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ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA Até o início do século XX, a escola artística tida como oficial no Brasil era o Parnasianismo. Caracterizado pelo rigor formal, pela proposta da “arte pela arte” e pelo academicismo e elevada erudição, o Parnasianismo havia sido a tendência estética dominante até então, especialmente na poesia. Figurou em textos oficiais, como o Hino Nacional Brasileiro ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA As grandes reviravoltas da Revolução Industrial haviam instituído uma nova maneira de viver, modificando completamente as relações humanas. No continente europeu, contudo, vigorava outra proposta artística. Como a grande maioria das escolas estéticas, o Parnasianismo foi importado da Europa. ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA O início do séc. XX trouxe inúmeras mudanças ao modo de viver europeu; a arte precisava acompanhar essas mudanças. O advento da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a destruição causada por ela também influenciaram social e filosoficamente os artistas do período. A luz elétrica e a rapidez dos automóveis e das produções fabris em larga escala transformaram a sociedade. ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA Vinham à tona as vanguardas artísticas e, com elas, a consolidação da modernidade no âmbito da arte. O Brasil começava a se modernizar. As primeiras indústrias começavam a se instalar na cidade de São Paulo. A produção de café do interior paulista gerava grande receita de exportação, transformando o estado em novo centro econômico brasileiro. ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA 1912 – CHEGADA DE OSWALD DE ANDRADE DA EUROPA Oswald de Andrade retorna de sua primeira viagem à Europa trazendo consigo as ideias Cubistas e Futuristas. Impressionado com esses movimentos, escreve, em versos livres, o poema "Passeio de um tuberculoso, pela cidade, de bonde". A obra foi tão mal recebida pelo público que o autor a jogou fora. A ida de Oswald à Europa foi muito importante, pois conheceu a técnica do verso livre proposta por Paul Fort. Sentindo a necessidade de remodelar as artes brasileiras, ainda muito influenciadas pelo academicismo, Oswald afirmou: "Estamos atrasados cinquenta anos em cultura, chafurdados ainda em pleno Parnasianismo." http://www.mundocultural.com.br/literatura1/modernismo/brasil/1_fase/oswald_andrade.html http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.brasilescola.com/imagens/literatura/oswaldodeandadre.JPG&imgrefurl=http://www.brasilescola.com/literatura/oswald-de-andrade.htm&h=360&w=200&sz=13&hl=pt-BR&start=3&um=1&tbnid=P4O_u_9YvA3CbM:&tbnh=121&tbnw=67&prev=/images%3Fq%3Doswald%2Bde%2Bandrade%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN Revista paulista editada em São Paulo de 1911 até 1918. Tinha como principal articulador Oswald de Andrade e Emílio de Menezes. Revista de cunho literário, esportivo, sociedade paulista, crítico e com ideias pré-modernistas. Muito bem impressa e redigida. Esta é a capa do nº59 de 21 de Setembro de 1912, com uma crítica feroz ao governo do Presidente Hermes da Fonseca (1910-1914), que instituiu o Estado de Sítio no Brasil. ◼ Ao mesmo tempo, Oswald de Andrade alerta para a valorização das raízes nacionais, que devem ser o ponto de partida para os artistas brasileiros. ◼ Cria movimentos, como o Pau- Brasil, escreve para os jornais expondo suas ideias renovadores de grupos de artistas que começam a se unir em torno de uma nova proposta estética. PUBLICAÇÃO DA REVISTA “ORPHEU”, QUE MARCA O INÍCIO DO MODERNISMO EM PORTUGAL. O ESTOPIM PARA A REALIZAÇÃO DA SEMANA DE 22 EM SÃO PAULO Anita Malfatti 1889–1964) nasceu com atrofia no braço e na mão direita. Aprende pintura nas aulas da mãe. Em 1910 chega a Berlim, ano marcante na história da Arte Moderna alemã. Em 1917 promove sua segunda exposição individual. A princípio bem aceita, encontra a crítica e a reprovação de Monteiro Lobato, em artigo do jornal “O Estado de São Paulo” de 20 de dezembo de 1917: “Paranóia ou Mistificação?”