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ANTECEDENTES DA 
SEMANA DE ARTE MODERNA
Até o início do século XX, a escola artística tida como oficial 
no Brasil era o Parnasianismo. 
Caracterizado pelo rigor formal, pela proposta da “arte pela
arte” e pelo academicismo e elevada erudição, o
Parnasianismo havia sido a tendência estética dominante
até então, especialmente na poesia.
Figurou em textos oficiais, como o Hino Nacional Brasileiro
ANTECEDENTES DA 
SEMANA DE ARTE MODERNA
As grandes reviravoltas da Revolução Industrial haviam 
instituído uma nova maneira de viver, modificando 
completamente as relações humanas.
No continente europeu, contudo, vigorava outra proposta 
artística. 
Como a grande maioria das escolas estéticas, o Parnasianismo 
foi importado da Europa. 
ANTECEDENTES DA 
SEMANA DE ARTE MODERNA
O início do séc. XX trouxe inúmeras mudanças ao modo de 
viver europeu; a arte precisava acompanhar essas mudanças.
O advento da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a 
destruição causada por ela também influenciaram social e 
filosoficamente os artistas do período.
A luz elétrica e a rapidez dos automóveis e das produções 
fabris em larga escala transformaram a sociedade.
ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE 
MODERNA
Vinham à tona as vanguardas artísticas e, com elas, 
a consolidação da modernidade no âmbito da arte.
O Brasil começava a se modernizar.
As primeiras indústrias começavam a se instalar na 
cidade de São Paulo.
A produção de café do interior paulista gerava grande 
receita de exportação, transformando o estado em 
novo centro econômico brasileiro.
ANTECEDENTES DA 
SEMANA DE ARTE MODERNA
1912 – CHEGADA DE OSWALD DE ANDRADE DA EUROPA
 
Oswald de Andrade retorna de sua primeira viagem à 
Europa trazendo consigo as ideias Cubistas e Futuristas. 
Impressionado com esses movimentos, escreve, em versos 
livres, o poema "Passeio de um tuberculoso, pela cidade, de 
bonde". 
A obra foi tão mal recebida pelo público que o autor a jogou 
fora. A ida de Oswald à Europa foi muito importante, pois 
conheceu a técnica do verso livre proposta por Paul Fort. 
Sentindo a necessidade de remodelar as artes brasileiras, 
ainda muito influenciadas pelo academicismo, Oswald 
afirmou: "Estamos atrasados cinquenta 
anos em cultura, chafurdados 
ainda em pleno Parnasianismo."
http://www.mundocultural.com.br/literatura1/modernismo/brasil/1_fase/oswald_andrade.html
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.brasilescola.com/imagens/literatura/oswaldodeandadre.JPG&imgrefurl=http://www.brasilescola.com/literatura/oswald-de-andrade.htm&h=360&w=200&sz=13&hl=pt-BR&start=3&um=1&tbnid=P4O_u_9YvA3CbM:&tbnh=121&tbnw=67&prev=/images%3Fq%3Doswald%2Bde%2Bandrade%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN
Revista paulista editada em São Paulo de 1911 até 1918. Tinha como principal 
articulador Oswald de Andrade e Emílio de Menezes. Revista de cunho 
literário, esportivo, sociedade paulista, crítico e com ideias pré-modernistas. 
Muito bem impressa e redigida. Esta é a capa do nº59 de 21 de Setembro de 
1912, com uma crítica feroz ao governo do Presidente Hermes da Fonseca 
(1910-1914), que instituiu o Estado de Sítio no Brasil.
◼ Ao mesmo tempo, Oswald de 
Andrade alerta para a valorização 
das raízes nacionais, que devem 
ser o ponto de partida para os 
artistas brasileiros. 
◼ Cria movimentos, como o Pau-
Brasil, escreve para os jornais 
expondo suas ideias renovadores 
de grupos de artistas que 
começam a se unir em torno de 
uma nova proposta estética.
PUBLICAÇÃO DA 
REVISTA “ORPHEU”, 
QUE MARCA O 
INÍCIO DO 
MODERNISMO EM 
PORTUGAL.
