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UNIDADE 1 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA 
Muito bem-vindo a mais uma unidade. 
Serão abordadas as definições de Anatomia, os planos de construção do corpo 
humano e os conceitos essenciais para a própria disciplina de Anatomia e para outras 
como Cinesiologia e Fisiologia. Esta unidade busca despertar em você o domínio da 
linguagem técnica anatômica. 
Durante todo o processo de evolução humana, sempre houve uma curiosidade para se 
compreender o corpo humano, em suas variáveis internas e externas. Ao longo dos 
séculos, o corpo humano passa a ser estudado e pesquisado por toda História, tanto 
ocidental, quanto oriental, cada uma com sua própria concepção e representação de 
corpo e indivíduo. 
Um dos estudiosos que impulsionou o início dos estudos anatômicos foi Andréa 
Vesalius (1514-1564), um cirurgião renascentista, que mostrava grande interesse pela 
Anatomia, e pregava que, para conhecer o corpo humano, era necessário dissecá-lo. O 
corpo vesaliano era explicado como sendo constituído por diversas repartições e que a 
constante movimentação dessas repartições ocasionava o seu bom funcionamento. 
Até hoje, os estudos de Vesalius influenciam, de certa forma, a visão de corpo 
anatômico. 
Podemos dizer que a Anatomia é o estudo da estrutura do corpo, de como suas 
células, tecidos e órgãos são constituídos. Hoje, a linguagem anatômica é bastante 
difundida, tanto nas Ciências da Saúde, como em práticas corporais e, até mesmo, na 
nossa linguagem cotidiana. E tentamos entender cada vez mais, de forma detalhada, o 
que ocorre em nosso corpo. 
Para enriquecer seus estudos e conhecimentos sobre a Anatomia, esta unidade vai 
apresentar o funcionamento do corpo humano de forma clara e abrangente, pela 
explicação de terminologias anatômicas, planos e eixos, classificações e apresentação 
do sistema esquelético e muscular. 
Anatomia é a ciência que estuda as estruturas e a organização dos seres vivos, macro e 
microscopicamente. Portanto, estuda a morfologia dos seres vivos e plantas. 
 
Como área de conhecimento vasta, estuda também: Embriologia; Biologia do 
Desenvolvimento; Histologia e Anatomia: de superfície, macroscópica, sistêmica, 
regional, radiológica e patológica. 
A História mostra que as primeiras tentativas em descrever estruturas do corpo 
humano e suas organizações foram utilizando o método de corte e dissecação de 
cadáveres. 
Pesquisas anatômicas envolvendo o corpo humano foram conduzidas por Alcméon no 
século VI a.C., se desenvolvendo com a Escola de Alexandria, no século IV a.C. Esse 
período foi marcado pela descrição de estruturas como nervos, atributos do sistema 
nervoso e o direcionamento de veias e artérias para o coração e fígado. 
Na Idade Média, aspectos religiosos e morais passaram a dificultar a dissecação de 
cadáveres, travando pesquisas anatômicas. No século IX, o corpo humano se torna 
objeto de estudo novamente. Em 1240, a dissecação foi introduzida no currículo da 
Escola de Nápoles, para o treinamento de Anatomia, reconhecendo-a como área de 
conhecimento necessária à medicina cirúrgica. 
Durante esse percurso histórico, notáveis contribuições de artistas 
como Michelangelo e Leonardo da Vinci, interessados pelas estruturas do corpo human
o, foram observadas. Nesse período, Andreas Vesalius publica o primeiro 
texto anatômico, baseado na observação direta do corpo humano. No Renascimento, 
a Anatomia se consolida como ciência. 
 
 
Ao descrever as partes do corpo humano e suas relações, os profissionais devem se 
atentar para a linguagem técnica específica e a posição anatômica desenvolvida pelos 
anatomistas, com isso, possibilitando maior compreensão das estruturas do corpo 
humano. 
A Anatomia tem sua própria linguagem a ser estudada, para melhor entendimento das 
estruturas do corpo humano. Os termos da Anatomia são descritos em latim e 
traduzidos por cada país. O objetivo da Anatomia é facilitar o entendimento da 
linguagem anatômica, sendo a Anatomia uma ciência que tem como base descrever 
estruturas e processos do corpo. Veja o seguinte exemplo de como é importante a 
utilização da terminologia anatômica: 
 
 
 
Fonte: Christer Johansson (2005). Disponível em: 
< https://commons. wikimedia.org/wiki/File:Deltoideus.png. > 
Acesso em: 19 fev. 2019. 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Deltoideus.png
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Deltoideus.png
Juntas, as três porções se inserem, lateralmente, na tuberosidade deltoidea do úmero. 
Essa descrição anatômica nos ajuda a definir sua localização. Assim, por meio da 
Anatomia, descrevemos a forma, o tamanho, a localização e a função de determinada 
estrutura. 
Todas as representações anatômicas são descritas mediante uma posição padrão 
predeterminada, a chamada “posição anatômica”. Larosa (2016) descreve essa posição 
a partir do indivíduo em posição ereta (em pé), posição ortostática, com a face voltada 
para frente, o olhar dirigido ao horizonte, os membros superiores estendidos e 
paralelos ao tronco e as palmas das mãos voltadas para a frente. 
Os membros inferiores ficam unidos com as pontas dos pés para a frente. 
 Figura 1.2: Posição anatômica 
 
Fonte: Freepik. Disponível em: Acesso em: 19 fev. 2019. 
Na posição anatômica, o corpo se encontra na vertical. Dois termos caracterizam um 
corpo reclinado. Se o corpo estiver deitado com a face para baixo, estará na posição 
prona (decúbito ventral). Se o corpo estiver deitado com a face para cima, estará na 
posição supina (decúbito dorsal) (TORTORA, 2017). 
Ao longo da disciplina, você vai perceber como a Anatomia pode ser simples, podendo 
ser aplicada nos seus estudos e prática profissional. Para começar, vamos à divisão do 
nosso corpo. Ele é dividido da seguinte forma: 
 
 
A posição anatômica é caracterizada pelo corpo na posição ortostática, ou seja, ereto, 
rosto para frente e olhos fixos no horizonte, pés fixos à base e direcionados para 
frente, mãos espalmadas e voltadas para frente e membros superiores estendidos. 
Observe a Figura 2.1 a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
Os planos e eixos anatômicos têm o intuito de separar o corpo em partes, para facilitar 
o estudo e dar nome às estruturas anatômicas com relação espacial (LAROSA, 2016). 
Segundo Larosa (2016), podemos, por intermédio dos planos anatômicos, dividir o 
corpo humano em três dimensões, facilitando, dessa forma, a localização e o 
posicionamento de todas as estruturas, da seguinte forma: 
 
Existe também o plano sagital, plano que corta nosso corpo no sentido 
anteroposterior. Ele tem essa denominação porque passa na sutura sagital do crânio 
(uma sutura são articulações fibrosas, nesse caso, localizada no crânio e faz a ligação 
entre os ossos). E, quando passa bem no meio do corpo, sobre a linha sagital mediana, 
é chamado de sagital mediano. Já quando o corte é feito, lateralmente, a essa linha, 
chamamos paramediano. 
Além disso, temos os planos frontal, transverso e oblíquo: 
 
 
 
Fonte: Edoarado (2011). Disponível em: 
< https://commons.wikimedia.org/ wiki/File:Planos_anat%C3%B3micos.svg
 >. Acesso em: 19 fev. 2019. 
Agora, vamos nos aprofundar nos termos relacionados aos movimentos do corpo. 
Os movimentos do corpo humano são denominados da seguinte forma: 
Figura 1.4: Movimentos do corpo humano 
 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Planos_anat%C3%B3micos.svg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Planos_anat%C3%B3micos.svg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Planos_anat%C3%B3micos.svg
 
 
 
 
Fonte: Plataforma Deduca (2019). 
 
 
 
 
Figura 1.5: Movimentos corporais 
 
 
 
 
Fonte: Pixabay. Disponível em: https://pixabay.com/en/foot-muscles-motion-158726/. Acesso 
em: 19 fev. 2019. 
Plano de secção refere-se a um plano ou superfície imaginária que corta o corpo 
humano ou suas estruturas, dividindo-as em regiões: O plano sagital divide o corpo, ou 
suas estruturas, em dois lados: direito e esquerdo. O plano frontal divide o corpo, ou 
estrutura, em parte anteriore posterior. O plano transverso divide o corpo, ou 
estrutura, em parte superior e inferior. Veja os três planos na Figura 2.2. 
Figura 2.2: Planos e eixos 
https://pixabay.com/en/foot-muscles-motion-158726/
https://pixabay.com/en/foot-muscles-motion-158726/
 
Fonte: Larosa (2018). 
Eixos do corpo humano são linhas imaginárias, unindo perpendicularmente dois planos 
para formarem um ângulo de 90º. São classificados em sagital, transversal e 
longitudinal. 
 
Termos direcionais são utilizados para localizar estruturas anatômicas e para descrever 
a posição de uma estrutura em relação a outra. 
 
Termos direcionais são utilizados para localizar estruturas anatômicas e para descrever 
a posição de uma estrutura em relação a outra. 
 
 
 
Observe a Figura 2.3: 
Figura 2.3: Termos direcionais 
do corpo humano 
 
 
 
Fonte: Tortora (2017, p. 14). 
 
Existem também outras terminologias, sendo comum a utilização delas de forma 
abreviada, visando facilitar a escrita, como nos músculos (m.), artérias (a.), veias (v.), 
nervos (n.), ligamento (lig.), entre outros. 
Podemos utilizar essas terminologias da seguinte forma: 
 
 
No corpo humano existem também cavidades que são espaços dentro do corpo, nas 
quais se localizam os órgãos internos. Temos a cavidade dorsal e a cavidade ventral, 
cada uma com suas subdivisões. 
Observe, no esquema, essas subdivisões. 
Figura 1.7: Subdivisões das cavidades corporais 
 
 
A cavidade dorsal é subdividida em outras duas: cavidade do crânio, que aloca o 
encéfalo, e cavidade vertebral, que aloca a medula espinal. A cavidade ventral também 
se subdivide em duas: 
- cavidade torácica, que designa os pulmões e coração, e 
- cavidade abdominopélvica. 
Esta última ainda se subdivide da seguinte forma: 
- cavidade abdominal, que envolve estômago, intestinos, baço, fígado, pâncreas e 
outros órgãos; e 
- cavidade pélvica, composta por bexiga, parte inferior do sistema digestório e órgãos 
do sistema genital. 
 
Temos também, no corpo, as cavidades oral, nasal, da orelha e sinoviais. 
Veja a seguir essas divisões: 
Figura 1.8: Cavidades corporais 
 
O corpo humano é divido em várias regiões, são elas: 
 
 
Veja novamente a Figura 2.1, para identificá-los no corpo humano. 
São espaços dentro do corpo, delimitados por ossos e músculos, e têm a função de 
sustentação, separação de proteção dos órgãos internos. As principais são: cavidade 
posterior e a cavidade anterior. 
Veja essas estruturas na Figura 2.4: 
Figura 2.4: Cavidades do corpo 
humano 
 
Fonte: Larosa (2018). 
 