. A exposição de Anita Malfatti ◼ Em 1917, depois de Estudar na Europa e nos Estados Unidos, Anita Malfatti retorna ao Brasil e realiza uma mostra de seus quadros em São Paulo. ◼ Com uma técnica de vanguarda, a sua pintura surpreende o público, acostumado com o realismo acadêmico, trivial e sem ousadia e pictórico. Anita Malfatti ◼ Em geral, as reações são favoráveis até que Monteiro Lobato, crítico de artes de O Estado de São Paulo, escreve um artigo feroz intitulado Paranoia ou mistificação, no qual acusa toda a Arte moderna Paranoia ou mistificação Monteiro Lobato – crítico de arte de O Estado de São Paulo “Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem normalmente as coisas (...). A outra espécie é formada pelos que veem anormalmente a natureza e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. (...) Embora eles se deem como novos, precursores de uma arte a vir, nada é mais velho do que a arte anormal ou teratológica: nasceu com a paranoia e a mistificação. (...) Essas considerações são provocadas pela exposição da srª. Malfatti onde se notam acentuadíssimas tendências para uma atitude estética forçada no sentido das extravagâncias de Picasso e companhia.” Principais características ▪ A Semana de Arte Moderna foi realizada entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo. SEMANA DE ARTE MODERNA A Semana de Arte Moderna nasceu no contexto da República Velha, controlada pelas oligarquias cafeeiras e pela política do café com leite. Os artistas da Semana de 22, em sua maioria, eram descendentes dessa oligarquia, o que facilitou a realização do evento, que teve o apoio do governador de São Paulo. https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/republica-velha Uma cidade na medida certa para o eventoana de Arte Moderna no BrasilSão Paulo dos anos 20 era a cidade que melhor apresentava condições para a realização de tal evento. Tratava-se de uma próspera cidade, que recebia grande número de imigrantes europeus e modernizava-se rapidamente, com a implantação de indústrias e reurbanização. Era, enfim, uma cidade favorável a ser transformada num centro cultural da época, abrigando vários jovens artistas. Imagem: Guilherme Gaensly / Vale do Anhangabaú / Public Domain Imagem: Caio Guimarães/ Teatro Municipal de São Paulo/ Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 2.0 Generic Esse era o ano em que o país comemorava o primeiro centenário da Independência e os jovens modernistas pretendiam redescobrir o Brasil, libertando-o das amarras que o prendiam aos padrões estrangeiros. Seria, então, um movimento pela independência artística do Brasil. Os jovens modernistas da Semana negavam, antes de mais nada, o academicismo nas artes. A essa altura, estavam já influenciados esteticamente por tendências e movimentos como o Cubismo, o Expressionismo e diversas ramificações pós-impressionistas Imagem: Eliseu Visconti / Selo comemorativo do 1º centenario da independência / http://www.eliseuvisconti.com.br/Catalogo/Tecn ica/2/Aquarelas.aspx Im a g e m : M o e d a d e 5 0 0 r e is / C o le ç ã o E d u a rd o R e z e n d e / h tt p :/ /w w w .m o e d a s d o b ra s il. c o m .b r/ s e ri e s .a s p ? s = 1 9 Imagem: Autor Desconhecido / Vista do portal de acesso ao Parque de diversões no centenário da independência. / Museu da imagem e do som / http://www.dezenovevinte.net/arte%20decorativa/ad_mlr_ctr.htm Ao contrário, o Rio de Janeiro, outro polo artístico, se achava impregnado pelas ideias da Escola Nacional de Belas-Artes, que, por muitos anos ainda, defenderia, com unhas e dentes, o academicismo. Claro que existiam no Rio artistas dispostos a renovar, mas o ambiente não lhes era propício, sendo-lhes mais fácil aderira um movimento que partisse da capital paulista. Página ilustrando um convite para a semana de arte moderna de 1922, para a revista Mundo Estranho, editora Abril, 2013. Pintura digital e ilustração a mão livre no Photoshop com montagem fotográfica. Principais características ◼ Foram apresentadas novas correntes artísticas que se opunham ao estilo tradicional. Principais características ◼ Os artistas buscavam temas nacionalistas procurando uma identidade própria. Programação Graça Aranha, sob aplausos e vaias abriu o evento, com sua conferência inaugural "A Emoção Estética na Arte Moderna". ◼ Anunciava "coleções de disparates" como "aquele Gênio supliciado, aquele homem amarelo, aquele carnaval alucinante, aquela paisagem invertida" (temas da exposição plástica da semana), além de "uma poesia liberta, uma