O ESTOPIM PARA A REALIZAÇÃO DA SEMANA DE 22 EM SÃO PAULO
Anita Malfatti 1889–1964) nasceu com atrofia no braço e na mão direita. Aprende pintura 
nas aulas da mãe. Em 1910 chega a Berlim, ano marcante na história da Arte Moderna 
alemã. Em 1917 promove sua segunda exposição individual. A princípio bem aceita, 
encontra a crítica e a reprovação de Monteiro Lobato, em artigo do jornal “O Estado de São 
Paulo” de 20 de dezembo de 1917: “Paranóia ou Mistificação?”.
A exposição de Anita Malfatti
◼ Em 1917, depois de Estudar 
na Europa e nos Estados 
Unidos, Anita Malfatti retorna 
ao Brasil e realiza uma 
mostra de seus quadros em 
São Paulo. 
◼ Com uma técnica de 
vanguarda, a sua pintura 
surpreende o público, 
acostumado com o realismo 
acadêmico, trivial e sem 
ousadia e pictórico. 
Anita Malfatti
◼ Em geral, as reações são 
favoráveis até que 
Monteiro Lobato, crítico 
de artes de O Estado de 
São Paulo, escreve um 
artigo feroz intitulado 
Paranoia ou mistificação, 
no qual acusa toda a Arte 
moderna
Paranoia ou mistificação
Monteiro Lobato – crítico de arte de O Estado de São Paulo
“Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem 
normalmente as coisas (...). A outra espécie é formada pelos que 
veem anormalmente a natureza e interpretam-na à luz de teorias 
efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas 
cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. (...) Embora eles se 
deem como novos, precursores de uma arte a vir, nada é mais 
velho do que a arte anormal ou teratológica: nasceu com a 
paranoia e a mistificação. (...) Essas considerações são 
provocadas pela exposição da srª. Malfatti onde se notam 
acentuadíssimas tendências para uma atitude estética forçada no 
sentido das extravagâncias de Picasso e companhia.” 
Principais características
▪ A Semana de Arte 
Moderna foi 
realizada entre 11 e 
18 de fevereiro de 
1922 no Teatro 
Municipal de São 
Paulo.
SEMANA DE ARTE MODERNA
A Semana de Arte Moderna nasceu no 
contexto da República Velha, controlada pelas 
oligarquias cafeeiras e pela política do café 
com leite. 
Os artistas da Semana de 22, em sua maioria, 
eram descendentes dessa oligarquia, o que 
facilitou a realização do evento, que teve o 
apoio do governador de São Paulo.
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/republica-velha
Uma cidade na medida 
certa para o eventoana 
de Arte Moderna no BrasilSão Paulo dos anos 20 era a cidade que melhor apresentava 
condições para a realização de tal evento. Tratava-se de uma 
próspera cidade, que recebia grande número de imigrantes 
europeus e modernizava-se rapidamente, com a implantação de 
indústrias e reurbanização. Era, enfim, uma cidade favorável a ser 
transformada num centro cultural da época, abrigando vários jovens 
artistas.
Imagem: Guilherme Gaensly / Vale do Anhangabaú / Public Domain
Imagem: Caio Guimarães/ Teatro Municipal de São Paulo/ Creative 
Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 2.0 Generic
Esse era o ano em que o país 
comemorava o primeiro centenário 
da Independência e os jovens 
modernistas pretendiam 
redescobrir o Brasil, libertando-o 
das amarras que o prendiam aos 
padrões estrangeiros. Seria, então, 
um movimento pela independência 
artística do Brasil.
Os jovens modernistas da Semana 
negavam, antes de mais nada, 
o academicismo nas artes. A essa 
altura, estavam já influenciados 
esteticamente por tendências e 
movimentos como o Cubismo, o 
Expressionismo e diversas 
ramificações pós-impressionistas 
Imagem: Eliseu Visconti / Selo comemorativo 
do 1º centenario da independência / 
http://www.eliseuvisconti.com.br/Catalogo/Tecn
ica/2/Aquarelas.aspx
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Imagem: Autor Desconhecido / Vista do portal de acesso ao Parque de 
diversões no centenário da independência. / Museu da imagem e do som 
/ http://www.dezenovevinte.net/arte%20decorativa/ad_mlr_ctr.htm
Ao contrário, o Rio de Janeiro, outro polo artístico, se achava impregnado pelas 
ideias da Escola Nacional de Belas-Artes, que, por muitos anos ainda, defenderia, 
com unhas e dentes, o academicismo.
