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TÓRAX: formato de cone truncado. Caixa torácica = costelas e cartilagens costais + esterno + vértebras torácicas + diafragma (assoalho). A metade inferior (por conta da invaginação do diafragma) protege as vísceras abdominais.
Parede torácica: caixa torácica + músculos que se estendem entre as costelas + tela subcutânea + músculos e fáscia na face anterolateral.
*glândulas mamárias: tela subcutânea
Estão na parede torácica os músculos toracoapendiculares anterolaterais (cobrem a caixa torácica e formam o leito das mamas), mas são dos MMSS por conta da ação e inervação.
Funções do formato abobadado, além da rigidez: proteger órgãos internos contra forças externas; resistir às pressões internas negativas pela retração elástica dos pulmões e movimentos inspiratórios; inserção para os MMSS e sustentar o peso; inserção de músculos que movimentam e mantêm a posição dos MMSS em relação ao tronco, músculos do abdome, pescoço, dorso e respiração. 
As articulações + pequena espessura + flexibilidade das costelas possibilitam a absorção de choques, compressões externas sem fratura e modificação do formato para respiração.
Esqueleto da parede torácica: 12 pares de costelas + 12 vértebras torácicas + discos intervertebrais + esterno.
1. Costelas: ossos planos com canal medular: 
Costelas verdadeiras (vertebroesternais): I a VII; inserção no esterno pelas cartilagens costais.
Costelas falsas (vertebrocondrais): VIII e IX, geralmente X; cartilagens unem-se à cartilagem da costela acima, conexão indireta com o esterno.
Costelas flutuantes (vertebrais, livres): XI e XII, às vezes X; cartilagens não tem conexão com o esterno, terminam na musculatura abdominal posterior.
Podem ser classificadas como típicas ou atípicas:
Costelas típicas: III a IX: cabeça (separada pela crista), colo, tubérculo, corpo, ângulo, sulco.
Cabeça: uma face para articulação com a vértebra de mesmo número e outra face para a vértebra superior.
Colo: une a cabeça ao corpo no nível do tubérculo.
Tubérculo: articula com o processo transverso da vértebra correspondente e uma face não articular rugosa é a inserção do ligamento costotransversário.
Corpo: diáfise; o ângulo marca o limite lateral de inserção dos mm profundos do dorso às costelas; o sulco oferece proteção aos nervos e vasos intercostais.
Costelas atípicas: I, II e X a XIII: 
Costela I: corpo largo e mais curvo; cabeça com uma face articular com a vértebra T1; dois sulcos para os vasos subclávios, sulcos separados pelo tubérculo do músculo escaleno anterior. 
Costela II: corpo fino e menos curvo; área rugosa na face superior: tubérculo do músculo serrátil anterior.
Costelas X a XII: uma face articular na cabeça para apenas uma vértebra.
Costelas XI a XII: curtas e não tem colo nem tubérculo.
*As cartilagens costais das costelas XI e XII protegem as extremidades anteriores e não alcançam ou inserem em outro osso. As cartilagens das costelas I a X fixam a parte anterior da costela ao esterno, limitando o movimento enquanto a parte posterior gira ao redor do eixo transversal da costela. 
* O espaço intercostal leva o nome da costela superior, existem 11 espaços e 11 nervos intercostais. O espaço abaixo da costela XII é denominado espaço subcostal e o ramo anterior de T12 recebe o nome de nervo subcostal. Os espaços intercostais se ampliam mais durante a inspiração e a extensão contralateral e na flexão lateral da parte torácica da coluna.
2. Vértebras torácicas: fóveas costais bilaterais (hemifóveas), geralmente em pares superior e inferior, para articular com as costelas; fóveas costais dos processos transversos para articulação com os tubérculos das costelas; processos espinhosos longos, com inclinação inferior.
As fóveas costais de T1 não são hemifóveas porque não há hemifóvea na vértebra C7 e a costela 1 articula com apenas a vértebra T1: uma fóvea costal inferior típica.
T10 tem um par bilateral de fóveas costais inteiras localizadas em parte no corpo e em parte no pedículo.
T11 e T12 também tem apenas um par de fóveas costais localizadas nos pedículos.
O processo espinhoso descendente superpõe a vértebra abaixo e impede a penetração de objetos cortantes no canal vertebral. Os processos articulares superiores (convexos) são voltados para o sentido posterior e lateral, enquanto os processos articulares inferiores (côncavos) são voltados para o sentido anterior e medial. 
3. Esterno: manúbrio + corpo + processo xifoide: superpõe as vísceras do mediastino; nos jovens, as partes são unidas por sincondroses que se ossificam depois da meia idade.
Manúbrio: nível de T3 (?); formato trapezoide; centro côncavo e palpável na margem superior: incisura jugular/supraesternal: profunda por conta de as extremidades mediais das clavículas serem maiores que as incisuras claviculares do manúbrio = art. esternoclavicular; inferolateralmente à incisura clavicular existe a sincondrose da primeira costela; o manúbrio e o corpo formam o ângulo do esterno a partir da sínfise manúbrioesternal.
Corpo: nível de T5 a T9; nos jovens há 4 estérnebras (segmentos primordiais do esterno), esses segmentos articulam entre sim por sincondroses esternais e fundem-se entre a puberdade e os 25 anos. Nos adultos, a face anterior é marcada por 3 cristas transversais variáveis que representam as sinostoses de 4 estérnebras.
Processo xifoide: extremidade inferior no nível de TX, defletido para um lado ou anteriormente; cartilagíneo em pessoas jovens e fundido em pessoas idosas. *a articulação xifoesternal indica o limite inferior da parte central da cavidade torácica; essa abertura também o local do ângulo infraesternal/subcostal da abertura inferior do tórax. *marcador da linha mediana do limite superior do fígado, do centro tendíneo do diafragma e da margem inferior do coração.
4. Aberturas do tórax: 
Abertura superior: limites: posterior = vértebra T1; lateral = 1° par de costelas e cartilagens; anterior = margem superior do manúbrio do esterno. Estruturas que atravessam: traqueia, esôfago, nervos e vasos que suprem e drenam a cabeça, pescoço e MMSS. A abertura possui inclinação anteroinferior.
Abertura inferior: limites: posterior = vértebra T12; posterolateral = 11° e 12° pares de costelas; anterolateral = cartilagens costais das costelas 7 a 10 (margens costais); anterior = art. xifoesternal. 
O diafragma separa a cavidade torácica e abdominal: estruturas passam por aberturas (veia cava inferior e esôfago) ou posteriormente (aorta). As cúpulas do diafragma sobem até o nível do 4° espaço intercostal.
5. Articulações da parede torácica: *Art. intervertebral e art. esternoclavicular.
Art. costovertebral: art. das costelas típicas = art. das cabeças das costelas + art. costotransversárias.
Art das cabeças das costelas: a cabeça articula coma fóvea costal superior da vértebra de mesmo número, a fóvea costal inferior da vértebra superior a ela e o disco intervertebral. A crista da cabeça da costela insere no disco IV por um ligamento intra-articular da cabeça da costela, dividindo o espaço intra-articular em duas cavidades sinoviais. A membrana fibrosa da cápsula articular é mais forte na parte anterior onde forma um ligamento radiado da cabeça da costela que se abre em leque da margem anterior da costela até as laterais dos corpos de duas vértebras e o disco IV.
Art. costotransversárias: cápsula articular fina limitada pelos abundantes ligamentos laterais às partes posteriores (arcos vertebrais). Um ligamento costotransversário (do colo até o processo transverso) e um ligamento costotransversário lateral (tubérculo até o processo transverso) fortalecem as faces anterior e posterior da articulação. O ligamento costotransversário superior (crista do colo ao processo transverso superior a ela) tem uma abertura entre ele e a vértebra proeminente que permite a passagem do nervo espinal e o ramo posterior da artéria intercostal, ele pode ser dividido em uma parte costotransversária anterior forte uma parte costotransversária posterior fraca.
Movimento em alavanca de bomba: elevação e depressão das extremidades esternais das costelase do esterno no plano sagital, resultado da rotação ao redor de um eixo transversal que atravessa o ligamento intra-articular e a cabeça e o colo, por conta do encaixe das faces articulares nos tubérculos das 6 primeiras costelas nas concavidades dos processos transversos. 
Movimento das costelas (2 a 6) nas art. costovertebrais ao redor de um eixo que atravessa os colos das costelas causando elevação das extremidades anteriores. 
Movimento em alça de balde: elevação e depressão das partes laterais das costelas no plano transverso, resultado do deslizamento entre as faces articulares planas dos tubérculos e processos transversos das costelas 7 a 10.
Art. esternocostal: sincondrose da primeira costela: fibrocartilagem interposta entre a cartilagem costal e o manúbrio.
Ligamentos esternocostais radiados: formados a partir de um espessamento na parte anterior e posterior das cápsulas articulares fracas das art. da 2ª à 7ª cartilagens costais (permitem o movimento na respiração); continuam como faixas membranáceas largas e finas desde as cartilagens costais até as faces anterior e posterior do esterno, formando um revestimento tipo feltro.
6. Movimentos da parede torácica: Movimentos de respiração: na inspiração, aumenta o volume intratorácico e os diâmetros do tórax. Na expiração passiva, o volume intratorácico diminui e a pressão intratorácica aumenta, enquanto a pressão intra-abdominal diminui e as vísceras abdominais são descomprimidas, isso permite a retração do tecido elástico pulmonar distendido, expelindo o ar. 
A dimensão vertical da parte central da cavidade torácica aumenta na inspiração, quando a contração do diafragma faz com que desça e comprima as vísceras abdominais. Na expiração, a dimensão vertical volta à posição neutra enquanto a retração elástica dos pulmões produz pressão subatmosférica nas cavidades pleurais. 
A contração dos mm. intercostais aumenta muito a dimensão AP do tórax. Quando as costelas superiores são elevadas, a dimensão AP do tórax aumenta (movimento em alavanca de bomba) e há maior excursão (aumento) na parte inferior, a extremidade da alavanca. A movimentação das costelas nas art. costovertebrais também resulta no movimento AP do esterno, na extremidade inferior na sínfise manubriesternal em jovens.
As partes médias das costelas inferiores movem-se lateralmente quando são elevadas, aumentando a dimensão transversal (movimento em alça de balde). A combinação de todos esses movimentos causa deslocamento anterior, superior e lateral da caixa torácica.
Art. Intervertebral: sínfise (cartilagem secundária); da vértebra T1 até T12 unidas pelo disco IV; Ligamentos: longitudinais posterior e anterior. Movimentos: limitado a pequenos graus de rotação.
Art. Costovertebral: art. da cabeça da costela; art. sinovial plana; Ligamentos: lig. radiados e lig. intra-articulares da cabeça da costela.
Art. Costotransversária: entre o tubérculo da costela com o processo transverso da vértebra de mesmo número; Ligamentos: ligg. Costotransversários lateral e superior. *as costelas 11 e 12 não se articulam com o processo transverso de mesmo número.
Art. Costocondral: cartilagem hialina; entre a extremidade lateral da cartilagem costal com a extremidade esternal da costela. Ligamentos: unidos por periósteo. Não há movimento, mas a cartilagem dá flexibilidade.
Art. Intercondral: art. sinovial plana; entre as cartilagens costais das costelas 6 e 7, 7 e 8, 8 e 9. Ligamentos: ligg. Intercondrais. *a art. entre as cartilagens costais das costelas 9 e 10 é fibrosa.
Art. Esternocostal: 1ª = sincondrose (cartilagem primária) e 2ª à 7ª = art. sinovial plana; art. do 2ª ao 7ª par de cartilagens costais com o manúbrio do esterno. Ligamentos: ligg esternocostais radiados anterior e posterior e lig intra-articular. *as cavidades articulares geralmente são ausentes, sendo a fibrocartilagem o que cobre as faces articulares.
Art. Esternoclavicular: art. sinovial selar; entre a extremidade esternal da clavícula com o manúbrio e a 1ª cartilagem costal. Ligamentos: lig. esternoclavicular anterior e posterior, lig costoclavicular. *essa art. é dividida em 2 compartimentos por um disco articular.
Art. manubriesternal: sínfise (cartilagem secundária); entre o manúbrio e o corpo;Sinostoses em indivíduos adultos/idosos
Art. Xifosternal: sincondrose (cartilagem primária); entre o corpo e o processo xifoide. 
7. Anatomia Clínica da Parede Torácica:
Dor torácica: sintoma mais importante de doença cardíaca, *pode também estar relacionado à doença pulmonar, distúrbios intestinais, da vesícula biliar e musculoesqueléticos. IAM = dor subesternal “em aperto” profundamente ao esterno, que não desaparece com o repouso.
Fratura das costelas: Geralmente resultam de golpes ou lesões por esmagamento. A parte mais fraca de uma costela é a região anterior ao seu ângulo, mas um golpe direto pode fraturar qualquer ponto e, se for nas extremidades, pode lesar órgãos internos (pulmão, baço); também pode ocorrer laceração do diafragma (acarreta hérnia diafragmática* ler cap 5 de abdome). A 1ª costela raramente fratura devido à sua posição protegida (não é palpável, posteroinferior à clavícula), portanto, quando ocorre, é marcador de lesão grave em traumatismos não penetrantes. Em caso de fratura pode haver lesão de plexo braquial de nervos e os vasos subclávios que servem ao MS. As costelas intermediárias são quebradas com maior frequência. As fraturas são dolorosas por conta do movimento ao respirar, tossir e espirrar.
Tórax instável: movimento independente de um segmento da parede torácica anterior ou lateral. O movimento é paradoxal (para dentro na inspiração e para fora na expiração). O tórax instável afeta a oxigenação, o segmento pode ser fixado internamente por placas e fios.
Toracotomia, incisões no espaço intercostal e excisão de costela: toracotomia = abertura cirúrgica da parede torácica para penetrar a cavidade pleural. Toracotomia anterior: incisões em formato de H pelo pericôndrio das cartilagens costais e soltar os segmentos de cartilagem para ter acesso à cavidade torácica. Toracotomia posterior: incisões nas faces posterolasterais dos 5º a 7º espaços intercostais. *abordagem lateral é mais satisfatória, pois o membro superior fica completamente abduzido e o antebraço fica ao lado da cabeça, isso eleva e roda lateralmente o ângulo inferior da escápula, dando acesso até o 4º espaço intercostal. *a retração de costela possibilita a realização de procedimentos por um espaço intercostal, com cautela com o feixe neurovascular superior.co se precisar de mais exposição, a incisão em H abre a face superficial do periósteo da costela, retira o periósteo e depois corta um segmento da costela (pode ser necessário em uma pneumectomia), sem a costela, acessa a cavidade pela bainha periosteal, poupando os mm intercostais adjacentes, depois os fragmentos de costela se regeneram a partir do periósteo. *** cirurgia intratorácica pode ser feita por endoscopia.
Costelas supranumerárias: podem existir costelas cervicais e/ou lombares ou faltar o 12º par. No caso de uma cervical, pode ser necessária uma ressecção para aliviar a compressão das estruturas neurovasculares que saem pela abertura superior do tórax, assim, é realizada uma incisão na fossa axilar. A importância clínica é que podem confundir a identificação dos níveis vertebrais em exames de imagem.
Função protetora e envelhecimento das cartilagens costais: a elasticidade da caixa torácica promovida pelas cartilagens costais impedem a fratura do esterno e das costelas em compressões, podendo causar uma lesão interna mesmo sem fratura; em idosos, as cartilagens perdem a elasticidade e podem sofrer calcificação (ficam radiopacas), com maior probabilidade de fratura em RCP.
Ossificação do processo xifoide: após os 40 anos, pode confundir com nódulo na fossa epigástrica. É preciso ter cuidado durante laparotomias (incisões abdominais altas) para não lesionar ou cortar o processo xifoide, pois lesão da cartilagem resulta em ossificação heterotrópica da parte superior da lesão.
Fraturasdo esterno: fraturas geralmente comitutivas (muitos fragmentos), mas o deslocamento dos fragmentos é raro po conta da fáscia que recobre o esterno (continuação fibrosa dos ligg. esternocostais radiados) e pelas inserções esternais dos mm peitorais maiores. O ângulo é onde mais se fratura nos idosos por conta da sinostose da sínfise manubriesternal, a fratura resulta em luxação da art manubriesternal. Principal preocupação: risco de lesão cardíaca (tamponamento, contusão ou ruptura miocárdica) e pulmonar. Se houver contusão esternal, deve-se avaliar se há lesão visceral subjacente.
Esternotomia mediana: secção no plano mediano e afastamento do esterno para acesso à cavidade torácica nas cirurgias do mediastino (revascularização do miocárdio); a flexibilidade das costelas e cartilagens costais permite o afastamento; também propicia exposição para retirada de tumores nos lobos superiores do pulmão. O esterno é reunido por um fio metálico: recuperação menos dolorosa do que na toracotomia com secção muscular.
Biopsia do esterno: o corpo do esterno é usado para biopsia por agulha de medula óssea. Motivo: largura e composição subcutânea. A agulha perfura primeiro o osso cortical fino e depois penetra o osso esponjoso vascularizado. Usado para coletar amostra pra transplante e detecção de câncer metastático e anormalidades sanguíneas.
Anomalias do esterno: O esterno surge da fusão de condensações verticais bilaterais de tecido pré-cartilaginoso (bandas ou barras esternais). As metades do feto podem não se fundir; A fenda esternal completa é anomalia incomum através da qual pode ocorrer protrusão do coração (ectopia cordis); As fendas parciais no manúbrio e na metade superior do corpo têm formato de V/U e podem ser reparadas no 1º ano de vida por aposição direta e fixação das metades esternais. Às vezes, há um forame esternal no corpo por fusão incompleta. Essa perfuração não tem importância clínica; entretanto, saber é importante para não ser mal interpretada em uma radiografia como um ferimento não cicatrizado. O recuo (pectus excavatum/tórax em funil) ou a projeção (pectus carinatum/peito de pombo) do esterno é uma anomalia que se evidencia na infância e pode ser corrigida como o tórax em desenvolvimento. O processo xifoide costuma ser perfurado em pessoas idosas por causa de alterações associadas à idade; essa perfuração também não tem importância clínica. Da mesma forma, a protrusão anterior do processo xifoide em neonatos é comum e não exige correção.
Síndrome do desfiladeiro torácico: para os anatomistas a abertura superior se chama entrada do tórax, porque é por onde ar e alimentos entram; os clínicos chamam a abertura superior de saída do tórax por conta das estruturas neurovasculares T1 que saem do tórax por essa abertura para entrar na parte inferior do pescoço e MS. Na SDT, as estruturas que passam pela abertura superior (artérias e nervos) são afetadas pela obstrução, que ocorre na base do pescoço, as manifestações clínicas envolvem o MS *cap 3 MMSS, cap 9 pescoço.
Luxação das costelas: (síndrome da costela deslizante); deslocamento uma cartilagem costal em relação ao esterno (luxação da articulação esternocostal ou deslocamento das articulações intercondrais); comum em esporte de contato; podem resultar em lesão dos nervos, vasos e músculos adjacentes. O deslocamento é geralmente unilateral e das costelas 8, 9 e 10, o diafragma e o fígado podem ser lesionados juntos, dor intensa na inspiração profunda. Há deformidade (nódulo) no local do deslocamento.
Separação das costelas: luxação da junção costocondral entre a costela e a cartilagem costal. Nas separações das costelas 3 a 10 comumente há ruptura entre o pericôndrio e o periósteo, o que pode provocar cavalgamento da costela.
Paralisia do diafragma: a paralisia da metade do diafragma (hemidiafragma) decorrente da lesão do nervo frênico (parte motora) não afeta a outra metade porque cada cúpula tem a inervação separada. A paralisia do diafragma pode ser detectada radiologicamente pelo movimento paradoxal: em vez de descer na inspiração, por conta da contração, a cúpula ascende porque é empurrada pelas vísceras abdominais que estão sendo comprimidas pela cúpula contralateral; em vez de ascender na expiração, a cúpula desce por causa da pressão positiva nos pulmões.