A cavidade dorsal ou posterior é formada pela cavidade craniana e vertebral, 
está localizada no dorso do corpo humano. A cavidade anterior ou ventral é 
formada pelas cavidades torácica, peritoneal ou abdominal e pélvica, está localizada na 
parte ventral do corpo humano. 
 
foi possível compreender os conceitos básicos da Anatomia Humana, utilizando 
adequadamente termos e expressões anatômicas; fornecendo uma visão geral da 
arquitetura e função dos sistemas orgânicos, 
identificando e descrevendo os órgãos e sistemas do corpo humano como base para o 
conhecimento da biologia humana. 
 
A Anatomia visa facilitar o entendimento da linguagem anatômica, sendo uma ciência 
que tem como base descrever estruturas e processos do corpo. Para melhor 
compreensão, vamos retomar alguns dos tópicos estudados. 
Primeiramente, vimos que na Anatomia existe uma posição inicial para a análise das 
estruturas anatômicas. Larosa (2016) descreve essa posição a partir do indivíduo em 
posição ereta (em pé), 
com a face voltada para frente, o olhar dirigido ao horizonte, os membros superiores 
estendidos e paralelos ao tronco e as palmas das mãos voltadas para a frente. Os 
membros inferiores ficam unidos com as pontas dos pés para a frente. 
Lembre-se também que a divisão do nosso corpo é feita da seguinte forma: cabeça, 
pescoço, tronco (tórax, abdome, pelve e dorso) e membros (superiores e inferiores). 
Vimos também que, para facilitar o estudo, na Anatomia, separamos o corpo entre 
planos e eixos anatômicos, sendo eles: plano superior ou cranial (tangente à cabeça), 
plano inferior ou podálico (tangente aos pés), plano anterior ou ventral (tangente à 
frente do indivíduo), plano posterior ou dorsal (tangente ao dorso) e planos laterais 
direito e esquerdo. 
Existe também o plano sagital, plano que corta nosso corpo no sentido 
anteroposterior, o plano frontal, transverso e oblíquo. Um plano frontal, ou plano 
coronal, divide o corpo ou um órgão em porções anterior (frente) e posterior (dorso). 
Já um plano transverso divide o corpo ou um órgão em partes superior (acima) e 
inferior (abaixo). E um plano oblíquo, por outro lado, passa pelo corpo ou por um 
órgão em um ângulo entre o plano transverso e um plano sagital, ou entre o plano 
transverso e um plano frontal (TORTORA, 2017). 
Lembre-se também dos tipos de movimento que o corpo faz, por exemplo, quando um 
indivíduo anda, fica sentado na frente do computador, ou pratica atividade física. Os 
movimentos do corpo são divididos em flexão, extensão, rotação, adução e abdução. 
O movimento de flexão é definido por meio da diminuição do ângulo de uma 
articulação, ou aproximação de duas estruturas ósseas. 
Um movimento de extensão representa o aumento do ângulo de uma articulação, 
podemos dizer que é o afastamento de duas estruturas ósseas. Uma rotação medial / 
interna acontece quando se gira a face anterior do membro para dentro (LAROSA, 
2016). O movimento de adução é aquele em que se aproxima o membro do eixo 
sagital mediano. Já a abdução é o afastamento do membro do eixo sagital mediano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 2 
SISTEMA LOCOMOTOR 
Nosso corpo é uma estrutura viva com várias divisões e funções que trabalham em 
conjunto, de forma integrada, visando à homeostasia do sistema. 
Ao nos depararmos com a estrutura óssea, logo visualizamos sua aparência simples e 
nada sofisticada. 
Apesar dessa aparência simples, o osso é um tecido vivo, dinâmico e complexo, remodelado 
continuamente – um novo osso é formado enquanto o osso velho se degenera. 
Segundo Tortora (2017), cada osso individual é um órgão composto por vários tecidos 
diferentes que trabalham em conjunto: osso, cartilagem, tecidos conectivos densos, epitélio, 
tecido hemopoético, tecido adiposo e tecido nervoso. 
Assim, todo o arcabouço de ossos e suas cartilagens constitui o sistema esquelético. 
O tecido ósseo e o sistema esquelético realizam várias funções básicas. 
Veja a seguir quais são elas: 
Figura 1.9: Funções do tecido ósseo 
 
Fonte: Elaborada pela autora (2019). 
Vamos, agora, entender um pouco mais sobre cada função. 
 
 
 
Portanto, já sabemos que o conjunto de ossos e cartilagens que protegem os órgãos e 
permitem os movimentos forma o sistema esquelético e suas funções básicas 
envolvem suporte, proteção, movimento, reserva de minerais e produção de células 
sanguíneas. 
Agora, vamos conhecer os tipos de ossos existentes no corpo humano. 
Você já parou para pensar como ocorre o processo de ossificação? 
Podemos dizer que o processo de ossificação nada mais é que formação do tecido ósseo e 
ocorre de duas formas: ossificação intramembranosas e ossificação endocondral. 
Na ossificação intramembranosa, o tecido ósseo surge, aos poucos, em uma membrana de 
natureza conjuntiva, não cartilaginosa. 
E na ossificação endocondral, uma peça de cartilagem, com formato de osso, serve de molde 
para a confecção de tecido ósseo. 
Nessa situação, a cartilagem é gradualmente destruída e substituída por tecido ósseo 
(TORTORA, 2017). 
Os ossos do corpo humano podem ser categorizados em quatro classes, da seguinte 
forma: 
Figura 1.10: Classificação dos ossos 
 
Os ossos longos são mais compridos que largos. É fácil de lembrar, veja um exemplo: 
 
 
Os ossos curtos apresentam quase o mesmo comprimento e largura. Temos, como 
exemplo, a patelae o tarso (que correspondem a alguns ossos do pé). Logo: 
 
 Os ossos chatos ou achatados são finos e têm formato de lâmina, como os ossos 
do crânio (frontal e parietal). Assim, temos: 
 
Os ossos irregulares apresentam formas complexas e não podem ser inseridos nos 
grupos anteriores. Um bom exemplo são nossas vértebras. 
 
 
 
Figura 1.11: Tipos de ossos 
 
Fonte: Miguelferig, 14 fev. 2015. Disponível em: 
< https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Huesos_del_miembro_superior_gl.
svg.> Acesso em: 19 fev. 2019. 
 
Podemos dizer que a cartilagem é um tecido elástico de tecido conectivo semirrígido e que no 
sistema esquelético forma partes em regiões que desenvolvem movimento. 
A cartilagem articular é uma fina camada de cartilagem que recobre parte da epífise e constitui 
o osso, reduzindo o atrito e absorvendo choques em articulações muito móveis. 
O processo de ossificação endocondral ocorre na formação de ossos longos, como os das 
pernas e os dos braços. Nesses ossos, em duas regiões principais, ocorrerá a ossificação: o 
cilindro longo, conhecido como diáfise e as extremidades dilatadas, 
que correspondem às epífises. Entre a epífise de cada extremidade e a diáfise, é mantida uma 
região de cartilagem, chamada de cartilagem de crescimento, que possibilita o crescimento 
ósseo durante a fase de crescimento de uma pessoa (TORTORA, 2017). 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Huesos_del_miembro_superior_gl.svg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Huesos_del_miembro_superior_gl.svg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Huesos_del_miembro_superior_gl.svg
Assim, novas células cartilaginosas são constantemente originadas, seguidas da ocorrência 
constante de ossificação endocondral, levando à formação de mais osso. 
Nesse processo, os osteoclastos desempenham papel importante. Eles efetuam, 
constantemente, a reabsorção de tecido ósseo, enquanto novo tecido ósseo é formado. 
Os osteoclastos atuam como verdadeiros demolidores de osso, enquanto os osteoblastos 
exercem papel de construtores de mais osso. Sendo assim, o processo de crescimento de um 
osso se dá de forma dependente com ação conjunta de reabsorção de osso preexistente e da 
deposição de novo tecido ósseo. 
Para o aumento de diâmetro de um osso longo, é preciso efetuar a reabsorção da camada 
interna da parede óssea, enquanto na parede externa deve ocorrer deposição de mais osso 
(TORTORA, 2017). 
A ossificação endocondral ocorre na formação de ossos longos, como os das 
pernas e os dos braços. 
Nesses ossos, em duas regiões principais ocorrerá a ossificação: o cilindro 
longo, conhecido como diáfise e as extremidades dilatadas, que correspondem 
às epífises. 
Entre a epífise de cada extremidade e a diáfise é mantida uma região de 
cartilagem, chamada de cartilagem de crescimento, que possibilita que ocorra 
o crescimento ósseo durante a fase de crescimento de uma pessoa. 
Novas células cartilaginosas são constantemente geradas, seguidas da 
ocorrência constante de ossificação endocondral, levando a formação de mais 
osso. 
Nesse processo, os osteoclastos desempenham papel importante. Eles 
efetuam constantemente a reabsorção de tecido ósseo, enquanto novo tecido 
ósseo é formado. 
Os osteoclastos atuam como verdadeiros demolidores de osso, enquanto os 
osteoblastos exercem papel de construtores de mais osso. 
Nesse sentido o processo de crescimento de um osso depende da ação 
conjunta de reabsorção de osso preexistente e da deposição de novo tecido 
ósseo. 
Considerando, por exemplo, o aumento de diâmetro de um osso longo, é 
preciso efetuar a reabsorção da camada interna da parede óssea, enquanto na 
parede externa deve ocorrer deposição de mais osso. (TORTORA, 2017, p. 125) 
 
O crescimento ocorre até uma determinada idade, nesse período, passamos por fase de 
crescimento de cartilagem, ossificação e crescimento do osso até a fase conhecida como 
estirão do crescimento. 
 Esqueleto axial 
O esqueleto axial é formado pelos ossos organizados em torno do eixo longitudinal do corpo 
humano. Inicia-se na cabeça e vai até o espaço entre os pés. 
Os ossos do crânio, ossículos da orelha, osso hioide, costelas, esterno e ossos da coluna 
vertebral (80 ossos), fazem parte do esqueleto axial. 
 
