Topicos_anarquismo

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Ministério da Educação 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 
Setor de Ciências Humanas 
Departamento de História 
 
Ficha 2 (variável) 
 
 
Disciplina: Tópicos de Historiografia sobre o Mundo Contemporâneo Código: HH285 
Natureza: 
( ) Obrigatória 
(X) Optativa 
(X) Semestral ( ) Anual ( ) Modular Número de vagas: 30 
Pré-requisito: Co-requisito: 
Modalidade: ( ) Presencial ( ) Totalmente EaD 
 (X) Parcialmente EaD 30h (*Carga horária em EaD) 
CH Total: 60 
CH semanal: 04 
Padrão (PD): 
60 Laboratório (LB): 00 
Campo (CP): 
00 
Estágio (ES): 
00 
Orientada (OR): 
00 
Prática Específica 
(PE): 00 
Estágio de Formação 
Pedagógica (EFP): 
Extensão 
(EXT): 00 
Prática como 
Componente 
Curricular 
(PCC): 00 
 
 
Carga horária síncrona: 32h (4as feiras, das 18h30 às 22h30), pela plataforma Teams 
Carga horária assíncrona: 28h 
Número de vagas: 30 
Data de início da disciplina: 20/09 
Data de término da disciplina: 18/12 
Semana de exames: 22/12 
 
EMENTA 
 
Estudo monográfico da produção historiográfica sobre a contemporaneidade e seus encaminhamentos no 
repensar dos conceitos e abordagens da história. 
 
 
PROGRAMA 
 
1-) Anarquismo é movimento: a atualidade do pensamento libertário 
a-) Anarquismos plurais 
b-) Arquivos e memórias libertárias 
 
2-) As marcas de Foucault no anarquismo contemporâneo 
a-) Uma história genealógica 
b-) Contra as utopias, as heterotopias 
c-) Foucault, um pensador libertário 
 
3-) Experiências libertárias e tempo presente 
a-) Chiapas, a construção da autonomia 
b-) Junho de 2013, conquistar as ruas 
c-) Ocupações estudantis (2015-2016): “a escola é nossa” 
 
4-) História libertária, história como emancipação 
a-) Pensar o outro, pensar com o outro 
b-) Apontamentos para uma história emancipatória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Setor de Ciências Humanas 
Departamento de História 
 
 
CRONOGRAMA 
 
1-) Anarquismo é movimento: a atualidade do pensamento libertário 
 
1ª aula – 22/09 – Apresentação da disciplina. Aula expositiva e discussão de textos. 
Texto 1: “O anarquismo hoje”, Daniel Colson 
Disponível em: https://bit.ly/3mFfPOz 
Texto 2: “Forma que toma o ressurgimento do anarquismo: o neoanarquismo” (“Anarquismo é movimento”), 
Tomáz Ibáñez 
 
2ª aula – 06/10 – Aula expositiva e discussão de textos. 
Texto 1: “Ensaio sobre a memória anarquista: a história como ficção coletiva”, Edgar de Decca 
Disponível em: https://bit.ly/3krqn12 
Texto 2: “Da vida dos arquivos anarquistas contemporâneos no Brasil”, Edson Passetti. 
Disponível em: https://bit.ly/3ymfliy 
 
- Atividade assíncrona sugerida: Revista “Política e Trabalho”, nr. 36, dossiê “Estudos anarquistas 
contemporâneos”. 
Disponível em: https://bit.ly/3BiE9K2 
 
- Atividade assíncrona sugerida: vídeo “Pensar diferente: anarquismo e filosofia radical do século XX”. 
Disponível em: https://bit.ly/3gx11xH 
 
2-) As marcas de Foucault no anarquismo contemporâneo 
3ª aula – 20/10 – Aula expositiva e discussão de textos: 
Texto 1: “Nietzsche, a genealogia, a história” (Ditos & Escritos II”), Michel Foucault 
Texto 2: “Outros espaços” (“Ditos & Escritos III”), Michel Foucault 
 
