando que na face oclusal ela inicia 
na fissura (local onde o biofilme está mais protegido do desgaste funcional, 
além do período de infraoclusão durante a erupção). 
 
 
 
 
 
DENTINA 
INFECTADA 
DENTINA 
INFECTADA 
 
A avaliação do risco à cárie dentária envolve tanto a identificação de indivíduos 
com maior predisposição ao desenvolvimento da doença como a promoção de 
medidas de prevenção e de tratamento apropriadas. Acerca desse assunto, 
julgue o item a seguir. No desenvolvimento da lesão de cárie, a invasão 
bacteriana em dentina torna-a infectada e impede o controle tanto de lesões 
não cavitadas como de lesões cavitadas inativas. 
( ) Certo ( X ) Errado 
 Comentários: Quando a cavidade atinge a dentina, há penetração de 
bactérias nos túbulos dentinários. Lesões com cavidade e sem cavidade 
apresentam bactérias em seu interior. A presença de bactérias no interior das 
lesões não impede a sua inativação uma vez que o biofilme externo pode ser 
controlado, e a polpa reage produzindo dentina terciária para afastar o dano da 
polpa. Lembrando que pela multifatorialidade da cárie, se uma das variáveis é 
controlada o processo de perda de minerais tende a paralisar. 
 
FIQUEM ATENTOS: 
Quando ocorre desmineralização e aumento dos espaços cristalinos a água 
penetra nesses espaços preenchendo-os. Ao realizarmos a secagem com jatos 
de ar, ocorre o deslocamento da água dos espaços vazios e diminuição da 
translucidez do esmalte. Esse fenômeno óptico é causado pela diferença entre 
os índices de refração da água (1,33), ar (1,00) e esmalte (1,62). Essa 
manobra possibilita a visualização da mancha branca que é o primeiro sinal 
clínico da cárie. Essa observação da lesão é chamada de inspeção visual. 
O tempo de secagem nos fornece o grau de desmineralização 
 ➢ Um maior tempo de secagem está associado a uma menor perda mineral e 
pouco aumento da porosidade. 
 ➢ Um menor tempo de secagem está associado a uma maior perda mineral e 
aumento da porosidade. 
 
Quando visualizamos a mancha branca sem a necessidade de secagem 
significa um estágio avançado de desmineralização. Não esqueça, o exame 
visual deve ser realizado com as superfícies limpas, secas e iluminadas!! As 
provas cobram essas características!! 
 
No que se refere à prevenção e ao tratamento da cárie, julgue o seguinte item. 
A aparência da lesão inicial em esmalte, ou seja, a presença de mancha 
branca opaca,resulta das diferenças nos índices de refração de luz entre 
hidroxiapatita, água e ar. 
 ( X ) Certo ( ) Errado 
Comentários: A necessidade de secagem da superfície dentária durante o 
exame se dá por um fenômeno óptico determinado pelos diferentes índices de 
refração das estruturas: Índice de refração do cristal de hidroxiapatita 1,62; 
índice de refração da água 1,3 e índice de refração do ar 1,0. Após a secagem 
com ar, a água que se encontra nas porosidades da lesão de cárie é 
substituída por ar, cujo índice de refração é menor do que o da água, tornando 
as lesões mais visíveis. Quando a lesão é inicial, pequena quantidade de água 
permanece entre os cristais. Como o índice de refração da água é semelhante 
ao da hidroxiapatita, fica difícil detectar a área afetada. É necessário secarmos 
a superfície e, consequentemente, substituir a água pelo ar, que possui o 
índice de refração diferenciado em relação ao do cristal de hidroxiapatita. No 
desenvolvimento da lesão e consequente aumento da quantidade de água, a 
diferença entre os índices de refração da hidroxiapatita e da água permite a 
visualização da lesão. Após a secagem com ar, a água que se encontra nas 
porosidades da lesão de cárie é substituída por ar, cujo índice de refração é 
menor do que o da água, tornando as lesões mais visíveis. Esse conhecimento 
é utilizado pelo índice de detecção de lesões de cárie (ICDAS). Lembrar: para 
um correto diagnóstico a superfície deve estar limpa, seca e iluminada. 
 
