Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

AGRONEGÓCIO ELABORAÇÃO E ÁNALISE DE 
PROJETOS 
 
 
 
 
 
2 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA ..................................................................................................... 3 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4 
CONCEITO DE PLANEJAMENTO E PROJETO ....................................................... 5 
CLASSIFICAÇÃO DO PROJETO ............................................................................ 10 
ESTRUTURA DE UM PROJETO ............................................................................. 11 
ESTUDOS DE MERCADO ....................................................................................... 11 
TAMANHO DO PROJETO ....................................................................................... 13 
ENGENHARIA DO PROJETO ................................................................................. 14 
RECEITAS ............................................................................................................... 16 
CUSTOS .................................................................................................................. 17 
DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS ................................................................... 19 
USOS E FONTES DO PROJETO ............................................................................ 20 
AVALIAÇÃO DE PROJETOS ................................................................................... 20 
FINANCIAMENTOS ................................................................................................. 23 
EXEMPLOS DE LINHAS DE CRÉDITOS ................................................................ 24 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
INTRODUÇÃO 
Toda atividade econômica busca encontrar um ponto de equilíbrio entre os 
custos relativos à oferta de determinado produto ou serviço e o rendimento que dele 
se poderá auferir. Em muitos setores, a forma de encontrar esse ponto ideal é regida 
por parâmetros bem definidos e estáveis. Quanto à atividade agrícola, muito se fez 
visando torná-la estável, como a atividade industrial em uma fábrica. Quantas 
tecnologias foram geradas, quantos investimentos foram feitos para “sofisticar” o 
processo administrativo, quantos cursos foram ministrados para capacitar os agricul- 
tores e trabalhadores rurais, etc. No entanto, a agropecuária se mantém como uma 
atividade submetida, mais que qualquer outra, aos condicionantes naturais e sociais. 
Além disso, trata-se de uma atividade estratégica para a sociedade, tanto como 
fonte de divisas quanto como fonte de alimentação e matéria-prima. Outras funções 
também vêm sendo atribuídas à agricultura, como aquelas relacionadas ao turismo e 
à proteção ambiental. Nesse sentido, ao se pensarem ações para este setor, o desafio 
é justamente estar atento para considerar, por um lado, os impactos que tais ações 
produzirão sobre a dinâmica econômica, social e ambiental local e, por outro, os 
fatores dessa dinâmica que podem interferir nas ações propostas. Portanto, para 
diminuir os riscos e as incertezas, é fundamental realizar um bom planejamento. 
De forma geral, o projeto insere-se em um processo de planejamento. Plane- 
jar é buscar, idealmente, trazer o futuro para o presente, levando em conta, dentro do 
possível, os diversos elementos que atuam e interferem na realidade na qual se 
pretende intervir. O projeto é a parte mais elementar do planejamento, é quando se 
abordam os detalhes da ação e tudo o que nela está envolvido. A partir de um 
planejamento, pode-se concluir pela necessidade da proposição de vários projetos 
com diferentes enfoques, que viriam, dessa forma, a constituir um plano amplo de 
ação. Para se poder compreender melhor as necessidades de uma cada enfoque, 
sendo que alguns demandam mais atenção no processo de organizar o planejamento, 
 
 
 
 
 
5 
sendo necessário será útil responder previamente a algumas questões objetivas: O 
quê? Para quê? Com quê? Para quem? Quando? Onde? Como? Quanto? 
 
CONCEITO DE PLANEJAMENTO E PROJETO 
Antes de empreender qualquer atividade, é, pois, importante que se conheça 
a realidade na qual se irá intervir. Isso aponta para a necessidade da realização de 
um bom diagnóstico, de maneira que o planejamento e as proposições sejam 
coerentes com a realidade da propriedade e da família agricultora. Fazer uma boa 
“fotografia” da realidade e conhecer as expectativas das pessoas que ali vivem são 
premissas fundamentais para a confecção e a implementação adequada de projetos 
Mais do que em outro momento histórico, muitas das atividades (econômicas, 
sociais, ambientais) contemporâneas estão alicerçadas em projetos. Antes de 
avançar sobre as especificidades de um projeto específico, por exmplo da UPA, cabe 
lembrar que existe uma di- versidade de tipos de projetos pensados de acordo com 
diferentes finalidades. Assim sendo, e uma vez que muitas organizações da 
sociedade civil passam a “disputar” recursos (públicos ou privados) para conduzir 
ações nos mais variados meios, com- preender e incorporar as especificidades das 
diferentes linguagens de projetos são quesitos diferenciadores do profissional 
formado atualmente. 
Será necessário, portanto, conforme se ensina na disciplina de Metodologia de 
Pesquisa estudado na graduação e até na especialização, caracterizar diferentes 
tipos de projetos que não podem ser confundidos entre si: projetos científicos, ou de 
pesquisa, projetos de desenvolvimento rural, Planejamento e Gestão de Projetos para 
o Desenvolvimento Rural – DERAD 013) e projetos técnicos. Contudo, em síntese, 
esses três tipos de projetos possuem as seguintes especificidades: 
 Projeto de pesquisa: visa à produção de conhecimentos a partir de recortes 
teórico-metodológicos determinados pelas diversas áreas científicas; 
 Projeto de desenvolvimento rural: seu objetivo é propor uma intervenção em 
determinada realidade rural, buscando melhorar a qualidade de vida das 
famílias da região; 
 