4ª aula – 03/11 – Aula expositiva e discussão de texto: “Foucault e o anarquismo”, Salvo Vaccaro 
- Texto de apoio: “Libertar a história” (“Foucault, história & anarquismo”), Margareth Rago 
 
- Atividade assíncrona sugerida: Revista “História, Questões & Debates”, vol. 67, dossiê “Foucault e 
anarquia: histórias do presente”. 
Disponível em: https://bit.ly/3jikMuO 
 
 3-) Experiências libertárias e tempo presente 
5ª aula – 17/11 – Aula expositiva e discussão de textos: 
Texto 1: “Outra gramática dos tempos históricos” (“A experiência zapatista”), Jérôme Baschet 
Texto 2: “Descoberta da escola, descoberta de direitos” e “Por uma educação que nos ensine a pensar e 
não a obedecer” (“Escolas de luta”). 
- Conversa com Fabiano Stoiev (SEED/PR) 
Texto de apoio: “O maior, o mais ignorado, o mais combatido: o movimento das ocupações estudantis no 
Paraná em 2016”, Luís Antonio Groppo e Suely Martins 
Disponível em: https://bit.ly/3gAb5Gm 
 
- Atividade assíncrona sugerida: texto “Primera declaración de la selva Lacandona” 
Disponível em: https://bit.ly/3Be0vwq 
 
- Atividade assíncrona sugerida: documentário “Zapatistas, construindo a autonomia”. 
Disponível em: https://bit.ly/3DeVUMi 
https://bit.ly/3mFfPOz
https://bit.ly/3krqn12
https://bit.ly/3ymfliy
https://bit.ly/3BiE9K2
https://bit.ly/3gx11xH
https://bit.ly/3jikMuO
https://bit.ly/3gAb5Gm
https://bit.ly/3Be0vwq
https://bit.ly/3DeVUMi
 
 
 
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Setor de Ciências Humanas 
Departamento de História 
 
 
- Atividade assíncrona sugerida: leitura do texto “Tudo o que muda com os secundaristas”, Peter Pál Pelbart 
Disponível em: https://bit.ly/3BlrdU5 
 
- Atividade assíncrona sugerida: documentário “Primavera secundarista”. 
Disponível em: https://bit.ly/3mAq5rm 
 
6ª aula – 01/12 Aula expositiva e discussão de textos 
Texto 1: “As jornadas de junho no Brasil: crônica de um mês inesquecível”, Ruy Braga 
Disponível em: https://bit.ly/3gBRPYW 
- Conversa com Camila Jourdan (UERJ) 
Texto de apoio: “2013: uma dimensão ética libertária”, Camila Jourdan 
Disponível em: https://bit.ly/3ku33Qo 
 
- Atividade assíncrona sugerida: dossiê “Jornadas de Junho”, do site “Passa Palavra” 
Disponível em: https://bit.ly/3jmcgLk 
 
- Atividade assíncrona sugerida: vídeo “A Comuna e a experiência libertária” 
Disponível em: https://bit.ly/38g9yAt 
 
4-) História libertária, história como emancipação 
7ª aula – 08/12 – Aula com doutorando PGHIS 
 
8ª aula – 15/12 – Aula expositiva e discussão de textos. 
Texto 1: “Vênus em dois atos”, Saidiya Hartman 
Disponível em: https://bit.ly/2Qyouok 
Texto 2: “Ce que doit être une histoire emancipatrice” (“L’histoire comme emancipation”), Laurence de Cock, 
Mathilde Larrère, Guillaume Mazeau* 
 
* O texto em francês servirá de guia para a aula expositiva; a leitura não será requerida das/os discentes. 
 
 
OBJETIVO GERAL 
 
Problematizar algumas vertentes do pensamento libertário contemporâneo e sua contribuição ao ensino, à escrita e a 
pesquisa em história. 
 
