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Ciência, Tecnologia e Sociedade - Unidade 4

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Ciência, Tecnologia e Sociedade 
Unidade 4 – Aula 1
O que é competência?
Quando decidimos olhar para o futuro a fim de compreender as competências e desafios que serão exigidas de um profissional, é necessário entender inicialmente o ambiente de trabalho dos dias de hoje, pois, a partir disso, se dá a construção do futuro.
Neste sentido, observamos que o rápido desenvolvimento tecnológico alterou a velocidade com que os processos produtivos ocorrem tornando-os significativamente mais rápidos, além de expor os trabalhadores que não os dominam a uma situação de maior vulnerabilidade empregatícia.
É fundamental ter domínio das principais tecnologias vigentes.
Esse conhecimento, no entanto, por si só não é suficiente. Por parte do profissional são necessárias:
· A polivalência.
· A flexibilidade.
· A agilidade.
· A eficiência — que possui grande valor, pois é associada à produtividade e, consequentemente, a maiores lucros.
Contextualizado o atual ambiente de trabalho, podemos então iniciar as discussões sobres quais são as competências de hoje e aquelas que devem estar presentes nos profissionais do futuro a fim de terem destaque.
Observe que esse conceito de competência é composto por elementos como conhecimentos, habilidade e atitudes, não em estado latente, mas sim de modo dinâmico para que sejam capazes de resolver situações imprevisíveis e concretas relacionadas ao ambiente de trabalho. Tais elementos podem ser explanados na seguinte forma:
· Saber-fazer.
· Saber-ser.
· Saber-agir.
Vamos conhecer o conceito de cada um desses elementos?
“Saber-fazer: que recobre dimensões práticas, técnicas e cientificas, adquiridas formalmente (cursos/treinamentos) e/ou por meio da experiência profissional;
Saber-ser: incluindo traços de personalidade e caráter, que ditam os comportamentos nas relações sociais de trabalho (capacidade de iniciativa, comunicação, disponibilidade para inovação e mudanças, comunicação, assimilação de novos valores de qualidade, produtividade e competitividade);
Saber-agir: subjacente a exigência de intervenção ou decisão diante de eventos, tais como saber trabalhar em equipe, ser capaz de resolver problemas e realizar trabalhos novos e diversificados.”
(ABRANTES; ALBINO, 2019, p. 29 -30)
Compreendido o conceito de competência em sua essência, é necessário elencar quais são as mais exigidas no mercado de trabalho. Assim, consideramos o estudo realizado por Sant’anna et al. (2005), que elencaram tais competências. A saber:
· Domínio de novos conhecimentos técnicos associados ao exercício do cargo ou da função ocupada.
· Capacidade de aprender rapidamente novos conceitos e tecnologias.
· Criatividade.
· Capacidade de inovação, comunicação, relacionamento interpessoal e trabalho em equipes.
· Autocontrole emocional.
· Visão de mundo ampla e global.
· Capacidade de lidar com situações novas e inusitadas.
· Capacidade de lidar com incertezas e ambiguidades.
A coletânea de competências elencadas anteriormente é ampla e engloba profissionais de diferentes aéreas de atuação.
Ao profissional do futuro não é necessário o desenvolvimento de todas as competências, mas sim o desenvolvimento do conjunto daquelas necessárias à sua atuação.
Neste sentido, diversos estudos têm sido realizados de modo a sistematizar quais competência são exigidas em função da careira profissional. Vamos conhecer alguns deles?
· Kilimnik et al. (2002) concluíram que, para aqueles que ingressam no mercado de trabalho após a graduação, é requerida com maior frequência a capacidade de trabalhar em equipes.
· Arruda et al. (2000) demonstram que, para aqueles que estão no momento de ascensão profissional, a capacidade de comunicação é mais exigida.
· Luz (2001) conclui que, para aqueles que almejam um cargo de gerência, é fundamental o desenvolvimento de competências como criatividade, dinamismo e liderança, além da capacidade de comunicação e de trabalhar em equipe.