Esqueleto apendicular 
O esqueleto apendicular é formado pelos ossos que fazem parte dos membros inferiores, 
superiores e os ossos que se conectam com os membros do esqueleto axial e possuem 126 
ossos. 
Acidentes ósseos são aspectos de estruturas com funções específicas. Fazem parte as 
depressões e aberturas, forames, fissuras, fossa, incisura, sulco, meato, processos, 
côndilos, fóvea, cabeça, crista, epicôndilo, 
linha, processo espinhoso, trocânter, entre outros. Por exemplo, os forames são 
aberturas ou orifícios no osso por onde passam os vasos, nervos ou ligamentos. 
Já o meato é uma passagem em forma de tubo, correndo dentro do osso, temos na 
passagem nasal o meato superior, meato médio e meato inferior que passam pelas 
conchas nasais. 
Outro exemplo é a fossa, uma fenda ou trincheira. Podemos observar, no osso, que a 
fossa é uma depressão maior sobre o próprio osso. 
Na estrutura escapular, podemos visualizar, facilmente, a existência de uma depressão 
grande, na parte inferior e na superior, denominadas de fossa supraespinhal e fossa 
infraespinhal. 
Vimos, até aqui, que existem depressões grandes sobre os ossos, mas temos também 
aquelas estruturas que apresentam depressões menores. A fóssea ou fosseta é uma 
estrutura que apresenta depressões menores sobre um osso, como as pequenas 
depressões encontradas nas vertébras da coluna, denominadas fóssea costal superior, 
fóssea costal inferior e fóssea costal transversa que se articulam com as costelas. 
Temos, também, os processos que formam articulações. Eles são conhecidos como 
côndilos, que são elevações arredondadas, as quais formam a juntura articular óssea. 
No crânio e no osso occipital existem côndilos, uma grande proeminência arredondada 
que forma a juntura articular. 
Continuando com os principais acidentes ósseos, existe também a projeção 
arredondada, chamada de cabeça, que é uma proeminência grande e arredondada, a 
qual forma uma juntura, 
sendo sustentada na porção constrita (colo) do osso, como a cabeça do fêmur e do 
úmero. 
Há também processos aos quais se fixam os tendões, ligamentos e outros tecidos. 
Temos, assim, as tuberosidades, que são grandes processos arredondados, 
normalmente ásperos como a tuberosidade deltoide do úmero. Outro processo que 
liga tendões e ligamentos são as linhas. Elas são elevações longas pouco desenvolvidas. 
Temos, como exemplo, a linha glútea inferior, posterior e anterior. 
Então ligamentos, tendões e outras estruturas se fixam nessas linhas. 
O processo espinhoso também fixa tendões, ligamentos e outros tecidos. O processo 
espinhoso é uma elevação longa e pontiaguda, como o processo espinhoso das 
vértebras. 
Temos também os troncânteres, que são grandes projeções encontradas somente no 
fêmur, como o trocânter maior. As cristas, por sua vez, são margens proeminentes, 
como a crista ilíaca do quadril. 
Dessa forma, podemos ter uma ideia dos principais acidentes ósseos. Para saber mais, 
uma dica é buscar se aprofundar na bibliografia utilizada no conteúdo deste e-book. 
 
 O sistema articular engloba a presença ou não presença entre os ossos e o tecido 
conjuntivo que faz a união dos ossos. E sua classificação funcional é feita de acordo 
com a amplitude de movimento. 
 
Articulações fibrosas 
As articulações fibrosas envolvem tecido conjuntivo fibroso e não há cavidade sinovial. 
Ela é composta por uma fina camada de tecido conjuntivo denso que une os ossos do 
crânio. 
Cartilagíneas 
É composta por tecido cartilaginoso e não abriga cavidade sinovial. Podemos dizer, 
também, que apresenta disco plano de fibrocartilagem, permitindo fazer ligações 
entre os ossos. Podemos citar, como exemplo, a sínfise púbica. 
Sinoviais 
Apresentam cavidade sinoviale cápsula articular. Na cavidade sinovial, encontra-se o 
líquido sinovial, envolvendo as estruturas do corpo humano. 
A cápsula articular apresenta tecido conjuntivo denso e ligamentos. E a membrana 
sinovial interna é composta por tecido conjuntivo elástico. 
Ela tem, como principais funções, reduzir o atrito, realizar nutrição dos condrócitos e 
retirar os restos de metabólicos. 
O tecido muscular também é encontrado dentro do coração, órgãos digestivos e vasos 
sanguíneos. No total, existem três tipos de músculos: esquelético, cardíaco e liso. 
As células musculares esqueléticas se conectam a tendões e por meio desses se ligam 
aos ossos e ao esqueleto. Cada músculo é formado por um conjunto de fibras 
circundadas por tecido conjuntivo e adiposo. 
Devido a suas dimensões, as células dos músculos esqueléticos também são chamadas 
de fibras musculares. 
Figura 1.12: Tipos de células musculares 
 
Fonte: Freepik. Disponível em: .(2019). Acesso em: 19 fev. 2019. 
Cada músculo é constituído por uma grande diversidade de fibras musculares. As fibras 
musculares são células alongadas e estreitas. 
Assim, quanto maior a quantidade de fibras, maior a força que o músculo pode 
exercer. 
As fibras musculares também podem aumentar de volume quando são muito exigidas, 
nesse caso ocorre o processo de hipertrofia, que pode acontecer quando um indivíduo 
realiza exercícios, como na musculação. 
As fibras musculares também podem diminuir de volume, quando ficam paradas por 
muito tempo, caracterizando um processo chamado de atrofia muscular, 
como em casos de patologias que impedem o movimento corporal, ou em casos de 
fraturas que limitam ou impedem o movimento. 
 
 
Figura 1.13: Homem com hipertrofia muscular 
 
Fonte: Pixabay. Disponível em:< https://pixabay.com/en/bodybuilding-
exercise-academy-kid-1632548/.> Acesso em: 19 fev. 2019. 
 
Conforme sua formação histológica, os músculos podem ser denominados 
como estriados e lisos. Os estriados têm contração voluntária e estão relacionados 
com o sistema esquelético. 
Os lisos têm contração involuntária e estão associados às vísceras. O músculo do 
coração (miocárdio) é um tipo especial, classificado como estriado cardíaco, de 
contração vigorosa e involuntária. 
Os músculos estriados esqueléticos apresentam três componentes distintos, o ventre 
muscular, o tendão e a fáscia muscular. 
O ventre muscular é a parte ativa do movimento, a porção central do músculo, em que 
se localizam as fibras musculares. Mas existem alguns músculos que apresentam dois 
ventres musculares e são denominados como digástricos. 
Também temos aqueles que são formados por mais de dois ventres, são chamados 
poligástricos. 
O tendão corresponde à parte que fixa o músculo aos ossos. Ele é uma fita ou cordão 
fibroso, com formato cilíndrico e é constituído de tecido conjuntivo fibroso (denso 
modelado). 
Ele é muito importante, pois é por intermédio dele que os músculos se inserem nos 
ossos ou em órgãos. 
 
https://pixabay.com/en/bodybuilding-exercise-academy-kid-1632548/
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Figura 1.14: Representação das estruturas musculares 
 
 
Fonte: Henry Gray (1918). Disponível em: 
< https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gray414.png.> Acesso em: 19 fev. 2019. 
 
Nosso corpo é estruturado e envolvido pelo tecido conjuntivo, chamado também de 
fascia. 
Ela permite maior deslizamento entre os músculos e também mantém a união das 
fibras durante sua contração ou extensão. 
Os músculos estriados esqueléticos fixam-se normalmente aos ossos por meio de suas 
extremidades. 
O ponto fixo (origem) do músculo não se desloca durante a ação muscular, já a 
extremidade oposta, que se desloca, é o ponto móvel (inserção). 
Segundo Tortora (2017), esses músculos são classificados como: 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gray414.png
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gray414.png
 
Outros músculos apresentam dois pontos móveis e são classificados como bicaudados 
e outros apresentam mais de dois pontos móveis, os policaudados. 
Outra maneira de classificar os músculos estriados esqueléticos é quanto à forma e à 
disposição de suas fibras musculares (TORTORA, 2017): 
 
Temos, ainda, nove grupos musculares, nos quais se localizam os principais músculos 
de nosso corpo e eles envolvem: cabeça, pescoço, tórax, abdome, região posterior do 
tronco, membros superiores, 
membros inferiores, órgãos dos sentidos e períneo. 
Figura 1.15: Estrutura muscular do corpo humano 
 
Fonte: PNGTREE. Disponível em:< https://pt.pngtree.com/freepng/human-anatomy-
pictures_1031046.html>. Acesso em: 19 fev. 2019. 
Nesta unidade, estudamos os aspectos morfológicos das estruturas que compõem o 
sistema locomotor (eixos de simetria, esquelético, articular e muscular). 
Ao estudarmos o sistema esquelético, descobrimos que ele é uma estrutura viva com 
várias divisões e funções que trabalham em conjunto, de forma integrada, visando à 
homeostasia do sistema. 
https://pt.pngtree.com/freepng/human-anatomy-pictures_1031046.html
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E segundo Tortora (2017), cada osso individual é um órgão composto por vários 
tecidos diferentes que trabalham em conjunto: osso, cartilagem, tecidos conectivos 
densos, epitélio, tecido hemopoético, tecido adiposo e tecido nervoso. 
Outro sistema muito importante do corpo humano é o sistema muscular, responsável 
pelo movimento do corpo, postura, movimento de substâncias dentro do corpo e pela 
geração de calor corporal. 
Os músculos são estruturas que têm a capacidade de contratilidade, ou seja, a 
capacidade de diminuir a distância entre suas extremidades, assim produzem 
movimentos. 
O corpo humano tem cerca de 600 músculos com diversas funções, todos trabalhando 
e respeitando o comando do sistema nervoso (TORTORA, 2017). 
O tecido muscular também é encontrado dentro do coração, órgãos digestivos e vasos 
sanguíneos. No total, existem três tipos de músculos: esquelético, cardíaco e liso. 
As células musculares esqueléticas se conectam a tendões e por intermédio desses se 
ligam aos ossos e ao esqueleto. 
Agora, com todo o conhecimento adquirido, nesta unidade, você será capaz de se 
aprofundar mais em cada tópico estudado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 3 
SISTEMA NERVOSO 
 
Serão abordados os aspectos morfológicos das estruturas que compõem o sistema 
nervoso, sistema que integra todas as informações e codifica o movimento, enviando 
os comandos para o aparelho locomotor e demais sistemas. Serão estudadas suas 
principais estruturas. A maior compreensão desse sistema facilitará na compreensão 
de aspectos fisiológicos, na disciplina de Fisiologia e Fisiologia do Exercício. 
Desejamos a você um excelente estudo! 
É formado por um conjunto complexo e organizado de bilhões de neurônios de neuroglia. 
Possui a função de coordenar e integrar as inúmeras funções do corpo humano, executa uma 
infinidade de funções, como fala, movimento do corpo, reconhecimento de odores, regulação 
dos órgãos interiores etc. 
São três as funções do sistema nervoso: 
 
Esse sistema está organizado e subdivido anatomicamente em duas partes: a parte 
centro do sistema nervoso (SNC) é constituída pelo encéfalo e medula espinhal. A 
parte periférica do sistema nervoso (SNP) é constituída pelos nervos e seus ramos, 
gânglios e receptores neurais. Quanto à formação celular, o SNC é formado pelas 
células: astrócitos, oligodendrócitos, micróglia e ependimárias. O SNP é formado pelas 
células: satélites e Schwann. 
Observe a Figura 2.5, a seguir: 
Figura 2.5: Divisão do sistema nervoso 
 
Fonte: Tortora (2017, p. 237). 
Essas células são constituídas pelo corpo celular, dendritos e axônios. No corpo celular, ou 
soma, são encontrados o núcleo, lisossomos, retículo endoplasmático rugoso,complexo de 
Golgi e mitocôndrias, sua forma varia pela localização e atividade funcional, sendo: piramidal, 
piriforme ou esférica, fusiforme e estrelada. 
 
