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Capítulo 9, 10, 11

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Nome: Clodoaldo Rodrigues da Silva Filho
CAPÍTULO 9: Custos de embalagens
Um dos objetivos da Logística é movimentar bens sem danificá-los. As embalagens e os dispositivos de movimentação (pallets, racks etc.), na Logística, têm como principais objetivos facilitar o manuseio e a movimentação, bem como a armazenagem, garantir a utilização adequada do equipamento/veículo de transporte, proteger o produto e prover o valor da reutilização para o usuário. 
Os custos de embalagens, geralmente são classificados em dois tipos:
· Embalagem para o consumidor: com ênfase em marketing;
· Embalagem voltada às operações logísticas: transporte e armazenagem;
Há três tipos principais de embalagem, dentre as quais podemos denominá-las:
· Invólucros diversificados: como caixas de madeira ou papelão, sacas, tambores etc., que são os mais comuns, onde são movimentados sem outro invólucro especial;
· Pallets: são estrados de madeira, plástico (slip sheets) ou metal (shrink), necessitando de empilhadeiras para mover a carga para o transporte;
· Contêineres: caixas grandes fechadas, normalmente de aço ou alumínio, utilizadas, principalmente, na importação e exportação de produtos. 
Para otimizar a cadeia logística, é importante padronizar a embalagem para reduzir custo de transporte, manuseio, movimentação e armazenagem. O contêiner é uma forma de padronizar a embalagem, visando a aumentar a eficiência do manuseio e movimentação dos materiais. 
Em relação aos pallets, a maioria dessas embalagens é reutilizável, ou seja, retorna a sua origem ao final do processo, mas pode haver alguns problemas como o custo de transporte do estrado vazio e, também, a dificuldade de controlar a sua devolução, quando estes são entregues junto com a mercadoria a terceiros, como transportadoras ou clientes. Deve ser considerada, também, a manutenção dos pallets, a locação da mão-de-obra, dos materiais e recursos financeiros, criando assim um custo adicional. Uma forma alternativa de eliminar esses problemas é a utilização de pallets descartáveis, que são estrados leves de baixo custo e com uma certa resistência para serem utilizados em uma única operação. 
Quanto maior o grau de proteção dado às embalagens usadas no manuseio e transporte dos produtos, maior será o seu custo. Em compensação, o aumento do custo de embalagens pode resultar em diminuição nos custos de avarias, perdas e danos nos produtos. Se ocorrer o contrário, reduzindo os custos de embalagens pode diminuir a proteção do produto e, consequentemente, aumentar os custos em perdas e danos dos produtos. 
A Logística pode não dominar, completamente, o projeto das embalagens, mas é importante que suas necessidades sejam avaliadas, juntamente com as necessidades de Produção e Marketing, quando da padronização de embalagens secundárias. O desenho e o material da embalagem devem ser combinados, de forma a garantir o nível de proteção desejada, mas sem incorrer em custos superdimensionados. 
A embalagem deve ser analisada e projetada em função de sua movimentação e utilização na cadeia logística e não, como frequentemente ocorrer, condicionando a cadeia aos tipos de embalagens preexistentes. Significa que, eventualmente, o maior custo de uma embalagem pode resultar em importante redução do custo total da cadeia em que ela é utilizada. 
CAPÍTULO 10 – Custos de manutenção de inventário.
Os Estoques (ou inventários) são ativos tangíveis, adquiridos ou produzidos por uma empresa, visando a sua comercialização ou utilização própria em suas operações. O nível de inventário a ser mantido depende do nível de serviço objetivado e da política a ser adotada pela empresa, e essa decisão está relacionada à incerteza na demanda ou no fornecimento.
Na Logística, existem algumas visões funcionais diferenciadas, em que os inventários são lembrados com frequência. Cada atividade da empresa tem uma intenção e um comportamento diferente em relação à manutenção dos estoques. As atividades de Marketing, por meio de seus canais de distribuição, gostariam de atender a seus clientes, disponibilizando estoques diversificados e estando o mais próximo possível destes. A Produção pretende atender ao volume programado, dispondo de todo o material necessário para sua viabilização aos custos unitários previstos. Compras, por sua vez, quer realizar bem sua atividade, ao menor custo possível por unidade comprada. Nenhum dos agentes supracitados quer comprometer suas operações a ser cobrado pelo fato de ter decidido manter inventário, para não prejudicar a avaliação de seu desempenho. 
