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livroresumos_ccv2005_AcontribuiodaVeterinrianaMedicinadaConservaoperspectivasemPortugal

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A contribuição da Veterinária na Medicina da Conservação, perspectivas em
Portugal; [Veterinary contribution in Conservation Medicine, perspectives in
Portugal]
Conference Paper · October 2005
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2 authors:
Nuno Pereira
Oceanário de Lisboa
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Pedro Melo
Vetnatura, Lisbon, Portugal
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SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIÊNCIAS VETERINÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONGRESSO CIÊNCIAS VETERINÁRIAS 2005 
 
LIVRO DE RESUMOS 
 
 
 
 
 
VETERINARY SCIENCES CONGRESS 2005 
 
PROCEEDINGS 
 
 
 
 
 
 
Estação Zootécnica Nacional 
13, 14 e 15 de Outubro de 2005 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Edição: Sociedade Portuguesa de Ciências Veterinárias 
Composição e impressão: 
Tiragem: 600 exemplares 
 
ISBN: Depósito Legal: 
 ii
 iii
 
Comissão de Honra 
 
Sua Excelência O Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio 
Senhor Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas, Dr. Jaime Silva 
Senhor Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Prof. Dr. José Mariano Gago 
Secretário de Estado Adjunto da Agricultura e Pescas, Dr. Luís Medeiros Vieira 
Presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Prof. Fernando Ramôa Ribeiro 
Presidente do Conselho Executivo da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, Prof. Rui Chancerelle de 
Machete 
Director do Instituto Nacional de Investigação Agrária e das Pescas, Prof. José Abecassis Empis 
Governador Civil de Santarém, Dr. Paulo Alexandre Homem de Oliveira Fonseca 
Presidente da Câmara Municipal de Santarém, Eng. Rui de Sousa Barreiro 
Presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, Dr. Paulo Alexandre Caldas 
Bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários, Dr. José Augusto Cardoso de Resende 
Presidente do Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários, Dr. Edmundo Pires 
Directora do Laboratório Nacional de Investigação Veterinária, Dra. Maria Inácia Corrêa de Sá 
Director da Estação Zootécnica Nacional, Doutor João Ramalho Ribeiro 
Director-Geral de Veterinária, Dr. Carlos Agrela Pinheiro 
Presidente do Conselho Directivo da Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Técnica de Lisboa, Prof. 
Doutor Luís Tavares 
Coordenador do Curso de Medicina Veterinária Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Prof. Doutor Carlos 
Alberto Antunes Viegas 
Coordenadora do Curso de Medicina Veterinária Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do 
Porto, Prof. Doutora Fátima Gartner 
Coordenador do Curso de Medicina Veterinária da Universidade de Évora, Prof. Doutor José Tirapicos Nunes 
Coordenador do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Vasco da Gama, Prof. Doutor Humberto Rocha 
 
 
Comissão Organizadora 
 
Doutor Luís dos Anjos Ferreira 
Doutor Alexandre Cameira Leitão 
Doutora Yolanda Vaz 
Dr. António Simões Monteiro 
Dr. Carlos Godinho 
Doutor João Ramalho Ribeiro 
Doutor António Horta 
 
 
Comissão Científica 
 
Doutor Luís dos Anjos Ferreira - Sociedade Portuguesa de Ciências Veterinárias (SPCV) 
Doutor Alexandre Cameira Leitão - Sociedade Portuguesa de Ciências Veterinárias (SPCV) 
Dr. Joaquim Vieira Lopes - Associação Portuguesa dos Médicos Veterinários Especialistas em Animais de 
Companhia (APMVEAC) 
Doutor Fernando Afonso - (Aquacultura) Faculdade de Med.Veterinária (FMV/UTL) 
Dr. Loão Rebelo Cotta - Secção Portuguesa da Associação Mundial de Ciência Avícola (SPAMCA) 
Dr. George Stilwell - (Bem-Estar Animal) Faculdade de Med.Veterinária (FMV/UTL) 
Doutor João Cannas da Silva - Associação Portuguesa de Buiatria (APB) 
Doutor Virgílio Almeida - Sociedade Portuguesa de Epidemiologia e Medicina Veterinária Preventiva (SPEMVP) 
Dr. José Núncio Fragoso - Associação de Médicos Veterinários de Equinos (AMVE) 
Dr. José Cardoso de Resende - (Formação Veterinária) Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) 
Doutor Luís Telo da Gama - Sociedade Portuguesa de Recursos Genéticos Animais (SPRGA) 
Doutora Anabela Alves - Sociedade Portuguesa de Patologia Animal (SPPA) 
Dr. Claudino Matos - Sociedade Portuguesa de Ovinotecnia e Caprinotecnia (SPOC) 
Doutor Ramiro Mascarenhas - Sociedade Portuguesa de Reprodução Animal (SPRA) 
Doutor Rui Baptista - Sociedade Científica de Suinicultura (SCS) 
Dr. Daniel Patacho de Matos - Associação dos Médico Veterinários de Actividades Taurinas (AMVAT) 
 
 
 iv
 
 
 
 
 
Apoios Institucionais 
 
Ordem dos Médicos Veterinários 
Estação Zootécnica Nacional 
Fundação para a Ciência e a Tecnologia 
Direcção-Geral de Veterinária 
Câmara Municipal de Santarém 
Câmara Municipal do Cartaxo 
Faculdade de Medicina Veterinária 
Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento 
 
 
Patrocínios 
 
Alltech Portugal 
Arbuset - Produtos Farmacêuticos e Sanitários de Uso Animal, Lda 
Laboratórios Atral SA 
Bayer Portugal, S.A. 
CEVA - Saúde Animal, Lda 
CPH Pharma 
IAPSA Portuguesa Pecuária, Lda. 
Llly Farma - Produtos Farmacêuticos Lda. 
Intervet Portugal - Saúde Animal Lda. 
Laboratório Pfizer, Lda 
Merial Portuguesa - Saúde Animal, Lda 
Novartis Farma - Produtos Farmacêuticos S.A. 
Schering Plough - Veterinária Lda 
Univete, Lda 
Veterinária Esteve, Lda 
Vetlima - Soc.Distribuidora de Produtos Agro-Pecuários, SA 
Virbac de Portugal Laboratórios, Lda 
D.I.N. - Desenvolvimento e Inovação Mutricional, S.A. 
T.N. A. - Tecnologia e Nutrição Animal Lda. 
 
 
 
Secretariado 
 
Anabela Almeida - Sociedade Portuguesa de Ciências Veterinárias SPCV 
R.Gomes Freire, 1169-014 Lisboa, Tel 21 358 0222, Fax 21 358 0221 
congresso@spcvet.pt 
www.spcvet.pt/Congresso2005 
 v
 
 
 
Editorial 
 
 
 
A Sociedade Portuguesa de Ciências Veterinárias (SPCV), alicerçada na sua história centenária e 
na vontade de servir os interesses dos profissionais que dedicam o seu trabalho e esforço às diferentes 
áreas do conhecimento que constituem o campo de acção do Médico Veterinário, organiza o Congresso 
de Ciências Veterinárias 2005, na lugar na Estação Zootécnica Nacional, de 13 a 15 Outubro de 2005. 
 
Este congresso conta com a cooperação das principais organizações profissionais e associativas 
da classe médico-veterinária, nomeadamente: a Ordem dos Médicos Veterinários, a Estação Zootécnica 
Nacional, os Cursos de Medicina Veterinária, o Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários, o 
Laboratório Nacional de Investigação Veterinária e as Sociedades sectoriais de: Animais de Companhia, 
Avicultura, Actividades Taurinas, Buiatria, Equinos, Epidemiologia, Ovinotecnia e Caprinotecnia, 
Patologia, Recursos Genéticos, Reprodução Animal e Suinicultura, que assumiram a organização dos 
programas nas áreas respectivas, incluindo os temas e as individualidades que os irão apresentar. A SPCV 
encontrou da parte destas organizações, desde a primeira hora, uma atitude de compromisso, de incentivo 
e de verdadeira parceria, que muito nos honrou e que nos tem servido de estímulo para a realização deste 
tão importante evento para a Classe Médico Veterinária. Para estas organizações e para todos os que, de 
alguma forma, contribuiram para a realização deste Congresso - o nosso muito obrigado. 
 
O Congresso de Ciências Veterinárias 2005 é uma oportunidade para todos os Médicos 
Veterinários e outros profissionais que desenvolvem a seu actividade na área da Ciência Animal, 
apresentarem os seus trabalhos e uma ocasião privilegiada para a troca de ideias e para a actualização de 
conhecimentos. 
 
À semelhança do expresso pela Comissão Organizadora do Congresso de Ciências Veterinárias 
2002, também nós acreditamos que: “São manifestações desta natureza que definem a vitalidade dos 
diferentes Sectores da Ciência e Tecnologia e pelo que aqui se mostra estamos certos que as Ciências 
Veterinárias vão no bom caminho … tal é a dinâmica e a qualidade dos Profissionais, Técnicos, Docentes 
e Investigadores, que hoje se dedicam e trabalham neste domínio científico”. 
 