 
Julgue o item a seguir, relativo a conceitos e problemas odontológicos. Ao 
secar-se uma superfície dental descalcificada, de tal forma que os espaços 
intercristalinos sejam preenchidos por ar, verifica-se grande diferença entre o 
índice de refração do espaço preenchido com a hidroxiapatita e o dos espaços 
vazios, o que se deve ao fato de o tecido descalcificado perder sua translucidez 
e, consequentemente, parecer opaco ao exame clínico. 
 ( X ) Certo ( ) Errado 
Comentários: O mesmo comentário da questão anterior serve para essa 
questão, abaixo você encontra a tabela do ICDAS para relacionar com essas 
questões. 
TABELA ICDAS 
 
 
 
Aspectos clínicos da cárie 
A cárie pode apresentar uma diversidade de características que variam 
conforme a atividade da lesão. Quando falamos em atividade devemos 
entender que uma lesão pode estar ativa (a que está em progressão) ou pode 
estar inativa (está paralisada ou interrompida a progressão, seja pela remoção 
do biofilme ou pela mudança de hábitos). Ainda pode ser vista como mancha 
ou, em estágio mais avançado, como cavidade. Falamos que a manifestação 
inicial da cárie é a mancha branca. Dizemos que a mancha branca está ativa 
quando ela apresenta aparência clínica opaca e rugosa à sondagem, 
geralmente localizada em locais de acúmulo de biofilme. Mudanças ambientais 
como, por exemplo, a remoção do biofilme, podem levar a um estado de 
inativação. A chamada mancha branca inativa apresenta uma superfície 
brilhosa e lisa à sondagem. 
Se a superfície dentária acometida pela lesão de cárie, em seu estágio inicial 
sem cavitação, estiver livre da presença de biofilme, o processo pode assumir 
uma característica de reversibilidade e paralisação. 
Da mesma forma a cavitação, resultado do colapso do esmalte com a 
progressão da lesão, pode ser ativa ou inativa. Uma lesão cavitada ativa é 
caracterizada pela presença de bordos com mancha branca ativa e conteúdo 
composto por tecido amolecido de coloração clara. Já uma lesão cavitada 
inativa possui coloração escura e consistência endurecida, não apresentando 
halo de mancha branca nos bordos da lesão. Cabe destacar que o fato da 
lesão estar cavitada influencia na decisão do tratamento. 
Lesões ativas estão associadas a existência de uma placa pegajosa e espessa. 
As lesões inativas podem possuir uma placa calcificada ou não apresentar 
placa. 
 
 
 
 
Outros conceitos que devemos conhecer: 
Cárie primária: lesão em superfície dentária intacta e natural. 
 Cárie secundária (recidivante ou recorrente): lesão em superfície situada ao 
redor das margens da restauração. Têm como causas principais a má 
adaptação do material restaurador na cavidade, a contração dos materiais 
restauradores, a presença de margens rugosas ou com excessos que 
permitem o acúmulo de biofilme, e fraturas das bordas da restauração. 
 Cárie rampante: é caracterizada pelo aparecimento de lesões disseminadas, 
rapidamente cavitadas, resultando em envolvimento precoce da polpa. 
Afetando dentes que comumente não são envolvidos por processos cariosos. É 
aquele paciente que você conhece e estava bem, mas aparece com diversas 
lesões de cárie novas formadas em um curto espaço de tempo. Esse início 
repentino indica a presença de um intenso desequilíbrio. Agora mais um 
detalhe: as chamadas "cáries de radiação" são uma forma rampante de cárie 
dentárias vistas em pacientes submetidos a radioterapia em regiões que 
incluam as glândulas salivares. 
 Perceba que a cárie rampante pode ocorrer em qualquer fase da vida 
Pode ser resultado de distúrbios emocionais (ex: depressão), consumo 
frequente de alimentos cariogênicos sem a devida escovação (ex: o 
concurseiro na ânsia de vencer os conteúdos acaba consumindo mais café, 
chocolate,Coca-Cola sem escovar como deveria - quem não passou por isso 
atire a primeira pedra), uso de medicamentos (alguns diminuem o fluxo salivar 
como antidepressivos, diuréticos, sedativos), radiação por tratamento 
antineoplásico em região de cabeça e pescoço. 
 Cárie precoce da infância / de mamadeira: Após o início da erupção dos 
dentes decíduos, o uso excessivo ou prolongado de mamadeira ou aleitamento 
materno tem sido associado à ocorrência de lesões cariosas em dentes 
decíduos anteriores superiores, primeiros molares inferiores, caninos inferiores 
e anteriores inferiores. É o caso de bebês que fazem uso de mamadeira com 
 
