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A Semana De Arte Moderna seus antecedentes, a semana e desdobramentos

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A Semana De Arte Moderna
ANTECEDENTES A SEMANA E SEUS DESDOBRAMENTOS
SEMANA DE ARTE MODERNA: ANTECEDENTES A SEMANA E SEUS DESDOBRAMENTOS
Antecedentes
            A Semana de Arte Moderna de 1922, que inaugurou oficialmente a estética Modernista no Brasil, foi antecedida pelo chamado período pré-modernista, situado entre o final do século XIX e o início do XX. Este já havia proposto certas rupturas com as estéticas precedentes, mas tais rupturas esgotavam-se no plano do conteúdo, visto que a estrutura básica dos textos da escola literária em questão ainda era o romance, na prosa, e, no verso, o poema rimado e metrificado, ambos tributários da linguagem formal. Dentre os representantes dessa corrente, destacam-se Lima Barreto, Monteiro Lobato, Euclides da Cunha, Graça Aranha e Augusto dos Anjos.
            Nessa época, o progresso técnico, a crescente industrialização e o decorrente aperfeiçoamento dos meios de transporte propiciaram à elite brasileira uma maior facilidade de locomover-se para a Europa. Tal processo desencadeou-se em um maior contato entre os artistas brasileiros e as artes modernas produzidas na Europa, as quais se opunham ao academicismo estético, e desembocou no espírito da intelectualidade brasileira como um desejo de denúncia e de defesa da “urgência de uma revisão dos valores que até então regiam a cultura nacional”
O mais importante antecedente, que culminou na Semana, foi a Exposição de Anita Malfatti em dezembro de 1917, que trouxe inovações expressionistas e cubistas para o Brasil .Essa exposição sofreu ataques de Monteiro Lobato, que paradoxalmente não entendeu o espírito moderno no campo estético, em artigo intitulado “Paranoia ou Mistificação?”. Manifestaram-se em defesa da artista Oswald e Mário de Andrade e Menotti del Picchia.
A Semana
            “A Semana de Arte Moderna apresenta-se como a primeira manifestação coletiva pública na história cultural brasileira a favor de um espírito novo e moderno em oposição à cultura e à arte de teor conservador, predominantes no país desde o século XIX” .
Realizou-se no Teatro Municipal de São Paulo entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922.
            Da Semana, idealizada por Di Cavalcanti, participaram pintores, escultores, literatos, arquitetos e outros intelectuais. Estes impulsionavam o movimento vanguardista, que flertava com o chamado Futurismo e propunha novos ideais estéticos, como os versos brancos e livres, na literatura. Reclamava-se, então, “liberdade formal e ideais nacionalistas.”
            O grande evento contou com exposições de artes plásticas, declamações de poemas, apresentações musicais, conferências etc. e realizou-se entre aplausos e vaias, estas vindas de uma elite, em grande medida, conservadora. Dentre as principais apresentações, destacaram-se os seguintes fatos: Graça Aranha abriu a Semana com a profissão da conferência A emoção estética na arte moderna, “confusa e declamatória”, que “foi ouvida respeitosamente pelo público, que provavelmente não a entendeu” ;Ronald de Carvalho fez a leitura do poema Os Sapos, da autoria de Manuel Bandeira, crítica nada velada ao Parnasianismo, que compunha o gosto da mesma elite; ainda segundo Brito “Agenor Barbosa obteve aplausos com o poema ‘Os Pássaros de Aço’, sobre o avião, mas Sérgio Milliet falou sob o acompanhamento de relinchos e miados”.
Desdobramentos
            Em virtude da Semana de Arte Moderna, houve a publicação de um grande número de obras, revistas e manifestos, durante toda a década de 1920, e tomou forma o que ficou conhecido como Modernismo. Nessa década e na próxima, delinearam-se os subgrupos estéticos do movimento, visto que este não era uno e apresentava oposições e desencontros ideológicos internos. Definirá, em resumo, o contexto do Modernismo brasileiro da seguinte maneira: “dividido entre a ânsia de acertar o passo com a modernidade da Segunda Revolução Industrial, de que o futurismo foi testemunho vibrante, e a certeza de que as raízes brasileiras, em particular, indígenas e negras, solicitavam um tratamento estético necessariamente primitivista”.
            Parte dos artistas modernistas propôs a Antropofagia: era preciso deglutir a arte europeia sem imitá-la e nem negá-la e, a partir disso, produzir uma arte genuinamente brasileira. Tal ideia foi esmiuçada por Oswald de Andrade em seu Manifesto Antropófago, publicado em 1928, em que formula a célebre questão: "Tupy or not tupy, that is the question. (...) Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago“
Na literatura, as principais obras que o Modernismo, em sentido amplo, produziu são: a revista Klaxon, mensário de arte moderna, publicada durante o ano de 1922, portanto pioneira na sistematização dos ideais estéticos do grupo; o romance Os Condenados (1922), de Oswald de Andrade; as Memórias Sentimentais de João Miramar (1924), de Oswald; o livro de poemas Pau-Brasil (1925), também de Oswald; Macunaíma (1928), de Mário de Andrade; o livro de poemas Cobra Norato (1931), de Raul Bopp; o longo poema Martim Cererê (1928), de Cassiano Ricardo; dentre tantas outras publicações.

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