8. Músculos da parede torácica: o diafragma é o músculo primário da inspiração, a expiração é passiva se não for contra resistência ou mais rápida que o habitual, pois a retração elástica dos pulmões e a descompressão das vísceras abdominais expelem o ar previamente inalado. Os mm intercostais dão sustentação e resistem ao movimento paradoxal (na inspiração) quando as pressões torácicas internas são mínimas. Isso fica claro após traumatismo raquimedular alto com paralisia flácida inicial de todo o tronco, mas o diafragma permanece ativo. A capacidade vital fica comprometida pela incursão paradoxal da parede torácica durante a inspiração, semanas depois a paralisia torna-se espástica, a parede torácica enrijece e a capacidade vital aumenta.
*mm acessórios da respiração (eleva as costelas para expandir a cavidade quando a respiração é profunda e forçada): m peitoral maior, m peitoral menor, parte inferior do m serrátil anterior.
* mm acessórios da respiração (fixam as costelas e aumentam a efetividade dos mm que unem as costelas na inspiração forçada): mm escalenos.
Serrátil posterior superior: *causa de dor crônica nas síndromes de dor miofascial. inserção superior: lig nucal, processos espinhosos de C7 a T3. inserção inferior: margem superior das costelas 2 a 4.
Ação: propriocepção; eleva as costelas (aumenta o diâmetro AP e eleva o esterno).
Inervação: 2º a 5º nn intercostais.
Irrigação:
Serrátil posterior inferior: inserção superior: processos espinhosos de T11 a L2. inserção inferior: margem inferior das costelas 8 a 12 perto dos ângulos.
Ação: propriocepção; abaixa as costelas (impede que o diafragma puxe superiormente)
Inervação: ramos anteriores dos nn espinais T9 a T12
Irrigação:
Levantador da costela: são 12 mm; inserção superior: processos transversos de T7 a T11. inserção inferior: costelas subjacentes entre tubérculo e ângulo.
Ação: eleva as costelas (podem participar no movimento vertebral e/ou propriocepção)
Inervação: ramos primários posteriores dos nn C8 a T11
Irrigação:
Intercostais: externo + interno + íntimo: atividade isométrica (aumenta tônus sem causar movimento); respiração forçada. A função primária dos intercostais é dar sustentação aos espaços intercostais aumentando o tônus. A ação mecânica dos músculos intercostais no movimento das costelas, na respiração forçada, pode ser observada por meio de duas alavancas curvas, que representam as costelas que delimitam um espaço intercostal, articulam-se posteriormente com a coluna vertebral fixa e anteriormente com o esterno móvel. As costelas descem enquanto deslocam-se em direção anterior, atingindo seu ponto baixo aproximadamente na junção costocondral, e depois ascendem até o esterno. Os músculos cujas fibras mais se aproximam da inclinação das costelas em suas inserções (Mm. intercostais externos e a parte intercondral dos Mm. intercostais internos) giram as costelas superiormente em seus eixos posteriores, elevando as costelas e o esterno. Os músculos cujas fibras são quase perpendiculares às costelas em sua inserção (parte interóssea dos músculos intercostais internos) giram as costelas inferiormente em seus eixos posteriores, abaixando as costelas e o esterno.
Intercostal externo: mais superficial; 11 pares; na parte anterior, as fibras musculares são substituídas pelas membranas intercostais externas; continuam inferiormente com os mm oblíquos externo na parede anterolateral do abdome. inserção superior: margem inferior das costelas. inserção inferior: margem superior da costela abaixo.
Ação: eleva as costelas durante a inspiração forçada
Inervação: n intercostal
Irrigação:
Intercostal interno: 11 pares; profundo e perpendicular ao IC externo; as fibras musculares são substituídas pelas membranas intercostaisinternas; são contínuos com os mm oblíquos internos na parede anterolateral do abdome. inserção superior: margem inferior das costelas. inserção inferior: margem superior da costela abaixo.
Ação: parte interóssea: abaixa as costelas durante a respiração ativa. Parte intercondral: eleva as costelas durante a respiração ativa. (*mais fracos que os IC externos; mais ativos durante a expiração)
Inervação: n intercostal
Irrigação:
Intercostal íntimo: parte profunda do intercostal interno, separados pelos nn e vasos intercostais; ocupam a parte mais lateral dos espaços intercostais. inserção superior: margem inferior das costelas. inserção inferior: margem superior da costela abaixo.
Ação: parte interóssea: abaixa as costelas durante a respiração ativa. Parte intercondral: eleva as costelas durante a respiração ativa.
Inervação: n intercostal
Irrigação:
Subcostal: seguem a mesma direção que os intercostais internos e se unem a eles; inserção superior: face interna das costelas inferiores perto do ângulo. inserção inferior: margem superior da 2ª ou 3ª costela abaixo.
Ação: atuam da mesma forma que os mm intercostais internos.
Inervação: n intercostal
Irrigação:
Transverso do tórax: 4 ou 5 alças em sentido superolateral a partir da face posterior da parte inferior do esterno; continuo com o músculo transverso do abdome; inserção superior: face posterior da parte inferior do esterno. Inserção inferior: face interna das 2ª a 6ª cartilagens costais.
Ação: abaixa pouco as costelas; propriocepção.
Inervação: n intercostalOrdem das estruturas neurovasculares no espaço intercostal, em sentido superoinferior: VAN = veia, artéria e nervo.
Irrigação:
9. Fáscia da parede torácica: cada fáscia profunda recebe o nome do músculo ou estrutura que reveste:
Fáscia peitoral: parede anterior do tórax que reveste o peitoral maior. *grande parte da fáscia peitoral compõe uma porção importante do leito da mama (posterior à mama).
Fáscia clavipeitoral: profunda à fáscia peitoral, suspensa pela clavícula e reveste o peitoral menor.
Fáscia endotorácica: reveste a caixa torácica internamente; fixa a pleura parietal costal (parte adjacente do revestimento das cavidades pulmonares) na parede torácica; mais fibrosas nos ápices dos pulmões (membrana suprapleural).
10. Nervos da parede torácica: 12 pares de nervos espinais suprem a parede torácica. 
Nervos intercostais: se originam dos ramos anteriores dos nervos T1 a T11; seguem nos espaços intercostais.
Nervo subcostal: ramo anterior do nervo T12, inferior à costela 12.
Ramos posteriores dos nervos espinais torácicos: seguem sentido posterior, laterais aos processos articulares das vértebras; suprem as articulações, mm profundos e a pele do dorso na região torácica.
11. Nervos intercostais típicos: 3° a 6° nervos intercostais: penetram na parte mais medial dos espaços intercostais, seguem a fáscia endotorácica entre a pleura parietal (revestimento seroso do pulmão) e a membrana intercostal interna. No ângulo das costelas, seguem entre os mm intercostais internos e íntimos, seguindo inferiormente às artérias intercostais, sendo o feixe neurovascular protegido pela margem inferior das costelas sobrejacentes. Os ramos colaterais surgem no ângulo da costela e seguem a margem superior da costela abaixo; suprem os mm intercostais internos e íntimos e dão origem aos ramos cutâneos laterais na linha axilar média LAM; passam entre as cartilagens costais e tornam-se ramos cutâneos anteriores. 
Através do ramo posterior e dos ramos cutâneos lateral e anterior do ramo anterior, os nervos espinais de T2 a T12 supre um dermátomo do tronco em faixa: o dermátomo T4 inclui a papila mamária; o dermátomo T10 inclui o umbigo.
O grupo de músculo suprido pelo ramo posterior e pelo ramo anterior constitui um miótomo. Miótomos da maioria dos nervos torácicos = mm intercostal, subcostal, transverso do tórax, serrátil posterior; parte sobrejacente dos mm do dorso.
Ramos de um nervo intercostal típico:
Ramos comunicantes: unem o nervo intercostal ao tronco simpático ipsilateral; as fibras pré ganglionares seguem até o tronco simpático por um ramo comunicante branco; as fibras pós-ganglionares distribuídas para a parede e para os membros seguem dos gânglios do tronco simpático por ramos cinzentos e se unem ao ramo anterior do nervo espinal mais próximo, inclusive todos os nervos intercostais; as fibras nervosas simpáticas são distribuídas por meio de todos os ramos de todos os nervos espinais (ramos anteriores e posteriores) para chegarem aos vasos sanguíneos, glândulas sudoríferas e músculo liso da parede do corpo e dos membros.
Ramos colaterais: se originam perto dos ângulos das costelas, descem e seguem ao longo da margem superior da costela inferior, ajudando a suprir os músculos intercostais e a pleura parietal.
Ramos cutâneos laterais: se originam perto da LAM perfuram os mm intercostais internos e externos e dividem-se em ramos anteriores e posteriores; ramos terminais inervam a pele da parede lateral do tórax.
Ramos cutâneos anteriores: perfuram os mm e as membranas do espaço intercostal na linha paraesternal; dividem-se em ramos mediais e laterais; ramos terminais inervam a pele na face anterior do tórax.
Ramos musculares: suprem os músculos intercostal, subcostal, transverso do tórax, levantadores das costelas e serrátil posterior.
12. Nervos intercostais atípicos: o ramo anterior de T1 divide-se em parte superior, que vai para o plexo braquial, e parte inferior, que se torna o 1° nervo intercostal.
Características atípicas de nervos intercostais específicos:
1° e 2° nn. intercostais seguem na face interna das costelas 1 e 2, ao invés da margem inferior nos sulcos.
O 1° n. intercostal não tem ramo cutâneo anterior e muitas vezes não tem ramo cutâneo lateral. Quando presente, o ramo cutâneo lateral inerva a pele da axila e pode comunicar com o n. intercostobraquial/nervo cutâneo medial do braço.
O 2° (e algumas vezes o 3°) nervo intercostal dá origem a um grande ramo cutâneo lateral, o nervo intercostobraquial; que emerge do 2° espaço intercostal na LAM, penetra no músculo serrátil anterior e entra na axila e no braço. O nervo intercostobraquial geralmente supre o assoalho – pele e tela subcutânea – da axila e se comunica com o cutâneo medial do braço (faces medial e posterior do braço). O ramo cutâneo lateral do 3° nervo intercostal costuma dar origem a um segundo nervo intercostobraquial.
Os 7° a 11° nervos intercostais, após darem origem aos ramos cutâneos laterais, cruzam a margem costal posteriormente e continuam para suprir a pele e os músculos abdominais. Passam a ser os nervos toracoabdominais da parede anterior do abdome; seus ramos cutâneos anteriores perfuram a bainha do músculo reto, tornando-se cutâneos próximos ao plano mediano.
13. Artérias da parede torácica: A irrigação arterial da parede torácica provém da parte torácica da aorta, pelas artérias intercostais posteriores e artéria subcostal; da artéria subclávia, pelas artérias torácica interna e intercostal suprema; e da artéria axilar, pela artéria torácica superior e artéria torácica lateral.
*o 10° e 11° espaços intercostais são irrigados por três artérias cada um: uma grande artéria intercostal posterior (e seu ramo colateral) e um pequeno par de artérias intercostais anteriores.
Artérias intercostais posteriores: origem: artéria intercostal superior (1° e 2° EI) e parte torácica da aorta. trajeto: seguem entre os mm intercostais internos e íntimos. distribuição: mm intercostais, pele sobrejacente e pleura parietal.
· As aa. os 1° e 2°espaços intercostais originam-se da artéria intercostal suprema (“superior”), um ramo do tronco costocervical da artéria subclávia.
· Dos 3° a 11° espaços intercostais (e a artéria subcostal do espaço subcostal) originam-se posteriormente da parte torácica da aorta. *3ª a 11ª artérias intercostais direitas cruzam os corpos vertebrais e têm um trajeto mais longo que as do lado esquerdo.
· Emitem um ramo posterior que acompanha o ramo posterior do nervo espinal para suprir a medula espinal, a colunavertebral, os músculos do dorso e a pele.
· Dão origem a um ramo colateral que cruza o espaço intercostal e segue na margem superior da costela.
· Acompanham os nn intercostais através dos espaços intercostais. Próximo ao ângulo, entram nos sulcos das costelas, onde se situam entre a veia e o nervo. Seguem na fáscia endotorácica entre a pleura parietal e a membrana intercostal interna, depois seguem entre os músculos intercostais íntimos e intercostais internos.
· Têm ramos terminais e colaterais que se anastomosam anteriormente com as artérias intercostais anteriores.
Artéria subcostal: origem: parte torácica da aorta. Trajeto: segue pela margem inferior da 12ª costela. Distribuição: mm da parede anterolateral do abdome.
A artéria torácica interna (antiga artéria mamária interna): origem: a. subclávia. Trajeto: inferior e lateral ao esterno entre as cartilagens costais e o m. transverso do tórax para se dividir em aa. epigástrica superior e musculofrênica. Distribuição: aa. intercostais anteriores até o 1° a 6° EI e a. musculofrênica (ramo terminal lateral).
• Origina-se na base do pescoço, na face inferior da primeira parte da artéria subclávia. 
• Desce até o tórax posteriormente à clavícula e à 1ª cartilagem costal.
• É cruzada perto de sua origem pelo nervo frênico ipsilateral.
• Desce na face interna do tórax, ligeiramente lateral ao esterno e posterior às seis cartilagens costais superiores e músculos intercostais internos interpostos. Após ultrapassar a 2ª cartilagem costal, a artéria torácica interna segue anterior ao músculo transverso do tórax. Entre as faixas do músculo transverso do tórax, a artéria toca a pleura parietal posteriormente.
•Termina no 6° espaço intercostal dividindo-se nas artérias epigástrica superior e musculofrênica.
•Dá origem diretamente às artérias intercostais anteriores, que suprem os seis espaços intercostais superiores.
Artérias intercostais anteriores: origem: aa. torácica interna (1° ao 6° EI) e musculofrênica (7º ao 9° EI). Trajeto: seguem entre os mm intercostais internos e íntimos. Distribuição: mm intercostais, pele sobrejacente e pleura parietal. 
Pares ipsilaterais das artérias intercostais anteriores:
• Irrigam as partes anteriores dos nove espaços intercostais superiores.
• Seguem lateralmente no espaço intercostal, uma próxima da margem inferior da costela superior e a outra próxima da margem superior da costela inferior.
• Nos dois primeiros espaços intercostais situam-se inicialmente na fáscia endotorácica que reveste a parede torácica, entre a pleura parietal e os músculos intercostais internos.
• Responsáveis pela irrigação dos 3° a 6° espaços intercostais são separados da pleura por tiras do músculo transverso do tórax.
• Nos 7° a 9° espaços intercostais derivam da artéria musculofrênica, também ramo da torácica interna.
• Irrigam os músculos intercostais e enviam ramos através deles para suprir os músculos peitorais, as mamas e a pele.
• Estão ausentes nos dois espaços intercostais inferiores; esses espaços são irrigados apenas pelas artérias intercostais posteriores e seus ramos colaterais.
14. Veias da parede torácica:
Veias intercostais: 11 veias intercostais posteriores que se anastomosam com as veias intercostais anteriores (tributárias da veia torácica interna); conforme se aproximam da coluna, as vv. Intercostais posteriores recebem um afluente posterior, que acompanha o ramo posterior espinal daquele nível, e uma veia intervertebral, que drena os plexos venosos vertebrais associados à coluna vertebral. A maioria das veias intercostais posteriores (4 a 11) termina no sistema venoso hemiázigo/ázigo, que direciona o sangue até a veia cava superior. As veias intercostais posteriores do 1º EI drenam nas vv braquicefálicas direita e esquerda. As veias intercostais dos 2°, 3° e às vezes 4° EI se unem e formam um tronco, a veia intercostal superior. A veia intercostal superior direita é a última tributária da veia ázigo antes de entrar na VCS. A veia intercostal superior esquerda drena para a veia braquiocefálica esquerda, por isso a veia passa anteriormente no lado esquerdo do mediastino superior, margeando o arco aórtico entre os nervos vago e frênico; recebe as veias broquiais esquerdas e pode receber a veia pericardicofrênica; a comunicação com a veia hemiázigo acessória é comum.
Veia subcostal: acompanhante da a subcostal; Veia torácica interna: acompanhante da a. torácica interna.
15. Anatomia clínica de Músculos, Vasos e Nervos da Parede torácica:
Dispneia/dificuldade respiratória: os mm respiratórios acessórios ajudam a expansão torácica; há recrutamento dos mm do pescoço (esternoleidomastoideo, escalenos e parte superior do trapézio); pessoas com dispneia também podem curvar os joelhos ou sobre os braços de uma cadeira para fixar o cíngulo dos mmss, para que os mm possam agir na inserção costal e expandir.
Acesso cirúrgico intratorácico extrapleural: em cadáver é difícil observar; na cirurgia, a fáscia endotorácica, pela natureza fina e frouxa, propicia um plano de clivagem natural, permitindo que o cirurgião separe a pleura parietal costal que reveste a cavidade pulmonar da parede torácica. Isso possibilita o acesso a estruturas extrapleurais, como os linfonodos, a introdução de instrumento sem abertura e a talvez contaminação da cavidade pleural.
Herpes-zóster dos gânglios espinais: No herpes-zóster ocorre uma lesão cutânea clássica, com distribuição em dermátomos, dolorosa; é uma doença viral dos gânglios sensitivos dos nervos espinais, uma reativação do vírus varicela-zóster (VZV)/vírus da catapora; após invadir um gânglio, o vírus causa dor em queimação aguda no dermátomo suprido pelo nervo envolvido; a área de pele torna-se vermelha e com erupções vesiculares; a dor pode preceder ou acompanhar a erupção cutânea; embora seja basicamente uma neuropatia sensitiva (alteração patológica no nervo), há fraqueza por acometimento motor em algumas pessoas, em geral idosos com câncer; a fraqueza muscular costuma ocorrer na mesma distribuição dos miótomos, assim como a dor e as erupções vesiculares no dermátomo; a vacinação confere proteção contra herpes-zóster e é preconizada para indivíduos com 60 anos de idade ou mais.
Bloqueio do nervo intercostal: injeta o anestésico local ao redor dos nn intercostais entre a linha paravertebral e a área de anestesia necessária, envolvendo infiltração do anestésico ao redor do tronco do n intercostal e seus ramos colaterais; usado em fraturas de costela e após cirurgia torácica; bloqueio = interrupção das terminações nervosas na pele e da transmissão de impulsos pelos n sensitivos que conduzem informações álgicas antes que os impulsos cheguem à medula e ao encéfalo; há considerável superposição dos dermátomos contíguos, portanto não há perda completa da sensibilidade, a não ser que anestesie mais de 1 nervo.
16. Mamas: tecido glandular + tecido fibroso de sustentação + matriz adiposa + vasos sanguíneos + vasos linfáticos + nervos; localizam-se na tela subcutânea, sobre os mm peitorais maior e menor; a papila mamária está na parte mais proeminente da mama, circundada pela aréola = área cutânea pigmentada circular; em homens não há desenvolvimento do sistema glandular.
Papila mamária: não tem gordura, pelos, glândulas sudoríparas; extremidades fissuradas: os ductos lactíferos abrem-se nessas fissuras; formada por fibras musculares lisas circulares que comprimem os ductos lactíferos e causam ereção das papilas em resposta ao estímulo.
Mamas femininas: tamanho das mamas não lactantes = gordura ao redor do tecido glandular. As mamas aumentam na puberdade por conta do desenvolvimento glandular e do aumento de depósito de gordura; as aréolas e as papilas também aumentam; o tamanho e formato se dá for fatores étnicos, genéticos e alimentares.
As glândulas mamárias são glândulas sudoríferas modificadas, não tem capa nem bainha; o contorno arredondado e a maior parte do volume da mama é produzido por gordura subcutânea (na gravidez há formação de novo tecido glandular). Maiores na fase lútea por conta da proliferaçãodo tecido glandular por níveis variáveis de estrogênio e progesterona.
 Leito: O corpo da mama apoia-se sobre; se estende transversalmente da margem lateral do esterno até a LAM e verticalmente da costela 2 a 6; 2/3 do leito é formado pela fáscia peitoral e o outro 1/3 pela fáscia que cobre o músculo serrátil anterior.
