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No texto escolhido, podemos observar que a autora trata da educação que é praticada nas sociedades indígenas e do modelo de educação ocidental que é introduzido nas sociedades indígenas. A autora divide o texto em apenas duas partes; na primeira, ela trata especificamente do modelo de educação das sociedades indígenas, procurando trazer detalhes de como funciona a educação praticada nessas sociedades; na segunda, ela trata da imposição de modelos ocidentais de educação em sociedades indígenas. A autora procura explicar o porquê dessa imposição, qual é a sua intenção e por que as sociedades indígenas aceitam essa imposição e até cobram a implantação de escolas do modelo ocidental de educação.
A diferença entre a educação indígena e a ocidental vai estar presente basicamente no fato de que entre as sociedades indígenas o jovem membro tem que aprender somente a ser alguém integrado e que faça parte da comunidade, aprendendo todas as tarefas ou ofícios inerentes à comunidade. Ou seja, cabe ao membro da comunidade apenas aprender esses ofícios. Nas sociedades ocidentais, o jovem membro da comunidade tem que ter domínio de vasto conhecimento de mundo, de muitos conceitos e habilidades, de coisas e situações que envolvem o mundo e sua dinâmica, coisas que, para as sociedades indígenas, não apresentam tanto valor e importância. Para as sociedades indígenas, o mais importante é o jovem membro aprender os ofícios práticos que sirvam para o cotidiano da tribo, como aprender a caçar, pescar, usar arco e flecha etc. Sendo assim, a educação indígena se dá na prática diária, nos afazeres da comunidade, onde a criança ou o jovem membro da tribo ou comunidade se encontra junto com o adulto, procurando realizar tudo que esse adulto está realizando ou fazendo. Isso mostra e reforça o fato de que a educação das tribos indígenas ocorre sempre no sentido de ensinar, ou fazer o jovem ou a criança da tribo aprender as tarefas ou ofícios referentes ao cotidiano do grupo e assim permitir que cada um tenha sua função dentro da comunidade.
Nas sociedades ocidentais, não é bem assim que ocorre o processo de educação, começando pelo fato de que nelas a criança não é bem aceita em todos os lugares, muito menos pode ouvir ou participar de qualquer tipo de assunto. Com relação ao trabalho, à criança ou ao jovem não é permitido trabalhar, pois se acredita que isso atrapalha não somente os estudos, mas também o processo de crescimento físico da criança e a fase natural da criança, que nesse período ou fase da vida tem que viver com brincadeiras etc., ou seja, fazer coisas que sejam típicas de uma criança ou jovem.
Nas tribos indígenas, realmente as crianças aprendem na prática, nos exemplos que veem no cotidiano da tribo, nas pequenas ações dos mais velhos para com elas, e assim também tendem a colocar isso em prática. Assim, é possível falar que, nas tribos indígenas, praticamente todos os membros têm algo a ensinar aos mais jovens, que cada membro é um professor para os mais jovens, que cada membro tem e sabe ensinar algo que é inerente à sua tribo. Isso prova que os mais velhos, nas tribos indígenas, permitem que os mais novos aprendam com os exemplos que dão. E esse aprendizado se dá em toda e qualquer área, instância, situação ou realidade da vida daquela tribo, também permitindo que a criança pratique, mesmo em sua escala ou com objetos menores.
No entanto, para as sociedades ocidentais, permitir que uma criança faça ou copie não chega a ser algo tão positivo. Nas tribos indígenas, as crianças aprendem com os exemplos dados pelos mais velhos. Nas sociedades ocidentais, nem sempre os mais velhos têm bons exemplos a dar aos mais jovens,, podendo se dizer que nas sociedades ocidentais nem sempre os mais velhos podem ser bons professores. A educação indígena ocorre por meio do exemplo, é repassada de geração a geração de modo oral e costuma ser ensinado apenas aquilo que é relevante para a existência da tribo.
As sociedades indígenas aceitam e até cobram essa implementação do modelo ocidental de educação como forma de ter meios ou mais possibilidades de agir e lutar para conseguir manter sua tradição, pois, sabendo a cultura e principalmente o idioma da a civilização, essas nações indígenas podem negociar e até se render. Ter conhecimento da cultura ocidental é para as sociedades indígenas uma arma de resistência à dominação do civilizado.
Referência
LEITÃO, Rosani Moreira. Educação, cultura e diversidade. In: VIANA, Nilda; VIEIRA, Renato Gomes (Orgs.). Educação, Cultura e Sociedade: abordagens críticas da escola. São Paulo: Germinal, 2002.

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