Um dos principais fatores que estão motivando as cadeias de suprimentos a reduzir, continuamente, seus níveis de estoque é o elevado custo de oportunidade de capital e o crescente foco gerencial no controle do capital de giro. 
Pode-se concluir que os inventários são um dos maiores focos atuais da Logística, pois há diversos potenciais de redução para esses custos nas empresas. Sugere-se que o gerenciamento de inventário seja uma das prioridades essenciais dos próximos anos, pois o investimento em inventário, na maioria dos casos, representa dinheiro parado, cujo objetivo seria o giro desse ativo, visando ao aumento do fluxo de caixa. 
Os custos de serviços de inventário incluem os custos, com impostos e seguros. No Brasil, não existem tributos incidentes sobre os estoques. Alguns autores comentam que nos EUA, por exemplo, há tributos incidentes sobre o inventário.
NO que diz respeito aos seguros, estes incidem sobre o valor dos estoques, por um determinado período, em função do risco ou exposição ao risco a que o material ou produto está exposto. Produtos com maior valor agregado ou materiais perigosos têm custos de seguros mais elevados. 
Se houver custos variáveis em relação ao espaço de armazenagem, como no caso de armazéns públicos/gerais ou alugados, onde é calculado em função do volume estocado, devem ser considerados como custo de manutenção dos estoques. 
Todos os custos de armazenagem própria ou terceirizada e que não variam em função do volume de estoque são considerados fixos e não devem compor os custos de manutenção dos estoques, pois, somente os custos que variam com o volume de estoques pertencem aos custos para manter estoques. 
Os custos de riscos de estoques dependem do tipo de materiais e produto estocados e, incluem: obsolescência, avarias, perdas e custos de realocação.
Os custos de deterioração e obsolescência costumam relacionar-se ao ciclo de vida do produto e podem tomar várias formas: o estoque pode deteriorar-se, enquanto armazenado (perecibilidade, incêndio etc.); pode tornar-se tecnicamente obsoleto (se o projeto original for modificado) ou “sair de moda” (mudança de estação, sazonalidade etc.)
CAPÍTULO 11: Custos de Tecnologia de Informação (TI)
A Tecnologia de Informação (TI) vem sendo considerada por muitos estudiosos como uma importante fonte de melhoria da produtividade e competitividade e a utilização desse recurso pelas empresas tem aumentado significativamente, visando à minimização dos custos operacionais e à otimização dos resultados econômicos. Uma contribuição expressiva proporcionada pelo atual ambiente informatizado é a maior disponibilidade de informações sobre os processos e a possibilidade de analisar-se tais informações com o auxílio de diversas ferramentas. 
Na concepção de Ballou (2001, p.286):” O fluxo de informações é um elemento de grande importância nas operações logísticas. Pedidos de clientes e de ressuprimento, necessidade de estoque, movimentações nos armazéns, documentação de transporte e faturas são algumas das formas mais comuns de informações logísticas”.
Existem diversas dificuldades em resolver problemas de logística no mundo real e algumas já optam por utilizar sofisticados sistemas de suporte à decisão para otimizar suas operações logísticas, como, por exemplo, no processamento de pedidos, no relacionamento com fornecedores e clientes, na movimentação de materiais/produtos no transporte etc. Nesses sistemas, são alimentados os dados que são processados e validados,executando alguns algoritmos (etapas bem definidas para chegar à solução) e, posteriormente, apresentando sugestões de solução. 
Cabe ressaltar que existem custos, muitas vezes significativos para a amortização da licença de uso dos softwares e da manutenção dos mesmos, entre outros. O que é mais relevante na decisão de uma empresa investir ou não em tecnologias de ponta é a questão do benefício da informação. A famosa relação de custo versus benefício. 
Um dos benefícios dos investimentos em Tecnologia de Informação é que podem levar a ganhos significativos em produtividade, com melhoria do nível de serviço ao cliente, redução do tempo de ciclo e dos custos das falhas pela eliminação de erros e retrabalhos, bem como aumentam o nível de confiança nas informações, podendo integrar informações entre fornecedores e clientes, oferecendo melhorias de resultados para a cadeia de suprimentos envolvida. Atualmente, muitas empresas já se encontram informatizadas e as aplicações na empresa individual ou no relacionamento com a cadeia de suprimentos aumentam o nível de conhecimento entre os membros e integram a cadeia, visando a otimizar seus resultados.

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