Veja o corpo celular do neurônio na Figura 2.6: 
Figura 2.6: Corpo celular do neurônio 
 
Fonte: Larosa (2018). 
 
Os neurônios são classificados por suas características estruturais e funcionais. 
 
 
 
Essas células são constituídas pelo corpo celular, dendritos e axônios. No corpo celular, ou 
soma, são encontrados o núcleo, lisossomos, retículo endoplasmático rugoso, complexo de 
Golgi e mitocôndrias, sua forma varia pela localização e atividade funcional, sendo: piramidal, 
piriforme ou esférica, fusiforme e estrelada. 
 
 
Veja o corpo celular do neurônio na Figura 2.6: 
Figura 2.6: Corpo celular do neurônio 
 
Fonte: Larosa (2018). 
 
Os neurônios são classificados por suas características estruturais e funcionais. 
 
 
3.1 Sistema Nervoso: organização e componentes do Sistema Nervosa 
Central 3.1.4 Neuróglia ou glia 
Além dos neurônios, outras células compõem o sistema nervoso. As células glia correspondem à metade 
do volume do SNC. Diferentemente dos neurônios, são menores, mais numerosas, não conduzem 
impulsos nervosos, se multiplicam e se diferenciam no sistema nervoso. 
Veja na Figura 2.9 as células que compõem o sistema nervoso e suas funções: 
Figura 2.9: Células glia do sistema nervoso central e sistema nervoso periférico 
 
Fonte: Tortora (2017, p. 242). 
A bainha de mielina ou mielina é o revestimento da maioria dos axônios dos 
neurônios. Ela é formada por lipídeos e proteínas e tem a função de proteger, 
envolvendo o axônio do neurônio, como um isolante elétrico de um fio. A bainha de 
mielina possui a capacidade de aumentar a velocidade na condução do impulso 
nervoso. 
 
 
As meninges são camadas protetivas de tecido conjuntivo, são elas: pia-máter, aracnoide e 
dura-máter. A mais externa das três camadas é a dura-máter (camada mais resistente), a 
camada média é a aracnoide e a mais interna é a pia-máter (camada mais delicada). As 
camadas são separadas por espaços preenchidos com o líquido cérebro espinhal ou liquor, 
formando um mecanismo de proteção contra choques e traumas. 
Anatomicamente, o sistema nervoso central apresenta áreas clara e escura, a diferença de cor 
é caracterizada pela presença da bainha de mielina, essas áreas são classificadas como 
substância branca e substância cinzenta. A substância branca é formada por fibras nervosas 
mielinizadas e possui tamanho e espessura variável. Por outro lado, a substância cinzenta 
possui corpos celulares, dendritos e ausência de fibras mielinizadas. 
 
O encéfalo é um dos maiores órgãos do corpo humano, com milhões de células 
nervosas e trilhões de células neuróglia. Localizado na cavidade craniana, é dividido em 
tronco encefálico, diencéfalo, cerebelo e telencéfalo. O tronco encefálico, localizado 
entre o diencéfalo e a medula espinal, é constituído pelo mesencéfalo, bulbo e a 
ponte. O diencéfalo é formado pelo tálamo, hipotálamo e glândula pineal, está 
localizado acima do tronco encefálico. Na fossa craneana posterior está localizado o 
cerebelo, essa estrutura pode ser compreendida a partir dos lobos cerebelares, são 
eles: lobo anterior, lobo posterior e lobo floculo nodular. A maior porção do encéfalo é 
constituída pelo telencéfalo, localizado acima do tronco encefálico, constituído em 
dois hemisférios (direito e esquerdo) e dividido por uma fissura longitudinal. 
Observe na Figura 2.10 a divisão embriológica e anatômica do SNC: 
Figura 2.10: Divisão embriológica e anatômica do 
Sistema Nervoso Central 
Fonte: Larosa (2018). 
O bulbo é uma extensão da medula espinal e está localizado na parte inferior do tronco 
encefálico. A ponte está localizada acima do bulbo, anterior ao cerebelo, e faz a conexão das 
partes do encéfalo. Já o mesencéfalo faz a conexão entre a ponte e o diencéfalo, possui uma 
grande quantidade de substância negra. 
“É a região central do cérebro, recoberto pelos hemisférios e dividido em grande parte pelo 
terceiro ventrículo em esquerdo e direito, contém: tálamo está localizado em ambos os 
hemisférios cerebrais, constituído por massas ovais e de fácil visualização próximo ao terceiro 
ventrículo.O hipotálamo é uma pequena porção de diencéfalo localizada logo abaixo do 
tálamo. A glândula pineal possui uma pequena massa, do tamanho de uma ervilha e está 
localizada posterior ao terceiro ventrículo” (TORTORA, 2017, p. 266). 
O cerebelo está localizado na fossa craniana, na parte posterior e dorsalmente ao bulbo e à 
ponte, possui dois hemisférios. 
É constituído pelo córtex cerebral. Na sua parte externa fica a substância cinzenta e, na 
região mais interna, a substância branca e núcleos de substâncias cinzentas. O córtex 
possui dobras enroladas, formando pregas, chamadas de giros. Os sulcos profundos 
entre as pregas são as fissuras e as fendas rasas e alongadas de sulco. 
O telencéfalo é divido em dois hemisférios cerebrais por uma fissura alongada 
longitudinal. Cada hemisfério cerebral tem quatro lobos que são descritos de acordo 
com os ossos do crânio: lobo frontal, parietal, temporal e occipital. 
Observe a constituição do telencéfalo na Figura 2.11: 
Figura 2.11: Córtex cerebral, hemisférios e lobos 
 
Fonte: Larosa (2018, p.242). 
 
Estrutura do SNC localizada no canal vertebral da coluna que é protegida pelos ossos 
da própria coluna, ligamentos vertebrais, meninges e líquido cerebrospinal, se estende 
do bulbo até a segunda vértebra lombar. No homem adulto, mede cerca de 45 cm, 
sendo um pouco menor na mulher. 
Figura 2.12: Medula espinal 
 
Fonte: Larosa (2018). 
 
Nervos que deixam a região lombar, sacral e coccígea em diferentes locas da coluna 
vertebral, para a parte inferior, semelhantes ao aglomerado de cabelos, são chamados 
de cauda equina. 
O SNP (Sistema Nervoso Periférico) é constituído por aglomerado de neurônios, 
gânglios nervosos e nervos, feixes de prolongamentos dos neurônios. Estão presentes 
as células satélites e células de Schwann. 
As células satélites, encontradas em volta dos corpos dos neurônios nos gânglios 
nervosos, apresentam as seguintes características: achatada, núcleo escuro, pequena, 
possuem lâmina basal e junções gap. Já as células de Schwann apresentam as 
características: alongada, núcleo alongado, complexo de Golgi e poucas mitocôndrias. 
Envolve o axônio e formam fibras mielínicas. 
A medula espinal se comunica com algumas partes específicas do corpo pelos 31 pares 
de nervos espinais. Esses nervos saem da medula para a periferia pelos forames 
vertebrais, são nomeados de acordo com a vértebra inferior. Sendo assim, recebem o 
nome da região que saem da coluna vertebral, são: oito pares de nervos cervicais (C), 
12 torácicos (T), cinco lombares (L), cinco sacrais (S) e um par coccígeo (C), totalizando 
31 pares, como pode ser observado na Figura 2.13. 
Figura 2.13: Nervos espinais 
 
Os nervos espinais possuem as seguintes fibras: 
 
 
São 12 pares de nervos cranianos, originados no encéfalo, responsáveis por estímulos 
motores e sensitivos e é responsável pela conexão do encéfalo com o corpo. São 
descritos por algarismo romano e nomes. Os nomes descrevem as funções e os 
algarismos sua origem do encéfalo. 
Veja os nervos cranianos na Figura 2.14: 
Figura 2.14: Nervos 
cranianos 
 
Fonte: Larosa (2018). 
As terminações nervosas estão presentes nas extremidades, possuem complexidade va
riada e alta especificidade. Podem ser: terminações nervosas aferentes (sensitivas), 
que são os receptores; e terminações nervosas eferentes (motoras), os efetores. 
São aglomerados de corpos de neurônios fora do SNC, próximo à coluna vertebral e se 
conectam aos nervos. 
Nesta unidade, foram abordados os fundamentos da Anatomia Humana e o sistema 
nervoso. É extremamente importante que se atente para o percurso histórico da 
Anatomia, foi nesse itinerário que ela se alicerçou como área deconhecimento e se 
tornou base para outras áreas, como Biologia, Medicina e Embriologia. Diante do 
conteúdo abordado, o aluno já consegue reconhecer os planos e eixos, divisão do 
corpo humano, termos direcionais e cavidades, ou espaços, e consegue identificar suas 
relações com outras estruturas do corpo e o movimento humano. 
Em relação ao Sistema Nervoso, incluindo o Sistema Nervoso Central (SNC) e o Sistema 
Nervoso Periférico (SNP), nesse tópico, foi abordada a organização, a função e suas 
principais estruturas. 
 
 
UNIDADE 4 
SISTEMA ENDOCRINO E GENITAL 
 
O conteúdo deste e-book refere-se ao estudo das bases anatômicas do sistema 
endócrino, genital masculino e genital feminino. Embora os sistemas citados possam 
ser estudados de forma individual, a relação anatômica entre eles sempre existirá, em 
maior, ou menor grau, o que faz com que o organismo atue de forma conjunta e 
organizada, sempre visando à homeostase dos sistemas. 
No tópico sobre o sistema endócrino, você irá estudar a anatomia das principais 
glândulas endócrinas do nosso corpo, destacando o local no qual elas estão dispostas, 
as suas características anatômicas e quais hormônios secretam. Depois disso, as 
funções básicas dos hormônios sintetizados serão descritas e associadas às possíveis 
funções, alterações e patologias do nosso organismo. Com base no aprendizado, você 
será capaz de interpretar, de forma satisfatória, quais são as relações entre o sistema 
endócrino e o funcionamento do organismo. 
No tópico sobre a anatomia do sistema genital masculino, este e-book vai trazer para 
você detalhes sobre a forma e localização dos órgãos que compõem o sistema em 
questão. Além disso, associações clínicas, patológicas e correlações com demais 
sistemas orgânicos serão abordados, visando a um aprendizado mais generalizado e 
abrangente sobre o conteúdo. 
De forma semelhante, o tópico sobre a anatomia do sistema genital feminino vai trazer 
para você as informações essenciais ao conhecimento das estruturas e funções dos 
órgãos genitais, de forma que você se torne capacitado para entender e interpretar 
possíveis distúrbios que afetem o sistema em questão. 
As funções do organismo são reguladas, basicamente, pelo sistema nervoso e pelo 
sistema endócrino, você sabia disso? Por via de regra, o sistema endócrino exerce 
funções, principalmente, dirigindo a velocidade de reações químicas nas células, o 
transporte das substâncias pelas membranas celulares, ou outros aspectos do 
metabolismo celular, como crescimento e secreção. Portanto, que tal sabermos mais 
detalhes sobre o sistema endócrino? 
O sistema endócrino consiste em um conjunto de órgãos, denominado glândulas 
endócrinas, que apresentam como atividade característica a produção de secreções 
denominadas hormônios. Você sabe o que é uma glândula? Vamos juntos 
compreender de uma forma simples e fácil: uma glândula é um órgão, constituído de 
tecido epitelial, cuja utilidade é secretar substâncias com uma função predeterminada. 
Essa substância pode ser secretada no interior do sistema circulatório (secreção 
endócrina), ou fora dele (secreção exócrina). (DÂNGELO; FATTINI, 2001) 
 