achocolatado e dormem sem escovar. O menor fluxo salivar e o leite adocicado 
são os fatores causadores das lesões. 
“Presença de um ou mais dentes cariados (cavitados ou não), perdidos (como 
resultado de cárie), ou restaurados na dentição decídua de uma criança com 
até 71 meses de idade ou qualquer sinal de cárie em superfície lisa em 
crianças menores de 3 anos” 
Cárie oculta: caracterizada pela ocorrência de lesão em dentina não detectada 
através do exame visual. No entanto, as lesões possuem como característica a 
grande dimensão e podem ser vistas no exame radiográfico pelo alto grau de 
desmineralização. 
 
Com relação ao diagnóstico, ao tratamento e à prevenção da cárie, julgue o 
item subsequente. As lesões localizadas no esmalte, quando paralisadas, se 
caracterizam por apresentar superfície lisa e brilhante, podendo ter coloração 
escura ou branca. 
 ( x ) Certo ( ) Errado 
Comentários: A chamada mancha branca inativa apresenta uma superfície 
brilhosa e lisa à sondagem. A mancha branca está ativa quando ela apresenta 
aparência clínica opaca e rugosa à sondagem, geralmente localizada em locais 
de acúmulo de biofilme. 
 
Com relação ao diagnóstico, ao tratamento e à prevenção da cárie, julgue o 
item subsequente. As lesões que se estabelecem no esmalte, no cemento ou 
na dentina hígidos são denominadas lesões de cárie primárias. 
( x ) Certo ( ) Errado 
 
 
 
Comentários: Cárie primária: lesão em superfície dentária intacta e natural. 
Cárie secundária (recidivante ou recorrente): lesão em superfície situada ao 
redor das margens da restauração. Têm como causas principais a má 
adaptação do material restaurador na cavidade, a contração dos materiais 
restauradores, a presença de margens rugosas ou com excessos que 
permitem o acúmulo de biofilme, e fraturas das bordas da restauração. 
 
 
Assinale a alternativa que apresenta uma característica clínica de uma lesão de 
cárie ativa: 
a) Mancha brilhante 
b) Mancha pigmentada 
c) Tecido dentinário escurecido e endurecido 
d) Rugosidade do esmalte 
 e) Mancha lisa 
 Comentários: Dizemos que a mancha branca está ativa quando ela apresenta 
aparência clínica opaca e rugosa à sondagem, geralmente localizada em locais 
de acúmulo de biofilme. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
As lesões de cárie podem ser tratadas através de abordagens não invasivas 
controle de placa, uso racional de flúor, selamento de como aconselhame nto 
dietético, cavidades e realização de restaurações atraumáticas adesivas . . 
As lesões também podem ser tratadas através de Veremos as restaurações 
adesivas no pdf técnicas invasivas como as que abordará o conteúdo de 
dentística. restaurações 
 Abordagem não invasiva 
A partir da detecção da lesão inicial o paciente pode ser orientado bacteriana, 
placa ,à restrição do consumo de açúcar o paciente deve ser esclarecido so em 
relação ao e ao uso racional de flúor . No que se controle da placa refere ao 
controle de sobre a necessidade de desorganização do biofilme através da 
escovação dentária. Atenção especial deve ser dada aos períodos de erupção 
em que o paciente apresenta uma maior suscetibilidade ao desenvolvimento de 
lesões (seja pela infraoclusão durante o processo eruptivo ou pelo período de 
maturação pós-eruptiva). Durante o aconselhamento dietético, o paciente deve 
ser orientado sobre a importância do consumo racional do açúcar (ex: se o 
paciente deseja comer um doce que seja como sobremesa e não entre as 
refeições). Pais devem ser orientados a introduzir a sacarose, pelo seu 
potencial cariogênico, o mais tardiamente possível. Práticas como adoçar o 
leite da mamadeira devem ser evitadas. Da mesma forma, devem ser 
orientados sobre a importância da consistência e frequência alimentar no 
desenvolvimento da doença cárie. 
 