 Claro que existiam no Rio artistas dispostos a renovar, mas o ambiente não lhes 
era propício, sendo-lhes mais fácil aderira um movimento que partisse da capital 
paulista.
Página ilustrando um convite para a semana de arte moderna de 1922, para a revista Mundo 
Estranho, editora Abril, 2013. Pintura digital e ilustração a mão livre no Photoshop com 
montagem fotográfica.
Principais características
◼ Foram apresentadas novas 
correntes artísticas que se 
opunham ao estilo 
tradicional.
Principais características
◼ Os artistas 
buscavam temas 
nacionalistas 
procurando uma 
identidade 
própria.
Programação 
Graça Aranha, sob aplausos e vaias abriu o 
evento, com sua conferência inaugural "A 
Emoção Estética na Arte Moderna". 
◼ Anunciava "coleções de disparates" 
como "aquele Gênio supliciado, aquele 
homem amarelo, aquele carnaval 
alucinante, aquela paisagem invertida" 
(temas da exposição plástica da semana), 
além de "uma poesia liberta, uma música 
extravagante, mas transcendente" que 
iriam "revoltar aqueles que reagem 
movidos pelas forças do Passado."
◼ 15 de fevereiro representou o auge da Semana, 
nos mais escandalosos termos.
◼ A nova literatura provocou irritação e algazarra 
no público presente. 
◼ Palestra de Mário de Andrade, cujo texto depois 
se tornaria a publicação A escrava que não é 
Isaura, em que o autor defende enfaticamente o 
abrasileiramento da língua portuguesa. 
◼ Conferência sobre a estética moderna proferida 
por Paulo Menotti del Picchia, que provocou os 
ânimos da plateia, fazendo ecoar vaias pelos 
quatro cantos do Teatro.
"Nesse dia, Ronald de Carvalho leu o famoso 
poema “Os Sapos”, de autoria de Manuel 
Bandeira, que ridicularizava os parnasianos.
Os sapos - Manuel Bandeira
◼ Enfunando os papos, 
Saem da penumbra, 
Aos pulos, os sapos. 
A luz os deslumbra. 
Em ronco que aterra, 
Berra o sapo-boi: 
- "Meu pai foi à guerra!" 
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!". 
O sapo-tanoeiro, 
Parnasiano aguado, 
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado. 
Vede como primo 
Em comer os hiatos! 
Que arte! E nunca rimo 
Os termos cognatos. 
◼ O meu verso é bom 
Frumento sem joio. 
Faço rimas com 
Consoantes de apoio. 
Vai por cinquenta anos 
Que lhes dei a norma: 
Reduzi sem danos 
A fôrmas a forma. 
Clame a saparia 
Em críticas céticas:
Não há mais poesia, 
Mas há artes poéticas..." 
Urra o sapo-boi: 
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!" 
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!". 
Brada em um assomo 
O sapo-tanoeiro: 
- A grande arte é como 
Lavor de joalheiro. 
◼ Ou bem de estatuário. 
Tudo quanto é belo, 
Tudo quanto é vário, 
Canta no martelo". 
Outros, sapos-pipas 
(Um mal em si cabe), 
Falam pelas tripas, 
- "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!". 
Longe dessa grita, 
Lá onde mais densa 
A noite infinita 
Veste a sombra imensa; 
Lá, fugido ao mundo, 
Sem glória, sem fé, 
No perau profundo 
E solitário, é 
Que soluças tu, 
Transido de frio, 
Sapo-cururu 
Da beira do rio...
Dia 17
Houve uma audiência menor. 
Apresentação musical do compositor brasileiro Villa-
Lobos. Ele tocou com a participação de outros músicos, 
e eles tocaram uma variedade de instrumentos. 