Espaço retromamário: plano de tecido conjuntivo frouxo/espaço potencial entre a mama e a fáscia peitoral; contém pouca gordura; permite movimento da mama sobre a fáscia peitoral.
Processo axilar: cauda de Spence; parte menor da glândula mamária que se estende ao longo da margem inferolateral do músculo peitoral maior em direção à fossa axilar; pode aumentar no ciclo menstrual.
Ligamentos suspensores da mama: ligamentos de Cooper; ligamentos cutâneos significativos (retináculos da pele) que fixam a glândula mamária à derme da pele; tecido conjuntivo fibroso mais desenvolvido na parte superior da glândula; ajudam a sustentam os lobos e lóbulos da glândula.
Ductos lactíferos: dão origem a brotos que foram 15 a 20 lobos da glândula que constituem do panrênquima. Cada lobo é drenado por um ducto lactífero, esses ductos convergem e tem aberturas independentes. Cada ducto tem um seio lactífero, na qual uma gotícula de leite se acumula ou permanece na lactante. 
Amamentação: o bebê começa a mamar, a compressão da aréola e do seio lactífero abaixo dela expele gotículas acumuladas e estimula o bebê a continuar mamando até que o ocorra o reflexo da ejeção de leite, mediado por hormônios, assim, o leite é secretado, e no sugado da glândula.
Alvéolos: secretam leite; cachos de uva. 
Glândulas sebáceas: aumentam na gravidez e secretam substância oleosa que atua como lubrificante protetor para a aréola e papila; a aréola e papila estão sujeitas a fissuras e irritação na amamentação;
Vascularização da mama: a irrigação arterial da mama provém: dos ramos mamários mediais de ramos perfurantes e ramos intercostais anteriores da artéria i, a partir a a. subclávia; das a. torácica lateral e toracoacromial, ramos da a. axilar; das aa. intercostais posteriores, ramos da parte torácica da aorta nos 2°, 3° e 4° EI.
A drenagem venosa se faz pela veia axilar, mas há alguma drenagem para a veia torácica interna.
A drenagem linfática é importante por conta da metástase de células cancerosas. A linfa passa da papila, aréola e dos lóbulos da glândula para o plexo linfático subareolar. 
A partir desse plexo, a maior parte da linfa (mais de 75%), sobretudos dos quadrantes laterais, drena para os linfonodos axilares, inicialmente para os linfonodos peitorais. 
Entretanto, parte da linfa drena diretamente para outros linfonodos axilares ou para linfonodos interpeitorais, deltopeitorais, supraclaviculares ou cervicais profundos inferiores. A maior parte da linfa remanescente, sobretudo dos quadrantes mediais, drena para os linfonodos paraesternais ou para a mama oposta.
Enquanto a linfa dos quadrantes inferiores flui profundamente para os linfonodos abdominais (linfonodos frênicos inferiores subdiafragmáticos).
A linfa da pele, com exceção da papila e aréola, drena para os linfonodos axilares, cervicais profundos inferiores e infraclaviculares e para os linfonodos paraesternais. A linfa dos linfonodos axilares drena para os linfonodos claviculares (infra e supra), depois para o tronco linfático subclávio. A linfa dos linfonodos paraesternais entra nos troncos linfáticos broncomediastinais, que também drena as vísceras torácicas. Esses troncos se fundem e formam o tronco linfático jugular, drenando a cabeça e o pescoço para formar um ducto linfático direito curto ou entrando no ducto torácico do lado esquerdo. Na maioria dos casos, os troncos se abrem na junção das veias jugular interna e subclávia, no ângulo venoso direito/esquerdo, que formam as veias braquiocefálicas. *em alguns casos, eles se abrem em 2 veias antes do ângulo.
Nervos da mama: derivam dos ramos cutâneos anteriores e laterais do 4° ao 6° nervo intercostal; atravessam a fáscia peitoral para chega a TSC e à pele da mama; conduzem fibras sensitivas para a pele e fibras simpáticas para os vasos sanguíneos nas mamas e músculo liso na pele e papila. 
17. Anatomia de superfície da parede torácica:
Clavículas: palpáveis; demarcam a divisão superior entre zonas de drenagem linfática: acima das clavículas, a linfa flui para os linfonodos jugulares inferiores; abaixo delas, a linfa parietal (da parede torácica e do MS) flui para os linfonodos axilares.
Esterno: palpável; entre as articulações esternoclaviculares no manúbrio pode ser palpada a incisura jugular = situa-se no nível da margem inferior do corpo da vértebra T2 e no espaço entre o 1° e 2° processo espinhoso torácico. Manúbrio: nível dos corpos das vértebras T3 e T4. O lado esquerdo do manúbrio é anterior ao arco da aorta e seu lado direito se superpõe à fusão das vv. braquiocefálicas para formar a VCS. *importância clínica de conhecer a anatomia de superfície da VCS: prática clínica comum de introduzir cateteres na VCS para alimentação IV de pacientes em estado grave; a VCS segue profunda ao manúbrio e à sínfise manubriesternal um dedo à direita da margem do manúbrio, entra no átrio direito oposta à 3° cartilagem costal. Corpo: anterior à margem direita do coração e das vértebras T5 a T9; o sulco intermamário (depressão/clivagem mediava entre mamas maduras) está sobre o corpo. Processo xifoide: situa-se numa pequena depressão, a fossa epigástrica, usada para guia na reanimação cardiopulmonar (RCP) para determinar a posição da mão na parte inferior do esterno. A sínfise xifoesternal é palpável e observada como crista no nível da margem inferior de T9.
Ângulo do esterno: situa-se no nível do disco IV entre T4 e T5 e dos espaços entre o 3° e 4° processo espinhoso torácico; marca o nível do 2° par de cartilagens costais.
Margens costais: união das 7ª a 10ª cartilagens costais; palpáveis; se estendem em sentido inferolateral a partir da sínfise xifosternal; a convergência das margens costais direita e esquerda formam o ângulo infraesternal.
Costelas e espaços intercostais: a contagem para exame físico começa na costela 2, adjacente ao ângulo do esterno, pois a 1 não é palpável; para contar as costelas e os EI anteriores, os dedos devem estar sobre o ângulo do esterno e deslizar lateralmente para a 2ª cartilagem costal, começando a contar as costelas e os espaços. O 1° espaço é superior à 2ª cartilagem: os EI são numerados de acordo com as costelas do limite superior. Um dedo deve permanecer no lugar enquanto o outro é usado para localizar o próximo espaço. Usando todos os dedos, é possível localizar 4 espaços de uma vez. A parte anterolateral dos espaços é mais larga (LMC). Na parede posterior, a extremidade medial da espinha da escápula situa-se sobre a costela IV. 
Oferece latitude para a localização na parede torácica: costelas e espaços intercostais
Oferece longitude para a localização na parede torácica: linhas:
A linha mediana (“medioesternal”) anterior (LMA) indica a interseção do plano mediano com a parede torácica anterior.
A linha medioclavicular (LMC) atravessa o ponto médio da clavícula, paralelamente à LMA
A linha axilar anterior (LAA) segue verticalmente ao longo da prega axilar anterior que é formada pela margem inferolateral do músculo peitoral maior quando passa da caixa torácica para o úmero no braço.
A linha axilar média (LAM) inicia-se no ápice (parte mais profunda) da fossa axilar, paralelamente à LAA
A linha axilar posterior (LAP), também paralela à LAA, é traçada verticalmente ao longo da prega axilar posterior formada pelos músculos latíssimo do dorso e redondo maior quando atravessam do dorso para o úmero.
A linha mediana (“mediovertebral”) posterior (LMP) é uma linha vertical situada ao longo das extremidades dos processos espinhosos das vértebras.
As linhas escapulares (LE) são paralelas à linha mediana posterior e cruzam os ângulos inferiores da escápula.
Mamas: acentuação no contorno dos músculos peitorais maiores, realçados pela papila mamária no 4° EI, lateral à LMC; separadospelo sulco intermamário e com a margem lateral formando a prega axilar anterior. Há proeminência das veias na superfície das mamas durante a gravidez. A papila mamária é circundada pela aréola pigmentada. A aréola escurece durante a gravidez e essa pigmentação persiste. A aréola normalmente é pontilhada pelas aberturas papulares das glândulas areolares (glândulas sebáceas na pele da aréola). Se houver retração da papila, essa pequena anomalia congênita dificulta a amamentação. Em homens e em mulheres nulíparas jovens, a papila mamária se situa anteriormente ao 4° EI, distante 10cm da LMA. Em mulheres com seios grandes ou multíparas, a posição varia. (papilas não servem como referência ao 4° EI).
 *As digitações do músculo serrátil anterior tem aspecto serrilhado na inserção às costelas e interdigitação com o músculo oblíquo externo. Os EI podem se tornar aparentes com a respiração em casos de ausência ou atrofia da musculatura intercostal.
18. Anatomia Clínica das Mamas:
Alterações nas mamas: a ramificação dos ductos lactíferos ocorre no ciclo menstrual e durante a gravidez. A produção de leite só ocorre depois do nascimento do bebê. O colostro (líquido que precede o leite) é secretado pelas papilas no último trimestre da gravidez e no início da amamentação. O colostro é rico em proteína, agentes imunes e fator de crescimento que afeta o intestino do bebê. As mamas das idosas são pequenas em razão da diminuição de gordura da atrofia do tecido glandular.
Quadrantes mamários: quatro quadrantes são usados para descrever a localização anatômica e a descrição de tumores e cistos: quadrantes superiores medial e lateral; quadrantes inferiores medial e lateral; 12 horas divididas de 3 em 3. 
Carcinoma da mama: O conhecimento da drenagem linfática tem importância para a previsão da metástase das células do carcinoma (tumores malignos – geralmente adenocarcinomas originados nas células epiteliais dos ductos lactíferos nos lobos das glândulas mamárias). Essas células entram em vaso linfático e atravessam grupos de linfonodos; A interferência do câncer na drenagem linfática pode causar linfedema (excesso de líquido na TSC) que pode resultar em desvio da papila mamária e aspecto espesso e coriáceo da pele; a pele proeminente entre poros deprimidos tem aspecto semelhante à casca de laranja. Se a depressão for maior, resulta da invasão cancerosa de tecido glandular e fibrose, que causa encurtamento/tração dos ligamentos suspensores da mama. O câncer de mama subareolar pode causar retração da papila mamaria acometendo os ductos lactíferos. O câncer de mama se dissemina pelos vasos linfáticos chegando principalmente nos linfonodos axilares, quando alojam-se nos linfonodos as células causam metástase; pode haver metástase da mama para os linfonodos supraclaviculares, mama oposta ou abdome por conta das comunicações abundantes entre as vias linfáticas. O aumento de linfonodos axilares palpáveis pode indicar câncer, mas a ausência não garante que não houve metástase para os linfonodos infra e supraclaviculares ou pra circulação sistêmica; A retirada cirúrgica dos linfonodos axilares acometidos ou a lesão dos linfonodos e dos vasos axilares por radioterapia resulta em linfedema no MS ipsilateral.
As células cancerosas também se comunicam pelas veias intercostais posteriores que drenam para o sistema ázigo/hemiázigo que se comunica com o plexo vertebral interno que circunda a medula, assim se disseminam para as vértebras, crânio e encéfalo. Também se disseminam por contiguidade (invasão do tecido adjacente). *sinal de câncer avançado: o médico pede para o paciente colocar as mãos no quadril e fazer força, puxando os cotovelos para frente para contrair os mm peitorais, porque quando as células cancerosas invadem o espaço retromamário, se fixam ou invadem a fáscia peitoral ou metastizam para os linfonodos interpeitorais, a mama se eleva quando o musculo contrai.
Visualização da estrutura e da patologia das mamas: diferencia cistos e massas neoplásicas de variações na arquitetura mamária. Carcinoma na mamografia: área densa grande e irregular, pele espessa sobre o tumor, depressão da papila mamária. Xeromamografia: estruturas mais densas aparecem mais escuras; na mamografia as estruturas mais densas são mais claras. Ultrassonografia: lesões palpadas mas não bem observadas na mamografia em mulheres com tecido mamário denso, não invasivo, diferencia cistos preenchidos por líquido ou abcessos de massas sólidas. RM: alterações de mamografia ou US, para planejar tratamento ou excluir falsos positivos.
Incisões e tratamento cirúrgico da patologia da mama: As incisões no sulco inframamario são menos visíveis; as incisões perto da aréola ou na própria mama são radias de cada lado na papila (linhas de clivagem de Langer são transversais) ou circunferenciais. Mastectomia (excisão da mama): na simples, a mama é removida até o espaço retromamário, podendo poupar a papila e a aréola; na radical, a mama, os músculos peitorais, a gordura, a fáscia e os linfonodos da axila e peitorais são retirados; atualmente são realizadas nodulectomia ou quadrantectomia: cirurgias conservadoras da mama, que retiram só o tumor e tecidos adjacentes.
Polimastia, politelia e amastia: Polimastia: mamas supranumerárias; pode ser encontrada superior ou inferiormente ao par normal, às vezes na fossa axilar ou parede anterior do abdome; apenas papila e aréolas rudimentares, confundidas com um nevo; pode haver tecido glandular, se desenvolvendo na lactação. Podem surgir em qualquer ponto ao longo da crista mamária.
Politelia: papilas mamárias acessórias; pode ser encontrada superior ou inferiormente ao par normal, às vezes na fossa axilar ou parede anterior do abdome.
Amastia: ausência de desenvolvimento mamário, pode haver papila mamária e/ou aréola, mas sem tecido glandular.
Câncer de mama em homens: metastiza para os linfonodos axilares, ossos, pleura, pulmões, fígado e pele; massa subareolar visível e palpável ou secreção mamilar; tende a infiltrar a fáscia peitoral; o músculo peitoral maior e os linfonodos apicais na axila; geralmente só são detectáveis com metástase extensa.
Ginecomastia: hipertrofia da mama masculina é normal na puberdade, pode acontecer depois mas é raro; a ginecomastia pode ser causada por desequilíbrio entre hormônios estrogênicos e androgênicos ou por alteração no metabolismo hepático dos hormônios sexuais. Assim, a ginecomastia é considerada um sinal e a avaliação exclui causas como cânceres da glândula suprarrenal ou do testículo; a síndrome de klinefelter pode causar ginecomastia, testículos pequenos e MMII desproporcionalmente compridos.
Vísceras da Cavidade Torácica: no corte transversal, a cavidade torácica é reniforme: um espaço com diâmetro transversal ovoide, entalhe profundo na região posterior causado pela coluna vertebral torácica e pelas cabeças e colos das costelas que se articulam. 
Cavidades pulmonares direita e esquerda: compartimentos bilaterais que contém os pulmões e as pleuras.
Mediastino: central; interposto entre as cavidades pulmonares, contém todas as estruturas torácicas além dos pulmões e pleuras (coração, parte torácicas de grandes vasos, parte da traqueia, esôfago, timo e outras estruturas como linfonodos). Abertura superior do tórax até o diafragma e do esterno até as vertebras torácicas.
1. Pleuras, pulmões e árvore traqueobronquial: Canais pericardioperitoneais: precursores das cavidades pleurais onde os pulmões se invaginam no desenvolvimento embrionário. O epitélio celômico invaginado cobre os primórdios dos pulmões e transforma-se na pleura visceral. 
Pleuras: Cada pulmão é revestido por um saco pleural seroso formado pela pleura visceral (membrana que reveste a superfície pulmonar) + pleura parietal (reveste as cavidades pulmonares).
Cavidade pleural: espaço virtual entre as pleuras, contém camada de capilar de líquido pleural seroso, que permite o deslizamento entre as camadas de pleuras na respiração. A tensão superficial do líquido proporciona a coesão da parede torácica com a superfície pulmonar.Pleura visceral: aderida a toda a superfície do pulmão; contínua com a pleura parietal no hilo do pulmão, onde as estruturas que formam a raiz do pulmão entram e saem. 
Pleura parietal: adere à parede torácica, ao mediastino e ao diafragma; mais espessa que a pleura visceral, tem 3 partes: costal, mediastinal e diafragmática; e a cúpula da pleura.
Parte costal da pleura parietal: pleura costovertebral; separada da face interna da parede torácica pela fáscia endotorácica; plano de clivagem natural para a separação cirúrgica da pleura costal da parede torácica.
Parte mediastinal da pleura parietal: pleura mediastinal; cobre as faces laterais do mediastino, a divisória de tecidos e órgãos que separam as cavidades pulmonares e seus sacos pleurais; continua superiormente na forma de cúpula da pleura; contínua com a pleura costal anterior e posteriormente e com a pleura diafragmática inferiormente. Superior à raiz, é uma lâmina contínua entre o esterno e a coluna vertebral. No hilo, é a parte mediastinal que se reflete lateralmente sobre a raiz e se continua com a pleura visceral.
Parte diafragmática da pleura parietal: cobre a face superior do diafragma, exceto ao longe de suas inserções costais e no local onde o diafragma está fundido ao pericárdio. Uma fina camada mais elástica da fáscia endotorácica, a fáscia frenicopleural, une a pleura diafragmática às fibras musculares do diafragma.
Cúpula da pleura: cobre o ápice; é uma continuação superior da pleura parietal (costal e mediastinal); parte mais alta = 2 a 3 cm superior ao terço medial da clavícula, no sentido do colo da 1ª costela; reforçada pela membrana suprapleural (fáscia de Sibson, uma extensão fibrosa da fáscia endotorácica), que se fixa à margem interna da 1ª costela e ao processo transverso de C7.
*Linhas de reflexão pleurais: pleura parietal muda de direção quando é refletida de uma parede da cavidade pleural pra outra; delimitam a extensão das cavidades; os contornos são assimétricos porque o coração pressiona a cavidade esquerda. Esse desvio cardíaco afeta as linhas esternais direita e esquerda da reflexão pleural. Linhas esternais: agudas/abruptas e ocorrem no local onde a pleura costal se continua com a pleura mediastinal anteriormente. As linhas de reflexão esternais direita e esquerda começam superior à cúpula e seguem inferomedialmente posterior às art. esternoclaviculares e se encontram na LMA posterior ao esterno, no nível do ângulo. Descem em contato entre a 2ª a 4ª cartilagens costais. A linha esternal de reflexão pleural direita segue na LMAaté a face posterior do processo xifoide, onde se volta lateralmente. A linha esquerda desce na LMA até a 4ª cartilagem costal, aí passa para a margem esquerda e segue para o contato direto com o pericárdio e a parede torácica anterior. Essa incisura superficial no saco pleural e a área nua de contato pericárdico com a PA são importantes para a pericardiocentese. As linhas costais de reflexão pleural são continuações agudas das linhas esternais, onde a pleura costal se continua com a pleura diafragmática inferiormente, segue lateralmente, na LMA; a linha costal esquerda se inicia na LMC, fora isso, são simétricas e avançam em sentido lateral, posterior, depois medial, atravessando obliquamente a costela 8 na LMC e depois a costela 10 na LAM, se continuando com as linhas vertebrais nos colos das costelas 12 ou inferior a elas. As linhas vertebrais de reflexão pleural são arredondadas e graduais, no local onde a pleura costal se continua com a pleura mediastinal posteriormente, são paralelas à coluna vertebral, seguindo nos planos paravertebrais desde o nível de T1 até T12, onde se continuam com as linhas costais. 
Na expiração, os pulmões não ocupam as cavidades pulmonares completamente, os espaços virtuais são chamados de recessos costodiafragmáticos, que são “fossas” revestidas por pleura circundando a convexidade superior do diafragma na parede torácica. Posterior ao esterno, onde a parte costal está em contato com a parte mediastinal, existem espaços pleurais virtuais chamados recessos costomediastinais. O recesso esquerdo é maior porque a incisura cardíaca do pulmão esquerdo é mais acentuada do que a impressão correspondente no saco pleural. As margens inferiores dos pulmões se aproximam dos recessos na inspiração.