 
 
 
 
ONDE O FLÚOR É ENCONTRADO NO ORGANISMO 
Flúor na saliva: Entre 0,01 e 0,05 ppm; Flúor na placa: 5-10 ppm (importante 
fonte de reservatório de flúor); Flúor no leite: Entre 0,02 a 0,05 ppm (não tem 
aproveitamento significativo). 
Após absorvido o flúor retorna à cavidade bucal através do fluido gengival e da 
saliva. Apesar da pequena concentração evidenciada na saliva, o flúor 
promove a melhoria nas qualidades do esmalte recém erupcionado. 
 
Mecanismo de ação do flúor (Patricia) 
Como explicado anteriormente, quando ocorre a fermentação dos carboidratos 
da dieta e queda do pH no meio bucal abaixo do nível crítico (esmalte pH 5,5), 
acontece a desmineralização (ou dissolução) dos tecidos dentários. Se na 
cavidade bucal há a presença constante de flúor, o pH crítico passa a ser 4,5 e 
flúorhidroxiapatita passa a ser formada na superfície, enquanto na 
subsuperfície a hidroxiapatita sofre dissolução. Essa mudança no pH crítico 
provoca uma redução na desmineralização. Com o retorno ao nível normal de 
pH, o dente sofre remineralização. 
O flúor na saliva tem a capacidade de alterar pH crítico de dissolução dos 
tecidos. 
 
De acordo com Pereira e colaboradores (2013), quando a concentração de 
flúor está acima de 100 pmm na cavidade bucal podem ocorrer dois tipos de 
interação desse íon com a hidroxiapatita da estrutura dentária: a ligação do íon 
flúor (altamente reativo) na superfície do cristal formando o fluoreto de cálcio 
(CaF2) e a incorporação do íon flúor na estrutura do cristal formando a 
fluorapatita (FA). 
 
 
O fluoreto de cálcio formado possui baixa velocidade de dissociação e alta 
retentividade na superfície dentária agindo como um reservatório de íons flúor. 
A fluorapatita é menos solúvel que a hidroxiapatita. 
Concentração 
Quem é o fluoreto de cálcio (CaF2) que aparece em diversas questões? 
Quando fornecemos flúor de forma tópica para a cavidade bucal ocorre uma 
reação química, desse íon com o cálcio presente na superfície dentária, 
formando o fluoreto de cálcio. Essa reação depende de diversos fatores como 
a concentração de flúor da aplicação, pH do meio durante a aplicação, tempo 
de aplicação, estrutura mineralizada, tempo de erupção dental, condição dental 
e presença de detergente. O fluoreto de cálcio é uma espécie de reservatório 
de flúor! Veja a influência de alguns fatores na formação de CaF2: 
 # Concentração de flúor da aplicação: a concentração de CaF2 é proporcional 
à concentração de flúor do meio de aplicação . 
 # pH do meio durante a aplicação: forma-se mais CaF2 em meio ácido que 
neutro (o fluorfosfato acidulado é mais reativo que o neutro) . 
# Tempo de aplicação: não há diferença entre o intervalo de 1 minuto e 4 
minutos na formação de Caf2. (apesar de existir uma relação de 
proporcionalidade aumentando a formação com o tempo) 
#Estrutura mineralizada: a dentina é mais reativa que o esmalte (por possuir 
cálcio disponível- na forma de apatita carbonatada e fosfato de cálcio amorfo - 
e reagirem com o flúor se reprecipitam em CaF2) 
# Tempo de erupção: dentes recém erupcionados possuem mais minerais à 
base de carbonato, que ao reagirem com o flúor tópico formam o CaF2 
# Condição dental: forma-se mais CaF2 em dentes cariado que nos hígidos 
(pois o CaF2 formado dentro da lesão de cárie reduz a sua progressão) 
 