música extravagante, mas transcendente" que iriam "revoltar aqueles que reagem movidos pelas forças do Passado." ◼ 15 de fevereiro representou o auge da Semana, nos mais escandalosos termos. ◼ A nova literatura provocou irritação e algazarra no público presente. ◼ Palestra de Mário de Andrade, cujo texto depois se tornaria a publicação A escrava que não é Isaura, em que o autor defende enfaticamente o abrasileiramento da língua portuguesa. ◼ Conferência sobre a estética moderna proferida por Paulo Menotti del Picchia, que provocou os ânimos da plateia, fazendo ecoar vaias pelos quatro cantos do Teatro. "Nesse dia, Ronald de Carvalho leu o famoso poema “Os Sapos”, de autoria de Manuel Bandeira, que ridicularizava os parnasianos. Os sapos - Manuel Bandeira ◼ Enfunando os papos, Saem da penumbra, Aos pulos, os sapos. A luz os deslumbra. Em ronco que aterra, Berra o sapo-boi: - "Meu pai foi à guerra!" - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!". O sapo-tanoeiro, Parnasiano aguado, Diz: - "Meu cancioneiro É bem martelado. Vede como primo Em comer os hiatos! Que arte! E nunca rimo Os termos cognatos. ◼ O meu verso é bom Frumento sem joio. Faço rimas com Consoantes de apoio. Vai por cinquenta anos Que lhes dei a norma: Reduzi sem danos A fôrmas a forma. Clame a saparia Em críticas céticas: Não há mais poesia, Mas há artes poéticas..." Urra o sapo-boi: - "Meu pai foi rei!"- "Foi!" - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!". Brada em um assomo O sapo-tanoeiro: - A grande arte é como Lavor de joalheiro. ◼ Ou bem de estatuário. Tudo quanto é belo, Tudo quanto é vário, Canta no martelo". Outros, sapos-pipas (Um mal em si cabe), Falam pelas tripas, - "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!". Longe dessa grita, Lá onde mais densa A noite infinita Veste a sombra imensa; Lá, fugido ao mundo, Sem glória, sem fé, No perau profundo E solitário, é Que soluças tu, Transido de frio, Sapo-cururu Da beira do rio... Dia 17 Houve uma audiência menor. Apresentação musical do compositor brasileiro Villa- Lobos. Ele tocou com a participação de outros músicos, e eles tocaram uma variedade de instrumentos. O público zombou de Villa-Lobos quando ele subiu ao palco com um pé em um sapato e um pé descalço. O público achou que esta era uma escolha estranha e desrespeitosa. Principais Objetivos ◼ Acertar os ponteiros das expressões artísticas com a modernidade da época; ◼ Romper com os padrões clássicos; ◼ Apresentar correntes artísticas (futurismo, dada, expressionismo, surrealismo e cubismo); ◼ Buscar o antropofagismo (na arte, absorver as influências estrangeiras e recriá-las com elementos da cultura nacional); ◼ Criar uma arte puramente brasileira. “Nós não sabíamos o que queríamos, mas sabíamos o que não queríamos”. Mário de Andrade Idealizadores ◼ Anita Malfatti; ◼ Di Cavalcanti; ◼ Lasar Segall; ◼ Tarsila do Amaral; ◼ Manuel Bandeira; ◼ Oswald de Andrade; ◼ Ismael Nery; ◼ Mario de Andrade; ◼ Heitor Vila-Lobos. Principais nomes do modernismo brasileiro ◼ Tarsila do Amaral Artes plásticas Tarsila do Amaral - Abaporu Tarsila do Amaral - Operários Tarsila do Amaral - Antropofagia Tarsila do Amaral – A Negra Principais nomes do modernismo brasileiro ◼ Di Cavalcanti Artes plásticas Di Cavalcanti - Mulata Di Cavalcanti – Baile Popular Di Cavalcanti – Nascimento de Vênus Principais nomes do modernismo brasileiro ◼ Anita Malfatti Artes plásticas Anita Malfatti – A Estudante Anita Malfatti – Torso/Ritmo Anita Malfatti – Nu Cubista Anita Malfatti – O Farol Principais nomes do modernismo brasileiro ◼ Lasar Segal Artes plásticas Lasar Segal – Família Judia Lasar Segal – Mercadores Lasar Segal – Três importantes autores modernistas Mário de Andrade, com suas conferências, leituras de poemas e publicações em jornais foi uma das personalidades mais ativas da Semana. Oswald de Andrade talvez fosse um dos artistas que melhor representavam o clima de ruptura que o evento procurava criar. Manuel Bandeira, mesmo distante, provocou inúmeras reações de agrado e de ódio devido a seu poema "Os Sapos", que fazia uma sátira do Parnasianismo, poema esse que foi lido durante o evento. A importância estética da Semana de Arte Moderna Se a Semana é realizada por jovens inexperientes, sob o domínio de doutrinas europeias nem sempre bem assimiladas, conforme