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Fisioterapia Respiratória- Avaliação parte 1 - A avaliação irá gerar um diagnostico preciso e tratamento adequado. Uma má avaliação irá inferir em uma situação ruim, tanto ao fisioterapeuta como ao paciente. É importante avaliar bem o paciente, de forma sistemática. - O principal método/técnica de avaliação é a observação→ imprescindível - Já observar o paciente sentado esperando, avaliando seu comportamento, se está cansado (a), utilizando musculatura acessória ou não, se consegue levantar-se para tomar água e ir ao banheiro→ ambulatorial. - Observa-se características do paciente que será importante para a avaliação→ UTI. - Toda avaliação deve ser rápida, clara, eficiente e sistematizada. ➔ Informações iniciais: Anamnese - Nome: relação terapeuta-paciente (vínculo-afinidade-proximidade); chamar o paciente pelo seu nome social. - Registro: identificação institucional; - Idade: doenças faixas etárias→ importante saber a idade do paciente devido a algumas doenças estarem relacionadas, associar as doenças comuns para cada faixa etária, como: Jovem→ hemoptise= TB (tuberculose) RN até infância→ dispneia= mucoviscidose Criança→ Tuberculose, sarampo, coqueluche, asma, fibrose cística. Adolescente→ asma/pneumonite (uso do cigarro eletrônico) Adulto→ DPOC, pneumonia/pneumonite Pneumoconioses→ adulto ou criança? - Com relação a idade, são realizados dois cálculos: PaO2 IDEAL/PREVISTA do paciente (quanto de pressão de oxigênio deveria ter): é uma estimativa, pois com o avançar da idade a tendencia é diminuir a pressão parcial de oxigênio, um senhor de 80 anos não terá uma pressão de um jovem de 20. 104 – (0,4 x idade) maiores de 40 anos. Exemplo: 104 – (0,4 x 80) 104 – 32= 72 Normal de uma PaO2: 80-100; O normal deste idoso será de: 72-100→ não estará hipoxêmico. Índice de treinamento cardíaco (ITc): nível de treinamento para o paciente. Considerar a frequência cardíaca do dia, se o paciente chegou bem, consigo trabalhar em uma maior porcentagem, se chegou mal é necessário diminuir as porcentagens. FCMÁX: (220 – idade) Exemplo: (220 – 20) = 200 bpm. FCmáx – Fcrepouso x 40-60% FC reserva + Fcrepouso Diferença artéria-alveolar de oxigênio: quanto maior a diferença, pior a condição do paciente. Idade % 4, tendo o valor, soma-se +4. Avaliar a fração inspirada de oxigênio no ar: até 100% na UTI Pressão barométrica de oxigênio da região: 740 mmHg 740-47 Subtrai PaCO2 pelo coeficiente respiratório e depois subtrair por PaO2 Adulto jovem: em torno de 5-10 Idoso: 26-30 - Sexo: - Doenças que acometem mais homens do que mulheres; - Raça: negro é mais suscetível a Tb (tuberculose) e sarcoidose; fibrose cística acomete mais os brancos. Estado civil→ sexualidade→ DST→ não é mais confiável atualmente. Condições socioeconômicas (moradias e habitação)→ perguntar essas questões, é possível entender algumas condições advindas, como a Tb quando o individuo mora em uma casa com pouca ventilação, muitas pessoas e em condições precárias ou em casos de pessoas que moram em fazendas, com muitos bichos, feno, fezes de pombo→ riscos de doenças fúngicas pulmonares. - Profissão: Ocupação atual e anterior→ doença respiratória; as vezes a pessoa trabalhou 20 anos com funilaria e pintura e atualmente é padeiro→ a profissão anterior influencia na condição crônica atual. Hobbies: ex- criação de pássaros e aves→ alveolites→ fatores responsáveis por doenças respiratórias. Condições socioeconômicas: perguntar história social, hábitos e vícios (atual