 
 
 
 
6 
 Projeto agropecuário (técnico): tem caráter mais técnico e prático e está 
voltado para a Unidade de Produção Agrícola. 
Os projetos técnicos compreendem, além dos projetos agropecuários, os projetos 
industriais e os projetos de serviços. Mas, especificamente, com relação aos projetos 
que nos interessam, aqueles voltados para a agropecuária, sua construção deve levar 
em conta uma série de fatores particulares para este setor. 
Noronha (1987, p. 25), afirma que podem-se citar ao menos cinco áreas diferentes 
e interrelacionadas de tomada dedecisão, a saber: investimento, produção, 
comercialização, finanças e consumo. No entanto, em muitos casos, há lógicas de 
condução dessas áreas que não estão teoricamente sistematizadas, mas podem 
estar seguindo um tipo de conhecimento prático que deve ser interpretado. 
Em grandes linhas, um projeto deve ser compreendido a partir de sua concepção 
e de seu enfoque. Com base em Silva Jr. (s. d.), ressaltamos cinco enfoques 
diferentes: (1) Implantação; (2) Ampliação ou Expansão; (3) Adaptação/ 
Modernização; (4) Diversificação; (5) Manutenção. 
 Implantação: projetos com este enfoque são pensados para iniciar 
determinadas atividades em uma propriedade sem nenhum investimento 
prévio, ou para transformar completamente a propriedade ou parte dela. Neste 
tipo de projeto, é necessário, primeiramente, compreender quais são as 
maiores aptidões do local, buscando propor algo que apresente um diferencial 
com potencial para agregar valor à atividade. 
 Ampliação ou Expansão: a partir das atividades já em desenvolvimento, 
podem-se propor projetos para ampliar o que o proprietário já possui, mas que 
não estava sendo totalmente utilizado. Podem-se também incorporar novas 
áreas, criando as condições para sua expansão. 
 Adaptação/Modernização: é o caso quando o projeto proposto tem como 
principal meta transformar a matriz tecnológica e processual da UPA. Note-se 
que modernizar não é apenas adquirir uma tecnologia de última geração. É re 
lativamente comum encontrar tecnologia extremamente dispendiosa, mas 
subutilizada ou inadequada para certos perfis de propriedades. Tecnologias 
 
 
 
 
 
7 
simples, ou mesmo alterações no processo de produção, podem ser o ideal 
para adaptar a propriedade às novas exigências impostas pela realidade 
(econômica, ambiental, social...). Portanto, modernizar não é sinônimo de 
homogeneizar. Para uma ação responsável, deve-se refletir sobre as situações 
encontradas a partir da diversidade e da heterogeneidade. Nem sempre um 
equipamento de tração animal, por exemplo, será sinônimo de atraso e de 
tecnologia obsoleta; ou, ao contrário, um trator de grande potência, sinônimo 
de moderno. O fundamental é compreender todas essas opções de 
modernização e adaptação com base na realidade em que ocorrerá a 
intervenção. 
 Diversificação: a meta, neste caso, é ampliar o leque de possibilidades 
produtivas da área definida. Diversificar a produção pode constituir a meta de 
um projeto que vise a diminuir a margem de risco presente quando se investe 
em uma única opção produtiva. Representa também uma solução que traz 
benefícios do ponto de vista ambiental. 
 Manutenção: Algumas áreas, como citado o exemplo da UPA, enfrentam 
dificuldades para manter uma estrutura produtiva e um certo nível em termos 
de produtividade e de qualidade de vida. Neste caso, requer a elaboração de 
projetos que proponham ações para manter ou recuperar sua capacidade 
produtiva e seu bem-estar. 
Os cinco enfoques supracitados podem ser pensados de forma conjugada; é 
possível que em um único projeto se elaborem metas para mais de um desses 
enfoques. Além do enfoque do projeto, faz-se necessário decidir qual será sua 
utilização. 
Um projeto pode estar voltado para determinar a viabilidade de certas 
proposições, mas pode constituir um projeto final, ou seja, já com a definição da 
viabilidade de certas ações a serem conduzidas. Também, e é o caso mais comum, 
pode um projeto ser construído visando obter algum tipo de financiamento. 
Em certa medida, esses usos vêm na sequência um do outro. Quando se 
realiza uma análise da viabilidade de determinadas ações, está se projetando uma 
 
 
 
 
 