Assim, torna-se evidente que o profissional do futuro terá seu protagonismo se tiver em seu perfil competências e habilidade alinhadas ao dinamismo do mundo atual e do futuro.
Ciência, Tecnologia e Sociedade 
Unidade 4 – Aula 2
O perfil científico é importante para os profissionais?
Uma das características fundamentais da sociedade atual é o extraordinário desenvolvimento da pesquisa científica e o modo como tal fato altera toda a sociedade — sua dinâmica, seus padrões, qualidade de vida e ambiente profissional.
Para exemplificar o impacto dessas mudanças na sociedade ao longo do tempo, basta considerar o relatório do IPEA do ano de 2019.
“Uma pessoa nascida no final do século 18, muito provavelmente morreria antes de completar 40 anos de idade. Alguém nascido hoje num país desenvolvido deverá viver mais de 80 anos e, embora a desigualdade seja muita, mesmo nos países mais pobres da África subsaariana, a expectativa de vida, atualmente, é de mais de 50 anos. A ciência e a tecnologia são os fatores chave para explicar a redução da mortalidade por várias doenças, como as doenças infecciosas, por exemplo, e o consequente aumento da longevidade dos seres humanos.”
(IPEA, 2019)
Se toda sociedade é alterada por ciência e tecnologia, consequentemente o ambiente profissional também é alterado, basta observarmos que muitas das profissões de destaque nos dias de hoje sequer existiam nos anos 1950 — e muitas das profissões atuais encontram-se em processos de extinção.
Assim, a fim de compreendermos o papel da ciência nas diferentes áreas profissionais vamos incialmente compreender o conceito de ciência de desenvolvimento científico.
Compreendido o conceito apresentado, seria natural se perguntar em que momento o futuro profissional passa a ter contato com eles, e a resposta é dada por Figueiredo (2020), que afirma que o ensino articulado com pesquisa e extensão enriquece e amadurece o estudante, colocando no mercado profissionais com senso crítico e analítico.
Portanto, o contato do profissional ainda em seu período de formação com ciência e método científico é fundamental para que eles se destaquem em seu carreira posterior. Delineado conceitualmente o papel da ciência na formação do profissional, vamos agora olhar como diferentes áreas do conhecimento podem contribuir com a vida profissional.
É importante olhar de forma mais específica algumas das áreas do conhecimento, pois cada profissão tem suas especificidades. Neste sentido, vamos considerar aqui duas importantes áreas do conhecimento que estão sendo muito requisitadas atualmente: a ciência de dados e a estatística.
Ciência de dados
Fundamentalmente, a ciência de dados é um ramo da ciência da computação cujas bases se encontram na matemática, na estatística e na informática. No entanto, diferentemente do que uma parcela das pessoas acredita, essa ciência não é algo mecanicista que se deve a simples aplicações de algoritmos, pois muitos dos modelos aplicados no tratamento dos dados derivam de poderosas ferramentas teóricas advindas da matemática e da estatística. É nesse ponto que o profissional que domina o método científico se destaca, pois ele será capaz de avaliar as hipóteses de aplicação dos algoritmos e, em sequência, avaliar os resultados obtidos, ou seja, se são adequados à proposta da empresa e se são viáveis do ponto de vista econômico.
Não basta ao profissional apenas executar sua tarefa, mas adotar uma posição crítica e consciente de suas atividades e dos resultados delas.
Estatística
Importante área do conhecimento que vem se destacando atualmente, a Estatística é responsável pelo suporte teórico de inúmeros modelos de machine learning.
Podemos citar como exemplo os algoritmos de classificação e de agrupamento, presentes em inúmeros celulares. Ao tiramos uma foto, é comum a galeria de imagens reuni-las por temas, como animais, locais, pessoas etc. Na verdade, tais agrupamentos são realizados por algoritmos de agrupamento, que, para o seu funcionamento, requerem profundos conhecimentos em estatística e métricas, entre outros.