 
 
 
A Comissão Organizadora 
 
 vi
 vii
Índice Geral 
 
 
Comissão de Honra ......................................................................................................................................................iii 
Comissão Organizadora ...............................................................................................................................................iii 
Comissão Científica .....................................................................................................................................................iii 
Apoios Institucionais.................................................................................................................................................... iv 
Patrocínios.................................................................................................................................................................... iv 
Secretariado.................................................................................................................................................................. iv 
Editorial ........................................................................................................................................................................ v 
Índice Geral.................................................................................................................................................................vii 
 
SESSÕES PLENÁRIAS............................................................................................................................................... 1 
 
COMUNICAÇÕES ORAIS.......................................................................................................................................... 5 
Epidemiologia e saúde pública...................................................................................................................................... 6 
Patologia ..................................................................................................................................................................... 19 
Recursos genéticos animais......................................................................................................................................... 26 
Diagnóstico / Toxicologia ........................................................................................................................................... 33 
Qualidade e segurança alimentar ................................................................................................................................ 45 
Actividades taurinas.................................................................................................................................................... 56 
Suinicultura ................................................................................................................................................................. 59 
Avicultura ................................................................................................................................................................... 63 
Biologia celular e molecular ....................................................................................................................................... 69 
Ovinotecnia e caprinotecnia........................................................................................................................................ 79 
Bem-estar animal ........................................................................................................................................................ 89 
Equinos ....................................................................................................................................................................... 96 
Infecciologia ............................................................................................................................................................. 103 
Reprodução ............................................................................................................................................................... 114 
Buiatria...................................................................................................................................................................... 122 
Animais de companhia.............................................................................................................................................. 128 
Aquacultura............................................................................................................................................................... 128 
 
POSTERS ................................................................................................................................................................. 147 
 
Índice de Comunicações.............................................................................................................................................248 
. 
 viii
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SESSÕES PLENÁRIAS 
 
 
 2
Food hygiene 
Herman Koëter 
 
European Food Safety Agency 
 
 
 
 
Identificação animal e rastreabilidade 
Fernando BernardoDirecção Geral de Veterinária, L. Academia Nacional de Belas Artes, nº 2, 1249-105 Lisboa 
 
A identificação dos animais de produção, individual ou colectiva, é um instrumento crucial para a gestão adequada 
de todos os aspectos referentes à produção bem como ao maneio sanitário das explorações, incluindo programas de 
erradicação e prevenção de doenças e sobretudo na Segurança Sanitária dos Alimentos. 
Tendo em vista também a salvaguarda da segurança sanitária dos alimentos de origem animal e manter o nível de 
confiança dos consumidores, todos os intervenientes na cadeia alimentar, têm de fazer diligências consistentes com 
o objectivo de por em marcha na Europa um sistema que permita seguir o rasto dos produtos desde a produção 
primária até à mesa do consumidor. Desde Janeiro de 2005 que a legislação europeia assim o exige (Reg. (EC) nº 
178/2002 de 28/1). Os criadores de animais precisam criar e manter um sistema de registo adequado de modo a 
melhorar a eficácia do maneio sanitário e do bem estar dos seus efectivos e colaborar com gestores de risco na 
tomada de decisões, incluindo nesses registos os regimes alimentares e os medicamentos; registos correctos e 
respeitos pelas normas de utilização dos medicamentos são cruciais. Ao longo dos últimos 8 mil anos os criadores 
de animais têm usado múltiplos artifícios para obter uma adequada identificação dos seus animais, mas a 
necessidade de um sistema de identificação universal, permanente, factível e prático ainda subsiste. Têm-se 
equacionado e discutido muitas soluções para a identificação dos animais e dos seus produtos do “prado ao prato”. 
Entre nós os sistemas SNIRB, SNIRA e SICAFE já são uma realidade não sendo contudo sistemas universais, nem 
os mais práticos. 
A urgência da necessidade de aperfeiçoar os sistemas de identificação animal revelam-se mais evidentes à medida 
que a industria e o comércio alimentares se tornam mais exigentes, especialmente pelos factores decorrentes da 
globalização (OMC – acordos SPS) e a imposição de sistemas que permitam seguir o rasto dos produtos. 
Os principais objectivos da identificação e do registo dos animais são: Execução de controlos Veterinários e 
zootécnicos na trocas intracomunitárias de alguns animais vivos e seus produtos; Controlo à entrada de animais 
provenientes de países terceiros; Gestão de ajudas e prémios à produção; Trocas de informação rápidas e eficientes 
entre os Estados Membros; manutenção de registos nas explorações para efeitos de Rastreabilidade; Identificação 
mais precisa dos animais em caso de retiradas por intervenções sanitárias; Recolha eficaz de géneros alimentícios do 
mercado nas circunstâncias em que o perigo sanitário foi introduzido ao nível da exploração; Comunicação de 
Risco. 
A identificação animal é também crucial noutras actividades, como o exame ante mortem dos animais ou das carnes 
frescas, para efeitos de colheitas de amostras nas explorações e nos matadouros, como no caso de: pesquisa de 
resíduos, de agentes zoonóticos, exames complementares na inspecção sanitária; caso contrário a acções judiciais 
subsequentes podem ser prejudicadas. Estes são pontos críticos para captura registo e gestão da informação obtida a 
partir dos sistemas de identificação animal. 
Ao longo das cadeias alimentares existem múltiplas operações tecnológicas que têm o mesmo tipo de problemas 
com fiabilidade da produção, manutenção e transmissão dos registos referentes à origem e ao destino em cada passo 
das cadeia. O Sistema HACCP é, em si mesmo, também capaz de fornecer inúmeros dados que têm uma utilidade 
complementar para o sistema da Rastreabilidade. Para se atingir o melhor desempenho do sistema da 
Rastreabilidade é preciso dar especial atenção a alguns factores críticos: grau de fiabilidade do sistema de 
identificação dos animais e do registo dos respectivos movimentos; registos da natureza da respectiva alimentação; 
registo das medidas de maneio sanitário; captura da informação ao longo da cadeia; arquivos dos registos e ainda a 
praticabilidade dos sistemas de rotulagem dos produtos. 
 
[Identification of animals and traceability] 
 
Livestock identification plays an important role in animal breeding and production systems as well as disease 
eradication, disease prevention and food safety. 
In order to assure food wholesomeness and maintain consumer confidence in food of animal origin (meat, milk, 
eggs and fish) a consistent and diligent effort have to be put forth by all sectors of the food chain in Europe. These 
principles are consigned in the EU legislation (Reg. (EC) nº 178/2002, 28/1). Animal farmers need rapid and 
convenient record keeping systems to improve appropriated management of their health programs and participate on 
decisions. This includes registration of feed supply and pharmaceutical products; correctly record and strict 
 3
adherence to established withdrawal periods. Over the years, many different methods have been used for animal 
identification, but the need for a permanent and reliable identification system still persists in husbandry. Many 
solutions have been in discussion to attend the principle from “farm to consumer”. In Portugal SNIRB, SNIRA and 
SICAFE systems are already in place, but they are not universally adopted. 
The sense of urgency to improve animal identification became more evident as the industry became better informed 
of the implications that "ID" has with international trades policies (WTO-SPS) and with the facility of tracing in a 
global market. 
The aims of livestock identification and registration are: Veterinary and zootechnical checks in intra-Community 
trade in certain live animals and products; Veterinary checks of animals entering the Community from Third 
Countries; Management of certain Community Aid agriculture schemes; Rapid and efficient exchange of 
information between Member States; Keeping of records of Animals on holdings and records of dealings; Rapid and 
accurate tracing of animals; Recall of animal products and tracing back of Hazards associated with production 
factors in husbandry’s; Risk Communication. 
Other important use of animal “ID” concerns to activities like animal slaughtering, ante mortem examination and 
fresh meat inspection, demand for sampling at the farm and the abattoir, like: residues detection, zoonotic agents 
research, laboratory confirmations of meat inspection findings; otherwise any subsequent legal action could be 
jeopardised. These are critical points for caption, registration and management of the information obtained from 
animal system identification. 
Across food chain many other operation have the same problem of accuracy in keeping records of all previous 
origins and subsequent steps in the chain. The HACCP systems is, itself, a complementary tool and source able to 
provide many data which are useful for traceability. To achieve the best accuracy in the traceability system, many 
critical factors must be concern: level of confidence in the animal “ID” system and records of their movements; 
registries on feed supplied, sanitary managements of animal production and caption of information, keeping records, 
appropriated and practicable systems of labelling. 
 