8 
perspectiva final e, em inúmeros casos, buscando captar recursos para sua 
implementação. Mas, mesmo que se verifique, através de um projeto de viabilidade, 
que as ações pro- postas são viáveis do ponto de vista econômico, elas poderão não 
o ser do ponto de vista ambiental e social. 
Um projeto de viabilidade (ou estudo de viabilidade) também pode ser definido 
como um pré-projeto, no sentido de que buscará oferecer as condições para que se 
visualizem, de forma antecipada, a realidade e as atividades que poderão ser 
realizadas, criando, dessa forma, um melhor “ambiente” para a tomada de decisão e 
para a proposição de um projeto final. 
Uma vez definido o enfoque do projeto, passa-se a pensar no processo 
produtivo (capacidade de produção e quantidade a ser produzida), na comercialização 
(análise de mercado e estratégia de inserção) e na gestão (forma de organizar e de 
administrar a produção e a comercialização). Importa, ao mesmo tempo, buscar 
antever seus impactos sociais e aqueles relacionados ao meio ambiente. Nos tempos 
atuais, a sociedade em geral está muito atenta a essas dimensões. Tornar evidente 
uma preocupação com o meio ambiente e com as questões sociais tem seu valor 
intrínseco; ou seja, tomar medidas que não afetem negativamente a dinâmica e o nível 
de vida social e não degradem os elementos naturais tem seu valor em si mesmo. 
Pode, porém, além disso, significar prejuízos ou acréscimos na renda da propriedade. 
Um produto que esteja associado à exploração de mão de obra, à degradação 
ambiental, a maus tratos de animais, à contaminação por agrotóxicos, etc. terá 
menores chances de inserção em um mercado cada vez mais atento a essas 
questões. Por outro lado, um produto poderá agregar valor na medida em que venha 
associado a preocupações com o meio ambiente e as questões sociais. 
Portanto, ao analisar a viabilidade de determinadas ações, estarão sendo 
criadas condições para: 
 tornar o projeto rentável; 
 evitar que o projeto agrida o meio ambiente; 
 permitir ao proprietário e à sua família uma decisão consciente quanto à 
adoção ou não do projeto; 
 
 
 
 
 
9 
 ampliar os conhecimentos acerca da realidade e das possibilidades de deter- 
minado empreendimento; 
 buscar interessados em associar-se a tal projeto; e 
 buscar financiamento 
Vencidas todas essas fases relativas ao estudo da viabilidade, poderá ser 
implementado imediatamente um projeto final, com base nos recursos econômicos, 
humanos e ambientais. Mas, em muitos casos, para que o projeto seja viável, será 
necessário buscar financiamento junto às agências financiadoras. 
Projetos voltados para a captação de financiamento normalmente precisam 
atender a algumas especificidades definidas pela agência financiadora escolhida. O 
mais frequente, no caso dos projetos agropecuários, é a necessidade de se 
enquadrarem em linhas de créditos definidas por agências bancárias, linhas que, 
normalmente, estão associadas às políticas agrícolas das diferentes instâncias 
governamentais (sobretudo as estaduais e as federais). Podem existir outras fontes 
de financiamento, como é o caso de ONGs que captam recursos de diversas fontes 
(nacionais e internacionais) e os repassam aos agricultores, de acordo com o 
interesse do projeto apresentado. Tanto bancos quanto outras organizações 
financiadoras exigem que o projeto atenda a determinados requisitos previamente 
estabelecidos, e é comum que o projeto tenha que ser enqua- drado em formulários 
já definidos por tais agências. Esse enquadramento não impede, no entanto, que o 
proponente do projeto ofereça outras informações, quando úteis para uma melhor 
compreensão do que está sendo proposto. 
Cabe salientar que, entre as várias linhas de créditos existentes, têm destaque 
aquelas que oferecem recursos a serem utilizados especificamente no custeio do 
plantio de determinadas lavouras e aquelas voltadas para o investimento em 
infraestrutura produtiva com o objetivo de implantação ou de fortalecimento do capital 
fixo (benfeitoria, maquinário, etc.). O recurso destinado ao custeio normalmente é 
menor do que aquele voltado para o investimento; ele deverá ser utilizado para a 
aquisição dos insumos necessários para a safra anual (ouperene), e seu pagamento 
deverá ser feito em um prazo menor, conforme o calendário agrícola. Já o recurso 
 
 
 
 
 