Pulmões: Cada pulmão tem: um ápice (acima do nível da costela 1 até a raiz do pescoço), uma base, dois ou três lobos, três faces (costal, mediastinal e diafragmática) e três margens (anterior, inferior e posterior). No morto, há impressões costais, cardíacas e de grandes vasos; no morto, apenas cardíacas.
Pulmão direito: fissuras oblíquas e horizontal direitas; três lobos: superior, médio e inferior; maior e mais pesado; mais curto e mais largo, porque a cúpula direita do diafragma é mais alta e o coração e o pericárdio estão mais para a esquerda; a margem anterior é relativamente reta.
Pulmão esquerdo: fissura oblíqua única esquerda; dois lobos: superior e inferior; a margem anterior tem uma incisura cardíaca profunda, impressão deixada pelo desvio do ápice do coração (face anteroposterior do lobo superior); língula: prolongamento estreito e linguiforme moldado pela incisura cardíaca abaixo dela, desliza para dentro e fora do recesso costomediastinal durante a respiração.
Face costal: relacionada à parte costal da pleura que a separa das costelas, cartilagens costais e mm intercostais íntimos; a parte posterior da face costal está relacionada aos corpos das vértebras torácicas e denominada “parte vertebral”.
Face mediastinal: côncava porque está relacionada ao mediastino médio, que contém o pericárdio e o coração: hilo, que recebe a raiz do pulmão. No cadáver: sulco do esôfago, impressão cardíaca no pulmão direito. A impressão cardíaca na face mediastinal do pulmão esquerdo é maior. Essa face também tem um sulco contínuo e proeminente para o arco da aorta e a parte descendente da aorta, além de uma área menor para o esôfago.
Face diafragmática: côncava, forma a base do pulmão, apoiada sobre a cúpula do diafragma; concavidade maior no lado direito por conta da cúpula direita acima do fígado; limitada lateral e posteriormente por uma margem fina e aguda que se projeta para o recesso costodiafragmático da pleura (margem inferior).
Margem anterior: ponto de encontro anterior entre as faces costal e mediastinal que recobrem o coração; a incisura cardíaca deixa uma impressão nessa margem do pulmão esquerdo.
Margem inferior: circunscreve a face diafragmática, separando-a da costal da mediastinal.
Margem posterior: ponto de encontro posterior entre as faces costal e mediastinal; situa-se no espaço ao lado da parte torácica da coluna.
Raízes dos pulmões: = brônquios (e vasos bronquiais), artérias ulmonares, veias pulmonares superior e inferior, plexos pulmonares de nervos e vasos linfáticos; fixam os pulmões ao mediastino; nervo frênico passa anterior; nervo vago (NC X) segue posterior; se a raiz for seccionada antes da (medial à) ramificação do brônquio principal (primário) e da artéria pulmonar, a configuração é: artéria pulmonar = extremo superior À esquerda (o brônquio lobar superior ou epiarterial localizado no extremo superior à direita). Veias pulmonares superior e inferior = extremidades anterior e inferior, respectivamente. Brônquio principal = meio do limite posterior, os vasos brônquicos seguem na face externa (posterior).
Hilo do pulmão: área cuneiforme na face mediastinal por onde atravessa as estruturas que formam a raiz do pulmão; medial ao hilo, a raiz encerra na continuidade entre as lâminas parietal e visceral da pleura (bainha pleural).
Ligamento pulmonar: formado inferior a raiz do pulmão na continuidade entre as pleuras parietal e visceral; se estende entre o pulmão e o mediastino, imediatamente anterior ao esôfago; camada dupla de pleura separada por tecido conjuntivo.
Árvore traqueobronquial: formada pelas vias respiratórias sublaríngeas; traqueia = tronco, se bifurca no nível do plano transverso do tórax (ângulo do esterno) em brônquios principais, 1 pracada pulmão, que entram nos hilos:
Brônquio principal direito: mais largo, mais curto e mais vertical; entra diretamente no hilo.
Brônquio principal esquerdo: segue inferolateralmente abaixo ao arco aórtico e anterior ao esôfago e à aorta torácica para chegar ao hilo.
No pulmão, se ramificam se modo constante; os ramos da arvore são componentes da raiz de cada pulmão (ramos das artérias e veias pulmonares + brônquios). Cada brônquio principal se divide em brônquios lobares secundários, 2 à esquerda e 3 à direita, e cada um supre um lobo. 
Cada brônquio lobar se divide em vários brônquios segmentares terciários que suprem os segmentos broncopulmonares: As maiores subdivisões de um lobo; Segmentos piramidais do pulmão, com ápices voltados para raiz do pulmão e bases na superfície pleural; Separados dos segmentos adjacentes por septos de tecido conjuntivo; Supridos independentemente por um brônquio segmentar e um ramo arterial pulmonar terciário; Nominados de acordo com o brônquio segmentar que os supre; Drenados por partes intersegmentares das veias pulmonares do tecido conjuntivo interposto e drenam segmentos adjacentes; 18 a 20 (10 no pulmão direito; 8 a 10 no pulmão esquerdo); Cirurgicamente ressecáveis. 
20 a 25 gerações de bronquíolos condutores ramificados que terminam como bronquíolos terminais. As paredes dos bronquíolos não têm cartilagem; os bronquíolos condutores transportam ar, mas não tem glândulas nem alvéolos; cada bronquíolo terminal origina vários bronquíolos respiratórios com alvéolos; o alvéolo pulmonar é a unidade estrutural de troca gasosa; cada bronquíolo respiratório dá origem a 2 a 11 ductos alveolares (vias respiratórias densamente revestidas por alvéolos), e cada um desses dá origem a 5 a 6 sacos alveolares (onde se abre grupos de alvéolos).
Vascularização dos pulmões e pleuras: cada pulmão tem uma grande artéria pulmonar e duas veias pulmonares:
Artérias pulmonares direita e esquerda: originam-se do tronco pulmonar no nível do ângulo do esterno; conduzem sague venoso aos pulmões para oxigenação; tornam-se parte das raízes dos pulmões e se dividem em artéria lobares.
Artérias lobares superiores direita e esquerda: descem posterolateral ao brônquio principal como artéria lobar inferior do pulmão esquerdo e como uma artéria intermediaria que se divide em artéria lobares média e inferior do pulmão direito. Essas se dividem em artérias segmentares, formando pares com os brônquios no pulmão, com ramificações simultâneas e trajetos paralelos: cada lobo tem 1 artéria lobar pareada + 1 brônquio; da mesma forma cada segmento broncopulmonar tem 1 artéria segmentar pareada + 1 brônquio; artéria anterior ao brônquio.
Duas veias pulmonares de cada lado: veia pulmonar superior e veia pulmonar inferior: sangue arterial dos lobos para o AE; a veia do lobo médio é uma tributária da veia pulmonar direita superior; trajeto independente; seguem os segmentos broncopulmonares adjacentes e recebem sangue em direção ao hilo. As veias da pleura visceral e da circulação venosa bronquial (exceto na região peri-hilar) drenam para as veias pulmonares; há união das veias da pleura parietal e das veias sistêmicas em partes adjacentes da parede torácica.
Artérias bronquiais: nutrição das estruturas da raiz do pulmão, tecidos de sustentação e pleura visceral; as artérias bronquiais esquerdas se originam da parte torácica da aorta; a artéria bronquial direita (única) geralmente se origina da parte proximal de uma das arteriais intercostais posteriores superiores (3ª) ou de um tronco comum com a artéria bronquial superior esquerda; emitem ramos para o esôfago; os ramos distais se anastomosam com ramos das artérias pulmonares nas paredes dos bronquíolos e na pleura visceral.
Veias bronquiais: drenam o sangue distribuído para a parte proximal das raízes dos pulmões, o restante é drenado pelas veias pulmonares (o sangue que retorna da pleura visceral e dos componentes da raiz do pulmão); a veia bronquial direita drena para a veia ázigo; a veia bronquial esquerda drena para a veia hemiázigo acessória ou para a veia intercostal superior esquerda; recebem sangue das veias esofágicas.
Plexo linfático superficial/subpleural: profundo à pleura visceral; drena o parênquima pulmonar e a pleura visceral; os vasos linfáticos desse plexo drenam para os linfonodos broncopulmonares no hilo do pulmão.
Plexo linfático profundo: tela submucosa dos brônquios e tecido conjuntivo peribrônquico; drenagem das estruturas que formam a raiz do pulmão; drenam para os linfonodos pulmonares intrínsecos, ao longo dos brônquios lobares, os vasos linfáticos saem desses linfonodos e drenam para os linfonodos broncopulmonares; a linfa dos plexos linfáticos superficial e profundo drena para os linfonodos traqueobronquiais superiores e inferiores (à bifurcação da traqueia e brônquios principais). 
Via do lado direito da linfa: O pulmão direito drena através dos linfonodos do lado direito e o lobo superior do lado esquerdo drena para o lado esquerdo, mas o lobo inferior drena para os linfonodos traqueobronquiais superiores direito. Dos linfonodos traqueobronquiais, a linfa segue para os troncos linfáticos broncomediastinais direito e esquerdo, esses troncos terminam nos ângulos venosos; o tronco broncomediastinal direito une-se a outros troncos e forma um ducto linfático direito; o tronco broncomediastinal direito termina no ducto torácico; a pleura parietal drena para os linfonodos da parede; a linfa da cúpula da pleura parietal drena para os linfonodos axilares. 
Nervos dos pulmões e pleuras: derivados dos plexos pulmonares anteriores e posteriores às raízes: fibras aferentes parassimpáticas, simpáticas e viscerais. 
Fibras parassimpáticas: fibras pré ganglionares do nervo vago (NC X); fazem sinapse com as células ganglionares parassimpáticas (corpos celulares de neurônios pós ganglionares) nos plexos pulmonares na arvore bronquial; motoras para o músculo liso da árvore bronquial (broncoconstritoras), inibidoras para os vasos pulmonares (vasodilatadoras) e secretoras para as glândulas da árvore bronquial (secretomotoras).
Fibras simpáticas: fibras pós ganglionares; corpos celulares nos gânglios simpáticos paravertebrais dos troncos simpáticos; inibitórias para o músculo brônquico (broncodilatadoras); motoras para os vasos pulmonares (vasoconstritoras); inibitórias para as glândulas alveolares da árvore.
Fibras aferentes viscerais reflexas: conduzem sensações subconscientes associadas aos reflexos que controlam a função; corpos celulares no gânglio sensitivo do nervo vago (NC X) acompanha as fibras parassimpáticas, conduzindo os impulsos em direção central relacionados às terminações nervosas das estruturas: túnica mucosa dos brônquios (reflexos de tosse), músculos dos brônquios (estiramento); tecido conjuntivo interalveolar (reflexos de Hering-Breuer, mecanismo que limita as excursões respiratórias), artérias pulmonares (sensíveis à pressão arterial), veias pulmonares (sensíveis aos níveis sanguíneos de gases).
Fibras aferentes nociceptivas: da pleura visceral e dos brônquios acompanham as fibras simpáticas pelo tronco simpático até os gânglios sensitivos dos nervos espinais torácicos superiores, ao passo que as fibras da traqueia acompanham as fibras parassimpáticas até o gânglio sensitivo do nervo vago (NC X).
Nervos da pleura parietal: nervos intercostais: parte costal e área periférica da parte diafragmática (sensibilidade tátil e álgica). Nervos frênicos: área central da parte diafragmática e mediastinal da pleura.
Anatomia de superfície das pleuras e dos pulmões: As cúpulas da pleura e os ápices pulmonares atravessam a abertura superior do tórax profundamente nas fossas supraclaviculares (depressões posterior e superior às clavículas, lateral aos tendões dos mm esternocleidomastoideos);
As margens anteriores dos pulmões situam-se adjacentes à linha anterior de reflexão da pleura parietal, entre 2ª e 4ª cartilagens costais. A margem de reflexão pleural esquerda se move lateralmente e inferiormente na incisura cardíaca para alcançar a6ª cartilagem costal. A incisura cardíaca deixa uma impressão profunda na margem anterior do pulmão esquerdo. No lado direito, a reflexão pleural continua inferiormente da 4ª até a 6ª cartilagem costal, acompanhada pela margem anterior do pulmão direito. Tanto as reflexões pleurais quantos as margens anteriores do pulmão seguem lateralmente nas 6ª cartilagens costais. 
As reflexões pleurais chegam na LMC no nível da 8° cartilagem costal, da costela 10 na LAM e da costela 12 na linha escapular. As margens inferiores dos pulmões chegam à LMC no nível da costela 6, à LAM na costela 8 e à LE na costela 10, seguindo em direção ao processo espinhoso da vértebra T10. Elas então prosseguem em direção ao processo espinhoso da vértebra T12: a pleura parietal geralmente se estende cerca de duas costelas abaixo do pulmão.
Fissura oblíqua: nível do processo espinhoso de T2 posteriormente até a 6ª cartilagem costal anteriormente; margem medial da escápula com o MS elevado acima da cabeça.
Fissura horizontal: pulmão direito; a partir da fissura obliqua ao longo da costela 4 cartilagem costal anteriormente.
Anatomia clínica das pleuras, pulmões e árvore traqueobronquial:
Lesões da cúpula da pleura e do ápice do pulmão: Em razão da inclinação para baixo do 1° par de costelas e da abertura superior do tórax que elas formam, a cúpula da pleura e o ápice do pulmão projetam-se para o pescoço, posterior às inserções inferiores dos músculos esternocleidomastóideos; os pulmões e os sacos pleurais podem ser lesados nas feridas da base do pescoço que provocam pneumotórax (ar na cavidade pleural). A cúpula da pleura atinge um nível mais alto em crianças porque seus pescoços são mais curtos (mais vulnerável).
Lesão de outras partes das pleuras: As pleuras descem inferiormente à margem costal em três regiões, onde uma incisão abdominal pode penetrar o saco pleural: a parte direita do ângulo infraesternal e os ângulos costovertebrais direito e esquerdo. As pequenas áreas de pleura expostas nos ângulos costovertebrais inferomediais às costelas 12 situam-se posterior aos rins, pode ocorrer um pneumotórax a partir de uma incisão na parede posterior do abdome quando procedimentos cirúrgicos expõem um rim/traumatismo.
Colapso pulmonar: Se a distensão pulmonar não for mantida, a elasticidade inerente causa o colapso do órgão (atelectasia: atelectasia secundária é o colapso de um pulmão previamente insuflado; atelectasia primária é a ausência de insuflação do pulmão ao nascimento). Pulmões normais permanecem distendidos mesmo quando as vias respiratórias estão abertas, porque sua face externa (pleural visceral) adere à superfície interna das paredes torácicas (pleura parietal) em virtude da tensão superficial do líquido pleural. A retração elástica dos pulmões faz com que a pressão nas cavidades pleurais caia a níveis subatmosféricos. Em geral, a pressão é de aproximadamente –2 mmHg; durante a inspiração, cai para cerca de –8 mmHg. Se houver uma ferida penetrante na parede torácica ou na superfície pulmonar, o ar é sugado para a cavidade pleural em decorrência da pressão negativa; a tensão superficial que causa aderência da pleura visceral à pleura parietal (do pulmão à parede torácica) é rompida e há colapso do pulmão, com expulsão da maior parte do ar por causa da retração elástica. Quando há colapso de um pulmão, a cavidade pleural (normalmente um espaço potencial) torna-se um espaço real. Normalmente, os sacos pleurais não se comunicam; pode haver colapso de um sem que haja colapso do outro. A laceração ou ruptura da superfície de um pulmão (e de sua pleura visceral) ou a penetração da parede torácica (e de sua pleura parietal) resulta em hemorragia e entrada de ar na cavidade pleural.
Quando sofre colapso, o pulmão ocupa menor volume na cavidade pulmonar, que não aumenta de tamanho (na verdade, pode diminuir) durante a inspiração. Essa redução do tamanho pode ser vista na radiografia do lado afetado por elevação do diafragma acima dos níveis habituais, estreitamento do espaço intercostal (aproximação das costelas) e deslocamento do mediastino (desvio do mediastino; mais evidente pela observação da traqueia cheia de ar no seu interior) em direção ao lado afetado. Além disso, o pulmão colapsado geralmente parece mais denso (mais branco) circundado por ar mais radiotransparente (mais escuro). 
Na cirurgia torácica a céu aberto, a respiração e a insuflação pulmonar devem ser mantidas por intubação da traqueia com um tubo com balonete e uso de bomba com pressão positiva, variando a pressão para inflar e esvaziar alternadamente os pulmões.
Pneumotórax, hidrotórax e hemotórax: Pneumotórax: entrada de ar na cavidade pleural; resultante de ferida penetrante na pleura parietal; costelas fraturadas.
Fístula broncopleural: ruptura de uma lesão pulmonar para a cavidade pleural.
Hidrotórax: acúmulo substancial de líquidos na cavidade pleural; consequência de derrame pleural (passagem de líquido para a cavidade pleural).
Hemotórax: entrada de sangue na cavidade pleural; lesão de grande vaso intercostal ou torácico interno.
Hemopneumotórax: ar + sangue; nível hidroaéreo na radiografia (indica a superfície superior do líquido).
Toracocentese: introdução de agulha hipodérmica na cavidade pleural através de um EI; colher amostra sanguínea, retirada de pus; agulha introduzida próxima à margem superior da costela para não lesar nenhuma estrutura; atravessa os músculos intercostais e a parte costal da pleura parietal; em pé, há acumulo de liquido intrapleural no recesso costodiafragmático; 9° EI na LAM durante expiração evita a margem inferior do pulmão (angulada para cima).
Inserção de tubo (dreno torácico: incisão curta no 5° ou 6° EI na LAM (no nível da papila mamaria), direcionado superiormente (em direção à cúpula da pleura) ou inferiormente (em direção ao recesso costodiafragmático); decorticação pulmonar: surgimento de revestimento fibroso resistente do pulmão que prejudica a expansão se houver persistência de líquido.
Pleurectomia e pleurodese: pleurectomia: excisão de uma parte da pleura (sem grandes consequências funcionais, dor ao esforço). Pleurodese: aderência pleural induzida cobrindo as superfícies apostas de pleura com um pó irritante ou agente esclerosantes; ambas têm como função evitar atelectasia secundaria espontânea recorrente (colapso pulmonar) causada por pneumotórax crônico ou derrame maligno.
Toracoscopia: procedimento diagnóstico ou terapêutico; incisões na cavidade pleural entre os EI 1° a 3°; biopsias, excisão de formações patológicas, drenagem.
Pleurite (pleurisia): o atrito pleural em caso de inflamação da pleura pode ser auscultado; causa aderência pleural; dor aguda e perfurante ao esforço.
Variações nos lobos do pulmão: fissuras incompletas ou ausentes; fissura adicional; pulmão esquerdo sem língula; lobo ázigo (acessório) no pulmão direito, separado do restante do pulmão por um sulco profundo que aloja o arco da veia ázigo (um lobo ázigo grande pode se apresentar como bifurcação do ápice).
Aparência dos pulmões e inalação das partículas de carbono e irritantes: as partículas de carbono escurecem o pulmão; a tosse de fumante resulta da inalação desses irritantes; os pulmões acumulam muito carbono sem prejuízo, pois a linfa dos pulmões tem fagócitos que removem os carbonos das superfícies de troca gasosa e depositam no tecido conjuntivo inativo que sustenta o pulmão ou nos linfonodos.
Ausculta dos pulmões e percussão do tórax: técnicas do exame físico; ausculta = avalia o fluxo de ar através da arvore traqueobronquial para os lobos. Percussão = tecidos subjacentes cheios de ar (som ressonante), cheios de líquido (som surdo) ou se são sólidos (som maciço). Na clínica, a ausculta na base do pulmão é feita na parte inferoposterior do lobo inferior, e não da face diafragmática ou base anatômica. Para auscultar essa área: parede posterior do tórax, nível de T10 (trígono da ausculta).
Aspiração de corpos estranhos: Como o brônquio principal direito é mais largo, mais curto e mais vertical do que o brônquio principal esquerdo,é mais provável que corpos estranhos aspirados ou alimentos entrem e se alojem nele ou em um de seus ramos.