O público zombou de Villa-Lobos quando ele subiu ao 
palco com um pé em um sapato e um pé descalço. O 
público achou que esta era uma escolha estranha e 
desrespeitosa. 
Principais Objetivos
◼ Acertar os ponteiros das expressões 
artísticas com a modernidade da época;
◼ Romper com os padrões clássicos;
◼ Apresentar correntes artísticas (futurismo, 
dada, expressionismo, surrealismo e 
cubismo);
◼ Buscar o antropofagismo (na arte, absorver 
as influências estrangeiras e recriá-las com 
elementos da cultura nacional);
◼ Criar uma arte puramente brasileira.
“Nós não sabíamos o 
que queríamos, mas 
sabíamos o que não 
queríamos”.
Mário de Andrade
Idealizadores
◼ Anita Malfatti;
◼ Di Cavalcanti;
◼ Lasar Segall;
◼ Tarsila do Amaral;
◼ Manuel Bandeira;
◼ Oswald de Andrade;
◼ Ismael Nery;
◼ Mario de Andrade;
◼ Heitor Vila-Lobos.
Principais nomes do modernismo brasileiro
◼ Tarsila do Amaral
 Artes plásticas
Tarsila do Amaral - Abaporu
Tarsila do Amaral - Operários
Tarsila do Amaral - Antropofagia
Tarsila do Amaral – A Negra
Principais nomes do modernismo brasileiro
◼ Di Cavalcanti
 Artes plásticas
Di Cavalcanti - Mulata
Di Cavalcanti – Baile Popular
Di Cavalcanti – Nascimento de Vênus
Principais nomes do modernismo brasileiro
◼ Anita Malfatti
 Artes plásticas
Anita Malfatti – A Estudante 
Anita Malfatti – Torso/Ritmo
Anita Malfatti – Nu Cubista
Anita Malfatti – O Farol
Principais nomes do modernismo brasileiro
◼ Lasar Segal
 Artes plásticas
Lasar Segal – Família Judia 
Lasar Segal – Mercadores
Lasar Segal –
Três importantes autores modernistas 
Mário de Andrade, com suas conferências, leituras de 
poemas e publicações em jornais foi uma das 
personalidades mais ativas da Semana. 
Oswald de Andrade talvez fosse um dos artistas que 
melhor representavam o clima de ruptura que o evento 
procurava criar. 
Manuel Bandeira, mesmo distante, provocou inúmeras 
reações de agrado e de ódio devido a seu poema "Os 
Sapos", que fazia uma sátira do Parnasianismo, poema 
esse que foi lido durante o evento.
A importância estética da Semana de Arte 
Moderna
Se a Semana é realizada por jovens inexperientes, sob o domínio de 
doutrinas europeias nem sempre bem assimiladas, conforme acentuam 
alguns críticos, ela significa também o atestado de óbito da arte 
dominante. 
O academicismo plástico, o romantismo musical e o parnasianismo 
literário esboroam-se por inteiro. Ela cumpre assim a função de qualquer 
vanguarda: exterminar o passado e limpar o terreno. 
É possível, por outro lado, que a Semana não tenha se convertido no fato 
mais importante da cultura brasileira, como queriam muitos de seus 
integrantes. 
Há dentro dela, e no período que a sucede imediatamente (1922-1930), 
certa destrutividade gratuita, certa ironia superficial e enorme confusão 
no plano das ideias. 
Mário de Andrade dirá mais tarde que faltou aos 
modernistas de 22 um maior empenho social, uma 
maior impregnação "com a angústia do tempo". 
Com efeito, os autores que organizaram a Semana 
colocaram a renovação estética acima de outras 
preocupações importantes. 
As questões da arte são sempre remetidas para a 
esfera técnica e para os problemas da linguagem e 
da expressão. 
O principal inimigo eram as formas artísticas do 
passado. 
◼ A rebelião modernista destrói o imobilismo 
cultural - que entravava as criações mais 
revolucionárias e complexas - e instaura o 
império da experimentação, algo de 
indispensável para a fundação de uma arte 
verdadeiramente nacional. 
◼ Mário de Andrade sintetiza a herança de 1922: 
→ A estabilização de uma consciência criadora 
nacional, preocupada em expressar a realidade 
brasileira. 