 
 
 
Animal welfare in relation to disease and production 
Donald M. Broom 
 
Department of Veterinary Medicine, University of Cambridge, Madingley Road, Cambridge CB3 0ES, UK. dmb16@cam.ac.uk 
 
The relationships among the concepts of welfare, health and pathology and the consequences for disease of 
particular behaviours are key issues in our understanding of animals and their welfare. Health is defined as an 
animal's state as regards its attempts to cope with pathology, where pathology is a detrimental derangement of 
molecules, cells, tissues, and functions that occur in living organisms in response to injurious agents or deprivations. 
Pathology can be classified into genetic abnormalities; physical, thermal, and chemical injuries; infections and 
infestations; metabolic abnormalities;and nutritional disorders. Welfare is the state of the animal as regards its 
attempts to cope with its environment so is a wider concept than health. When an animal's health is poor, so is its 
welfare, but poor welfare does not always imply poor health. Some measures of poor welfare classified as pathology 
will therefore also be indicators of poor health, including body damage and symptoms of infectious, metabolic, and 
nutritional disease. Other measures of poor welfare, while not being signs of poor health at the time, indicate a risk 
of poor health in the future. They include immunosuppression and the occurrence of injurious abnormal behaviours. 
The connection between coping mechanisms in the brain, immune function, and susceptibility to infectious disease, 
as well as other routes by which poor welfare results in increased disease are illustrated. Improved animal 
production efficiency has been a major achievement of the last fifty years but some of this has had costs for the 
animals and these will be discussed. 
 
 
 
 
Environmental hygiene is an important task in Veterinary Medicine 
Reinhard Böhm 
 
Universität Hohenheim, Institut für Umwelt und Tierhygiene sowie, Tiermedizin mit Tierklinik –460, D-70593 Stuttgart 
Tel. 49 711/459-2427 - Fax: 49 711/459-2431, e-mail: boehm@uni-hohenheim.de 
 
Agricultural, municipal and industrial sources are contributing to improve the positive impacts of production, 
processing, distribution and recycling of nutrients back to agriculture in the broadest sense. The conditions under 
which the keeping of animals, the production of food and feed, the processing of the raw materials and their 
distribution is done as well as the resulting by-products and wastes are used may differ substantially world - wide. 
Independently from the local situation the general aim is to keep man and animals healthy and to avoid negative 
 4
effects to the mediate and immediate environment. With respect to minimize the risk of introduction of zoonotic 
agents or highly contagious animal pathogens into the environment as well as into the food- or feed chain 
veterinarians have a specific responsibility. As long as health protection is the direct or indirect aim of the necessary 
measures, hygiene is the tool which avoids the negative consequences with respect to man and animals in close 
cooperation between medical and veterinary hygienists. 
There are several ways risks due to chemicals and microorganisms may cause such risks and which can be 
controlled by veterinarians. Negative health and environmental effects may be generated by the distribution organic 
or inorganic pollutants as well as pathogens or other microorganisms with undesired properties. 
The first responsibility is to prevent introduction of the undesired chemicals and micro-organisms into the primary 
animal production indirectly via fertilizers or directly via treatment, water and feed. The second responsibility is to 
prevent release of such risk factors into the environment like water air and soil from the primary production. The 
third task is to prevent contamination with undesired chemicals or release and transmission of undesired 
microorganisms via recycling of animal by-products. Hygiene prevents their introduction or generation at every step 
of production, processing, distribution and utilization, therefore a survey is given how this can be achieved. 
 
 
 
 
Veterinary Medicine in the United States 
Bonnie Beaver 
 
Texas A & M University, College Station, Texas 
 
Veterinary medicine has changed tremendously over its existence in the United States, from one of apprenticeship 
with practitioners, to one with high college educational standards. The focus of this talk will look at many aspects of 
the profession as it exists today. 
Educational standards have been developed through the American Veterinary Medical Association (AVMA) and its 
Council on Education (COE). The purpose of this process was to allow all veterinary educational facilities to meet 
certain standards of education in course material and quality of education. It helped standardize the knowledge base 
of all new veterinarians, encourage the introduction of new knowledge into the class room, and ensure quality 
facilities and faculties to deliver this education. The process has actually been a joint venture with the universities 
and the AVMA's COE to bring our profession forward. As a highly regarded standard, the AVMA college 
accreditation process is now being looked at by several other countries as a means for them to show that they too 
meet certain high standards. 
The United States has long insisted that individuals from outside our borders be allowed to work in their chosen 
fields if they can show that they have skills equal to those needed by our own citizens. To provide opportunities for 
veterinarians not educated in AVMA accredited programs to practice their profession, the AVMA has established a 
program to evaluate the educational background of foreign-trained veterinarians, the ECFVG program. This will be 
discussed. 
Organized veterinary medicine is important for the progress of our profession over the years. The AVMA represents 
87% of veterinarians in our country to represent our interests on the national level. To accomplish all the things that 
it has, the AVMA has approximately 130 staff positions in 9 divisions. The headquarters building is in Schaumburg, 
Illinois (near Chicago) and we have a building in Washington, DC for your Governmental Relations Division. 
Continuing education (CE) opportunities provide veterinarians with the ability to stay current in things that affect 
our profession. 
The AVMA Convention is one of the 3 large meetings each year. We will discuss some of the types of EC available 
in the United States too. 
 5
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMUNICAÇÕES ORAIS 
 
 
 6
Epidemiologia e Saúde Pública 
 
Comunicação livre oral 
Identificação de casos atípicos de scrapie em Portugal 
Orge, L.1, Galo, A.2, Machado, C.1, Lima, C.1, Ochoa, C.1, Silva, J., Ramos, M.1 e Simas, J.P.3,4 
 
1 Laboratório Nacional de Investigação Veterinária, Portugal 
2 Investigador Principal Aposentado, Laboratório Nacional de Investigação Veterinária, Portugal 
3 Instituto Gulbenkian de Ciência, Portugal 
4 Instituto de Microbiologia, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, Portugal 
 
Scrapie (ou Tremor Epizoótico) é uma Encefalopatia Espongiforme Transmissível (TSE) que afecta ovinos e 
caprinos, constituindo a doença mais comum deste grupo de doenças, as quais incluem, entre outras, a doença de 
Creutzfeldt-Jakob no Homem e a Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE). 
O scrapie já é conhecido há mais de 250 anos, sendo endémico em muitos países europeus. Esta doença não 
constituía um problema de Saúde Pública até à demonstração da transmissão experimental da BSE aos ovinos e 
caprinos, associada à impossibilidade de distinguir clinicamente as duas doenças e da BSE assumir características 
biológicas idênticas às do scrapie. O potencial risco de transmissão natural da BSE aos ovinos e caprinos, com a 
possibilidade desta doença se tornar endémica nas populações destas espécies, bem como o facto da BSE ser 
considerada uma zoonose, despertaram a preocupação da Comissão da UE para a vigilância epidemiológica das 
TSEs também nos ovinos e caprinos. Deste modo, e de acordo com o Regulamento 999/2001, e suas posteriores 
actualizações, a vigilância através da realização de testes rápidos de diagnóstico, pela pesquisa de proteína priónica 
resistente (PrPres) (o marcador específico das TSEs) numa larga amostragem de pequenos ruminantes decorre em 
todo o espaço europeu comunitário desde 2002. 
Em Portugal, pese embora a vigilância desenvolvida até 2002, nunca tinha sido identificado nenhum caso de scrapie 
em pequenos ruminantes. No âmbito do plano de vigilância activa, desde o seu início em 2002 e até Maio de 2005, 
foram testados 108486 ovinos e caprinos, tendo-se detectado 55 (45nacionais e 10 importados) casos de ovinos com 
acumulação de PrPres no Sistema Nervoso Central. Destes 55 casos, 52 ovinos (45 nacionais e 7 importados) 
revelaram uma distribuição e um perfil electroforético da PrPres diferentes do scrapie clássico, o qual foi 
diagnosticado em apenas 3 ovinos importados. Na determinação dos genótipos do gene Prnp ao nível dos codões 
136/154/171, identificaram-se vários genótipos, incluindo genótipos raramente associados com scrapie. Estes casos 
são apresentados nesta comunicação, abordando-se os aspectos histopatológicos e genotípicos (ao nível do gene 
Prnp) bem como o perfil electroforético da PrPres. 
Estes dados evidenciam a existência de uma forma atípica de scrapie em Portugal sem uma relação a um genótipo 
em particular, equacionando-se quais serão as implicações na saúde pública bem como na aplicação de programas 
de controlo e erradicação de scrapie baseados na selecção genética de ovinos resistentes (ARR/ARR) introduzidos 
em alguns países da União Europeia. 
 
