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Teorias de Crescimento Prof. Dr. Ricardo Paulin Considerações Iniciais Influências Genéticas X Influências Ambientais Teorias de Crescimento Considerações IniciaisTeorias de Crescimento O controle genético tem uma importância vital nas teorias de crescimento Supõe-se que o papel da pré-programação genética tem uma influência fundamental e talvez excessiva sobre o estabelecimento do padrão facial básico e das características sobre as quais o “ambiente” interno e externo entram em ação em alguns níveis que ainda precisam ser compreendidos. Considerações IniciaisTeorias de Crescimento Os pesquisadores contemporâneos não aceitam a idéia de que os genes são os determinantes exclusivos para todos os parâmetros de crescimento: – quantidade de crescimento regional – velocidade – detalhes minúsculos da configuração regional. Considerações IniciaisTeorias de Crescimento Os fatores ambientais são muitos: – Qualidade nutricional – Grau de atividade física – Doenças – Obstruções respiratórias Considerações IniciaisTeorias de Crescimento sítio de crescimento (suturas, crescimento secundário) X centro de crescimento (osso epifisário, crescimento primário, ossificação endocondral) TEORIAS Teoria Nº 1Teorias de Crescimento O osso é determinante primário do próprio crescimento, geneticamente. Nesta primeira teoria o controle genético é diretamente no osso, ou seja, no periósteo Teoria Nº 2Teorias de Crescimento A cartilagem é determinante primário de crescimento esquelético, enquanto o osso responde secundariamente e passivamente. O controle genético é na cartilagem e o osso responde secundariamente á esta influência que se chama de influência epigenética, ou controle genético indireto. Teoria Nº 3Teorias de Crescimento A matriz do tecido mole, em que os elementos esqueléticos estão envolvidos, é o determinante primário de crescimento, enquanto osso e cartilagem são seus seguidores secundariamente. O controle genético é exercido por uma grande rede fora do esqueleto e da cartilagem, é controlado epigeneticamente, ocorrendo somente em resposta á outros tecidos SICHER Teoria de SicherTeorias de Crescimento Tanto o desmocrânio como o condrocrânio crescem sob um controle genético forte. Somente a remodelação menor da superfície ou estruturas trabeculadas internas estariam sujeitas a fatores epigenéticos locais, por exemplo, os músculos Teoria de SicherTeorias de Crescimento As suturas têm crescimento controlado geneticamente e que respondem pelo crescimento facial. As suturas entre o ossos do crânio e maxilares eram consideradas centros de crescimento, em companhia dos sítios de ossificação endocondral e côndilo mandibular. Teoria de SicherTeorias de Crescimento Por esta teoria, o crescimento era o resultado da expressão genética de todos os sítios. A translação da maxila era o resultado da pressão criada pelo crescimento das suturas que empurravam o osso para se separarem Isto só seria verdadeiro se todos os sítios de crescimento fossem centros de crescimento e crescessem por si só. Teoria de SicherTeorias de Crescimento Se esta teoria fosse correta, o crescimento ocorreria independentemente do meio ambiente e não seria possível alterar a expressão do crescimento das suturas. Hoje em dia, sabemos que as suturas não são centros de crescimento Teoria de SicherTeorias de Crescimento Quando uma área de sutura entre dois ossos é transplantada para outro local, por exemplo, bolsa no abdômen, o tecido não continua a crescer, indicando que há falta de potencial de crescimento inato das suturas R.Zavaglia Neto Teoria de SicherTeorias de Crescimento Pode ser constatado que o crescimento das suturas respondem ás influências externas, sob inúmeras condições e circunstâncias. Se os ossos cranianos e faciais são mecanicamente puxados, separando-os das suturas,um novo osso virá ocupar esse espaço e os ossos se tornarão maiores que anteriormente. Se a sutura é comprimida , o crescimento neste sitio é impedido. Ricardo Paulin SCOTT R.Zavaglia Neto Teoria de ScottTeorias de Crescimento A grande responsável pelo crescimento é a cartilagem, sendo as suturas secundarias e passivas. Considera que os locais cartilaginosos em todo o crânio eram centros de crescimento. Afirma que as suturas eram passiveis de estímulos locais e ambientais. Ricardo Paulin Teoria de ScottTeorias de Crescimento A cartilagem cresce enquanto o osso simplesmente a substitui. Se a cartilagem do côndilo é determinante primaria para o ritmo de crescimento , o remodelamento do ramo e outras mudanças da superfície podem ser vistos como secundários. Teoria de ScottTeorias de Crescimento Na mandíbula, o crescimento cartilaginoso se mostra nos côndilos, como se fosse metade da lamina epifisária. Com um osso longo em forma de “V”. Se isto fosse verdadeiro os côndilos seriam centro de crescimento. Teoria de ScottTeorias de Crescimento Na maxila, o septo nasal cresce como uma unidade, esta teoria propõe que o septo nasal funciona como um marcapasso para o crescimento maxilar. A cartilagem está localizada de maneira que seu crescimento poderia facilmente guiar uma translação para frente e para baixo da maxila. Teoria de ScottTeorias de Crescimento Teoria de ScottTeorias de Crescimento Copray(1986), demonstrou que nem todas as cartilagens agem da mesma forma quando transplantadas. Quando um pedaço de osso epifisário é transplantado ele continuará crescendo neste outro local, indicando que essas cartilagens tem potencial inato de crescimento. Talvez a sincondrose da base craniana se comportasse da mesma maneira. Teoria de ScottTeorias de Crescimento Ronning(1966) descreve que nenhum