Para aprendermos ainda mais, precisamos conhecer detalhes sobre as glândulas. Veja: 
as glândulas endócrinas, também chamadas de glândulas de secreção interna, ou 
glândulas sem ducto, estão representadas por órgãos relativamente pouco volumosos 
e localizados em regiões diversas do corpo. Por não possuírem ductos excretores, 
lançam seus respectivos produtos de secreção – os hormônios – diretamente na 
corrente sanguínea. 
Os hormônios são os mensageiros químicos cuja função, em última análise, é manter a 
homeostase (funcionamento normal do organismo). (TORTORA, 2017) 
Entre as glândulas endócrinas que você irá estudar neste conteúdo, temos: hipófise, 
tireoide, paratireoide, suprarrenais, pâncreas endócrino e timo. 
A hipófise consiste em um órgão ovoide com, aproximadamente, 1 cm de diâmetro, 
situado na cavidade craniana, especificamente, na fossa hipofisária do osso esfenoide 
(sela túrcica) e unida ao cérebro (hipotálamo) pelo infundíbulo (MOORE; DALLEY; 
AGUR, 2014). Por ser uma glândula que secreta vários hormônios, alguns deles 
atuando sobre outras glândulas, ela é considerada a “glândula das glândulas” 
(TORTORA, 2017). 
Para você interpretar, de forma ideal, a anatomia da glândula hipófise, é preciso saber: 
sua anatomia descreve duas partes, uma anterior, chamada de adenoipófise, e uma 
posterior, chamada de neurohipófise. Os lobos anterior (adenoipófise) e posterior 
(neurohipófise) são considerados órgãos endócrinos, pois secretam oito hormônios 
muito importantes, sendo seis pela divisão anterior e dois pela divisão posterior. 
Veja, na Figura 3.1, como se dá essa divisão: 
Figura 3.1: Anatomia da glândula hipófise 
 
Fonte: Bárbara Gomes de Oliveira, 3 set. 2013. Disponível em: <https:// 
commons.wikimedia.org/wiki/File:Hip%C3%B3fise_ou_Gl%C3%A2ndu- 
la_Pituit%C3%A1ria.jpg>. Acesso em: 28 fev. 2019. 
 
 
Hormônios secretados pela divisão posterior (neurohipófise) e suas funções básicas: 
 
 
Anatomicamente, está situada no plano mediano do pescoço, imediatamente abaixo 
da laringe, lateral e anteriormente à traqueia. Sabia que a glândula tireoide tem o 
formato semelhante a uma letra do alfabeto? Então, ela possui formato aproximado à 
letra H, constituída por dois lobos laterais dispostos verticalmente (direito e esquerdo) 
e um istmo disposto horizontalmente, unindo os dois lobos. 
Observe a anatomia dessa glândula, na Figura 3.2: 
 Figura 3.2: Anatomia da glândula 
tireoide e paratireoides 
 
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Thyroid_gland-kr.svght- 
tps://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tiroide_paratiroide_gal.jpg 
Secreta, principalmente, os hormônios denominados triiodotironina (T3) e tiroxina 
(T4), dependendo do TSH e também do Iodo exógeno (LAROSA, 2016). 
A tiroxina (T4) é o hormônio que a tireoide produz em mais quantidade, entretanto, a 
glândula também secreta quantidade significativa de triiodotironina (T3). As funções 
destes hormônios são, qualitativamente, as mesmas, mas, no entanto, diferem pela 
intensidade de ação. A T3 é cerca de quatro vezes mais potente que a T4, justificando 
sua menor quantidade na circulação sanguínea (TORTORA, 2017). 
O principal efeito dos hormônios tireoidianos é o de aumentar as atividades 
metabólicas da maioria dos tecidos do corpo, sendo que a taxa metabólica pode 
aumentar em até 100% acima do normal, quando são secretadas grandes quantidades 
desses hormônios (TORTORA, 2017). 
Iodo e glândula tireoide – relações entre o elemento e a glândula: para a formação de 
níveis suficientes de tiroxina (T4), são necessários cerca de 100 mg de iodo, ingerido a 
cada dois anos. Portanto, para se prevenir de uma deficiência de iodo e, 
consequentemente, de T4, o sal de cozinha (NaCl), que é iodado, deve ser ingerido em 
quantidades suficientes para o organismo. 
O iodeto de sódio ingerido é absorvido do trato gastrointestinal para o sangue e 
removido, seletivamente, do sangue para as células da glândula tireoide. 
 
Consiste em pequenas glândulas, localizadas na metade medial da face posterior dos 
lobos da glândula tireoide. Seu número varia de dois a seis, cada uma delas mede, no 
máximo, 6 mm e possui um aspecto macroscópico de gordura parda escura, portanto, 
são difíceis de serem localizadas durante cirurgias de tireoide (MOORE; DALLEY; AGUR, 
2014). 
A glândula paratireoide, que vimos na figura anterior, é responsável por secretar o 
hormônio paratireoide (PTH). Há muitos anos, sabe-se que a atividade aumentada da 
glândula paratireoide provoca uma rápida absorção de sais de cálcio dos ossos, 
resultando hipercalcemia no líquido extracelular. Inversamente, a hipofunção das 
glândulas paratireoides causa uma hipocalcemia, quase sempre resultando em tetania. 
(TORTORA, 2017) 
 
Até o mais ligeiro decréscimo na concentração de íon cálcio no líquido extracelularfaz com 
que as glândulas paratireoides aumentem sua secreção. Por exemplo, elas ficam aumentadas 
no raquitismo, no qual os níveis de íon cálcio estão deprimidos. Por outro lado, condições que 
aumentam a concentração do íon cálcio dão origem a uma atividade menor e à redução de 
tamanho das glândulas paratireoides. Tais condições incluem quantidades excessivas de cálcio 
na dieta, absorção óssea causada por desuso dos ossos e aumento de vitamina D. (TORTORA, 
2017) 
São órgãos bilaterais, triangulares e medem, aproximadamente, 5 cm de diâmetro. As 
glândulas suprarrenais estão localizadas na região do abdome e sobre o polo superior 
dos rins. É possível identificar duas porções endócrinas diferentes, o córtex (periférico) 
e a medula (central), ambos com secreções hormonais diferentes (MOORE; DALLEY; 
AGUR, 2014). Veja, a seguir, a anatomia da glândula suprarrenal. 
Figura 3.3: Anatomia da 
glândula suprarrenal 
 
Fonte: Bjecas, 31 maio 2018. Disponível em: <https://commons.wikime- 
dia.org/wiki/File:Gl%C3%A1ndula_suprarrenal.png>. Acesso em: 28 fev. 2019. 
A medula está relacionada, funcionalmente, com o sistema nervoso simpático e 
secreta os hormônios adrenalina e noradrenalina. O córtex suprarrenal, por sua vez, 
secreta um grupo muito diferente de hormônios chamados corticosteroides, 
sintetizados a partir do esteroide colesterol (LAROSA, 2016). 
 
 
Localizado no abdome, posteriormente ao estômago, é uma glândula mista (possui secreção 
endócrina e exócrina) com forma semelhante a da letra J e se dispõe de forma ligeiramente 
transversal, na qual se descreve uma cabeça, um corpo e uma cauda (da direita para esquerda) 
(MOORE; DALLEY; AGUR, 2014), como mostra a Figura 3.4. 
 
Fonte: Don Blis, 3 mar. 2017. Disponível em: <https://commons.wikime- 
dia.org/wiki/File:Duodenumandpancreas_es.jpg>. Acesso em: 28 fev. 2019. 
O pâncreas é composto de dois tipos principais de tecidos: 
 
Quando a concentração de glicose sérica fica acima do normal, o pâncreas secreta 
quantidades de insulina que facilitam o transporte de glicose para o interior das células 
e a disponibiliza para funções celulares. Por exemplo, após uma refeição, os níveis de 
insulina aumentam, proporcionalmente, aos níveis de glicose ingerida e ocorre o 
transporte de glicose para o interior das células hepáticas e musculares, 
transformando-as em reservas de glicogênio (glicogênese) (TORTORA, 2017). 
De modo inverso, a falta ou redução de atividade da insulina faz com que a glicose 
sérica aumente, ou permaneça elevada, uma vez que o transporte para o interior das 
células é dificultado (TORTORA, 2017). Essa condição caracteriza o diabetes mellitus 
tipo I ou II, a depender do caso. 
 
O glucagon tem várias funções que são opostas às da insulina. Dentre elas, a 
mais importante é a de aumentar a concentração sérica de glicose. O efeito mais drásti
co do glucagon é sua capacidade em “quebrar as reservas de glicogênio do 
fígado” (glicogenólise) e transformá-lo em glicose sérica (TORTORA, 2017). 
As alterações da concentração sérica da glicose exercem, assim como na insulina, 
efeito sobre a secreção do glucagon. Inversamente ao que acontece com insulina, a 
redução dos níveis séricos de glicose aumentam a secreção de glucagon, fenômeno 
que ocorre, por exemplo, no jejum prolongado ou na prática intensa de atividades 
físicas, quando o organismo necessita de glicose circulante para utilizar como substrato 
energético (TORTORA, 2017). 
 
Você conhece a glândula do timo? Sabe quais suas características e funções? Pois 
então, vamos conhecê-la melhor: é uma glândula endócrina, localizada na parte 
inferior do pescoço e parcialmente no mediastino superior, durante a infância. Possui 
dois lóbulos, relaciona-se anteriormente com o osso esterno, posteriormente com o 
pericárdio fibroso e lateralmente com os pulmões. Fisiologicamente, o timo secreta o 
hormônio timosina, responsável por manter e promover a maturação de linfócitos e 
órgãos linfoides, como linfonodos e o baço (TORTORA, 2017). 
O timo é uma glândula com maior atividade na infância, período em que o organismo 
se prepara para modular um sistema imunológico eficiente. Com o passar da idade, 
após a puberdade, o timo sofre involução gradual e é substituído por tecido adiposo 
em sua maior parte, ficando praticamente inerte de suas funções iniciais (LAROSA, 
2016). 
Observe, na Figura 3.5, a anatomia do timo: 
Figura 3.5: Anatomia do timo 
 
O sistema genital masculino consiste em um conjunto de órgãos encarregados, de forma geral, 
pela reprodução, no sexo masculino. Anatomicamente, podemos dividi- lo em (DÂNGELO; 
FATTINI, 2001): 
 
Consiste nos testículos. São órgãos pares, ovoides e localizados no interior da bolsa 
escrotal. Sua estrutura é melhor estudada microscopicamente, mas algumas 
informações podem ser registradas, esquematicamente. 
Veja a anatomia do testículo na imagem a seguir: 
 
 
Fonte: Henry Vandyke Carter, 1918. Disponível em: <https://commons. 
wikimedia.org/wiki/File:Gray1148.png>. Acesso em: 28 fev. 2019. 
 