[Identification of atypical cases of scrapie in Portugal] 
 
Scrapie affects sheep and goats and is the most common form of transmissible spongiform encephalopathies, which 
include Creutzfeldt-Jakob Disease (CJD) of humans and Bovine Spongiform Encephalopathy (BSE). 
Scrapie is an endemic disease recognized for over 250 years in several European countries. As no obvious clinical or 
epidemiological connection to human disease has been revealed to date, scrapie is considered non-pathogenic for 
humans, at least under natural conditions. However, since it has been shown that sheep could be experimentally 
infected with BSE, the possibility has been raised that BSE could have been accidentally introduced in this species. 
This has prompted in 2002 the implementation of a surveillance plan of scrapie in small ruminants by the European 
Union in all member states. 
In Portugal, despite the completion of previous scrapie surveillance schemes, no scrapie cases have been diagnosed. 
Since its implementation in 2002 (according to EU regulation 999/2001 and subsequent alterations) until May 2005, 
a total of 108486 sheep and goats have been tested and 55 (45 national and 10 imported) cases of sheep with 
detectable PrPres deposition in the central nervous system have been identified in Portugal. Notably, in 52 sheep (45 
national and 7 imported) the PrPres distribution and the profile of the electrophoretic mobility were different from 
that previously described for scrapie diagnosed only in 3 imported sheep. Moreover, the PrP genotyping at the 
codons 136/154/171 revealed a variety of genotypes, including genotypes rarely associated with scrapie. 
These data reveal an atypical scrapie strain in Portugal not linked to specific PrP genotypes raising some questions 
about its repercussion in public health as well as in the scrapie resistant breeding programmes that have been 
introduced in several EU member states. 
 7
Comunicação livre oral 
Leptospirose canina na ilha de São Miguel – Seroconversão em animais não vacinados 
Borrego, S.1, Vilela C.L.1 e Collares-Pereira, M.2 
 
1 CIISA, Faculdade de Medicina Veterinária,. Av. Universidade Técnica, 1300-477 Lisboa, Portugal 
2 Unidade de Leptospirose e Borreliose de Lyme, IHMT/UNL, R. da Junqueira, N.º 96, 1349-008, Lisboa, Portugal 
 
A leptospirose humana regista nos Açores a taxa de incidência mais elevada do País, com um número de casos cerca 
de dez vezes superior à média nacional. Dados sobre a taxa de infecção e serovares circulantes na população canina 
Regional são praticamente inexistentes, mas de extrema importância para o desenho de medidas de controlo 
eficazes. O presente estudo visou conhecer o padrão da leptospirose em canídeos micaelenses. 
Soros de 157 canídeos não vacinados, observados entre Agosto/04 e Maio/05, foram testados pela Técnica de 
Aglutinação Microscópica, com 12 serovares (2 isolados locais) representativos de 9 serogrupos patogénicos. 
A percentagem de seropositivos (títulos ≥1:100) foi de 22%. Neste grupo, em apenas 31% dos animais foram 
identificados sintomas compatíveis com infecção por Leptospira. O serogrupo Icterohaemorrhagiae foi o mais 
reactivo (94%), seguido de Autumnalis (25,7%), Australis (20%), Canicola (5,7%) e Sejroe (2,8%). Trinta e um por 
cento dos soros positivos coaglutinaram com dois ou mais serogrupos. O padrão de coaglutinação mais frequente foi 
Icterohaemorragiae/Autumnalis/Australis (11%). Não se encontrou reactividade para os restantes serogrupos 
utilizados (Pomona, Bataviae, Ballum e Grippotyphosa). Os títulos variaram entre 1:100 e 1:6400 com um Título 
Geométrico Médio de 315. 
Os resultados sugerem que as estirpes do serogrupo Icterohaemorrhagiae são as principais responsáveis pela 
leptospirose em cães micaelenses. Este é também o serogrupo mais frequentemente associado às infecções humanas 
e um dos que tem sido mais isolado de roedores. Embora estes sejam o principal reservatório natural das leptospiras, 
os canídeos podem ter igualmente, pela estreita relação com o Homem e com o ambiente, uma importância 
epidemiológica significativa na transmissão destes agentes. Os resultados obtidos, aliados ao facto da vacinação 
induzir uma imunidade específica, sugerem que deveria ser implementado um esquema de vacinação adequado à 
Região, visando eliminar tanto a doença clínica como o estado de portador. 
 
[Seroepidemiology of Leptospirosis on unvaccinated dogs of São Miguel - Azores] 
 
Human leptospirosis presents in the Azores islands the highest incidence rate of Portugal, with a number of cases 
about 10 times greater than national mean. Available data on seroprevalence and circulating serovars in the canine 
population of São Miguel is scarce, but essential to design effective control measures. The present study aimed at 
knowing the leptospirosis pattern in dogs from São Miguel. 
Sera from 157 unvaccinated dogs from São Miguel, observed between Aug/04 and May/05, were tested by the 
Microscopic Agglutination Test, with 12 serovares (2 local isolates), representative of 9 pathogenic serogroups. 
The percentage of seropositive dogs (titres ≥1:100) was 22%. Within this group, only in 31% of the animals were 
identified clinical signs compatible with Leptospira infection. Serogroup Icterohaemorrhagiae was the most reactive 
(94%), followed by serogroups Autumnalis (25,7%), Australis (20%), Canicola (5,7%) and Sejroe (2,8%). Thirty 
one per cent of positives showed coagglutination with two or more serogroups. The more frequent coagglutination 
pattern was Icterohaemorragiae/Autumnalis/ Australis (11%). There was no reactivity for the other tested serogroups 
(Pomona, Bataviae, Ballum and Grippotyphosa). Titres ranged from 1:100 to 1:6400, with a Geometric Mean Titre 
of 315. 
Results suggest that strains belonging to the serogroup Icterohaemorrhagiae are the major responsible for canine 
leptospirosis in São Miguel. This serogroup is also the most frequently associated with human infections and one of 
the more commonly isolated from rodents. Although these are the main natural reservoir of leptospires, dogs may 
also play an important epidemiological role in the transmission of these pathogens, due to their close contact with 
man and the environment. Results from this study, allied to the fact that vaccines induce specific immunity, suggest 
that an adequate regional vaccination scheme should be routinely carried out, bearing in mind the need to eliminate 
both clinical disease and the carrier state. 
 
 8
Comunicação livre oral 
Gripe aviária altamente patogénica 
Almeida, V.A., Nunes, T., Vaz, Y., Melo, M. e Louzã, A. 
 
Faculdade de Medicina Veterinária-UTL, R.Prof. Cid dos Santos. 1300-477 Lisboa 
 
Objectivos: Os Autores identificam os elos mais vulneráveis da cadeia de transmissão inter-espécies e de dispersão 
geográfica destes vírus nas populações susceptíveis, com o intuito de contribuir para melhorar a eficácia das 
medidas de vigilância e dos planos de emergência.Metodologia: As recentes epidemias de gripe aviária na Europa e na Ásia são analisadas nos contextos dos vírus de 
baixa (GABP) e de alta patogenicidade (GAAP); das tendências da dispersão geográfica da actual epidemia; e das 
consequências devastadoras do morticínio de centenas de milhões de aves e da ocorrência de dezenas de casos 
humanos fatais. 
Resultados: A gripe aviária é uma doença muito contagiosa, das aves de capoeira e doutras aves, provocada por 
quinze estirpes de vírus da família Influenzaviridae. Estes vírus podem também infectar mamíferos, nomeadamente 
os suínos e o Homem. Devido às contínuas alterações genéticas dos vírus e à sua possível “adaptação” nos 
hospedeiros recentemente infectados, os riscos para a Saúde Pública e a Sanidade Animal são variáveis, e muito 
difíceis de prever. 
Na UE, ocorreram focos de GAAP em Itália (1999-2000) e nos Países Baixos, com disseminação à Bélgica e à 
Alemanha (2003). As medidas de morticínio, desinfecção e vazio sanitário nestas duas epidemias, custaram à UE 
101 e 174 milhões de euros, respectivamente. O custo médio por foco foi de €150000. 
Prevêem-se 80 a 320 focos de GABP por ano na UE, dos quais, em 25%, será necessário recorrer ao morticínio. Os 
vírus GAAP dos tipos H5 e H7 foram responsáveis pela esmagadora maioria dos casos de gripe aviária no Homem e 
por todos os casos fatais. 
A vigilância activa das aves selvagens (especialmente, aves aquáticas migratórias) é crucial para detectar 
precocemente à entrada de vírus GAAP no território nacional. 
A vacinação é útil não só em cenários de emergência como para prevenir a eclosão da doença nos cenários de risco 
elevado. 
Finalmente, a legislação comunitária deve dar aos EM a possibilidade de adoptarem medidas de luta, de forma 
proporcionada e flexível, ajustadas ao nível de risco colocado pelas diferentes estirpes; a modulação das medidas de 
restrição de movimentos em função da densidade populacional de aves de capoeira e das repercussões 
socioeconómicas da estratégia na fileira; garantindo, simultaneamente, que as medidas implementadas em cada 
cenário sejam as mais adequadas. 
 