Broncoscopia: inspeção do interior da árvore traqueobronquial; na medida que o broncoscópio desce pela traqueia para entrar no brônquio principal, é observada a carina entre os orifícios dos brônquios principais. Carina = projeção cartilaginosa do ultimo anel traqueal no plano sagital; se os linfonodos traqueobronquiais no ângulo entre os brônquios principais estiverem aumentados devido à metástase, a carina fica distorcida, alargada posteriormente e imóvel; alterações na carina são sinais diagnósticos importantes para diagnostico de doença respiratória. A túnica mucosa que cobre a carina é uma das áreas mais sensíveis da arvore e está associada ao reflexo de tosse: quando o objeto que causa tosse passa da carina, a tosse cessa, em uma drenagem postural dos pulmões, as secreções que passam pela carina também causam tosse, ajudando na expulsão.
Ressecções pulmonares: Distúrbios brônquicos e pulmonares (tumores ou abscessos), localizam-se em um segmento broncopulmonar, que pode ser ressecado. Durante o tratamento do câncer pulmonar, o cirurgião pode remover todo o pulmão (pneumectomia), um lobo (lobectomia) ou um segmento broncopulmonar (segmentectomia).
Atelectasia segmentar: bloqueio de brônquio segmentar impede a chegada de ar ao segmento broncopulmonar que o supre; o ar bloqueado é absorvido gradualmente pelo sangue e há colapso do segmento; perda de volume pode causa desvio mediastinal para o lado da atelectasia, porém pode haver expansão dos segmentos ipsilaterais para compensar a redução no volume do segmento colapsado.
Embolia pulmonar: obstrução de artéria pulmonar ou um de seus ramos por coagulo sanguíneo/glóbulo de gordura/bolha de ar; como as artérias pulmonares recebem todo o sangue do sistema venoso cava, o resultado da EP é obstrução de fluxo sanguíneo para o pulmão; angustia respiratória aguda: diminuição da oxigenação sanguínea pelo bloqueio do fluxo, dilatação aguda do lado direito porque o sangue não consegue seguir pelo circuito pulmonar; infarto pulmonar: necrose do tecido pulmonar. Anastomoses com ramos das artérias bronquiais na região dos bronquíolos terminais pode diminuir o risco de infarto em pessoas ativas fisicamente; pode causar pleurite.
Drenagem linfática e aderências pleurais: os vasos linfáticos no pulmão e na pleura visceral se anastomosam aos vasos linfáticos parietais que drenam para os linfonodos axilares; partículas de carbono nos linfonodos são indícios de aderência pleural.
Hemoptise: expectoração de sangue/escarro tingido de sangue proveniente dos pulmões ou da árvore traqueobronquial; causada por hemorragia brônquica/pulmonar; geralmente provém de ramos das artérias bronquiais; causas: bronquite, câncer de pulmão, pneumonia, bronquiectasia, embolia pulmonar e tuberculose.
Carcinoma broncogênico: qualquer câncer de pulmão; cigarro; origem na túnica mucosa dos grandes brônquios; tosse produtiva e persistente/hemoptise; células cancerosas no escarro; as células tumorais entram na circulação sistêmica pela parede de um sinusoide ou vênula pulmonar; linfonodos supraclaviculares aumentados;
Câncer de pulmão e nervos do mediastino: acometimento de um nervo frênico por câncer de pulmão resulta em paralisia da metade do diafragma; em câncer do ápice pulmonar, o nervo laríngeo recorrente pode ser acometido: rouquidão, paralisia de prega vocal.
Dor pleural: a pleura visceral é insensível ao toque; a pleura parietal é extremamente sensível, pois recebe muitos ramos dos nervos intercostais e frênicos; a irritação da pleura causa dor local ou referida nos dermátomos supridos pelos mesmos gânglios sensitivos da raiz posterior do nervo espinal e segmentos da medula. A irritação da parte costal e periférica da parte diafragmática da resulta em dor local e referida nos dermatomos das paredes torácica e abdominal; na parte mediastinal e da área central da parte diafragmática resulta em dor referida na raiz do pescoço e no ombro (dermátomos C3, C4 e C5).
Radiografia de tórax: incidência posteroanterior (PA): inspiração profunda para descer as cúpulas diafragmáticas, aumentar radiotransparências e conduzir as margens inferiores para os recessos; margens inferiores são ângulos nítidos: se não for, indicativo de derrame pleural, pois não permite a descida da margem inferior e a densidade de ar é substituída por radiopacidade; a doença lobar (pneumonia) apresenta-se em áreas radiodensas. Incidência lateral: melhor visualização de uma lesão ou anomalia limitada a um lado do tórax.
2. Mediastino: compartimento central da cavidade torácica, ocupado pela massa de tecido entre as duas cavidades pulmonares; ocupado pela parte mediastinal da pleura parietal; estende-se da abertura superior do tórax até o diafragma inferiormente e do esterno e cartilagens costais anteriormente até os corpos da vértebras posteriormente; alta mobilidade no vivo, porque contém vísceras ocas (estruturas cheias de ar/líquido) unidas por tecido conjuntivo frouxo, circundadas por vasos sanguíneos e linfáticos. A frouxidão do tecido conjuntivo e a elasticidade dos pulmões e da pleura parietal permitem o movimento de alteração de volume e pressão na cavidade torácica, além dos movimentos do diafragma, da parede torácica e da árvore traqueobronquial na respiração, os batimentos do coração, pulsação das grandes artérias e passagem de substâncias ingeridas pelo esôfago; o TC fica mais fibroso com a idade.
O mediastino é dividido em superior, médio e inferior, com a pessoa em decúbito dorsal: o nível das vísceras depende da posição porque os tecidos moles pendem com a força da gravidade. 
Mediastino superior: da abertura superior do tórax até o plano transverso do tórax (ângulo do esterno anteriormente e o disco IV das vértebras T4 e T5 posteriormente).
Mediastino inferior: entre o plano transverso do tórax e o diafragma; subdividido pelo pericárdio em partes anterior, média e posterior.
Mediastino médio: constituído pelo pericárdio e seu conteúdo (coração + parte ascendentes da aorta + tronco pulmonar + VCS.).
*esôfago: ocupa mais de um compartimento mediastinal.
3. Pericárdio: membrana fibrosserosa que cobre o coração e o início dos grandes; saco fechado formado por duas camadas: 
Pericárdio fibroso = contínuo inferiormente com o centro tendíneo do diafragma. Possui uma face interna revestida por membrana serosa (lâmina parietal do pericárdio seroso), essa lâmina é refletida sobre o coração, a aorta, tronco e veias pulmonares e veias cavas superior e inferior) como lâmina visceral do pericárdio seroso. O pericárdio fibroso é contínuo com a túnica adventícia (tecido conjuntivo perivascular) dos grandes vasos e com a lâmina pré traqueal da fáscia cervical. Está fixado anteriormente na face posterior do esterno pelos ligamentos esternopericárdicos. Unido posteriormente por tecido conjuntivo frouxo nas estruturas do mediastino posterior.
Assoalho do saco pericárdico fibroso: fixada e parcialmente fundida centralmente com o centro tendíneo do diafragma, o ponto de continuidade se chama ligamento pericardicofrênico; o pericárdio fibroso e o centro tendíneo do diafragma não são estruturas separadas que sofreram fusão depois, nem separáveis por dissecção. 
O pericárdio fibroso protege o coração contra o superenchimento súbito (hiper dilatação), porque é inflexível e relacionado aos grandes vasos que o perfuram superiormente; a parte ascendente da aorta leva o pericárdio superiormente até o nível do ângulo do esterno.
Pericárdio seroso = mesotélio (camada de células achatadas que formam um epitélio de revestimento na face interna do pericárdio fibroso e na face externa do coração).
Cavidade do pericárdio = espaço virtual entre as camadas opostas das lâminas parietal e visceral do pericárdio seroso; fina película de líquido.
Epicárdio = lâmina visceral do pericárdio seroso, a mais externa das 3 camadas da parede cardíaca; vai do início dos grandes vasos e contínuo com a lâmina parietal do pericárdio seroso no local ondea aorta e o tronco pulmonar deixam o coração (1) e no lugar onde a VCS, a VCI e as veias pulmonares entram no coração (2).
Seio transverso do pericárdio = passagem entre esses 2 grupos de vasos e as reflexões do pericárdio seroso ao redor; posterior às partes intrapericárdicas do tronco pulmonar e a parte ascendente da aorta, anterior à VCS e superior aos átrios.
Seio oblíquo do pericárdio = reflexão do pericárdio seroso ao redor do grupo 2 de vasos. *os seios se formam no desenvolvimento cardíaco em consequência do pregueamento do tubo cardíaco primitivo, na medida que o tubo se dobra, a extremidade venosa se desloca no sentido posterossuperior, adjacente à extremidade atrial, separados pelo seio transverso; posterior à base do coração, formada pelo átrio esquerdo; limitado lateralmente pelas reflexões pericárdicas que circundam as veias pulmonares e a VCI, posteriormente pelo pericárdio que cobre a face anterior do esôfago, anteriormente pelo pericárdio seroso que cobre a face posterior do tronco pulmonar e a PA da aorta e inferiormente pelo pericárdio visceral que cobre os átrios; pode ser aberto inferiormente. O ponto mais alto é a junção entre a parte ascendente e o arco da aorta.
Irrigação arterial do pericárdio: ramo fino da artéria torácica interna = artéria pericardicofrênica, que costuma acompanhar o nervo frênico até o diafragma.
*contribuições menores: artéria musculofrênica; artéria bronquial, esofágica e frênica superior; artérias coronárias (lâmina visceral).
Drenagem venosa do pericárdio: veias pericardicofrênicas e tributárias variáveis do sistema venoso ázigo.
Inervação do pericárdio: nervos frênicos (C3-C5) conduzem as fibras sensitivas (inervação cutânea) na região supraclavicular ipsilateral; nervos vagos têm função incerta; troncos simpáticos são vasomotores. 
*O saco pericárdico pode ser uma sede de dor, assim como a caixa torácica e a pleura parietal.
4. Anatomia clínica das considerações gerais do mediastino e pericárdio:
Níveis das vísceras em relação às divisões do mediastino: em decúbito dorsal: o arco da aorta é superior ao plano transverso do tórax, a bifurcação da traqueia é cortada pelo plano transverso do tórax, o centro tendíneo do diafragma situa-se no nível da sínfise xifosternal e da vértebra T9.
Em posição ortostática: arco da aorta cortado pelo plano transverso do tórax, bifurcação da traqueia inferior ao plano transverso do tórax, centro tendíneo do diafragma descer até o nível do meio do processo xifoide e do DIV entre T9 e T10.
*em decúbito dorsal, as vísceras ficam em posição mais superior em relação à posição ortostática.
Mediastinocospia e biopsias do mediastino: introduz o endoscópio através de uma incisão na raiz do pescoço, superior à incisura jugular do manúbrio do esterno, no espaço virtual anterior à traqueia. Visualizar e biopsiar linfonodos mediastinais para determinar se células malignas metastizaram. *biopsias também podem ser feitas por uma toracotomia anterior.
Alargamento do mediastino: frequente após traumatismo pela colisão frontal de veículos (rupturas de grandes vasos como aorta e VCS); o linfoma maligno aumenta os linfonodos mediastinais e causa alargamento; a hipertrofia do coração (pode ser decorrente de insuficiência cardíaca congestiva = retorno de sangue venoso > débito cardíaco) alarga o mediastino inferior.
Importância cirúrgica do seio transverso do pericárdio: clampe cirúrgico/ligadura ao redor da parte ascendente da aorta e do tronco pulmonar, depois são inseridos tubos de aparelho de circulação extracorpórea e depois fecha a ligadura para interromper ou desviar a circulação nessas artérias (cirurgias de revascularização miocárdica).
Exposição das veias cavas: após ascender e atravessar o diafragma, toda a parte torácica da VCI é envolvida pelo pericárdio, sendo preciso abrir o pericárdico para expor essa parte da VCI. O mesmo ocorre na VCS, que tem uma parte dentro e outra fora do saco pericárdico.
Pericardite, atrito pericárdico e derrame pericárdico: pericardite = dor torácica, deixa o pericárdio seroso áspero, as camadas lisas opostas do pericárdio seroso não produzem som detectável na ausculta.
Atrito pericárdico = o atrito das superfícies ásperas pode soar como o farfalhar da seda durante a ausculta na margem esquerda do esterno e costelas superiores.
Derrame pericárdico = passagem de líquido dos capilares pericárdicos para a cavidade do pericárdio/acúmulo de pus; a inflamação crônica e o espessamento do pericárdio podem levar à calcificação; coração é comprimido; os derrames não inflamatórios são frequentes na insuficiência cardíaca congestiva, causando hipertensão cardíaca direta.
Tamponamento cardíaco: em caso de derrame pericárdico significativo, o volume reduzido do saco não permite a expansão total do coração e limita a quantidade de sangue que o órgão pode receber, diminuindo do débito cardíaco. Tamponamento = compressão cardíaca, pode ser fatal, porque o volume cardíaco é comprometido pelo liquido existente fora do coração, mas dentro da cavidade pericárdica. A presença de sangue no pericárdio (hemopericárdio) causa tamponamento. O hemopericardio pode ser causado por perfuração de área enfraquecida de músculo cardíaco em razão de um infarto prévio, hemorragia após cirurgias ou feridas perfuroincisas. Essa situação é particularmente letal por conta da pressão e rapidez do acúmulo de líquido. O coração é comprimido e a circulação prejudicada. Há ingurgitamento das veias da face e do pescoço devido ao refluxo de sangue, começando no local onde a VCS entra no pericárdio. Em pessoas com pneumotórax, o ar pode dissecar os planos de tecido conjuntivo e entrar no saco pericárdico, produzindo um pneumopericárdio.
Pericardiocentese: drenagem de líquido da cavidade pericárdica para aliviar o tamponamento cardíaco; introduz uma agulha entre o 5° ou 6° espaço intercostal esquerdo, perto do esterno, esse acesso é possível porque a incisura cardíaca no pulmão esquerdo e a incisura superficial no saco pleural esquerdo deixam parte do pericárdio exposto (área nua); também pode ser alcançado via ângulo xifocostal mediante introdução superoposterior da agulha, a agulha evita o pulmão e as pleuras, mas deve-se atentar à artéria torácica interna e os ramos terminais. No tamponamento por hemopericárdio, realiza-se a toracotomia de emergência para aliviar imediatamente e promover a estase da hemorragia do coração.
Anomalias de posição do coração: Dextrocardia = inversão completa da posição do coração voltando o ápice para a direita por conta do dobramento anormal do tubo cardíaco embrionário para a esquerda; associada à transposição dos grandes vasos e do arco aórtico; pode ser parte da transposição geral das vísceras torácicas e abdominais (situs inversus) ou pode afetar apenas o coração (Dextrocardia isolada). Na Dextrocardia isolada, a anomalia pode ser complicada por conta da transposição de grandes artérias, o que não acontece na Dextrocardia com situs inversus.
5. Coração: bomba dupla, autoajustável, de sucção e pressão; câmaras de ejeção: átrios direito e esquerdo, bombeiam para os ventrículos; a ação sincrônica das bombas atrioventriculares cardíacas constituem o ciclo cardíaco. O ciclo cardíaco começa com a diástole (alogamento e enchimento ventricular) e termina com a sístole (encurtamento e esvaziamento ventricular). Dois sons cardíacos (bulhas) são auscultados com o esteto: o som tum (1°) quando o sangue é transferido dos átrios para os ventrículos e um som tá (2°) quando os ventrículos ejetam sangue do coração; esses sons são produzidos pelo fechado das valvas unidirecionais que impedem o refluxo do sangue na contração.
 A parede de cada câmara tem três camadas: endocárdio = endotélio + tecido conjuntivo subendotelial/ membrana de revestimento do coração que também cobre suas valvas.
Miocárdio: camada intermediária helicoidal e espessa, músculo cardíaco.
Epicárdio: mesotélio, formado pela lâmina visceral do pericárdio seroso.
A contração dos ventrículos produzir movimento de torção devido à orientação helicoidal dupladas fibras musculares cardíacas, esse movimento ejeta sangue do ventrículo enquanto a camada espiral externa (basal) contrai, estreitando e depois encurtando o coração, reduzindo o volume das câmaras. A contração sequencial contínua da camada espiral interna (apical) alonga o coração, seguida por alargamento enquanto o miocárdio relaxa, aumentando o volume da câmara para receber sangue. 
As fibras musculares estão fixadas ao esqueleto fibroso do coração: estrutura complexa de colágeno denso que forma 4 anéis fibrosos que circundam os óstios das valvas, 1 trígono fibroso direito e outro esquerdo (conexões entre os anéis), e as parte membranáceas dos septos interatrial e interventricular. Esse esqueleto fibroso: mantém os óstios das valvas AV e arteriais permeáveis e impede a distensão por aumento do volume de sangue, oferece inserção para as válvulas das valvas, oferece inserção para o miocárdio que forma uma faixa miocárdica ventricular contínua originada no anel fibroso da valva do tronco pulmonar e inserida no anel fibroos da valva da aorta, forma um isolante elétrico, separando os impulsos conduzidos para que a contração das câmaras sejam independentes e dê passagem à parte inicial do fascículo AV do complexo estimulante do coração. 
Na parte externa, os átrios são demarcados do ventrículo pelo sulco coronário e os ventrículos direito e esquerdo são separados pelos sulcos interventriculares anterior e posterior. O coração tem formato de pirâmide semelhante ao de pirâmide tombada.
Ápice cardíaco: formado pela parte inferolateral do ventrículo esquerdo; posterior ao 5° espaço intercostal esquerdo em adultos, aproximadamente a 9 cm do plano mediano; imóvel no ciclo cardíaco; intensidade máxima de sons de fechamento da valva atrioventricular esquerda (mitral) (batimento apical); sob o local onde os batimentos podem ser auscultados.
Base cardíaca: oposta ao ápice; formada pelo átrio esquerdo principalmente (menor contribuição do átrio direito); voltada posteriormente ao corpo das vértebras T6 a T9 e separada delas pelo pericárdio seio oblíquo do pericárdio, esôfago e aorta; superiormente vai até a bifurcação do tronco pulmonar e inferiormente até o sulco coronário; recebe as veias pulmonares nos lados direito e esquerdo nas extremidades superior e inferior da parte atrial direita.
Face esternocostal (anterior) do coração: formada principalmente pelo ventrículo direito
Face diafragmática (inferior) do coração: formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e em parte pelo ventrículo direito; está relacionada principalmente ao centro tendíneo do diafragma
Face pulmonar direita do coração: formada principalmente pelo átrio direito
Face pulmonar esquerda do coração: formada principalmente pelo ventrículo esquerdo; forma a impressão cardíaca do pulmão esquerdo.
Margem direita (ligeiramente convexa) do coração: formada pelo átrio direito e estendendo-se entre a VCS e a VCI
Margem inferior (quase horizontal) do coração: formada principalmente pelo ventrículo direito e pequena parte pelo ventrículo esquerdo
Margem esquerda (oblíqua, quase vertical) do coração: formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e pequena parte pela aurícula esquerda
Margem superior do coração: formada pelos átrios e aurículas direitos e esquerdos em vista anterior; a parte ascendente da aorta e o tronco pulmonar emergem dessa margem e a VCS entra no seu lado direito. Posteriormente à aorta e ao tronco pulmonar e anteriormente à VCS, essa margem forma o limite inferior do seio transverso do pericárdio.
Tronco pulmonar: continuação arterial do ventrículo direito, se divide em artérias pulmonares direita e esquerda, conduzindo sangue pouco oxigenado para os pulmões.
Átrio direito: recebe sangue venoso da VCS, da VCI e do seio coronário. Aurícula direita: bolsa muscular cônica que se projeta do átrio como câmara adicional, aumentando a capacidade do átrio e se superpondo à parte ascendente da aorta.