 
# Presença de detergente: o laurilsulfato de sódio (LSS) reduz a reatividade do 
flúor.Cabe destacar que o flúor sozinho não tem a capacidade de impedir a doença 
cárie, ele não interfere nos ou necessários. No entanto, quando presente na 
cavidade bucal reduz a perda de minerais da estrutura dentária. 
Existem diferentes métodos de liberação de flúor e podemos dividi-los em 
tópicos e sistêmicos .É considerado sistêmico o método que tem como 
princípio a ingestão do flúor. Após ingerido e absorvido pelo estômago, o flúor e 
difunde pré-eruptivo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cabe destacar que independente do meio de fornecimento, 
sistêmico ou tópico, o mecanismo de ação primário é o mesmo: 
atividade tópica na boca! O flúor importante é aquele presente na 
cavidade bucal e, por isso, a sua concentração deve ser mantida 
de forma constante! NÃO CONFUNDA: Mecanismo de ação (local) 
com modos de aplicação (meios coletivos e individuais). 
No Brasil a fluoretação das águas é obrigatória. A Lei Federal nº 6.050, 
de 24 de maior de 1974, dispõe sobre a obrigatoriedade da fluoretação 
da água nos sistemas públicos de abastecimento (a Lei foi 
regulamentada pelo Decreto Federal nº 76.872, de 22 de dezembro de 
1975). O maior desafio para a é implementação da fluoretação no 
Brasil é a dimensão continental de nosso país, pesquisas mostram 
que apenas 45% dos municípios brasileiros realizam a adição de flúor 
na água de abastecimento. 
No Brasil os produtos mais utilizados na fluoretação das águas são: 
fluorsilicato de sódio e ácido fluorsilícico. Eles são adicionados na 
etapa final do tratamento. Dose de flúor ideal na água de 
abastecimento de países de clima tropical é em média de 0,7 a 1,0 
ppm (de acordo com as temperaturas médias da região) A portaria 
MS-GM-518 de 25/03/2004 fixou o teor máximo de fluoreto em 1,5 ppm. 
O teor ideal de flúor na água é de 0,7 ppm, na maior parte do território 
brasileiro. 
 
São produtos recomendados pelo Ministério da Saúde no Brasil para a 
fluoretação das águas: 
➢ Fluoreto de sódio (NaF) 
➢ Fluorita ou Fluoreto de cálcio (CaF2) 
➢ Ácido Fluorssilícico (H2SiF6) 
➢ Fluossilicato de sódio (Na2SiF6) 
Fluoreto de Sódio: é encontrado na forma de pó ou cristal com pureza de 90% 
a 98%, armazenado em sacos ou tambores, cujo manuseio requer pesagem, 
mistura e medição. Apresenta alto custo e é aplicado no efluente do filtro. 
 Fluoreto de cálcio: é encontrado na forma de pó com pureza de 85% a 98%, 
apresenta menor toxicidade quando comparado aos demais, possui baixo custo 
e é aplicado na entrada da estação de tratamento juntamente com o sulfato de 
alumínio. 
Ácido fluorssilícico: é encontrado na forma líquida com a pureza de 20% a 
30%. É aplicado no efluente do filtro. Apresenta elevada toxicidade, sendo 
corrosivo em recipientes cerâmicos e vidro. 
Fluossilicato de sódio: é encontrado na forma de pó na pureza de 98,5%. É 
aplicado no efluente do rio. Pode produzir soluções corrosivas. 
Cabe lembrar que deve ser feita a avaliação do teor natural de fluoreto 
existente na água natural para que sejam calculado o teor ideal de fluoreto a 
ser aplicado. Para o cálculo deve ser levada em conta a média das 
temperaturas máximas diárias, uma vez que, o consumo está diretamente 
relacionado às temperaturas. 
 
Métodos tópicos de fornecimento de flúor (PATRICIA) 
A aplicação tópica é o modo mais importante de utilização do fluoreto na 
prevenção e na terapêutica da doença cárie. São considerados métodos de 
uso tópico autoaplicáveis: o bochecho e os dentifrícios; e os profissionais são 
os vernizes e géis. Entre os métodos tópicos o uso do dentifrício fluoretado é o 
mais amplamente utilizado. 
Os dentifrícios complementam as deficiências mecânicas da escovação, 
controlando físico-quimicamente a cárie dentária. 
 