→ A atualização intelectual com as vanguardas 
europeias. 
→ O direito permanente de pesquisa e criação 
estética. 
EXERCÍCIOS
1. (ENEM 2010) Após estudar na Europa, Anita Malfatti retornou ao Brasil com 
uma mostra que abalou a cultura nacional do início do século XX. Elogiada por 
seus mestres na Europa, Anita se considerava pronta para mostrar seu trabalho 
no Brasil, mas enfrentou as duras críticas de Monteiro Lobato. Com a intenção 
de criar uma arte que valorizasse a cultura brasileira, Anita Malfatti e outros 
modernistas
a) buscaram libertar a arte brasileira das normas acadêmicas europeias, valorizando 
as cores, a originalidade e os temas nacionais.
b) defenderam a liberdade limitada de uso da cor, até então utilizada de forma 
irrestrita, afetando a criação artística nacional.
c) representavam a ideia de que a arte deveria copiar fielmente a natureza, tendo 
como finalidade a prática educativa.
d) mantiveram de forma fiel a realidade nas figuras retratadas, defendendo uma 
liberdade artística ligada à tradição acadêmica.
e) buscaram a liberdade na composição de suas figuras, respeitando limites de 
temas abordados.
1. (ENEM 2010) Após estudar naEuropa, Anita Malfatti retornou ao Brasil com 
uma mostra que abalou a cultura nacional do início do século XX. Elogiada por 
seus mestres na Europa, Anita se considerava pronta para mostrar seu trabalho 
no Brasil, mas enfrentou as duras críticas de Monteiro Lobato. Com a intenção 
de criar uma arte que valorizasse a cultura brasileira, Anita Malfatti e outros 
modernistas
a) buscaram libertar a arte brasileira das normas acadêmicas europeias, valorizando 
as cores, a originalidade e os temas nacionais.
b) defenderam a liberdade limitada de uso da cor, até então utilizada de forma 
irrestrita, afetando a criação artística nacional.
c) representavam a ideia de que a arte deveria copiar fielmente a natureza, tendo 
como finalidade a prática educativa.
d) mantiveram de forma fiel a realidade nas figuras retratadas, defendendo uma 
liberdade artística ligada à tradição acadêmica.
e) buscaram a liberdade na composição de suas figuras, respeitando limites de 
temas abordados.
2. (ENEM 2010) O modernismo brasileiro teve forte 
influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de 
Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da 
arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o 
quadro O mamoeiro, identifica-se que, nas artes plásticas, a
A) imagem passa a valer mais que as formas vanguardistas.
B) forma estética ganha linhas retas e valoriza o cotidiano.
C) natureza passa a ser admirada como um espaço utópico.
D) imagem privilegia uma ação moderna e industrializada.
E) forma apresenta contornos e detalhes humanos.
2. (ENEM 2010) O modernismo brasileiro teve forte 
influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de 
Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da 
arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o 
quadro O mamoeiro, identifica-se que, nas artes plásticas, a
A) imagem passa a valer mais que as formas vanguardistas.
B) forma estética ganha linhas retas e valoriza o cotidiano.
C) natureza passa a ser admirada como um espaço utópico.
D) imagem privilegia uma ação moderna e industrializada.
E) forma apresenta contornos e detalhes humanos.
3. (ENEM 2012) O trovador
Sentimentos em mim do asperamente
dos homens das primeiras eras…
As primaveras do sarcasmo
intermitentemente no meu coração arlequinal…
Intermitentemente…
Outras vezes é um doente, um frio
na minha alma doente como um longo som redondo…
Cantabona! Cantabona!
Dlorom…
Sou um tupi tangendo um alaúde!
ANDRADE, M. In: MANFIO, D. Z. (Org.) Poesias completas de Mário de Andrade.
Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.