Apesar de os exemplos anteriores terem se concentrado emáreas de computação, frisamos que esse perfil investigativo e de forte conhecimento teórico deve estar presente em todas as profissões, sendo que cada uma delas tem o seu arcabouço específico de análise.
É fundamental ao profissional trazer esses perfis investigativos para sua própria realidade.
Ciência, Tecnologia e Sociedade 
Unidade 4 – Aula 3
É necessário aprender ao longo de toda a vida profissional?
O conceito de aprendizagem ao longo da vida é amplo e sem dúvida nos remete a toda a trajetória de nossa própria existência, pois, para além da educação formal adquirida nas escolas, universidades e centro de formação, também aprendemos desde os primeiros passos, das primeiras palavras. Até mesmo nas idades avançadas adquirimos saberes, competências e experiencias.
Ao longo da vida, a nossa aprendizagem ocorre a partir da nossa experiência de mundo, bem como a partir das nossas relações com outros indivíduos.
Assim, para que possamos aprofundar nossos estudos sobre o tema aqui apresentado, é preciso distinguir os conceitos de aprendizagem e formação.
Segundo Alheit e Dausien (2006), podemos diferenciar o conceito mais restrito de aprendizagem que se refere a atividade individual e coletiva concreta, do conceito mais amplo de formação, que tende geralmente a indicar os processos de formação individual ou coletiva relacionados às figuras biográficas que permitem a elaboração da experiência.
Delimitado os conceitos de aprendizagem e formação vamos compreender a relação existente entre ambos. Para isso observe a explanação dada pela Comissão da Comunidade Europeia.
“Processos de aprendizagem formais ocorrem nas instituições de formação clássicas e são geralmente validados por certificações socialmente reconhecidas; processos de aprendizagem não formais que se desenvolvem habitualmente fora dos estabelecimentos de formação institucionalizados, - nos locais de trabalho em organismos e associações, no seio das atividades sociais na busca de interesses esportistas ou artísticos ;são processos de aprendizagem informais , que não são empreendidos intencionalmente e que acompanham incidentalmente a vida.”
(COMMISSION OF THE EUROPEAN COMMUNITIES, 1994)
Realizada essa discussão teórica sobre como a aprendizagem e a formação correm ao longo da vida, é necessário, nesse ponto, conectar e detalhar como tais conceitos se relacionam com a trajetória profissional.
Neste sentido, vamos considerar o estudo de Cunha (2011), autor que afirma que, por muitas décadas, a formação foi entendida como uma preparação pré-profissional, sendo de responsabilidade dos sistemas formais de educação. Porém, muitas dessas formações escolares e acadêmicas não previam qualquer inserção no mundo laboral, além de olhar para os saberes produzidos no terreno profissional como algo de menor valor.
Ao longo do tempo essa concepção foi sendo invertida e, atualmente, a experiência objetiva da vida e seus saberes foram colocadas como ponto de partida da aprendizagem profissional.
Portanto, nos dias de hoje a formação inicial é vista como uma importante base da escolha profissional, sendo considerada como raiz no contexto da transitoriedade da vida do sujeito em sociedade e fortemente alterada pela tecnologia, que, por sua vez, vem mudando constantemente e cada vez mais rápido.
O conceito de aprendizagem ao longo da vida torna-se cada vez mais presente na trajetória profissional.
A fim de ilustrar a importância da aprendizagem ao longo da vida, basta considerarmos uma pessoa que inicia sua trajetória profissional no ano 1990, quando existia predominância dos recursos analógicos sobre os digitais. Estes, por sua vez, quando estavam disponíveis possuíam limitações de funcionalidade e processamento.
Já no ano de 2010, portanto, na etapa intermediária da carreira profissional dessa pessoa, o mundo havia passado por uma revolução digital e os recursos tecnológicos estavam massivamente presentes em toda a sociedade. Assim, o trabalhador que não fosse capaz de aprender ao longo de sua trajetória profissional estaria fadado a ser excluído do mercado de trabalho.

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