e pregressa)→ tabagismo, alcoolismo (broncoaspiração), drogas ilícitas (pneumonia). OBS: a avaliação é continua, o paciente pode contar coisas importantes em outras sessões além do dia em que foi avaliado. - Carga tabágica= anos-maço Tabagista→ 10 cigarros/dia= 0,5 maço 1 maço possui 20 unidades; Tempo: 15 anos CT= 0,5 x 15= 7,5 maços-ano CT (carga tabágica) > ou igual 7 maços-ano→ risco de doenças tabaco-dependentes. - História Familiar - Fatores hereditários: pai, mãe, irmãos e avós→ arvore genealógica. - HMP: tempo de existência do problema? O que aconteceu no passado? Quando iniciou os sintomas? Há quanto tempo você fuma? (já calcular carga tabagica). - HMA: frequência em que ocorre? Hoje você sente falta de ar? Hoje está com tosse? Atualmente cansa para realizar as AVD´s? Forma de manifestação Período do dia em que piora ou melhora Queixa principal→ aquilo que incomoda o paciente; levar em consideração aquilo que o paciente disser. - Medicamentos: É necessário saber o efeito que o remédio causa no paciente; No ambulatório, é necessário pedir ao paciente, o nome, a dosagem (mg e/ou gramas) e quantas vezes ao dia. INSULINA: pode ser exógena, irá realizar hipoglicemia, diminuir a quantidade de açúcar no sangue, se o pico da insulina ocorre em mesmo momento da realização do exercício, o paciente pode desmaiar. SEDAÇÃO: acalma ou modera a atividade funcional de um órgão (respiratório, cerebral etc.)→ rebaixa nível de consciência. Um paciente em insuficiência respiratória sendo entubado, precisa ser sedado e em casos de cirurgia; Dormonid, Midazolam. CARDIOTÔNICO: melhora função cardíaca→ mantém a pressão do vaso; Digoxina, Amiodarona. DIURÉTICO: ajustam o volume e/ou composição dos líquidos corporais→ utilizado em casos de edema agudo pulmonar por exemplo, ocasionando câimbras devido a perda de eletrólitos, muitas pessoas têm utilizado para o emagrecimento, tendo consequências do uso excessivo, queimando os rins→ hemodiálise e transplante; Lasix, Clorana. ANALGÉSICOS: inibem a transmissão ascendente da informação nociceptiva; Fentanil, Dolantina. CURARIZAÇÃO: inibem estímulo nervoso a junção neuromuscular/ placa motora terminal→ para ação muscular/sem contração, muito tempo de uso deste medicamento pode desenvolver neuropatia; Curare. VASOATIVA: age no vaso→ dilatação/constrição (renal, mesenterial, coronárias)→ se o paciente estiver com a pressão baixa, utiliza-se a droga vasoativa para subir a pressão ou se estiver com a pressão alta, para abaixar; Idoproterenol; Dopexamina BRONCODILATADOR: relaxamento direto da musculatura lisa das vias respiratórias→ utilizados na ventilação mecânica ou fora (mm→ beta adrenérgicos); Artrovent; Teofilina. ANTIPIRÉTICO: inibem ou impedem os sinais flogísticos (não age sobre a causa, e sim as consequências)→ dor e febre, seu uso excessivo pode causar lesão renal; Dipirona sódica. ANTICONVULSANTE: modificam seletivamente a função do SNC; afetam várias funções neurológicas centrais com intensidades variáveis→ os medicamentos neurológicos aumentam a espessura da saliva, podendo ser broncoaspirada; Fenobarbital; Hidantal. ANTICOAGULANTES/ANTITROMBÓTICOS: modificam o equilíbrio entre as reações pró-coagulantes e anti-coagulantes→ irá inibir a formação de êmbolos e trombos, os pacientes da UTI tem a recomendação deste medicamento devido a ficar muito tempo deitados, sem movimentação, tendo uma êxtase venosa, o sangue tende a parar e assim coagula; antes de realizar exercícios, mobilizar o paciente devo olhar o hemograma do