10 
destinado ao investimento é de maior valor; seu pagamento tem maior tempo de 
carência e é dividido em maior quantidade de parcelas. Para essas duas situações, o 
formato dos projetos é diferente, e as exigências bancárias também. 
Entretanto, mesmo que o projeto esteja voltado para um enfoque, ou seja, 
mesmo que tenha um alcance bem delimitado, a partir do momento em que se tem 
acesso a recursos oferecidos por certas agências, é importante estar ciente de que o 
projeto se insere em uma política maior, pensada de forma regional. Isso significa que 
um projeto individual se associará a outros projetos individuais para dar forma a uma 
determinada política agrícola. Assim sendo, dependendo dos interesses e das 
prioridades governamentais, os apoios oferecidos a alguns investimentos e a algumas 
lavouras específicas poderão contar com taxas de juros menores ou, inclusive, com 
recursos subsidiados. É dessa forma que os operadores das políticas públicas 
buscam influenciar a produção e a comercialização agrícolas em consonância com 
outras políticas de caráter macro. O mesmo pode ser dito daqueles recursos obtidos 
a partir de ONGs ou outras organizações privadas. Tais organizações investirão seus 
recursos de acordo com o interesse que têm em fomentar determinadas atividades. 
Classificação do Projeto 
Como já discorrido acima o Projeto é considerado como um conjunto de 
informações internas e/ou externas à empresa, coletadas e processadas com o 
objetivo de analisar-se (eventualmente, implantar-se) uma decisão. Assim, o projeto 
não se confunde com as informações, pois é entendido como sendo um modelo que, 
incorporando informações qualitativas e quantitativas, procura simular a decisão de 
investir e suas aplicações (Matias; Woiler; Maximiano, 2002). 
Classificação do projeto em função de sua finalidade Implantação pode ser: 
 Criação de uma unidade completamente nova; 
 Expansão ou Ampliação, seja através do simples aumento dos centros já existentes, 
seja mediante a integração de centros novos ao conjunto de origem; 
 Modernização: substituição de unidades de equipamentos ou centros considerados 
obsoletos, implantação de novas tecnologias ou quaisquer melhorias no processo. 
 Recolocação: mudança na localização do projeto. 
 
 
 
 
 
11 
 Diversificação: utilização de variados seguimentos dentro de uma mesma unidade de 
negócio. 
 ESTRUTURA DE UM PROJETO 
 Os projetos podem ter a estrutura de Projetos industriais, comerciais e de 
serviços, mas devem conter, pelo menos, os seguintes elementos ou aspectos 
principais: 
 Legalidade (institucional); 
 Administrativo/Organizacional; 
 Econômico Aspectos Ambientais e Mercadógicos; 
 Estudo de mercado Aspectos técnicos e de localização; 
 Engenharia; 
 Aspectos financeiros: estimativas receitas e custos; 
 Investimentos Demonstrativo de resultados; 
 Análise econômico-financeira e conclusões; 
 Financiamentos Aspectos jurídicos e legais de um projeto; 
 Denominação Empresarial: razão social da empresa; 
 Domicílio Empresarial: endereços; 
 Ramo de Atividade: definição do tipo de negócio; 
 Forma Jurídica: tipo jurídico da empresa e regime tributário; 
 Registros Obrigatórios: CNPJ, IE, Alvará, etc.; 
 Aspectos Administrativos: capital da empresa, o controle do capital, 
participação dos sócios; 
 Aspectos Administrativos e Organizacionais; 
 Estrutura da Empresa: tradicional ou moderna, ágil, pesada, rasa; 
 Natureza da Administração: familiar ou profissional; 
 Porte da Empresa: Micro, EPP, Média ou Grande; 
 Empresa Experiência Empresarial dos Sócios: identificação dos sócios, 
características da sociedade, formação e capacitação dos empreendedores, 
experiência profissional e empresarial; 
 Aspectos Ambientais e Mercadológicos. 
 
ESTUDOS DE MERCADO 
 Analisar o Mercado significa determinar a quantidade de bens e/ou serviços 
provenientes de uma nova unidade produtora que, em uma certa área geográfica e 
 
 
 
 
 
12 
de acordo com determinadas condições, a comunidade estaria disposta a adquirir, 
para satisfazer suas necessidades. O estudo de mercado deve necessariamente: 
a) Destacar as possibilidades de colocação dos produtos, mencionando os 
principais mercados demandadores e os respectivos clientes. Estimar o 
percentual de vendas a prazo destacando as parcelas de 30, 45, 60 dias e 
outros prazos; 
b) Apresentar estudos sobre a oferta e demanda (evolução e projeção). Caso 
tenha ocorrido mudança significativa na estrutura da oferta, destacar a situação 
antes e depois da mudança; 
c) Indicar as empresas concorrentes, instaladas ou em instalação, destacando os 
aspectos relacionados com os pontos fracos e fortes dos principais produtores 
atuantes no mercado. Se possível, indicar a capacidade de produção dos 
concorrentes; 
d) Indicar o sistema de distribuição dos produtos, mencionando a existência ou 
não de intermediários e os meios de transporte a serem utilizados; 
e) Informar sobre o grau de dificuldade de obtenção de suprimentos de 
matériasprimas, indicando os principais fornecedores, embalagens, mão-de-
obra, combustível, água, energia elétrica, transportes e quaisquer outros 
fatores de produção inerentes à atividade. Quanto às compras, informar o 
percentual a prazo e forma de pagamento (30, 45, 60 dias e outros prazos) 
f) Estratégia competitiva: fazer referência aos aspectos referentes a políticas de 
preços, propaganda; qualidade; tecnologia; relacionamento com clientes; 
O estudo de mercado deve apresentar informações para evidenciar a viabilidade 
do empreendimento com quantificação de suas potencialidades, tanto sob a ótica da 
oferta quanto da demanda, evidenciando: 
 
 As razões que conduziram ao programa de produção e vendas; 
 As vantagens técnicas e econômicas dos produtos pelas indústrias 
concorrentes. 
 Qual o máximo de venda que a empresa pode auferir? 
 Qual o melhor preço de venda? 
 