Interior do átrio direito: seio das veias cavas = onde se abrem as veias cavas e o seio coronário, trazendo sangue venoso para o coração; músculos pectíneos formando uma parede anterior rugosa; óstio AV direito, por onde transfere para o ventrículo o sangue que recebeu.
Sulco terminal: separa as partes lisa e áspera da parede atrial externamente.
Crista terminal: separa as partes lisa e áspera da parede atrial internamente.
A VCS se abre na parte inferior do átrio quase alinhada com a VCS, no nível da 5ª cartilagem costal. 
Óstio do seio coronário: tronco venoso curto que recebe a maioria das veias cardíacas, entre o óstio AV direito e óstio da VCI.
Septo interatrial: depressão oval, remanescente do forame oval e a valva fetal.
Ventrículo direito: superiormente, se afina e forma um cone arterial (infundíbulo), que conduz ao tronco pulmonar. Trabéculas cárneas: elevações musculares irregulares. Crista supraventricular: separa a parede muscular rugosa na parte de entrada da câmara da parede lisa do cone arterial. Óstio AV direito (valva tricúspide): envia sangue do átrio direito para o ventrículo; posterior ao corpo do esterno no nível do 4° e 5° EI; circundado por um dos anéis fibrosos do esqueleto fibroso, que mantém o calibre do óstio constante, resistindo à dilatação que poderia resultar da passagem de sangue com pressões variadas.
Valvaa tricúspide/AV direita: protege o óstio AV direito; as cordas tendíneas se fixam nas margens livres e nas faces ventriculares das válvulas anterior, posterior e septal. As cordas tendíneas se originam dos ápices dos músculos papilares. Os músculos papilares se contraem antes do ventrículo direito, como as cordas estão fixadas em faces adjacentes de 2 válvulas, elas evitam a separação das válvulas e sua inversão quando é aplicada tensão nas cordas tendíneas e mantida durante toda a sístole, impedindo o prolapso das válvulas quando a pressão ventricular aumenta. Dessa forma que a regurgitação do sangue do ventrículo direito para o átrio direito é impedida na sístole ventricular.
Músculo papilar anterior: se origina na parede anterior do VD, suas cordas se fixam nas válvulas anterior e posterior da valva AV direita.
Músculo papilar posterior: pode ter varias partes, se origina da parte inferior do VD, cordas tendineas se fixam nas válvulas posterior e septal.
Músculo papilar septal: origina no septo interventricular, as cordas se fixam nas válvulas anterior e septal.
Septo interventricular: partes muscular e membranácea; divisória obliqua entre o VD e VE; a parte muscular do SIV tem espessura igual ao restante da parede do VE e salienta-se na cavidade do VD, por conta da pressão arterial maior no VE. A parte membranácea do SIV é formada por uma membrana fina e pequena parte do esqueleto fibroso. No lado direito, a válvula septal da valva AV direita está fixada na parte membranácea, ou seja, inferior à válvula é um septo IV, e superior à válvula é um septo AV (separa o átrio direito do ventrículo esquerdo).
Trabécula septomarginal (banda moderadora): feixe muscular que atravessa o VD da parte inferior do SIV até a base do músculo papilar anterior; conduz parte do ramo direito do fascículo AV até o musculo papilar anterior, esse atalho permite a contração coordenada do músculo papilar anterior. 
O átrio direito se contrai quando o ventrículo direito está vazio e relaxado, forçando o sangue a passar pelo orifiício e afastando as válvulas da valva AV direita; o sangue faz um trajeto de U no VD, mudando a direção em cerca de 140°. Essa mudança de direção é acomodada pela crista supraventricular, que direciona o fluxo. O óstio de entrada (AV) e o óstio de saída (pulmonar) estão 2 cm de distância. A valva do tronco pulmonar no ápice do cone arterial situa-se no nível da 3ª cartilagem costal esquerda.
Átrio esquerdo: no embrião, há apenas uma veia pulmonar comum e também somente um tronco pulmonar; aurícula esquerda: parede trabeculada com músculos pectíneos, forma a parte superior da margem esquerda do coração e cavalga a raiz do tronco pulmonar; a fossa oval é uma depressão semilunar no septo interatrial,a crista adjacente é da válvula do forame oval. O interior do átrio esquerdo apresenta: uma parte maior com paredes e aurícula muscular menor, contendo músculos pectíneos; 4 veias pulmonares que entram na parede posterior lisa; uma parede ligeiramente mais espessa que a do átrio direito; um septo interatrial inclinado posteriormente para a direita.
Ventrículo esquerdo: O interior do ventrículo esquerdo apresenta: Paredes duas a três vezes mais espessas do que as paredes do ventrículo direito; Paredes cobertas principalmente por uma tela de trabéculas cárneas que são mais finas e mais numerosas do que as do ventrículo direito; Uma cavidade cônica mais longa do que a do ventrículo direito; Músculos papilares anteriores e posteriores maiores do que os do ventrículo direito; Uma parte de saída, superoanterior, não muscular, de parede lisa, o vestíbulo da aorta, levando desde a cavidade do ventrículo até o óstio da aorta e à valva da aorta; Uma valva atrioventricular esquerda (mitral) com duas válvulas que guarda o óstio AV esquerdo; Um óstio da aorta situado em sua parte posterossuperior direita e circundado por um anel fibroso ao qual estão fixadas as válvulas direita, posterior e esquerda da valva da aorta; a parte ascendente da aorta começa no óstio da aorta.
Valva atrioventricular esquerda (mitral): 2 válvulas, anterior e posterior; posterior ao esterno, no nível da 4ª cartilagem costal; os músculos papilares e as cordas permitem a sustentação da valva mitral resistindo à pressão gerada nas contrações do VE; as cordas se tensionam na sístole, impedindo que as válvulas sejam empurradas para o AE. O sangue muda de direção quando passa no VE de cerca de 180°, ao redor da válvula anterior da valva AV esquerda. A valva da aorta, entre o VE e a parte ascendente da aorta, é oblíqua, posterior ao lado esquerdo, no nível do 3 ° espaço intercostal.
Valvas do tronco pulmonar e da aorta: as válvulas semilunares não têm cordas tendíneas para sustentar, se projetam para a artéria, mas são pressionadas em direção às suas paredes quando o sangue deixa o ventrículo. Na diástole, a retração elástica força o sangue de volta para o coração, mas as válvulas se fecham quando há inversão do fluxo, fechando o óstio e evitando o refluxo para o ventrículo. A margem de cada válvula é mais espessa na região de contato, formando a lúnula. O ápice da margem livre angulada é ainda mais espesso, formando o nódulo. Imediatamente superior à válvula, a parede da origem é dilatada, formando um seio. O seio é um espaço entre a parede dilatada do vaso e cada válvula, o sangue presente no seio e a dilatação impedem a aderência das válvulas. A abertura da artéria coronária direita se localiza no seio direito da aorta e a abertura da artéria coronária esquerda no seio esquerdo da aorta. Nenhuma artéria se origina do seio posterior da aorta.
5.1 Vascularização do coração: artérias coronárias + veias cardíacas. O endocárdio e o tecido subendocárdico recebem oxigênio e nutrientes por difusão/microvascularização. Os vasos sanguíneos do coração, integrado ao tecido adiposo, atravessam a superfície do coração abaixo do epicárdio ou estão entranhadas no epicárdio; os vasos sanguíneos possuem inervação simpática e parassimpática. 
5.2 Irrigação arterial do coração: O domínio do sistema arterial coronário é definido pela artéria que dá origem ao ramo interventricular (IV) posterior (artéria descendente posterior em linguagem clínica). O domínio da ACD é mais comum; a ACD dá origem ao grande ramo interventricular posterior, que desce no sulco IV posterior em direção ao ápice do coração; esse ramo irriga áreas adjacentes de ambos os ventrículos e envia ramos interventriculares septais perfurantes para o septo IV; O ramo terminal (ventricular esquerdo) da ACD continua por uma curta distância no sulco coronário; no padrão mais comum de distribuição, a ACD supre a face diafragmática do coração.
Artéria coronária direita: próxima à origem, emite o ramo do nó sinoatrial, desce no sulco coronário e emite o ramo marginal direito; vira para a esquerda e continua no sulco coronário até a face posterior, quando, na cruz do coração (junção dos septos interatrial e interventricular entre as 4 câmaras) dá origem ao ramo do nó atrioventricular.
Origem: seio direito da aorta
Trajeto: segue o sulco coronário entre os átrios e ventrículos
Distribuição: átrio direito, nós sinoatriais e atrioventriculares e parte posterior do septo interventricular (terço posterior) -> irriga isso + a maior parte do ventrículo direito; parte do ventrículo esquerdo (face diafragmática); 
Anastomoses: ramos circunflexo e interventricular anterior da artéria coronária esquerda 
Ramo do nó sinoatrial: 
Origem: artéria coronária direita perto da origem
Trajeto: ascende até o nó sinoatrial
Distribuição: tronco pulmonar e nó sinoatrial
Ramo marginal direito: irriga a margem direita do coração em direção ao ápice.
Origem: ACD
Trajeto: segue até a margem inferior do coração e do ápice
Distribuição: ventrículo direito e ápice do coração
Anastomoses: ramos interventriculares
Ramo interventricular posterior:
Origem: ACD
Trajeto: segue no sulco IV posterior até o ápice do coração
Distribuição: ventrículos direito e esquerdo e terço posterior do Septo IV
Anastomoses: ramo IV anterior da ACE (no ápice)
Ramo do nó atrioventricular:
Origem: ACD perto da origem do ramo IV posterior
Trajeto: segue até o nó AV 
Distribuição: nó AV
Artéria coronária esquerda: quando entra no sulco coronário, na extremidade superior do sulco IV anterior, a ACE se divide em 2 ramos, o ramo IV anterior (artéria descendente anterior) e ramo circunflexo.
Origem: seio esquerdo da aorta
Trajeto: segue no sulco AV e emite ramos IV anterior e circunflexo
Distribuição: átrio e maior parte do ventrículo esquerdo, SIV (2/3 anteriores) e fascículo AV(através dos ramos IV septais perfurantes), nó AS; pode suprir o nó AV; supre parte do ventrículo direito
Anastomoses: artéria coronária direita
Ramo do nó sinoatrial: 
Origem: ramo circunflexo da artéria coronária esquerda
Trajeto: ascende na face posterior do átrio esquerdo até o nó sinoatrial
Distribuição: átrio esquerdo e nó sinoatrial
Ramo interventricular anterior: pode dar origem ao ramo lateral (artéria diagonal), que desce sobre a face anterior do coração.
Origem: ACE
Trajeto: segue ao longo do sulco IV anterior até o ápice cardíaco
Distribuição: ventrículos direito e esquerdo e dois terços anteriores do SIV
Anastomoses: ramo interventricular posterior da ACD
Ramo circunflexo: termina no sulco coronário na face posterior antes de chegar na cruz do coração, mas pode seguir como um ramo dentro do sulco IV posterior ou adjacente.
Origem: ACE
Trajeto: segue para a esquerda no sulco AV até a face posterior do coração
Distribuição: átrio esquerdo e ventrículo esquerdo
Anastomoses: ACD
Ramo marginal esquerdo:
Origem: ramo circunflexo da ACE
Trajeto: segue a margem esquerda do coração
Distribuição: ventrículo esquerdo
Anastomoses: ramos IV
Ramo interventricular posterior:
Origem: ACE
Trajeto: segue no sulco IV posterior até o ápice do coração
Distribuição: ventrículos direito e esquerdo e terço posterior do SIV
Anastomoses: ramo IV anterior da ACE (no ápice).
*variações das artérias coronárias: no padrão dominante direito, a ACD e ACE compartilham o suprimento sanguíneo; em alguns casos, a ACE é dominante porque o ramo IV posterior é um ramo da artéria circunflexa; há codominância nas pessoas as quais os ramos da ACD e ACE chegam na cruz do coração e dão origem a ramos que seguem no sulco IV posterior ou próximo; pode haver apenas um artéria coronária; o ramo circunflexo pode se originar do seio direito da aorta; pode ter uma artéria coronária acessória.
Circulação colateral coronariana: os ramos das coronárias são considerados artéria terminais funcionais (regiões que não tem anastomoses suficientes com outros vasos para manter viabilidade em caso de oclusão), mas há anastomoses entre ramos das artérias coronárias, subepicárdicos ou miocárdicos e entre essas artérias e os vasos extracardíacos(vasos torácicos); existe anastomose entre as terminações da ACD e ACE no sulco coronário e entre ramos IV ao redor do ápice cardíaco.
5.6 Drenagem venosa do coração: veias que se abrem no seio coronário e veias que drenam para o átrio direito; o seio coronário (principal veia cardíaca) é um canal venoso largo que segue da esquerda para a direita na parte posterior do sulco coronário, recebe a veia cardíaca parva na extremidade direita, a veia ventricular esquerda posterior e a veia marginal esquerda também. 
Veia cardíaca magna: principal tributária do seio coronário; a primeira parte sua é a veia interventricular anterior, que começa perto do ápice do coração e ascende com o ramo IV anterior da ACE, no sulco coronário vira pra esquerda e sua segunda parre segue ao redor do lado esquerdo do coração com o ramo circunflexo da ACE para chegar no seio coronário (aqui, veia e artéria tem o sangue fluindo para o mesmo sentido); drena as áreas do coração supridas pela ACE.
Veias IV posterior: acompanha o ramo IV posterior (ACD).Drenam a maioria das áreas da ACD
Veia cardíaca parva: acompanha o ramo marginal direito da ACD
Veia oblíqua do átrio esquerdo: desce sobre a parede posterior do átrio esquerdo e se funde na veia cardíaca magna para formar o seio coronário; remanescente da VCS esquerda embrionária (pode persistir em adultos).
*veias que não drenam para o seio coronário: veias anteriores do ventrículo direito, cruzam o sulco coronário e terminam no átrio direito, entrando na veia cardíaca parva; veias cardíacas mínimas, começam nos leitos dos capilares do miocárdio e se abrem nas câmaras (átrios) conduzindo o sangue, são avalvulares.
5.7 Drenagem linfática do coração: os vasos linfáticos do miocárdio e no tecido subendocárdico seguem até o plexo linfático subepicárdico; desse plexo, seguem até o sulco coronário e acompanham as artérias coronárias; um vaso linfático, formado pela união de vários vasos linfáticos provenientes do coração, ascende entre o tronco pulmonar e o átrio esquerdo e termina nos linfonodos traqueobronquiais inferiores (lado direito).
5.8 Complexo estimulante do coração: tecido nodal (inicia os batimentos e coordena as contrações) + fibras condutoras (conduz os estímulos rapidamente até as células musculares estriadas cardíacas, para a contração simultânea). Resumo: O nó SA inicia um impulso que é rapidamente conduzido para as fibras musculares cardíacas nos átrios, causando sua contração. O impulso propaga-se por condução miogênica, que transmite rapidamente o impulso do nó SA para o nó AV. O sinal é distribuído do nó AV através do fascículo AV e seus ramos (os ramos direito e esquerdo), que seguem de cada lado do SIV e suprem os ramos subendocárdicos para os músculos papilares e as paredes dos ventrículos.
Nó sinoatrial: anterolateral, abaixo do epicárdio na junção da VCS com o AD, extremidade superior do sulco terminal (tecido nodal + fibras musculares cardíacas especializadas + tecido conjuntivo fibroelástico; marca passo do coração); inicia e controla um impulso 70x por minuto; sinal propagado miogenicamente; suprido pela artéria do nó sinoatrial (ramo atrial da ACD ou ACE) estimulado pela pare simpática do SNA para acelerar a FC e inibido pela parte parassimpática para retornar à frequência basal. *o sinal do nó SA atravessa as paredes do AD por condução miogênica, que chega rapidamente para o nó AV, então esse nó distribui para os ventrículos através do fascículo AV; a estimulação simpática acelera a condução e a parassimpática diminui.
Nó atrioventricular: menos tecido nodal que o AS; posteroinferior ao septo interatrial perto da abertura do seio coronário; suprido pela artéria do nó atrioventricular, o maior e primeiro ramo IV da artéria IV posterior (ramo da ACD); ou seja, a irrigação dos nós SA e AV provém da ACD, mas o fascículo AV atravessa o centro do SIV, cujos 2/3 anteriores são supridos pelos ramos septais do ramo IV anterior da ACE. 
Fascículo atrioventricular: única ponte entre o miocárdio atrial e ventricular, segue do nó AV através do esqueleto fibroso do coração e ao longo da parte mebranácea do SIV. Na junção das partes membranácea e muscular do SIV, o fascículo se divide em ramos direito e esquerdo, que prosseguem de cada lado do SIV muscular profundo ao endocárdio, se dividindo em ramos subendocárdicos, que se estendem até as paredes dos ventrículos. Ramos subendocárdicos do ramo direito: estimulam o músculo do SIV, o músculo papilar anterior através da trabécula septomarginal (banda moderadora) e a parede do ventrículo direito; ramo esquerdo se divide perto da origem em 6 tratos menores, que geram os subendocárdicos que estimulam o SIV, os músculos papilares anteriores e posteriores e a parede do VE.
5.9 Inervação do coração: fibras nervosas autônomas do plexo cardíaco (dividido em parte superficial e profunda); relação primária com a face posterior da parte ascendente da aorta e a bifurcação do tronco pulmonar; formado por fibras simpáticas e parassimpáticas que seguem em direção ao coração e fibras aferentes viscerais que conduzem fibras reflexas e nociceptivas provenientes do coração, as fibras partem do plexo e são distribuídas ao longo dos vasos coronários para os vasos e para o complexo estimulante (nó SA).
Inervação simpática: fibras pré ganglionares, corpos celulares nas colunas celulares intermediolaterais dos 5 ou 6 segmentos torácicos superiores da medula; fibras pós ganglionares, corpos celulares nos gânglios paravertebrais cervicais e torácicos superiores do tronco simpático, atravessam os nervos esplâncnicos cardiopulmonares e o plexo cardíaco, terminando nos nós SA e AV; a estimulação simpática aumenta a FC, a condução do impulso, a força de contração e o fluxo pelos vasos; a estimulação adrenérgica do nó AS e do tecido condutor aumenta a despolarização das células marca passo e a condução atrioventricular; a estimução adrenérgica direta pelas fibras simpáticas, assim como a indireta pelos hormônios suprarrenais, aumenta a contratilidade atrial e ventricular. Os receptores adrenérgicos nos vasos coronários são B2 que causam relaxamento do músculo liso vascular e dilatam a artéria, aumentando o O2.
Inervação parassimpática: fibras pré ganglionares dos nervos vagos, os corpos celulares estão a parede atrial e no septo interatrial próximo dos nós SA e AV e ao longo das coronárias; diminui a FC, reduz a força de contração e constringe as artérias, poupando energia; as fibras parassimpáticas liberam acetilcolina, que se liga aos receptores muscarínicos para reduzir as frequências de despolarização das células marca passo e a condução atrioventricular e diminuir a contratilidade atrial.
6. Anatomia clínica do coração:
Cateterismo cardíaco: inserção de um cateter numa veia periférica conduzido sob controle fluoroscópico até o AD, VD, tronco pulmonar e artérias pulmonares, respectivamente; é possível registrar as pressões intracardíacas e coletar amostras sanguíneas; com contraste radiopaco, o trajeto pode ser acompanhado por meio de radiografias seriadas (cinerradiografia ou USG de coração também dão pra observar o fluxo, útil na avaliação de anomalia cardíaca congênita).