 
 
 
[Highly pathogenic avian influenza] 
 
Objectives: The Authors identify the most vulnerable links on the interspecies transmission chain and the 
geographical dissemination of the virus on susceptible populations. The aim is to contribute to improve the efficacy 
of the surveillance strategy and the contingency plans. 
Methodology: The recent epidemics of highly pathogenic avian influenza in Europe and Asia are discussed on the 
framework of virus of low (LPAI) and high pathogenicity (HPAI); geographical trends of the present epidemic; and 
the devastating consequences of the stamping out of hundreds of millions of birds and the occurrence of fatal human 
cases. 
Results: The highly pathogenic avian influenza is a very contagious disease of poultry and other birds. It is caused 
by fifteen subtypes of influenza virus. The virus can also infect mammals, namely swine and Men. Due to 
continuous genetic mutations of the virus and its “adaptation” potential to hosts recently infected, the risks to Public 
and Animal Health are variable and very difficult to predict. There were outbreaks of HPAI in UE in Italy (1999-
2000) and Netherlands (2003) which spread to Belgium and Germany. The UE cost associated with the stamping out 
and disinfection of premises on these two epidemics was 101 and 174 M€, respectively. The average cost per 
outbreak was €150000. 
80 to 320 outbreaks of LPAI are expected per year in the UE. In 25% of the cases it will be necessary to depopulate 
the production units. HPAI virus type H5 and H7 were responsible for the majority of human cases of avian 
influenza and for all the fatal cases. Active surveillance of wild birds (mainly aquatic migratory species) is critical 
for the early detection of HPAI virus. Vaccination proved helpful not only on emergency situations but also to 
prevent disease occurrence in high risk scenarios. Finally, EU legislation should allow Member States to select 
disease control and prevention strategies, on a flexible and proportional way, adjusted to the risk level posed by 
different virus subtypes; to modulate movement control methods according to population densities and economical 
impact through the entire chain; assuring, simultaneously, that the chosen combination of measures will be the best 
fit for each specific epidemiological and economical scenario. 
 9
Comunicação livre oral 
Utilização de dados de detecção remota em epidemiologia veterinária 
Nunes, T.P. 
 
Faculdade de Medicina Veterinária, Av da Universidade Técnica, 1300-447 Lisboa, email:tnunes@fmv.utl.pt 
 
No estudo das doenças infeciosas há que levar em conta os factores determinantes especificos do agente, do 
hospedeiro e do ambiente. Os factores ambientais, tais como os factores ecológicos e climáticos são de particular 
importância na dinâmica de determinadas doenças, das quais se destacam as doenças transmitidas por vectores. No 
entanto, devido à dificuldade de obtenção destes dados por detecção local, particularmente de forma retrospectiva ou 
de forma continuada, a análise destes dados tem sido limitada na maioria dos estudos em epidemiologia veterinária. 
O lançamento a partir de 1972 de diversos satélites de obsevação da terra e a posterior disponibilização dos dados 
dos seus sensores à comunidade científica, constitui uma oportunidade para a análise do impacto de determinados 
parâmetros ecológicos nas doenças animais. 
O objectivo deste trabalho é apresentar alguns dos sensores cujos dados estão já disponíveis à comunidade 
científica, os parâmetros de interesse que podem ser utilizados na vigilância e controlo de doenças animais, assim 
como algumas das metodologias para a sua utilização. 
Os sensores instalados em satélites, diferem em termos de resolução espacial, temporal e espectral. Estes variam 
desde os instalados em satélites de órbita de baixa altitude com resoluções espaciais elevadas mas com resoluções 
temporais baixas, particularmente úteis para a classificação da ocupação de terrenos, até aos instalados em satélites 
de orbitas de alta altitude com reduzidas resoluções espaciais mas com elevada resolução temporal, usados na 
caraterização da dinâmica temporal dos diversos determinantes ambientais. 
A partir de dados de detecção remota é possivel obter indicadores de variaveis como a elevação do terreno, a 
biomassa vegetal, o tipo de coberto vegetal, temperatura ao nível do solo e a humidade. Com estas variaveis, é 
possivel por exemplo com base em pontos amostrais caracterizar os biotipos de determinados vectores de doença, 
permitindo o desenvolvimento de modelos de risco para a presença destes vectores para outras áreas. A integração 
desta informação com dados de ocorrência de doença, permite a criação de sitemas de alerta antecipada, com obvias 
vantagens na definição de estratégias de profilaxia sanitária. 
 
 
 
 
[Remote sensed data in veterinary epidemiology] 
 
In the study of infectious diseases, determinant factors of the agent, host and environment should be taken into 
account. Environmental factors, such as ecological and climatic factors, are specially important for certain diseases, 
like vector born diseases. 
Since the access of this data trough local detection is not always feasible or practical, specially on a continuous or 
retrospective way, the analysis of this data has been limited in most of the veterinary epidemiological studies. Since 
1972, several earth observation satellites have been launched, and the data from their sensors have been made 
available for the scientific community. This represents an opportunity for the analysis of the impact that several 
ecological parameters have in animal diseases. 
The objective of this work is to present some of the sensors for which data is already available for the scientific 
community, the parameters that can be used for the surveillance and control of animaldiseases, as also some of the 
available analysis methodologies. 
Satellite sensors differ in spatial, temporal and spectral resolution. The ones in low altitude orbits have high spatial 
resolutions but low temporal resolutions and are particularly useful to classify land use. The ones in high altitude 
orbits have low spatial resolutions but high temporal resolutions and can be used to characterize the temporal 
dynamics of several environmental determinants. 
From remote sensed data is possible to obtain indicators of variables like terrain elevation, green biomass, 
landcover, land surface temperature and humidity. With this variables, is possible from sampling points to 
characterize the habitat of some disease vectors, and thereafter develop risk models for the presence of this vectors 
in other areas. The integration of this information with disease occurrence data, can help the development of early 
warning systems, with obvious advantages in the definition of disease prevention strategies. 
 10
Comunicação livre oral 
A análise do ciclo de vida como ferramenta de gestão ambiental na industria de lacticínios 
Castanheira, E.G.1, Pereira, C.J.D.1, Gomes, D.1, Aguado, N.2 
 
1 Escola Superior Agrária de Coimbra, Bencanta, 3040-316 Coimbra. Telf. 239802940, ecastanheira@esac.pt 
2 Escuela Técnica Superior de Ingenierías Agrárias - Universidad de Valladolid 
 
As medidas impostas pela União Europeia na área do ambiente têm tido como principal consequência a necessidade 
de adaptação das indústrias de lacticínios a uma nova realidade. A implementação destas medidas não pode, nem 
deve ser encarada como uma necessidade de investimentos sem retorno para as empresas, mas sim numa 
possibilidade de reestruturação e criação de novos mercados e produtos. 
No que respeita às indústrias de lacticínios a produção de soro lácteo está associada a um dos maiores impactes 
ambientais deste tipo de indústria, a produção de águas residuais com elevada carga orgânica. Anualmente são 
produzidas, em Portugal, cerca 500 mil toneladas de soro líquido (ANIL, 2000). Os elevados consumos de energia e 
de água são igualmente considerados impactes ambientais significativos neste ramo. 
Tendo em vista a minimização destes impactes ambientais foi instalado na Oficina Tecnológica de Lacticínios da 
Escola Superior Agrária de Coimbra um equipamento piloto que permite a valorização do soro líquido produzido 
nessa unidade e ainda a reutilização de água. O tratamento consiste num processo contínuo de ultrafiltração e 
osmose inversa: as proteínas séricas são recuperadas por ultrafiltração sendo desnaturadas e reintroduzidas no 
processo produtivo do queijo. O permeado resultante deste tratamento é submetido a osmose inversa sendo a água 
obtida utilizada na lavagem dos pavimentos da unidade. 
Este estudo envolve a caracterização dos produtos, das águas residuais e dos consumos de água e energia associados 
ao processo produtivo convencional do queijo e ao processo produtivo alternativo, na qual é feita a valorização do 
soro lácteo. Para uma avaliação ponderada dos impactes ambientais associados a cada uma destas formas de 
produção é ainda utilizada a Análise de Ciclo de Vida. Esta ferramenta de gestão ambiental permite, através da 
análise aprofundada de todas as etapas de vida do produto e da quantificação dos inputs e outputs no sistema, definir 
e quantificar os impactes ambientais associados a cada uma dessas etapas. Desta forma, é possível através da 
utilização do software adequado, utilizar esta ferramenta como um instrumento de apoio à decisão quando se trata de 
reorganizar e adaptar processos produtivos à nova realidade nacional e europeia, permitindo uma melhoria do 
desempenho ambiental e financeiro nas industrias de lacticínios. 
 