acentuam alguns críticos, ela significa também o atestado de óbito da arte dominante. O academicismo plástico, o romantismo musical e o parnasianismo literário esboroam-se por inteiro. Ela cumpre assim a função de qualquer vanguarda: exterminar o passado e limpar o terreno. É possível, por outro lado, que a Semana não tenha se convertido no fato mais importante da cultura brasileira, como queriam muitos de seus integrantes. Há dentro dela, e no período que a sucede imediatamente (1922-1930), certa destrutividade gratuita, certa ironia superficial e enorme confusão no plano das ideias. Mário de Andrade dirá mais tarde que faltou aos modernistas de 22 um maior empenho social, uma maior impregnação "com a angústia do tempo". Com efeito, os autores que organizaram a Semana colocaram a renovação estética acima de outras preocupações importantes. As questões da arte são sempre remetidas para a esfera técnica e para os problemas da linguagem e da expressão. O principal inimigo eram as formas artísticas do passado. ◼ A rebelião modernista destrói o imobilismo cultural - que entravava as criações mais revolucionárias e complexas - e instaura o império da experimentação, algo de indispensável para a fundação de uma arte verdadeiramente nacional. ◼ Mário de Andrade sintetiza a herança de 1922: → A estabilização de uma consciência criadora nacional, preocupada em expressar a realidade brasileira. → A atualização intelectual com as vanguardas europeias. → O direito permanente de pesquisa e criação estética. EXERCÍCIOS 1. (ENEM 2010) Após estudar na Europa, Anita Malfatti retornou ao Brasil com uma mostra que abalou a cultura nacional do início do século XX. Elogiada por seus mestres na Europa, Anita se considerava pronta para mostrar seu trabalho no Brasil, mas enfrentou as duras críticas de Monteiro Lobato. Com a intenção de criar uma arte que valorizasse a cultura brasileira, Anita Malfatti e outros modernistas a) buscaram libertar a arte brasileira das normas acadêmicas europeias, valorizando as cores, a originalidade e os temas nacionais. b) defenderam a liberdade limitada de uso da cor, até então utilizada de forma irrestrita, afetando a criação artística nacional. c) representavam a ideia de que a arte deveria copiar fielmente a natureza, tendo como finalidade a prática educativa. d) mantiveram de forma fiel a realidade nas figuras retratadas, defendendo uma liberdade artística ligada à tradição acadêmica. e) buscaram a liberdade na composição de suas figuras, respeitando limites de temas abordados. 1. (ENEM 2010) Após estudar naEuropa, Anita Malfatti retornou ao Brasil com uma mostra que abalou a cultura nacional do início do século XX. Elogiada por seus mestres na Europa, Anita se considerava pronta para mostrar seu trabalho no Brasil, mas enfrentou as duras críticas de Monteiro Lobato. Com a intenção de criar uma arte que valorizasse a cultura brasileira, Anita Malfatti e outros modernistas a) buscaram libertar a arte brasileira das normas acadêmicas europeias, valorizando as cores, a originalidade e os temas nacionais. b) defenderam a liberdade limitada de uso da cor, até então utilizada de forma irrestrita, afetando a criação artística nacional. c) representavam a ideia de que a arte deveria copiar fielmente a natureza, tendo como finalidade a prática educativa. d) mantiveram de forma fiel a realidade nas figuras retratadas, defendendo uma liberdade artística ligada à tradição acadêmica. e) buscaram a liberdade na composição de suas figuras, respeitando limites de temas abordados. 2. (ENEM 2010) O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que, nas artes plásticas, a A) imagem passa a valer mais que as formas vanguardistas. B) forma estética ganha linhas retas e valoriza o cotidiano. C) natureza passa a ser admirada como um espaço utópico. D) imagem privilegia uma ação moderna e industrializada. E) forma apresenta contornos e detalhes humanos. 2. (ENEM 2010) O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que, nas artes plásticas, a A) imagem passa a valer mais que as formas vanguardistas. B) forma estética ganha linhas retas e valoriza o cotidiano. C) natureza passa a ser admirada como um espaço utópico. D) imagem privilegia uma ação moderna e industrializada. E) forma apresenta contornos e detalhes humanos. 