OBJETIVO ESPECÍFICO 
 
A disciplina busca uma aproximação entre a teoria da história e o pensamento anarquista e libertário 
contemporâneos. Não se propõe uma história e uma historiografia do anarquismo, nem um balanço de suas 
principais correntes políticas e teóricas. Mas uma reflexão que pretende colocar em diálogo a história e 
algumas tendências do anarquismo coevo e de autoras e autores que o inspiram em alguma medida, e 
uma aproximação a movimentos sociais e políticos que, de algum modo, mantém acessa a chama do 
anarquismo e da tradição libertária. Nesse sentido, a disciplina se estrutura em quatro eixos: i-) a atualidade 
do anarquismo e do pensamento libertário; ii-) as contribuições de Michel Foucault ao anarquismo 
contemporâneo. iii-) a presença do anarquismo e do pensamento libertário em experiências políticas 
recentes; iv-) alternativas para uma prática e uma teoria libertária da história O objetivo é discutir as 
possibilidades e os usos da Teoria da História e do anarquismo como diagnóstico do presente e como 
ferramenta para se pensar e fazer uma história emancipatória. 
 
https://bit.ly/3BlrdU5
https://bit.ly/3mAq5rm
https://bit.ly/3gBRPYW
https://bit.ly/3ku33Qo
https://bit.ly/3jmcgLk
https://bit.ly/38g9yAt
https://bit.ly/2Qyouok
 
 
 
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PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS 
 
A disciplina será desenvolvida mediante as seguintes metodologias: 
1- A realização de atividades síncronas, na modalidade de ensino remoto, compreendendo 32 h/a, por 
meio de plataforma virtual previamente disponibilizada aos discentes. A didática empregada será a de aulas 
expositivas-dialogadas e o debate orientado de textos. Os encontrosserão às quartas-feiras, das 18h30 às 
22h30, pela plataforma Teams. 
2- A realização de atividades assíncronas, compreendendo 28 h/a. Esta atividade consistirá de leituras 
orientadas, resenhas e fichamentos de textos, além de atividades pontuais disponibilizadas aos discentes. 
A carga horária assíncrona poderá ser distribuída a critério dos discentes e desenvolvida dentro do período 
previsto para a realização da disciplina. 
3- O acesso à bibliografia básica da disciplina será franqueado aos discentes por meio dos links de 
acesso aos artigos, ou pela plataforma de compartilhamento Dropbox. O link para acesso à pasta do 
Dropbox será enviado aos e-mails dos discentes. 
 
FORMAS DE AVALIAÇÃO 
 
a-) Deverão ser confeccionados trabalhados de sistematização de leitura das unidades. Os relatórios, entre 
duas e quatro laudas, serão entregues individualmente. Cada relatório valerá no máximo 25 pontos. 
 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
 
ÁVILA, Arthur Lima; NICOLAZZI, Fernando; TURIN, Rodrigo (orgs.). A história (in)disciplinada: teoria, 
ensino e difusão do conhecimento histórico. Vitória: Milfontes, 2019. 
BASCHET, Jérôme. A experiência Zapatista: rebeldia, resistência, autonomia. São Paulo: n-1 edições, 
2021. 
FOUCAULT, Michel. Outros espaços. In.: Ditos & escritos III – Estética, literatura e pintura, música e 
cinema. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001. 
FOUCAULT, Michel. Nietzsche, a genealogia, a história. In.: Ditos & escritos II - Arqueologia das 
ciências e história dos sistemas de pensamento. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005. 
IBÁÑEZ, Tomáz. Anarquismo é movimento: anarquismo, neoanarquismo e pós-anarquismo. São Paulo: 
Intermezzo/Imaginário, 2015. 
VACCARO, Salvo. Foucault e o anarquismo. Rio de Janeiro: Achiamé, 1995. 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
 