 
 
 
[Life cycle assessment as a tool of environmental assessment at dairy industry] 
 
European Union’s environment legislation in becoming increasingly demanding, which has obviously consequence 
on the dairy industry, that experiences difficulties in the adaptation to this new reality. These new requirements 
might nevertheless be seen not as an expense, where the investment has no returns for the industries, but as a good 
opportunity for the development of new products and the conquest of new markets. Whey production in dairy 
industries has big environmental impacts caused by the high organic charge of their wastewaters. Portugal produces, 
approximately, 500000 tones of liquid whey per year (ANIL, 2000). In addition, the dairy industry consumes 
significant amounts of water and energy. 
Aiming the reduction of these impacts in the “Oficina Tecnológica de Lacticínios – Escola Superior Agrária de 
Coimbra” a new pilot-equipment was installed, to permit liquid whey valorisation and water reuse. This treatment 
consists on a continuous process of ultrafiltration and reverses osmosis. The whey proteins are recovered for 
ultrafiltration and re-used in the cheese productive process. The ultrafiltration resulting permeated is then submitted 
to a new treatment, reverses osmosis. The water flowing out of reverse osmosis can be used to wash pavements. 
This study characterizes products, wastewater and energy and water consumption for conventional cheese 
production and of alternative cheese production (with liquid whey valorisation). 
To quantify the environmental impacts of each cheese production process, a life cycle assessment methodology was 
used. This environmental management tool, allows a detailed analysis through all cheese’s life cycle steps. The 
method quantifies all the system’s inputs and outputs, defining and quantifying the environmental impacts 
associated to each steps. 
Through the operation of specific software, it is then possible to use this instrument as a decision instrument which 
can be a valuable tool to re-organize the productive processes and adapt it to the new environmental requirements, 
while achieving a better environmental and financial performance. 
 11
Comunicação livre oral 
Risco de seroconversão à paratuberculose e associação com factores predisponentes em efectivos 
leiteiros em contraste do Entre Douro e Minho 
Gomes, C.1,2, Afonso, C.1, Madeira, H.1, Barbosa, A.1, Sousa, J.1, Pereira, A.1, Niza-Ribeiro, J.1,2 
 
1 Laboratório de Segurança Alimentar e Saúde Animal (Segalab, SA) 
2 Universidade do Porto - Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. 
 
A paratuberculose é uma doença infecciosa crónica que afecta os ruminantes, causada pelo Mycobacterium avium 
subsp. paratuberculosis (MAP). O MAP tem crescimento lento, capacidade de sobrevivência em condições 
ambientais adversas e boa resistência a desinfectantes e à maioria dos antibióticos. A doença tem uma distribuição 
mundial, com impacto significativo na economia global do sector leiteiro, podendo provocar pesadas perdas 
financeiras em explorações leiteiras infectadas. Estas decorrem da diminuição da produtividade, do aumento da 
infertilidade e da susceptibilidade a outras infecções, terminando com emaciação e morte dos animais infectados. O 
isolamento do MAP em pacientes com a doença de Crohn levanta a hipótese que este seja patogénico para a espécie 
humana. 
Realizou-se um estudo epidemiológico observacional, transversal, a uma amostra representativa das explorações 
leiteiras em constraste no Norte de Portugal. Seleccionaram-se de forma aleatória, proporcional ao peso de cada 
concelho 122 explorações e recolheram-se 5299 amostras de leite individual a todas as vacas em lactação. Efectuou-
se um inquérito estruturado, previamente validado, para recolher dados que pudessem ser relacionados com o risco 
de seroconversão sobre as vacas, o maneio e a política de compras de cada exploração. Utilizou-se um método de 
ELISA para detectar seroconversão (positividade) no leite individual. Para determinar associações de risco foram 
classificadas como positivas explorações com pelo menos um animal seropositivo. 
Classificaram-se positivas 56 explorações. As associaçõesde risco de seroconversão mais importantes a nível de 
exploração foram a (i) introdução de animais durante os últimos 4 anos (OR: 2,79, p=0,019), (ii) dimensão superior 
a 49 animais (OR: 2,46, p=0,035) e (iii) a limpeza das manjedouras menos de uma vez por dia (OR: 2,16, p=0,038). 
Quanto às vacas, foram associações de risco de seroconversão (i) ter duas ou mais lactações versus uma lactação 
(OR: 2,41, p<0,001). O desenho do estudo não permitiu evidenciar associações de risco de incidência dentro das 
explorações. Identificaram-se entre as explorações estudadas vários factores de risco descritos noutros estudos como 
estando associados à disseminação da doença dentro da explorações. 
Os resultados evidenciam associações de risco de introdução da doença nas explorações da amostra, semelhantes às 
descritas por outros autores, na Europa e nos EUA. O risco de introdução por animais de origem nacional ou 
estrangeira é semelhante. Este cenário mostra a importância da adopção de programas de biosegurança nas 
explorações e de programas para controlo da doença nas explorações infectadas. 
Agradecimentos: à ABLN pelos dados fornecidos. Projecto financiado pela FCT com a designação POCTI /CVT 
/39462/2001. 
 
[Risk of seroconversion to paratuberculosis and associations with risk factors of dairy herd in dairy 
herds improvement schemes in the region of Entre Douro e Minho] 
 
Paratuberculosis or Johne’s disease is a chronic infectious disease that affects the ruminants, caused by a bacterium 
called Mycobacterium avium subsp. paratuberculosis (Map). This bacteria is characterizated by its slow grow, their 
ability to survive in hard conditions and their resistance to disinfectants and antibiotics. Paratuberculosis is a 
worldwide disease with a significant impact in the economic of the dairy herd. The losses are due to lesser 
productivity, higher infertility and susceptibility to others infections, and in the end the animal die. The isolation of 
Map from the intestinal tissue of persons with Crohn may indicate that this bacterium is pathogenic to humans. 
It was done an observational, transversal epidemiological study, to a sample of representative dairy herds in dairy 
herd improvement schemed in region Entre Douro and Minho (EDM). The sample was form by 122 dairy herds and 
5299 samples of individual milk. A questionnaire about the management in the herd, especially risk factors, was 
done in each visit. An ELISA method was used to detect seroconvertion in the individual milk samples. To 
determine de risk associations the herds were classified as positive if the had at least one animal seropositive. 
So we had 56 positive herds. The more important risk associations at the herd level found were: (i) buying animals 
in the last four years (OR: 2.79, p=0.019), (ii) herds with 50th or more animals (OR: 2.46, p=0.035) and (iii) 
cleaning the mangers less than once for day (OR: 2.16, p=0.038). At animal level: (i) animals with two or more 
lactations against animals with one lactation (OR: 2.41, p<0.001). This study do not allow showing risk associations 
concerning the incidence of the disease inside the herd. It was identified in the sample several risk factors described 
by others authors as being associated with the dissemination of the disease inside the herds. 
This work shows that the risk associations of introducing the disease in the herds are similar to the ones described by 
others authors in Europe and USA. The risk of introducing animals of national or foreign origin is similar. This 
setting shows the importance of implementation of biosafety programs in the herds and control programs in the 
infected herds. 
Aknowledgments to ABLN. Project financed by FCT with the grant POCTI/CVT/39462/2001. 
 12
Comunicação livre oral 
Isolamento de Corynebacterium pseudotuberculosis a partir de lesões de linfadenite em suínos da 
Raça Alentejana 
Cavaco, L.M.1, Costa, D.2, Oliveira, M.1, Nunes, S.F.1, Bexiga, R.1, 3, Vilela, C.L.1 
 
1 CIISA/ Faculdade de Medicina Veterinária, Pólo Universitário do Alto da Ajuda, Av. da Universidade Técnica, 1300-477 Lisboa, Portugal. 
2 Clínico privado 
3 Presentemente na Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade de Glasgow, Reino Unido 
 
Os dados apresentados referem-se a duas explorações, A e B, na região de Odemira, onde foram detectados casos de 
linfadenite purulenta em suínos da raça Alentejana. Nas explorações A e B, respectivamente com 700-800 e 400-500 
animais, os animais são mantidos em camping extensivo, com as fêmeas, até ao desmame, após o que são criados 
em extensivo, em lotes de engorda com cerca de 200 animais. 
Os casos surgiram em animais logo após o desmame e até aos 10 meses, em todos os lotes de recria, atingindo até 
10% destes. As lesões situavam-se mais frequentemente nos linfonodos da região da cabeça e cervicais, embora 
surgissem também noutras localizações. Em cerca de 1% dos animais a morte surgiu em consequência de poliartrite 
ou disseminação da infecção a outros orgãos. Nos restantes animais, a infecção foi controlada medicamente, não se 
tendo verificado rejeições no abate. Esta afecção causou perdas económicas consideráveis, por diminuição da taxa 
de crescimento e despesas de tratamento. 
Foram colhidas amostras de 4 porcos de A e de 2 de B, onde se observaram cocobacilos Gram+. Em todas as 
amostras foi isolado Corynebacterium pseudotuberculosis. Este microrganismo encontrava-se em cultura pura em 
todas as amostras recolhidas em A, excepto uma e ambas as amostras recolhidas em B. Na quarta amostra de A, 
isolou-se ainda Arcanobacterium pyogenes. Foram preparadas vacinas de rebanho, inactivadas, a partir dos isolados 
de cada exploração. Os leitões de todos os lotes de A e apenas os de um lote de B foram vacinados (2mL IM) após 
desmame, com rappel após 3-4 semanas. Na exploração A foi realizada a revacinação 1 ano depois. 
Em B, não surgiram casos novos após a vacinação. Em A, a profilaxia vacinal não impediu totalmente o 
aparecimento de novos casos, tendo sido isolado Corynebacterium pseudotuberculosis a partir de 5 amostras obtidas 
a partir de casos recentes. Foram detectadas algumas práticas de maneio que provavelmente terão contribuído para 
este problema. Os resultados sugerem que a utilização de vacinas de rebanho, aliada a medidas de maneio sanitário, 
permitem controlar esta infecção. 
Na literatura disponível, não encontramos qualquer referência a isolamento de Corynebacterium pseudotuberculosis 
a partir de amostras clínicas de suínos. Em ambas as explorações não se confirmou a ligação epidemiológica à 
ocorrência de linfadenite caseosa em pequenos ruminantes. Deverão agora ser desenvolvidos estudos mais 
aprofundados sobre caracterização genética e factores de virulências dos isolados suínos. 
 