Cara ao Modernismo, a questão da identidade nacional é recorrente na 
prosa e na poesia de Mário de Andrade. Em O trovador, esse aspecto é
a) abordado subliminarmente, por meio de expressões como “coração 
arlequinal” que, evocando o carnaval, remete à brasilidade.
b) verificado já no título, que remete aos repentistas nordestinos, 
estudados por Mário de Andrade em suas viagens e pesquisas 
folclóricas.
c) lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de expressões como 
“Sentimentos em mim do asperamente” (v. 1), “frio” (v. 6), “alma doente” 
(v. 7), como pelo som triste do alaúde “Dlorom” (v. 9).
d) problematizado na oposição tupi (selvagem) x alaúde (civilizado), 
apontando a síntese nacional que seria proposta no Manifesto 
Antropófago, de Oswald de Andrade.
e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os “sentimentos dos homens das 
primeiras eras” para mostrar o orgulho brasileiro por suas raízes 
indígenas.
Cara ao Modernismo, a questão da identidade nacional é recorrente na 
prosa e na poesia de Mário de Andrade. Em O trovador, esse aspecto é
a) abordado subliminarmente, por meio de expressões como “coração 
arlequinal” que, evocando o carnaval, remete à brasilidade.
b) verificado já no título, que remete aos repentistas nordestinos, 
estudados por Mário de Andrade em suas viagens e pesquisas folclóricas.
c) lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de expressões como “Sentimentos 
em mim do asperamente” (v. 1), “frio” (v. 6), “alma doente” (v. 7), como pelo 
som triste do alaúde “Dlorom” (v. 9).
d) problematizado na oposição tupi (selvagem) x alaúde (civilizado), 
apontando a síntese nacional que seria proposta no Manifesto 
Antropófago, de Oswald de Andrade.
e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os “sentimentos dos homens das 
primeiras eras” para mostrar o orgulho brasileiro por suas raízes indígenas.
	Slide 1
	Slide 2: ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA
	Slide 3: ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA
	Slide 4: ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA
	Slide 5: ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA
	Slide 6: ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA
	Slide 7
	Slide 8
	Slide 9
	Slide 10: A exposição de Anita Malfatti
	Slide 11: Anita Malfatti
	Slide 12
	Slide 13:  Principais características
	Slide 14: SEMANA DE ARTE MODERNA
	Slide 15
	Slide 16
	Slide 17: Ao contrário, o Rio de Janeiro, outro polo artístico, se achava impregnado pelas ideias da Escola Nacional de Belas-Artes, que, por muitos anos ainda, defenderia, com unhas e dentes, o academicismo.      Claro que existiam no Rio artistas dispos
	Slide 18
	Slide 19
	Slide 20:  Principais características
	Slide 21: Principais características
	Slide 22: Programação 
	Slide 23
	Slide 24
	Slide 25
	Slide 26
	Slide 27: Os sapos - Manuel Bandeira
	Slide 28
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	Slide 30: Dia 17
	Slide 31: Principais Objetivos
	Slide 32
	Slide 33: Idealizadores
	Slide 34: Principais nomes do modernismo brasileiro 
	Slide 35: Tarsila do Amaral - Abaporu
	Slide 36: Tarsila do Amaral - Operários
	Slide 37: Tarsila do Amaral - Antropofagia
	Slide 38: Tarsila do Amaral – A Negra
	Slide 39: Principais nomes do modernismo brasileiro
	Slide 40: Di Cavalcanti - Mulata
	Slide 41: Di Cavalcanti – Baile Popular
	Slide 42: Di Cavalcanti – Nascimento de Vênus
	Slide 43: Principais nomes do modernismo brasileiro
	Slide 44: Anita Malfatti – A Estudante 
	Slide 45: Anita Malfatti – Torso/Ritmo
	Slide 46: Anita Malfatti – Nu Cubista
	Slide 47: Anita Malfatti – O Farol
	Slide 48: Principais nomes do modernismo brasileiro
	Slide 49: Lasar Segal – Família Judia 
	Slide 50: Lasar Segal – Mercadores
	Slide 51: Lasar Segal –
	Slide 52: Três importantes autores modernistas 
	Slide 53: A importância estética da Semana de Arte Moderna
	Slide 54
	Slide 55
	Slide 56
	Slide 57: Exercícios
	Slide 58
	Slide 59
	Slide 60
	Slide 61
	Slide 62
	Slide 63
	Slide 64

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