BRAGA, Ruy. As jornadas de junho no Brasil: Crônica de um mês inesquecível. Observatorio Social de 
América Latina, v. 8, p. 51-61, 2013. 
CAMPOS, Antonia Malta; MEDEIROS, Jonas; RIBEIRO, Márcio Moretto (orgs.). Escolas de luta. São 
Paulo: Veneta, 2016. 
CEI, Vitor et al. O que resta das jornadas de junho. Porto Alegre: Fi, 2017. 
COCK, Laurence De; LARRÈRE, Mathilde; MAZEAU, Guillaume. L’histoire comme émancipation. Paris: 
Agone, 2019. 
COLSON, Daniel. O anarquismo hoje. Política & Trabalho - Revista de Ciências Sociais, n. 36, abril de 
2012. 
Comitê Invisível. Motim e destituição agora. São Paulo: n-1 edições, 2020. 
CORRÊA, Felipe. Bandeira Negra: rediscutindo o anarquismo. Curitiba: Prismas, 2015. 
DE DECCA, Edgar. Ensaio sobre a memória anarquista: a história como ficção coletiva. História oral, v. 2, 
1999. 
DIDI-HUBERMAN, Georges. Levantes. São Paulo: Edições Sesc, 2017. 
FERRER, Christian. El lenguaje libertario: antologia del pensamiento anarquista contemporáneo. La 
Plata: Terramar, 2005. 
 
 
 
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 
Setor de Ciências Humanas 
Departamento de História 
 
 
FOUCAULT, Michel. O corpo utópico, as heterotopias. São Paulo: n-1, 2013. 
GENNARI, Emilio. Chiapas: as comunidades Zapatistas reescrevem a história. Rio de Janeiro: Achiamé, 
2002. 
GRAEBER, David. Fragmentos de uma antropologia anarquista. Porto Alegre: Deriva, 2011. 
GRAEBER, David. O anarquismo no século XXI e outros ensaios. São Paulo: Coletivo Coisa Preta, 
2013. 
GROPPO, Luis Antonio et al. O maior, o mais ignorado, o mais combatido: o movimento das ocupações 
estudantis no Paraná em 2016. Cadernos do Aplicação, v. 34, n. 1, 2021. 
HARTMAN, Saidiya. Vênus em dois atos. Revista ECO-Pós, v. 23, n. 3, 2020. 
HOLLOWAY, John. Mudar o mundo sem tomar o poder: o significado da revolução hoje. São Paulo: 
Viramundo, 2003. 
JESI, Furio. Spartakus: simbologia da revolta. São Paulo: n-1 edições, 2018. 
JOURDAN, Camila. 2013: uma dimensão ética libertária. verve. n. 34, 2018. 
JOURDAN, Camila. 2013: Memórias e resistências. São Paulo: Hedra, 2020. 
ONFRAY, Michel. A política do rebelde: tratado de insubmissão e resistência. Rio de Janeiro: Rocco: 
2001. 
MUNSLOW, Alun. Descontruindo a história. Petrópolis: Vozes, 2009. 
PASSETTI, Edson. Da vida dos arquivos anarquistas contemporâneos no Brasil. ECOPOLÍTICA, n. 6, 
2013. 
RAGO, Margareth. Foucault, história & anarquismo. Rio de Janeiro: Achiamé, 2004. 
RIBEIRO, Luiz Carlos; GRUNER, Clóvis (orgs.). Utopias e experiências operárias: ecos da greve de 
1917. São Paulo: Intermeios, 2019. 
VIEIRA, Priscila Piazentini. A coragem da verdade e a ética do intelectual em Michel Foucault. São 
Paulo: Intermeios, 2015. 
WHITE, Hayden. O passado prático. ArtCultura. Uberlândia, v. 20, n. 37, jul-dez. 2018. 
 
 
 
Professor da Disciplina: Clóvis Gruner 
 
Assinatura: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Chefe de Departamento ou Unidade equivalente: __________________________________________ 
 
Assinatura: __________________________________________