 
 
 
 
13 
 Onde estão localizados os clientes? 
Elementos importantes na Análise de Mercado: 
 Tamanho do Mercado; 
 Taxa de Crescimento 
 Preferências do Consumidor e Hábitos de Consumo 
 Oferta Atual: - Preços e Custos; 
 Reação dos Concorrentes; 
 Novos Concorrentes. 
 Projeção de Demanda e Oferta; 
 Projeção das Tendências; 
 Apresentação das Conclusões. 
Análise Locacional 
Considera-se como a “melhor” localização de um empreendimento, aquela que 
permite obter a mais alta taxa de rentabilidade (aspecto empresarial) e/ou menor 
custo unitário (sob o aspecto social). Na escolha da “localização ótima”, deve ser 
considerado o comportamento dos fatores locacionais que influenciam, em maior ou 
menor grau, a escolha entre diferentes alternativas geográficas. Na análise locacional 
de qualquer empreendimento para implantação, ampliação e/ou diversificação são 
considerados os fatores: 
 Custos de Transporte (insumos, produtos, serviços, etc); 
 Disponibilidade e Custos dos Recursos (humanos, materiais e financeiros); 
 Outros Fatores Importantes a serem considerados: incentivos fiscais, 
financeiros; disponibilidade de áreas, distritos industriais; Infraestrutura; 
condições sociais, hábitos de trabalho; clima e topografia, fundação e 
movimentos de terras; facilidades administrativas e de comunicação. 
Para definir a localização da unidade de negócio, o empreendedor deve basear-
se em dados concretos. Deve concentrar seus esforços na pesquisa de informações 
sobre os clientes, fornecedores, concorrentes, infra-estrutura e logística. 
Tamanho do Projeto 
O tamanho de um empreendimento é definido por sua capacidade de produção 
em certo regime de trabalho. O tamanho de um empreendimento/projeto, geralmente, 
é mensurado em funçãoda quantidade de unidades físicas ou pelo valor total da 
 
 
 
 
 
14 
produção. Considera-se como tamanho ótimo de um projeto aquele que permite obter 
a maior taxa de rentabilidade sob o aspecto privado (lucro) e maior benefício sob o 
aspecto social. 
Tamanho versus Mercado: o mercado é o principal fator condicionante ao tamanho 
do projeto, observando- se três situações: 
1. Tamanho maior que o mercado: empreendimento desaconselhável; 
2. Tamanho igual ao mercado: há viabilidade, porém, pouca segurança já que a 
diminuição da demanda afetará o equilíbrio econômico do empreendimento. 
3. Tamanho inferior ao mercado: há viabilidade com muita segurança já que a 
diminuição da demanda não afetará o equilíbrio econômico do 
empreendimento. 
4. Tamanho versus Tecnologia: os fornecedores de equipamentos fabricam 
maquinários em tamanhos iguais ou superiores à escala de produção, abaixo 
da qual os custos seriam excessivamente elevados. 
5. Tamanho versus Investimentos: outro fator determinante do tamanho de um 
projeto é o valor das inversões, normalmente limitadas pelas disponibilidades 
da empresa, (contra-partida). 
O limite de investimentos não só condiciona o tamanho do projeto, como também 
a tecnologia a ser utilizada. 
ENGENHARIA DO PROJETO 
A engenharia de projetos se refere ao gerenciamento de projetos técnicos e de 
engenharia, desde o gerenciamento de equipes e funcionários, passando pelo 
orçamento e cronograma, partes importantes na elaboração e entrega de um 
resultado de projeto bem-sucedido. Portanto, é necessário observar: Processo 
Tecnológico; Tipos de Processos; Processo Contínuo; Processo Intermitente; 
Capacidade Nominal e Efetiva Arranjo Físico (layout); Aspectos Financeiros. 
INVESTIMENTOS 
O Investimento é dividido em Investimento Fixo, mesmo que Capital Fixo e Ativo 
Fixo, e em Investimento Financeiro, mesmo que Capital de Giro. Investimento Fixo 
 
 
 
 
 
15 
(passivo), conhecidos como bens físicos em operação na empresa (terrenos, 
edificações, reservas minerais,construções e instalaçõe, máquinas e equipamentos, 
veículos e embarcações, móveis e utensílios); 
 Investimento Financeiro (Capital de Giro): recursos utilizados para financiar as 
operações da empresa, em decorrência das atividades operacionais: comprar, 
produzir e vender. São os recursos que garantem o funcionamento da empresa em 
um determinado nível de faturamento. 
 