 
 No que se refere à sua formulação dos dentifrícios, a portaria nº 22 de 20 de 
dezembro de 1989 da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério 
da Saúde (Brasil) regulamentou a incorporação do flúor na composição dos 
dentifrícios. Foi estabelecido que os dentifrícios devem possuir uma 
concentração máxima de 1500 ppm de flúor solúvel (iônico ou ionizável) no 
momento da fabricação; manter uma concentração mínima de 600 ppm de flúor 
solúvel por um prazo de 1 ano, e um mínimo de 450 ppm de flúor pelo restante 
da validade. 
A maioria dos dentifrícios comercializados apresenta de 1000 a 1500 ppm de 
flúor. É considerado um dos métodos mais racionais de prevenção da cárie por 
aliar a remoção do biofilme à exposição constante ao flúor. 
Podem ser usados como ingredientes ativos o monofluorfosfato (Na2FPO3) e o 
fluoreto de sódio (NaF) na composição dos dentifrícios. 
 O monofluorfostato apresenta como vantagem a compatibilidade com 
abrasivos à base de carbonato de cálcio, que são de baixo custo e amplamente 
usados nos dentifrícios. 
 Os produtos que contenham fluoreto de sódio (NaF) devem possuir em sua 
formulação abrasivos inertes como o pirofosfato de cálcio ou sílica gel (NaF 
não apresenta compatibilidade com abrasivos à base de carbonato e o 
dentifrício pode ter seu efeito inativado). 
Entenda as funções de cada componente das pastas dentais: 
A pasta possui em sua composição o agente umectante que tem a função de 
manter úmido o conteúdo da pasta de dentes, os agentes terapêuticos que 
podem ser anticárie (flúor), antiplaca (triclosan, cloreto de cetilperidíneo e óleos 
essenciais), antissensibilidade dentinária (nitrato de potássio e cloreto de 
estrôncio), agentes clareadores (peróxidos), o aglutinante (dá consistência) e 
os abrasivos (remoção de manchas e polimento dental). 
 
RESUMINDO 
O flúor no suprimento da água e a escovação com dentifrício fluoretado garante 
um regime de baixa concentração de flúor em alta frequência na cavidade 
bucal (Fejerskov e Kidd, 2011) Toda vez que escovamos os dentes com pasta 
fluoretada, a concentração de flúor permanece elevada por um período de 40 
minutos. Além disso, o dentifrício fluoretado aumenta em duas vezes a 
capacidade da saliva de remineralizar o dente (repor os minerais perdidos). 
 
 
VAMOS RELACIONAR COM SAÚDE COLETIVA? 
 
O Guia de recomendações para o uso de fluoretos no Brasil (2009), afirma que 
as ações de escovação dental supervisionada são um importante meio para 
obtenção coletiva de flúor, em várias localidades brasileiras. 
Existem dois tipos de escovação supervisionada: a direta e a indireta: 
a) escovação dental supervisionada indireta: o agente da ação não é, 
necessariamente, um profissional de saúde e a finalidade é, essencialmente, 
levar flúor à cavidade bucal e, adicionalmente, consolidar o hábito da 
escovação. Em consequência, não há nesses casos, necessariamente, 
preocupação quanto aos aspectos qualitativos concernentes à desorganização 
do biofilme dental, com a avaliação específica do desempenho de cada 
participante da ação. 
 b) escovação dental supervisionada direta: o agente direto da ação é o 
profissional de saúde e o objetivo da atividade é essencialmente qualitativo 
visando aprimorar as habilidades do sujeito no uso da escova para 
desorganizar o biofilme dental. Nesses casos, o biofilme deve ser evidenciado 
e o sujeito deve ser incentivado a complementar a escovação sem o uso de 
dentifrício nas áreas necessárias. As diferentes modalidades de escovação 
dental supervisionada, indireta e direta, estão indicadas para grupos em 
situação de risco, definidos como aqueles: 
1) expostos à água de abastecimento sem flúor; 
2) expostos à água de abastecimento com teores de fluoretos abaixo da 
concentração indicada (até 0,54 ppm F); 
3) cujo CPOD médio seja maior do que 3 aos 12 anos de idade; 
 4) em que menos de 30% dos indivíduos do grupo sejam livres de cárie aos 12 
anos de idade; e 
5) residentes em áreas de pobreza. 
 
 
 
 
 
 
 
Outras formas de uso tópico do flúor são os bochechos, vernizes e aplicação 
de gel. Os bochechos fluoretados

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