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1 3 – CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS Um modo de se definir critérios ou condições a serem atendidas pelos corpos d’água, é estabelecer uma classificação para as águas, em função dos seus usos previstos. A classificação das águas no Brasil é regulamentada por uma Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA (Resolução número 357, de 17 de março de 2005, do CONAMA). Esta resolução subdivide as águas do território brasileiro em 13 classes, conforme apresentado na tabela 2 a seguir. Das 13 classes: 5 são de águas doces (águas doces são aquelas com salinidade igual ou inferior a 0,5‰); 4 são de águas salobras (águas salobras são aquelas com salinidade entre 0,5 e 30‰); 4 são de águas salinas (águas salinas são aquelas com salinidade igual ou superior a 30‰). De um modo geral, são as seguintes as classes componentes de cada um dos subgrupos: Águas doces: classe especial e classes de 1 a 4; Águas salobras: classe especial e classes de 1 a 3; Águas salinas: classe especial e classes de 1 a 3. Para cada classe, conforme apresentado na tabela 2, foram definidos usos a que se destina. A qualidade necessária para atender estes usos é regulamentada, e deverá ser garantida por meio de parâmetros de qualidade, limites e condições, aos quais devem atender. Visto isso, a classificação das águas é de fundamental importância nos programas de controle de poluição de águas, uma vez que, após definir-se a classe à qual um determinado corpo d’água deve atender, poderão ser definidas as ações a serem tomadas para se atender as condições a serem estabelecidas. 2 Tabela 2 – Classificação das águas e seus usos preponderantes, de acordo com a Resolução número 357/05, do CONAMA. Classe Usos ÁGUAS DOCES Classe especial - abastecimento para consumo humano, com desinfecção; - preservação do equilíbrio das comunidades aquáticas; e - preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação integral. Classe 1 - abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado; - proteção das comunidades aquáticas; - recreação de contato primário,tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme resolução CONAMA n0 274, de 2000; - irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e - proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas. Classe 2 - abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional; - proteção das comunidades aquáticas; - recreação de contato primário,tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme resolução CONAMA n0 274, de 2000; - irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e - aquicultura e à atividade de pesca. Classe 3 - abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado; - irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; - pesca amadora; - recreação de contato secundário; e - dessedentação de animais. Classe 4 - harmonia paisagística; - navegação. ÁGUAS SALINAS Classe especial - preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação integral; - preservação do equilíbrio das comunidades aquáticas. Classe 1 - recreação de contato primário, conforme resolução CONAMA n0 274, de 2000; - proteção das comunidades aquáticas; - aquicultura e à atividade de pesca. Classe 2 - pesca amadora; e - recreação de contato secundário. Classe 3 - - navegação; e - - harmonia paisagística. ÁGUAS SALOBRAS Classe especial - preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação integral; - preservação do equilíbrio das comunidades aquáticas. Classe 1 - recreação de contato primário, conforme resolução CONAMA n0 274, de 2000; - proteção das comunidades aquáticas; - aquicultura e à atividade de pesca; - abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado; e - irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película, e à irrigação de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto. Classe 2 - pesca amadora; e - recreação de contato secundário. Classe 3 - navegação; e - harmonia paisagística. 3 Tabela 3 – Alguns parâmetros para as classes de água, de acordo com a Resolução N0 357/2005, do CONAMA. Parâmetros (limites) Classes de Água doce Especial 1 2 3 4 Coliformes termotolerantes (NMP/100 ml) 200 1000 4000 - Óleos e graxas (mg/l) - ... ... ... Irid. DBO5 (mg/l) - 3,0 5,0 10,0 - OD (mg/l) - 6,0 5,0 4,0 2,0 Turbidez (UNT) - 40 100 100 - PH - 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 Nitrito (mg/l) - 1,0 1,0 1,0 - Nitrato (mg/l) - 10,0 10,0 10,0 - Obs.: : ausente ... : virtualmente ausente - : não existe padrão Irid. : tolera-se iridescência
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