Figura 1: Natureza do investimento e valor para elaboração de projeto
 
 
 
 
 
 
16 
 Figura 2: Itens e valores necessário para elaboração de projetos
 
 
RECEITAS 
As receitas decorrem das vendas de produtos e serviços prestados. 
Contabilmente, as receitas são conhecidas quando a empresa realiza a venda (baixa 
em estoque), ou quando os serviços são efetivamente prestados, não tendo, 
necessariamente, que receber o pagamento a vista. Os volumes de receitas são 
previstos e planejados com base em alguns fatores: 
 A demanda do mercado relacionada aos produtos e serviços; 
 A previsão de vendas; 
 A capacidade instalada da empresa para comercializar os produtos; 
 Os custos e o preço de venda; 
 O retorno financeiro planejado e esperado do negócio. 
 A capacidade de produção da empresa é um limitador físico, já que as 
pessoas, os recursos e as máquinas possuem um limite de produção. A capacidade 
de produção pode ser alterada através de novas tecnologias, da mobilização, ou 
dispêndio de recursos adicionais. A análise dos custos é uma ferramenta que 
possibilita à empresa reconhecer qual o preço mínimo que poderá ser praticado, e o 
volume mínimo de vendas necessário para sua permanência no mercado. 
 
 
 
 
 
17 
 O volume mínimo de vendas é aquele através do qual a empresa consegue 
somente cobrir suas despesas, trabalhando em um limite muito perigoso, sujeito a 
prejuízo caso haja queda na comercialização do produto. 
 Esta análise também permite visualizar um nível desejável de venda, que é 
aquele que, além da cobertura dos custos, propicia um retorno financeiro satisfatório 
para a empresa. O retorno financeiro é um percentual sobre o investimento que define 
o tamanho do resultado desejado e planejado pelo empreendedor. O resultado 
desejado é o lucro previsto. O lucro representa a riqueza material gerada pelo negócio 
para o seu proprietário. Para efeito de projeto, deve-se analisar as receitas nas 
seguintes condições: 
1. Estimar as receitas até o ano correspondente à produção estabilizada; 
2. Informar o regime de operação (horas por dia e dias por ano); 
3. Anexar memórias de cálculo com os critérios utilizados. 
 
 
 
 
Figura 4: Projeção da Receita de Vendas 
 
 
CUSTOS 
Entende-se por custos os valores monetários, gastos na utilização de bens e 
matérias-primas para a transformação destas, no que resulta o produto da empresa. 
 
 
 
 
 
18 
Além disso, a mão de obra também é considerada custo, já que possibilita a produção 
e o funcionamento geral da empresa. Isto inclui: salários, encargos sociais, energia 
consumida, matéria-prima, aluguel da sala ou galpão, etc. É bom lembrar que a 
aquisição de bens, utilizados para possibilitar (ou aumentar) a produção de um 
produto ou serviço, é considerada Investimento. Existem dois tipos diferentes de 
custos: aqueles relacionados diretamente com a produção, variando de acordo com 
o nível: 
 Custos Variáveis: aqueles que não mantêm relação direta com a produção 
 Custos Fixos: Alguns exemplos comuns de custos nas empresas: Matérias-
Primas, Mão de obra, de Produção, Gastos Gerais Energia, Combustível, 
Despesas Administrativas, Despesas Financeiras, Despesas de Vendas, 
Depreciação, Honorários e Pró-labores, Seguros, Material de Expediente, 
Impostos e Taxas, Despesas de Vendas, Correios e Internet, Comissões, 
Propaganda e Publicidade, Provisão, Devedores Diversos, Depreciação, 
Manutenção e outros. 
 
Figura 5: Descrição da Despesa de um projeto/valor mensal
 
 
 
 
 
 
19 
 Figura 6: Tabela Composição do custo de um projeto 
 
 
DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS 
É o demonstrativo das Receitas, Custos e Despesas relativo a um determinado 
período, permitindo apurar o resultado (lucro ou prejuízo) referente às operações 
realizadas no período. Para efeito de análise de projeto, vamos estruturar a 
Demonstração de Resultados dentro de um enfoque financeiro e não, simplesmente, 
dentro da técnica contábil. Em termos de resultado final (lucro líquido ou prejuízo 
líquido), todos os dois critérios demonstram o mesmo valor. Para efeito de análise, o 
resultado deverá ser projetado para um período, pelo menos de 3 a 5 anos. Podemos 
fazer, para o primeiro ano, uma projeção mensal e, para os demais, projeta-se o valor 
anual. Nessa projeção, devemos trabalhar com preços correntes, ou seja, sem 
considerar os efeitos inflacionários. O preenchimento do quadro é simples, e as 
informações já estão dispostas nos quadros anteriores: 
 Figura 7: Tabela Discriminação de um projeto por período 
 
 
 
 
 
20 
 
 
USOS E FONTES DO PROJETO 
As aplicações (usos) e as origens (fontes) no projeto de viabilidade é 
considerado um fator crítico de sucesso do mesmo. Tendo a distribuição dos gastos 
no tempo (cronograma financeiro) e as fontes de financiamento para o projeto, será 
possível elaborar o quadro de fontes e aplicações. O capital próprio é determinado 
pela diferença entre o total de aplicações (usos) e o capital de terceiro 
(financiamentos), ou seja, o aporte próprio é a parcela não financiada do projeto. 
AVALIAÇÃO DE PROJETOS 
Analisar econômico-financeira um projeto ou empresa é sobretudo definir os 
riscos inerentes ao empreendimento, estimando sua rentabilidade. Portanto nosso 
objetivo principal é apurar a viabilidade econômica e financeira do projeto, ou seja, se 
o retorno do investimento é atrativo do ponto de vista econômicoe financeiro dos 
investidores. É importante salientar que a confiabilidade/validade da análise depende 
da qualidade dos dados utilizados no projeto. 
 Quando se trata de um novo empreendimento, é desejável que o projeto seja 
elaborado dentro de premissas bastante realistas, pois o otimismo exagerado poderá 
distorcer os resultados, levando a uma tomada de decisões com base em uma 
avaliação errônea, cujos resultados projetados dificilmente serão alcançados. As 
 