Embriologia do átrio direito: o átrio primitivo é representado no adulto pela aurícula direita; aumentado pela incorporação do seio venoso embrionário; o seio coronário é derivado desse seio venoso; a parte do seio venoso incorporada se torna o seio das veias cavas do AD, que tem paredes lisas onde drenam todas as veias, inclusive o seio coronário; a linha de fusão do átrio primitivo e do seio das veias cavas pe indicada internamente pela cristal terminal e externamente pelo sulco terminal; o nó SA está na frente da abertura da VCS, na extremidade superior da crista terminal (entre o seio venoso e o átrio primitivo). Antes do nascimento, a válvula da VCI direciona a maior parte do sangue oxigenado que retorna da placenta pela via umbilical e VCI em direção ao forame oval no septo interatrial, e através dele passa para o AE; o forma oval tem válvula unidirecional que permitea passagem da direita para esquerda; quando o bebê nasce, a primeira inspiração faz com que a pressão no lado direito do coração caia abaixo da pressão do AE, fechando o forame oval (a válvula se funde no septo interatrial); fossa atrial; o limbo da fossa oval circula a fossa, o assoalho é formado pela válvula do forame; a rudimentar válvula da VCI perde função pós natal.
Defeitos de septos: Comunicações interatriais: anomalia congênita do septo interatrial (fechamento incompleto do forame oval); uma abertura do tamanho para passagem uma sonda na parte superior da fossa oval não causa anormalidade hemodinâmica e não é uma forma de CIA; grandes CIAS permitem que o sangue oxigenado seja desviado do átrio esquerdo para o átrio direito, causando aumento do AD e VD e dilatação do tronco pulmonar, esse desvio sobrecarrega o sistema vascular pulmonar; hipertrofia do AD, VD e das artérias pulmonares.
Defeitos de septos: Comunicações interventriculares: a parte membranácea do SIV se desenvolve separada da parte muscular e tem origem embriológica complexa: lugar mais comum de CIV (mas também tem defeitos na parte muscular); cardiopatia congênita comum; o tamanho do defeito varia de 1 a 25 mm; desvio de sangue da esquerda pra direita pelo defeito no SIV; aumento do fluxo sanguíneo pulmonar, o que causa hipertensão e insuficiência cardíaca; CIV na parte muscular se fecha espontaneamente na infância.
Percussão do coração: define densidade e tamanho; 3°, 4° e 5° EI, desde a LAA esquerda até a LAA direita; detecta mudança de ressonância para macicez aproximadamente 6 cm lateral à margem esquerda do esterno.
Acidente vascular cerebral: trombo na parede do átrio esquerdo que se desprendem ou soltam fragmentos, passam à circulação sistêmica e ocluem as artérias periféricas; a oclusão de uma artéria que irriga o encéfalo gera um AVC/AVE, o que afeta a função da área isquêmica.
Base para a denominação das válvulas e seios das valvas da aorta e tronco pulmonar: o tronco arterial comum dos dois ventrículos no coração do embrião tem 4 válvulas, o tronco arterial se divide em 2 vasos e cada 1 tem sua própria valva com 3 válvulas (tronco pulmonar e aorta); o coração sofre rotação parcial e o ápice volta pra esquerda, assim, as válvulas tem nome por conta da posição embriológica; válvulas do tronco pulmonar: direita, esquerda e anterior; válvulas da aorta: direita, esquerda e posterior. Essa terminologia continua de acordo com a artéria coronária, a ACE se origina do seio esquerdo da aorta; o seio posterior é não coronário.
Valvopatia cardíaca: causa estenose (incapacidade de abertura completa da valva) ou insuficiência/regurgitação (ausência de fechamento completo da valva, por formação de nódulo sobre as válvulas (fibrose); o encontro/alinhamento das margens é comprometido; refluxo de sangue, aumento da atividade cardíaca; produz turbulência: pequenos redemoinhos audíveis como sopro, podem ser palpados frêmitos na pele; a importância clínica varia e pode até ser fatal (depende do grau, duração e causa); pode ser congênita ou adquirida; pode resultar de doença da própria valva ou de estruturas de sustentação (anel, cordas tendíneas); pode ser aguda (ruptura das cordas) ou crônica (fibrose); a estenose quase sempre é anormalidade valvar e crônica; valvas lesadas substituídas por valvoplastia (próteses valvares ou xenoenxertos).
Insuficiência mitral: prolapso da valva mitral; aumento, redundância ou flacidez de uma ou ambas as válvulas, com protrusão para o AE durante sístole, assim, a contração do VE causa regurgitação de sangue para o AE e produz um sopro; dor torácica e fadiga. 
Estenose pulmonar: na estenose da valva pulmonar, as válvulas se fundem e formam uma cúpula com abertura central estreita; na estenose infundibular pulmonar, o cone arterial é subdesenvolvido; os dois tipos restringem o fluxo de saída do VD (hipertrofia com grau variável).
Incompetência da valva pulmonar: causado por espessamento e rigidez das lúnulas (margens livres) das válvulas semilunares, ou lesão por doença; impede o fechamento da valva; resulta em refluxo de sangue sob alta pressão para VD durante a diástole; a regurgitação pulmonar é auscultada como sopro cardíaco (ruido anormal).
Estenose aórtica: anormalidade valvar mais frequente; febre reumática; causada por calcificação degenerativa; diagnostico aos 60+; hipertrofia ventricular esquerda, por mais trabalho.
Insuficiência aórtica: resulta em regurgitação aórtica, produzindo um sopro cardíaco e pulso colapsante (forte e diminui rápido).
Ecocardiografia: método de registro gráfico da posição e movimento do coração por meio do eco de ondas ultrassom direcionadas pela parede torácica; essa técnica detecta até 20ml de líquido ca cavidade pericárdica (derrame pericárdico); a eco doppler mostra e registra o fluxo de sangue por USG doppler, útil no diagnóstico e análise de problemas de fluxo pelo coração (defeitos septais) e na detecção de estenose e regurgitação valvar (principalmente no lado esquerdo do coração).
Angiografia coronariana: permite ver as artérias em arteriogramas coronarianos; um cateter long e estreito é introduzido na parte ascendente da aorta através da artéria femoral, sobre controle fluoroscópico, a extremidade do cateter é introduzida na abertura de uma coronária; administrado meio de contraste radiopaco e são feitas cinerradiografias para mostrar o lúmen e os ramos e eventuais áreas de estenose; a angiografia por TC ou RM está se popularizando. 
Doença da artéria coronária/coronariopatia: redução do suprimento sanguíneo para o tecido.
Infarto agudo do miocárdio: com a oclusão súbita de uma artéria por um trombo, a região irrigada pelo vaso ocluído sofre infarto = fica sem sangue, e necrose = morte patológica do tecido; os locais mais comuns de infarto: ramo IV anterior da ACE, ACD, ramo circunflexo da ACE; a necrose de uma área do miocárdio é um IAM, a causa mais comum é insuficiência coronariana por aterosclerose.
Aterosclerose coronariana: depósito lipídico na túnica íntima das coronárias; começa na vida adulta e provoca estenose do lúmen; os canais colaterais que unem uma artéria coronária na outra se expandem, permitindo a perfusão adequada do coração durante inatividade; apesar desse mecanismo compensatório, o miocárdio pode não receber oxigênio suficiente quando o coração precisar de mais trabalho, porque o exercício aumenta a necessidade de O2; a insuficiência de sangue para o coração leva ao IAM.
Doença coronariana lentamente progressiva: na oclusão lenta de uma coronária (DAC), a circulação colateral tem tempo de aumentar e pode haver perfusão adequada em um evento isquêmico (não há IAM, principalmente em indivíduos fisicamente ativos); após um súbito bloqueio de algum ramo coronário, o IAM é inevitável, mas a extensão da área depende do grau de desenvolvimento das anastomoses colaterais; em obstrução parcial de grandes ramos das artérias coronárias, pode ser usada uma circulação colateral extracardíaca para suprir o coração, esses vasos unem as coronárias aos vasos dos vasos na túnica adventícia da aorta e das artérias pulmonares e ramos das artérias torácica interna, bronquial e frênica.
Angina de peito: dor no coração; dor constritiva transitória de intensidade moderada profunda ao esterno indicando algum infarto = dor de IAM não desaparece com repouso e é mais intensa que a angina; estreitamento das artérias coronárias, redução de fluxo sanguíneo, pouco O2, acúmulo de ácido lático e PH ácido (os receptores álgicos são estimulados pelo ácido lático), o exercício vigoroso após refeição (quando o alimento entra no estomago, há aumento de fluxo de sangue para o sistema digestório, sendo desviado do coração), frio e estresse aumentam a atividade cardíaca, mas os vasos ocluído não permitem. A dor anginosa é aliviada por repouso; nitroglicerina sublingual dilata as coronárias, aumentando o fluxo e diminuindo a resistência; advertência de comprometimento das coronárias.
Cirurgia de revascularização miocárdica: pacientes com obstrução da circulação coronariana eangina grave; segmento unido na parte ascendente da aorta ou na parte proximal de uma artéria coronária e depois na artéria coronária distal à estenose; veia safena magna: diâmetro parecido, facilmente dissecada, segmentos longos com o mínimo de válvulas ou ramificação (se o segmento tiver válvula, é invertido); artéria radial: o enxerto desvia sangue da aorta para artéria coronária estenosada a fim de aumentar o fluxo distal (desvio ao redor da estenose); anastomose cirúrgica da artéria torácica interna com a artéria coronária.
Angioplastia coronariana: angioplastia coronária transluminal percutânea = cateter com balão na extremidade na artéria coronária obstruída, quando o cateter chega na obstrução, o balão infla, achatando a placa aterosclerótica contra a parede do vaso; pode ser injetado tromboquinase pelo cateter (dissolve o coágulo); podem ser usados lâminas giratórias e lasers intraluminais; após dilatação, insere um Stent (endoprótese) para manter a dilatação: telas tubulares semirrígidas que são introduzidas fechadas, depois se expandem.
Circulação colateral pelas veias cardíacas mínimas: a inversão de fluxo nas veias anteriores do ventrículo direito e nas veias cardíacas mínimas pode levar o sangue luminal (das câmaras) para os leitos capilares do miocárdio, promovendo circulação colateral suplementar, mas a não ser que esses vasos estejam dilatados em resposta à cardiopatia isquêmica preexistente (associada ao condicionamento físico) é improvável que consigam suprir o coração suficiente no caso de um evento agudo ao ponto de evitar o IAM.
Eletrocardiografia: verifica a passagem de impulsos do nó SA; provas de tolerância ao esforço (esteira) avaliam as consequências da DAC, irregularidades do batimento, mostrando o esforço máximo que um paciente tolera com segurança.
Oclusão coronariana e complexo estimulante do coração: a lesão do complexo estimulante causa distúrbios de contração; o fascículo AV é irrigado pelos ramos septais do ramo IV anterior e os nós SA e AV são irrigados por ramos da ACD, portanto é provável que o CEC seja afetado em caso de oclusão, ocorrendo um bloqueio atrioventricular: os ventrículos se contraem independentemente, a FC cai; os átrios continuam batendo normal se o nó SA estiver poupado, mas o impulso não chega no ventrículo. A lesão de um dos ramos resulta em bloqueio de ramo, no qual a sístole fica em tempo normal apenas no ventrículo, o impulso se propaga para o outro ventrículo por condução miogênica, produzindo contração assincrônica tardia (marca passo necessário). Na comunicação interventricular, o fascículo AV geralmente fica na margem da CIV, essa parte tem que ser preservada no reparo cirúrgico, uma secção destruiria a única ligação fisiológica entre os músculos atrial e ventricular, acarrentando um BAV.
Marca passo cardíaco artificial: em pessoas com bloqueio atrioventricular, deve ser implantado um marca passo artificial na TSC: um gerador de pulso, um fio e um eletrodo; produz impulso elétrico que iniciam as contrações ventriculares em frequência pré determinada; um eletrodo conectado a um cateter é introduzido em uma veia e seu avanço por via venosa é acompanhado por fluoroscópio; a terminação do eletrodo é passada pela VCS até o AD e através da valva AV direita até o VD; o eletrodo fixa-se nas trabéculas cárneas na parede ventricular e colocado em contato com endocárdio.
Reanimação cardíaca: compressão firme do tórax sobre a parte inferior do esterno com profundidade de 4 a 5 cm, o aumento da pressão intratorácica força a saída de sangue do coração para as grandes artérias, quando a pressão externa é liberada, o coração se enche novamente; em cirurgia, o cirurgião pode fazer a massagem interna/aberta.
Fibrilação cardíaca: contrações múltiplas e rápidas das fibras musculares; fibrilação atrial = espasmos rápidos, irregulares e descoordenados de diferentes partes da parede atrial, a resposta dos ventrículos é irregular, mas geralmente a circulação permanece satisfatória; fibrilação ventricular = espasmos irregulares, rápidos, que não bombeiam sangue (não mantem circulação sistêmica ou coronariana), o CEC não funciona normalmente, padrão irregular de contrações, exceto nas áreas infartadas, mais desorganizada de todas as arritmias por conta da falta de débito cardíaco efetivo, fatal.
Desfibrilação cardíaca: um choque elétrico administrado por eletrodos interrompe os movimentos cardíacos para que o coração volte a bater, reestabelecendo as contrações coordenadas.
Dor referida cardíaca: o coração é insensível ao toque e sensações térmicas, mas a isquemia e o acumulo de produtos metabólicos estimulam as terminações nervosas, as fibras álgicas aferentes seguem em direção central nos ramos cervicais intermediários e inferiores e sobretudo nos ramos cardíacos torácicos do tronco simpático. Os axônios desses neurônios sensitivos primários entram nos segmentos espinais de T1 a T4 ou T5, principalmente do lado esquerdo. a dor referida é um fenômeno que estímulos nocivos no coração são sentidos em parte superficial do corpo, a dor referida visceral é transmitida por fibras aferentes viscerais que acompanham fibras simpáticas e é sentida em áreas como um membro com fibras aferentes com corpos celulares no mesmo gânglio sensitivo espinal e processos centrais que entrem na medula espinal através das mesmas raízes posteriores. 
A dor anginosa irradia das regiões subesternal e peitoral esquerda para o ombro esquerdo e a face medial do MS esquerdo: suprido pelo nervo cutâneo medial do braço, unido ou sobreposto com os nervos intercostobraquiais. Ou seja, a dor no MS é porque os segmentos da medula de T1 a T3 são comuns às terminações aferentes viscerais das artérias coronárias; também podem ser feitos contatos sinápticos com neurônios conectores que conduzem impulsos para neurônios do lado direito das áreas compatíveis da medula, por isso pode ser referida no lado direito, dois lados ou no dorso também. 
Mediastino superior e grandes vasos: superior ao plano transverso do tórax (atravessa o ângulo do esterno e o disco intervertebral das vértebras T4 e T5). Conteúdo do mediastino superior: timo; grandes vasos com as veias (veias braquiocefálicas e VCS) anteriores às artérias (arco aórtico e raízes de seus principais – tronco braquiocefálico, a. carótida comum esquerda e a. subclávia esquerda) e nervos relacionados (n vago e frênico e plexo cardíaco); traqueia e esôfago e nervo laríngeo recorrente esquerdo; ducto torácico e troncos linfáticos. Em sentido anteroposterior: timo, veias, artérias, vias respiratórias, sistema digestório, troncos linfáticos.
Timo: órgão linfoide essencial, ocupa a parte inferior do pescoço; glândula plana, posterior ao manúbrio do esterno até o mediastino anterior, anterior ao pericárdio; na puberdade, o timo sofre involução gradual e é substituído por gordura. A irrigação arterial do timo provém dos ramos intercostais anteriores e mediastinais anteriores das artérias torácicas internas. As veias do timo terminam na braquiocefálicas esquerda, torácica interna e tireóidea inferior. Os vasos linfáticos terminam nos linfonodos paraesternais, braquiocefálicos e traqueobronquiais.
Grandes vasos: veias braquiocefálicas direita e esquerda: se formam posterior às articulações esternoclaviculares pela união das veias jugular interna e subclávia; no nível da 1ª cartilagem costal direita, as veias braquiocefálicas se juntam e formam a VCS; a veia braquiocefálicas esquerda é maior que a direita, porque passa do lado esquerdo para o direito, anterior às raízes dos 3 ramos do arco aórtico; essas veias conduzem o sangue da cabeça, pescoço e MMSS para o átrio direito.
Veia cava superior: conduz o sangue de todas as estruturas superiores ao diafragma, exceto pulmão e coração; termina no nível da 3ª cartilagem costal, quando entra no átrio direito do coração; lado direito do mediastino superior, anterolateral à traqueia e posterolateral à parte ascendente da aorta; o nervo frênico direito está entre a VCS e a parte mediastinal da pleura parietal; a VCS terminano mediastino médio, onde forma o limite posterior do seio transverso do pericárdio.
Parte ascendente da aorta: início no óstio da aorta, os ramos são as artérias coronárias, nos seios; intrapericárdica, portanto, inferior ao plano transverso do tórax (conteúdo do mediastino médio/parte do mediastino inferior)
Arco da aorta: posterior à 2ª art. esternocostal (EC) direita, nível do ângulo do esterno; curva em sentido superior, posterior, para a esquerda e depois inferior; ascende anterior à artéria pulmonar direita e à bifurcação da traqueia, o ápice é ao lado esquerdo da traqueia e esôfago, quando passa sobre a raiz do pulmão esquerdo; desce posteriormente à raiz esquerda do pulmão, ao lado da vértebra T4, formando a parte torácica da aorta, posterior à 2ª art EC esquerda.
Arco da veia ázigo: posição correspondente à aorta, à direita da traqueia, sobre a raiz do pulmão direito, embora o sangue esteja fluindo na direção oposta. O ligamento arterial, remanescente do ducto arterial fetal, segue da raiz da artéria pulmonar esquerda até a face inferior o arco da aorta; os ramos habituais do arco da aorta são o tronco braquiocefálico, artéria carótida comum esquerda e artéria subclávia esquerda.
Tronco braquiocefálico: primeiro e maior ramo do arco da aorta, posterior ao manúbrio, anterior à traqueia e posterior à veia braquiocefálica esquerda; ascende superolateralmente até alcançar o lado direito da traqueia e a art. EC direita, onde se divide em aa. Carótida comum direita e a. subclávia direita.
Artéria carótida comum esquerda: segundo ramo do arco, posterior ao manúbrio do esterno ligeiramente posterior e à esquerda do tronco braquiocefálico; ascende anterior à a. subclávia esquerda; inicialmente situa-se anterior à traqueia e depois à esquerda; entra no pescoço posterior à art. EC esquerda.
Artéria subclávia esquerda: terceiro ramo do arco, na parte posterior; posterior à a. carótida comum esquerda; ascende lateral à traqueia e à a. carótida comum esquerda no mediastino superior; não emite ramos; passa posterior à art. EC esquerda quando sai do tórax.
Nervos no mediastino superior:
Nervos vagos: saem do crânio e acompanham posterolateralmente as artérias carótidas comuns, entra no mediastino superior posterior à articulação EC e veia braquiocefálicas.
Nervo vago direito: entra no tórax anterior à artéria subclávia direita e dá origem ao nervo laríngeo recorrente direito (que faz uma curva nessa artéria e ascende entre a traqueia e o esôfago para suprir a laringe); segue ao lado direito da traqueia, posterior à veia braquiocefálicas direita, VCS e raiz do pulmão direito, se dividindo em muitos ramos que contribuem para o plexo pulmonar direito, deixando esse plexo como um único nervo que segue até o esôfago, se dividindo de novo e cedendo fibras para o plexo esofágico; dá origem a nervos que contribuem para o plexo cardíaco.
Nervo vago esquerdo: desce no pescoço posterior à artéria carótida comum esquerda; entra no mediastino entre a artéria CCE e a artéria subclávia esquerda; quando chega ao lado esquerdo do arco aórtico diverge posteriormente do nervo frênico esquerdo; separado lateralmente do nervo frênico pela veia intercostal superior esquerda; emite o nervo laríngeo recorrente esquerdo quando curva medialmente na margem inferior do arco aórtico, lateral ao ligamento arterial, e ascende no sulco entre a traqueia e o esôfago; segue posterior à raiz do pulmão esquerdo, onde emite ramos que contribuem para o plexo pulmonar esquerdo; deixa esse plexo como um único tronco que segue até o esôfago e se une às fibras do NVD no plexo esofágico.