[Isolation of Corynebacterium pseudotuberculosis from lymphadenitis lesions in swine of the 
Alentejana breed] 
 
Data presented refer to two swine herds A and B, both from the Odemira area, where purulent lymphadenitis cases 
were detected in Alentejana breed swine. In farm A and B, respectively with 700-800 and 400-500 animals, piglets 
are maintained in camping with the sows until weaning, and afterwards are reared in extensive, in lots with around 
200 animals each. 
Cases were detected in piglets from weaning until 10 month of age, in all rearing lots, affecting up to 10% of the 
animals. Lesions were observed mainly in the head and neck lymphnodes, but were also found in other locations. 
About 1% of the animals died in consequence to polyarthritis, and/or dissemination of infection to other lymphnodes 
and organs. In the remaining cases, the infection was medically controlled and was not responsible for rejections at 
slaughter. This condition has been causing considerable economical losses, due to lowering growth rates and 
treatment expenses. 
Samples were collected from 4 pigs from farm A and 2 pigs from farm B, where Gram positive cocobaccilli could 
be observed. Corynebacterium pseudotuberculosiswas isolated from all samples. This microorganism was found in 
pure culture in all but one sample from farm A and both samples from farm B. From the fourth sample from farm A 
Arcanobacterium pyogenes was also isolated. Two inactivated whole-cell autovaccines were produced using herd-
specific isolates of each farm. Piglets of all lots in farm A and piglets from a unique lot of farm B were vaccinated 
after weaning (2mL, IM), with a rappel after 3-4 weeks. In farm A, animals were revaccinated after 1 year. 
In farm B, no more cases have been observed since vaccination. In farm A, the vaccine did not totally prevent the 
emergence of new cases and Corynebacterium pseudotuberculosis was again isolated from 5 samples collected from 
recent cases. Some management practices that were identified may have contributed to this problem. The results 
suggest that the use of a herd-specific vaccine, allied to control measures and sanitary management practices, allow 
to control this infection. To our knowledge, this is the first description of isolation of Corynebacterium 
pseudotuberculosis from swine clinical samples. In both herds, the possibility of an epidemiological link to caseous 
lymphadenitis in small ruminants has not been confirmed. Further studies are required on genetic characterization 
and virulence factors of pig isolates. 
 13
 
Comunicação livre oral 
Contaminação parasitária por fezes de canídeos em jardins e vias públicas da cidade de Santarém – 
Novos dados* 
Crespo, M.V.1, Cerejo, A.1, Rosa, F.2 
 
1 Escola Superior Agrária de Santarém, Apartado 310-2001 904 SANTARÉM 
2 Instituto de Investigação Científica Tropical/Zoologia, Rua da Junqueira, 14, 1349-007 LISBOA 
 
Após um estudo parasitológico realizado há seis anos atrás em amostras de fezes de canídeos na cidade de Santarém, 
as autoridades locais tomaram algumas medidas sanitárias para protecção da contaminação parasitária do meio 
ambiente. O presente trabalho teve como objectivo principal determinar o tipo e o grau de parasitismo actual e 
compará-los com os resultados obtidos anteriormente. 
Entre Setembro de 2003 e Agosto de 2004 efectuou-se a colheita aleatória de 144 amostras de fezes de canídeo, 
encontradas no solo de diferentes locais das quatro freguesias da cidade (Marvila, Sta. Iria, S. Nicolau e S. 
Salvador), num total de 576 amostras. Estas foram submetidas a análises coprológicas, pelas técnicas de Willis e de 
sedimentação espontânea. 
Das 576 amostras, 193 (33,51%) apresentaram ovos de helmintes e oocistos de protozoários com a seguinte 
distribuição por freguesias em estudo: Marvila, 20,83%; Sta. Iria, 54,17%; S. Nicolau, 22,92% e S. Salvador, 
36,11%. 
Identificaram-se ovos de espécimes pertencentes às famílias Taeniidae e Dipylidiidae (Platyhelminthes, Cestoda), 
Ancylostomatidae, Ascarididae e Trichiridae (Nematoda) e oocistos de Eimeriidae e Sarcocystidae (Apicomplexa). 
As maiores prevalências foram registadas em Ancylostomatidae (73, 06%) e Trichuridae (24,87%) e a menor em 
Sarcocystidae (0,52%). Das 193 amostras positivas, 76,17% apresentaram infecção simples, 21,76% infecção dupla 
e 2,07% infecção tripla. 
As prevalências e o tipo de infecção obtidos foram ligeiramente inferiores aos registados em 1997/1998, o que 
sugere que as campanhas implementadas não foram suficientes, pelo que continua a haver a necessidade da 
aplicação de medidas preventivas adequadas, de forma a continuar a reduzir os riscos de contaminação ambiental e 
de infecção humana e animal. 
* Integrado no Projecto “Contaminação parasitária por fezes de canídeos de zonas urbanas e rurais do Ribatejo e 
Oeste” da Escola Superior Agrária de Santarém (Sector de Produção Animal). 
 
 
 
 
[Parasitological contamination by dog faeces of gardens and streets at Santarém city – New data] 
 
After a parasitological study on dog faeces from streets at Santarém city performed six years ago, the local 
authorities to protect environment from parasitological contamination implemented some sanitary measures. 
Though, the main purpose of the present study was the detection of parasitological egg output in dog faeces, which 
were hazard sampled in public gardens and streets of Santarém city and then comparisons were made to former data. 
Between September 2003 and August 2004, 144 samples of dog faeces were taken from the soil in different places 
of the city four communities (Marvila, Sta. Iria, S. Nicolau e S. Salvador), with an overall of 576 samples. 
Coprological exams were performed using Willis and spontaneous sedimentation techniques. 
From the total faeces samples examined, 193 (33,51%) samples sheded helminth eggs and/or protozoa oocyst. In all 
communities the following distribution was observed: Marvila, 20,83%, Sta. Iria, 54,17%, S. Nicolau, 22,92% and 
S. Salvador, 36,11%. 
Specimen’s eggs were identified as belonging to the families Taeniidae and Dipylidiidae (Platyhelminthes, 
Cestoda), Ancylostomatidae, Ascarididae and Trichuridae (Nematoda) and oocyst of Eimeriidae and Sarcocystidae 
(Apicomplexa). 
The highest prevalence belonged to Ancylostomatidae (73,06%) and Trichuridae (24,87%) and the smaller to 
Sarcocystidae (0,52%). Out of the positive samples, 76,17% showed simple infection, 21,76% double infections and 
2,07% triple infections. 
Parasitical prevalence’s was slightly lower than that found in earlier studies. This fact suggests that the measures 
implemented have not been effective. So, it is still necessary to stress out the importance of the application of 
adjustable preventive measures in order to proceed the reduction of environmental contamination and human and 
animal infection risks. 
 14
Comunicação livre oral 
Cryptosporidium sp. em bivalves de água doce em Portugal 
Melo, P.1, Teodósio, J.2, Reis, J. 3, Duarte, A. 1, Correia da Costa, J.M.4, Pereira da Fonseca, I.M.1 
 
1 CIISA, FMV-UTL, R. Prof. Cid dos Santos, 1300-477 Lisboa 
2 CCMAR, Universidade do Algarve, Faculdade de Ciências do Mar e Ambiente. Campus de Gambelas, 8000-810 Faro 
3 Centro de Biologia Ambiental/Dep.de Biologia Animal, Faculdade de Ciências da UL, Campo Grande, C2, 3ºPiso, 1749-016 Lisboa 
4 Centro de Imunologia e Biologia Parasitária, INSA, R. S. Luís, 16, 4000-509 Porto, Portugal 
 