 
 
 
 
21 
conclusões sintetizam as decisões sobre a viabilidade do projeto, envolvendo os 
aspectos de mercado, localização, capacidade gerencial e aspectos 
econômicofinanceiros, fornecendo as informações necessárias para a decisão sobre: 
aprovar ou rejeitar o projeto. Os principais métodos de avaliação de investimentos 
são os seguintes: 
a) Custo de Capital: Custo de Capital, de uma forma estática, é a ponderação 
dos recursos aplicados, ou seja, representa o custo do passivo da empresa. 
b) Custo de Oportunidade: O custo de oportunidade corresponde à 
rentabilidade que a empresa estaria conseguindo obter por seus recursos, se estes 
não tiverem sido destinados a uma aplicação alternativa. Como exemplo podemos 
citar a situação em que uma empresa aplica seus recursos no mercado financeiro a 
12% ao ano para investir em um novo equipamento. Então, será necessário que a 
empresa compare a rentabilidade obtida no mercado financeiro aos ganhos 
oferecidos pela nova máquina. Do ponto de vista financeiro, a decisão será correta, 
se os ganhos oferecidos pelo equipamento forem maiores do que os rendimentos 
oferecidos pelo mercado financeiro, portanto o custo de oportunidade para este 
capital será de 12% ao ano. 
 
c) Taxa Mínima de Atratividade: uma empresa só deverá aplicar seus recursos, 
se a rentabilidade oferecida por esta aplicação for superior a uma taxa determinada. 
Esta taxa, que chamamos de Taxa Mínima de Atratividade, tem como base o Custo 
de Capital e o Custo de Oportunidade da Empresa. Quando uma empresa decide 
investir, ela pode buscar recursos em três fontes: Capital de Terceiros . Através de 
empréstimos e financiamentos captados nas instituições financeiras ou no mercado 
de capitais pela emissão de títulos., Capital Próprio Através do aumento de capital 
(dos sócios ou acionistas) ou Recursos Disponíveis Internamente na Empresa . Que 
estão aplicados no mercado financeiro, aguardando oportunidades de investimento. 
As duas primeiras fontes compõem o Custo de Capital e a terceira, o Custo de 
Oportunidade da Empresa. 
 
 
 
 
 
22 
d) PayBack: determina o período de tempo necessário para que a empresa 
recupere o valor inicialmente investido. Este método é amplamente utilizado pelas 
pequenas empresas,devido a sua facilidade de cálculo e ao apelo intuitivo. Sua regra 
básica é a seguinte: quanto mais tempo a empresa precisar esperar para recuperar o 
investimento, maior a possibilidade de perda; em contrapartida, quanto menor for o 
período de payback, menor será a exposição da empresa aos riscos. 
e) TIR (Taxa Interna de Retorno): determina o rendimento proporcionado pelo 
negócio por determinado período (mensal ou anual). É considerada a técnica 
sofisticada mais usada para a avaliação de alternativas de investimentos. O critério 
usado para a definição da aceitação ou não do projeto é a seguinte: se a TIR for maior 
que o custo de capital (investimento no mercado financeiro), aceita-se o projeto; se 
for menor, rejeita-se o projeto. Este critério garante que a empresa esteja obtendo, 
pelo menos, sua taxa requerida de retorno. 
f) VPL (Valor Presente Líquido): Esta é considerada uma sofisticada técnica de 
análise de orçamento de capital, exatamente por considerar o valor do dinheiro no 
tempo. Utilizando-se esta técnica, tanto as entradas como as saídas de caixa são 
traduzidas para valores monetários atuais, podendo, assim, serem comparadas ao 
investimento inicial, que está automaticamente expresso em termos monetários 
atuais. Este tipo de técnica desconta os fluxos de caixa da empresa a uma taxa 
especificada. Esta taxa é freqüentemente chamada de taxa de desconto, custo de 
oportunidade ou custo de capital, e refere-se ao retorno mínimo que deve ser obtido 
por um projeto, de forma a manter inalterado o valor de mercado da empresa. O 
critério usado para a aceitação ou não de determinado projeto é a seguinte: se o VPL 
for maior que zero, aceita-se o projeto; se o VPL for menor que zero, rejeita-se o 
projeto. Se o VPL for maior que zero, a empresa obterá um retorno maior do que seu 
custo de capital. Com isto, estaria aumentando o valor de mercado da empresa e, 
conseqüentemente, a riqueza dos seus proprietários. 
 