Apresentam uma camada fina de revestimento (túnica albugínea) que, em 
determinados pontos, se invaginam em direção ao centro do órgão, formando os 
lóbulos testiculares. Estes, por sua vez, são preenchidos por túbulos seminíferos 
contorcidos que sintetizam os espermatozoides e confluem em direção ao epidídimo 
pelos túbulos seminíferos retos. A partir da puberdade, produzem também hormônios, 
principalmente, a testosterona, que é responsável pelo aparecimento dos caracteres 
sexuais secundários. 
Você conhece a anatomia do epidídimo? Sabe quais suas características e funções? 
Pois, então, vamos conhecê-lo melhor: o epidídimo é um órgão par, localizado na 
margem posterosuperior dos testículos, com um formato aproximado à letra ‘C’, pois 
descreve uma cabeça (superiormente), corpo e uma cauda (inferiormente). 
Os túbulos do testículo confluem com a secreção em direção ao epidídimo e ali os 
espermatozoides são armazenados, até o momento da ejaculação, como visto na 
figura anterior. 
O ducto deferente é tão importante quanto os demais órgãos do sistema genital 
masculino. Vamos estudá-lo com mais detalhes: é a continuação da cauda do 
epidídimo e conduz os espermatozoides até o ducto ejaculatório. Por conta dos 
testículos estarem localizados externamente à pelve e o ducto ejaculatório 
internamente, o ducto deferente descreve um trajeto ascendente e penetra na 
cavidade abdominopélvica, por meio de uma passagem músculoaponeurótica, o canal 
inguinal. Pelo canal inguinal, passam também demais estruturas relacionadas com os 
testículos, como veias, artérias, nervos e vasos linfáticos. Ao conjunto destas 
estruturas, incluindo o ducto deferente, dá-se o nome de funículo espermático. 
Observe a figura a seguir: 
 
Fonte: Rhcastilhos, 25 abr. 2007. Disponível em: <https://commons.wiki- 
media.org/wiki/File:Vasectomia.jpg>. Acesso em: 28 fev. 2019. 
 
Vamos conhecer mais sobre a anatomia do ducto ejaculatório: é formado pela união 
do ducto deferente com o ducto de vesícula seminal, como visto na figura anterior. 
Possui trajeto contido no interior da próstata, desembocando na uretra prostática, 
para lançar sua secreção, que é conduzida pela uretra até o meio externo. 
O entendimento da anatomia do pênis é essencial no estudo do sistema genital 
masculino. O pênis é o órgão masculino de cópula, formado, basicamente, por três 
cilindros de tecido erétil, os dois corpos cavernosos e o corpo esponjoso. Ambos os 
cilindros são envolvidos por túnica (albugínea) fáscias (profunda e superficial) e por 
pele distensível externamente. 
O pênis apresenta uma raiz e um corpo. A raiz é a porção fixa revestida pelos músculos 
bulboesponjoso e isquiocavernoso e o corpo é a parte livre recoberta por pele. Na 
extremidade distal do corpo peniano, a glande apresenta-se recoberta por uma dupla 
camada de pele (prepúcio) que apresenta uma prega mediana inferior (frênulo do 
prepúcio). Observe, na figura a seguir,a anatomia peniana. 
Figura 3.8: Anatomia do pênis 
 
Fonte: Henry Vandyke Carter, 1918. Disponível em: <https://en.wikipedia. 
org/wiki/File:Gray1158.png>. Acesso em: 28 fev. 2019. 
Um equívoco relativamente comum, que acontece no dia a dia da sociedade, é a 
confusão entre os termos escroto e testículo, sendo que muitas vezes o indivíduo 
interpreta como se fossem a mesma estrutura anatômica. Como você já estudou a 
anatomia do testículo e vai agora estudar a anatomia da bolsa escrotal, cabe a você 
atentar-se às diferenças básicas e corrigir possíveis equívocos de seus colegas de 
trabalho, família e amigos. A anatomia do escroto é uma bolsa situada posteriormente 
ao pênis e inferiormente ao monte púbico. É dividido internamente por um septo, 
proporcionando dois compartimentos, cada um contendo um dos testículos. Na 
superfície externa da bolsa escrotal, o septo de divisão corresponde a uma linha 
pigmentada, a rafe do escroto. A pele que reveste o escroto é delgada e pigmentada. 
Uma camada de músculo liso reveste internamente a pele da bolsa escrotal e recebe o 
nome de túnica dartos. 
O escroto, por meio de sua arquitetura, propicia uma temperatura favorável à 
sintetização dos espermatozoides e a túnica dartos atua regulando e mantendo essa 
temperatura otimizada. Visto isso, fica claro para você que testículo e bolsa escrotal 
são estruturas completamente diferentes e independentes? Além de aprender, você 
pode também ensinar sobre essas diferenças a seus conhecidos. Veja, na imagem a 
seguir, a anatomia do escroto. 
Figura 3.9: Anatomia do escroto 
 
Fonte: OpenStax College, 2 maio 2013. Disponível em: <https://com- 
mons.wikimedia.org/wiki/File:Figure_28_01_02.JPG>. Acesso em: 28 fev. 2019. 
Anatomia das vesículas seminais: você saberia responder, se questionado, quais as 
características anatômicas das vesículas seminais? Portanto, leia a seguir e esclareça 
suas dúvidas: as vesículas seminais são duas bolsas saculiformes posteroinferiores ao 
fundo da bexiga. Possuem um formato com fundo cego voltado superiormente e uma 
extremidade inferior estreitada e voltada para a próstata. A extremidade inferior 
forma o chamado ducto da vesícula seminal, que se une com o ducto deferente para 
formar o ducto ejaculatório. A vesícula é responsável pela produção do sêmen, líquido 
que ativa os espermatozoides e facilita a progressão deles. 
Anatomia da próstata: a próstata é uma glândula muito comentada no dia a dia, 
principalmente, com a campanha do ‘novembro azul’, período em que o combate ao 
câncer de próstata é divulgado em massa. Para se engajar na campanha do novembro 
azul, nada melhor que saber mais sobre a anatomia desse órgão: a próstata é um 
órgão ímpar, situado inferiormente ao colo da bexiga e atravessado em toda sua 
extensão pela uretra. Formado, principalmente, por musculatura lisa, tecido fibroso e 
tecido glandular, a próstata produz secreção que se junta à secreção das vesículas e 
proporciona odor característico ao sêmen. A secreção prostática é lançada 
diretamente na parte prostática da uretra pelos pequenos e numerosos ductos 
prostáticos. 
 
Glândulas bulbouretrais: a disseminação do conhecimento sobre a anatomia das 
glândulas bulbouretrais não é rotineira. Sendo assim, boa parte da população e, até 
mesmo estudantes do ensino superior, sabem pouco sobre as características e funções 
dessas glândulas. Dessa forma, um profissional qualificado tem por objetivo saber mais 
a respeito dessas pequenas glândulas. A anatomia das glândulas bulbouretrais consiste 
em duas pequenas glândulas localizadas inferiormente à próstata, no espaço profundo 
do períneo. Secretam um muco pré-ejaculatório, diretamente na uretra esponjosa, que 
lubrifica e limpa/esteriliza o canal uretral para otimização do papel dos 
espermatozoides. 
As glândulas acessórias podem ser visualizadas na figura a seguir: 
Figura 3.10: Vista posterior da anatomia da vesícula seminal, próstata e glândula 
bulbouretral 
 
Fonte: Henry Vandyke Carter, 1918. Disponível em: <https://commons. 
wikimedia.org/wiki/File:Gray1160.png>. Acesso em: 28 fev. 2019. 
 
O sistema genital feminino (SGF) consiste em um conjunto de órgãos encarregados, de forma 
geral, da reprodução, no sexo feminino. Anatomicamente, podemos dividi- lo em (DÂNGELO; 
FATTINI, 2001): 
 
 
São os ovários. Órgão par (2), ovoide e localizado no interior da pelve feminina, os ovários são 
fixados pelos ligamentos mesovário e suspensor. É o órgão responsável pela produção do 
óvulo e dos hormônios, que conferem as características sexuais secundárias, e atuam sobre o 
útero no fenômeno de nidação (implantação) do óvulo fecundado (LAROSA, 2016). 
Anatomia das tubas uterinas: tubo de musculatura lisa que se comunica lateralmente 
com o ovário e cavidade peritoneal e medialmente com a cavidade uterina, para qual 
vai conduzir o óvulo liberado pelo ovário. 
A tuba uterina é subdividida em quatro partes que, de lateral para medial, são: 
infundíbulo, ampola, istmo e parte uterina/intramural. O infundíbulo apresenta um 
formato de funil e, na sua base, possui projeções digitiformes chamadas de fimbrias, 
as quais coletam o óvulo liberado na superfície do ovário. O óvulo é, então, conduzido 
de sua extremidade lateral e os espermatozoides passam em direção oposta, 
ocorrendo a fecundação, geralmente, na região da ampola. 
Anatomia do útero: o útero é o órgão que aloja o ser vivo (feto), após a fecundação e 
ali o mantém até o período do parto. Para compreender sua anatomia, você deve 
saber que ele é um órgão cavitário, que se comunica inferiormente com o canal vaginal 
e superiormente com os óstios da tuba uterina. Nele se distinguem quatro partes: um 
fundo, anterosuperiormente; um corpo, que consiste na maior parte do órgão; um 
istmo, que é a região inferior e mais estreitada do corpo; e o cérvix (colo uterino), que 
se projeta na vagina e com ela se comunica por meio do óstio uterino. Sua estrutura 
apresenta três camadas: uma externa, ou perimétrio; média, ou miométrio; interna, 
ou endométrio. O miométrio é espesso e é a cavidade uterina pequena, no útero não 
gravídico, mas ambos sofrem grandes alterações durante a gravidez. 
Figura 3.11: Anatomia do ovário, tubas uterinas e útero 
 
Fonte: BruceBlaus, 3 jan. 2014. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/ 
wiki/File:Blausen_0732_PID-Sites.png>. Acesso em: 28 fev. 2019. 
 