A criptosporidiose é uma zoonose causada por um protozoário da subclasse Coccidina, da espécie Cryptosporidium 
parvum. Os ruminantes domésticos (bovinos) e silváticos (cervídeos) são hospedeiros deste parasita actuando como 
reservatórios para outras espécies e eliminando oocistos para o ambiente. A pesquisa de C. parvum em águas 
superficiais é complexa devido ao efeito de diluição. Por isso, a utilização da capacidade filtrante e concentradora 
dos bivalves de água doce, permite o isolamento de uma maior quantidade de oocistos e a sua caracterização 
genética. O consumo das amêijoas e mexilhões de rio, prática comum no nordeste de Portugal e nas bacias dos rio 
Tejo e Guadiana, pode ser também uma via de infecção para o Homem pelo que é importante avaliar este risco em 
Saúde Pública. Considerando a utilização destes moluscos como bioindicadores de contaminação de águas 
superficiais, os objectivos deste trabalho foram a determinação da taxa de contaminação por Cryptosporidium sp. 
nas diferentes espécies de bivalves de água doce. 
Estudaram-se 55 amostras constituídas por 3 a 15 exemplares de bivalves das espécies Anodonta anatina, Unio 
pictorum e Corbicula fluminea. As capturas efectuadas por busca aleatória, “kick sampling” ou arte ganchorra, num 
transecto de tempo e comprimento variáveis, realizaram-se uma vez por mês e por estação de colheita (sempre que 
os caudais o permitissem) nos afluentes do Rio Guadiana, Sado e Tejo, num período de dois anos. Os moluscos 
recolhidos foram congelados e posteriormente dissecados para extracção das brânquias e do aparelho 
gastrointestinal. O material foi triturado com a ajuda de PBS, filtrado e o produto obtido centrifugado, várias vezes, 
até à obtenção de um sobrenadante límpido. O centrifugadofoi colocado num gradiente de sucrose (Solução de 
Sheather`s ds: 1064 e ds: 1103) e submetido a uma centrifugação. O sedimento final foi corado com anticorpos 
monoclonais marcados com fluoresceína (Kit Easy Stain 80, BTF, Austrália ou Crypto/giardia Cel, Cellabs, 
Austrália) e observado ao microscópio de imunoflurescência. Obtiveram-se 18 amostras com oocistos de 
Cryptosporidium distribuídas por Anodonta – 33,3% (4/12), Unio - 29,1% (7/24) e Corbicula – 36,9% (7/19). 
Algumas amostras foram submetidas a PCR, com os “primers” CPHST2F: 5’ TCC TCT gCC gTA CAg gAT CTC 
TTA 3’ e CPHSPT2R: 5’ TgC TgC TCT TAC CAg TAC TCT TAT CA 3’, para subsequente realização de RFLP 
para genotipagem dos isolados. 
 
 
[Cryptosporidium sp. in freshwater bivalves from Portugal] 
 
Criptosporidiosis is a zoonosis caused by a protozoan of the Coccidina subclass, of the Cryptosporidium parvum 
specie. The domestic (bovine) and wild (cervids) ruminants are commons hosts of this parasite acting as reservoirs 
for other species shading oocysts for the environment. The research of C. parvum in superficial waters is complex 
due to the dilution effect. Therefore, the use of the filter and concentrative capacity of fresh water bivalves, allows 
the isolation of a higher concentration of oocysts allowing its genetic characterization. 
The human consumption of freshwater clams and mussels, a common habit in the northeast of Portugal and in the 
basins of the Tejo and Guadiana rivers, can also be a way of infection for man. Therefore the evaluation of the 
Public Health risk is important considering the use of these clams as bio indicators of superficial water 
contamination. The objectives of the present work include the evaluation of the contamination rate for 
Cryptosporidium sp. in different species of fresh water bivalves. 
Fifty-five samples were studied, consisting of 3 to 15 bivalves of the species Anodonta anatina, Unio pictorum and 
Corbicula fluminea. The captures were performed, monthly in each sampling station (when the water level allowed 
to do it), during a period of two years. The samples resulted from random search by kick sampling or “ganchorra” 
art, in time and length changeable transect, in affluents Guadiana, Sado and Tejo rivers. The collected clams had 
been frozen and later dissected for ablation of the gills and the gastrointestinal tract. The material was suspended in 
PBS, triturated, filtered and the gotten product centrifuged, until clearance of the supernatant The sediment was 
placed in a sucrose gradient (Sheather`s Solutions with ds: 1064 and ds: 1103) and centrifuged. The final sediment 
was stained with monoclonal antibodies marked with fluorescein (Kit Easy Stain 80, BTF, Australia or 
Crypto/giardia Cel, Cellabs, Australia) and observed in an imunoflurescence microscope. Eighteen samples were 
found positive with oocysts of Cryptosporidium (33.3% (4/12) A. anatina, 29.1% (7/24) U. pictorum and 36.9% 
(7/19) C. fluminea). 
A set of positive and negative samples were submitted to PCR, with primers CPHST2F (5' TCC TCT gCC gTA 
CAg gAT CTC TTA 3') and CPHSPT2R (5' TgC TgC TCT TAC CAg TAC TCT TAT CA 3') to amplify an internal 
fragment of 18S rRNA gene useful for genotyping based on a RFLP assay. 
 15
Comunicação livre oral 
Isolamento de estirpes de Leptospira a partir de roedores no Nordeste de Portugal 
Paiva-Cardoso, M.1, Collares-Pereira, M.2, Gilmore, C.3, Ferreira, D.4, Sá, V.1, Catarino, R.1, Martins, B.1, Santos-
Reis, M.4, Rodrigues, J.1, Mackie, D.3 e Ellis, W.A.3 
 
1 Depto de Ciências Veterinárias, UTAD, Qta de Prados, Apartado 1013, 5001-911 Vila Real Codex, Portugal, mcardoso@utad.pt; 
2 Unidade de Leptospirose e Borreliose de Lyme, Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, Portugal; 
3 Department of Agriculture & Rural Development for Northern Ireland, Veterinary Sciences Division, Belfast, Northern Ireland, U.K.; 
4 Centro de Biologia Ambiental, Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal. 
 
Introdução: O papel dos roedores e outros pequenos mamíferos na manutenção da leptospirose na fauna selvagem 
foi anteriormente descrito por Collares-Pereira et al. (2000) no sul e centro de Portugal continental e no Arquipélago 
dos Açores, mas nunca anteriormente na região norte de Portugal. O objectivo deste estudo centrou-se no isolamento 
de estirpes de Leptospira a partir da população de roedores do norte de Portugal, particularmente na área de Trás-os-
Montes, onde o gado Maronês (raça autóctone) é criado segundo um sistema tradicional de maneio. Estudos prévios 
em bovinos desta região mostraram uma elevada taxa de seropositividade à Leptospira e também um padrão de 
aglutinação diferenciado relativamente a outras regiões de Portugal (teste de aglutinação microscópica) (Paiva-
Cardoso et al., 2001). Estes factos justificaram a necessidade de conhecer o papel desempenhado pela fauna 
selvagem na leptospirose bovina, neste sistema particular de produção. A leptospirose bovina é causa de 
consideráveis perdas económicas, devidas maioritariamente a problemas reprodutivos, no que concerne 
especialmente às infecções crónicas pelo serovar Hardjo (serogrupo Sejroe). 
Métodos: Foram capturados 308 pequenos mamíferos em estábulos de gado Maronês, e examinados por cultura de 
tecido renal (meio semi-sólido EMJH). Os espécimes de pequenos mamíferos analisados foram Mus musculus 
(n=255), M. spretus (n=24), Rattus norvegicus (n=19), R. rattus (n=3), Apodemus sylvaticus (n=4) e Crocidura 
russula (n=3). 
Resultados: Foram isoladas leptospiras a partir de 17 roedores: 13 estirpes a partir de Mus musculus; 3 a partir de 
Mus spretus e uma a partir de Rattus norvegicus. Três destas estirpes foram posteriormente perdidas e 14 foram 
identificadas. Onze estirpes foram identificadas como pertencentes ao grupo Ballum, duas ao grupo Sejroe e a 
restante permanece não identificada. 
Conclusões: Trata-se da primeira vez que estirpes do serogrupo Sejroe são isoladas a partir de roedores em Portugal, 
facto de grande importância epidemiológica. Os resultados sugerem também a importância dos pequenos mamíferos 
na transmissão potencial de Leptospira ao gado autóctone em maneio tradicional, especialmente nas infecções 
acidentais, mas também na doença causada por estirpes do grupo Sejroe. 
Referências: - Collares-Pereira, M., Korver, H., Cao Thi, B. V., Santos-Reis, M., Bellenger, E., Baranton, G., 
Terpstra, W. J., 2000. Analysis of Leptospira isolates from Mainland Portugal and the Azores islands. FEMS 
Microbiology Letters, 185: 181-187. 
- Paiva-Cardoso, M. N., 2001. Leptospirose bovina em Portugal. In: Livro de resumos do III Congresso Ibérico de 
Reprodução Animal. Federação Ibérica de Reprodução Animal. Fundação Cupertino de Miranda. Porto, 6, 7 e 8 de 
Julho. pp 239-244. 
 
[Isolation of Leptospira strains from rodents in Northern Portugal] 
 
Background: The role of rodents and other small mammals on wildlife leptospirosis was previously been described 
by Collares-Pereira et al. (2000) in south and central mainland Portugal and in the Archipelago of Azores, but not in 
the north. The purpose of the present study was to isolate Leptospira strains carried by rodent population in 
Northern Portugal, particularly in the area of Trás-os-Montes, where indigenous Maronês cattle are bred under 
traditional management systems. Previous studies on cattle of this region have been shown to have a high 
seropositive rate to Leptospira serovars and also a different agglutination pattern when compared to other Portugal 
regions (microscopic agglutination test) (Paiva-Cardoso et al., 2001). These facts justified the need of research about 
the role played by wildlife in cattle leptospirosis on this particularly traditional cattle production system. Cattle 
leptospirosis is a cause of considerable economic loss through reproductive wastage, especially due to chronic 
infection with serovar Hardjo (Sejroe serogroup). 
Methods: 308 small mammals,

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