crescimento ocorre quando o côndilo é transplantado intracerebralmente. Teoria de ScottTeorias de Crescimento Em estudo mais recente, Jansen (1986), mostrou que o côndilo cresceu menos que as outras cartilagens, ou seja, tem crescimento de sítio de crescimento e não centro como se pensava. Teoria de ScottTeorias de Crescimento A remoção do septo nasal em coelhos causou deficiência do terço médio da face. Teoria de ScottTeorias de Crescimento Em pacientes que sofreram acidente e perderam o septo, houve nítida falta de desenvolvimento da face media. Isto nos leva a pensar que o septo tem um certo potencial inato de crescimento. Teoria de ScottTeorias de Crescimento Sahm(1990), fez um estudo e encontrou que em 15% a 20% das crianças que sofreram trauma condilar, ocorreu diminuição de crescimento Teoria de Scott Após fraturas de côndilos, crianças continuaram a crescer, pois o côndilo se regenera em torno de 70% a 80% nos casos e fica com o crescimento normal. Teorias de Crescimento Teoria de Scott Conclusões Atuais: – A cartilagem epifisária e as sincondroses da base do crânio agem como centro de crescimento independente. – O septo nasal também tem crescimento independente, porém em menor escala. – O côndilo não é centro importante, parece que o crescimento do côndilo é mais próximo do crescimento das suturas(reativo) do que do disco epifisário. Teorias de Crescimento MATRIZ FUNCIONAL Teoria da Matriz FuncionalTeorias de Crescimento Moss estabelece a hipótese que o crescimento do crânio é bastante secundário, sendo determinado, principalmente pelo crescimento e função das matrizes funcionais Esta matriz funcional se refere ás estruturas adjacentes relacionadas com a presença e funções dos componentes funcionais.(tecidos moles) Independente dos mecanismos de ossificação, o crescimento se dá pela necessidade funcional e o osso responde crescendo para se adequar. Teoria da Matriz FuncionalTeorias de Crescimento Nesta teoria, é admitido que existe o potencial inato de crescimento na cartilagem dos ossos longos. Porém, sem ser determinante para o crescimento maxilar e mandibular, a cartilagemdo septo e do côndilo. Teoria da Matriz FuncionalTeorias de Crescimento O crescimento do crânio demonstra exatamente esta teoria, pois a pressão exercida pelo crescimento do cérebro, separa os ossos cranianos nas suturas e um novo osso se preenche passivamente estes locais, de maneira que a caixa craniana se adapta ao cérebro. Teoria da Matriz FuncionalTeorias de Crescimento Um cérebro pequeno necessariamente tem crânio pequeno, que é o caso da Microcefalia. Na Hidrocefalia, a reabsorção do fluido cérebro- espinhal está impedida e isso gera um acumulo que causa aumento da pressão intracraniana, este aumento de pressão causa pouco desenvolvimento do cérebro, porém a abóbada craniana fica enorme. Demonstrando a capacidade adaptativa dos ossos cranianos. Teoria da Matriz FuncionalTeorias de Crescimento O maior determinante do crescimento maxilar e mandibular é o aumento das cavidades nasais e orais que crescem em resposta às necessidades funcionais. Despreza a cartilagem do septo nasal e dos côndilos e diz que a perda, causa pouco efeito se as funções forem restabelecidas Teoria da Matriz FuncionalTeorias de Crescimento Em 70% a 80 % das crianças com fraturas condilares não impede o crescimento condilar, pois este se regenera. O restante que tem deficiência de crescimento, ocorre devido às perdas de função, por anquilose ou fibrose da cicatrização. Teoria da Matriz FuncionalTeorias de Crescimento O crescimento do crânio se dá pela resposta ao crescimento do cérebro. O crescimento da base do crânio é o resultado de crescimento endocondral e aposição óssea nas sincondroses, as quais tem potencial de crescimento independente, que talvez sejam influenciadas pelo cérebro. ü Massa corporal e as ações musculares - induzem os ossos ou partes deles - sofrerem minúsculas ações de “flexões” - criam potenciais bioelétricos - muito pequenos efeito piezo OSSO E CARTILAGEM Teoria da Matriz Funcional ü Osso - submetido a distorções - pressões e tensões produzidas na matriz fibrosa - efeitos bioelétricos negativos e positivos - geram respostas osteoblástica e osteoclástica OSSO E CARTILAGEM VAN LIMBORGH Van LimborghTeorias de Crescimento Este pesquisador mescla todas as teorias e extrai o que cada uma tem de lógico e real, sendo: Van LimborghTeorias de Crescimento O crescimento condrocraniano (cartilaginosa) é controlado principalmente por fatores genéticos intrínsecos O crescimento desmocraniano (massa de mesoderma) é controlado somente por uns poucos fatores genéticos intrínsecos As cartilagens do crânio em crescimento são centros de crescimento Van LimborghTeorias de Crescimento O crescimento sutural é controlado principalmente pelas influências que se originam das cartilagens do crânio e de outras estruturas adjacentes da cabeça O crescimento perióstico é controlado principalmente pelas influências que se originam das estruturas adjacentes da cabeça Van LimborghTeorias de Crescimento O crescimento sutural e perióstico são adicionalmente governados pelas influências ambientais não genéticas locais, inclusive forças musculares O crescimento côndilo-mandibular é controlado, de algum modo, pelas influências ambientais não genéticas locais. ConclusõesTeorias de Crescimento Sabe-se perfeitamente que os genes são participantes fundamentais na operação de qualquer organela celular e que a expressão da função desta célula pode ser ativada seletivamente, num processo novo chamado de “ativação genética em resposta aos sinais extracelulares”.
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