3. (ENEM 2012) O trovador Sentimentos em mim do asperamente dos homens das primeiras eras… As primaveras do sarcasmo intermitentemente no meu coração arlequinal… Intermitentemente… Outras vezes é um doente, um frio na minha alma doente como um longo som redondo… Cantabona! Cantabona! Dlorom… Sou um tupi tangendo um alaúde! ANDRADE, M. In: MANFIO, D. Z. (Org.) Poesias completas de Mário de Andrade. Belo Horizonte: Itatiaia, 2005. Cara ao Modernismo, a questão da identidade nacional é recorrente na prosa e na poesia de Mário de Andrade. Em O trovador, esse aspecto é a) abordado subliminarmente, por meio de expressões como “coração arlequinal” que, evocando o carnaval, remete à brasilidade. b) verificado já no título, que remete aos repentistas nordestinos, estudados por Mário de Andrade em suas viagens e pesquisas folclóricas. c) lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de expressões como “Sentimentos em mim do asperamente” (v. 1), “frio” (v. 6), “alma doente” (v. 7), como pelo som triste do alaúde “Dlorom” (v. 9). d) problematizado na oposição tupi (selvagem) x alaúde (civilizado), apontando a síntese nacional que seria proposta no Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade. e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os “sentimentos dos homens das primeiras eras” para mostrar o orgulho brasileiro por suas raízes indígenas. Cara ao Modernismo, a questão da identidade nacional é recorrente na prosa e na poesia de Mário de Andrade. Em O trovador, esse aspecto é a) abordado subliminarmente, por meio de expressões como “coração arlequinal” que, evocando o carnaval, remete à brasilidade. b) verificado já no título, que remete aos repentistas nordestinos, estudados por Mário de Andrade em suas viagens e pesquisas folclóricas. c) lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de expressões como “Sentimentos em mim do asperamente” (v. 1), “frio” (v. 6), “alma doente” (v. 7), como pelo som triste do alaúde “Dlorom” (v. 9). d) problematizado na oposição tupi (selvagem) x alaúde (civilizado), apontando a síntese nacional que seria proposta no Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade. e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os “sentimentos dos homens das primeiras eras” para mostrar o orgulho brasileiro por suas raízes indígenas. Slide 1 Slide 2: ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA Slide 3: ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA Slide 4: ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA Slide 5: ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA Slide 6: ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10: A exposição de Anita Malfatti Slide 11: Anita Malfatti Slide 12 Slide 13: Principais características Slide 14: SEMANA DE ARTE MODERNA Slide 15 Slide 16 Slide 17: Ao contrário, o Rio de Janeiro, outro polo artístico, se achava impregnado pelas ideias da Escola Nacional de Belas-Artes, que, por muitos anos ainda, defenderia, com unhas e dentes, o academicismo. Claro que existiam no Rio artistas dispos Slide 18 Slide 19 Slide 20: Principais características Slide 21: Principais características Slide 22: Programação Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27: Os sapos - Manuel Bandeira Slide 28 Slide 29 Slide 30: Dia 17 Slide 31: Principais Objetivos Slide 32 Slide 33: Idealizadores Slide 34: Principais nomes do modernismo brasileiro Slide 35: Tarsila do Amaral - Abaporu Slide 36: Tarsila do Amaral - Operários Slide 37: Tarsila do Amaral - Antropofagia Slide 38: Tarsila do Amaral – A Negra Slide 39: Principais nomes do modernismo brasileiro Slide 40: Di Cavalcanti - Mulata Slide 41: Di Cavalcanti – Baile Popular Slide 42: Di Cavalcanti – Nascimento de Vênus Slide 43: Principais nomes do modernismo brasileiro Slide 44: Anita Malfatti – A Estudante Slide 45: Anita Malfatti – Torso/Ritmo Slide 46: Anita Malfatti – Nu Cubista Slide 47: Anita Malfatti – O Farol Slide 48: Principais nomes do modernismo brasileiro Slide 49: Lasar Segal – Família Judia Slide 50: Lasar Segal – Mercadores Slide 51: Lasar Segal – Slide 52: Três importantes autores modernistas Slide 53: A importância estética da Semana de Arte Moderna Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57: Exercícios Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64