 
Anatomia da vagina: da mesma forma que, constantemente, confunde-se testículo 
com bolsa escrotal, muitos estudantes apresentam dúvidas, quando perguntados 
sobre a diferença entre vagina e órgãos genitais externos. Portanto, saiba que as 
estruturas mencionadas não são as mesmas, anatomicamente e funcionalmente 
falando. A anatomia da vagina consiste em um tubo muscular de paredes, geralmente, 
colabadas que se comunicam superiormente com a cavidade uterina por meio do óstio 
uterino e inferiormente com o meio externo pelo óstio vaginal. A cavidade uterina e a 
vaginal constituem em conjunto o chamado canal do parto, por meio do qual o feto 
passa ao nascimento (em caso de parto normal). 
Nas virgens, o óstio vaginal é parcialmente (ou totalmente, dependendo o caso) 
fechado por uma membrana de tecido conjuntivo, o hímen, que pode variar de forma 
e tamanho. 
Anatomia dos órgãos genitais externos: consiste em um conjunto de órgãos 
denominados de pudendo feminino. Nele, incluem-se: 
Figura 3.12: Anatomia dos órgãos genitais externos (pudendo feminino 
 
 
Fonte: Henry Vandyke Carter, 1918. Disponível em: <https://en.wikipedia. 
org/wiki/File:Gray1229.png>. Acesso em: 28 fev. 2019. 
 
 
 
O sistema endócrino, por meio de suas glândulas que sintetizam e secretam os 
hormônios diretamente na corrente sanguínea, exerce função primordial no controle 
do metabolismo, tornando-se, assim, um sistema indispensável para manutenção da 
homeostase. 
O conjunto de órgãos que compõem o sistema genital masculino é encarregado, de 
forma geral, pela reprodução masculina. Desde a produção pelostestículos, maturação 
pelo epidídimo, transporte pelos ductos e otimização dos espermatozoides pelas 
secreções glandulares, o sistema genital masculino atua em conjunto, 
visando à fecundação. 
Os órgãos do sistema genital feminino atuam em conjunto para as funções 
reprodutoras do sexo feminino. Desde a produção do gameta feminino, transporte do 
óvulo, alojamento do embrião e passagem do feto pelo canal do parto, os órgãos estão 
em sintonia funcional. 
De forma geral, este e-book elucida a importância de conhecer as bases anatômicas e 
funcionais dos sistemas endócrino, genital masculino e genital feminino. No entanto, 
estudos adicionais são bem-vindos e, certamente, auxiliam ainda mais no 
conhecimento. 
 
UNIDADE 5 
SISTEMA CARDIORRESPIRATÓRIO, DIGESTÓRIO E URINÁRIO 
 
Muito bem-vindo(a) a mais uma unidade. 
A Unidade 4 está dividida em quatro tópicos. 
No primeiro tópico, serão abordados os sistemas circulatório e linfático, apresentando 
as estruturas anatômicas, como: coração; artérias; veias; circulação sistêmica e fetal. O 
tópico tem como objetivo descrever os aspectos anatômicos dos sistemas e sua 
relação com outros tecidos e órgãos. 
No segundo tópico, serão abordados os aspectos morfológicos das estruturas que 
compõem o sistema respiratório e sua relação com outros órgãos e sistemas. 
Esse sistema merece sua atenção por conta das mudanças na dinâmica dos gases 
durante a prática do exercício físico. Estudos aprofundados acontecerão nas disciplinas 
de Fisiologia Humana e Fisiologia do Exercício. 
O sistema digestório é foco do terceiro tópico. Esse sistema está relacionado ao 
processo de ingestão, secreção, mistura e movimento, digestão, absorção e defecação. 
As estruturas abordadas são: boca; glândulas salivares; dentes; faringe; esôfago; 
estômago; intestino delgado; intestino grosso; fígado; vesícula biliar; pâncreas 
exócrino e suas relações. 
O último tópico abordado será o sistema urinário, tendo como enfoque as 
características morfológicas dos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra. 
Desejamos a você um excelente estudo! 
O sistema circulatório é um conjunto de estruturas especializadas responsáveis pela circulação 
sanguínea, transporte de oxigênio, nutrientes e resíduos para todos os tecidos do corpo. É 
dividido em sistema cardiovascular e linfático. O sistema cardiovascular conduz o sangue do 
coração para todos os tecidos do corpo. Já o sistema linfático movimenta a linfa. 
O coração é o órgão que controla o sistema circulatório. Estruturalmente, possui uma base e o 
ápice está localizado na cavidade torácica, entre os dois pulmões. Morfologicamente, 
apresenta três camadas: 
 
 
O coração possui, ainda, quatro câmaras cardíacas: as duas superiores são os dois 
átrios, esquerdo e direito; as câmaras inferiores são os dois ventrículos, esquerdo e 
direito, essas duas estruturas são separadas pelo septo interventricular. Uma porção 
membranosa, o septo atrioventricular separa os dois átrios dos dois ventrículos. 
Veja essas estruturas na Figura 4.1: 
O retorno venoso da periferia para o coração é feito pelos vasos sanguíneos ligados à 
base do coração. As veias cava superior e inferior estão ligadas, diretamente, ao átrio 
direito, local de entrada do sangue no coração. O tronco pulmonar faz ligação do 
ventrículo direito com o pulmão. As veias pulmonares conectam o pulmão com o átrio 
esquerdo e a aorta conecta o ventrículo esquerdo com a circulação sistêmica. 
O retorno sanguíneo dos ventrículos para os átrios é impedido pelas válvulas 
atrioventriculares. A válvula que conecta o átrio direito com o ventrículo direito 
apresenta três pregas, anatomicamente chamadas de cúspides, originando o termo 
tricúspide. 
 
As válvulas semilunares impedem o refluxo sanguíneo do tronco pulmonar e da artéria 
aorta. 
Observe a Figura 4.2: 
Figura 4.2: Fluxo sanguíneo no coração 
 
 
A circulação pulmonar, ou pequena circulação, é caracterizada pela circulação sanguínea entre 
o coração e o pulmão. Ela se inicia no ventrículo direito, até o pulmão, passando pelo tronco 
pulmonar e, no pulmão, o sangue chega rico em dióxido de carbono, mas pobre em oxigênio. 
Assim, ocorre a hematose e o sangue retorna para o átrio esquerdo pelas veias pulmonares. 
No coração, o sangue rico em oxigênio é bombeado para a circulação sistêmica. 
 
Analise o fluxo da circulação na Figura 4.3. 
Figura 4.3: Circulação pulmonar e sistêmica 
 
Fonte: Tortora (2017, p. 378). 
Circulação fetal difere das outras já estudas até aqui, sendo caracterizada pelo suprimento das 
necessidades orgânicas do feto durante o período uterino. A ligação do feto com o meio 
externo é feita pela placenta e o suprimento de sangue do feto ocorre pela veia umbilical, 
direcionando o sangue para o fígado e veia cava inferior. A comunicação entre a veia umbilical 
e a veia cava inferior é feita pelo ducto venoso. O sangue passa pela veia cava inferior, 
chegando ao átrio direito de onde é bombeado para átrio esquerdo pelo forame oval. Do átrio 
esquerdo, esse sangue é bombeado para o ventrículo esquerdo e em seguida para a aorta. 
 
As artérias e as arteríolas possuem camadas que envolvem o lúmen de fluxo 
sanguíneo. São formadas por três túnicas: 
 
Veja, na figura a seguir, como se dão essas formações. 
Figura 4.4: Estrutura das artérias e arteríolas 
 
 
São vasos sanguíneos microscópicos, responsáveis pela ligação entre as arteríolas e 
as vênulas, especializados em trocas com os tecidos e troca gasosa. Os capilares estão 
presentes em todas as células de todos os tecidos do corpo. Possuem apenas uma 
íntima, membrana basal, células endoteliais e tecido conjuntivo e são compostos, 
praticamente, pelo endotélio. 
Figura 4.5: Estrutura do capilar 
 
As vênulas são formadas a partir da união de vários capilares e recebem o sangue dos 
próprios capilares, drenando-os para as veias. As veias são responsáveis pelo retorno do 
sangue para o coração com pouca constrição e também possuem a capacidade de 
armazenamento. Elas possuem estruturas semelhantes às artérias e arteríolas, porém, com 
paredes mais finas e lúmen amplo em relação à artéria. Numericamente, existem mais veias e 
vênulas no organismo que artérias e arteríolas. Além disso, o calibre das veias e vênulas são 
maiores que nos vasos arteriais. Possui circulação passiva, ou seja, depende da musculatura 
adjacente sem pressão. Contém válvulas, que mantêm fluxo unidirecional, mas dependente da 
musculatura. 
Esse sistema é formado por vasos linfáticos, linfa, inúmeras estruturas e órgãos 
linfoides. Os vasos linfáticos estão localizados próximos às células e, quando os 
componentes plasmáticos passam pelos capilares sanguíneos (sistema de filtragem), 
forma-se o líquido intersticial. Ao passar para os vasos linfáticos, esse líquido passa a 
ser chamado de linfa. 
O sistema linfático possui três funções primárias: 
 
 
Fonte: Tortora (2017, p. 423). 
Frequentemente, quando passamos por alguma situação de estresse, ou mesmo 
praticamos alguma atividade física, como yoga ou meditação, ouvimos a clássica 
expressão “Inspira... Expira...”, buscando que controlemos nossa respiração. Neste 
tópico, estudaremos as estruturas anatômicas responsáveis por esses fenômenos. 
Os movimentos de inspiração e expiração fornecem ar para o sistema respiratório, 
contribuindo para a troca gasosa. A inspiração, ou inalação, é caracterizada pela 
entrada de ar para os pulmões e a expiração, ou exalação, é caracterizada pela saída 
do ar dos pulmões. 
O sistema respiratório, funcionalmente, é divido em duas partes: a parte condutora e a 
parte respiratória. 
Veja cada uma delas, a seguir: 
 
Estruturalmente, o sistema respiratório é formado pela parte superior, ou trato respiratório 
superior, e parte inferior, ou trato respiratório inferior. 
 
Observe os principais componentes do trato respiratório, na Figura 4.7 
Figura 4.7: Visão anterior do sistema respiratório 
 
O nariz possui duas estruturas, uma externa,na qual entra o ar, e a parte interna, no 
interior do crânio, chamada cavidade nasal. 
A parte externa possui duas aberturas, as narinas, formadas por osso e cartilagem. Já a 
cavidade nasal liga à faringe por meio de aberturas, possui quatro seios paranasais e 
dois ductos lacrimo nasais conectados, sendo dividida em duas cavidades, por um 
septo nasal. Nessa última parte, o ar inspirado é filtrado, aquecido e umedecido, tendo 
a função de detecção de odores e modificação do som da fala. 
 
A faringe é uma estrutura localizada posteriormente às cavidades nasais e 
anteriormente às vertebras cervicais. 
Sua parte superior, chamada de nasofaringe, contém a tonsila faríngea, na parede 
posterior, que possui epitélio pseudoestratificado colunar ciliado e também pode 
trocar pequenas quantidades de ar com as tubas auditivas. 
A porção medial, chamada de orofaringe, possui dois pares de tonsilas (palatinas e 
linguais), localizados entre a boca e a nasofaringe. A porção inferior, chamada de 
laringofaringe, está conectada com o esôfago e a orofaringe. 
 