paciente e se está sob efeito de medicamentos, caso contrário posso estar ativando a circulação e fazendo com que o trombo se desloque, causando AVE, infarto→ só pode-se mobilizar após 24 horas da medicação prescrita, antes disso, repouso; Warfarin, Marevan. CORTICOIDES: nome genérico de esteroides hormonais do córtex supra-renal e do simpático; efeitos sobre o numero de linfócitos; alteram as respostas imunes dos linfócitos→ anti-inflamatórios, melhora células de defesa; Flebocortide, Hidrocortisona. ANTIBIÓTICOS: impedem a multiplicação de bactérias (bacteriostáticos) ou de destruí-las (bactericidas); agentes antimicrobianos; inibem a síntese da parede celular bacteriana de peptidoglicano→ antibiótico não mata vírus, e sim, bactérias e fungos(pneumonias fúngicas), utilizado geralmente de 7 a 10 dias; Benzetacil; Targacid; Clindamicina. - Avaliação prática específica ao paciente com DPOC ➔ Exame Físico (estático e dinâmico) - Inspeção e Palpação - Sinais Vitais: traçado eletrocardiográfico + frequência cardíaca FC (frequência cardíaca): 60-100 bpm; Abaixo de 60 bpm: bradicardia Acima de 100 bpm: taquicardia É necessário olhar a ritimicidade, conformação da curva e a derivação. Uma frequência cardíaca maior que 130 bpm ou menor que 40 bpm é prejudicial Ao ter uma frequência cardíaca de repouso, e ela passar de 70% → parar o exercício. - Saturação (SpO2) - Oximetria: verifica saturação e frequência de pulso; O normal é de 93-95%; o paciente pneumopata é de 88-90%; abaixo desses valores é desaturação→ indicando febre, acidose (pH baixo), aumento das enzimas 2,3 DPG. Pode-se colocar o oxímetro, no dedo, nariz, orelha. O que pode dificultar a passagem do oxímetro? Pele negra, esmalte, luz ambiente (cobrir sensor) ou baixo débito cardíaco (ao não estar gerando pressão sanguínea, começa a faltar sangue na ponta dos dedos, sendo necessário verificar em outro local do corpo). Ao estar com as mãos frias, deve-se aquecer as mãos do paciente para ativar a circulação, para que o oxímetro não falhe. Mudança na saturação entre repouso e o exercício maior que 4%, é considerado desaturação, exemplo: ao estar realizando exercício com o paciente, e está saturando 94% (bicicleta) e saturação começa a diminuir 93,92,91,90,89→ diminuir intensidade, parar o exercício ou suplementar com oxigenioterapia. Saturação abaixo de 90% por mais de 30% do tempo de registro ou cinco minutos→ considerado desaturação. - Pressão arterial média: incisão na artéria radial para pegar a pressão; Adulto: 120 (sístole) x 80 (diástole) mmHg Acima deste valor: hipertensão Abaixo deste valor: hipotensão FR (frequência respiratória): 12-20 ipm→ adulto; criança menos ainda e neonato é alta- quanto menor + frequência respiratória. Com o amadurecimento do sistema respiratório a tendencia é diminuir a FR. Abaixo de 12 ipm: bradipneia Acima de 20 ipm: taquipneia ➔ Capnografia (CO2): registro de gás carbônico Capno= gás carbônico; Medida numérica do CO2 expirado. Método alternativo que avalia o estado metabólico de maneira não invasiva; Disponibiliza informação direta e imediata sobre a ventilação; É instalado um sensor de capnografia no circuito da ventilação mecânica, ele ‘’pega’’ a quantidade de gás carbônico exalado no ar. Ajuda no controle ventilatório do paciente. - Qual fase é a expiração A, B, C, D ou E? Na expiração, elimina-se mais gás carbônico, ou seja, aumenta a concentração, a fase de expiração é entre C e D. A e B- inspiração E- Inspiração
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