Nervos frênicos: suprem o diafragma com fibras motoras e sensitivas; fibras sensitivas para o pericárdio e a parte mediastinal da pleura parietal; entram no mediastino superior entre a artéria subclávia e a origem da veia braquiocefálicas; anterior à raiz do pulmão = nervo frênico; posterior à raiz do pulmão = nervo vago; a maior parte da ramificação dos nervos frênicos distribuídos para o diafragma ocorre na face inferior (abdominal).
Nervo frênico direito: segue à direita da v. braquiocefálica direita, VCS e pericárdio sobre o átrio direito; anterior à raiz do pulmão e desce do lado direito da VCI até o diafragma, o qual perfura perto do óstio da veia cava.
Nervo frênico esquerdo: desce entre a subclávia e a artéria carótida comum esquerda; cruza o arco aórtico anterior ao nervo vago esquerdo e passa sobre a veia intercostal superior esquerda; desce anterior à raiz do pulmão e segue ao longo do pericárdio fibroso, superficial ao átrio e ventrículo esquerdos, onde perfura o diafragma à esquerda do pericárdio.
Traqueia: desce anterior ao esôfago e entra no mediastino superior, inclinada para a direita do plano mediano; a face posterior é plana no local onde está em contato com o esôfago; termina no ângulo do esterno, dividindo em brônquios principais direito e esquerdo; termina acima do nível do coração; não compõe o mediastino posterior.
Esôfago: tubo fibromuscular da faringe até o estômago; entra no mediastino superior entre a traqueia e a coluna, anterior aos corpos de T1 a T4; inclina pra esquerda, mas é empurrado para o plano mediano pela aorta; comprimido anteriormente pela raiz do pulmão esquerdo; o ducto torácico está à esquerda, profundo ao arco da aorta; abaixo do arco, se inclina para a esquerda e atravessa o hiato esofágico do diafragma.
Mediastino posterior: parte posterior do mediastino inferior; inferiormente ao plano transverso do tórax, anterior à T15 até T12, posterior ao pericárdio e ao diafragma e entre a pleura parietal dos dois pulmões. Componentes do mediastino posterior: parte torácica da aorta; ducto torácico + troncos linfáticos; linfonodos mediastinais posteriores; veias ázigo e hemiázigo; esôfago; plexo esofágico (*troncos simpáticos torácico e nervos esplâncnicos torácicos = lateral aos corpos vertebrais e não dentro do mediastino).
Parte torácica da aorta: continuação do arco aórtico; começa à esquerda da margem inferior de T4 e desce à esquerda das vertebras T5 a T7; desloca o esôfago para a direita; circundada pelo plexo aórtico torácico; posterior à raiz do pulmão esquerdo, pericárdio e esôfago; vira parte abdominal da aorta anterior à margem inferior da vertebra T7 e passa pelo hiato aórtico do diafragma; o ducto torácico e a veia ázigo ascendem à direita e acompanham no hiato. 
Ramos da parte descendente da aorta se originam e seguem 3 planos vasculares: 1. Plano mediano anterior de ramos viscerais ímpares para o intestino (sistema digestório embrionário e derivados); 2. Planos laterais de ramos viscerais pares que irrigam outras vísceras além do intestino; 3. Planos posterolaterais de ramos parietais (segmentares) pares que suprem a parede do corpo. 
Artérias esofágicas: ramos viscerais ímpares do plano vascular anterior; 2, mas podem haver até 5.
Origem: face anterior da parte torácica da aorta.
Trajeto: anterior ao esôfago 
Ramos: para o esôfago 
Artérias bronquiais: ramos viscerais pares do plano lateral; as artérias bronquiais direita e esquerda podem se originar diretamente da aorta, mas na maioria das vezes ocorre apenas nas artérias bronquiais esquerdas pares, as direitas originam-se indiretamente como ramos de uma artéria intercostal posterior direita (3ª); 
Origem: face posterior da parte torácica da aorta ou artéria intercostal posterior
Trajeto: segue com a arvore traqueobronquial
Ramos: tecidos brônquico e peribrônquico e pleura visceral
Artérias intercostais posteriores: ramos parietais pares, suprem todos os EI, exceto os 2 primeiros; as artérias subcostais se originam da parte torácica da aorta, mas seguem abaixo do diafragma, originam-se em serie com as aa. Intercostais posteriores. 
Origem: face posterior da parte torácica da aorta
Trajeto: segue lateralmente e depois anteriormente, paralela às costelas
Ramos: ramos cutâneos laterais e anteriores
*As exceções a esse padrão são:
Artérias frênicas superiores, ramos parietais pares que seguem anterolateralmente até a face superior do diafragma (que, na verdade,está voltada posteriormente nesse nível, devido à convexidade do diafragma), onde se anastomosam com os ramos musculofrênico e pericardicofrênico da artéria torácica interna.
Origem: faces anteriores da parte torácica da aorta
Trajeto: origina-se no hiato aórtico e segue até a face superior do diafragma
Ramos: para o diafragma
Ramos pericárdicos, ramos ímpares que se originam anteriormente, mas em vez de seguirem para o intestino, enviam ramos para o pericárdio. O mesmo é válido para as pequenas artérias mediastinais que suprem os linfonodos e outros tecidos do mediastino posterior.
Esôfago: desce do mediastino superior para o mediastino posterior, seguindo posterior e à direita do arco aórtico e posterior ao pericárdio e ao AE; principal relação posterior da base do coração; desvia-se para a esquerda e atravessa o hiato esofágico no nível de T10, anterior à aorta; pode ter 3 impressões (constrições) na parte torácica: estreitamentos do lúmen em RX de tórax oblíquas durante a ingestão de bário; comprimido por 3 estruturas: arco da aorta, brônquio principal e diafragma. A compressão pelo arco aórtico é mais evidente na radiografia posteroanterior (PA) após ingestão de bário, a impressão brônquica é mais visível nas imagens laterais; só é possível ver as constrições com o esôfago cheio.
Ducto torácico e troncos linfáticos: 
Ducto torácico: maior canal linfático do corpo; no mediastino posterior, situa-se na face anterior dos corpos das 7 vertebras torácicas inferiores; transporta a maior parte da linfa para o sistema venoso (MMII, pelve, abdome, MMSS, lado esquerdo do tórax, cabeça e pescoço/toda a linfa exceto a do quadrante superior direito); origina-se da cisterna do quilo no abdome e ascende através do hiato aórtico no diafragma; paredes finas e cor branca opaca; muitas válvulas; ascende no mediastino posterior entre a parte torácica da aorta à sua esquerda, a veia ázigo à sua direita, o esôfago anteriormente e os corpos vertebrais posteriormente; no nível das vértebras T4, T5 ou T6, o ducto torácico cruza para o lado esquerdo, posteriormente ao esôfago, e ascende até o mediastino superior. O ducto torácico recebe ramos dos EI médios e superiores de ambos os lados, através de vários troncos coletores, próximo ao fim recebem os troncos linfáticos jugular, subclávio e broncomediastinal; drena para o sistema venoso perto da união das veias jugular interna e subclávia esquerdas (ângulo venoso esquerdo/origem da veia braquicefalica esquerda), mas pode drenar na subclávia.
Vasos e linfonodos do mediastino posterior:
Linfonodos mediastinais posteriores: posterior ao pericárdio, relacionados ao esôfago e aorta; vários linfonodos posteriores à parte inferior do esôfago, anteriores e lateral; os lifonodois mediastinais posteriores recebem a linfa do esôfago, da face posterior do pericárdio e do diafragma, e dos EI posteriores médios; a linfa dos linfonodos drena para os ângulos venosos direito ou esquerdo, pelo ducto linfático direito ou pelo ducto torácico.
Sistema venoso ázigo: situado de cada lado da coluna, drena o dorso e as parede toracoabdominais e as vísceras mediastinais; grande variação; ázigo + hemiázigo tem origem em raízes oriundas da face posterior da VCI e/ou veia renal, que se fundem com as veias lombares ascendentes.
Veia ázigo: via colateral entre VCS e VCI; drena as paredes posteriores do tórax e abdome; ascende no mediastino posterior, passa perto do corpo das 8 vértebras torácicas inferiores, curva sobre a face superior da raiz do pulmão direito para se unir à VCS (semelhante ao arco da aorta na raiz do pulmão esquerdo); comunica-se com as vv intercostais posteriores, plexos venosos vertebrais; recebe veias mediastinais, esofágicas e bronquiais.
Veia hemiázigo: apenas no lado esquerdo; veias subcostal esquerda + lombar ascendente; ascende no lado esquerdo da coluna, posterior à aorta torácica, até a vertebra T9, cruza para a direita, posterior à aorta, ducto torácico e esôfago, e se une à veia ázigo; recebe as 3 veias intercostais posteriores inferiores, as veias esofágicas inferiores e várias pequenas veias mediastinais.
Anatomia de superfície do coração e das vísceras do mediastino:
Veia hemiázigo acessória: começa na extremidade medial do 4° ou 5° EI e desce à esquerda coluna vertebral de T5 a T8; recebe tributárias das veias dos 4° ao 8° EI e, às vezes, das veias bronquiais esquerdas; cruza sobre a vértebra T7 ou T8, posterior à aorta torácica e ducto torácico, onde se une à veia ázigo; *variações: às vezes, se une à hemiázigoe drena com ela na veia àzigo; pode estar ligada à veia intercostal superior esquerda (que drena os 1° ao 3° EI, mas drena principalmente na veia braquiocefálicas esquerda).
Nervos do mediastino posterior: os troncos simpáticos torácicos estão em continuidade com os troncos simpáticos cervicais e lombares; os troncos torácicos estão contra as cabeças das costelas na parte superior do tórax, articulações costovertebrais no nível torácico médio e as laterais dos corpos vertebrais na parte inferior do tórax. 
 Os nervos esplâncnicos torácicos inferiores (maior, menos e imo) são parte dos nervos esplâncnicos abdominopélvicos porque suprem o diafragma; consistem em fibras pré ganglionares do 5° ao 12° gânglios simpáticos que atravessam o diafragma e fazem sinapse nos gânglios pós vertebrais do abdome; são responsáveis pela inervação simpática da maioria das vísceras abdominais.
Nervo vago (NC X): origem: 8 a 10 radículas do bulbo 
Trajeto: entra no mediastino superior posterior à articulação esternoclavicular e à veia braquiocefálicas; origina o nervo laríngeo recorrente; segue posterior às raízes para formar o plexo esofágico.
Distribuição: plexo pulmonar, esofágico e cardíaco.
Nervo frênico: origem: ramos anteriores de C3-C5
Trajeto: atravessa a abertura superior do tórax e segue entre a parte mediastinal da pleura parietal e o pericárdio, passando anterior à raiz do pulmão
Distribuição: pleura parietal mediastinal e pericárdio; musculo, pleura parietal e peritônio da parte central do diafragma
Nervos intercostais: origem: ramos anteriores de T1-T11
Trajeto: seguem nos EI entre as camadas interna e intima dos mm intercostais
Distribuição: músculos do EI e a pele sobrejacente; os nervos inferiores suprem os músculos e a pele da parede anterolateral do abdome.
Nervo subcostal: origem: ramo anterior de T12
Trajeto: segue a margem inferior da costela 12 e entra na parede abdominal
Distribuição: parede abdominal e pele da região glútea 
Nervo laríngeo recorrente: origem: nervo vago
Trajeto: curva ao redor da artéria subclávia à direita, à esquerda segue ao redor do arco da aorta e ascende no sulco traqueoesofágico
Distribuição: mm intrínsecos da laringe sensitivo inferior ao nível das pregas vocais.
Plexo cardíaco: origem: ramos cervical e cardíaco do nervo vago e nervos esplâncnicos cardiopulmonares do tronco simpático
Trajeto: do arco aórtico e face posterior do coração, as fibras vão ao longo das aa coronárias e até o nó SA.
Distribuição: impulsos vão até o nó sinoatrial; as fibras parassimpáticas diminuem a frequência, reduzem a força dos batimentos e contraem as artérias coronárias, as fibras simpáticas tem efeito oposto.
Plexo pulmonar: origem: Nervo vago e nervos esplâncnicos cardiopulmonares do tronco simpático
Trajeto: raiz do pulmão e se entende ao longo das subdivisões brônquicas
Distribuição: fibras parassimpáticas contraem bronquíolos, fibras simpáticas dilatam bronquíolos, fibras aferentes conduzem reflexos
Plexo esofágico: origem: Nervos vagos direito e esquerdo e nervos esplâncnicos do tronco simpático
Trajeto: distal à bifurcação da traqueia; os nervos vago e esplâncnicos simpáticos formam um plexo ao redor do esôfago.
Distribuição: fibras vagais simpáticas para o músculo liso e as glândulas dos 2/3 inferiores do esof.
Mediastino anterior: menor subdivisão; entre o corpo do esterno e os músculos transversos do tórax e o pericárdio posteriormente; continuo com o mediastino superior no ângulo do esterno; limitado inferiormente pelo diafragma; formadopor tecido conjuntivo frouxo (ligamentos esternopericárdicos), gordura, vasos linfáticos, linfonodos e ramos dos vasos torácicos internos; em crianças, tem a parte inferior do timo (pode se estender até o nível da 4ª cartilagem costal).
Anatomia de superfície do coração e das vísceras do mediastino: 
Contorno do coração: margem superior: linha que une a margem inferior da 2° cartilagem costal esquerda à margem superior da 3ª cartilagem costal direita.
Margem direita: linha traçada da 3ª cartilagem costal direita até a 6ª cartilagem costal direita (convexa para a direita)
Margem inferior: linha traçada da extremidade inferior da margem direita até um ponto no 5° EI, próximo da LMC esquerda, a extremidade esquerda da linha corresponde ao local do ápice e do pulso apical.
Margem esquerda: linha que une as extremidades esquerdas das linhas que representam as margens inferior e superior.
Valvas: posterior ao esterno; focos pulmonar, aórtico, mitral e tricúspide (tem como posicionar o esteto para evitar o esterno)
Pulso apical: impulso que resulta do contato do ápice do coração contra a parede torácica anterior quando o VE contrai; a localização do foco mitral pode estar no 4° ou 5 EI, 6 a 10 cm distante da LMA.
Focos de ausculta: necessidade de ouvir os sons das valvas: 5 focos (2 para a valva do tronco pulmonar); afastados o máximo possível para melhor distinção dos sons produzidos por uma valva; o sangue conduz o sangue no sentido do fluxo (cada foco superficial à câmara/vaso no qual o sangue passa, alinhado com o óstio da valva).
 
Anatomia clínica do mediastino superior, posterior e anterior:
Ramos do arco da aorta: a artéria carótida comum esquerda pode se originar do tronco braquiocefálico; o tronco braquiocefálico pode não se formar (as artérias tem origem independente); a artéria vertebral esquerda pode se originar do arco da aorta; podem ter 2 troncos braquiocefálicos; a artéria subclávia direita retroesofágica se origina como último ramo, cruzando posteriormente ao esôfago para chegar no MS direito e comprimindo o esôfago; artéria acessória para a glândula tireoide, a artéria tireóidea ima, pode se originar do arco ou da artéria braquiocefalia. 
Anomalias do arco da aorta: a parte superior do arco da aorta está 2,5 cm inferior da margem superior do manúbrio; às vezes curva-se sobre a raiz do pulmão direito e segue inferiormente no lado direito, formando um arco da aorta à direita, o arco anormal pode passar sobre a raiz do pulmão direito e seguir posterior ao esôfago até alcançar o lado habitual; um arco da aorta duplo forma um anel vascular ao redor do esôfago e da traqueia, se houver compressão da traqueia ao ponto de afetar a respiração realiza-se a divisão cirúrgica do anel vascular.
Aneurisma da aorta ascendente: a porção distal da parte ascendente da aorta recebe um impulso forte quando o VE se contrai, como sua parte não é reforçada pelo pericárdio fibroso, pode haver aneurisma (dilatação localizada); pode ser visto na radiografia ou angiografia por RM do tórax como uma área aumentada da silhueta da PA da aorta; dor torácica com irradiação para o dorso; pode comprimir a traqueia, esôfago e nervo laríngeo recorrente.
Coarctação da aorta: estreitamento anormal (estenose) que diminui o calibre do lúmen, provocando obstrução do fluxo para a parte inferior do corpo; local comum: próximo ao ligamento arterial; se a coarctação for inferior a esse local (coarctação pós ductal) há desenvolvimento de boa circulação colateral da aorta através das artérias intercostais e torácicas internas, compatível com muitos anos de vida; os vasos colaterais podem se tornar tão grandes que causam pulsação perceptível nos EI e erosão das superfícies adjacentes das costelas, visível nas radiografias.
Lesão dos nervos laríngeos recorrentes: qualquer doença ou procedimento invasivo (mediastinoscopia) no mediastino superior que lese esses nervos afeta a voz; pode ser acometido por um carcinoma broncogênico ou esofágico, aumento dos linfonodos mediastinais ou aneurisma do arco da aorta (distensão do nervo pela dilatação do arco).
Obstrução do esôfago: as impressões do esôfago indicam os locais mais prováveis de alojamento de corpos estranhos engolidos e onde pode surgir uma estenose (ingestão acidental de líquido tipo soda cáustica).
Laceração do ducto torácico: o ducto torácico tem paredes finas e geralmente é branco-opaco no vivo, pode ser incolor: lesão inadvertida em procedimentos de investigação e cirúrgicos no mediastino posterior; resulta em perda de linfa; a linfa/quilo dos lácteos do intestino pode entrar na cavidade pleural, produzindo quilotórax = liquido deve ser removido por punção com agulha u toracocentese (pode ser necessário ligar o ducto torácico, retornando a linfa por outros canais acima da ligadura).
Variações do ducto torácico: a parte superior do ducto representa o membro esquerdo original de um par de vasos linfáticos embrionários; 2 ductos torácicos em curto segmento.
Vias de circulação colateral venosa para o coração: as veias ázigo, hemiázigo e hemiázigo acessória são meios colaterais de drenagem venosa quando há obstrução da VCI; em alguma pessoa, tem uma veia ázigo acessória paralela à veia ázigo no lado direito; tem pessoas que não tem o sistema hemiázigo; o sistema ázigo pode receber todo o sangue proveniente da VCI, exceto do fígado, nessa variação, o sistema ázigo drena quase todo o sangue inferior ao diafragma, exceto o do sistema digestório; se houver obstrução da VCS acima da entrada da veia ázigo, o sangue pode drenar inferiormente para as veias da parede abdominal e voltar ao átrio direito pelo sistema ázigo e pela VCI.
Alterações do timo relacionadas com a idade: o timo pode comprimir a traqueia de algumas crianças; na puberdade, o timo diminui, sendo substituído por tecido adiposo, mas continua produzindo linfócitos T.
Angiografia aórtica: cateter longo e estreito na parte ascendente da aorta, via artéria femoral ou braquial, na região inguinal ou cotovelo; sob controle fluoroscópico, o cateter é posicionado na abertura de uma coronária; a angiografia pode ser feita injetando contraste radiopaco na aorta e nas aberturas das artérias que se originam do arco.
Radiografia do mediastino: o coração forma a maior parte da imagem radiopaca em incidências PA, mas não é possível distinguir as câmaras; importante notar o que forma os limites da silhueta cardíaca:
Margem direita: veia braquiocefálicas, VCS, AD e VCI.
Margem esquerda: parte terminal do arco da aorta, tronco pulmonar, aurícula esquerda e VE.
A parte inferior é o ápice. O ápice anatômico típico está inferior à margem do diafragma. As silhuetas tem 3 tipos (a depender do biotipo): tipo transversal: pessoas obesas, gestantes, lactantes.
tipo oblíquo: maioria das pessoas
tipo vertical: tórax estreito
TC e RM do mediastino: TC + mamografia para mama; contraste na veia na TC, porque as células cancerosas tem afinidade pelo iodeto; RM melhor para exame das vísceras e linfonodos no mediastino e das raízes do pulmão; as imagens transversais são como se o medico tivesse aos pes do paciente (o topo é anterior, a margem lateral esquerda é a lateral direita do paciente). *ver imagens livro
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