A laringe é uma estrutura com cerca de 4 cm de diâmetro e 4 a 5 cm de comprimento. Ela é 
formada por cartilagens unidas por ligamentos e conectadas ao osso hioide por meio de 
pequenos músculos e ligamentos. Possui as cartilagens epiglótica, tireóidea, aritenóides, 
corniculadas e cuneiformes, duas pregas superiores, as pregas vestibulares, e duas pregas 
inferiores, as pregas vocais. 
 
 
Fonte: Larosa (2018). 
 
 
Traqueia 
Estrutura com 10 a 12 cm de comprimento e 2 a 3 cm de diâmetro, revestida por epitélio 
pseudoestratificado colunar ciliado. Possui 16 a 20 peças de cartilagem hialina em C, unidas 
nas extremidades por músculo liso. Está localizada anteriormente ao esôfago, na sua parte 
inferior, e, no último anel, encontra-se uma crista sagital, a carina, na qual se iniciam os 
brônquios. 
Os brônquios são originados da parte distal da traqueia, estão localizados entre a 
traqueia e os bronquíolos, no pulmão ramificam para os lobos, originando os 
brônquios secundários, ou lobares, e os brônquios terciários, ou segmentares. 
Observe a traqueia e os brônquios, na Figura 4.9. 
Figura 4.9: Traqueia e brônquios 
 
Bronquilios 
Ramificam-se dos brônquios terciários, em cinco a sete bronquíolos terminais, originando os 
bronquíolos respiratórios. Têm menos de 1mm, chegando a menos de 0,5 mm, nos 
bronquíolos terminais. Nos bronquíolos respiratórios, encontram-se os ductos alveolares, que 
permitem as trocas gasosas. 
Os ductos alveolares conectam os bronquíolos respiratórios aos sacos alveolares. Os 
alvéolos são uma projeção dos sacos alveolares, constituídos, basicamente, por células 
alveolares do tipo I e II, cada tipo de célula possuindo uma função específica em 
relação à troca gasosa. Os alvéolos se ligam por meio de orifícios na parede alveolar, 
originando os poros alveolares. 
Veja na Figura 4.10 toda essa estrutura, incluindo os bronquíolos. 
Figura 4.10: Ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos terminais 
 
Os pulmões estão localizados na cavidade torácica e acima do diafragma. Cada pulmão 
possui um ápice, face diafragmática, face costal e face mediastinal. 
Anatomicamente, o pulmão esquerdo possui dois lobos separados por uma fissura, já 
o direito, três lobos. 
Os pulmões são revestidos pelas pleuras, a visceral (mais interna) e a parietal (mais 
externa), são separadas pela cavidade pleural e o deslizamento entre ambas é 
favorecido pelo líquido pleural. 
Observe, na Figura 4.11, a composição dos pulmões: 
Figura 4.11: Pulmões esquerdo e direito 
 
 
O sistema digestório tem a responsabilidade de degradar os alimentos em moléculas menores, 
pelo processo de digestão, facilitando a absorção pelas células do corpo. É dividido em dois 
grupos: 
 
 
Observe, a seguir, o esquema de todo o sistema digestório. 
Figura 4.12: Sistema digestório 
 
Fonte: Tortora (2017). 
Detalharemos, a seguir, os principais elementos do sistema digestório. 
BOCA - A degradação dos alimentos inicia-se na boca, pelo processo mecânico da digestão. 
Nele, os dentes trituram o alimento, reduzindo-os para pedaços menores, a saliva liberada tem 
a função de umedecer, lubrificar e iniciar a digestão dos alimentos; a língua mistura o 
alimento, formando o bolo alimentar e faz a deglutição. 
 
GLANDULAS SALIVARES - Essas glândulas secretam a saliva, uma solução contendo enzimas, 
glicoproteínas, eletrólitos e imunoglobulinas. Uma pequena quantidade de saliva é secretada 
pelas glândulas salivares da cavidade oral, a maior quantidade é secretada pelas glândulas 
salivares, parótidas, submandibulares e as sublinguais. Possui uma porção secretora, 
responsável pela produção de substâncias da saliva, porção condutora, responsável pela 
liberação da saliva na cavidade oral. 
 
DENTES - São estruturas mineralizadas e duras, fixadas no maxilar e na mandíbula, são 32 na 
dentição permanente e 20 na dentição de leite. Eles são divididos em coroa, revestida de 
esmalte, e raiz, revestida de cemento. Os dentes responsáveis por cortar o alimento são os 
incisivos e caninos, por serem mais pontiagudos, já os responsáveis por triturar os alimentos 
em pedaços menores são os pré-molares e molares, por possuírem partes mais largas e 
achatadas. 
 
FARINGE - A faringe está localizada posteriormente às cavidades nasais e anteriormente às 
vertebrais cervicais. A parte nasal ou nasofaringe participa da respiração e da deglutição dos 
alimentos. A porção laringe ou laringofaringe está conectada com o esôfago e a orofaringe. 
Ambas as porções, oral e laríngea, conduzem o alimento para o esôfago, pelo movimento de 
contração da musculatura presentes nessas estruturas. 
 
ESOFAGO -É um tubo com comprimento de, aproximadamente, 25 cm, formado por músculo 
liso e liga a faringe ao estômago, localizado posteriormente à traqueia e anteriormente à 
coluna vertebral. 
 
ESTOMAGO - O estômago é uma porção do tubo digestivo que liga o esôfago ao 
duodeno. Anatomicamente, está localizado na cavidade abdominal, logo abaixo do 
diafragma. É formado por musculatura lisa e o movimento dessa musculatura 
homogeneíza o conteúdo gástrico com o suco gástrico, para formar o quimo. 
Estruturalmente, é dividido em quatro regiões: a cárdia, o fundo gástrico, o corpo 
gástrico e o piloro. 
 
 
A parte que liga o esôfago ao duodeno possui esfíncteres que têm a função de controlar a 
entrada e a saída do alimento. 
INTESTINO DELGADO 
É um tubo com, aproximadamente, 6 metros de comprimento, é dividido em jejuno, íleo e 
duodeno. Possui a função de absorver nutrientes, eletrólitos e água. A porção inicial é o 
duodeno. A superfície de absorção do intestino delgado é formada por vilos ou vilosidade, 
aumentando a superfície de absorção. Recebe secreções do pâncreas, que auxilia no processo 
de digestão de nutrientes. 
INTESTINO GROSSO 
Estruturalmente menor que o intestino delgado (1,5 metros de comprimento), porém, com 
maior diâmetro (6,5 cm). Anatomicamente, é dividido em ceco, apêndice, cólon ascendente, 
cólon transverso, cólon descendente, sigmoide, reto e ânus. Não possui vilosidade como o 
intestino delgado, é constituído por pequenas saculações do cólon, separadas entre si pelas 
pregas semilunares. 
FIGADO 
É tida como a maior glândula do corpo, pesa, aproximadamente, 1,5 kg situa-se na parte 
superior direita da cavidade abdominal, logo abaixo do diafragma, e é envolvido pelo 
peritônio. Anatomicamente, é dividido em quatro lobos: direito, esquerdo, quadrado e 
caudado. Tem a função de síntese, armazenamento e liberação de micro e macronutrientes; 
remoção de substâncias tóxicas e produção da bile. 
 
VESICULA BELIAR 
Órgão associado ao fígado, na parte inferior, possui de 3 a 5 cm de diâmetro e 10 cm de 
comprimento, possui o colo, corpo e fundo. Tem a função de armazenar a bile produzida no 
fígado. 
PANCREAS EXÓCRINO 
É uma glândula de característica mista, com função endócrina e exócrina. A porção endócrina 
produz a insulinae glucagon, a porção exócrina produz o suco pancreático. Possui de 20 a 25 
cm de comprimento, 5 cm de largura e 1 a 2 cm de espessura. Anatomicamente, é dividido em 
cabeça, corpo e cauda. É localizado na cavidade abdominal posteriormente ao estômago e 
junto ao duodeno e está protegido por peritônio e uma cápsula de tecido conjuntivo. 
SISTEMA URINÁRIO 
O sistema urinário tem a função de filtrar e eliminar, pela urina, substâncias em excesso e 
resíduos do metabolismo celular, mantendo a homeostase. Os rins produzem a urina, que 
passa pelos ureteres até chegar na bexiga, ficando armazenada e é excretada para fora do 
corpo pela uretra. Observe, a seguir, a imagem desse sistema. 
 
RINS- Os rins possuem aparência de um feijão e estão localizados na parte posterior da 
cavidade abdominal, cada um ao lado da coluna vertebral, próximo à altura da 12ª vértebra 
torácica e a 3ª vértebra lombar. É protegido contra choque pelo tecido adiposo e é formado 
pelo córtex e medula renal. Ao passar pela medula renal, a urina é coletada pelos cálices renais 
menores e maiores, que forma a pelve renal. A filtragem do sangue é realizada pelos néfrons. 
URETERES - São dois ureteres, tubos fibromusculares com 5 cm de diâmetro e 14 cm de 
comprimento, têm a função de conduzir a urina para a bexiga com movimentos peristálticos. 
BEXIGA URINÁRIA - É um órgão muscular na forma de bolsa no qual desembocam os ureteres. 
Localiza- se na cavidade pélvica e tem a função de armazenar a urina. No homem, está 
localizada posteriormente à sínfise púbica e anteriormente ao reto. Já nas mulheres, localiza-
se posteriormente à síntese púbica e anterior e inferiormente ao útero. 
URETRA - A uretra é responsável pela excreção da urina armazenada na bexiga para o meio 
externo. No homem, é dividida em uretra prostática, peniana e membranosa; na parte 
membranosa, ficam os esfíncteres que controlam a micção e ejaculação. Na mulher, é curta, 
possui abertura vaginal e também possui esfíncter, responsável pela micção. 
SISTEMA DE UNIDADE 
Nesta unidade, foram abordados os fundamentos anatômicos do sistema circulatório, 
com ênfase nas estruturas do coração, artérias, arteríolas, veias, vênulas. Neste 
tópico, houve uma abordagem aprofundada do coração e circulação sanguínea. Essas 
estruturas desempenham papel importante durante o exercício físico e serão 
abordadas em outras disciplinas, principalmente, em Fisiologia do Exercício. 
Foi abordado o sistema respiratório com enfoque na respiração e nas estruturas 
responsáveis pela condução do ar até às células do corpo. Nesse tópico, o aluno teve a 
oportunidade de conhecer o pulmão, o principal responsável pela eliminação do 
dióxido de carbono e captação de oxigênio. 
O texto discute as estruturas e funções do sistema digestório, aprofundando-se nas 
estruturas responsáveis pela degradação dos alimentos, digestão e absorção dos 
nutrientes. Também, o aluno já é capaz de reconhecer os órgãos acessórios ao sistema 
digestório, são eles: o fígado e o pâncreas. 
Finalizando, uma pequena abordagem é sobre o sistema urinário foi feita, nesse 
tópico, o aluno teve a oportunidade de estudar as estruturas que compõem todo o 
processo de formação e eliminação da urina.

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