A análise financeira do projeto fundamenta-se na verificação da consistência 
das informações nele contidas. Assim, todos os valores que são informados quando 
 
 
 
 
 
23 
do preenchimento dos quadros devem, necessariamente, ser acompanhados das 
respectivas memórias de cálculo, sem as quais todo o trabalho fica comprometido. 
Orçamentos dos bens/serviços a serem adquiridos/realizados, memorial descritivo 
das obras a serem realizadas, estudo de mercado e outros documentos 
FINANCIAMENTOS 
A execução de um projeto dependerá fundamentalmente dos recursos 
disponíveis interna e externamente ao empreendimento. O capital próprio que a 
empresa colocará no projeto é um elemento importante para a determinação do 
investimento total que pode ser feito, uma vez que muitas instituições financeiras só 
financiam até certos limites deste Condições Operacionais dos Financiamentos 
Finalidade da Operação: o financiamento deve atender às reais necessidades do 
empreendimento, ou seja, investimento em ativo fixo ou capital de giro (cada 
modalidade tem suas características operacionais); Enquadramento (linha de crédito): 
de acordo com o tipo de operação, o empresário e a instituição financiadora devem 
adequar às necessidades do empreendimento; Participação(recursos próprios e 
terceiros): conforme a prática bancária brasileira, as linhas de créditos não financiam, 
geralmente, 100 % do investimento planejado, o que previamente ao projeto deve-se 
observar os limites financiados (percentualmente e monetariamente); Prazos 
(carência e amortização): carência é o período que precede o início do prazo de 
amortização da dívida principal. 
 A amortização: inicia-se imediatamente após o término do período de 
carência. Os prazos de carência e de amortização do financiamento, são estipulados 
em função da capacidade de pagamento dimensionada pela análise, dentro dos 
limites permissíveis pela fonte de recursos utilizável; Encargos do Financiamento 
(juros e correção monetária); custo do capital emprestado. Geralmente vem expresso 
em percentual ao ano Garantias à Operação de Financiamento: Para a constituição 
de garantias poderão ser oferecidos bens de propriedade da empresa e/ou de 
terceiros livres e desembaraçados de quaisquer ônus ou encargos. O valor das 
garantias, de acordo com avaliação a ser feita por técnicos credenciados ao Banco e 
deverá corresponder a, pelo menos, 1,30 do valor do financiamento; Garantias de 
Reembolso do Financiamento: o projeto deve gerar recursos financeiros 
 
 
 
 
 
24 
suficientemente para cobrir os custos totais, remunerar o capital investido e, 
principalmente, ter plenas condições de reembolsar os recursos de terceiros – a 
viabilidade do projeto é essencial!! 
EXEMPLOS DE LINHAS DE CRÉDITOS 
 
 BNDES Automático: financiamento para construção civil, máquinas e 
equipamentos, móveis e utensílios e giro associado; 
 BNDES Finame: financiamento para máquinas e equipamentos, veículos, cujo 
fabricante seja cadastrado na FINAME; 
 PROGER: financiamento para construção civil, máquinas e equipamentos, 
veículos, móveis e utensílios e giro associado; 
 FAT Protrabalho: financiamento para construção civil, máquinase 
equipamentos, veículos, móveis e utensílios, e giro associado; 
 PROFAT MPE: financiamento para construção civil, máquinas e 
equipamentos, veículos, móveis e utensílios e giro associado; 
 FNE/BNB: financiamento para aquisição isolada matérias-primas, insumos, 
construção civil, máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, veículos e giro 
associado. 
 
 
Quanto aos demais processo e itens necessário na elaboração e análise de um 
projeto e visando assegurar uma melhor compreensão o curso lhe proporcionará um 
estudo mais detalhado da avaliação econômica de projetos agropecuários em uma 
apostila única e detalhada. 
 
 
 
 
 
 
 
25 
REFERÊNCIAS 
 
CARVALHO, Fernando Mauro et all . Análise e administração financeira. IBMEC, 
Rio de Janeiro,janeiro/1985. 
 
GITMAN, Laurence . Princípios de administração financeira. Editora Harper e Row 
do Brasil. 
LAPONI, J.C. . Modelos para avaliação econômica de projetos de investimentos. 
Fórum Editores. 
 
MATHIAS, W.F; WOILER, S.. MAXIMIANO, A.C..Administração de Projetos: como 
Transformar Idéias em Resultados. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2002. 
 
MUÑOZ AMATO, P. Planejamento. Rio de Janeiro: FGV, 1955 HOLANDA, 
 
NORONHA, José F. Projetos agropecuários: administração financeira, orçamento e 
via- bilidade econômica. São Paulo: Atlas, 1987. 
SILVA JÚNIOR, Aziz Galvão da. Elaboração e avaliação de projetos. Viçosa: 
Universida de Federal de Viçosa, [s. d.]. Disponível em: 
<http://www.scribd.com/doc/3573554/ Vicosa-Avaliacao-e-Elaboracao-de-projetos>. 
Acesso em 14 de março de 2022.

Mais conteúdos dessa disciplina